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UNIVERSIDADE DA INTEGRAÇÃO INTERNACIONAL DA LUSOFONIA AFRO-BRASILEIRA

CENTRO DE TECNOLOGIAS E DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL


CURSO DE ENGENHARIA DE ENERGIAS

JAIRO LIMA DO NASCIMENTO


MILTON HONORIO CAVALCANTE NETO
ANA PATRICIA DE SOUSA CASTRO

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

REDENÇÃO-CE
05 DE MAIO DE 2012
JAIRO LIMA DO NASCIMENTO
MILTON HONORIO CAVALCANTE NETO
ANA PATRICIA DE SOUSA CASTRO

MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO

Relatório apresentado para obtenção de nota


parcial na disciplina de Física II do curso de
Engenharia de Energias da Universidade da
Integração Internacional da Lusofonia Afro-
Brasileira.

Orientador: Prof. Dr. Cícero Saraiva Sobrinho

REDENÇÃO-CE
05 DE MAIO DE 2012
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 3

2 OBJETIVOS .......................................................................................................................... 4

3 MATERIAIS .......................................................................................................................... 4

4 PROCEDIMENTOS ............................................................................................................. 4

5 RESULTADOS ...................................................................................................................... 5

6 QUESTIONÁRIO.................................................................................................................. 7

7 CONCLUSÕES...................................................................................................................... 8

REFERÊNCIAS ....................................................................................................................... 9

APÊNDICES ........................................................................................................................... 10
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1 INTRODUÇÃO

O movimento é uma característica inerente ao universo, pois tudo que o constitui


está se movendo micro ou macroscopicamente. Sendo um dos fenômenos mais comuns no dia
a dia, foi e continua a ser uma das divisões da Física onde muitos estudos são realizados.
Segundo Knight (2009) o ramo da Física que está preocupado em analisar o movimento e a
trajetória dos corpos, utilizando a descrição matemática para dar sustentabilidade base teórica
é a Cinemática. Para tal esta observa as grandezas físicas de posicionamento, velocidade,
aceleração e tempo de deslocamento, sem relevar as causas do movimento.
Quando a posição de um corpo varia com tempo em relação a outro em repouso
tomado como referência, dizemos que o primeiro está se movendo. De acordo com Ramalho
Júnior, Ferraro e Soares (2009) o segundo corpo ao qual identificamos se o primeiro estava ou
não se deslocando, é chamado de referencial ou sistema de referência. A ideia de movimento
ou repouso está sempre relacionada com a escolha de um sistema de referencia, pois sem este,
torna-se imprecisa.
Uma vez que as grandezas deslocamento, velocidade e aceleração são vetoriais,
para serem completamente definidas necessitam da especificação de direção, sentido e
magnitude. Desta forma alterações nessas três características nas grandezas citadas refletem
em diferentes classificações para o movimento.
Movimentos que possuem a grandeza vetorial aceleração constante e ocorrem em
uma única direção são classificados como retilíneos uniformemente variados (RAMALHO
JÚNIOR; FERRARO; SOARES, 2009). Observa-se nesse tipo de movimento uma variação
linear da velocidade com o passar do tempo, ou seja, aumenta ou diminui à mesma taxa
durante todo o movimento. A aceleração instantânea (aceleração em um dado instante) torna-
se a mesma em todos os instantes sendo denominada de aceleração média.
Graficamente o deslocamento versus tempo no movimento uniformemente
variado (MRUV), é uma parábola cujo sentido da concavidade é determinado pela aceleração.
O gráfico da velocidade em relação ao tempo representa uma função linear em que a tangente
determina a aceleração. O gráfico desta, por sua vez, é uma reta paralela ao eixo dos tempos,
correspondendo a uma função constante.
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2 OBJETIVOS

a) Determinar o deslocamento, a velocidade e a aceleração de um móvel com


movimento retilíneo uniformemente variado.

3 MATERIAIS

Para a realização dessa prática foram utilizados os seguintes materiais:


a) trilho de ar;
b) cronômetro eletrônico digital;
c) unidade geradora de fluxo de ar;
d) carrinho;
e) cabos;
f) fotossensor;
g) paquímetro;
h) mecanismo de disparo;
i) fita métrica;
j) calço de madeira

4 PROCEDIMENTOS

Inicialmente foi realizada a montagem do equipamento utilizado no experimento.


Para tal foram interligados os cabos de ligação entre o eletroímã, o cronômetro digital e o
fotossensor. Ligou-se então a unidade geradora de ar, regulada em um valor médio. Em
seguida, o trilho de ar foi nivelado. Para isso o carrinho foi colocado em parado em vários
pontos sobre o trilho, e observou-se se o carrinho movimentava-se para algum dos lados.
Sempre que necessário foram realizados ajustes nos pés do trilho de ar, buscando deixar o
carrinho parado sobre os trilhos.
Com o auxílio de um paquímetro mediu-se a espessura do calço de madeira, e
com uma fita métrica mediu-se a distância entre os pés do trilho. O calço foi então colocado
sob os pés do trilho para gerar uma inclinação. As medidas realizadas foram utilizadas para
determinar o ângulo de inclinação do trilho.
No carrinho foram fixados: um pino central no furo superior; um pino no furo
lateral, para conexão com o eletroímã; e do lado oposto um pino para contrabalançar. O
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carrinho foi então colocado sobre o trilho. Em seguida, ligou-se o eletroímã que assegurou
que o carrinho permanecesse na posição inicial. Utilizando a fita métrica foi medida a
primeira posição do fotossensor, correspondente a posição 10 cm para o carrinho. A posição
foi medida a partir do pino central do carrinho na posição inicial.
Com o fotossensor posicionado, escolheu-se a função F2 no cronômetro, que
também foi zerado. O eletroímã foi então desligado, liberando o carrinho e acionando o
cronômetro. Com a passagem do carrinho pelo fotossensor o cronômetro parava. Foram então
realizadas três medidas de tempo para essa posição.
Após essas medidas o fotossensor foi alocado em cada uma das posições
seguintes, e em cada uma delas repetiu-se o procedimento anterior para a medição de tempo.
As demais posições para o fotossensor foram, respectivamente, 20, 30, 50, 70, 100, 120 e 160
cm a partir da posição inicial.
Com os dados as medições de tempo obtidas calcularam-se as velocidades e
acelerações para cada posição, por meio das Equações 1 e 2:

2𝑥
𝑣= (1)
𝑡

2𝑥
𝑎= (2)
𝑡2

em que x é a posição do carrinho e t é o instante de tempo no qual o carrinho estava naquela


posição. Essas equações são decorrentes das relações de aceleração constante.

5 RESULTADOS

Utilizando o pedaço de madeira como calço para o trilho de ar foi gerada uma
inclinação de 0,34º. O observando a figura geométrica formada pela mesa, pelo trilho e pelo
calço de madeira nota-se que estes formam um triângulo retângulo. Assim, utilizando as
relações trigonométricas foi possível determinar o ângulo. Nesse caso, conhecendo a distância
entre os pés do trilho e a espessura do calço (catetos do triângulo formado), foi possível
utilizar a tangente para determinar o ângulo.
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Com as medidas de tempo foi possível calcular as velocidades e acelerações em


cada posição, por meio da Equação 1 e da Equação 2. Os resultados experimentais encontram-
se sintetizados na Tabela 1.

Tabela 1 – Resultados experimentais da análise de MRUV


x Medidas de t Média de t Quadrado de t v = 2x/t a = 2x/t²

(cm) (s) (s) (s²) (cm/s) (cm/s²)
1.766
1 10 1.759 1.760 3.099 11.361 6.454
1.756
2.490
2 20 2.475 2.486 6.179 16.092 6.474
2.492
3.023
3 30 3.064 3.051 9.309 19.666 6.446
3.066
3.967
4 50 4.002 3.989 15.915 25.067 6.283
3.999
4.738
5 70 4.738 4.734 22.414 29.571 6.246
4.727
5.703
6 100 5.709 5.689 32.369 35.154 6.179
5.656
6.224
7 120 6.243 6.219 38.680 38.589 6.205
6.191
7.225
8 160 7.218 7.237 52.374 44.217 6.110
7.268
Fonte: adaptação de DIAS, 2012.

Com base na Tabela 1 foi plotado o gráfico da posição em relação ao tempo,


apresentado no Apêndice A. Pelo gráfico observa-se que nesse tipo de movimento o espaço
varia exponencialmente em relação ao tempo, no caso analisado com taxas de elevação
maiores a cada instante de tempo.
Observando o gráfico da posição em relação ao tempo ao quadrado (Apêndice B)
observa-se uma variação linear em função do tempo, ou seja, o espaço aumenta
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proporcionalmente com o quadrado do tempo. A inclinação da reta desse gráfico corresponde


à metade do valor da aceleração.
Analisando o comportamento da velocidade, por meio dos dados da Tabela 1, foi
construído o gráfico de velocidade contra tempo, disponível no Apêndice C. Nota-se que a
velocidade também varia linearmente com o tempo. É possível perceber que nesse caso a
velocidade aumenta valores iguais para intervalos de tempos iguais. Através da inclinação
desse gráfico obtém-se a aceleração do carrinho.
O gráfico da aceleração contra tempo para esse movimento encontra-se no
Apêndice D. O resultado não foi esperado uma vez que esse gráfico deveria ser uma reta
característica de uma função constante. Entretanto o gráfico encontrado foi uma reta com
pequena inclinação negativa, demonstrando que a aceleração decresceu um pouco com o
passar do tempo. A discrepância no resultado pode ter sido ocasionada por uma alteração na
tensão aplicada pelo cronômetro no carrinho durante o experimento. Outro possível causador
do erro é o fato do nivelamento do carrinho não ter sido realizado completamente.

6 QUESTIONÁRIO

1 O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t”?

R: O coeficiente angular de x contra t deveria corresponde à velocidade.

2 Quais as conclusões tiradas do gráfico “x contra t” em relação à velocidade ?

R: Concluiu-se que a velocidade varia para cada ponto.

3 O que representa o coeficiente angular do gráfico “x contra t²” ?

R: Representa a metade da aceleração do carrinho.

[...]

6 Determine a aceleração:
a) pelo gráfico x contra t²;
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R: Calculando a inclinação da reta através dos pontos e, que t²=3.099 e t²=6.179, obtém-se
uma inclinação de 3.247. Como a inclinação desse gráfico é metade da aceleração temos que
esta é igual a 6.494 cm/s².

b) pelo gráfico v contra t.


R: Calculando a inclinação da reta através dos pontos e, que t=1.760 e t²=2.486, obtém-se
uma inclinação de 6.522, que corresponde à aceleração em cm/s².

7 A aceleração de um corpo descendo um plano inclinado sem atrito é 𝑎 = 𝑔 𝑠𝑒𝑛 𝜃. Compare


o valor teórico da aceleração com o valor obtido experimentalmente. Comente os resultados.
R: O trilho de ar estava inclinado 0.34º em relação à mesa, assim a aceleração teórica para
esse caso é:
𝑎 = 9.8 𝑚⁄𝑠² ∙ 𝑠𝑒𝑛 0.34° = 0.05815 𝑚⁄𝑠 2 = 5.815 𝑐𝑚⁄𝑠 2
O valor obtido experimentalmente foi de 6.494 cm/s², embora o valor devesse ser mais
próximo do teórico.

7 CONCLUSÕES

A partir da análise do movimento do carrinho foi possível concluir que sua


velocidade variava com o passar do tempo. Entretanto, não foi possível observar
completamente um movimento retilíneo uniformemente variado, pois a aceleração obtida não
foi a mesma para todos os instantes de tempo.
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REFERÊNCIAS

DIAS, N. L. Roteiros de Aulas Práticas de Física I. Fortaleza: Universidade Federal do


Ceará, 2012.

KNIGHT, Randall D. Física 1: uma abordagem estratégica. 2. ed. Porto Alegre: Bookman,
2009.

RAMALHO JÚNIOR, Francisco; FERRARO, Nicolau Gilberto; SOARES, Paulo Antônio de


Toledo. Os fundamentos da Física: Mecânica. 10. ed. São Paulo: Moderna, 2009. v. 1.
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APÊNDICES
APÊNDICE A – Gráfico da posição em função do tempo

APÊNDICE B - Gráfico da posição em função do tempo ao quadrado


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APÊNDICE C – Gráfico da velocidade em função do tempo

APÊNDICE D – Gráfico da aceleração em função do tempo

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