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Cinemática I: escalar
1
1. Referencial Entretanto, se considerarmos o trenzinho como referencial, a trajetória
é uma reta orientada para cima na subida e uma reta orientada para baixo
Para descrevermos o estado de repouso e movimento de um ponto na descida.
material, sua trajetória ou seu deslocamento, precisamos de um corpo, ou Conclusão: A forma dessa linha imaginária (trajetória) depende do
conjunto de corpos, que tomaremos como referência para determinar as referencial adotado para sua observação. Portanto, referenciais diferentes
posições do ponto material. Este corpo é denominado referencial. podem observar trajetórias diferentes.
Os conceitos de movimento e repouso não são absolutos, mas sim
relativos, já que dependem do referencial adotado. Um corpo estará em
repouso quando sua posição não se alterar em relação a um referencial 3. Posição, deslocamento
com o decorrer do tempo. Caso ocorra alteração, dizemos que o corpo
está em movimento.
e distância percorrida
Unidade no SI: metro; abreviação: m.
Importante: A escolha de um referencial é uma tarefa muito importante na
Outras unidades comuns: centímetro (cm), milímetro (mm),
resolução de um problema, principalmente quando se faz uso de cálculos.
quilômetro (km).
Deve-se ter em mente que, a partir da escolha do referencial, a descrição do
movimento dos corpos que participam do fenômeno passa a ser feita em
relação a este referencial e só em relação a ele. Isso é muito importante,
3.1 Posição escalar (s)
pois, se não obedecido, pode levar seus cálculos a conclusões erradas. Por definição, posição é o número associado ao ponto da trajetória
ocupado por um móvel em determinado instante, de acordo com algum
1.1 Classificação do referencial referencial. No caso da cinemática escalar, utilizaremos como referencial
uma reta orientada e como origem das posições um ponto qualquer dessa
1.1.1 Referencial inercial mesma reta (em geral, associa-se a letra “O” para a origem).
Um referencial inercial é todo aquele que torna válida a lei da inércia,
ou seja, é qualquer sistema de referência que permanece em repouso ou O
em movimento retilíneo uniforme.
Assim, para determinarmos o módulo da posição de um móvel,
1.1.2 Referencial não inercial mediremos a distância desse ponto à origem adotada. É imprescindível ter
Um referencial não inercial é todo aquele que apresenta aceleração atenção para o sinal. Se o móvel estiver a favor do referencial, usaremos
em relação a um referencial inercial. Por esse motivo, os referenciais não o sinal positivo, e se estiver contra, o negativo.
inerciais são também conhecidos como referenciais acelerados.
Quando a situação não especificar o referencial a ser utilizado, 3.2 Deslocamento escalar (ΔS)
considere sempre a Terra ou o solo. Por exemplo, se em uma situação Considerando um móvel qualquer em movimento em relação a um
genérica for feita uma afirmação do tipo “um corpo se movimenta com referencial inercial, por definição, seu deslocamento escalar (∆S) em um
velocidade de 80 km/h”, assuma que essa velocidade é medida em relação intervalo de tempo ∆t = t2 – t1 é dado pela diferença entre as posições
à Terra ou ao solo. nesses respectivos intervalos de tempo.
Chamando a posição inicial e final, respectivamente, de s0 e s, teremos:
2. Trajetória DS = s – s0
A trajetória de um móvel corresponde à linha imaginária obtida ao serem
ligadas as posições ocupadas pelo móvel em instantes sucessivos durante 3.3 Distância percorrida (d)
seu movimento. Não podemos confundir o conceito de deslocamento escalar (∆S) com
Por exemplo, quando uma bola é lançada verticalmente para cima o conceito de distância percorrida (em geral, representada pela letra d).
de um trenzinho que se move com velocidade horizontal constante, a Distância percorrida é uma grandeza de utilidade prática que informa quanto
trajetória para um referencial parado fora do trenzinho é uma curva (ou a partícula efetivamente percorreu entre dois instantes, devendo, portanto,
seja, uma parábola). ser calculada sempre em módulo.
Para entender a diferença, considere a figura a seguir:
A B C D
Note que, por exemplo, a posição de um móvel que passa pelo ponto
A é = +90 km. Isso acontece porque o ponto A dista 90 km da origem
adotada e está no sentido positivo do referencial adotado (para a direita).
Um móvel (que anda sempre sobre o segmento orientado Dessa forma, a velocidade média em todo o trajeto AB é:
representado na figura), situado inicialmente em B, desloca-se para o
ponto A e, a seguir, para o ponto D. O deslocamento escalar no primeiro 2d 2d 2d 2v · v 1
Vm = = = = 1 2 = .
trajeto é de Ds = s – s0 = +90 – (+150) = –60 km (negativo, pois t1 + t2 d + d d (v1 + v 2 ) (v1 + v 2 ) 1 1
+
está contra o referencial). No segundo trajeto, o deslocamento escalar é v1 v 2 v1 · v 2 v1 v 2
Ds = s – s0 = +310 – (+90) = +220 km (positivo, pois está a favor 2
do referencial).
Note que, quando o trajeto é dividido em partes iguais, a velocidade
Note que, embora o deslocamento escalar do referido móvel de B até D média total é a média harmônica das velocidades em cada trecho (e não a
seja Dstotal = Ds1 – Ds2 = –60 + 220 = +160 km, a distância percorrida média aritmética). Para quem não se lembra, média harmônica é o inverso
entre o começo e o fim do deslocamento é de 280 km (60 km de B até A da média aritmética dos inversos.
e 220 km de A até D).
Matematicamente, podemos dizer que a distância percorrida pode Ex.2: Um móvel se desloca em uma trajetória retilínea ABC de modo que,
ser obtida por meio das somas dos deslocamentos escalares parciais. na primeira parte do percurso (AB), sua velocidade é v1 e, na segunda
parte (BC), sua velocidade é v2. Sabendo que o intervalo de tempo nas
d = ∑| ∆S | duas partes do percurso é o mesmo, determine a velocidade média em
todo o percurso.
No exemplo, tem-se d = |Ds1|+| Ds2|=|–60|+|220| = 280 km.
Solução:
Dica: Se algum exercício perguntar qual a distância percorrida por um Por conveniência, chamaremos o tempo em cada parte do percurso de t.
móvel, deve-se seguir o seguinte passo a passo: ∆s
Usaremos também que V = → ∆s = v ⋅ ∆t. Dessa forma, a velocidade
∆t
I. Encontrar os instantes em que o móvel troca o sentido do movimento.
média em todo o trajeto AC é:
Para isso, basta descobrir os pontos em que a velocidade é igual a zero.
II. Calcular os deslocamentos parciais em cada um dos intervalos de
AB + BC v1 · t + v 2 · t v1 + v 2
tempo limitados pelos instantes encontrados (assim, você garante Vm = = = .
que está olhando para um deslocamento em um único sentido). t1 + t2 2t 2
III. Somar os módulos dos deslocamentos encontrados. Note que, quando o trajeto é dividido em tempos iguais, a velocidade
média em todo o percurso é a média aritmética das velocidades em cada
4. Velocidade escalar média trecho.
Unidade no SI: metro por segundo; abreviação: m/s. 4.1 Conversão de unidades
Outras unidades comuns: centímetro por segundo (cm/s), milímetro
por segundo (mm/s), quilômetro por hora (km/h). No S.I., a unidade de velocidade é o m/s, embora a unidade mais
Conceitualmente, a velocidade escalar de um corpo mede a rapidez utilizada seja o km/h.
com a qual esse corpo muda de posição. Para convertermos os valores dados de um sistema de unidades para
Embora a velocidade seja uma grandeza vetorial (precisa de módulo, outro, deve-se partir da unidade original e substituir as unidades originais
direção e sentido para ser compreendida), por enquanto iremos abordar km 1.000m 1m
pelas unidades a que se quer chegar: 1 = = . Portanto,
seu comportamento escalar, ou seja, vamos nos preocupar somente h 3.600 s 3,6 s
com o seu módulo. Por esse motivo, na cinemática escalar, estudaremos
para passarmos de m/s para km/h, basta multiplicar por 3,6 o valor da
basicamente trajetórias retilíneas.
velocidade em m/s. De maneira análoga, para passarmos de km/h para
Por definição, a velocidade escalar média de um corpo em um trecho
m/s, dividimos o valor em km/h por 3,6.
de um percurso é a razão entre seu deslocamento escalar nesse intervalo
de tempo e o respectivo intervalo de tempo. Esquematicamente:
dividir por 3,6
∆S s − s0
Vm = =
∆t t − t0
Importante: A velocidade média não é a média das velocidades. Os exemplos km/h m/s
abaixo mostrarão a importância de usar o conceito correto de velocidade
média para não cair em armadilhas.
Ex.1: Um móvel se desloca em uma trajetória retilínea AB. Na primeira multiplicar por 3,6
metade do percurso, sua velocidade possui módulo v1 e na segunda
metade, módulo v2. Determine a velocidade média em todo o trajeto AB. Repare que o método utilizado acima pode ser utilizado para transformar
quaisquer unidades de velocidade. Por exemplo, se quisermos converter
Solução: 3 dam/min em m/s (repare que dam/min é uma unidade extremamente
Por conveniência chamaremos a distância entre os pontos A e B de 2d, o incomum), devemos proceder da seguinte forma:
tempo na primeira metade do percurso de t1 e na segunda metade de t2.
∆S ∆S dam 3 dam 30m m
Usaremos, também, que V = → ∆t = . Em problemas como este, 3 = = =0,5 .
∆t v min 1min 60 s s
a ideia é escrever a expressão da velocidade média para o percurso todo
e, só depois, substituir as variáveis que não foram dadas usando alguma
informação da questão.
5. Velocidade escalar instantânea Conclusão: a velocidade instantânea de um móvel pode ser obtida
calculando o coeficiente angular da reta tangente ao ponto considerado
Unidade no SI: metro por segundo; abreviação: m/s. em um gráfico s × t. Portanto:
Outras unidades comuns: centímetro por segundo (cm/s), milímetro I quanto mais inclinado for o gráfico, maior o módulo da velocidade
por segundo (mm/s), quilômetro por hora (km/h). instantânea naquele ponto. Quanto menos inclinado, menor o módulo
Conceitualmente, velocidade instantânea é a velocidade em um da velocidade.
instante específico do movimento. Como a velocidade é a razão entre II. se a reta tangente for horizontal (vértices), a inclinação é zero e, portanto,
o deslocamento e o intervalo de tempo, temos que, se calcularmos a a velocidade é zero. O móvel troca de sentido.
velocidade média para intervalos de tempo cada vez menores, (intervalos Matematicamente, a velocidade instantânea é o limite da velocidade
muito próximos de zero), tenderemos a chegar à velocidade naquele exato média quando o intervalo de tempo tende a zero (o conceito explicado
momento. anteriormente é exatamente o conceito de derivada). Ou, em outras
Para entender melhor esse conceito, vamos ao seguinte exemplo palavras, é a derivada de primeira ordem da posição em relação ao tempo
numérico: considere um móvel que se move em trajetória retilínea segundo ou a taxa de variação da posição em relação ao tempo.
a equação s(t) = t2 – 4t + 2, em que s está em metros e t, em segundos. ∆s ds
v = lim =
Essa é uma equação do tipo equação horária da posição, já que informa ∆t → 0 ∆t dt
a posição do móvel em função do tempo.
Para calcular a velocidade instantânea desse móvel no instante t = 3 s,
vamos calcular velocidades médias fazendo o intervalo de tempo tender
6. Aceleração escalar média
a um valor cada vez mais próximo de zero. Unidade no SI: metro por (segundo)2; abreviação: m/s2.
I. Tempo t = 0 s a t = 7 s. Nesses instantes, temos que as Outras unidades comuns: quilômetro por (hora); abreviação: km/h2.
posições são respectivamente iguais a s(0) = 02 − 4 ⋅ 0 + 2 = 2 m
e s(7) = 72 − 4 ⋅ 7 + 2 = 23 m . Logo, a velocidade média é dada por Conceitualmente, a aceleração escalar de um corpo mede a rapidez
∆s 23 − 2 com que o valor da velocidade muda, independentemente de essa
vm = = = 3 m/s. velocidade aumentar ou diminuir.
∆t 7−0
II. Tempo t = 1,5 s a t = 5 s. Analogamente, teremos que a velocidade Atenção para a diferença entre os conceitos: Velocidade mede a taxa
média é 2,5 m/s. da variação da posição em relação ao tempo; aceleração mede a taxa de
III. Tempo t = 2,8 s a t = 3,1 s. Analogamente, teremos que a velocidade variação da velocidade em relação ao tempo.
média é 1,9 m/s. Um carro de Fórmula 1, por exemplo, atinge altas velocidades em
trajetórias retilíneas. Entretanto, se ele mantiver a velocidade constante,
Note que, quanto menor o intervalo de tempo considerado e quanto não vai haver variação da velocidade. Por esse motivo, a aceleração seria
mais próximo do instante t = 3 s, a velocidade média calculada se igual a zero.
aproximará da velocidade instantânea em t = 3 s. Um elevador parado, por exemplo, tem velocidade igual a zero (já
É extremamente importante também entender o argumento gráfico. que sua posição não está mudando). Entretanto, imediatamente antes
Veja-se um exemplo a seguir: de começar a subir, ele possui aceleração maior que zero, já que sua
A curva azul representa também a posição de um móvel qualquer em velocidade vai variar logo depois.
relação ao tempo. Por definição, a aceleração escalar média de um corpo em um dado
trecho de um percurso é a razão entre a variação de velocidade escalar
s
nesse intervalo e o respectivo intervalo de tempo.
∆v v − v 0
am = =
∆t t − t0
Ds A unidade no SI da aceleração escalar média é m/s2. Assim sendo, dizer
que um corpo possui uma aceleração de 3 m/s2, por exemplo, significa
dizer que sua velocidade aumenta 3 m/s a cada segundo. Vale destacar
que, embora o m/s2 seja a unidade mais usada, ela não é a única. Qualquer
unidade de variação de velocidade sobre qualquer unidade de tempo nos
dará uma unidade de aceleração.
t
0
Dt 7. Aceleração escalar instantânea
Se quisermos calcular a velocidade média entre os instantes Unidade no SI: metro por (segundo)2; abreviação: m/s2.
representados pelos pontos brancos, basta dividir o ΔS representado no Outras unidades comuns: quilômetro por (hora)2; abreviação: km/h2.
eixo das ordenadas pelo Δt representado no eixo das abscissas.
Repare que, se o intervalo de tempo tender a zero, os dois pontos Para obtermos a aceleração de um móvel em um instante específico,
tendem a um só (ponto vermelho). Nesse caso, a velocidade média devemos calcular a aceleração instantânea. Seguindo a mesma ideia de
calculada vai se aproximar da velocidade instantânea naquele ponto. velocidade instantânea, podemos dizer que a aceleração instantânea é a
Graficamente, ao dividirmos ΔS por Δt quando Δt tende a zero, aceleração de um móvel em um ponto específico da trajetória.
acabamos descobrindo a tangente do ângulo formado entre o eixo das
abscissas e a reta que tangencia a curva vermelha, passando pelo ponto
vermelho.
Solução:
Observe que agora não podemos mais considerar t0 = 0 para os dois
11. Velocidade relativa
móveis. Com isso, as equações horárias ficam da seguinte forma: Em muitos problemas de movimentos retilíneos, a solução torna-se
SA = 40 · (t – 7) e SB = 1.400 – 30t (cabe ressaltar que a função muito mais simples ao se utilizar o conceito de velocidade relativa. Tal
horária de A só vale para t ≥ 7 s). conceito nada mais é do que uma mudança de referencial, admitindo-
-se que um dos corpos em movimento está parado e observando o
No encontro, SA = SB. Então, 40 · (t – 7) = 1.400 – 30t → 40t – 280 = movimento do outro corpo em questão. De forma prática, pode-se calcular
1.400 – 30t → 70t = 1.680 → t = 24 s. a velocidade relativa de aproximação ou de afastamento entre dois corpos
Isso significa que A se moveu durante 17 s e B, 24 s. em movimento de maneira muito simples (supondo Va e Vb em módulo):
∆s1 = área =
( 2v0 + at ) ⋅ t = v t + at 2
0
2 2
ƒ(x) No segundo intervalo de tempo o deslocamento é
∆s2 = área =
( 2v0 + 3 at ) ⋅ t = v t + 3 at 2
S 2
0
2
No terceiro intervalo de tempo o deslocamento é
x
a b
∆s3 = área =
( 2v0 + 5 at ) ⋅ t = v t + 5 at 2
0
b 2 2
S = ∫ f ( x )dx
a
E assim sucessivamente.
t
Consequentemente, podemos escrever que ∆S = ∫ v( t )dt Note que, em intervalos de tempos iguais, o corpo em MUV varia
t0
seus deslocamentos segundo uma progressão aritmética (PA) em que a
De forma parecida com a derivada, para calcular a integral de um razão é at2. Graficamente, note que, para cada “t” a mais no tempo, a área
polinômio, basta somar as integrais de cada termo. A regra a ser aplicada acrescentada é a de 2 metades de quadrado (ou 1 quadradinho inteiro),
1 sendo a área do quadrado igual a at2.
a cada termo é a seguinte: ∫ a ⋅ t n dt = a ⋅ ⋅ t n +1 + C . Note que, para
n+1 É possível chegar à mesma conclusão usando a equação horária de
uma integral indefinida como essa (não tem limites de tempo), surge uma posição.
constante C, que só poderá ser determinada com alguma informação do
problema (são as chamadas condições de contorno). 12.2 Velocidade média no MUV
Ex.: Usando o mesmo exemplo do módulo anterior, suponha que um móvel Considere um MUV qualquer de gráfico v × t abaixo:
tem sua velocidade em função do tempo dada pela equação v(t) = t2 – 5t + 6.
Para encontrar a equação horária da posição, precisamos integrar essa V(m/s)
função. Daí:
1 1 V
s( t ) = ∫ v( t )dt = ∫ ( t 2 − 5t + 6) dt = ∫ t 2 dt + ∫ ( − 5t )dt + ∫ 6dt = t 3 − 5 ⋅ t 2 + 6t + C.
3 2
1 1 V0
6dt = t 3 − 5 ⋅ t 2 + 6t + C. Essa constante poderia ser encontrada se o problema
3 2
informasse a posição inicial do móvel (já que, pela equação encontrada, t(s)
s(0) = C. t0 t
Integrais definidas são aquelas em que o intervalo de integração está
1
∆S área gráfico 2 (
definido. Elas são a área abaixo da curva de limites estabelecidos. A regra v + v 0 )⋅ ( t − t0 ) ( v + v0 )
a ser aplicada a cada termo, nesse caso, é a seguinte: Vm = = = → Vm =
1 1
∆t t − t0 ( t − t0 ) 2
n +1 n +1
tf
∫t0
n
a ⋅ t dt = a ⋅
n+1 f ⋅ t − a ⋅
n+1 0 ⋅ t
Ou seja, no MUV, a velocidade média em um dado percurso é a média
Em nosso exemplo, se quisermos descobrir o deslocamento do móvel
das velocidades nos extremos desse percurso.
entre 2 s e 4 s, precisamos fazer a integral da velocidade para os instantes de
Outra maneira de enxergar isso é olhar para o gráfico. Para que a
4 1 3 1 2
t = 2 s a t = 4 s. Daí: ∆s ∫2 ( t − 5t + 6)dt = ⋅ 4 − 5 ⋅ ⋅ 4 + 6 ⋅ 4 −
2
velocidade média seja a mesma, o deslocamento precisa ser igual.
3 2 Portanto, a área abaixo da curva precisa ser igual. Como o MUV forma
1 3 1 2 2 um trapézio e, portanto, sua área é bmédia · h, podemos traçar uma reta
3 ⋅ 2 − 5 ⋅ ⋅ 2 + 6 ⋅ 2 = m.
2 3 horizontal que diste bmédia da origem para chegarmos à mesma área. Como
v +v
bmédia = 1 f , então essa é a velocidade constante que gera o mesmo
Ex.: Essa propriedade gráfica nos permite visualizar um fato interessante 2
no MUV. Considere uma partícula com velocidade inicial v0 e aceleração deslocamento. Por esse motivo, essa é a velocidade média.
a. Seu gráfico v · t está representado na figura abaixo:
v V(m/s)
v0 + 4 at V
v0 + 3 at
v0 + 2 at V0
v0 + at t(s)
t0 t
v0
t
t 2t 3t 4t
12.3 Função horária de posição • Do instante 0 até t1, o espaço aumenta, o movimento é progressivo
(v > 0) e retardado, pois a e V têm sinais contrários (a < 0 e V > 0).
Considere um móvel se deslocando em MUV, cujo módulo da • Após t1, o espaço diminui, o movimento é retrógrado (v < 0) e
aceleração vale a e, no instante t0 = 0, sua posição é s0 e sua velocidade, v0. acelerado, pois a e V têm mesmo sinal (a < 0 e V < 0).
Para esse móvel, podemos escrever que: Independentemente do formato do gráfico s × t, podemos, sem fazer
( v + v0 ) → ∆s = ( v + v0 )
Vm =
cálculos, descobrir em que ponto desse gráfico s × t o móvel possui maior
2 t 2 velocidade. Veja o gráfico a seguir:
Como v = v0+ a · t, temos: s
∆S v 0 + at + v 0 ∆S 2v 0 + at 2v t at 2 at 2
= → = → ∆S = 0 + → s − s0 = v o t + tangente 1
t 2 t 2 2 2 2
2v 0 t at 2 at 2 P0
S = + → s − s0 = v o t + y0
2 2 2 tangente 2
Daí: P1
at 2 y1
s( t ) = s0 + v o t + f1
2
x2 x1 x0 t
Essa equação nos mostra a posição em função do tempo para um
móvel em MUV. Ela varia segundo uma função quadrática e deve ter seu Dado um gráfico s × t qualquer, a velocidade em um instante qualquer
gráfico representado por uma parábola, portanto. Conhecer essa parábola e é dada pelo coeficiente angular da reta tangente ao ponto correspondente
suas propriedades é muito importante. Por isso, vamos analisar os casos. a esse instante. Nesse exemplo, vemos que a reta tangente a P0 é mais
inclinada que a reta tangente a P1. Isso indica que vP0 > vP1.
1o caso: parábola com concavidade para cima:
12.4 Função horária de aceleração
S
Como no MUV, a aceleração tem valor constante, o gráfico a × t é
uma reta paralela ao eixo do tempo, podendo a aceleração assumir valores
positivos ou negativos.
S0
t2
a>0
0 t t a
1
t3
área = ∆V
• Nesse tipo de gráfico, a aceleração é positiva (a > 0).
• O ponto no qual a curva toca o eixo S corresponde ao espaço inicial t
S0. t área = ∆V
• Nos instantes t1 e t3, o corpo passa pela origem dos espaços (S = 0). a
• No instante t2, vértice da parábola, o corpo inverte o sentido de seu a<0
movimento (v = 0).
• Do instante 0 até t2, o espaço diminui, o movimento é retrógrado (v < 0)
e retardado, pois a e V têm sinais contrários (a > 0 e V < 0). Note que, se calcularmos a área dele, estamos multiplicando o eixo
• Após t2, o espaço aumenta, o movimento é progressivo (v > 0) e do tempo pelo eixo da aceleração. Como DV = a · Dt, concluímos que
acelerado, pois a e V têm mesmo sinal (a > 0 e V > 0). a área do gráfico a × t é numericamente igual à variação de velocidade.
S0
Dica: Em geral, quando o problema não precisa da variável tempo, essa
equação é bem útil.
0 t1 t2 t
v = v0 + at (elevando-se ao quadrado)
• Nesse tipo de gráfico, a aceleração é negativa (a < 0). v2 = v20 + 2av0t + a2t2
• O ponto no qual a curva toca o eixo S corresponde ao espaço inicial S0. v2 = v20 + 2a (v0t + a t2/2)
• Nos instante t2, o corpo passa pela origem dos espaços (S = 0). v2 = v2n + 2aDS
• No instante t1, vértice da parábola, o corpo inverte o sentido de seu
movimento (v = 0).
12.6 Dica para problemas de gráfico Obs.: Quando um corpo está em queda livre, as alturas percorridas a
cada segundo de movimento seguem uma PA, como já mencionado
Para ajudar a memorização, podemos utilizar o fluxograma abaixo, anteriormente. Por ter velocidade inicial nula, os deslocamentos a cada
que nos dá uma visão de conjunto de todas as propriedades gráficas: segundo seguem a seguinte sequência:
concavidade g ⋅ 12 g
– No primeiro segundo de movimento a altura é H = =
inclinação inclinação 2 2
ds dv g ⋅ 22 g
v= a= – No secundário segundo de movimento a altura é H = = 4⋅
S = f(t) dt v = f(t) dt a = f(t) 2 2
derivada da posição derivada de velocidade g ⋅ 32 g
(∆S) (∆V) – No terceiro segundo de movimento a altura é H = = 9⋅
área área 2 2
∆S = ∫ v(t) dt ∆V = ∫ a(t) dt E assim sucessivamente.
(integral da velocidade) (integral da aceleração) g
Fazendo x = , teremos que no n-ésimo segundo de queda livre, a
Convém ressaltar que, matematicamente, ao calcularmos a tangente 2
distância percorrida pelo corpo é d = x · (2n – 1), em que x é a distância
a um gráfico, estamos calculando a sua derivada e, ao calcularmos a área
percorrida no primeiro segundo e n, o instante pedido.
sob a curva, a integral das respectivas funções.
13. Movimentos verticais em campos Dica: Esse problema também poderia ser resolvido com a ideia de que
a distância percorrida no n-ésimo segundo é a distância percorrida
gravitacionais uniformes pelo móvel até o instante n menos a distância percorrida pelo móvel
até o instante n – 1. Ao fazer isso, você transforma um problema que
Todos os corpos ao redor da Terra são puxados para o seu centro. Isso aparentemente não é de queda livre (já que o corpo tem velocidade no
ocorre devido ao que chamamos de campo gravitacional e a cada ponto instante n – 1) em um problema de queda livre. É muito mais interessante
desse campo temos associado um vetor chamado aceleração gravitacional transformar em queda livre, pois as equações são bem mais simples.
(ou simplesmente gravidade).
O que gera essa gravidade, suas propriedades e efeitos serão discutidos
no módulo sobre gravitação. Aqui, iremos ver do ponto de vista da cinemática 13.2 Lançamento vertical para baixo
como isso influencia os corpos abandonados na proximidade da Terra. No lançamento vertical para baixo, consideramos um corpo que é
Primeiro, temos que saber que, nos problemas que envolvem movimentos lançado para baixo (tem, portanto, velocidade inicial vertical para baixo)
no campo gravitacional terrestre, considera-se a aceleração da gravidade em um local livre da resistência do ar e com aceleração da gravidade
constante quando esses movimentos envolvem alturas muito pequenas constante. Esse corpo, tal como na queda livre, vai executar um MUV em
comparadas com o raio da Terra. A aceleração da gravidade próxima à que a = g. Nesse caso, as equações podem ser escritas como:
superfície da Terra é g = 9,8 m/s2, porém utiliza-se comumente o valor de
10 m/s2. A gravidade terrestre varia em função da latitude, mas isso também
x
será abordado no tópico de gravitação.
Vo = 0
Por ter valor aproximadamente constante, podemos dizer que todos
os corpos lançados ou abandonados na superfície da Terra ficam sujeitos
à mesma aceleração, executando, assim, um MUV. Em outras palavras,
sempre podemos utilizar os conhecimentos adquiridos no estudo de MUV
(gráficos, equações, etc.) para os movimentos verticais. Cabe ressaltar g
que a gravidade não depende da massa do corpo que está submetido a ela.
O livro, a formiga, você, um avião e qualquer outro objeto ficam sujeitos
à mesma aceleração (desde que a resistência do ar seja desprezada).
v0 > 0 at 2 gt 2
g = 10 m/s2 ∆S = v 0 t + H= at 2 gt 2
2 2 ∆S = v o t + H = vot +
2 2
v2 = v20 + 2aDS v2 = 2 gH
v 2 = v o2 + 2 a∆S v 2 = v o2 + 2 gH
Note que as equações de queda livre não são novas equações. Como
já dito anteriormente, são as equações de MUV para essa situação.
13.3 Lançamento vertical para cima móvel. Nesse caso, a gravidade é negativa sempre. É comum as pessoas
trocarem o sinal da gravidade de acordo com o movimento de descida
Um corpo lançado verticalmente para cima tem a subida como um ou subida. Isso não existe. A gravidade vai ter um único sinal em todo o
movimento retardado e a descida como um movimento acelerado em problema e isso só depende do referencial adotado.
que v0 = 0 (queda livre). Esses movimentos de subida e de descida são
simétricos. Há duas conclusões importantes acerca disso:
Dica: Em um número significativo das questões desse tipo de lançamento,
I. O módulo da velocidade com que um corpo passa subindo por uma é muito mais fácil estudar a descida (já que a descida é como se fosse
altura qualquer é a mesma que ele passa descendo pela mesma altura. uma queda livre). Lembre-se disso!
Demonstração:
Ex.:
Aplicando a equação de Torricelli:
Um corpo é lançado para cima do topo de um prédio de 200 metros com
velocidade inicial de 30 m/s em um local em que a resistência do ar pode
ser considerada desprezível. Considerando a gravidade igual a 10 m/s2,
v1 determine:
Solução:
Antes de responder à pergunta, vamos definir nosso referencial orientado
para cima e com origem no solo. A figura a seguir representa o exposto:
v22 = v12 + 2gDS
DS = 0 (S1 = S2)
200 m
v22 = v12 ⇒ v2 = – v1
Demonstração:
origem
A equação horária de posição para o corpo que é lançado para cima fica
assim:
VB B –VB
gt 2
h = h0 + v 0 t − → h = 200 + 30t − 5t 2
2
a. O tempo de permanência no ar é o tempo que ele leva para atingir o
solo (h = 0).
0 = 200 + 30t – 5t2 → 0 = 40 + 6t – t2
VA A –VA t = –4 s (não convém) ou t = 10 s (convém).
Obs: Esse item poderia ser feito sem a utilização da equação horária de
∆v posição.
g=
∆t Tempo para atingir a altura máxima: v = v0 – gt → 0 = 30 – 10t → t = 3 s
v B − v a −v A + v B Para retornar a altura do lançamento gastará 3 segundos em queda livre.
g= =
∆t AB ∆t ' AB gt 2 10 ⋅32
H= = = 45 m
∆t AB = ∆t ' AB 2 2
Como a altura de subida é igual à de descida, temos que a altura máxima
é 200 + 45 = 245 m.
As equações para um corpo lançado verticalmente para cima são as
mesmas do MUV. c. A equação horária de velocidade no MUV é v = v0 – gt → v = 30 – 10t.
O corpo chega ao solo no instante 10 segundos.
Atenção! 1v = 30 – 10t → v = 30 – 10 · 10 → v = –70 m/s (negativo), pois
Uma vez adotado o referencial, ele precisa ser mantido para todas imediatamente antes de chegar ao solo o vetor velocidade aponta para
as variáveis. A maneira mais comum de resolver problemas desse tipo é baixo, ou seja, contra o sentido do referencial adotado.
orientarmos o referencial positivo para cima e a origem na posição inicial do
13.4 Influência do ar P1
Alguns problemas, mais empíricos, não desprezam a influência do ar ϕ2
∆ϕ P1
nos movimentos verticais. Tal fenômeno será estudado mais adiante, em
dinâmica. No entanto, pode-se adiantar que a resistência do ar depende ϕ1
da forma e da velocidade do corpo e sua expressão é dada por
Fr = c · v2
em que c é uma constante que depende da forma do corpo e da área da
secção transversal do corpo e v é a velocidade instantânea do corpo.
Isso significa que, para um corpo qualquer, quanto maior for a velocidade,
∆ϕ = ϕ2– ϕ1
maior será a resistência do ar. Evidentemente, a resistência do ar não cresce
indefinidamente. Seu crescimento só ocorre enquanto é menor que a força
peso para o corpo. Isso porque a força de resistência é proporcional ao A unidade mais usual de ângulo é o radiano. Para determinar o ângulo
quadrado da velocidade. No momento em que seu valor se iguala ao valor da nessa unidade, basta calcular a razão entre o arco percorrido e o raio.
força peso, a aceleração passa a ser zero e a velocidade para de aumentar. Por definição, um radiano é o ângulo descrito quando o comprimento do
Consequentemente, a força de resistência para de crescer e fica igual ao arco é igual ao raio. Portanto, se considerarmos uma volta, teremos que
peso desse instante para frente. Nesse momento, o corpo atinge a sua 2πR
arco = 2πR → ângulo = =2π rad → 2π rad = 360° → π rad = 180°.
velocidade limite. A partir daí, o movimento de queda torna-se uniforme, R
ou seja, o corpo cai com velocidade constante. 14.2 Velocidade angular
Cálculo da velocidade limite: Unidade no SI: radiano por segundo; abreviação: rad/s.
m⋅ g m⋅ g Outras unidades comuns: grau/segundo.
P = Fr → m ⋅ g = c ⋅ v 2 → v 2 = → vL =
c c
Definimos a velocidade angular média (ωm) como a razão entre o
em que: deslocamento angular e o tempo gasto para tal deslocamento.
m → massa do corpo; P2
∆t
g → aceleração da gravidade local; ∆ϕ
c → coeficiente de atrito com o ar. P1
Analogamente ao que foi dito na cinemática escalar, existe diferença Ex.: (UFU) Em uma pista circular de um velódromo, dois ciclistas
entre aceleração angular média e aceleração angular instantânea. cor rem em sentidos opostos. O ciclista A par te com uma
A aceleração angular instantânea é dada pela aceleração angular média velocidade angular constante de 0,50π rad/s e o cilclista B, com
para um intervalo de tempo tendendo a zero. 1,5 π rad/s, 2,0 segundos após. Eles vão se encontrar pela primeira vez:
∆ ω dω P
α i = lim =
∆ t →0 ∆ t dt
A
14.4 Relação entre a cinemática
angular e a escalar Q ponto de partida
Para mostrar a relação direta entre a velocidade angular média (ωm)
e a velocidade escalar média (vm), vamos partir da definição de radiano. B
arco percorrido ∆S
∆ϕ = = → ∆S = ∆ϕ · R
raio R R
Diferenciando em relação ao tempo, temos que: (A) no ponto P.
(B) entre P e Q.
d dt ds dϕ
(∆ S) = (∆ ϕ ⋅ R ) → =R⋅ → V = ωR (C) no ponto Q.
dt dt dt dt (D) entre Q e R.
Diferenciando em relação ao tempo mais uma vez, temos que: (E) no ponto R.
d d dv dω
( v ) = ( ωR ) → = R⋅ → a = αR Solução: Letra D.
dt dt dt dt Adotaremos um sistema de referência com origem no ponto de partida e
positivo no sentido anti-horário. O enunciado diz que os ciclistas mantêm a
14.5 Tipos de movimento circular velocidade constante. Temos, portanto, um MCU. Escrevendo as equações
horárias, a partir do movimento de B, teremos:
Os movimentos circulares normalmente seguem um padrão. Ou são
movimentos circulares uniformes (MCU), ou são movimentos circulares ϕA = 0 + 0,5 · π · (t + 2) ϕB = 0 – 1,5 · π · t
uniformemente variados (MCUV). No primeiro caso, a velocidade angular
é constante e, consequentemente, sua aceleração angular é nula. A função
No encontro, a soma dos módulos dos deslocamentos angulares tem
horária no MCU nasce da mesma ideia do MRU.
que ser igual a 2π (uma volta completa).
dividindo-se cada Importante: Note como há uma diferença relevante aqui. Em MRU
s = so + vt ϕ = ϕo + ω t ou MRUV, o encontro acontecia quando as posições eram iguais. Aqui,
v = cte
a=0
⇒ função horária por R,
obtemos as equações ⇒ ω = cte
α=o
é importante contar o número de voltas.
do MRU
Isso significa que eles se encontraram 0,5 segundo após a saída de B.
No movimento circular uniformemente variado (MCUV), a aceleração
angular é constante e não nula. Nesse caso, a velocidade angular sofre
alterações iguais para o mesmo intervalo de tempo. Suas funções horárias |ϕA|+|ϕB|= 2π → 0,5 · π · (t + 2) + 1,5 · π · t =
podem ser determinadas a partir das equações de MUV: 2 · π → 0,5 · t + 1 + 1,5t = 2 → 2t = 1 → t = ½ s.
Frequência (f) é o número de ciclos dados em uma unidade de tempo. Daí, a velocidade de todos os pontos da correia vai ser a mesma,
No SI, a unidade é o Hertz (Hz) = (ciclos/s). Contudo, existe uma unidade assim como os “dentes” das polias. Portanto:
ainda muito utilizada denominada rpm (rotações por minuto). Sua relação
com o Hertz é 1 Hz = 60 rpm. ω R = ω R
A partir das definições apresentadas, podemos escrever que: A A B B
v A = v B fA RA = fB RB
Pela definiçao R R
1volta → T segundos A
= B
TA TB
f voltas → 1 segundo
Uma consequência imediata é que quanto maior o raio do disco, menor
Então: será sua velocidade angular.
1
=f.T 1=
ou T
f Ex.: (Unicamp-2005) Em 1885, Michaux lançou o biciclo com uma roda
dianteira diretamente acionada por pedais (fig. A). Por meio do emprego da
A velocidade angular no MCU para k voltas pode ser escrita como: roda dentada, que já tinha sido concebida por Leonardo da Vinci, obteve-se
k ⋅ 2π 2π melhor aproveitamento da força nos pedais (fig. B). Considere que um ciclista
ω= = → ω = 2π ⋅ f
k ⋅T T consiga pedalar 40 voltas por minuto em ambas as bicicletas.
Dado: π 3.
14.7 Transmissão de movimento
Pode ser feita basicamente de duas maneiras: transmitindo velocidade
angular (fazendo com que discos, rodas, polias ou engrenagens possuam 10 cm
seus eixos interligados) ou transmitindo velocidade linear (interligando
os corpos por meio de uma correia ou corrente, ou fazendo com que os
corpos se toquem.).
Na transmissão de velocidade angular, os eixos dos discos são
dispostos coaxialmente. Dessa maneira, quando um executar k voltas, o 25 cm
outro também terá executado k voltas. 30 cm
figura A figura B
R1 Solução:
ω1
a. No biciclo de Michaux, a frequência imposta é exatamente a frequência
ω2 de movimento. Assim:
40
Como a rotação das polias é igual à do eixo: v=2·πƒ·R≅2·3· · 0,6 ≅ 2,4 m/s.
60
b. Na bicicleta, temos que a velocidade linear (escalar) da coroa dentada
é a mesma do pinhão.
T1 = T2
dc d 40
ω1 = ω 2 V1 V2 vcoroa = vpinhão → 2 · π ƒc · = ωp · p → 2 · 3 · · 25 =
R = R 2 2 60
1 2
20
ωp ⋅ → ω = 10 rad/s.
2
Na transmissão de velocidade linear, os discos são interligados, de A velocidade angular do pinhão é a mesma velocidade angular da roda:
modo que quando um deles tem um deslocamento escalar, o outro disco
tenha o mesmo deslocamento. v roda
ωpinhão = ωroda → 10= → vroda = 10 · 0,3 → vroda = 3 m/s.
R
ϖA
Ex.: (UFRJ-1998) O olho humano retém durante 1/24 de segundo as
ϖB
imagens que se formam na retina. Essa memória visual permitiu a invenção
do cinema. A filmadora faz 24 fotografias (fotogramas) por segundo. Uma
RB RB vez revelado, o filme é projetado à razão de 24 fotogramas por segundo.
RA ϖA ϖB RA Assim, o fotograma seguinte é projetado no exato instante em que o
vB B B vB fotograma anterior está desaparecendo de nossa memória visual, o que
A vA A nos dá a sensação de continuidade.
vA
∆SA = 2 L.
∆t =
(
L 2 2 +3 ).
2v
Calcule quantas rotações por segundo, no mínimo, as pás devem estar Calculando a velocidade média:
efetuando para que isto ocorra.
vm =
∆S
=
L 2+2
=
( )
2 + 2 2v
=
( )
2 + 2 2v 2 2 − 3
⋅
(
⇒
)
Solução:
∆t L 2 2 +3 ( )
2 2 +3 2 2 + 3 2 2 − 3
A ilusão de que as pás estão girando no sentido oposto ao real é devido ao 2v
fato de nosso cérebro interpretar que o movimento, de um fotograma para
vm =
(4 − 3 2 + 4 2 − 6 2v ) =
(2 )
2 −4 v
⇒
o outro, dá-se no sentido do menor deslocamento angular. O olho humano 8−9 −1
tira fotos da realidade de 1/24 a 1/24 segundo e “junta” as sucessivas
imagens, sempre atribuindo o menor caminho a cada objeto. (
v m = 4 − 2 2 v. )
Entre dois fotogramas consecutivos, a pá destacada efetua, no mínimo,
3/4 de volta, em um intervalo de tempo de 1/24 s. Portanto, a frequência
mínima de rotação é: 02 Dois tratores, I e II, percorrem a mesma rodovia e suas posições
variam com o tempo, conforme o gráfico a seguir:
3 s(km)
4 = 3 ⋅ 24 = 18 Hz.
ƒ= 300
1 4 1 I
24 270
II
60
0 3 t(h)
01 Um turista, passeando de bugre pelas areias de uma praia em
Natal-RN, percorre uma trajetória triangular, que pode ser dividida em três Determine o instante do encontro desses veículos.
trechos, conforme a figura abaixo.
Solução:
Para um intervalo de tempo de 3 horas, o trator I se deslocou 60 km e
o trator II se deslocou –30 km. Com isso, temos que vI = 20 km/h e
A vII = –10 km/h. Escrevendo as equações horárias para cada trator, temos:
C
vp =
(
dx d 16 − 8t
=
2
)= −16 ⋅ 2 = −32m/s. 06 Uma partícula, a partir do repouso, descreve um movimento retilíneo
dt dt uniformemente variado e, em 10 s, percorre metade do espaço total previsto.
A segunda metade desse espaço será percorrida em, aproximadamente:
04 Em relação a um referencial cartesiano OXY, uma partícula se move
de acordo com as equações: (A) 2,0 s.
x = 8t – 4t2 e y = 12t – 6t2 (B) 4,0 s.
(C) 5,8 s.
Determine a equação cartesiana da trajetória para esta partícula. (D) 10 s.
(E) 14 s.
Solução:
Para determinar a equação da trajetória precisamos colocar x em função Solução:
de y. O gráfico a seguir ilustra o movimento da partícula que parte do repouso
x = 4 (2t – t2) → (2t – t2) = x/4 e possui aceleração a:
y = 6 (2t – t2) → (2t – t2) = y/6
x y v(m/s)
Logo, =
4 6
a·t
y = 1,5x.
Como t = ∆s/v 32 B
28
1a equação: tx = x/50
2a equação: ty = y/75 A
3a equação: tz = z/70 14
4a equação: tMC = tx/2 + ty = (y + x/2)/60
5a equação: tAD = tx + ty + tz = (x + y + z)/60
0 4 78 t(s)
Substituindo as equações 1, 2 e 3 nas equações 4 e 5:
Na 4a equação obteremos x = 2y Qual a velocidade da partícula B, em m/s, no primeiro encontro entre A e B?
Na 5a equação obteremos z = 7/5y
at 2
SB = 0 + v 0 ⋅ t + h
2
at 2 a ⋅ 42
SB = v 0 ⋅ t + → 32 = v 0 ⋅ 4 + → 32 = 4v 0 + 8 a→ v 0 + 2 a = 8
2 2
at 2 a ⋅ 72
SB = v 0 ⋅ t + → 14 = v 0 ⋅ 7 + → 28 = 14v 0 + 49 a→ 2v 0 + 7 a = 4
2 2 H
a = – 4 m/s2 e v0 = 16 m/s → SB = 16 · t – 2t2
No encontro SA = SB → 28 – 2t = 16t – 2t2 → 2t2 – 18t + 28 = 0 →
t2 – 9t + 14 = 0 → t = 2 s ou t = 7 s.
A B v
(A) .
g
10v
(B) .
D C 7g
20v
(C) .
(A) A bola que se move pelo trecho ABC chega ao ponto C primeiro. 3g
(B) A bola que se move pelo trecho ADC chega ao ponto C primeiro. v
(C) As duas bolas chegam juntas ao ponto C. (D) 12 .
g
(D) A bola de maior massa chega primeiro (e se tiverem a mesma massa,
chegam juntas). Solução: Letra C.
(E) É necessário saber as massas das bolas e os ângulos relativos à
vertical de cada parte dos trechos para responder. v0 y
−v 0 2R
Solução: Letra B.
Como o enunciado fala que AD é paralela a BC e AB é paralela a DC, 2v 0 R é o raio da
consideraremos os movimentos como MRUV. Nesse caso, a velocidade roda-gigante
média entre dois pontos é a média aritmética da velocidade entre esses
dois pontos. Portanto: O
V +V V situação inicial
VAD = A D → VAD = D
2 2 situação inicial
VA + VB VB
VAB = → VAB =
2 2 O intervalo de tempo entre o começo e o fim é T/2.
VC + VD T
2
VDC = g
2 2
gt T 2 g ⋅T2 T
VB + VC h = h0 + v 0 t − → 0 = 2R + v ⋅ − → − v ⋅ − 2R = 0
VBC = 2 2 2 8 2
2
Já que VD > VB temos que VAD é maior que VAB e VDC é maior que VBC. 2⋅π⋅ R v ⋅T
Porém v = →R= . Substituindo, teremos:
Portanto, no trajeto ADC a velocidade escalar média é maior que no trajeto T 6
ABC e, como a distância total percorrida é a mesma, concluímos que o
tempo gasto no trajeto ADC é menor. g ⋅T2 T v ⋅T 20 v
−v⋅ −2 = 0 → 3 g ⋅ T 2 − 12v ⋅ T − 8v ⋅ T = 0 → T = ⋅ .
8 2 6 3 g
11 Uma pessoa brincando em uma roda-gigante, ao passar pelo ponto
mais alto, arremessa uma pequena bola (figura 1), de forma que esta
descreve, em relação ao solo, a trajetória de um lançamento vertical para
cima.
01 (EsPCEx) Em uma mesma pista, duas partículas, A e B, iniciam seus
movimentos no mesmo instante com as suas posições medidas a partir
da mesma origem dos espaços. As funções horárias das posições de A
e B, para S, em metros, e t, em segundos, são dadas, respectivamente,
por SA = 40 + 0,2t e SB = 10 + 0,6t. Quando a partícula B alcançar a
partícula A, elas estarão na posição:
(A) 55 m.
(B) 65 m.
(C) 75 m.
(D) 105 m.
(E) 125 m.
0 t(s)
x x x
–24
a a a
a a a
2 2 2
0 b b t 0 b b t 0 2b b t (D) V(m/s)
3 2 3
18
Nas três situações, são iguais as velocidades:
16
(A) iniciais.
(B) finais
(C) instantâneas. 4 t(s)
(D) médias
(A) 0,5 m.
tA tB tC t
(B) 0,6 m.
(C) 0,7 m.
É correto afirmar que:
(D) 0,8 m.
(A) a velocidade no instante tAé menor que a velocidade no instante tB.
06 (AFA) Sabendo-se que a função horária de uma par tícula é:
(B) para tC, a aceleração do móvel é nula.
S = –t2 + 16t – 24, o gráfico que representa a função V = f(t) será:
(C) para tA < t < tC, o movimento é acelerado.
(D) para tB < t < tC, a velocidade do móvel decresce de maneira uniforme.
(A) V(m/s)
08 (AFA) Um vagão movimenta-se sobre trilhos retos e horizontais
obedecendo à equação horária S = 20t – 5t2 (SI). Um fio ideal tem uma
de suas extremidades presa ao teto do vagão e, na outra, existe uma
0 esfera formando um pêndulo. As figuras que melhor representam as
t(s)
configurações do sistema vagão-pêndulo de velocidade v e aceleração a,
–24
nos instantes 1 s, 2 s e 3 s, são, respectivamente:
(A)
(B) V(m/s)
α V α V=0 α V
16
(B)
0 8 t(s) α V α V=0 α V
(C) v(m/s)
α V α V α V 15
(D)
t(s)
α V α V α V 0 5
velocidade
v
D 3t 4t
(A) 120 rpm. t 2t tempo
(B) 80 rpm.
(C) 60 rpm. –v
(D) 30 rpm.
(E) 20 rpm.
(A) v .
10 (AFA) Duas partículas, A e B, desenvolvem movimentos sobre uma t
mesma trajetória, cujos gráficos horários são dados por: 3v
(B) .
s(m) 4t
v
(C) .
32 B 4t
28 v
(D) − .
14 4t
A
3v
(E) − .
4t
0 4 78 t(s)
13 A função horária da posição de um móvel é dada pela seguinte equação:
No instante em que A e B se encontram, os módulos das velocidades de 2
S = t 3 − 7t 2 + 20t − 6, em que S e t estão nas unidades do SI.
A e de B valem, respectivamente: 3
Responda às seguintes perguntas:
(A) 2 e 12.
(B) 2 e 16. a. Qual a velocidade média entre os instantes 1 e 4 segundos?
(C) 2,57 e 12. b. Em que instantes o corpo inverte o sentido de movimento?
(D) 2,57 e 16 c. Qual a distância total percorrida pelo corpo entre os instantes
0 e 6 segundos?
11 (EsPCEx) O gráfico a seguir descreve a velocidade V, em função do d. Para que intervalos de tempo o movimento do corpo é acelerado?
tempo t, de um móvel que parte da posição inicial 10 m de sua trajetória. e. Para que intervalos de tempo o movimento do corpo é retrógrado?
A função horária da sua posição, em que o tempo t e a posição S são
dados, respectivamente, em segundos e em metros, é: 14 Um corpo, ao ser lançado para cima com certa velocidade, atinge o
solo após um tempo t1. Ao ser lançado para baixo com a mesma velocidade,
atinge o solo após um tempo t2. Quanto tempo levaria para atingir o solo
caso fosse abandonado do mesmo ponto?
15 (AFA) Certa mãe, ao administrar um medicamento para o seu filho, a. Qual carro está na frente assim que eles saem do ponto inicial?
utiliza um conta-gotas pingando em intervalos de tempo iguais. A figura b. Em que instante(s) os carros estão no mesmo ponto?
a seguir mostra a situação no instante em que uma das gotas está se c. Em que instante(s) a distância entre os carros A e B não aumenta nem
soltando. diminui?
d. Em que instante(s) os carros A e B possuem a mesma aceleração?
08 Duas partículas, A e B, percorrem uma mesma circunferência com percorre também com velocidade constante e igual a 25 m/s. A segunda
movimentos uniforme e períodos respectivamente iguais a T e nT, sendo n metade desse trajeto é sempre percorrida com velocidade constante e igual
um número inteiro positivo. No instante t = 0, as partículas ocupam uma à média aritmética das duas velocidades anteriores. Nessas condições,
mesma posição PO. Sabendo-se que as partículas caminham no mesmo quando o veículo percorrer a primeira metade do trajeto com velocidade
sentido, o valor de n para que as partículas só se encontrem na mesma constante de 25 m/s, a velocidade média, em km/h, ao longo de todo
posição PO é: o trajeto, a distância, em km, entre as cidades e o tempo gasto, em h,
na primeira metade do trajeto quando a velocidade vale 15 m/s valem,
(A) 2. respectivamente:
(B) 3.
(C) 4. (A) 40, 270 e 2,5.
(D) 5. (B) 40, 270 e 4,5.
(E) n.r.a. (C) 80, 270 e 5,0.
(D) 80, 540 e 3,0.
09 O trajeto de um móvel é dividido em n trechos iguais. No primeiro,
móvel tem velocidade média V1, no segundo, V2 e assim por diante até 14 (ITA – adaptada) Considere dois carros que estejam participando de
que o último tem velocidade média Vn. Prove que a velocidade média do uma corrida. O carro A consegue realizar cada volta em 80 s, enquanto
móvel no percurso total é a média harmônica das velocidades médias em o carro B é 5,0% mais lento no tempo de uma volta. O carro A é forçado
cada trecho. a uma parada nos boxes ao completar a volta de número 6. Incluindo
aceleração, desaceleração e reparos, o carro A perde 135 s. Qual deve
Obs.: Média harmônica de n números é o inverso da média aritmética dos ser o número mínimo de voltas completas da corrida para que o carro A
inversos dos mesmos n números. possa vencer?
10 (ITA) Para multar motoristas com velocidades superior a 90 km/h, um (A) 28.
guarda rodoviário, munido de binóculo e cronômetro, aciona o cronômetro (B) 33.
quando avista o automóvel passando pelo marco A e faz a leitura no (C) 34.
cronômetro quando vê o veículo passar pelo marco A, em seguida faz a (D) 27.
leitura no cronômetro quando vê o veículo passar pelo marco B, situado (E) n.r.a.
a 1.500 m de A. Um motorista passa por A a 144 km/h e mantém essa
velocidade durante 10 segundos, quando percebe a presença do guarda. 15 Considere que em um tiro de revólver, a bala percorre trajetória retilínea
Que velocidade média deverá manter em seguida, para não ser multado? com velocidade V constante, desde o ponto inicial P até o alvo Q.
17 A maior aceleração (ou desaceleração) tolerável pelos passageiros de 21 (ITA) Um automóvel a 90 km/h passa por um guarda em um local
um trem urbano é de 2 m/s2. Sabe-se que a distância entre duas estações em que a velocidade máxima é de 60 km/h. O guarda começa a perseguir
consecutivas é de 800 m e que o trem para em todas as estações. o infrator com sua moto mantendo aceleração constante até que atinge
108 km/h em 10 segundos e continua com essa velocidade até alcançá-lo.
Sugestão: Resolva essa questão utilizando o gráfico da velocidade escalar Qual a distância total percorrida pelo guarda?
em função do tempo.
22 (IRODOV) Um automóvel, tendo velocidade inicial nula, desloca-se
Determine:
por um caminho reto. Inicialmente, ele trafega com aceleração constante
a. a máxima velocidade que o trem pode atingir no percurso de uma w= 5 m/s2, logo depois com uma velocidade constante e, finalmente,
estação a outra. reduz sua velocidade com a mesma aceleração w, parando. Durante os
b. o tempo mínimo para o trem ir de uma estação a outra consecutiva. 25 segundos de movimento, sua velocidade média foi de 72 km/h. Durante
quanto tempo o automóvel manteve sua velocidade constante?
18 (ITA) Os espaços de um móvel variam com o tempo, conforme o
gráfico a seguir, que é um arco de parábola cujo vértice está localizado 23 Dois carros, A e B, movem-se no mesmo sentido com velocidades VA
no eixo e: e VB, respectivamente. Quando o carro A está a uma distância d atrás de
B, o motorista do carro A pisa no freio, o que causa uma desaceleração
e(m) constante de módulo a. Qual a condição necessária para que não haja
colisão entre A e B?
57
24 (IME) De dois pontos, A e B, situados sobre a mesma vertical,
respectivamente a 45 m e 20 m do solo, deixam-se cair duas esferas,
no mesmo instante. Uma prancha desloca-se no solo horizontalmente
com movimento uniforme. Observa-se que as esferas atingem a prancha
em pontos que distam 2 m. Nessas condições, supondo g = 10 m/s2 e
desprezando a resistência do ar, qual a velocidade da prancha?
48
25 Na figura abaixo, é representada uma barra de comprimento L, unida a
duas cordas acopladas nas polias 1 e 2. Determine, em função dos dados
abaixo, o tempo gasto para que a barra esteja na horizontal, sabendo que
0 a polia 1 gira no sentido horário e a polia 2 no anti-horário.
1 2 t(s)
Dado: ω1 – ω2 = ω.
Determine:
a. o espaço em t = 0.
b. a aceleração escalar. ω1 ω2
RA RB
c. a velocidade em t = 3 s.
s
04 Em uma rodovia de mão dupla, um carro encontra-se 15 m atrás de
um caminhão (distância entre os pontos médios), ambos trafegando a
80 km/h. O carro tem uma aceleração máxima de 3 m/s2. O motorista deseja R1
ultrapassar o caminhão e voltar a sua pista 15 m adiante do caminhão. No Rn +1 Rn
momento em que começa a ultrapassagem, avista um ônibus que vem 60°
En + 1
vindo no sentido oposto, também a 80 km/h. A que distância mínima En
precisa estar do outro carro para que a ultrapassagem seja segura?
E1
05 Dois carros estão em repouso em duas estradas perpendiculares.
t
O primeiro está a uma distância l da interseção das duas estradas e o
segundo a uma distância d do mesmo ponto. Os dois começam a mover-se
Nessa figura, está representada uma máquina hipotética constituída de uma
simultaneamente em direção à interseção, o primeiro com aceleração
sequência infinita de engrenagens circulares, E1, E2, E3..., que tangenciam
constante a e o segundo com aceleração constante b. Qual a menor
as retas s e t. Cada engrenagem En tangencia a próxima engrenagem En + 1.
distância que eles tiveram entre si durante seus movimentos?
Para todo número natural n, Rn e ωn são, respectivamente, o raio e a
velocidade angular do circuito En.
06 (IME) Um elevador parte do repouso e sobe com aceleração constante
Considerando estas informações e que R1 = 0,1µ:
igual a 2 m/s2 em relação a um observador fixo fora do elevador. Quando
sua velocidade atinge o valor v = 6 m/s, uma pessoa que está dentro do
a. Determine Rn em função de n.
elevador larga um pacote de uma altura h = 2,16 m, em relação ao piso
b. Mostre que ωn + 1 = 3ωn, para todo n.
do elevador. Considerando que o elevador continue em seu movimento
acelerado ascendente, determine para o observador fixo e para o localizado
10 (ITA) Um corpo, inicialmente em repouso, entra em movimento com
no interior do elevador:
aceleração escalar constante a, no instante t = 0.
a. o tempo de queda.
a. Mostre que as diferenças entre as distâncias percorridas em intervalos
b. a distância total percorrida pelo pacote até que este encontre o piso
de tempos consecutivos e iguais a uma unidade de tempo são sempre
do elevador.
as mesmas e têm o mesmo valor numérico de a.
c. se o pacote entra em movimento descendente.
b. Determine a distância percorrida durante a n-ésima unidade de tempo.
Dado: g = 10 m/ss.
Verifique que ela é um múltiplo ímpar da distância percorrida na
primeira unidade de tempo
07 Uma pedra é abandonada do topo de um desfiladeiro e, após n
segundos, uma outra pedra é lançada para baixo com velocidade v. A que
distância do topo do desfiladeiro a segunda pedra ultrapassa a primeira?
A expressão “leis de Newton” se refere às três leis que conceituam e Essa é a expressão geralmente usada nos cálculos para solucionar
explicam os comportamentos dos corpos com relação a seu movimento. os problemas. Vê-se que ela pressupõe que toda força é associada a
Ou seja, permitem, por si só, o entendimento do porquê um corpo pode uma aceleração.
passar a se mover a partir do repouso, do porquê um corpo pode chegar
ao repouso depois de estar em movimento e do porquê um corpo pode Sabe-se que, no Sistema Internacional de Unidades (SI), a unidade
alterar seu movimento. As três leis foram formuladas pelo físico inglês de força é kg · m/s2, também chamada de N (newton), em homenagem a
Isaac Newton e publicadas em seu livro Philosophiae Naturalis Principia Isaac Newton. Logo, 1 N é a força resultante necessária a ser aplicada em
Mathematica, no século XVII. um corpo de 1 kg para que adquira uma aceleração de 1 m/s2.
A interação entre dois corpos é ditada pelo conceito de força. Essas 2.3 Terceira lei de Newton
forças são definidas sob uma fundamentação vetorial, apesar de as
estudarmos muitas vezes sob uma visão puramente escalar. “A toda força de ação corresponde uma de reação, de mesmo módulo,
Os seus enunciados estão explicitados a seguir: mesma direção e em sentido contrário, aplicadas em corpos diferentes.”
As forças de ação e reação não se equilibram, pois estão sempre
2.1 Primeira lei de Newton aplicadas em corpos diferentes. Se o corpo A faz uma força no corpo B, o
corpo B produzirá uma força sobre o corpo A de mesmo módulo e direção,
“Todo corpo tende a continuar em seu estado de repouso ou porém em sentido contrário. É, então, conhecida como “lei da ação e reação”.
movimento uniforme retilíneo, a não ser que uma força passe a atuar sobre
ele, obrigando-o a alterar aquele estado.”
3. As forças mais comuns
∑ F = 0 ↔ v cte ou repouso
3.1 Peso
Ou seja, se não há força resultante atuando sobre o corpo, este
permanecerá no seu estado atual, caso seja de repouso ou de movimento O peso é a força de atração gravitacional dada pela expressão:
retilíneo. Essa lei é conhecida como lei da inércia.
Newton a apresentou para que se pudesse estabelecer um referencial P = m⋅ g
para as duas próximas leis, já que esta lei postula que exista, no mínimo,
um referencial, denominado inercial, no qual, quando a força resultante é Na expressão, g é a aceleração da gravidade local. É exercido pelo
nula, o corpo se move em MRU ou está em repouso. centro da Terra, e tem sempre o sentido da aceleração gravitacional (veja
que a aceleração associada ao peso é a gravidade, um exemplo do que
Assim, como as duas próximas leis decorrem dessa, as leis de
foi dito em 1.2). A força gravitacional será estudada mais profundamente
Newton só têm validade em um referencial inercial, cuja definição
no capítulo Gravitação universal. Por enquanto, o conhecimento dela
decorre justamente dessa propriedade. Mais à frente promoveremos uma
limita-se ao que foi escrito.
explicação mais exata sobre as diferenças entre um referencial inercial e
um referencial não inercial.
3.2 Normal
2.2 Segunda lei de Newton É a força de contato entre superfícies. É sempre perpendicular às
superfícies.
“Uma partícula sob ação de uma força resultante adquirirá uma
aceleração diretamente proporcional à força resultante, no mesmo sentido N
e direção, e inversamente proporcional à massa.” N
A princípio, essa lei, também denominada de princípio fundamental da
dinâmica, afirma que a força resultante é a taxa de variação do momento
A força normal é sempre exercida pela superfície sobre o corpo. Enquanto não se aplica no corpo uma força que supere a força de
Muitos confudem a força normal como a reação à força peso, o que está atrito estático máxima, o corpo permanece em repouso, e a força de atrito
totalmente errado. A força normal e a força peso estão aplicadas no mesmo estático cresce linearmente, até chegar a seu limite, justamente a força
corpo, e, como foi visto, forças de ação e reação devem estar aplicadas de atrito estático máxima (iminência de movimento). Após isso, o atrito
em corpos diferentes. Logo, as forças normal e peso não constituem par passa a ser cinético.
ação-reação. A reação da força peso é aplicada pelo corpo no centro da
Terra, e a reação à força normal é aplicada pelo corpo na superfície em 3.4.2 Atrito dinâmico (cinético)
que está apoiado. A força de atrito dinâmico, ou cinético, surge quando as superfícies
dos corpos possuem movimento relativo (escorregamento) uma em
Obs.: Quando se mede o peso de um corpo em uma balança, a força relação à outra.
que na verdade é medida é a normal! Logo, quando um problema pedir a A força de atrito dinâmico pode ser calculada pela expressão:
medição da balança, nunca responda com o peso do corpo, mas sim com
a intensidade da força normal que a balança fizer no corpo.
Fatd = µdN
N
3.3 Tração
em que:
É a força que atua em cabos, fios, elos, etc. Atua sempre no sentido
µd = coeficiente de atrito dinâmico
de puxar os corpos. Fat
entre as superfícies.
Lembrando que, para haver atrito cinético, deve haver escorregamento (A) força
entre as superfícies de contato, e não apenas movimento. Um exemplo resultante
típico é um carro que se desloca sem patinar. Enquanto suas rodas apenas
giram, sem deslizar em relação ao chão, o que faz com que o carro se
desloque para frente é o atrito estático entre os pneus e a pista. Não há
atrito cinético nesse caso, já que as rodas não estão deslizando, ou seja,
não estão “arrastando” no chão. A mesma coisa acontece quando andamos
tempo
em um chão seco. Quando damos um passo, nosso pé permanece em 0 TA
repouso em relação ao chão, não havendo atrito cinético, apenas estático.
É como se “empurrássemos” o chão para trás e o chão reagisse “nos
empurrando” para frente. Como nossa massa é muito menor do que a
massa do chão, quem adquire maior aceleração somos nós, enquanto o
chão não se move.
(B) força
3.4.3 Resistência do ar resultante
Quando um objeto se move em um fluido (ar ou água, basicamente),
o fluido exerce sobre ele uma força de resistência. Essa força depende de
características do fluido, da forma do objeto e da velocidade com que o
objeto está se movendo. Tem papel semelhante ao atrito: tende a reduzir
a velocidade do corpo, muitas vezes diminuindo apenas a sua aceleração. tempo
Porém, difere do atrito dinâmico no seguinte aspecto: a força de resistência 0 TA
em um fluido aumenta com o acréscimo da velocidade.
Dessa forma, o força de resistência do ar é proporcional ao quadrado
da velocidade do móvel,
(C) força
R = c · v2 resultante
em que:
c = constante de proporcionalidade empírica (depende da forma do corpo).
Sendo assim, considerando um caso em que R = c · v², à medida
tempo
que um corpo cai devido à força peso, a sua velocidade vai aumentando, 0 TA
bem como a força de resistência do ar, fazendo com que a força resultante
diminua. O limite dessa força de resistência é o próprio peso. A velocidade (D) força
do corpo, quando a força de resistência se iguala ao peso, mantém-se resultante
constante e é denominada velocidade limite, e pode ser calculada como
se segue:
m⋅g
P = R → m ⋅ g = c ⋅ v2 → v =
c tempo
0 TA
(E) força
resultante
(ENEM-2013) Em um dia sem vento, ao saltar de um avião, um
paraquedista cai verticalmente até atingir a velocidade limite. No instante
em que o paraquedas é aberto (instante TA), ocorre a diminuição de sua
velocidade de queda. Algum tempo após a abertura do paraquedas, ele
passa a ter velocidade de queda constante, que possibilita sua aterrissagem tempo
0 TA
em segurança.
Solução: Letra B.
Que gráfico representa a força resultante sobre o paraquedista, durante o Durante a queda livre do paraquedista, a força resultante que atua sobre ele é
seu movimento de queda? Fres = P – c · v², em que P é seu peso e c · v² é a força de resistência do
ar. Como c · v² aumenta, dado o aumento da velocidade, a força resultante
diminui com o tempo, de forma não linear. O paraquedista abre o paraquedas houvesse apenas uma mola sendo comprimida, o deslocamento dela seria
em TA, quando atingiu sua velocidade limite, ou seja, quando a força resultante igual ao deslocamento das três molas e a força elástica aplicada a ela
é igual a 0. Dessa forma, eliminamos as letras C e E. Com a abertura do seria a mesma. Dessa forma, temos:
paraquedas, a força resultante tem seu sentido alterado, já que o paraquedas
Fel F F F 1 1
provoca uma força de resistência do ar muito maior do que a que atua xeq = x1 + x 2 + x3 → = el + el + el → =∑
sobre o próprio paraquedista em queda livre com o paraquedas fechado. K eq K1 K 2 K 3 K eq i Ki
A força resultante, agora, deve ser negativa e com módulo elevado, pois a
força de resistência passa a ser maior que o peso. Depois de um tempo,
o paraquedista passa a ter velocidade constante, o que significa que o Em outras palavras, o inverso da constante elástica equivalente a uma
módulo da força resultante reduziu-se a 0. Assim, o único gráfico que pode associação de molas ideais em série é igual ao somatório dos inversos
representar o comportamento da força resultante com o tempo é o da letra B. das constantes elásticas das molas que estão presentes na associação
original. Esse resultado é equivalente à resistência equivalente de
3.5 Elástica uma associação de resistores em paralelo, assunto a ser abordado no
capítulo Associação de resistores.
As forças elásticas surgem sempre que se provoca uma deformação
em um corpo, e sempre tendem a fazer com que o corpo retorne à sua 3.5.2 Associação de molas ideais em paralelo
posição de equilíbrio inicial. Em regime elástico, a deformação sofrida por
Dizemos que molas estão associadas em série quando os “inícios”
uma mola é diretamente proporcional à intensidade da força que a provoca.
de todas elas estão conectados a uma mesma superfície, assim como
Quando a mola obedece a lei de Hooke, esse comportamento é linear, e
os “finais” delas estão conectados a uma outra superfície, como mostra
é calculada pela expressão:
a figura abaixo:
F=K·x
K
em que:
K = constante elástica da mola (unidade no SI: N/m). K
x = deformação sofrida pela mola (unidade no SI: m).
K
A figura a seguir mostra as orientações da força elástica em uma mola
quando comprimida e esticada, respectivamente:
Nesse tipo de situação, se uma força é aplicada no bloco a fim de se
comprimirem as molas, a deformação das molas será igual, já que elas têm
x0 o mesmo grau de liberdade. Dessa forma, se houvesse apenas uma mola
sendo comprimida, o deslocamento desta seria igual ao deslocamento das
F molas em paralelo, e a força aplicada nela seria igual à soma das forças
aplicadas nas molas em paralelo. Assim sendo:
–∆x
F Feq = F1 + F2 + F3 → K eq x = K1 x + K 2 x + K 3 x → K eq = ∑ K i
i
x
Em outras palavras, a constante elástica equivalente a uma associação
Essa força será importantíssima no estudo posterior do Movimento de molas ideais em paralelo é a soma das constantes elásticas das
Harmônico Simples (MHS) em um sistema massa-mola, já que atuará molas da associação original. Esse resultado é equivalente à resistência
como força de restauração do sistema (força que tende a restaurar o equivalente de uma associação de resistores em série, assunto a ser
equilíbrio do sistema). abordado no capítulo Associação de resistores.
Molas com diferentes constantes elásticas podem ser associadas, e
podemos substituí-las por uma única mola que preserve as propriedades
que as molas tinham previamente. Existem dois tipos de associação,
4. Resolução de problemas
como veremos a seguir. Os problemas de dinâmica são muito variados. Por essa razão, não
existe uma forma única de resolvê-los. Assim, abaixo serão descritos
3.5.1 Associação de molas ideais em série passos básicos e indispensáveis para a resolução de qualquer problema.
Dizemos que molas estão associadas em série quando o “final” de Os problemas podem envolver concomitantemente as três leis de
uma está conectado ao “início” de outra, como mostra a figura abaixo: Newton, portanto, a interpretação de cada problema em sua individualidade
é essencial para a solução.
K K K
Caso os componentes de um sistema mecânico não apresentem
movimento relativo entre si, o sistema pode ser analisado como um todo,
ou seja, os corpos podem ser estudados como se fossem um único corpo,
Suponha que uma força seja aplicada no sistema mostrado na figura cuja massa é dada pela massa total dos corpos. As forças de interação
a fim de se comprimir as molas. Como as molas são ideais, ou seja, não entre os componentes, neste caso, são chamadas de forças internas, e
possuem massa, ocorre a mesma situação da tração em um fio ideal: a não aparecerão no diagrama de forças do sistema, já que forças internas
força elástica permanece constante ao longo da associação. Dessa forma, são incapazes de realizar trabalho no sistema (estudaremos esse conceito
a força elástica que atua nas três molas é igual. Temos também que, se mais a fundo posteriormente). Essas forças só poderão ser analisadas
Dessa forma, aplicando a segunda lei para o bloco B na horizontal, e figura. Desconsiderando qualquer tipo de atrito, para que os três cilindros
lembrando que a NB = PB = 40 N, temos: permaneçam em contato entre si, a aceleração a provocada pela força
deve ser tal que:
Fel – FatB = mB · a → 800 · x – 0,4 · 40 = 4 · 2 → x = 0,03 m = 3 cm.
g g
03 (UFC-2001) Um sistema composto por duas bolas de massas m e 2m, (A) < a< .
3 3 3
conectadas entre si por uma mola ideal, está pendurado ao teto como
mostrado na figura. Cortando-se o fio que liga o sistema ao teto, qual será 2g 4g
(B) < a< .
a aceleração adquirida pelas bolas de massa m e 2m, respectivamente, 3 2 2
logo após o corte? A aceleração da gravidade é g.
g 4g
(C) < a< .
2 3 3 3
2g 3g
(D) < a< .
m 3 2 4 2
g 3g
(E) < a< .
2 3 4 3
2m A
(A) 0 e 0. F
B C
(B) 0 e g.
(C) g e 0.
(D) 0 e 3g.
(E) 3g e 0. Solução: Letra A.
Para que exista um intervalo de acelerações no qual os cilindros
Solução: Letra E. permaneçam em contato entre si, é natural que exista também um intervalo
Antes do corte, é possível determinar a tração exercida no fio superior. para a força F que permita que os cilindros permaneçam em contato, já
Como as forças elásticas que atuam na mola são forças internas ao que a força F é a única força externa na direção horizontal (as outras são
sistema, podemos considerar o “blocão” formado pelas duas bolas e pela os pesos dos cilindros e as normais que a superfície exerce nos cilindros
mola. Vê-se que as forças externas presentes são a tração T e o peso do inferiores).
sistema, igual a 3mg.
Isolando a bola superior, vemos que atuam sobre ela três forças: a tração Dessa forma, obrigaremos a força F a ser mínima e máxima. No primeiro
T = 3mg, seu peso Pm = mg para baixo e a força elástica Fel para baixo caso, acharemos a aceleração mínima que deve ser comunicada ao
(já que a mola está distendida). Como a bola está em equilíbrio, vale a sistema. No segundo, acharemos a máxima aceleração que pode ser
primeira lei de Newton: comunicada ao sistema. Assim, obteremos o intervalo desejado.
Sejam N1, N2 e N3 as forças de contatos entre os cilindros B e C, A e B e A
T = Pm + Fel → 3mg = mg + Fel → Fel = 2mg. e C, respectivamente. Os diagramas de corpo livre estão expostos na figura
a seguir (os pesos dos cilindros inferiores e as normais da superfície foram
Isolando a bola inferior, temos a força elástica Fel = 2mg (já calculada) desconsiderados, pois não serão relevantes para os nossos cálculos).
para cima (pelo mesmo fato de a mola estar distendida) e o seu peso
P2m = 2mg para baixo. A
a
A única alteração que acontece no sistema ao fio ser cortado é o fato de
m·g
o fio não estar mais esticado. Sabemos que só há tração em fios ideias
caso o fio esteja minimamente esticado. Dessa forma, a tração se anula N2 N3
quando o fio é cortado.
Então, a bola de cima fica sujeita apenas à força peso Pm e à força elástica
Fel, que resultam em uma força para baixo igual a 3mg. Logo, pela segunda N2 N3
lei de Newton:
F N1 N1
F = m · am → 3mg = m · am → am = 3g.
B a C a
A bola de baixo continua sujeita apenas à ação da força elástica Fel para
cima e seu peso P2m para baixo. Logo, como essas forças se anulam, a
aceleração nessa bola será nula → a2m = 0. Obrigando a força F a ser mínima:
Para que a força F seja mínima, a força N1 deverá tender a 0, já que, se
04 (ITA-2013) Em um cer to experimento, três cilindros idênticos F não for suficientemente grande, o cilindro A tenderá a ocupar o espaço
encontram-se em pleno contato entre si, apoiados sobre uma mesa e sob entre os cilindros B e C, fazendo com que estes percam o contato entre si.
a ação de uma força F, constante, aplicada na altura do centro de massa Dessa forma, a condição que obriga F a ser mínima é N1 = 0.
do cilindro da esquerda, perpendicularmente a seu eixo, como mostra a
Isolando o cilindro C, temos: aceleração invertida, que é adicionada quando se muda de referencial, pode
– Horizontal (segunda lei de Newton): Fmín = m · amín = N3 · cos 60° (I). ser adicionada à aceleração da gravidade, criando uma nova aceleração
da gravidade g’ = g – a = 10 – 2 = 8 m/s². Logo, o peso dos corpos
Isolando o cilindro A, temos: será diferente nesse referencial, quando comparados aos seus pesos no
– Horizontal (segunda lei de Newton): Fmín = m · amín = N2 · cos 60° – N3 · referencial da Terra. As figuras a seguir exemplificam bem o que foi escrito.
sen 30° (II).
– Vertical (primeira lei de Newton): N2 · cos 30° + N3 · sen 60° = m · g (III).
campos
g 3 gravitacionais
Resolvendo o sistema, encontramos amín .
9 a
g a
Obrigando a força F a ser máxima:
Para que a força F seja máxima, N3 deve tender a 0, já que, para uma
força F limite, o bloco A estaria “rolando” por cima do bloco B, perdendo
o contato com o bloco C. Dessa forma, a condição que obriga F a ser
máxima é N3 = 0.
A B
Isolando o cilindro A:
– Horizontal (segunda lei de Newton): Fmáx = m · amáx = N2 · sen 30° (IV).
– Vertical (primeira lei de Newton): m · g = N2 · cos 30° (V). campos
g 3 gravitacionais
Resolvendo o sistema, encontramos amáx = . resultantes
3
Logo, o intervalo de valores da aceleração para o qual os cilindros não
g’
g 3 g 3
perdem o contato é < a< , que é a resposta da alternativa
9 3 T T
“a” já racionalizada.
Solução:
Como o problema nos pede a aceleração observada no referencial do
elevador, é natural mudarmos do referencial Terra para o referencial elevador. L
Dessa forma, de acordo com o princípio da equivalência, os corpos dentro
do elevador devem ser submetidos a uma aceleração de intensidade igual
à do referencial não inercial, só que com sentido inverso, e, de acordo com
o princípio de D’Alembert, essas acelerações estão associadas a forças
de inércia. Porém, resumindo esse pensamento, podemos dizer que essa
P B A
L C
a E
FI = ma
P
L F
a
Aplicação da segunda lei no eixo ao longo do plano inclinado:
FI cos α – P sen α = masubida ∴ ma cos α – mg sen α = m · asubida Logo, pelas figuras, temos que AB + BC = L. Como AB = x, temos que
1
x = asubida ts2 (II) (distância percorrida ao longo do plano, segundo as BC = L – x. Só que, no triângulo de vértices A, B e D, temos que AD = AB·
2 cos α = x · cos α e BD = x · sen α, o que implica que CE = x · sen α.
fórmulas).
Como o comprimento do fio é conservado, já que o fio é ideal, ou seja,
Como o tempo de subida e o de descida são iguais, de (I) e (II), não pode ser esticado nem comprimido, temos, pela figura, que AD +
adescida = asubida ∴g · sen α = a · cos α – g · sen α ∴ a = 2g · tan α. DE + EF = L. Como AD = x · cos α e DE = BC = L – x, temos que EF
= L – AD – DE = x(1 – cos α). Como CE e EF são as componentes do
07 (Irodov) Na figura, o bloco tem massa m, a cunha tem massa M e o deslocamento do bloco, temos que, quando a cunha se desloca AB = x
ângulo do plano inclinado da rampa é α. O fio é ideal e o atrito é desprezível. para a direita, o bloco se desloca CE = x · sen α perpendicularmente ao
Determine a aceleração a adquirida pela cunha, sabendo que a aceleração plano inclinado e EF = x(1 – cos α) ao longo do plano inclinado, como
da gravidade é g. mostra a figura abaixo:
a
m
na
se
a
x·
)
sa
M
co
a
–
(1
x·
a
Primeira solução: referencial inercial Terra.
Para resolvermos essa questão utilizando o referencial inercial Terra, temos
que, primeiramente, como nos passos escritos no item 3 deste módulo, Logo, se a é a aceleração da cunha para a direita (segunda derivada do
verificar se os componentes do sistema possuem movimento relativo deslocamento AB = x), temos que a · sen α é a aceleração do bloco
entre si ou não, isto é, verificar se possuem a mesma aceleração em perpendicularmente ao plano inclinado e a(1 – cos α) é a aceleração
relação à Terra. Veja que, quando a cunha se move para a direita, o bloco do bloco ao longo do plano inclinado, com suas respectivas segundas
cai ao longo do plano inclinado contido nela. Dessa forma, percebe-se derivadas de seus deslocamentos.
claramente que os componentes possuem movimento relativo entre si, não Dessa forma, podemos agora aplicar normalmente as leis de Newton,
possuindo, então, mesma aceleração em relação à Terra. Logo, devemos isolando os blocos.
desvendar o vínculo geométrico que atrela o deslocamento da cunha ao
deslocamento do bloco.
Diagramas de corpo livre: – Primeira lei de Newton para a cunha na direção horizontal (cunha em
– Segunda lei de Newton para a cunha na direção horizontal: Ma = repouso): T + N · sen α = T · cos α + Ma.
N · sen α + T – T cos α. mg ⋅ sen α
– Segunda lei de Newton para o bloco na direção perpendicular ao plano: Resolvendo o sistema, temos que a = .
M + 2 m(1 − cos α)
ma · sen α = mg · cos α – N.
– Segunda lei de Newton para o bloco na direção ao longo do plano: Vê-se, então, a vantagem da aplicação da mudança de referencial e do
ma(1 – cos α) = mg · sen α – T. princípio de D’Alembert em certas questões.
mg ⋅ sen α
Resolvendo o sistema, temos que a = .
M + 2 m(1 − cos α)
Segunda solução: referencial não inercial (cunha).
A solução com referencial não inercial necessita que nós analisemos o
vínculo geométrico constituído pelo bloco e pela cunha, o que, muitas 01 Na situação do esquema seguinte, não há atrito entre os blocos e
vezes, pode tornar a resolução da questão difícil. Dessa forma, pensaremos o plano horizontal, a resistência do ar é desprezível e as massa de A e
no referencial não inercial da cunha, para analisar um vínculo geométrico de B valem, respectivamente, 2,0 kg e 8,0 kg. Sabe-se que o fio leve e
muito mais simples. Vamos deixar a cunha imóvel, fazendo o bloco descer inextensível que une A com B suporta, sem romper-se, uma tensão máxima
ao longo do plano inclinado e a parede “se aproximar” da cunha, conforme de 32 N. Calcule a maior intensidade admissível à força, horizontal, para
indica a figura abaixo. Vê-se que a parede terá uma aceleração a para a que o fio não se rompa.
esquerda, já que se mudou o referencial, e, como o fio não estica, o bloco
deve descer o plano inclinado com a mesma aceleração a com que a parede F
está se movendo (vínculo geométrico muito mais simples que o anterior). B A
g
Dessa forma, ao mudarmos o referencial, pelo princípio da equivalência, a
aceleração a para a direita tanto no bloco como na cunha cria, pelo princípio
de D’Alembert, as forças fictícias m.a e M.a, ambas para a esquerda, no
bloco e na cunha respectivamente. Assim, só precisamos analisar os B A
diagramas de corpo livre dos componentes, presentes na figura abaixo:
a. o módulo da aceleração dos blocos.
eixo
perpendicular b. a intensidade da força tensora estabelecida no fio.
a T c. a intensidade da força tensora estabelecida no cabo que sustenta a polia.
N
NI
M·g
B
– Segunda lei de Newton no eixo tangencial para o bloco:
ma · cos α + mg · sen α – T = ma. a. o coeficiente de atrito entre o corpo A e o plano de apoio.
– Primeira lei de Newton no eixo perpendicular para o bloco (bloco em b. a intensidade da aceleração do sistema se colocarmos sobre o corpo
repouso nesse eixo): ma · sen α + N = mg · cos α. B uma massa de 2,0 kg.
04 Na situação representada na figura, o homem puxa a corda vertical- a. o módulo da aceleração do sistema.
mente para baixo e esta, por sua vez, puxa o bloco que está apoiado no b. a intensidade da força de contato entre A e B.
plano horizontal. O fio e a polia são ideais, a massa do bloco vale 40 kg e
adota-se g = 10 m/s2. 07 Na figura seguinte, a superfície S é horizontal, a intensidade de F é de
40 N, o coeficiente de atrito de arrastamento entre o bloco A e a superfície
S vale 0,50 e g = 10 m/s2.
A
Sob a ação da força F, o sistema é acelerado horizontalmente e, nessas
g condições, o bloco B apresenta-se na iminência de escorregar em relação
ao bloco A.
a
B
g F
A S
F q B
Calcule:
Sabendo que no local g = 10 m/s2, calcule o coeficiente de atrito cinético
a. os valores dos coeficientes de atrito estático e cinético entre o bloco entre o bloco e o plano de apoio.
e plano de apoio.
b. o módulo da aceleração do bloco para F = 120 N. 09 Na figura, o bloco I repousa sobre o bloco II, sendo que I está preso por
uma corda a uma parede. O bloco I tem massa m1 = 3,0 kg e o bloco II tem
05 Dois blocos (1) e (2) de pesos respectivamente iguais a 30 kgf e 10 massa m2 = 6,0 kg. O coeficiente de atrito cinético entre I e II e o plano é
kgf estão em equilíbrio, conforme mostra a figura abaixo: 0,20. Qual deve ser a força F que, aplicada em II, desloca esse bloco com
aceleração de 2,0 m/s2?
D
g
F
D
(A) 40 N.
(B) 30 N.
(C) 15 N.
Quais as indicações nos dinamômetros D1 e D2, graduados em kgf? (D) 27 N.
(E) 33 N.
06 Os blocos A e B representados na figura possuem massa de 3,0 kg
e 2,0 kg, respectivamente. A superfície horizontal onde eles se deslocam 10 No plano inclinado representado a seguir, o bloco encontra-se impedido
apresenta um coeficiente de atrito cinético igual a 0,30; F1 e F2 são forças de se movimentar graças a um cutelo no qual está apoiado. Os atritos são
horizontais que atuam nos blocos. desprezíveis, a massa do bloco vale 5,0 kg e g = 10 m/s2.
Determine:
F F
A
B
a. Esquematize todas as forças que agem no bloco. 14 No esquema seguinte, o homem (massa de 80 kg) é acelerado vertical-
b. Calcule as intensidades das forças com as quais o bloco comprime mente para cima juntamente com a plataforma (massa de 20 kg) sobre a qual
o cutelo e o plano de apoio. está apoiado. Isso é possível porque ele puxa verticalmente para baixo a corda
que passa pela polia fixa. A aceleração do conjunto homem-plataforma tem
11 No esquema a seguir, os fios e a polia são ideais. Desprezam-se todos módulo 5 m/s2 e adota-se g = 10 m/s2. Considerando ideais a corda e a polia
os atritos, bem como a resistência do ar. Sendo g o módulo da aceleração e desprezando a resistência do ar, calcule:
da gravidade, 2m, 2m e m as massas dos blocos A, B e C, nesta ordem,
calcule:
θ
g
Dado: θ = 30°.
Determine:
g
a. quais são os módulos da aceleração da gravidade e do elevador.
b. quanto registrará a balança se o elevador subir ou descer com
A velocidade constante.
B
16 (ITA-1978) Três corpos, A, B e C, com massas respectivamente iguais a
4,0 kg, 6,0 kg e 8,0 kg, acham-se apoiados sobre uma superfície horizontal,
a. o módulo da aceleração de subida da caixa B. sem atrito. Estes corpos acham-se ligados por intermédio de molas de massas
b. a intensidade da força tensora no fio. desprezíveis, e são abandonados a partir da posição indicada na figura, quando
c. a massa da caixa A. as tensões nas molas AB e BC forem respectivamente 10 N e 15 N. Pode-se
afirmar que as acelerações “aAB” (do sistema constituído pelos corpos A e B)
13 Na figura, o sistema está sujeito à ação da resultante externa F, paralela e “a” (do sistema constituído pelos três corpos, A, B e C) serão dadas por:
ao plano horizontal sobre o qual o carrinho está apoiado. Todos os atritos
são irrelevantes e as inércias do fio e da polia são desprezíveis. As massas
dos corpos A, B e C valem, respectivamente, 2,0 kg, 1,0 kg e 5,0 kg e, no A B
local, o módulo da aceleração da gravidade é 10 m/s2. Supondo-se que 60°
A esteja apenas encostado em C, determine a intensidade de F, de modo
que A e B não se movimentem em relação a C.
B
C
→
F
C (A) aAB = 1,75 m/s2; a = 0,97 m/s2.
A (B) aAB = 1,5 m/s2; a = 0 m/s2.
(C) aAB = 1 m/s2; a = 0,81 m/s2.
(D) aAB = 1,75 m/s2; a = 0,81 m/s2.
(E) aAB = 1 m/s2; a = 0,97 m/s2.
17 (EN-1994) Os blocos representados na figura abaixo possuem, 20 Uma caixa de peso P é puxada por uma força F sobre o solo horizontal.
respecti-vamente, massas m1 = 2,0 kg e m2 = 4,0 kg; a mola AB possui Se o coeficiente de atrito estático é µ e F está direcionada a um ângulo θ
massa desprezível e constante elástica K = 50 N/m. Não há atrito entre abaixo da horizontal, qual o valor mínimo de F que vai mover a caixa?
os dois blocos nem entre o bloco maior e o plano horizontal. Aplicando-se
ao conjunto a força F constante e horizontal, verifica-se que a mola µP sec q
(A) .
experimenta uma deformação de 20 cm. Qual a aceleração do conjunto? 1 − µ tan q
Qual a intensidade da força F? µP sen θ
(B) .
1− µ cos θ
µP se n θ
(C) .
F 1− µ tan θ
µP cos θ
m A B m (D) .
1− µ tan θ
µP cos θ
(E) .
1− µ cos θ
F
(II) (I)
g (A) T + ma.
(B) T + 2ma.
(C) 2T + 2ma.
balança (D) 2T + ma.
A B (newtons)
22 (AFA-2002) Dois corpos de massas iguais, unidos por um fio
inextensível, descem ao longo de um plano inclinado. Não há atrito entre
o corpo I e o plano. De acordo com o enunciado, analise as afirmativas
a. a constante elástica da mola em N/m. abaixo:
b. o módulo das acelerações de A, de B e do eixo da polia.
c. a indicação da balança sobre a qual repousam, inicialmente, os dois II
blocos.
I
19 Um bloco pesando 100 N deve permanecer em repouso sobre um
plano inclinado, que faz com a horizontal um ângulo de 53°. Para tanto,
aplica-se ao bloco a força F, representada na figura, paralela à rampa. Sendo
µe = 0,50 o coeficiente de atrito estático entre o bloco e o plano, que valores a
são admissíveis para F tais que a condição do problema seja satisfeita?
Dados: sen 53°=0,80 e cos 53°=0,60. I. Se não houver atrito entre o corpo II e o plano, a tensão no fio é nula.
II. Se houver atrito entre o corpo II e o plano, a aceleração do corpo II é
bloco em menor que a do corpo I.
repouso III. Se houver atrito entre o corpo II e o plano, o movimento do corpo I
será retardado.
(A) II.
(B) I e III.
(C) II e III.
(D) I, II e III.
Dado: g = 10 m/s2.
B
F1 F2
A B C
2mg
(A) .
4M + m
mg (A) 0.
(B) . (B) 1,5 m/s2, para a direita.
M+m
(C) 1,5 m/s2, para a esquerda.
2mg (D) 3 m/s2, para a direita.
(C) .
M+m (E) 3 m/s2, para a esquerda.
mg
(D) . 27 (ITA-1972) Três forças de direções constantes são aplicadas em um
4M + m
ponto material de massa m = 2,0 kg, formando os ângulos da figura (A),
24 (AFA-2005) O conjunto abaixo, constituído de fio e polia ideais, é todos iguais entre si. Essas forças variam linearmente com o tempo
abandonado do repouso no instante t = 0 e a velocidade do corpo A varia na forma indicada no gráfico (B). (Os sentidos indicados em (A) são
em função do tempo segundo o gráfico dado: considerados como os sentidos positivos das forças). No instante t = 4s
o módulo da resultante vale:
v (m/s)
→ →
F3 (N) F3
A 24
→
F3
→
F1 →
12 2 F3
B
0 1 t(s)
0 3 6 t (s) →
F2 →
–2
F3
Desprezando o atrito, a razão entre a massa de A e a massa de B é:
(A) 0 m/s2.
(B) 3 m/s2 .
A B
(C) 2 m/s2 .
(D) 2 m/s2.
S
(E) 3 m/s2.
29 (ITA-1977) Um corpo cai na água e, após alguns segundos, atinge uma 32 (ITA-1996) Um corpo de massa m é lançado com velocidade inicial v
velocidade praticamente constante (chamada velocidade limite) de 5,0 m/s. formando com a horizontal um ângulo α, em um local onde a aceleração
Sabendo que: da gravidade é g. Suponha que o vento atue de forma favorável sobre o
corpo durante todo o tempo (ajudando a ir mais longe), com uma força F
• A massa do corpo é 8 g; horizontal constante. Considere t como sendo o tempo total de permanência
• a força exercida pela água sobre o corpo é dissipativa, oposta ao no ar. Nessas condições, o alcance do corpo é:
movimento do corpo e proporcional à velocidade do mesmo, isto é,
F = –av; v2
• quando o corpo atinge a velocidade limite, a força total sobre o corpo (A) sen 2α.
g
é nula.
Ft 2
(B) 2vt + .
Calcule o coeficiente a, que será: 2m
v 2 sen 2α F
(A) 16 N · s/m. (C) 1+ tan α .
(B) 1,6 · 10–2 kg/s. g mg
(C) 1,6 · 10–3 kgf/s. (D) vt.
(D) 1,6 · 10–3 N · s/m. (E) outra expressão diferente das mencionadas.
(E) nenhum dos valores acima.
33 (IME-1978) Os blocos A e B da figura têm pesos iguais. Determine o
30 (ITA-1995) A figura mostra o gráfico da força resultante agindo em coeficiente de atrito mínimo para manter o sistema em equilíbrio. Despreze
uma partícula de massa m, inicialmente em repouso. No instante t2 a o peso da corda e o atrito na roldana.
velocidade da partícula, v2 será:
F
F1 30° 45°
A
0
B
t1 t2 t
F2
( F1 + F2 )t1 − F2 t2
(A) v 2 = .
m
( F1 − F2 )t1 − F2 t2
(B) v 2 = .
m
01 (Pierre Lucie) Seja um prisma triangular inicialmente fixo ao solo. A
( F − F )t + F t sua superfície inclinada (rampa) é perfeitamente lisa e forma um ângulo α
(C) v 2 = 1 2 1 2 2 .
m com a horizontal. Um pequeno bloco, quando abandonado em repouso no
topo dessa rampa, desce aceleradamente até encontrar a trava T. Determine
F1t1 − F2 t2
(D) v 2 = . a aceleração horizontal a que se deve empurrar esse prisma para a direita,
m a partir desse instante, a fim de que o tempo que a caixa leva para retornar
( F + F )( t − t ) à sua posição inicial seja o mesmo tempo que ela gastou na descida da
(E) v 2 = 1 2 2 1 .
2m rampa. A gravidade local vale g.
M
20 kg
sem atrito
5 kg
06 Qual é a força horizontal capaz de tornar iminente o deslizamento do
cilindro, de 50 kgf de peso, ao longo do apoio em V mostrado na figura?
O coeficiente de atrito estático entre o cilindro e o apoio vale 0,25.
a. a aceleração de cada bloco.
b. a tensão no fio.
3 kg
07 Uma criança, de massa m = 50 kg, está sobre uma balança de
molas, a qual está fixa em um carrinho B que desce por uma rampa sem
F
5 kg atrito, como mostra a figura. São dados: g = 10 m/s2 e sen α = 0,20. A
marcação da balança, supondo que seu mostrador esteja calibrado em
newtons, vale:
09 (ITA-1997) Um antigo vaso chinês está a uma distância d da e o apoio horizontal. Aplica-se uma força F horizontal ao plano inclinado
extremidade de um forro sobre uma mesa. Essa extremidade, por sua e constata-se que o sistema todo move-se horizontalmente, sem que o
vez, encontra-se a uma distância D de uma das bordas da mesa, como objeto deslize em relação ao plano inclinado. Podemos afirmar que, sendo
mostrado na figura. Inicialmente, tudo está em repouso. Você apostou que g a aceleração da gravidade no local:
consegue puxar o forro com uma aceleração constante a (veja a figura),
de tal forma que o vaso não caia da mesa. Considere que os coeficientes
de atrito, estático e cinético, entre o vaso e o forro, tenham o valor µ e
que o vaso pare no momento que tocar a mesa. Você ganhará a aposta m F
se a magnitude da aceleração estiver dentro da faixa:
M
g
(A) a < dµ . a
D
d
g a
(B) a > dµ . (A) F = mg.
D D (B) F = (M + m)g.
(D) a >µg. (C) F tem que ser infinitamente grande.
g (D) F = (M + m)· g · tan α.
(C) a > Dµ . (E) F = Mg sen α.
d
g 13 No esquema da figura, tem-se o sistema locomovendo-se horizon-
(E) a < Dµ .
D−d talmente, sob ação de resultante externa F. A polia tem peso desprezível, o fio
que passa pela mesma é ideal e a resistência do ar no local do movimento é
10 Um anel homogêneo de raio R é posto a girar em torno do seu centro irrelevante. Não há contato da esfera B com a parede vertical. Sendo mA = 10 kg,
até adquirir uma velocidade angular ω. Em seguida, o anel em rotação na mB = 6,00 kg, mC = 144 kg e g = 10 m/s2, determine a intensidade de F
posição horizontal é abandonado sobre a superfície de uma mesa, com a que faz com que não haja movimento dos dois corpos A e B em relação a C.
qual apresenta um coeficiente de atrito cinético igual a µ. Quanto tempo
o anel levará até parar completamente? A gravidade no local é g.
A
2ω Rµ
(A) .
g F
C B
ωR .
(B)
µg
ωR .
(C)
2µg 14 (Kosel) Uma tábua horizontal tem um degrau, cuja altura é H, no qual
ωRµ se apoia um cilindro homogêneo de raio R > H, que descansa livremente
(D) . sobre a tábua. A tábua se move na direção horizontal com aceleração a.
g
Determine a aceleração máxima com a qual o cilindro não subirá o degrau.
ω R 2µ O atrito é desprezível.
(E) .
g
11 Sobre um prisma triangular se coloca uma corda flexível e homogênea
de modo que seu ponto médio fique sobre a aresta superior do prisma.
Este se apoia em um plano horizontal perfeitamente liso. Sendo α < β,
determine a aceleração horizontal que deve ser comunicada ao prisma
para que a corda permaneça imóvel em relação ao prisma durante seu a
movimento. A gravidade local vale g.
15 Determine as acelerações dos corpos de massas m1, m2 e m3 para o
(A) g(sen β – sen α) sistema mecânico da figura. Não existe atrito e as massas da roldana e
g tan β da corda são desprezíveis.
(B) .
tan α
β α m
(C) g tan + .
2 2 m
a b
g
(D) .
cos β + cos α
fig. a
M
B
19 (EN-1998) Na figura abaixo, temos um bloco A (mA = 4,0 kg), um
bloco B (mB = 8,0 kg), uma mola de constante elástica K = 800 N/m e
um fio inextensível e horizontal. O coeficiente de atrito entre os blocos A
e B e entre o bloco B e a superfície horizontal vale 0,1. Sabendo-se que a
mola está deformada em 20 cm e que g = 10 m/s2, a aceleração adquirida
pelo bloco B é de:
Considere 3 = 1,73.
Dado: g = 10 m/s2.
fig. b
M
R
B
α
m1
d ≅ 1,0 m
(A) no caso (a), a posição de equilíbrio estático do sistema ocorre se e
somente se M sen α = m. 0
(B) tanto no caso (a) como no caso (b), o equilíbrio se estabelece quando
e somente quando M = m. m2
(C) no caso (b), o corpo m é tracionado em A por uma força TA = (m + M
sen α) g. (A) 0,4 s.
M sen α − m (B) 1,4 s.
(D) no caso (b), a aceleração do corpo M é g no sentido (C) 1,6 s.
M+m
descendente. (D) 2,8 s.
(E) no caso (a), não há nenhuma posição possível de equilíbrio estático. (E) 3,2 s.
22 (ITA-1984) A figura representa uma mesa horizontal de coeficiente 24 (ITA-1994) Duas massas, m e M, estão unidas uma à outra por meio
de atrito cinético µ1 sobre a qual se apoia o bloco de massa M2. Sobre de uma mola de constante K. Dependurando-as de modo que M fique no
ele está apoiado o objeto de massa m, sendo µ o coeficiente de atrito extremo inferior, o comprimento da mola é I1; invertendo as posições das
cinético entre eles. M2 e m estão ligados por cabos horizontais esticados, massas, o comprimento da mola passa a ser I2. O comprimento I0 da mola
de massa desprezível, que passam por uma roldana de massa desprezível. quando não submetido à força é:
Desprezando-se a resistência do ar e o atrito nas roldanas, podemos
afirmar que m se deslocará com velocidade constante em relação a um ml1 − ml2 ml + Ml2
(A) l0 = . (D) l0 = 1 .
observador fixo na mesa, se M1 for tal que: M−m M+m
Ml − ml2 Ml + ml2
(B) l0 = 1 . (E)
l0 = 1 .
m M−m M−m
Ml + ml2
M2 (C) l0 = 1 .
M+m
(A) M1 = µ m.
(B) M1 = µ1(M2 + m) + aµ m. P
(C) M1 = µ M2 + µm.
(D) M1 = 2µ m + 2µ1(M2 + m). F
(E) M1 = µ1(M2 + m).
q
23 (ITA-1986) Na figura a seguir, as duas massas m1 = 1,0 kg e
m2 = 2,0 kg, estão ligadas por um fio de massa desprezível que passa
por uma polia também de massa desprezível e raio R.
Inicialmente, m2 é colocada em movimento ascendente, gastando
0,20 segundos para percorrer a distância d ≅ 1,0 m indicada.
Nessas condições, m 2 passará novamente pelo ponto “0” após
aproximadamente:
26 (IME-1982) Determine a massa necessária ao bloco A para que o 29 (Irodov) Na configuração da figura, as massas da cunha M e do
bloco B, partindo do repouso, suba 0,75 m ao longo do plano inclinado corpo m são conhecidas. Só existe atrito entre a cunha e o corpo de
liso, em um tempo t = 2 s. Desprezar as massas das polias e dos tirantes massa m, e o coeficiente de atrito é igual a k. As massas do fio e da polia
e as resistências passivas ao movimento. A massa do bloco B vale 5 kg são desprezíveis. Ache a aceleração do corpo m em relação à superfície
e a aceleração da gravidade deve ser considerada a 10 m/s2. horizontal na qual a cunha desliza.
m
M
A
h
M
α 90°
m1 mg µ2 + 1 2.
(B)
m1 2 µ2 − 1
mg µ2 − 1
(C) .
2 µ2 + 1
m2 m3 mg µ2 + 1 .
(D)
2 µ2 − 1
m3 m2 (E) Nenhuma das anteriores.
g β
M
2m
M (1)
a
b µc = 0,5
g
11 Considere o sistema abaixo. Os dois blocos, A e B, possuem massas 14 (Irodov) Um pequeno corpo começa a deslizar do topo de um prisma,
respectivamente iguais a m e a M. Despreze qualquer tipo de atrito, e cuja base é igual a I = 210 m. O coeficiente de atrito entre o corpo e a
calcule a razão M/m de modo que A está em repouso em relação a B. superfície do prisma é k = 0,140. Para qual valor do ângulo α o tempo
de deslizamento será o menor? E qual será o valor desse tempo?
A
B
A
m α
t
12 No esquema abaixo, o bloco desliza sem sofrer nenhuma resistência
sobre a superfície horizontal. Em um instante inicial, o ângulo de desvio da 15 (Alonso e Finn) Uma corrente flexível de comprimento L e peso W, é
esfera é de 37°. Nessa mesma situação, o ângulo não varia e permanece colocada inicialmente em repouso sobre uma superfície sem atrito ABC.
igual a 37°. Assim, calcule a aceleração do bloco e a massa da esfera. Inicialmente, a distância de B a D é L – a. Determine a velocidade da
corrente quando a extremidade D atingir o ponto B.
g L–a
a a
37° A
M D B
α
C
A
b
m1 m2
17 (Halliday) A figura mostra uma máquina de Atwood, na qual dois a. Com que taxa o módulo da aceleração dos recipientes está variando (a)
recipientes estão ligados por uma corda (de massa desprezível) que passa em t = 0,00 s?
por uma polia sem atrito (também de massa desprezível). No instante t = 0, b. em t = 3,00 s?
o recipiente 1 tem uma massa de 1,3 kg e o recipiente 2 tem uma massa de c. Em que instante a aceleração atinge o valor máximo?
2,80 kg, mas o recipiente 1 está perdendo massa (por causa de um vazamento)
a uma taxa constante de 0,200 kg/s.
m1
m2
Termometria e dilatação
1
1. Termometria
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1.1 Noções iniciais
A termometria é a parte da termologia que se preocupa em medir a
temperatura de corpos e sistemas, segundo escalas termométricas, as
quais serão apresentadas neste capítulo.
3. Medida da temperatura
ácido
3.1 Termômetros
Instrumentos de medição de temperatura. laton
parcial
0 150
50 50
índice mercúrio
150 0
O mais conhecido. É muito utilizado para medir a temperatura do
corpo humano.
Termômetro de máxima e mínima temperaturas
3.1.2 Termômetro eletrônico
É bastante comum medir a temperatura com componentes eletrônicos. Mede a temperatura do ambiente informando as temperaturas máxima
O sensor mais comum é um termorresistor (ou termistor). e mínima.
3.1.5 Termômetro de radiação ligado por um tubo capilar de um manômetro. O bulbo é preenchido com
um gás, de modo que seu volume permanece constante. A pressão do gás
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no bulbo pode ser obtida a partir da medição da diferença de nível, nos
dois braços do manômetro. Esses termômetros, devido a sua precisão,
são, muitas vezes, utilizados para calibrar outros de mesma característica.
2 • ponto
X2 Y2
capilar
escala X escala Y
h
R
Para que seja realizado, basta efetuar uma interpolação linear entre as
temperaturas em diferentes escalas, ou seja, as razões entre segmentos
sistema equivalentes nas duas é igual, de maneira que:
bulbo
com X − X1 Y − Y1
=
gás X2 − X1 Y2 − Y1
tubo
flexível
Em que X1, X2, Y1 e Y2 são os pontos fixos nas escalas X e Y,
respectivamente.
O termômetro de gás ou de volume constante mede a temperatura pela
variação do volume e da pressão de um gás. É constituído por um bulbo Nas habituais, conhecemos os pontos fixos, portanto:
°C °F K F
C
e e
F T
d
32 273,15
0
repulsão atração
Realizando a interpolação:
C−0 F − 32 K − 273,15
= = A dilatação térmica é o fenômeno que um corpo apresenta ao variar
100 − 0 212 − 32 373,15 − 273,15 suas dimensões geométricas quando sua temperatura se modifica, sendo,
inclusive, esse o fenômeno usado para a construção de termômetros de
Simplificando: coluna líquida.
C F − 32 K − 273
= = Dependendo da quantidade de dimensões variantes, a dilatação térmica
5 9 5 é classificada em linear, superficial ou volumétrica.
5. Escala absoluta Kelvin • Dilatação linear: apenas uma dimensão varia. Por exemplo: uma barra
de ferro cujo comprimento aumenta quando aquecida.
Depois de James Prescott Joule ter determinado o equivalente • Dilatação superficial: apenas duas dimensões variam. Lembrando
mecânico do calor, Lorde Kelvin abordou o problema de um ponto de que duas dimensões podem representar uma área, pode-se dizer que a
vista completamente diferente e, em 1848, inventou uma escala de dilatação superficial provoca uma variação de uma área. Por exemplo:
temperatura absoluta que não dependia das propriedades da substância uma chapa de aço que tem sua área aumentada quando aquecida.
e era baseada somente nas leis fundamentais da termodinâmica. Ele • Dilatação volumétrica: as três dimensões do corpo variam. Lembrando
baseou-se no princípio de que sua escala fosse construída com o zero que três dimensões podem representar volume, pode-se dizer que a
em –273,15°C (–459,67°F), fazendo uma extrapolação numérica utilizando dilatação volumétrica provoca uma variação de volume. Por exemplo:
um termômetro a gás. um bloco de cobre tem seu volume aumentado quando aquecido.
O zero absoluto não pode ser atingido, porém é possível chegar Obs.:
a temperaturas muito próximas dele com o uso de refrigeradores • A rigor, toda dilatação tem caráter volumétrico. No entanto, há casos
criogênicos e desmagnetização adiabática nuclear. O uso de resfriamento em que alguma dimensão é tão maior que outra que a dilatação da
a laser já produziu temperaturas na ordem de bilionésimos de Kelvin. segunda é desprezível se comparada à primeira, caracterizando, assim,
Em temperaturas extremamente baixas, nas vizinhanças do zero a dilatação linear (apenas uma dilatação é considerável) e a superficial
absoluto, a matéria exibe muitas propriedades extraordinárias, incluindo (apenas duas dilatações são consideráveis).
a supercondutividade (quando a matéria não exibe resistência elétrica), a • O oposto à dilatação térmica é a contração térmica. Quando um corpo
superfluidez (quando a viscosidade de um fluido é 0) e a Condensação sofre um decréscimo de temperatura, suas dimensões se contraem.
de Bose-Einstein.
Até 2004, a temperatura mais baixa para um condensado Bose-Einstein
era de 450 pK, ou 45 K, obtida por Wolfgang Ketterle e colegas do MIT. 7. Dilatação linear
A mínima já atingida foi de 10 pK, durante uma experiência de ordenação
Disponível em: www.coladaweb.com
magnética nuclear em 1999 no Laboratório de Baixas Temperaturas da
Universidade de Tecnologia de Helsinque.
6. Introdução à dilatação
Sabe-se que a temperatura é uma medida de agitação molecular. Logo,
se aumentarmos, por exemplo, a temperatura de um corpo, a agitação
de suas moléculas aumentará, com isso elas se afastarão, fazendo com
que aquele corpo ocupe um espaço maior. Na verdade, o que acontece é
que as moléculas se afastam mais do que se aproximam, pois a força de
repulsão aumenta a uma taxa maior que a de atração. (Veja gráfico a seguir.)
∆L = LO a ∆T
9. Dilatação volumétrica
©jax10289/iStock
Em que:
∆L → variação do comprimento (∆L = L – Lo);
Lo → comprimento inicial;
L → comprimento final (L = Lo + ∆L);
αFe = 13 ⋅ 10−6°C−1;
−6 −1
a → coeficiente de dilatação linear α Cu = 16 ⋅ 10 °C ;
−6 −1
α vidro =8 ⋅ 10 °C ;
∆T → variação de temperatura (∆T = T – To).
L = Lo (1+ a ∆T) ∆V = Vo γ ∆T
Em que:
8. Dilatação superficial ∆V → variação do volume (∆V = V – Vo);
Vo → volume inicial;
©DavidHewison/iStock
V= Vo (1+ γ ∆T)
∆A = Ao b ∆T
Pode-se obter também uma expressão para a área final A: Sua área inicial é Ao = aobo. (I)
∆A = A – Ao = AO b ∆T Ao sofrer uma variação de temperatura ∆T, as dimensões tornam-se
A = Ao + Ao b ∆T a e b.
A = Ao (1+ b ∆T)
a com um furo, tal furo aumenta de tamanho como se fosse feito do material
da chapa.
Após uma variação de temperatura ∆T, seu volume será: Se fizéssemos pelo método “normal”:
1,0030/1,0010 = 1,001998.
V = Vo(1 + γ∆T).
Como a massa não varia, Perceba que a simplificação que fizemos conduz a um resultado
ρoVo = ρ V = ρ Vo(1 + γ∆T). compatível com erros e algarismos significativos.
14. Comportamento anômalo da água Ao aquecermos esse sistema, uma das lâminas se dilatará mais do que
a outra. Isso ocorre porque ao analisarmos a equação da dilatação linear
densidade
L = Lo(1 + α∆T)
água constatamos que L depende apenas de Lo, α e ∆T. Como o comprimento
inicial é o mesmo (as lâminas tinham o mesmo tamanho) e a variação de
temperatura é a mesma para ambas, terá maior L a lâmina que tiver maior α.
Entretanto, pelo fato de elas estarem presas, a tendência do sistema
será curvar-se, e a direção da curva se dá com as seguintes análises:
outras
• A lâmina que se dilata mais terá L maior; consequentemente, terá um
substâncias raio maior.
• A lâmina que se dilata menos terá L menor; consequentemente, terá
um raio menor.
0° 1° 2° 3° 4° 5° temperatura
aquecimento resfriamento
tc (°C)
Em que:
Ve → valor errado (régua dilatada);
78
Vc → valor certo (régua na temperatura em que foi calibrada).
tc
34
01 Mediu-se a temperatura de um corpo com dois termômetros: um
graduado na escala Celsius e outro, na escala Fahrenheit. Verificou-se
que as indicações nas duas escalas eram iguais em valor absoluto. Um 0 td 80 td (°D)
possível valor para a temperatura do corpo, na escala Celsius, é:
Fazendo a proporção dos lados homólogos, temos:
(A) –25. tc − 34 td
(B) –11,4. =
78 − 34 80
(C) 6,0.
Para o ponto de ebulição da água tc = 100°C
(D) 11,4. 100 − 34 td
(E) 40. = ⇒ td = 120
78 − 34 80
Solução: Letra D.
03 Ao nível do mar, mediante os termômetros, um graduado da escala
Utilizaremos a equação termométrica das escalas Celsius e Fahrenheit:
Celsius e outro na escala Fahrenheit, determinamos a temperatura de certa
C F − 32 9C
= ⇒F= + 32 massa de água líquida. A diferença entre as leituras dos dois termômetros
5 9 5 é 100. Qual a temperatura dessa massa de água na escala Kelvin?
Do enunciado, temos:
Solução:
|C| = |F|
Utilizaremos a equação termométrica das escalas Celsius e Fahrenheit.
9C
C = + 32 ⇒ C F − 32 9C
5 = ⇒F= + 32
5 9 5
9C
C = 5 + 32 ⇒ 5C = 9C + 160 ⇒ C = −40 Como a água está líquida, a temperatura em Fahrenheit será maior que a
Celsius, logo, do enunciado temos que: F – C = 100
−C = 9C + 32 ⇒ −5C = 9C + 160 ⇒ C = 11,, 4
5 9C
Substituindo, temos: + 32 − C = 100 ⇒ C = 85
5
02 Um cientista criou uma escala termométrica D que adota como pontos Da relação entre Celsius e Kelvin, temos:
fixos de ebulição do álcool (78°C) e o de ebulição do éter (34°C). O gráfico K = C + 273
a seguir relaciona essa escala D com Celsius. K = 358 K
(A) 45.
34 (B) 40.
(C) 35.
(D) 30.
0 80 td(°D) (E) 25.
Solução: Letra A.
A temperatura de ebulição da água vale, em °D: Podemos determinar a função termométrica entre a escala A e a Fahrenheit:
A − 20 F − 32
(A) 44. (D) 120. =
70 − 20 176 − 32
(B) 86. (E) 160.
(C) 112. Para calcular o valor na escala A de 40°C, devemos primeira transformá-lo
em °F:
C F − 32 40 F − 32 L L
= → = → F = 104 2π − 2π o
5 9 5 9 ∆T g g L
⋅ ∆t = ⋅ ∆t = − 1 ∆t
To Lo L
2π o
Substituindo na função acima, teremos: g
A − 20 104 − 32
= → A = 45
= ( 1 + α∆T − 1 ∆t)
70 − 20 176 − 32
Aqui usamos a aproximação dada anteriormente em simplificações úteis:
05 Uma esfera maciça de raio 3 m (113 m3) feita de ferro foi colocada
em um forno inicialmente a 20°C. Aquece-se o forno até uma temperatura ∆T α∆T
⋅ ∆t ≅ ∆t
de 220°C. T0 2
Nesse problema, para calcular primeiramente o coeficiente de dilatação,
Determine:
aplicaremos a expressão acima para uma variação de temperatura de
a. O novo raio da esfera;
10°C a 30°C, produzindo um atraso total de (55 + 60) = 115 segundos.
b. o novo volume da esfera.
Assim:
Dado: aFe = 13 · 10–6°C–1 α20
115 ≅ 7 ⋅ 24 ⋅ 3600 → α = 1,9 ⋅ 10 −5°C−1
2
Solução:
a. Para o cálculo do novo raio, aplicamos a expressão da dilatação linear: b. Para determinar a temperatura na qual o relógio é preciso, aplicaremos
∆L = LO α ∆T. a mesma expressão para uma variação de temperatura de Tpreciso até
Na qual L será representado pelo raio, assim: 30°C, produzindo um atraso total de 55 segundos.
∆R = RO α ∆T = 3 · 13 · 10–6 · 200 = 0,0078 m.
1,9 ⋅ 10−5 ⋅ (30 − Tpreciso )
Logo, R = 3 + 0,0078 = 3,0078 m. 60 ≅ 7 ⋅ 24 ⋅ 3.600 →
Poderíamos também aplicar a expressão do comprimento (raio) final: 2
R = Ro (1+ α ∆T) = 3(1 + 13 · 10–6 · 200) = 3,0078 m Tpreciso = 19,6°C
b. Podemos realizar o cálculo do novo volume de duas formas. A primeira
(não recomendada) seria aplicar a fórmula do volume de uma esfera Outra solução interessante seria notar que a relação entre atraso ou
4 3. adianto e a variação de temperatura é direta, assim, podemos resolver
V= πR
3 pela proporção:
4
V = π 3,0078 3 ≅ 113,9 m 3 60 115
3 = → Tpreciso = 19,6°C
30 − Tpreciso 30 − 10
A segunda (mais recomendada) seria usar o conhecimento de que o
coeficiente de dilatação volumétrico é, aproximadamente, o triplo do 07 Uma régua que apresenta um erro de 2% em sua medida foi calibrada
linear (γ = 3α). a 20°C. Qual é a sua temperatura?
V = 113(1+ 3 · 13 · 10–6 · 200) = 113,8 m3.
Dado: coeficiente de dilatação linear = 10–3°C–1.
06 Em um relógio, o pêndulo é uma barra metálica projetada para que seu
período seja igual a 1 s. Verifica-se que, no inverno, quando a temperatura Solução:
média é de 10°C, o relógio adianta, em média, 55 s por semana; no verão, Ve = Lo(1 + α∆θ)
quando a temperatura média é 30°C, o relógio atrasa, em média, 1 minuto e = 0,02 = 2%
por semana. Vc = Lo
Solução: 08 Ao medir uma barra de aço a 20°C com uma régua que foi calibrada
a. Precisaremos da expressão do período de um pêndulo: nessa temperatura, encontramos o valor de 50 cm. Depois de colocar
no forno a régua e a barra de aço, é feita uma nova medida a 40°C e
L encontra-se o valor de 48 cm. Determine o coeficiente de dilatação da
T = 2π
g régua, sabendo que o do aço vale 10–3°C–1.
Na qual vemos a relação entre T e L.
Solução:
Vale ressaltar que:
Precisamos ter em mente que a medida de 48 cm após o aumento de
• O relógio adianta quando T diminui (logo, L diminui por resfriamento).
temperatura da barra e da régua, na verdade, vale 48(1+ αR∆θ), em que
• O relógio atrasa quando T aumenta (logo, L aumenta por aquecimento).
αR é o coeficiente de dilatação da régua. Além disso, sabemos que o
comprimento final da barra será 50(1 + αB∆θ), em que αB é o coeficiente
Uma dica para esses tipos de problema é multiplicar a variação relativa
de dilatação da barra. Então, temos que:
do período pelo intervalo de tempo em que foi feita a medição. Assim,
50(1 + αB∆θ) = 48(1 + αR∆θ)
temos que o atraso ou o adianto do relógio será dado por:
Substituindo valores, encontramos que αR = 3,125 · 10–3°C–1.
09 Um frasco de vidro, cujo volume é de 300 cm³ a 10°C, está completamente (A) 0 e 100.
cheio de um certo líquido. Quando se aquece o conjunto a uma temperatura (B) 32 e 212.
de 140°C, transbordam 2 cm³ do líquido. Sendo o coeficiente de dilatação (C) 459 e 559.
volumétrica do frasco igual a 0,00027/°C–1, determine: (D) 492 e 672.
(E) N.R.A.
a. O coeficiente de dilatação volumétrica aparente do líquido;
b. o coeficiente de dilatação volumétrica real do líquido. 06 (ITA) Para medir a febre de pacientes, um estudante de Medicina
criou sua própria escala linear de temperaturas. Nessa nova escala, os
Solução:
valores de 0 (zero) e 10 (dez) correspondem, respectivamente, a 37°C
a. A dilatação denominada aparente é o volume que transborda. Assim:
e 40°C. A temperatura de mesmo valor numérico em ambas escalas é,
∆Vaparente = Vo ⋅ γ aparente ⋅ ∆T
aproximadamente:
∆Vaparente 2
γ aparente = = = 5,1 ⋅ 10−5°C−1 (A) 52,9°C.
Vo ⋅ ∆T 300 ⋅ 130
(B) 28,5°C.
b. Para calcular o coeficiente real do líquido, usaremos a expressão (C) 74,3°C.
demonstrada anteriormente: γlíquido = γaparente + γrecipiente (D) –8,5°.
γ líquido = 5,1 ⋅ 10−5 + 27 ⋅ 10 −5 = 32,1 ⋅ 10 −5°C−1 (E) –28,5°C.
–30 0 θC B
L C
Qual a temperatura cujas leituras coincidem numericamente nessas duas
escalas?
A
03 Um termômetro foi graduado, em graus Celsius, incorretamente. Ele
assinala 1°C para o gelo em fusão e 97°C para a água em ebulição, sob
pressão normal. Qual a única temperatura que esse termômetro assinala
corretamente, em graus Celsius?
T
04 (ITA) Um pesquisador achou conveniente construir uma escala
termométrica (escala P) com base nas temperaturas de fusão e ebulição do (A) αA = αC > αB.
álcool etílico, tomadas como pontos 0 e 100 da sua escala. Acontece que (B) αA = αB < αC.
na escala Celsius, aqueles dois pontos externos da escala do pesquisador (C) αC > αB > αA.
têm valores –118°C e 78°C. Ao usar o seu termômetro para medir a (D) αB > αC > αA.
temperatura de uma pessoa com febre, o pesquisador encontrou 80 graus (E) αB > αA > αC.
P. Calcule a temperatura da pessoa doente em graus Celsius (°C).
10 Uma barra metálica, inicialmente à temperatura de 20°C, é aquecida
05 Uma antiga escala denominada Rankine tinha seu 0 coincidindo com até 260°C e sofre uma dilatação igual a 0,6% do seu comprimento inicial.
o zero absoluto, mas usava como unidade de variação o grau Fahrenheit. Qual o coeficiente de dilatação linear médio do metal, nesse intervalo de
Podemos então dizer que 0°C e 100°C correspondem, nessa escala, temperatura?
respectivamente, aos valores:
11 (ITA) Um pequeno tanque, completamente preenchido com 20,0 L 16 (ITA) Uma chapa de metal de espessura h, volume V0 e coeficiente de
de gasolina a 0°F, é logo a seguir transferido para uma garagem mantida dilatação linear α = 1,2 · 10–5/°C tem um furo de raio R0 de fora a fora.
à temperatura de 70°F. Sendo γ = 0,0012°C–1 o coeficiente de expansão A razão V/V0 do novo volume da peça em relação ao original quando a
volumétrica da gasolina, a alternativa que melhor expressa o volume temperatura aumentar 10°C será:
de gasolina que vazará em consequência do seu aquecimento até a
R
temperatura da garagem é:
(A) 0,507 L.
(B) 0,940 L.
(C) 1,68 L.
(D) 5,07 L. h
(E) 0,17 L.
(A) 10πR02ha/V0.
12 Um recipiente de 200 cm3 de capacidade, feito por um material de (B) 1 + 1,7 · 10–12 R0 /h.
coeficiente de dilatação volumétrica de 100 · 10–6°C–1, contém 180 cm3 (C) 1 + 1,4 · 10–8.
de um líquido de coeficiente de dilatação cúbica de 1.000 · 10–6°C–1. (D) 1 + 3,6 · 10–4.
A temperatura do sistema é de 20°C. Qual a temperatura-limite de (E) 1 + 1,2 · 10–4.
aquecimento do líquido sem que haja transbordamento?
I. Os três mantêm suas formas. 04 Dois termômetros, um Fahrenheit correto e um Celsius inexato, são
II. R aumenta aproximadamente igual para os três. colocados dentro de um líquido. Acusaram 95°F e 30°C respectivamente.
III. Para a esfera R aumenta mais que para o disco. O erro percentual cometido na medida do termômetro Celsius foi de:
05 Três termômetros de mercúrio, um graduado na escala Celsius, outro 09 Tentando criar uma escala própria para seus novos experimentos, um
na escala Fahrenheit e um terceiro na escala Kelvin são mergulhados no físico propõe a escala T, cuja temperatura indicada em qualquer estado
mesmo líquido contido em um recipiente de equivalente água nulo. Após térmico é a média aritmética entre os valores lidos na escala Celsius e na
um certo tempo, já atingido o equilíbrio térmico, nota-se que a soma dos Fahrenheit. Sobre a escala T proposta, é correto afirmar:
vetores numéricos indicados nas escalas Celsius e Fahrenheit é igual ao
dobro da soma da temperatura de ponto de gelo com a temperatura de (A) Não é de fato uma escala, pois não foram definidos os pontos fixos.
ponto vapor na escala Celsius para pressão normal. (B) Para uma variação de 20°C teremos uma variação de 56°T.
Determine a leitura do termômetro graduado na escala Kelvin: (C) Apresentará valores maiores do que os lidos na escala Celsius para
temperaturas maiores que –90°C.
(A) 222 K. (D) O ponto do gelo da escala P é –10°C.
(B) 333 K. (E) O ponto do vapor na escala P é 166°T.
(C) 444 K.
(D) 555 K. 10 (ITA/1980) Uma placa metálica tem um orifício circular de 50,0 mm
(E) 666 K. de diâmetro a 15°C. A que temperatura deve ser aquecida a placa para
que se possa ajustar no orifício um cilindro de 50,3 mm de diâmetro? O
06 Um termômetro de gás consiste em dois bulbos, cada um colocado coeficiente de dilatação linear do metal é α = 1,2 ⋅ 10−5 por Kelvin.
em um recipiente com água. A diferença de pressão entre eles é medida
por um manômetro de mercúrio, como mostra a figura. O volume de gás (A) θ = 520 K.
nos bulbos é mantido constante, usando reservatórios apropriados, que (B) θ = 300°C.
não aparecem na figura. Quando os recipientes estão à temperatura do (C) θ = 300 K.
ponto triplo da água, a diferença de pressão indicada pelo manômetro (D) θ = 520°C.
é 0. Quando um dos receptáculos está na temperatura do ponto triplo (E) θ = 200°.
(Ttriplo) e o outro na do ponto de ebulição da água, o manômetro indica
120 mmHg. Finalmente, o manômetro indica 90,0 mmHg, quando um 11 Um pino feito de um metal A tem diâmetro de encaixe d1, a uma
dos recipientes está à temperatura do ponto triplo e o outro está a uma temperatura T0, em graus Celsius. O pino deve ser encaixado em um orifício
temperatura desconhecida. Qual é a temperatura absoluta desconhecida? maior de diâmetro d2, que está na mesma temperatura T0 em uma chapa
de metal B. Sabe-se que o metal A possui coeficiente de dilatação linear αA
maior que o coeficiente de dilatação linear do metal B, αB. Podemos afirmar
que o procedimento correto e a temperatura de encaixe perfeito são:
(A) resfriamento; T =
( d1 – d2 )
.
T0 ( d2α B – d1α A )
(B) aquecimento; T =
( d2 – d1 ) – T0 ( d2α B – d1α A )
.
d1α A – d2α B
08 Um termômetro que mede a temperatura ambiente indica sempre 2°C 13 Uma esfera metálica é totalmente imersa em parafina e seu empuxo
acima da correta, e outro que mede a temperatura de um líquido indica 3°C é medido por meio de um dinamômetro ideal. Sabendo que a 20°C o
abaixo da correta. Se o líquido está a 5°C acima da temperatura ambiente, empuxo vale 0,2000 N, e que a 100°C vale 0,2145 N, calcule o coeficiente
a indicação dos termômetros defeituosos, em graus Celsius, pode ser: de dilatação volumétrica da parafina.
(A) 18 e 16. Dado: coeficiente de dilatação linear do metal: αmetal = 1,2 · 10–5°C–1.
(B) 18 e 18.
(C) 18 e 20. 14 Um corpo homogêneo e maciço de massa M e coeficiente de dilatação
(D) 18 e 23. volumétrica constante γ é imerso inicialmente em um líquido também
(E) 18 e 28. homogêneo à temperatura de 0°C, e é equilibrado por uma massa m1
por meio de uma balança hidrostática, como mostra a figura abaixo. 19 Uma barra mede exatamente 20,05 cm, verificados com uma régua
Levando o sistema formado pelo corpo imerso e o líquido até uma nova de aço a 20°C. Colocamos a barra e a régua em um forno a 270°C e,
temperatura de equilíbrio térmico x, a nova condição de equilíbrio da nessas condições, medimos a barra com régua, obtendo 20,11 cm. Qual
balança hidrostática é atingida com uma massa igual a m2, na ausência o coeficiente de dilatação da barra?
de quaisquer resistências. Nessas condições, o coeficiente de dilatação
volumétrica real do líquido pode ser determinado por: Dado: coeficiente de dilatação linear do aço: 11 · 10–6°C–1.
17 Uma régua foi calibrada a 0°C. Quando utilizada, em uma temperatura platina
T > 0, para medir uma certa distância, verificou-se que havia um erro de zinco
15% nessa leitura. Sendo α o coeficiente de dilatação linear do material
que constitui a régua, responda:
24 Uma barra com uma rachadura no centro entorta para cima com um Dados:
pequeno aumento de temperatura de T°C. Sendo Lo o comprimento inicial • Coeficiente de dilatação linear do alumínio: αAl = 2,4 · 10–5°C–1;
da barra e α o seu coeficiente de dilatação linear, determine x. Considere • densidade do alumínio a 4°C: ρAl = 2,7 · 103 kg/m3;
x <<< Lo. • coeficiente de dilatação linear do vidro: αvidro = 8 · 10–6°C–1;
• coeficiente de dilatação volumétrica da água: γágua = 4,4 · 10–4°C–1;
• densidade da água a 0°C: ρágua = 1 · 103 kg/m3.
L0
02 São dadas duas tiras metálicas, uma de ferro e outra de zinco, as quais
se ligam mutuamente mediante rebites, conforme indica a figura abaixo. A
x espessura das tiras é suposta desprezível; a distância que as separa é d.
Os coeficientes de dilatação linear são αf para o ferro e αz para o zinco,
com αz > αf . A dilatação térmica dos rebites pode ser desprezada. A 0°C
L0 o sistema apresenta-se reto. A uma temperatura qualquer θ o par de tiras
se apresenta encurvado em forma de arco de circunferência. Supõe-se
que o eixo dos rebites seja sempre normal às tiras nos pontos de ligação.
25 Três bastões de mesmo comprimento L formam um triângulo equilátero Pede-se determinar o raio de curvatura Rz (externo) do zinco para uma
ABC. O ponto O é médio do lado BC. A distância OA permanece inalterada temperatura θ qualquer.
para pequenas variações de temperatura. Se o coeficiente de dilatação
linear para AB e AC é α2 e para BC é α1, qual a relação entre os coeficientes? zinco
Explique por que a barra não irá sumir, mostrando qual a expressão correta
para analisar o caso.
/2 /2
(A) 2 lF βT /mg.
2 (1 + βT ) /mg.
(B) lF
(C) 2 lF (1 + βT ) / 4 F 2 − m2g2 .
(D) 2 lF (1 + βT ) / ( 2F − mg ) .
(E) 2 lF (1 + β T ) / 4 F 2 − m2g2 .
θ R
água
x
Dados:
Raio médio da Terra 6.400 km;
sen q = 0,86;
coeficiente de dilatação superficial da água: (4/3) · 10–4°C–1.
Calorimetria
2
1. Noções iniciais 2. Propagação de calor
A calorimetria analisa as trocas de calor entre os corpos e as suas A transferência de calor entre dois pontos pode ocorrer por três
consequências. Lembrando que calor é energia térmica em trânsito, processos: convecção, condução e radiação.
poderemos, futuramente, estabelecer princípios gerais para a calorimetria
com base nesse fato. 2.1 Convecção
A quantidade de calor (Q) representa a quantidade de energia que A convecção ocorre, normalmente, em um fluido (gás ou líquido)
é trocada entre corpos a diferentes temperaturas quando entre eles se e se caracteriza pela transferência de calor pelo movimento do próprio
estabelece uma transmissão de calor; por exemplo, quando colocamos fluido, gerando uma corrente de convecção. Esta pode ter duas naturezas:
em contato uma pedra de gelo a 0°C e um volume qualquer de água líquida
a 20°C. Um fato importante que se deve notar de imediato é que só há • convecção forçada: um fluido impulsionado pela ação de um ventilador
transferência de calor quando os corpos estão a temperaturas diferentes. ou de uma bomba, por exemplo.
Não haveria troca de calor entre gelo a 0°C e água a 0°C se eles fossem • corrente natural ou convecção livre: um fluido quando aquecido diminui
postos em contato. de densidade, tendendo assim a subir sob efeito gravitacional, sendo
Por ser energia, Q deve ser expressa em unidades de energia. As substituído por um fluido mais frio com maior densidade.
mais comuns são:
→ joule (J) – é a unidade SI para energia; Obs.: A densidade de um fluido gasoso pode ser calculada pela equação
geral dos gases.
→ caloria (cal);
→ quilocaloria (kcal ou cal) = 1.000 cal.
m m P·M
P · V =n · R · T = · R · T ⇒ =d =
Obs.: 1 cal = 4,18 J. M V R·T
Quando um corpo troca calor, suas moléculas podem se modificar Ex.: Os fabricantes de geladeira levam em conta o fato de o ar quente
energeticamente de duas formas: alterando sua energia cinética ou sua subir e o ar frio descer. Por isso, o congelador, que é o responsável pelo
energia potencial. A energia cinética das moléculas será alterada quando resfriamento interno da geladeira, fica na parte de cima. Ele resfria o ar
for verificado que o calor trocado modificou a temperatura do corpo. Já próximo de si. Esse ar frio desce, enquanto o ar quente, que está embaixo,
a energia potencial dessas moléculas será alterada quando for verificado sobe. Assim, produzem-se correntes de convecção, que mantêm o interior
que o calor trocado modificou o estado de agregação destas – em outras da geladeira em constante resfriamento. Se o congelador ficasse na parte
palavras, quando o corpo mudar de fase. Cada um desses efeitos (mudança de baixo da geladeira, o ar resfriado permaneceria na parte inferior. E o ar
de temperatura e mudança de fase) ocorre em uma faixa de temperatura que estivesse em cima continuaria quente, pois não desceria para poder
específica do corpo que realiza a troca. Por exemplo, analisemos o ser resfriado pelo congelador.
comportamento de uma massa de água ao longo do tempo enquanto
recebe calor e os efeitos que essa troca de calor lhe provoca; veja o gráfico Ex. 1: No ar das cidades, também constatamos a convecção. Os gases
esboçado abaixo: poluentes que saem do escapamento dos veículos e das chaminés das
fábricas tendem a subir, pois estão quentes. Esse é um exemplo em que
T (°C) as correntes de convecção favorecem a dispersão dos poluentes.
(vapor a 100°C)
(água transformando-se Ex. 2: No corpo humano, há um mecanismo de convecção forçada,
em vapor) responsável pela manutenção da temperatura corpórea: o fluxo sanguíneo,
100 (vapor esquentando)
(água a 100°C) no qual o coração funciona como uma bomba, impulsionando o sangue
(fluido).
(água esquentando)
0
tempo
(água a 0°C)
A transferência de calor por convecção é um processo muito complexo
(gelo transformando-se em água)
(gelo a 0°C)
e não existe uma equação simples para descrevê-lo. No entanto, há
–50 algumas observações que podem ser vistas experimentalmente:
(gelo esquentando)
• A 20°C, um corpo emite radiação no espectro infravermelho. 3.3 Equivalente em água de um corpo
• A 800°C, um corpo emite radiação visível. É a massa de água (meq) que possui a mesma capacidade térmica
• A 3.000°C, há emissão de radiação ultravioleta. do corpo.
A taxa de radiação da energia de uma superfície pode ser calculada (mc)água = (mc)corpo
pela lei de Stefan-Boltzmann.
Obs.: O equivalente pode ser em relação à outra substância qualquer no
Φ = ε · σ · S · T4 lugar da água.
Obs.: É importante notar se o calor latente será positivo ou negativo, ou Substância Temperatura (K) Pressão (105 Pa)
seja, se o corpo cede ou recebe calor; como nos exemplos abaixo.
hidrogênio 13,84 0,0704
Ex.: oxigênio 54,36 0,00152
Calores específicos latentes da água: dióxido de carbono 216,55 5,17
→ calor específico latente de fusão: LF = 80 cal/g;
água 273,16 0,00610
→ calor específico latente de solidificação: LS = –80 cal/g;
→ calor específico latente de vaporização: LV = 540 cal/g; Ponto crítico: temperatura e pressão acima das quais as fases líquida
→ calor específico latente de condensação: LF = –540 cal/g. e de vapor não podem mais coexistir, isto é, mesmo variando a pressão
ou a temperatura, a substância não muda mais de estado. Acima dessa
Recordemos as mudanças de fase de uma substância observando temperatura e pressão o estado é chamado de gasoso.
o esquema abaixo:
Substância Temperatura (K) Pressão (105 Pa)
vapor hidrogênio 33,3 13,00
oxigênio 154,8 50,8
sublimação vaporização
dióxido de carbono 304,2 73,9
condensação
água 647,4 221,2
fusão
sólido líquido
solidificação 6. Pressão de vapor
(pressão máxima de vapor)
Suponha um frasco tampado que contém um líquido qualquer.
4. Lei zero da termodinâmica Inicialmente, sobre esse líquido, há vácuo, como na figura abaixo:
Equação geral das trocas de calor: se dois ou mais corpos, que vácuo
trocam entre si apenas calor, constituem um sistema isolado – ou seja, não
trocam calor com o que está fora desse sistema –, a soma da quantidade
líquido
total de calor cedido com a quantidade total de calor recebido é nula
(princípio da conservação de energia).
Qcedido + Qrecebido = 0 ou ∑Q = 0
Após a contagem do tempo, observaremos que algumas partículas
Obs.: do líquido vaporizam-se, começando a preencher o espaço que antes era
→ Calor recebido por um corpo é sempre positivo (Q > 0). vácuo. Esse vapor exerce uma pressão nas paredes do recipiente e no
→ Calor cedido por um corpo é sempre negativo (Q < 0). próprio líquido, que é a pressão de vapor.
No intervalo de tempo da solidificação, uma parte do líquido libera uma Solução: Letra C.
quantidade de calor suficiente para o aquecimento de todo o sistema que Quanto maior o calor específico de um material, maior a capacidade térmica
volta à temperatura de solidificação, sem a interferência do meio externo. de um corpo feito desse material, logo maior será a retenção de calor desse
corpo. Desejamos, então, a fim de fabricarmos uma panela que esquente
rapidamente o seu conteúdo, um material de baixo calor específico, para
Qaquecimento = Mtotal ⋅ cliq ⋅ (Tfusão − Tsobr ) = msolidificada ⋅ Lfusão que a panela não retenha o calor. Quanto maior a condutividade térmica de
um corpo, maior será a propagação de calor por meio deste. Desejamos,
então, para essa panela, um material de alta condutividade térmica.
7.2 Compreendendo melhor a umidade relativa 02 Um galpão possui 300 m2 de paredes laterais, laje, janelas e portas.
Todos os ambientes restrigem sua máxima capacidade de vapor-d’água O coeficiente de condutibilidade térmica média desses conjunto é
permitida. Essa máxima quantidade está diretamente ligada à temperatura k = 0,50 W/m°C e a espessura média é x = 0,20 m. No inverno, deseja-se
que o ambiente se encontra e, consequentemente, à pressão. Para manter constante, em 20°C, a diferença de temperatura do ar no interior e
encontrarmos tais valores, basta traçarmos uma reta vertical no diagrama no exterior do galpão, durante o período de um mês. Considere 4 J = 1 cal.
de fases abaixo no ponto de equilíbrio entre líquido e vapor. Qual o custo mensal para manter constante a temperatura do ambiente
interno por meio de lâmpadas acesas, considerando que 1 MWh de energia
elétrica custa R$120,00?
pressão, P
Solução:
Aplicando-se a lei de Fourier, temos:
sólido líquido 0, 5 ⋅ 300 ⋅ 20
Φ= = 15.000 W = 0, 015 MW.
0, 2
Durante um mês = 30 · 24 horas = 720 h.
vapor A energia consumida será E = 0,015 · 720 = 10,8 MWh
Assim, o custo será de R$120,00 · 10,8 = R$1.296,00.
Com o ambiente a 20°C, há uma taxa de absorção de radiação pelo corpo. 07 Três líquidos distintos são mantidos a T1 = 15°C, T2 = 20°C e T3 = 25°C.
A taxa resultante será dada pela diferença entre a emissão do corpo e a Misturando os dois primeiros na razão 1 : 1, em massa, obtém-se uma
absorção do calor ambiente: temperatura de equilíbrio de 18°C. Procedendo da mesma forma com
os líquidos 2 e 3, tem-se uma temperatura final de 24°C. Determine
φresultante = φtotal − φambiente a temperatura de equilíbrio se o primeiro e o terceiro líquidos forem
(
φresultante = ε · s · S · T 4 ) total
(
− ε · s · S · T4 ) ambiente
misturados na razão 3 : 1 em massa.
φresultante =ε · s · S · T ( 4
corpo − T
4
ambiente ) Solução:
Aplicando-se a lei zero para a primeira experiência:
φresultante (
1· 5,67 · 10 −8
) · 1,2 · ( 309 4
− 293 4
) ΣQ = 0 → Q1 + Q2 = 0 → m · c1 · (18 – 15)+ m · c2 · (18 – 20) = 0 →
φtotal ≅ 119 W. 3c1 = 2 · c2.
Aplicando-se a lei zero para a segunda experiência:
05 Um grupo de amigos se reúne para fazer um churrasco. Levam um ΣQ = 0 → Q1 + Q2 = 0 → m · c2 · (24 – 20)+ m · c3 · (24 – 25) = 0 →
recipiente térmico adiabático contendo uma quantidade de gelo a –4°C e 4c2 = c3.
60 latas com 350 mL de refrigerante, cada uma. As latas são de alumínio e Aplicando-se a lei zero para a terceira experiência:
quando foram colocadas no recipiente estavam a uma temperatura de 22°C. ΣQ = 0 → Q1 + Q2 =0 → 3m · c1 · (Teq – 15)+ m · c3 · (Teq – 25) = 0
Considere que a densidade e o calor específico do refrigerante sejam, Colocando os calores específicos em função de c2, temos:
aproximadamente, iguais aos da água. Sabendo-se que, no equilíbrio 3m · (2c2 · /3)(Teq– 15)+m · 4c2 · (Teq – 25) = 0
térmico, a temperatura no interior do recipiente adiabático é 2°C, calcule: 2(Teq – 15) + 4(Teq – 25) = 0
Teq = 65/3°C.
a. a quantidade de calor cedida pelas latas e pelo refrigerante.
b. a massa de gelo, em quilogramas, que foi colocada no recipiente. 08 Em um calorímetro são colocadas duas substâncias: gelo e ferro. O
gelo está a uma temperatura de –5°C e o ferro a uma temperatura de 120°C.
Dados: Considerando a massa de ferro com 100 g, calcule a temperatura de
Calor específico do gelo c(g) = 0,50 cal/g°C; equilíbrio e as fases envolvidas para as seguintes massas de gelo:
calor específico da água c(a) = 1,0 cal/g°C;
calor específico do alumínio c(Al) = 0,22 cal/g°C; a. 100 g.
calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g; b. 20 g.
massa de alumínio em cada lata m(lata) = 30 g;
densidade da água ρ(a) = 1,0 g/cm3. Dados:
• Cgelo = cvapor = 0,5 cal/g°C;
Solução: • Cágua = 1,0 cal/g°C;
a. Qref = 60 · 350 · 1 · (–20) = –420.000 cal • Cferro = 0,2 cal/g°C;
QAl = 60 · 30 · 0,22 · (–20) = –7.920 cal. • Lfusão = 80 cal/g;
b. Lei zero: Qgelo + Qfusão + Qágua + Qref + QAl = 0 • Lebulição = 540 cal/g.
m · 0,5 · 4 + m · 80 + m · 1 · 2 – 427.920 = 0 ⇒ m = 5,1 kg.
Solução:
06 Um corpo, com calor latente de fusão igual a 16 cal/g, inicialmente no a. Como não sabemos em que fase da água ocorrerá o equilíbrio, faremos
estado sólido, é aquecido sob a potência constante de uma fonte de calor. alguns cálculos preliminares.
O gráfico seguinte representa a variação da temperatura com o tempo. – aquecimento do gelo até 0°C: Q = 100 · 0,5 · 5 = 250 cal;
Admitindo-se que o corpo absorva energia de maneira constante ao longo – fusão total do gelo: Q = 100 · 80 = 8.000 cal;
de todo o processo, determine o calor específico do sólido. – resfriamento do ferro até 0°C: Q = 100 · 0,2 · (–120) = –2.400 cal.
60
Note que o calor liberado pelo ferro é capaz de aquecer o gelo, mas não
é capaz de fundi-lo totalmente. Tiramos a conclusão que o equilíbrio
ocorrerá ao longo do processo de fusão, logo a 0°C.
50
Podemos calcular a massa de gelo que fundiu aplicando a lei zero
com três trocas de calor: aquecimento do gelo (Q1), fusão parcial do
T(°C)
b.
Agora, refazendo os cálculos preliminares, temos:
20
0 2 4 6 8 10 12 14 – aquecimento do gelo até 0°C: Q = 20 · 0,5 · 5 = 50 cal;
t (min) – fusão total do gelo: Q = 20 · 80 = 1.600 cal.
Solução: Veja que o calor liberado pelo ferro (2.400 cal) supera o total absorvido
De 0 a 4 min, o sólido se aquece absorvendo um calor: Q1 = m · c · ∆T. pelo gelo (1.650 cal).
De 4 a 12 min, o sólido se liquefaz absorvendo um calor: Q2 = m ⋅ L. Para determinar esse ponto de equilíbrio, aplicamos a lei zero com
Como a potência é constante: quatro trocas de calor: aquecimento do gelo (Q1), fusão total do gelo
(Q2), aquecimento da água (Q3) e resfriamento do ferro (Q4).
Q1 Q m ⋅ c ⋅ ∆T m ⋅ L
= 2 ⇒ = ⇒ ΣQ = 0 → Q1 + Q2 + Q3 + Q4= 0
∆t1 ∆t2 ∆t1 ∆t2 50 + 1.600 + 20 · 1 · (Teq – 0) + 100 · 0,2 · (Teq – 120) = 0.
L ⋅ ∆t1 16 ⋅ 4 Teq = 18,75oC.
c= = = 0,4 cal.
∆T ⋅ ∆t2 20 ⋅ 8
a. a umidade relativa em um dia que a temperatura está 20°C e a pressão 01 Qual a massa de vapor a 100°C que deve ser misturada a 500 g de
parcial de vapor 14,554 mmHg. gelo a 0°C, em um recipiente termicamente isolado, para produzir água a
b. a temperatura de orvalho sabendo que a umidade está 90% e a 50°C?
temperatura 18°C.
c. a quantidade de vapor em uma sala de 100 m3 a uma temperatura de Dados: cágua = 1 cal/g°C; Lsolidificação = 80 cal/g; Lvaporização = 540 cal/g.
40°C e umidade relativa de 70%.
02 O gráfico abaixo mostra a quantidade de calor, Q, absorvida por um 06 (AFA) Um cubo de gelo com massa 100 g e temperatura –10OC é
corpo de 20,0 g de massa, inicialmente no estado sólido, em função da colocado em um recipiente contendo 200 mL de um líquido a 100OC.
temperatura q: Supondo-se que não há perda de calor para o meio ambiente, qual o valor
final aproximado da temperatura, em °C, do sistema?
Q (cal)
Dados: calor específico em cal/g°C do gelo = 0,5, da água = 1 e do
500 líquido = 2, calor latente de fusão do gelo = 80 cal/g e densidade do
líquido = 1,5 g/cm3.
400
300 (A) 43. (C) 3.
(B) 53. (D) 73.
200
100 07 (AFA) Colocam-se 10 gramas de gelo a 0ºC em um calorímetro de
cobre com massa 150 gramas e calor específico 0,093 cal/g°C. No interior
do calorímetro, há 200 gramas de água, cujo calor específico é 1,0 cal/g°C.
0 10 20 30 40 θ (°C) A temperatura do calorímetro e da água, antes de receber o gelo, era de
20ºC. Após o equilíbrio, colocam-se 55 gramas de um metal a 90°C no
Determine:
interior do calorímetro. Restabelecido o equilíbrio térmico, a temperatura
a. a capacidade térmica do corpo no estado sólido.
atingiu 25°C. O calor específico do metal, em cal/g°C, é:
b. o calor específico sensível da substância do corpo no estado sólido.
c. a temperatura de fusão da substância que compõe o corpo. (A) 0,21. (C) 0,60.
(B) 0,40. (D) 0,80.
03 Três corpos A, B e C de massas 0,2 kg, 0,4 kg e 0,5 kg, respectivamente,
são colocados em um calorímetro ideal. As variações de temperatura em 08 (OBF) Em um calorímetro, de capacidade térmica desprezível, são
função das quantidades de calor são representadas no gráfico abaixo. colocados 40 g de água a 40°C, e 30 g de gelo a 0°C. Sabendo que o
calor latente de fusão da água vale 80 cal/g e o calor específico da água
T (°C)
vale 1,0 cal/g°C, a temperatura final da mistura será:
A
B (A) –14,5°C. (D) 0°C.
30 C (B) –11,4°C. (E) 20°C.
(C) –9,4°C.
15
09 (AFA) Dois líquidos A e B, com a massa de A valendo 5/4 da massa
10 de B, são misturados no interior de um calorímetro. Verifica-se que não
há mudanças de estado e que a temperatura inicial de B e a temperatura
Q (kcal) de equilíbrio correspondem ao quádruplo e ao triplo, respectivamente,
1 da temperatura inicial de A. Desprezando-se as trocas de calor com o
1,5 2
calorímetro e com o ambiente, a relação entre os calores específicos dos
líquidos A e B é igual a:
Qual é a ordem crescente dos os calores específicos dos três corpos?
(A) 1,25.
(A) CA < CB < CC.
(B) 0,80.
(B) CC < CA < CB.
(C) 0,75.
(C) CB < CC < CA.
(D) 0,40.
(D) CC < CB < CA.
(E) CB < CA < CC.
10 Em um calorímetro ideal, colocam-se duas esferas de mesmo material,
sendo uma com raio R e temperatura de 12°C e a outra de raio 2R e
04 A unidade de medida de calor no sistema inglês é a British Thermal Unit
temperatura de 30°C. Qual a temperatura de equilíbrio?
(BTU) e a unidade de medida de calor que utilizamos com frequência no Brasil
é a caloria (cal). Sabe-se que 1 cal é a quantidade de calor necessária para
11 (AFA) Um estudante, querendo determinar o equivalente em água de
elevar a temperatura de 1 g de água pura de 14,5°C até 15,5°C e que 1 BTU
um calorímetro, colocou em seu interior 250 g de água fria e, aguardando
é a quantidade de calor necessária para elevar a temperatura de 1 lb (uma
certo tempo, verificou que o conjunto alcançou o equilíbrio térmico a uma
libra) da mesma água de 39°F até 40°F. Sabendo-se que 1 g = 2,2 · 10–3 lb,
temperatura de 20°C. Em seguida, acrescentou ao mesmo 300 g de água
qual a relação entre as unidades caloria e BTU?
morna, a 45°C. Fechando rapidamente o aparelho, esperou até que o equilíbrio
térmico fosse refeito, verificando, então, que a temperatura final era de 30°C.
05 Calor de combustão é a quantidade de calor liberada na queima de
Baseando-se nesses dados, o equivalente em água do calorímetro vale,
uma unidade de massa do combustível. O calor de combustão do gás de
em gramas:
cozinha é de 6000 kcal/kg. Quantos litros de água à temperatura de 20°C
podem ser aquecidos até 100°C com um bujão de gás de 13 kg? Despreze (A) 400.
perdas de calor. (B) 300.
(C) 200.
Dado: (D) 100.
Calor específico sensível da água = 1,0 kcal/kg°C; massa específica da
água: 1 kg/L.
D tempo
–4 C
15 Um sólido tem capacidade de transmitir calor devido à diferença de 01 Uma experiência é montada para descobrir o calor específico sensível
temperatura entre as faces indicadas. A respeito das seguintes preposições, de um metal desconhecido em fase sólida. Para isso foi utilizado um
para a rapidez da transmissão de calor, indique as que são verdadeiras (V) calorímetro de equivalente em água igual a 200 g. Dentro do calorímetro
ou falsas (F). foram colocados cubos de gelo a –20°C, totalizando uma massa de 100 g.
Após algum tempo, foi introduzida no calorímetro uma amostra de 200 g
T1 > T2
de metal a 800°C. Sabendo que o sistema perde 10% do calor que o
T1 T2 metal cederia ao sistema se não houvesse dissipação e que no final do
experimento a temperatura de equilíbrio é 80°C, podemos afirmar que o
calor (Q)
calor específico do metal vale, em cal/g°C:
A
Dados:
b • Calor específico do gelo: 0,5 cal/g°C;
• calor de fusão do gelo: 80 cal/g;
I. É maior se b aumenta.
• calor específico da água: 1,0 cal/g°C.
II. Independe da diferença das temperaturas (T1 – T2).
III. Sendo A cada vez menor, a rapidez não se altera. (A) 0,11.
(B) 0,14.
(A) V – V – F.
(C) 0,24.
(B) V – F – F.
(D) 0,32.
(C) V – F – V.
(E) 0,42.
(D) F – F – V.
(E) F – F – F.
02 (IME) Um projétil de liga de chumbo de 10 g é disparado de uma arma Dado: calor específico da água = 1,0 cal/g°C.
com velocidade de 600 m/s e atinge um bloco de aço rígido, deformando-se.
Considere que, após o impacto, nenhum calor é transferido do projétil para (A) 0,044. (D) 0,36.
o bloco. Calcule a temperatura do projétil depois do impacto. (B) 0,036. (E) 0,40.
(C) 0,030.
Dados:
• Temperatura inicial do projétil: 27°C; 07 (IME) Considere um calorímetro no qual existe certa massa de líquido.
• temperatura de fusão da liga: 327°C; Para aquecer o conjunto líquido – calorímetro de 30°C para 60°C são
• calor de fusão da liga: 20.000 J/kg; necessárias Q1 joules. Por outro lado, Q2 joules elevam de 40°C para 80°C
• calor específico da liga no estado sólido: 120 J/kg°C; o calorímetro juntamente com o triplo da massa do líquido.
• calor específico da liga no estado líquido: 124 J/kg°C.
a. Determine a capacidade térmica do calorímetro nas seguintes situações:
Q1 = 2.000 J, Q2 = 4.000 J.
03 Um projétil cujo calor específico vale 0,02 cal/g°C atinge um bloco de
Q1 = 2.000 J, Q2 = 7.992 J.
aço a uma velocidade de 200 m/s. Se após atingir o repouso a temperatura
b. Com base nesses dados, em qual das duas situações a influência do
do projétil aumenta em 60°C, qual o percentual de energia cinética
material do calorímetro pode ser desconsiderada? Justifique sua resposta.
absorvida pelo bloco?
08 (ITA) Em uma cavidade de 5 cm3 feita em um bloco de gelo, introduz-se
Dado: 1 J = 0,24 cal. uma esfera homogênea de cobre de 30 g aquecida a 100°C, conforme o
esquema a seguir. Sabendo-se que o calor latente de fusão do gelo é de
04 (ITA) Colaborando com a campanha de economia de energia, um grupo 80 cal/g, que o calor específico do cobre é de 0,096 cal/g°C e que a massa
de escoteiros construiu um fogão solar, constituído de um espelho de alumínio específica do gelo é de 0,92 g/cm3, o volume total da cavidade é igual a:
curvado que foca a energia térmica incidente sobre uma placa coletora. O
espelho tem um diâmetro efetivo de 1,00 m e 70% da radiação solar água
incidente é aproveitada para de fato aquecer certa quantidade de água.
Sabemos ainda que o fogão solar demora 18,4 minutos para aquecer 1,00 L
de água desde a temperatura de 20°C até 100°C, e que 4,186 · 103 J é a
energia necessária para elevar a temperatura de 1,00 L de água de 1,000 K.
Com base nos dados, estime a intensidade irradiada pelo Sol na superfície
da Terra, em W/m². Justifique sua resposta.
11 Uma experiência é realizada em um recipiente termicamente isolado, 15 A figura a seguir mostra uma seção de um muro feito de pinho
no qual são colocados 176,25 ml de água a 293 K; um cubo de uma liga branco de espessura La e tijolo de espessura Ld (= 2,0 La), com duas
metálica homogênea com 2,7 kg de massa, aresta de 100 mm, a 212°F; placas internas de material desconhecido com idênticas espessuras e
e um cubo de gelo de massa m, a –10°C. O equilíbrio térmico é alcançado condutividades térmicas. A condutividade térmica do pinho branco é ka e
a uma temperatura de 32°E, lida em um termômetro graduado em uma a do tijolo, kd (= 5,0 ka). A área da superfície do muro é desconhecida.
escala E de temperatura. Admitindo que o coeficiente de dilatação linear da A condução de calor através do muro atingiu um estado estacionário,
liga metálica seja constante no intervalo de temperaturas da experiência, com as únicas temperaturas de interface conhecidas, sendo T1 = 25°C,
determine: T2 = 20°C e T5 = –10°C. Calcule a temperatura de interface T4 e T3.
Dado: 1 cal = 4,2 J. 17 Quatro hastes cilíndricas de metal são soldadas como mostra a figura
a seguir:
Ce (cal/g°C)
20°C 100°C
1 2
0,3
0,1 4 3
T (°C)
20°C 100°C
25
As áreas transversais são iguais. As condutividades térmicas das barras
14 (AFA) Para intervalos de temperaturas entre 5°C e 50°C, o calor
1, 2, 3 e 4 valem, respectivamente k1, k2, k3 e k4. Os comprimentos das
específico (c) de determinada substância varia com a temperatura (t) de
barras 1, 2, 3 e 4 valem, respectivamente L1, L2, L3 e L4, sendo esses
acordo com a equação c = t/60 + 2/15, em que c é dado em cal/g°C
comprimentos, nessa ordem, elementos de uma progressão aritmética
e t em °C. A quantidade de calor necessária para aquecer 60 g dessa
de elemento inicial L = L e razão L. As pontas das barras estão em
substância de 10°C até 22°C é:
contato com fontes térmicas cujas temperaturas são mostradas na figura
(A) 350 cal. anterior. Após um longo tempo, a temperatura da junção das barras
(B) 120 cal. tenderá corretamente para qual valor? Considere as fontes térmicas com
(C) 480 cal. capacidades térmicas infinitas.
(D) 288 cal.
18 (ITA) Um fogareiro é capaz de fornecer 250 calorias por segundo. Medida Período do dia Umidade relativa Temperatura do ar
Colocando-se sobre o fogareiro uma chaleira de alumínio de massa 500 g,
tendo no seu interior 1,2 kg de água à temperatura ambiente de 25°C, a 1 manhã 50% 300 K
água começará a ferver após 10 minutos de aquecimento. Admitindo-se 2 tarde 75% 300 K
que a água ferve a 100°C e que o calor específico da chaleira de alumínio
é 0,23 cal/g°C e o da água 1,0 cal/g°C, pode-se afirmar que: Diante do exposto, a razão entre as taxas de evaporação de água do lago
calculadas na primeira e na segunda medida de umidade relativa do ar é:
(A) toda a energia fornecida pelo fogareiro é consumida no aquecimento
da chaleira com água, levando a água à ebulição. (A) 3/2.
(B) somente uma fração inferior a 30% da energia fornecida pela chama é (B) 2/3.
gasta no aquecimento da chaleira com água, levando a água à ebulição. (C) 2.
(C) uma fração entre 30% a 40% da energia fornecida pelo fogareiro é perdida. (D) 3/4.
(D) 50% da energia fornecida pelo fogareiro é perdida. (E) 4.
(E) a relação entre a energia consumida no aquecimento da chaleira com
água e a energia fornecida pelo fogão em 10 minutos situa-se entre 24 Um secador a ar quente é utilizado para retirar água por meio do fluxo
0,70 e 0,90. de ar que passa pela sua tubulação. Sabe-se que a corrente de ar que
passa pelo secador opera de acordo com as condições abaixo:
19 Atualmente, o laser de CO2 tem sido muito aplicado em microcirurgias,
em que o feixe luminoso é utilizado no lugar do bisturi de lâmina. O corte Temperatura Umidade Relativa
com o laser é efetuado porque o feixe provoca um rápido aquecimento
entrada 60°C 25%
e a evaporação do tecido, que é constituído principalmente de água.
Considere um corte de 2,0 cm de comprimento, 3,0 mm de profundidade saída 40°C 50%
e 0,5 mm de largura, que é aproximadamente o diâmetro do feixe. Sabendo
que a massa específica da água é de 103 kg/m3, o calor específico é A pressão máxima de vapor, nessas temperaturas, é dada por:
4,2 · 103 J/kg · K e o calor latente de evaporação é 2,3 · 106 J/kg:
Temperatura Pressão máxima de vapor (kPa)
a. Estime a quantidade de energia total consumida para fazer essa incisão,
60°C 19,940
considerando que, no processo, a temperatura do tecido se eleva 63 °C
e que este é constituído exclusivamente de água. 40°C 7,384
b. Se o corte é efetuado a uma velocidade de 3,0 cm/s, determine a
potência do feixe, considerando que toda a energia fornecida foi gasta Sabendo que a vazão do secador é de 100 m³/min, qual a quantidade de
na incisão. litros de água retirada do secador/hora?
20 Um bloco de gelo a –25°C e massa 100 g é colocado num calorímetro (A) 60 L/h.
de capacidade térmica igual a 900 cal/°F, a 25°C. Após o sistema entrar (B) 41,5 L/h.
em equilíbrio térmico, uma fonte passa a transmitir calor a uma taxa (C) 15 L/h.
constante para o sistema, de forma que, após 20 minutos, a água presente (D) 20,5 L/h.
no calorímetro começa a ferver, e que o sistema permanece em equilíbrio (E) 150 L/h.
térmico durante o fornecimento de calor. Determine quanto tempo a mais
a água levará para evaporar totalmente. 25 Um filamento de lâmpada é construído a partir de um fio de tungstênio
de 2 cm de comprimento e diâmetro de 50 µm. O filamento é inserido em
21 um bulbo de vidro sem ar em seu interior. Que temperatura o filamento atinge
a. Qual a umidade relativa em um dia em que a temperatura é de 20°C se operado a uma potência de 1 W? A emissividade do tungstênio é 0,4.
e o ponto de orvalho é 5°C?
b. Qual a pressão parcial do vapor-d’água na atmosfera em pascal? (A) 1,25 · 104 K.
c. Qual a umidade absoluta em gramas por metro cúbico? (B) 1,94 · 103 K.
(C) 1,48 · 102 K.
Dados: (D) 5,98 · 103 K.
• Pressão de vapor a 20°C: 17,5 mmHg; (E) 8,57 · 103 K.
• pressão de vapor a 5°C: 6,51 mmHg;
• densidade do mercúrio: 13,6 g/cm3; 26 Um corpo negro de área superficial S encontra-se a temperatura
• gravidade: 10 m/s2. absoluta T (que pode ser suposta constante durante toda a experiência)
numa caixa cúbica fechada. As paredes dessa caixa tem espessura d, bem
22 Um sistema de ar-condicionado aumenta, por segundo, a umidade menor que os comprimentos de aresta. O material da caixa tem coeficiente
relativa de 0,5 m3 de ar, de 30%, para 65%. Qual a massa de água necessária de condutibilidade térmica K, a temperatura externa da caixa é mantida
ao sistema, por hora, se a temperatura é de 20°C? T’, sendo T’ < T. Determine o valor da aresta do cubo para que o sistema
Dado: pressão máxima de vapor a 20°C: 17,5 mmHg. permaneça em regime permanente. Admita que pela caixa o calor só flua
por condução.
23 Um meteorologista mediu por duas vezes em um mesmo dia a umidade
relativa do ar e a temperatura do ar quando estava em um pequeno barco 27 Uma barra cilíndrica de tamanho L, condutividade térmica K e área
a remo no meio de um grande lago. Os dados encontram-se apresentados da secção transversal e lateral A, tem uma extremidade na fornalha
na tabela a seguir: de temperatura T1 e a outra para o exterior que tem temperatura T2. A
superfície da barra está exposta para a vizinhança que tem emissividade ε.
T1 T2
figura I
3
(A) 2εslTs + 1. material
parede do forno isolante
K
3 temperatura temperatura
(B) 5εslTs – 1. interna do
ef ei externa com
K forno isolante
(C) 6εslTs3 + 1.
K
3
(D) 3εslTs – 1.
K figura II
(E) 4εslTs3 + 1.
K
01 (IME-2015) Uma fábrica produz um tipo de resíduo industrial na fase
28 Sendo o Sol um corpo esférico de raio R a uma temperatura T, encontre líquida que, devido à sua toxidade, deve ser armazenado em um tanque
a potência total que incide sobre a Terra, a qual está a uma distância r do Sol. especial monitorado a distância, para posterior tratamento e descarte.
Durante uma inspeção diária, o controlador dessa operação verifica que o
Dados: constante de Stefan-Boltzmann: σ; raio da Terra: r0. medidor de capacidade do tanque se encontra inoperante, mas uma estimativa
confiável indica que 1/3 do volume do tanque se encontra preenchido pelo
R 2sT 4 resíduo. O tempo estimado para que o novo medidor esteja totalmente
(A) . operacional é de três dias e nesse intervalo de tempo a empresa produzirá,
r2 no máximo, oito litros de resíduo por dia.
2 2 4
(B) 4 πr0 R sT . Durante o processo de tratamento do resíduo, constata-se que, com o
r2 volume já previamente armazenado no tanque, são necessários dois
2 2 4 minutos para que determinada quantidade de calor eleve a temperatura do
(C) πr0 R sT . líquido em 60°C. Adicionalmente, com um corpo feito do mesmo material
r2 do tanque de armazenamento, são realizadas duas experiências relatadas
2 2 4 a seguir.
(D) r0 R sT .
4 πr 2
m
m
2 4
(E) R sT .
0
50
r02
500 mm
Experiência 1:
Confecciona-se uma chapa de espessura 10 mm cuja área de seção reta
é um quadrado de lado 500 mm. Com a mesma taxa de energia térmica
utilizada no aquecimento do resíduo, nota-se que a face esquerda da
chapa atinge a temperatura de 100°C enquanto a face direita alcança 80°C.
chapa do C
chapa-padrão
tanque 10 mm 210 mm
R2
Experiência 2:
A chapa da experiência anterior é posta em contato com uma chapa-
-padrão de mesma área de seção reta e espessura 210 mm. Nota-se que,
A B
submetendo esse conjunto a 50% da taxa de calor empregada no tratamento
do resíduo, a temperatura da face livre da chapa-padrão é 60°C enquanto
Dado: 1 cal = 4 J.
que a face livre da chapa da experiência atinge 100°C.
Com base nesses dados, determine se o tanque pode acumular a produção a. a quantidade de calor Q, em J, fornecida a cada minuto pelo aquecedor.
do resíduo nos próximos três dias sem risco de transbordar. Justifique sua b. a temperatura final T2, em °C, da água que sai pelo registro R2 para
resposta produzindo uma análise termodinâmica da situação descrita e uso externo.
levando em conta os dados abaixo: c. a temperatura final Tc, em °C, da água na caixa.
Dados: 04 Uma barra PQ, de aço, recebe uma potência de uma fonte externa.
• Calor específico do resíduo: 5000 J/kg°C; Sua extremidade P está fixa na parede e a extremidade Q varia sua posição
• massa específica do resíduo: 1200 kg/m³; com o tempo segundo o gráfico abaixo:
• condutividade térmica da chapa-padrão: 420 W/m°C.
S (m)
02 Três bastões de um material X e três bastões de um material Y foram
soldados formando a figura abaixo. Todos possuem o mesmo comprimento
e mesma seção reta. Se a extremidade A é mantida a 60°C e a junção E
45
a 10°C, calcule a temperatura das junções B, C e D. As condutividades
térmicas dos materiais X e Y são, respectivamente, 0,92 e 0,46 (SI).
15
x
x
A B x E
2 12 t (s)
y
y y
D P Q
(C) 10 minutos.
(D) 12 minutos.
200°C 6m T
B (E) 15 minutos.
05 Um corpo negro no formado esférico de raio R e massa M se encontra 10 Um cubo de gelo de 10 kg a 0°C será fundido com chumbo líquido a
no interior de uma cavidade com vácuo dentro. As paredes da cavidade 327°C. Para isto, sendo que o volume de gelo maior do que o de chumbo,
são mantidas a T0. A temperatura inicial da esfera é 3T0. Se a capacidade deverá ser feita previamente uma cavidade cúbica no gelo para inserção
térmica do material da esfera varia como αT 3 por unidade de massa (α é do chumbo.
uma constante), determine em quanto tempo a temperatura da esfera irá
alcançar 2T0. a. Calcule o volume e a aresta dessa cavidade de modo a conseguir
fundir exatamente o gelo todo, ficando como resultado a água e
Dados: A constante de Stefan Boltzmann é σB. chumbo sólido a 0°C. Suponha que todo o conjunto possa estar no
interior de um recipiente perfeitamente isolante com uma tampa que
Mα 3 se fecha depois de colocado o chumbo líquido. Para evitar a fusão
(A) ⋅ ln .
4 πR 2s B 2 do gelo enquanto ele era escavado, o mesmo está a –10°C durante
esse processo, mas logo se coloca a 0°C antes de injetar o chumbo
Mα 16 na cavidade cúbica.
(B) 2
⋅ ln .
4 πR s B 3 b. A condutividade térmica do gelo é baixa em relação ao chumbo, e
devido à pressão do chumbo, funde-se primeiro a parte do gelo que
Mα 16
(C) ⋅ ln .
2
está abaixo deste. Faça hipóteses razoáveis para simplificar o cálculo
16πR s B 3 e estime em quanto tempo o chumbo afunda, perfurando o gelo
Mα 3 completamente até fazer contato com a base isolante do recipiente.
(D) ⋅ ln .
16πR 2s B 2 Dados:
Mα 3 • Densidade do chumbo e gelo: 11.300 e 920 kg/m3;
(E) ⋅ ln . • calor específico do chumbo e gelo: 130 e 2.100 J/kg · °C;
32πR 2s B 2 • calor de fusão ou latente do chumbo e gelo: 24.500 e 334.000 J/kg;
• temperatura de fusão do chumbo e gelo: 327 e 0°C;
06 Sabendo que a temperatura média da Terra é T, estime a temperatura • condutividade térmica do chumbo e gelo: 36 e 1,6 W/m°C.
do Sol.
Dados:
• Raio da Terra: RT ;
• raio do sol: RS ;
• distância entre sol e Terra: d;
• d RT ;
• d RS .
Vetores
1
1. Introdução
módulo ou r (reta suporte)
Neste capítulo, vamos apresentar e distinguir os dois tipos de grandezas intensidade
que estudamos em Física, citando alguns exemplos delas. Além disso,
será introduzido o conceito de vetor, bem como suas diferentes formas de v B (extremidade)
representação, operações e aplicações em diversos problemas de Física.
r
2. Grandezas físicas vetor unitário
v = AB = B − A
r̂ = r = 1 A (origem)
Em Física, trabalhamos com o objetivo de realizar medições de dois
tipos de grandezas físicas: as escalares e as vetoriais. Obs.: Dois vetores são iguais quando possuem mesmo módulo, direção
As grandezas físicas escalares são caracterizadas por um número real e sentido.
e uma unidade de medida.
Ex.: tempo, massa, energia, temperatura. 4.2 Cartesiana
Por sua vez, as grandezas físicas vetoriais são definidas por um número O vetor será representado por coordenadas cartesianas, oriundas da
real positivo (módulo, norma ou intensidade), uma direção e um sentido, subtração do ponto extremidade pelo ponto origem.
além de uma unidade de medida.
Ex.: velocidade, força, deslocamento, impulso. z
zB B
Assim, para representarmos as grandezas vetoriais, utilizaremos os
vetores, que são entes matemáticos que possuem:
• módulo: comprimento do vetor;
→
• direção: horizontal, vertical; AB y →
AB = B − A = (xB − xA , yB − yA , zB − zA)
• sentido: para a direita, para a esquerda, para cima, para baixo. zA
A iˆ = jˆ = kˆ = 1
jˆ
3. Classificação k̂
yA
yB
i | |=
|= j | | k | = 1
4. Representação
O vetor sempre é representado por meio de um segmento de
reta orientado entre dois pontos (origem e extremidade), sendo que o No exemplo anterior, teríamos a seguinte representação:
comprimento do segmento está relacionado à intensidade do vetor, enquanto
a ponta da seta fornece o seu sentido. Ele é denominado por uma pequena
seta para direita colocada em cima da letra que o representa. v = AB = ( x B − x A )ˆi + ( y B − y A )ˆj + ( z A − z B )kˆ = x oˆi + y o ˆj + zo kˆ
módulo: v = ( x B − x A )2 + ( y B − y A )2 + ( z A − z B )2
4.1 Geométrica
O vetor é esboçado por um segmento de reta orientado, construído
sobre uma reta suporte que está associada à direção do vetor.
Vejamos um novo exemplo com os vetores representados na figura abaixo: 6. Operações com vetores
A 6.1 Multiplicação por um escalar real
= m n · a, n∈
B C Ex.: segunda lei de Newton → FR = m · a
se n >0 se n < 0
a a
D na na
j
6.2 Adição
i
AC AB + AC
Os vetores C e D possuem componentes nos eixos x e y, e suas
representações são:
^ ^ θ
C = 3i + 3j
^ ^
D = –2i – 2j
AB
6.2.2 Regra do polígono
O sinal negativo nos vetores unitários de D indicam sentidos opostos
ao referencial adotado para os eixos x e y. Pode ser usada para a soma de dois ou mais vetores quaisquer.
Os vetores que serão somados são desenhados sequencialmente (a
5. Vetores opostos ordem não interfere no resultado final), com a origem de um na extremidade
São vetores que possuem a mesma intensidade e direção, porém do antecessor. O vetor soma será construído a partir da origem do primeiro
sentidos opostos. vetor representado até a extremidade do último vetor desenhado, fechando-
se assim um polígono.
O sinal negativo implica que há uma oposição dos sentidos dos vetores. D
B
Ex.: forças de ação e reação – terceira lei de Newton → FAB = − FBA. C
B C
a −a A
E
A
AB + BC = AC AB + BC + CD + DE = AE
i j k
v AB × AC = u1 v1 w1 =
u2 v 2 w 2
x
vX 7. Vetores unitários
São aqueles que têm módulo (comprimento) igual a uma unidade de
v x = v cos θ = v sen α
medida. Para se obter um vetor de módulo 1 na direção que passa por
v y = v sen θ = v cos α dois pontos A e B, basta dividir o vetor AB pelo seu módulo.
Logo, v = v x i + v y j . AB
uˆAB =
AB
01 (PUC-SP) Os esquemas abaixo mostram um barco retirado de um rio 01 Em determinado plano, temos dois vetores A e B, de mesma origem,
por dois homens. Em A, são usadas cordas que transmitem ao barco forças formando um ângulo θ. Se os módulos de A e B são respectivamente
paralelas de intensidades F1 e F2. Em B, são usadas cordas inclinadas de iguais a 3 u e 4 u, determine o módulo do vetor soma quando:
90° que transmitem ao barco forças de intensidades iguais às anteriores.
→ → a. θ = 0°;
F1 F1 b. θ = 60°;
c. θ = 90°;
→ 90o d. θ = 180°.
F2 →
F2 02 (ACAFE) Os módulos das forças representadas na figura são F1 = 30 N,
A B
F2 = 20 N e F3 = 30 N. Qual o módulo da força resultante?
Sabe-se que, no caso A, a força resultante transmitida ao barco tem Dados: sen 60° = 0,87, cos 60° = 0,50.
intensidade 70 kgf e que, no caso B, tem intensidade de 50 kgf. Nessas
condições, determine os esforços desenvolvidos pelos dois homens. y
Solução:
Na situação A, os dois vetores estão na mesma direção e sentido, portanto F2
somamos os seus módulos e a resultante é 70 kgf.
F1 + F2 = 70 → F1 = 70 – F2 (I) F1 60°
0 x
Na situação B, os dois vetores são perpendiculares e sua soma é
F12 + F22 = 502. (II)
F3
Substituindo I em II, temos:
(70 – F2)2 + F22 = 502. (A) 14,2 N.
(B) 18,6 N.
Resolvendo a equação acima, encontramos: (C) 25,0 N.
F1 = 30 kgf e F2 = 40 kgf ou F1 = 40 kgf e F2 = 30 kgf. (D) 21,3 N.
(E) 28,1 N.
02 A figura mostra cinco forças representadas por vetores de origem comum,
dirigindo-se
aos vértices de um hexágono regular. Sendo 10 N o módulo da 03 A barcaça B é puxada por dois rebocadores A e C. A tração (força
força FC, a intensidade da resultante dessas cinco forças é igual a: feita) no cabo AB tem módulo igual a 20 kN e a resultante das duas forças
aplicadas em B por cada barcaça é dirigida ao longo do eixo da barcaça,
FA FB ou seja, tem a direção do seu movimento.
(A) 50 N.
(B) 45 N.
(C) 40 N. A
(D) 35 N.
(E) 30 N.
FC B 30°
Solução: Letra E. 45°
Podemos notar que:
(I) FB + FE = FC
FE FD C
(II) FD + FA = FC
Assim, a resultante R das cinco forças será R = FA + FB + FC + FD + FE = 3 · FC
Determine a tração no cabo BC e a intensidade da resultante das duas
R = 3 · FC → R = 3 · 10 (N )→ R = 30 N.
forças aplicadas em B.
04 Duas forças F1 e F2 estão aplicadas sobre uma partícula de modo que
a força resultante é perpendicular a F1. Se o módulo de F2 é o dobro do
módulo de F1, determine o ângulo entre os dois vetores.
05 Dois vetores A e B de módulos iguais formam um ângulo θ entre si.
A razão entre os módulos dos vetores A + B e A − B é igual a:
q B
(A) sen .
2
q
(B) cos .
2
q
(C) tan .
2
q 80 m
(D) cot .
2 40 m
q
(E) sec .
2
A
06 (MACKENZIE-SP) Com seis vetores de módulo iguais a 8 u, C 30 m
construiu-se o hexágono regular a seguir. O módulo do vetor resultante
desses seis vetores é:
(A) 40 u.
(B) 32 u. 10 Na figura abaixo, são mostrados dois vetores que representam
(C) 24 u. acelerações e uma tangente a certa curva que representa a trajetória de
(D) 16 u. um corpo. Se tan θ = 0,75, determine o módulo das suas componentes
(E) zero. da aceleração resultante na direção normal e tangencial à curva.
curva
u e v têm módulos perfeitamente iguais.
07 Dois vetores Para que o
módulo de u + v seja n vezes maior do que o módulo de u – v , qual deve
ser o ângulo entre eles?
(A) 0°. θ
(B) 30°.
2n a = 15 m/s2
(C) arccos .
n +1
n −1
(D) arcsen .
n +1 tangente
2 n a2 = 10 m/s2
(E) arctan .
n −1
z
01 Ao realizar algumas operações com os vetores A e B, podem-se
determinar os seguintes vetores:
4A− B
B A + 2B
y
A P 30°
H
x
C
Sabe-se que A + 2 B =10 3 u e 4 A − B =
10 u. Determine o módulo de
09 (BEER&JOHNSTON) O cabo de sustentação de uma torre está 7 A − 4 B.
ancorado por meio de um parafuso em A. A tração no cabo é de 2.500 N.
Determine as componentes Fx, Fy e Fz da força que atua sobre o parafuso.
(A) 10 13 u. B
(B) 9 7 u.
(C) 7 5 u. C
(D) 3 14 u.
(E) 5 51 u. G
A
θ entre si.
02 Dois vetores A e B de módulos iguais formam um ângulo
de A e B são A e B,
Considerando que os vetores unitários nas direções D
respectivamente, determine a componente do vetor A na direção do vetor B.
F E
(
(A) A ⋅ B
) A.
(
(B) A ⋅ B
) A. (A) 12 u.
(B) 13 u.
(
(C) A ⋅ B ) B. (C) 14 u.
(
(D) A ⋅ B ) B . (D) 15 u.
(E) 16 u.
( ) .
(E) A ⋅ B B 07 Uma mosca parte da origem O do sistema cartesiano mostrado na
figura abaixo e segue a trajetória curvilínea representada, passando pelos
03 Dois vetores A e B, de módulos A e B fixos, respectivamente, têm pontos M e N até parar no ponto P. Sabe-se que os segmentos de reta
direções variáveis. Determine, em duas soluções distintas (uma algébrica OM, MN e NP valem, respectivamente, 15 cm, 8 3 cm e 4 3 cm. Qual
e outra geométrica), os módulos máximo e mínimo do vetor soma dos
o vetor deslocamento resultante OP da mosca?
dois vetores.
y (cm)
04 Dois vetores A e B formam entre si um ângulo de 60°. Sabe-se que
A = 10 u e que o módulo A − B é mínimo. Determine o N
do vetor diferença 120°
módulo do vetor soma A + B.
23°
M
05 (UERJ) Pardal é a denominação popular do dispositivo óptico-
-eletrônico utilizado para fotografar veículos que superam determinado
limite estabelecido de velocidade V. Em um trecho retilíneo de uma 37°
P
estrada, um pardal é colocado formando um ângulo θ com a direção x (cm)
da velocidade do carro, como indica a figura a seguir. 0
(A) V sen θ. 10
(B) V cos θ.
V
(C) .
sen q
(D) V .
cos q
06 A figura
a seguir mostra
sete vetores,
nomeados em ordem alfabética,
de A até G. Sabe-se que A = 5 u, E = 6 u e que o ângulo entre A e E é igual
A
a 90°. Qual o módulo do vetor resultante desse sistema de vetores?
x
O 6
2
(A) − .
(A) −
2
34
(
5i + 3j . ) 3
11
(B) − .
(B)
1
2 34
(
5i − 3j . ) 15
4
(C) − .
(C) −
1
34
(
5i + 3j . ) 5
13
(D) − .
(D)
2
34
(
5i + 3j . ) 15
14
(E) − .
(E) −
2
34
(
5i − 3j . ) 15
11 M e N são vetores de módulos iguais a M. O vetor M é fixo e o vetor
N pode girar em torno doponto O no plano formado pelos vetores, como
09 Dois vetores A = 2i − 4 j − k e B= 2j + 8 k são concorrentes. Qual o
mostra a figura. Sendo R= M + N, indique, entre os gráficos a seguir,
vetor unitário perpendicular ao plano formado por eles?
aquele que pode representar a variação do módulo de R como função do
ângulo θ entre os vetores:
(A)
3
293
(
15i − 7j + k . )
(A) 2M
(B)
1
297
(
17i + 8j + 2 k . )
(C) −
2
293
(
13i − 8j + k . ) O
π 2π
(B)
2M
(D) −
1
293
(
15i + 8j − 2 k . )
(E) −
4
297
(
13i − 7j − 2 k . )
O π 2π
(C)
10 Na figura a seguir, estão representados três vetores A, B e C. 2M
Estes satisfazem a seguinte relação:=
C mA + nB, em que m, n ∈ .
O valor de m + n é:
O 2π
π
A –2M
(D)
2M
O
C π 2π
–2M
(E) 2M
B
O
π 2π
γ
α β Q
y
x
A D
13 (BEER&JOHNSTON) Um poste AB, de 6 m de comprimento, é
sustentado por três cabos, como está ilustrado abaixo. Determine as
componentes cartesianas da tração do cabo BE no ponto B, sabendo que
seu módulo é igual a 840 N.
y 01 Dois vetores F1 e F2 têm origem no mesmo ponto e fazem entre si
B um ângulo de 60°, formando um triângulo. O lado do triângulo oposto ao
ângulo de 60° é dividido em K partes iguais pelas extremidades de vetores
de mesma origem de F1 e F2 . Qual a força resultante entre todos os vetores
840 N
mostrados na figura a seguir, sabendo que F1 = 30 N e F2 = 18 N.
6m
5m D K divisões iguais
C O 3m 3m
A 2m x
2m 3m E
14 (BEER&JOHNSTON) Uma caixa está suspensa por três cabos, como 60°
mostra a figura a seguir. Determine o peso P da caixa, sabendo que o (A) 7(K+1) N.
módulo da tração no cabo AB é de 3 kN. (B) 14(K+1) N.
y (C) 21(K+1) N.
(D) 28(K+1) N.
B 0,72 m (E) 35(K+1) N.
0,8 m
02 A figura mostra dois vetores A e B. O vetor A é horizontal, enquanto
0,64 m
D que o vetor B faz um ângulo de 37° com a vertical. Dado que A = 20 u,
O determine o módulo do vetor resultante, sabendo que é mínimo.
C 0,54 m
x Dado: sen 37° = 0,6.
z
B
1,2 m
A A
37°
960 mm
A θ
320 mm
α
C
380 mm
B 0
Q
x
y
B F
05 No sistema de vetores mostrado na figura a seguir, o vetor resultante é D H
nulo em qualquer instante. O vetor A é constante, ao passo que os outros
podem variar em módulo, mas não em direção. O módulo do vetor D varia A E
com o tempo segundo a equação = D ( 5t + 75 ) u, em que t é expresso em
08 (BEER&JOHNSTON) É aplicada uma carga P à barra OA. Sabendo
segundos. Se, no instante t = 0, o módulo do vetor C é zero, determine
o instante para o qual o módulo do vetor B é nulo. que a tração no cabo AB é de 850 N e que a resultante da carga P e das
forças aplicadas pelos cabos em A deve ter a direção de AO, determine a
Dado: cos 37° = 0,8. tração no cabo AC e o módulo da carga de P.
y
B 510 mm
D (t)
C 320 mm
270 mm
B
37° 37°
C 360 mm
O A
600 mm x
z
P
A
09 (Beer & Johnston) Sabendo que a tração em AB é 39 kN, determine os 10 (BEER&JOHNSTON) Os cursores A e B são conectados por um fio
valores requeridos para a tração em AC e AD de tal forma que a resultante de 525 mm de comprimento e podem deslizar livremente sobre hastes
das três forças aplicadas em A seja vertical.
( )
sem atrito. Se uma força P = 341j N é aplicada em A e causa movimento
uniforme, determine:
y
A a. a tração no fio quando y =
155 mm.
b. a intensidade da força Q necessária para manter em equilíbrio o
sistema.
48 m
P
C
16 m
A
24 m
D O 200 mm
y
x O
12 m
B
14 m
16 m
z
B x
z
Q
→
d1
Q1
sentido do
movimento
→
|at |= ae > 0
retardado
→
v
Importante: Isso mostra que o vetor velocidade instantânea é
sempre tangente à trajetória.
∆t ∆t
O vetor aceleração média tem a mesma direção e sentido do vetor 1.5.2 Aceleração centrípeta
variação de velocidade (subtração vetorial), pois se trata da multiplicação É responsável pela mudança de direção do vetor velocidade instantânea.
de um vetor por um escalar positivo. →
A componente centrípeta da aceleração (a cp ) tem sempre a direção
O vetor aceleração instantânea é o limite desse quociente quando o radial e sentido apontado para o centro.
intervalo de tempo tende a 0.
Atenção: essa componente de aceleração é nula somente para
∆v movimentos retilíneos.
am = lim
∆t → 0 ∆t O módulo da aceleração centrípeta é dado pela expressão:
A aceleração instantânea pode ser subdividida em duas: a aceleração v2
acp =
tangencial e a aceleração centrípeta. R
Demonstração:
1.5.1 Aceleração tangencial →
v
É responsável pela mudança de intensidade (módulo) do vetor
→ → →
velocidade instantânea. v v ∆v
→ dθ
A componente tangencial da aceleração (at ) tem sempre a mesma
R R →
direção do vetor velocidade instantânea. O sentido vai depender do tipo dθ v
de movimento – acelerado, retardado ou uniforme.
uniforme
∆v = v ⋅ dθ ∆ s = R ⋅ dθ
→ ∆s ∆s
v v= ⇒ t=
∆t v
∆v
acp =
∆t
v ⋅ dθ v 2 v2
acp = = acp =
∆s ∆s R
v dθ
→
at = 0
Solução: Letra B.
Atenção! →
A figura mostra o automóvel e as velocidades do automóvel v aut e da chuva
Essa expressão pode ser utilizada em todo movimento curvilíneo, →
desde que se encontre o raio de curvatura do referido trecho da curva (v ) para a pessoa parada na beira da estrada. O diagrama vetorial mostra
(basta trocar o R pelo raio de curvatura). a composição dessas velocidades para o estudante.
→
→ –v aut
v aut →
Ex.: v
→
Um corpo lançado obliquamente possui, no ponto mais alto da trajetória, v
θ
uma velocidade de 5 m/s (horizontal). Considerando que nesse local o →
corpo fica sujeito somente à aceleração da gravidade (10 m/s2), determine v rel
o raio de curvatura nesse mesmo ponto.
referencial estrada referencial estudante
Solução: No ponto de altura máxima, a aceleração é ortogonal à velocidade
e, portanto, é a componente centrípeta. Em outras palavras, nessa situação, v aut sen θ v aut 0, 8 80
a aceleração da gravidade desempenha o papel de aceleração centrípeta tan θ = ⇒ = ⇒ = ⇒ v = 60 km/h
v cos θ v 0, 6 v
(já que é perpendicular à velocidade).
v2 52 Ex.:
acp = → 10 = → R = 2, 5 m
R R Um disco roda sobre uma superfície plana, sem deslizar. A velocidade do
→
1.6 Movimento relativo e composição de centro O é v 0. Em relação ao plano:
movimentos A
Quando se quer mudar o referencial de um vetor, matematicamente,
basta seguir a seguinte regra: Xa,b = Xa,c + Xc,b = Xa,c – Xb,c.
3,00 km
A B
Solução: Letra A.
figura 1 figura 2 Considerando o deslocamento em todo o trajeto:
A velocidade de lançamento da bola na direção vertical tem o mesmo ∆S = v · ∆t = 24 · 1 = 24 km
módulo de velocidade escalar (v) da roda-gigante, que executa um
movimento circular uniforme. Despreze a resistência do ar, considere a A distância AB pode ser calculada da seguinte forma:
aceleração da gravidade igual a g e π = 3. Se a pessoa consegue pegar
a bola no ponto mais próximo do solo (figura 2), o período de rotação da ∆S = 2 · AB + 2 · BC → ∆S/2 = AB + BC →
roda-gigante pode ser igual a: 24
AB = ∆S/2 – BC = – 3 = 12 – 3 = 9 km
2
v
(A) . Cálculo do tempo total gasto no trecho ABCB:
g
(9 + 6) 15
10v v = ∆S / ∆t → ∆t = ∆S / v = = = 0, 75 h
(B) . 20 20
7g
20v 9
(C) . O módulo da velocidade vetorial média é = 12 km/h.
3g 0, 75
v 03 Duas par tículas, X e Y, em movimento retilíneo uniforme, têm
(D) 12 .
g velocidades respectivamente iguais a 0,2 km/s e 0,1 km/s. Em um certo
instante t1, X está na posição A e Y na posição B, sendo a distância entre
Solução: Letra C. ambas de 10 km. As direções e os sentidos dos movimentos das partículas
são indicados pelos segmentos orientados AB e BC, e o ângulo AB ^C mede
v0 y 60°, conforme o esquema.
−v 0 2R C
2v 0 R é o raio da
roda-gigante
O 60°
situação inicial A B
situação inicial Sabendo-se que a distância mínima entre X e Y vai ocorrer em um instante
t2, o valor inteiro mais próximo de t2 – t1, em segundos, equivale a:
O intervalo de tempo entre o começo e o fim é T/2.
2 (A) 24.
T
2 g (B) 36.
gt T 2 g ⋅T2 T
h = h0 + v 0 t − → 0 = 2R + v ⋅ − → − v ⋅ − 2R = 0 (C) 50.
2 2 2 8 2 (D) 72.
d = (10 − 0, 05 ⋅ t − 0, 2 ⋅ t ) + (0, 05 ⋅ t 3 )2
2
Nesses 8 s de movimento, a lancha se deslocou 20 · 8 = 160 m O movimento vertical é um movimento uniformemente variado, em que
Portanto, o avião deve ficar a 560 – 160 = 400 metros de distância o módulo da aceleração é igual à aceleração da gravidade. O movimento
para atingir a lancha. horizontal é um movimento uniforme. Em outras palavras, a partícula sobe
desacelerando (pois a componente da velocidade nessa direção é contrária
Ex.: Uma partícula é lançada horizontalmente de uma altura , com à gravidade) e desce acelerando (pois a componente da velocidade nessa
velocidade inicial v, em um local onde a aceleração da gravidade direção é a favor da gravidade), sem modificar sua componente horizontal
é constante e vale g. Considerando desprezíveis quaisquer forças de velocidade.
dissipativas, determine: y
v0x
v0x g
a. A altura em um instante t;
b. o módulo da velocidade da partícula em um instante t; v0y v 0y
c. a equação da trajetória. v0x v0x
v0
Solução: v0y v0y
q
a. Para determinarmos a altura, temos de estudar a vertical (MUV em
que |a| = g). Vamos considerar o sistema de referência com origem 0 v0x x
no solo e positivo para cima. Assim:
gt 2 gt 2 É interessante notar que, analogamente ao lançamento para cima,
h = h0 + v 0 t − →h=H− estudado anteriormente, dois pontos da trajetória que estão sob a mesma
2 2
horizontal terão o mesmo módulo de velocidade vertical. Como a velocidade
b. Em um instante genérico t, a partícula possuirá uma componente horizontal não se altera, podemos ampliar e dizer que, em um lançamento
horizontal de velocidade (constante) e uma componente vertical. oblíquo, pontos na mesma horizontal possuem mesmo módulo de velocidade.
Assim:
vx = v e vy = gt 2.3.1 Parametrizando as equações
O módulo da velocidade resultante será dado por: Uma vez conhecido que no lançamento oblíquo temos um MUV na
2 2 2 2 2 2 vertical e um MRU na horizontal, podemos escrever que as funções horárias
v = v + v → vR = v + g t
R x y
para cada eixo são (origem é o ponto de lançamento e referencial é positivo
para cima e para a direita):
c. Para determinar a equação da trajetória, vamos colocar A em função
de h.
gt 2 gt 2
A – Vertical (MUV) → y = y 0 + v 0 y ⋅ t − → y = v 0 ⋅ sen θ ⋅t −
A= v ⋅t → t = 2 2
v
2 – Horizontal (MRU) → x= x0 + vx · t → x = v0 · cos q · t
gt 2 g A g ⋅ A2
h=H− → h = H − ⋅ → h = H − (parábola, portanto)
2 2 v 2 ⋅ v2 Isolando a variável “t” na segunda equação:
x
t =
2.3 Lançamento oblíquo v 0 ⋅ cos θ
Consideremos uma partícula lançada de um ponto O sobre a superfície
Substituindo a variável “t” na primeira equação, teremos:
da Terra, com velocidade vo cuja direção não é nem horizontal nem vertical.
2
Desprezando os efeitos do ar, temos que, para um referencial inercial, a x
trajetória da partícula será uma parábola (isso será provado mais adiante). g
x ⋅ θ
v cos g ⋅ x2
y = v 0 ⋅ sen θ. − 0 → y = x tg θ − 2 2
trajetória v 0 ⋅ cos θ 2 2v 0 cos θ
y do corpo
g Note que como θ, v0 e g são constantes. A posição no eixo y é uma
função quadrática de variável x, provando que todo lançamento oblíquo
possui como trajetória uma parábola.
2.3.2 Tempo de voo, altura máxima e alcance
vo
horizontal
x
O tempo de voo de uma partícula lançada obliquamente é tão maior
quanto maior for a componente vertical da velocidade inicial. Assim, para
Repare que, durante a sua trajetória, a par tícula executa dois descobrir o tempo de voo, analisaremos a vertical. Lembre-se de que os
movimentos: um horizontal e outro vertical. O princípio da independência movimentos de subida e descida são simétricos, portanto, o tempo de
de Galileu diz que esses movimentos podem ser estudados separadamente. subida é igual ao de descida. O tempo de voo será o dobro do tempo de
subida (tS). Na altura máxima, a componente vertical de velocidade é nula.
Chamando de θ o ângulo entre o vetor velocidade inicial vo e v ⋅ senθ
a horizontal, definimos que as componentes horizontal e vertical da v y = v y 0 − gt → 0 = v 0senθ − gt → ts = 0
velocidade possuem, no início, módulos respectivamente iguais a: g
2 ⋅ v 0 ⋅ senθ
tvoo =
v x = v 0 cos
⋅ θ v y = v 0 ⋅ senθ g
Para o cálculo da altura máxima, mais uma vez faremos a análise c. A condição para acertar a cesta é a de que para x = 4 m → y = 3 m.
da vertical: Pelo movimento na direção horizontal → x = x0 + v · t →
v 2 sen 2θ 4 = 0 + v · cos 30° · t → 4 = 0,86 · v · t → v · t = 4,651 em que v é
v y 2 = v 02 y − 2 g∆S → 0 = ( v 0 sen θ ) − 2gH → HMAX = 0
2
Solução:
Se q é o ângulo de elevação do ponto mais alto da trajetória, visto do
Os movimentos horizontais e verticais são independentes. Logo, para a
ponto de lançamento, a razão tan θ/tan ϕ0, desprezando-se a resistência
determinação do tempo de voo só utilizaremos a vertical.
do ar, é igual a:
v = v0 – gt → 0 = 30 – 10t → tsub = 3s → tvoo = 6 s
(A) 1/4.
Sabemos agora que após seis segundos de movimento a partícula
(B) 1/2.
retorna ao solo. O diferencial nessa questão é que na horizontal o
(C) 1/6.
movimento é uniformemente acelerado. Portanto, para calcularmos o
(D) 1/8.
alcance horizontal usaremos as equações de MUV:
a t2 4 ⋅ 62 Solução: Letra B.
A = v0t + x → A = 2 ⋅ 6 + → A = 84 m
2 2 Para determinar θ, observe a figura:
y
2.3.3 Parábola de segurança
Para valores fixos de v0 e g e variando somente o ângulo de lançamento
(permitindo todas as possibilidades para a variação do ângulo), v0
observamos que para cada ângulo teremos uma parábola diferente. Todas j0
essas parábolas possuem em comum o fato de que são envolvidas por q q hmáx
uma única parábola denominada parábola de segurança (PS). x
A/2
y
A
tan θ = hmáx /(A/2) = [(V02 · (sen2 j/2 g)/(V02 · 2 · sen j0 · cos j0/2 g) =
sen j0/2 · cos j0.
(A) tan2 α.
01 Um corpo é lançado obliquamente com velocidade de módulo 50 m/s, (B) sen2 α.
sob um ângulo de lançamento θ (sen θ = 0,6), conforme indica a figura. (C) (1 + cos α)2.
y (D) cos2 α.
V (E) (1 + sen α)2.
Vo
06 (IME – 98/99) Uma gota de chuva cai verticalmente com velocidade
hmáx constante igual a v. Um tubo retilíneo está animado de translação horizontal
com velocidade constante v 3 . Determine o ângulo θ, de modo que a gota
θ
de chuva percorra o eixo do tubo.
0 x
A
tubo eixo
a 30°
V
V0
300 m
45° Sabendo que v = 3 m / s:
400 m
a. Calcule a ;
Desprezando influências do ar, determine o valor de v0. Considere b. e diga se no instante t0 o movimento é acelerado ou retardado,
g = 10 m/s2. justificando sua resposta.
08 Uma partícula P move-se no espaço e, em um certo instante, tem 12 Um corpo de massa m é lançado obliquamente de uma superfície
vetor velocidade v= 4ˆi + 3ˆj m/s. Nesse mesmo instante, a aceleração plana e horizontal, com velocidade inicial v0, inclinada de θ em relação à
horizontal. Suponha que, além do peso, atue no corpo uma única outra
total de P vale 10 m/s2 e faz um ângulo de 30° com v . Calcular o raio de
curvatura da partícula naquele instante. força F, horizontal e constante, no mesmo sentido do movimento. Sendo g
a gravidade, determine o alcance horizontal desse movimento. Lembre-se
(A) 3 m. de que, pela segunda Lei de Newton, a aceleração proporcionada por
(B) 4 m. qualquer força é a razão entre o módulo dessa força e a massa do corpo.
(C) 5 m.
(D) 2 5 m. v 02 F ·cot q
(A) sen2q 1+ .
(E) 2 2 m. g mg
v 02 F ·cot q
09 Um garoto está 4 m à frente de uma parede vertical e lança uma bola. (B) sen q 1+ .
A bola deixa a mão do garoto a uma altura de 2 m do solo com velocidade g mg
inicial v= 3i + j m / s. Quando a bola bate na parede, a componente v 02 F · tan q
horizontal do vetor velocidade troca de sentido e a vertical permanece (C) sen2q 1+ .
g mg
inalterada. A que distância da parede a bola atinge o solo?
v 02 F ·cot q
(D) sen2q 1− .
(A) 1 m. (D) 4 m. g mg
(B) 2 m. (E) 5 m.
(C) 3 m. v 02 F · tan q
(E) sen2 q 1+ .
g mg
10 (IME – 10/11)
tubo
13 Em um dado instante, dois navios encontram-se sobre o mesmo
meridiano. O navio N’ encontra-se a uma distância d ao norte do navio N.
a. N faz rota para o norte com velocidade v. N’ faz rota para o leste com
velocidade v’. Qual será a mínima distância entre os navios?
b. N’ faz rota para leste com velocidade v’. Qual é o rumo que N deve
tomar para encontrar N’? Quanto tempo levará?
11 Na superfície
de certo planeta, o vetor aceleração da gravidade é
dado por = ( )
g 4i − 2j m/s2, num certo referencial yx. Uma esfera é x Vescoteiro
lançada com uma velocidade de módulo 5 m/s, que faz um ângulo de 37°
com a horizontal (eixo x). Determine a velocidade da esfera 5 s após seu
lançamento.
(A) x · ( x2 + h2)–1/2 · vescoteiro. 02 No instante mostrado, uma partícula é lançada com uma velocidade
(B) h · ( x2 + h2)–1/2 · vescoteiro. de módulo v e a esfera inicia seu movimento de rotação em torno do eixo
x vertical mostrado, a partir do repouso, com aceleração angular constante
(C) ⋅ v escoteiro .
h de módulo 10π rad/s2. Determine a máxima altura H que a partícula pode
(D) x · ( x2 + h2)–1 · vescoteiro. alcançar, se ela volta para o mesmo ponto do qual foi lançada no menor
(E) h2 · ( x2 + h2)–1 · vescoteiro. tempo possível. Considere a aceleração da gravidade igual a 10 m/s2.
2m
(A) 0,25 m.
(B) 0,5 m.
ℓ v (C) 0,75 m.
(D) 1 m.
(E) 1,25 m.
(A) 2 m/s.
03 (ITA – 12/13) Ao passar pelo ponto O, um helicóptero segue na direção
(B) 4 m/s.
norte com velocidade v constante. Nesse momento, um avião passa pelo
(C) 2 m/s. ponto P, a uma distância δ de O, e voa para oeste, em direção a O, com
(D) 2 2 m/s. velocidade u também constante, conforme mostra a figura. Considerando
(E) 4 2 m/s. t o instante em que a distância d entre o helicóptero e o avião for mínima,
assinale a alternativa correta.
norte
e. o raio de curvatura.
( t − 6)3 2
?
=
x( t ) +t
12
t 3 ( t − 1)2
y(=
t) −
12 2
(A) R 1+ 2 ω h .
2
v
g (D) sen2 β.
H
ω2 Rh
(B) R + . H
g (E) cos2 β.
v
R
(C) ωh .
g 17 (ITA – 90/91) A figura representa uma vista aérea de um trecho
retilíneo de ferrovia. Duas locomotivas a vapor, A e B, deslocam-se em
ω2 R sentidos contrários com velocidades constantes de 50,4 km/h e 72,0 km/h,
(D) h 2 + .
g respectivamente. Uma vez que AC corresponde ao rastro da fumaça do trem
A, BC, ao rastro da fumaça de B e que AC = BC, determine a velocidade
ω2 R Rh do vento. Despreze as distâncias entre os trilhos de A e B.
(E) .
g h+R
C
14 Uma bola de gude rola do topo de uma escada com velocidade
horizontal constante u. A aceleração da gravidade é g. Se cada degrau
tem altura y e comprimento x, determine uma condição que relacione u, 160 m
x, y, n e g para que a bola se choque com o n-ésimo degrau. A
B
15 (ITA – 10/11) Duas partículas idênticas, de mesma massa m, são
projetadas de uma origem O comum, num plano vertical, com velocidades 1.360 m
iniciais de módulo v0 e ângulos de lançamento respectivamente iguais a
α e β em relação à horizontal. Considere T1 e T2 os respectivos tempos (A) 5,00 m/s.
de alcance do ponto mais alto de cada trajetória e t1 e t2 os respectivos (B) 4,00 m/s.
tempos para as partículas alcançarem um ponto em comum de ambas (C) 17,5 m/s.
as trajetórias. Assinale a opção com o valor da expressão t1T1 + t2T2. (D) 18,0 m/s.
(E) 14,4 m/s.
2v 02 ( tan α + tan β )
(A) . 18 (ITA – 81/82) Um nadador que pode desenvolver uma velocidade de
g2
0,900 m/s na água parada atravessa um rio de largura D metros, cuja
2v 02 correnteza tem uma velocidade de 1,08 km/h. Nadando em linha reta, ele
(B) .
g2 D 3
quer alcançar um ponto da outra margem situado metros abaixo do
4v 02 ( sen α ) 3
(C) . ponto de partida. Para isso, sua velocidade em relação ao rio deve formar
g2
com a correnteza o ângulo:
4v 02 ( sen β )
(D) .
g2 (A) arcsen
3
12
( 33 + 1 .)
2v 02 ( sen α + sen β )
(E) . 3
g2 (B) arcsen .
2
16 No instante mostrado, uma barra é empurrada com uma velocidade (C) zero grau.
v, como mostra a figura. Todos os atritos são desprezíveis. Determine a 3
velocidade angular com que a barra roda em torno do ponto de contato (D) arcsen .
12
com o sulco no chão. Considere h << H.
(E) arcsen
2
3
( 33 + 1 .)
19 Uma partícula executa um movimento circular de centro O’ e raio R. Seu
v vetor posição relativo ao referencial YX tem velocidade angular constante
H igual a ω0 em torno da origem. Determine o módulo da aceleração centrípeta
da partícula.
y
h
β
(A) vH cos β.
O’ x
(B) v tan β.
H
H
(C) csc β.
v
IME-ITA – Vol. 1 391
FÍSICA III
Assunto 2
ω02 R
(A) .
4
ω02 R
(B) .
2
2
(C) ω0 R. 01 O movimento do pino A na ranhura circular de raio R é controlado pela
peça B que é elevada pelo parafuso com velocidade constante vo para um
(D) 2ω02 R.
período de movimento. Determine as componentes normal e tangencial
(E) 4ω02 R. da aceleração do pino A, numa posição θ qualquer.
20 Uma barra rígida está apoiada no canto de uma sala, conforme mostra
a figura. A extremidade A desliza pela parede, enquanto a extremidade B
desliza pelo solo. Determine o módulo da velocidade do ponto C (centro da
barra), em função do ângulo α, se a velocidade do ponto B for constante,
de módulo igual a v. Considere todos os atritos desprezíveis. R
A θ
B
Vo
A
C
09
y
A
A=?
α
(A) 3 a.
(B) 4 a. x
(C) 5 a.
(D) 6 a. Uma bolinha de raio R parte do repouso de uma altura H em cima de um
(E) 7 a. plano inclinado de um ângulo α em relação à horizontal. A bolinha rola sem
deslizar pelo plano. Desprezando todos os atritos, determine a equação
07 A figura representa uma pessoa empurrando um cilindro, sem que ele do ponto A, ponto da bolinha que toca o plano em t = 0, em função do
deslize sobre a superfície horizontal, de forma que a barra gire no sentido tempo com relação aos eixos indicados na figura.
horário com velocidade angular ω constante. Para o instante representado
na figura, determine a velocidade angular do cilindro. Considere todos os 10 Os testes da explosão de uma granada de fragmentação são realizados
atritos desprezíveis. no centro do fundo de um poço cilíndrico de profundidade h. Se os
fragmentos que se formam durante a explosão, cujas velocidades não
ultrapassam um valor v0, não podem cair fora do poço, determine o raio
mínimo do poço.
v 02 2
(A) v 0 − 2 gh .
g
v 02
(B) v 02 − 2 gh .
β 2g
v 02 2
(C) v 0 + 2 gh .
08 Considere um rio de margens paralelas de largura L = 90 m. Em uma g
das margens, está ancorada uma balsa. Orienta-se um eixo x perpendicular 2v 2
(D) 0 v 02 − 2 gh .
às margens, com origem (x = 0) em uma das margens, de forma que a g
balsa esteja ancorada em x = 90 m. A correnteza tem sempre velocidade v 02
paralela às margens e essa velocidade varia com a posição x por meio da (E) v 02 + 2 gh .
2g
relação u(x) = kx, de modo que u(90) = 2 m/s. Uma lancha parte da origem
Óptica geométrica I
1
1. Conceitos gerais Obs.: Esses três princípios podem ser resumidos em um único princípio
geral, elaborado por Fermat: “A trajetória que um raio de luz faz entre dois
• Fonte de luz é um corpo emissor ou refletor de luz. As chamadas fontes pontos é tal que o tempo gasto para realizá-lo é mínimo (situação mais
primárias geram luz, e as fontes secundárias refletem a luz por elas comum), máximo ou estacionário.”
recebida. Matematicamente:
• Uma fonte de luz será denominada pontual quando suas dimensões
forem desprezíveis em relação às distâncias que a separam dos corpos dl
=0
por ela iluminados. Caso contrário, a fonte será denominada extensa. dx
• Chama-se meio o ambiente por onde a luz se propaga.
em que l é o comprimento total do raio e x, a distância que determina o
• Meios transparentes são aqueles que permitem que a luz os atravesse
percurso.
descrevendo trajetórias regulares (por exemplo, vidro liso).
• Meios translúcidos são aqueles que permitem que a luz os atravesse
descrevendo trajetórias irregulares (por exemplo, papel vegetal). 3. Sombra, penumbra e eclipses
• Meios opacos são aqueles que não permitem que a luz os atravesse
(por exemplo, madeira).
• Raio luminoso indica a direção e o sentido de propagação da luz ao
partirem de uma fonte qualquer.
F sombra sombra
projetada
fonte de luz objeto
sombra sombra
projetada
penumbra
fonte pontual fonte extensa
A’
Sol Terra Lua
B’
Eclipse da Lua
eclipe
P
A Sol
Q
T – região de totalidade
eclipse solar total
P
A Sol
Na sequência fotográfica acima, o professor Ricardo Tolentino
Q
utilizou-se de um telescópio refrator
Solução:
Deve-se primeiro fazer a figura representando a situação:
2m
60 m 3m
60 3
vermelho
alaranjado
amarelo
01 Um objeto está disposto verticalmente em frente a uma câmara de alaranjado
azul
orifício. Aproximando este objeto 2 cm da câmara, observa-se um aumento
de 10% no tamanho da imagem. Determine a distância inicial do objeto à anil
câmara. violeta
X
2 cm x–2
O
1,1i Ao iluminar esse papel com diferentes fontes de luz, obtemos resultados
bem diferentes. Diga quais resultados correspondem a quais fontes.
Fontes Resultado
Muito cuidado para não confundir os triângulos semelhantes!
Das semelhanças, obtemos:
monocromática vermelha
x o ol
l = i x=
policromática azul + verde +
→ i
laranja + branco
x − 2 o ol
= 11, ( x − 2) =
l 11
, i i
2, 2 monocromática laranja
11 , ( x − 2) = x → x = = 22 cm
0,1
• Quando se vê um corpo preto, ele está absorvendo todas as cores da bicromática verde + amarela
luz solar.
• Quando se vê um corpo branco, ele está refletindo todas as cores da
luz solar. policromática azul+verde+laranja+branco
• Quando se vê um corpo de alguma cor monocromática, por exemplo,
verde, que está sendo iluminado por luz policromática, significa que
ele está “selecionando” apenas a cor verde para refletir a luz solar. monocromática vermelha
• Um corpo que, se iluminado por luz policromática, parece
monocromático, por exemplo, vermelho, se apresentará escuro quando
iluminado por luz monocromática de cor diferente da mencionada
acima (por exemplo, se esse objeto vermelho for iluminado com luz 6. Tipos de ponto
verde). • Relativamente a determinado sistema óptico, chama-se ponto objeto
• Um corpo branco pode refletir todas as cores monocromáticas. o vértice do pincel de raios incidentes. Ele será:
• “Filtros” podem deixar passar apenas determinadas luzes – “real”, se for vértice de pincel incidente divergente;
monocromáticas: – “virtual”, se for vértice de pincel incidente convergente;
POR POV
P1
P3
P2
POI
Ponto/sistema S1 S2
• Relativamente a determinado sistema óptico, chama-se ponto imagem
o vértice do pincel de raios emergentes. Ele será: P1 POR –
Ex.:
P1 P2
S1 S2
PIR
PIV Ponto/sistema S1 S2
P1 POR –
∞ P2 – PIV
PII
∞ PII POI
Notas
I. As imagens reais podem ser projetadas em anteparos, como telões Vejamos em uma situação real de sistema óptico:
ou paredes.
II. As imagens virtuais não podem ser projetadas em anteparos. sol
a θ1 θ1 θ1’ θ1’ b
x P d–x
d
θ1 = θ1’
Dessa figura redesenharemos apenas os triângulos semelhantes formados
Cada ponto de um objeto, se refletido pelo espelho plano, conjugará e faremos a proporção entre os lados homólogos:
uma imagem equidistante ao espelho na zona de imagens (propriedade
da reflexão simétrica). Veja:
2m
A x B
4–x
6m
d d
objeto
imagem 2 6
= → 24 − 6 x = 2 x → x = 3 m.
4− x x
A X B
4,0 m
observador
v –v d d
o i
d d x
L
7.4.2 Translação do espelho y
Se um espelho varia sua posição em relação a um objeto, de quanto o i
deverá se deslocar a imagem desse objeto em relação à sua posição original?
Essa pergunta é muito simples de ser respondida. É necessário saber
apenas que, antes e depois do deslocamento do espelho, a imagem deve
ser simétrica ao objeto, em relação ao espelho. Abaixo, observam-se as D D
relações feitas: d + L – y = D (equação 1) x + d – L = D (equação 2)
E1 Substituindo a equação 1 na equação 2:
x + d – L = d + L – y → x = 2L – y
Portanto,
o i Δ S i = 2Δ S e − Δ S o; =
v i 2v e − v o ; =
a i 2 ae − ao .
d d
7.4.4 Casos genéricos de translação
Até então, foram abordadas nos tópicos anteriores translações onde
x o objeto se move em direção ao espelho e o espelho se movendo em
L
direção ao objeto. Mas e quando o movimento de translação do objeto
ou do espelho não está na direção do outro? Como se pode aproveitar as
o i conclusões feitas no tópico anterior?
Para responder a essa pergunta, veja-se a seguinte figura:
D D
x = 2D – 2d = 2(D – d) = 2L → x = 2L
Solução:
B Função velocidade do móvel (objeto): vo = 4 – 2t
Função velocidade do espelho: ve = ve
Nesta, o objeto O e o espelho AB estão se movimentando em direções Função velocidade da imagem: vi = 2ve – (4 – 2t) = (2ve – 4) + 2t
bem diferentes das usuais.
Para facilitar a questão, deve-se sempre assumir um referencial que 2ve = Velocidade inicial da imagem
seja ortogonal ao espelho plano e que passe pelo objeto. Após isso, faz-se 2t = Aceleração da imagem
a decomposição tanto da velocidade do objeto quanto da velocidade do
espelho, ficando com a seguinte configuração: Assim, a função das posições da imagem será:
Xi(t) = 100 + (2ve – 4)t + t2
A Substituindo Xi(5) = 205:
205 = 100 + (2ve – 4)(5) + (5)2 → ve = 10 m/s
7.5 Rotação
Vo senθ Se um raio luminoso incide sobre um espelho plano, e se rotaciona
Ve senα um dos extremos desse espelho (mantendo o outro extremo fixo) de certo
Ve cosα referencial ângulo, o raio refletido sofrerá uma rotação, no mesmo sentido, de um
ângulo duas vezes maior.
Vo cosθ
θ1 θ1
B q
θ2 θ
2
Agora, deve-se analisar separadamente os movimentos paralelos
entre si.
No eixo horizontal, há uma combinação da traslação do objeto com s
a do espelho. Dessa maneira, a velocidade da imagem será dada pela a
seguinte equação:
Por semelhança de triângulos e usando as leis da reflexão, anotam-se
Vi(H) = 2Ve(cos(α)) + Vo(cos(θ)) os ângulos acima. As relações abaixo são, então, deduzidas:
2θ2 = 2θ1 + σ → σ = 2(θ2 – θ1)
Ao se observar agora a vertical, nota-se que a componente vertical θ 1 + α = θ 2 → θ2 – θ1 = α
do espelho não vai alterar em nada a componente vertical da imagem, se
for considerado o referencial adotado (terra). Dessa forma, observa-se → σ = 2α
na vertical:
C F v v F C
E2
360°
=n − 1 (somente para α divisor de 360°)
α
parte parte
côncava convexa O foco principal F de um espelho esférico é muito importante no estudo
da formação de imagens nele. Pode-se facilmente encontrar sua posição
no eixo principal. Tal processo será feito para o espelho côncavo, mas
a demonstração e o resultado também são compatíveis com espelhos
Costuma-se representar um espelho esférico da seguinte forma: convexos:
C v v C
R R
côncavo convexo
f = R/2
8.3 Raios notáveis II. Objeto sobre o centro de curvatura: a imagem é real, em relação ao
objeto, do mesmo tamanho e invertida.
I. Centro de curvatura (C): o raio incidente (ou seu prolongamento) que
contém C é refletido sobre sua própria reta-suporte.
C V V C
C F V
côncavo convexo
II. Vértice (V): o raio incidente que passa pelo vértice é refletido
simetricamente em relação ao eixo principal.
côncavo convexo
θ
III. Foco principal (F): o raio incidente (ou seu prolongamento) que passa θ
C F V
por F é refletido paralelamente ao eixo principal, e, reciprocamente,
raios paralelos ao eixo principal são refletidos passando por F. Isso
vem da própria definição de foco (já vista).
IV. Foco secundário (φ): o raio incidente (ou seu prolongamento) que
passa por φ é refletido paralelamente ao eixo secundário. Isso vem
da própria definição de foco secundário (já vista).
IV. Objeto sobre o foco principal: a imagem é imprópria.
8.4 Construção de imagens de objetos
Utilizando os raios notáveis, podemos saber onde haverá a formação
da imagem relativa a um objeto qualquer disposto em frente de um espelho
esférico. Pode-se usar todos os raios notáveis distintos que se quiser
nessas construções, mas basta dois deles (usados corretamente) para
que se defina a posição da imagem. Vamos mostrar as possibilidades de
construção de imagens de objetos reais para os dois tipos de espelhos C F V
esféricos.
V. Objeto entre os pontos F e V do eixo principal: a imagem é virtual, em Observe, abaixo, um exemplo do uso do referencial gaussiano:
relação ao objeto, maior e direita. É o único caso em que a imagem
refletida por um espelho esférico côncavo é virtual. y imagem
objeto
y’
y’
C F p V
C F V f p’
1 1 1
= +
f p p’
y ’ − p’
=
A =
y p
9. Estudo analítico O sinal negativo que precede p’ é meramente uma correção que
visa compensar o fato de que a imagem pode ou não estar invertida em
relação ao objeto.
9.1 O referencial gaussiano
Observe-se que:
Será feito agora um estudo analítico do espelho esférico, adotando
um sistema cartesiano regido pelo referencial gaussiano. Tal referencial
• Se A > 0: y e y’ têm o mesmo sinal (logo, a imagem é direita); p e p’
é de suma importância na aplicação das equações que regerão o estudo
têm sinais opostos (logo, a imagem tem natureza oposta à do objeto).
analítico dos espelhos esféricos. Ele apresenta as seguintes características:
• Se A < 0: y e y’ têm sinais opostos (logo, a imagem é invertida); p
• É um sistema cartesiano de coordenadas retangulares; e p’ têm o mesmo sinal (logo, a imagem tem a mesma natureza do
• a origem do par das retas cartesianas orientadas é o vértice (V) do espelho; objeto).
• a orientação positiva do eixo das abscissas (Ox) é oposta à do sentido
da luz incidente;
• os elementos reais possuem abscissa positiva;
• os elementos virtuais possuem abscissa negativa;
• o sinal da abscissa do foco (F) para espelhos côncavos é positivo (f > 0); 01 Um objeto está diante da parte espelhada de um espelho esférico de
• o sinal da abscissa do foco (F) para espelhos convexos é negativo (f < 0). diâmetro 40 cm. Verifica-se que sua imagem, virtual, está a 15 cm do
Além disso, serão utilizadas as seguintes notações: objeto e está reduzida em 50%. Determine a posição do objeto e o tipo de
• p: abscissa do objeto; espelho.
• p’: abscissa da imagem;
• f: abscissa focal; Solução:
• y: ordenada do objeto; Como a imagem é virtual e menor, concluímos que o espelho é convexo.
• y’: ordenada da imagem; Nesse caso, pelo referencial de Gauss:
• |f|: distância focal. diâmetro = –40 cm ⇒ raio = – 20 cm ⇒ foco = –10 cm
Usando a equação de ampliação: 03 Três feixes de luz, de mesma intensidade, podem ser vistos
i p′ 1 p′ p atravessando uma sala, como mostra a figura abaixo.
=− → =− → p′ = −
o p 2 p 2
2
Quando é fornecida a distância entre o objeto e a imagem, todos os 3
1
problemas podem ser resolvidos por equação modular: |p – p’| = 15.
Substituindo, temos:
A
p p
p − − = 15 → p + = 15 → p = ± 10 cm
2 2
B C D
Nesse exercício, como na maioria, o objeto é real (está em frente da parte
espelhada) e por isso é positivo. p = 10 cm
O feixe 1 é vermelho, o 2 é verde e o 3 é azul. Os três feixes se cruzam na
02 Um espelho côncavo pode concentrar os raios solares a 20 cm de posição A e atingem o anteparo nas regiões B, C e D. As cores que podem
seu vértice. Um objeto luminoso de 8 cm de altura está 15 cm à frente do ser vistas nas regiões A, B, C e D, respectivamente, são:
espelho. O espelho pode produzir uma imagem nítida do objeto luminoso.
(A) branco, branco, branco, branco.
Determine: (B) branco, vermelho, verde, azul.
(C) amarelo, azul, verde, vermelho.
a. A posição da imagem; (D) branco, azul, verde, vermelho.
b. a altura da imagem; (E) amarelo, vermelho, verde, azul.
c. a classificação da imagem;
d. a ampliação desse sistema óptico. 04 Uma bandeira do Brasil é colocada em um ambiente completamente
escuro e iluminada com luz monocromática verde. Nessa situação, ela
Solução: será vista, por uma pessoa de visão normal, nas cores:
1 1 1 1 1 1
a. = + → = + → p′ = − 60 cm (A) verde e amarela.
f p p' 20 15 p' (B) verde e branca.
i p′ i − 60 (C) verde e preta.
b. =− → =− → i = 32 cm
o p 8 15 (D) verde, preta e branca.
(E) verde, amarela e branca.
c. p' < 0 → virtual; i > 0 → direita ; i > o → maior
05
É comum aos fotógrafos tirar fotos coloridas em ambientes iluminados
por lâmpadas fluorescentes, que contêm uma forte composição de luz
verde. A consequência desse fato na fotografia é que todos os objetos
01 A altura de uma árvore, num dia de sol, pode ser conhecida, a partir claros, principalmente os brancos, aparecerão esverdeados. Para equilibrar
dos seguintes dados: as cores, deve-se usar um filtro adequado para diminuir a intensidade da
luz verde que chega aos sensores da câmera fotográfica. Na escolha desse
I. Comprimento da sombra da árvore, projetada no solo; filtro, utiliza-se o conhecimento da composição das cores-luz primárias:
II. Altura de um observador; vermelho, verde e azul; e das cores-luz secundárias: amarelo = vermelho
III. Comprimento da sombra do observador, projetada no solo. + verde, ciano = verde + azul e magenta = vermelho + azul.
A altura é obtida com base em triângulos retângulos semelhantes. Pode-se, Disponível em: <http://nautilus.fis.uc.pt>. Acesso em: 20 maio 2014 (adaptado).
então, afirmar que:
Na situação descrita, qual deve ser o filtro utilizado para que a fotografia
(A) a altura não depende da hora do dia em que a medida é feita. apresente as cores naturais dos objetos?
(B) a altura obtida depende da hora em que a medida é feita.
(C) a altura obtida depende da posição (latitude e longitude) onde é feita. (A) ciano.
(D) a altura depende da estação do ano. (B) verde.
(E) esse método só pode ser usado no Hemisfério Norte. (C) amarelo.
(D) magenta.
02 A imagem focada de uma câmara escura dista 50 mm do orifício e tem (E) vermelho.
uma altura de 20 mm. A árvore está a uma distância de 15 m do orifício.
Qual a altura da árvore?
(A) 2,0 m.
(B) 4,0 m.
(C) 6,0m.
(D) 8,0 m.
(E) 10 m.
06 Uma pequena lâmpada F emite luz que incide numa lente L, refrata-se
e, em seguida, incide num espelho E como mostra a figura abaixo:
L E
H
F F1
P Q
Terra Lua
J
Sol leste oeste
E B
Obs.: a figura não está em escala.
Sabendo que a razão entre o raio do Sol (RS) e o raio da Lua (RL) vale
RS
= 400 e que a distância do ponto P ao centro da Lua vale 3,75 · 105km,
RL D
calcule a distância entre P e o centro do Sol. Considere propagação C
retilínea para a luz.
A seta curva indica o sentido de rotação da Terra:
08 Desejando medir a altura H de um determinado prédio, um estudante
fixa verticalmente no solo uma estaca de 2,0 m de comprimento. Numa (A) A.
certa hora do dia, ele percebe que o prédio projeta no solo uma sombra (B) B.
de 60 m de comprimento, enquanto a estaca projeta uma de 3,0 m. (C) C.
Considerando os raios solares paralelos, que valor o estudante encontrará (D) D.
para H? (E) E.
09 Para determinar a que altura H uma fonte de luz pontual está do chão, 11 O tempo mínimo possível entre um eclipse do Sol e um eclipse da Lua
plano e horizontal, foi realizada a seguinte experiência: colocou-se um lápis é de, aproximadamente:
de 0,10 m, perpendicularmente sobre o chão, em duas posições distintas,
primeiro em P e depois em Q. A posição P está, exatamente, na vertical (A) 12 horas.
que passa pela fonte e, nessa posição, não há formação de sombra do (B) 24 horas.
lápis, conforme ilustra esquematicamente a figura. (C) 1 semana.
(D) 2 semanas.
(E) 1 mês.
12 Às 18h, uma pessoa olha para o céu e observa que metade da Lua 15 Qual é a menor altura que deve ter um espelho plano, fixo verticalmente
está iluminada pelo Sol. Não se tratando de um eclipse da Lua, é correto em uma parede, a fim de que um homem possa ver toda a sua imagem
afirmar que a fase da Lua, nesse momento: sem mover a cabeça? A que distância do solo deverá ficar a borda inferior
do espelho?
(A) só pode ser quarto crescente.
(B) só pode ser quarto minguante. 16 Determine a distância focal e a natureza de um espelho esférico se,
(C) só pode ser lua cheia. para um objeto colocado a 1,20 m do espelho, corresponde uma imagem
(D) só pode ser lua nova. que é:
(E) pode ser quarto crescente ou quarto minguante.
a. real e está a 0,80 m do espelho.
13 Dois espelhos planos, sendo um deles mantido na horizontal, formam b. virtual e a 3,20 m do espelho.
entre si um ângulo Â. Uma pessoa observa-se através do espelho inclinado, c. virtual e a 0,60 m do espelho.
mantendo seu olhar na direção horizontal. Para que ela veja a imagem d. real e duas vezes maior.
de seus olhos, e os raios retornem pela mesma trajetória que incidiram, e. virtual e duas vezes maior.
após reflexões nos dois espelhos (com apenas uma reflexão no espelho f. real e com aumento transversal igual a um terço.
horizontal), é necessário que o ângulo  seja: g. virtual e com aumento transversal igual a um terço.
02 Um relógio de sol simplificado consiste em uma haste vertical exposta 06 (ITA-2007) Um raio de luz de uma lanterna acesa em A ilumina o
ao Sol. Considere que ela seja fixada ao solo em algum local na linha do ponto B, ao ser refletido por um espelho horizontal sobre a semirreta DE
Equador e que seja um período do ano em que ao meio-dia o Sol fique da figura, estando todos os pontos num mesmo plano vertical. Determine
posicionado exatamente sobre a haste. O tamanho da sombra da haste a distância entre a imagem virtual da lanterna A e o ponto B.
pode ser relacionado à hora do dia. É correto afirmar que o comprimento
da sombra às 9h (C9h) e às 15h (C15h) é tal que a razão C15h/C9h é igual a: Dados: AD = 2 m, BE = 3 m e DE = 5 m.
(A) 5/3. B
(B) 3/5. A
(C) 1/2.
(D) 1.
10 Um raio de luz incide, verticalmente, sobre um espelho plano que está (A) 4,0.
inclinado 20° em relação à horizontal (ver figura). (B) 4,5.
(C) 5,5.
(D) 6,0.
raio
(E) 6,5.
r
20°
1
O raio refletido faz, com a superfície do espelho, um ângulo de:
(A) 10°. 2
(B) 30°.
(C) 50°.
(D) 70°. Colocando-se um espelho plano, espelhado em ambos os lados, de
(E) 90°. dimensões infinitas e de espessura desprezível ao longo da reta r, os
observadores colocados nas posições 1 e 2 veriam, respectivamente,
11 Dois espelhos planos, E1 e E2, formam um ângulo de 110° entre si. objetos completos com as seguintes formas:
Um raio de luz que incide em E1 com um ângulo de 40°, como mostra a
figura, é refletido sucessivamente por E1 e E2. O ângulo que o raio refletido (A)
por E2 forma com o plano de E2 é igual a:
E1
40° (B)
110° (C)
E2
12 (EFOMM-2016) Um espelho plano vertical reflete, sob um ângulo de 14 Uma jovem está parada em A, diante de uma vitrine, cujo vidro, de
incidência de 10°, o topo de uma árvore de altura H, para um observador 3 m de largura, age como uma superfície refletora plana vertical. Ela
O, cujos olhos estão a 1,50 m de altura e distantes 2,00 m do espelho. observa a vitrine e não repara que um amigo, que no instante t0 está em
Se a base da árvore está situada 18,0 m atrás do observador, a altura H, B, se aproxima, com velocidade constante de 1 m/s, como indicado na
em metros, vale: figura, vista de cima. Se continuar observando a vitrine, a jovem poderá
começar a ver a imagem do amigo refletida no vidro após um intervalo de
Dados: sen(10°) = 0,17; cos(10°) = 0,98; tan(10°) = 0,18 tempo, aproximadamente, de:
A
vidro 3m
10° 1m
H A
O
B
1,5 m
18 m 2,0 m 1m
B P Q
(A) 2 s. (D) h
(B) 3 s.
(C) 4 s.
(D) 5 s.
(E) 6 s. t
(B) imagem
(C)
v
(D)
objeto
16 Um homem se aproxima de um espelho plano e depois se afasta. Qual
dos gráficos abaixo é o que representa o tamanho real h de sua imagem d
em função do tempo?
P
(A) h
ωd − v .
(A) ωd + v e
(B) ωd + v e ( ωd ) + v 2 .
2
t
(C) ( ωd ) + v 2 e ωd − v .
2
d d
x0 x1
d 30 cm
fonte laser 40 cm
espelho fixo
O toco de vela foi deslocado de x0 a x1, com velocidade escalar de módulo
1,0 cm/s. Enquanto o toco de vela foi deslocado, qual foi o módulo da
(A) v sen ( q ) / d.
velocidade escalar média da imagem, expressa em cm/s?
(B) v sen2 ( q / 2 ) / d.
25 Na figura, O é um ponto objeto virtual, vértice de um pincel de luz
(C) v sen2 ( q ) / d. cônico convergente que incide sobre um espelho esférico côncavo E de
distância focal f. Depois de refletidos no espelho, os raios desse pincel
(D) v sen ( q ) / 2d. convergem para o ponto I sobre o eixo principal do espelho, a uma distância
f
de seu vértice.
(E) v sen2 ( q ) / 2d. 4
E
20 Um raio luminoso incide num espelho côncavo paralelamente ao eixo
principal. O raio do espelho é R e a distância entre o eixo principal e o raio
R 3
incidente é . Determinar a distância entre o centro da curvatura do
2
espelho e o ponto em que o raio refletido intercepta o eixo principal.
I v O eixo principal
21 A distância mínima de visão distinta de um observador é 25 cm. A que
distância deve se colocar o observador de um espelho esférico côncavo
para ver uma imagem direita de seu olho. Tome o raio do espelho como
60 cm.
fora de escala
22 A distância entre o Sol e a Terra é 250 vezes maior que o diâmetro do
Sol. Qual o diâmetro da imagem do Sol fornecida por um espelho côncavo
de 2,0 m de raio?
f 40 cm
23 Uma barra AB de 20 cm de comprimento está colocada sobre o eixo 4
principal de um espelho esférico côncavo. A extremidade B encontra-se
sobre o centro de curvatura do espelho, enquanto a extremidade A se Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, é correto afirmar
encontra a 60 cm do espelho, conforme mostra a figura. Determine: que a distância focal desse espelho é igual a:
H
D R h
////////////// //////////////
y
(A) 20 cm.
(B) 30 cm. A B V
(C) 40 cm.
(D) 45 cm.
(E) 50 cm. L D
32 m R ω
O
espelho
(A) 2,1 s. E1
(B) 2,2 s. A
(C) 2,3 s. v
(D) 2,4 s. θ
(E) 2,5 s.
60 cm
E2
0
04 No esquema abaixo, P é um ponto luminoso e P’ é sua imagem 07 Num instante inicial, um espelho começa a girar em torno do ponto
conjugada por um espelho côncavo gaussiano, de 20 cm de raio de O, com velocidade angular constante. Simultaneamente, o objeto inicia
curvatura: um movimento circular em torno do ponto O. A trajetória que a imagem
do objeto puntiforme percorre é um(a):
Dados:
• Velocidade angular do espelho: wE
• Velocidade angular do objeto: w
P P’ • wE > w
C F V
Considere que o objeto não atinge o espelho no intervalo estudado.
48 cm
wE
(A) p = 63 cm e p’ = 15 cm.
(B) p = 62 cm e p’ = 14 cm.
(C) p = 61 cm e p’ = 13 cm.
(D) p = 60 cm e p’ = 12 cm.
(E) p = 59 cm e p’ = 11 cm.
O P
05 O ponto médio de uma haste de arame, de 6,0 cm de comprimento,
desloca-se ao longo do eixo principal de um espelho côncavo, de 10 cm de r
distância focal, de maneira que a haste mantém uma posição perpendicular
em relação ao eixo. Seja d a distância entre esse ponto e o vértice do espelho.
Qual das expressões abaixo melhor representa o comprimento, em cm, da
imagem virtual da haste conjugada pelo espelho, em função de d? (A) circunferência com velocidade angular wE.
(B) circunferência com velocidade angular wE – w .
60 (C) circunferência com velocidade angular 2wE – w.
(A) para d < 10. (D) elipse.
10 − d
60 (E) reta.
(B) para d ≠ 10.
10 − d
08 Considerando um referencial cartesiano xyz, um espelho plano é fixado
30 no plano formado pelos eixos yz, mantendo-se a parte positiva do eixo x à
(C) para d ≠ 10.
10 − d frente do espelho. Toma-se a origem dos eixos como sendo o referencial
10 para o movimento de uma partícula que obedece à função horária:
(D) para d < 10.
10 − d
30 S= (5ˆi + 3ˆj − 4 kˆ) + (4ˆi − 6ˆj ) ⋅ t + (2ˆi + 4 kˆ) ⋅ t 2
(E) para d < 10.
10 − d
06 Uma esfera metálica oca tem diâmetro interno D = 4,000 m, a 20°C. Então a velocidade da imagem dessa partícula, em função do tempo, para
Corta-se uma calota dessa esfera, polindo-se sua parte côncava. Dirige-se o mesmo referencial é dada por:
seu eixo óptico principal para uma estrela, da qual se obtém uma imagem
num ponto A. Em seguida, aquece-se a calota até 80°C. Numa experiência ( ) (
(A) v = 4ˆi − 6ˆj + 2ˆi + 4 kˆ ⋅ t )
idêntica à anterior, a posição da imagem da estrela é B, sendo que o vértice
do espelho se mantém na mesma posição. Se o coeficiente de dilatação (B) v = ( 4ˆi − 6ˆj ) + ( 4ˆi + 8 kˆ) ⋅ t
volumétrica do material da esfera é 30 · 10–5°C–1, o valor do deslocamento
AB da imagem é: (C) v =( −4ˆi − 6ˆj ) + ( −4ˆi + 8 kˆ) ⋅ t
09 Um espelho esférico tem distância focal f. Ache duas posições de um 15 A figura representa um sistema de dois espelhos esféricos: um côncavo
objeto para as quais o tamanho da imagem é A vezes maior que o tamanho E1 (raio de curvatura: R1 = 20 m) e um convexo E2 (raio de curvatura R2 =
do objeto. 10 m), situados a uma distância de L = 5 m entre si. Este sistema é utilizado
para reter temporalmente um pulso luminoso que incide sobre o espelho
10 Um ponto luminoso move-se, pelo eixo de um espelho esférico E1 a uma distância de h = 20 cm do seu eixo óptico. Em quanto tempo o
côncavo, aproximando-se ao mesmo. Para quais distâncias do ponto ao pulso sairá através do orifício de diâmetro d = 2 cm?
espelho, a distância entre o ponto e sua imagem no espelho será igual a
0,75 R, onde R é o raio de curvatura do espelho?
h
de reta, localizado relativamente ao espelho, como mostra a figura abaixo:
d
A
B L
E2
E1
Óptica geométrica II
2
1. Índice de refração II. O desvio do raio refratado obedece à lei de Snell:
I. O raio incidente, o raio refratado e a reta normal que passa pelo ponto
de incidência são todos coplanares.
n1
raio incidente raio refletido
normal
n2
θ1 θ1
n1
n2
θ2
raio refratado
observador
n1sen θ1 = n2 sen θ2
θ2 θ1 θ1 θ2
d
h 1, 3 = 1 sen θ2
θ2 d 2 + 16d 2
9d 1, 3
θ1 sen θ2 = θ2
4d 17
d (III) (IV)
Obs.: As fibras ópticas permitem a transmissão de informações por meio Refração no ponto de incidência A (cálculo de θ2): 1 · sen 45° = n · sen θ2
de raios luminosos que sofrem inúmeras reflexões totais em pequenos
tubos maleáveis. Geralmente, esses tubos são feitos com vidro de óxido Refração no ponto de incidência B (cálculo de θ3): n · sen θ3=1 · sen 90°
de silício e óxido de germânio, tendo cerca de 0,1 mm de diâmetro.
Observando na figura que θ2 e θ3 são complementares, temos:
sen θ3 = cos θ2
2 2
sen 45° 1
III. n2 = n1: + =1
n n
2
n1 2 2
1 2 1 1 1 3
2 + = 4 + 2 = 2 + 2 = 2 = 1→ n = 3 2
n2 n n n2 n 2n n 2n
10 cm
01 Um raio luminoso incide sobre um cubo de vidro, como indica a figura
a seguir. Qual deve ser o valor do índice de refração do vidro para que Na posição em que se encontra, o observador O não vê o fundo do
ocorra reflexão total na face vertical? recipiente, mas vê completamente a parede (1). Calcule a altura mínima da
água que se deve despejar no objeto, para que o observador passe a ver a
45° partícula P. Adote o índice de refração da água em relação ao ar igual a 4/3.
ar Solução:
Como na maioria dos problemas de física, principalmente óptica
geométrica, é fundamental que seja feita uma figura ilustrando o caminho
da luz e os raios e ângulos envolvidos. Nesse caso, é interessante que
destaquemos apenas o raio de luz que sai do objeto e chega no observador.
Ficando assim:
Solução:
Para determinar o índice (mínimo) do cubo, devemos representar, na parede
vertical, a situação limite, isto é, a representação geométrica tem que o 45° θ2
raio refratado faz 90° com a vertical. Veja abaixo:
45°
θ1
45°
A
Destacando da figura a região dentro do líquido, podemos identificar Os arcos-íris também ocorrem por esse fenômeno. As gotículas de
melhor a altura: água dispersas no ar, em determinadas condições, podem provocar, para
um dado observador, a decomposição da luz branca.
θ1
h
6. Dioptro plano e dioptro esférico
45°
45° Quando um observador, situado em um meio qualquer, olha para um
objeto, situado em outro meio de diferente índice de refração, ele pode
h – 10 10 cm percebê-lo em uma posição diferente da verdadeira, devido à refração
luminosa. Vejam-se os dois casos possíveis:
h
I. O observador se encontra em um meio de menor índice de refração
h − 10 sen θ1 que o do meio do objeto:
Da figura acima, temos que tan θ1 = =
h cos θ1 observador
2
3 2 18 46
Em que cos θ1 = 1 − sen2θ1 = 1 − = 1− =
8 64 8
3 2 n1
h − 10 3 10 23
Substituindo, temos = 8 = →h= cm posição aparente n2
h 46 23 23 − 3
do objeto
8
Sugestão: aproximação de radicais n1 > n 2
2 2 1 24 posição real
23 = 25 − 2 = 25 1 − = 5 1 − ≅ 5 1− ≅ ≅ 4, 8
25 25 25 5 do objeto
No problema acima, o resultado aproximado seria então: h II. O observador se encontra num meio de maior índice de refração do
10 ⋅ 4, 8 48 que o do meio do objeto:
h= = ≅ 26, 7 cm.
4, 8 − 3 1, 8
posição aparente
do objeto
5. Dispersão de luz policromática posição real
do objeto
A luz policromática é formada por uma infinidade de luzes n1
monocromáticas que a constituem. Embora todos esses componentes
n2
monocromáticos tenham a mesma velocidade (c) no vácuo, cada um deles
tem uma respectiva velocidade distinta ao atravessarem um meio material,
de modo que, se uma luz policromática vinda do vácuo atravessar um meio
n1 > n 2
material, esta será decomposta em suas constituintes monocromáticas.
Esse fenômeno é explicado considerando os diferentes comprimentos
de onda de cada raio monocromático, e tais detalhes serão vistos nos Vamos, agora, fazer o estudo analítico de um caso especial de dioptro
capítulos sobre ondas. plano, que é quando temos pequenos ângulos de incidência. Deduziremos uma
Sofrem maior desvio os componentes monocromáticos de menor expressão para o caso (I) acima, mas a dedução para o caso (II) é análoga.
comprimento de onda. A decomposição da luz branca (luz solar), por Quando os ângulos de incidência são pequenos, as posições real
exemplo, tem como extremos visíveis as monocromáticas violeta e vermelha: e aparente do objeto estão aproximadamente sobre uma mesma reta
vertical. No desenho abaixo, não faremos pequenos ângulos de incidência
simplesmente para que seja possível analisá-los melhor, mas tomaremos
branca
como hipótese que, de fato, os ângulos são pequenos:
θ1
A B n1
d’ θ1
n2
p’ θ2
d
θ2
vermelha
p
violeta
AB
tan q2 =
AP
AB
tan q1 =
P’ A
tan q2 P’ A d’ sen q2 n1 d’ ndestino
= =≅ = =
tan q1 PA d sen q1 n2 d norigem
Um dioptro esférico possui como interface de separação uma parte
posição aparente do fundo (imagem)
de circunferência. Vejamos a dedução de sua equação: p’
p = 60 cm fundo (objeto)
θ1 a c c
n n'
θ2 Pela fórmula de diptros planos, temos: = → : v = v' → vp = v'p'
p p' p p'
O α v β C I Em que:
p r
v = velocidade do raio incidente = 2,25 · 105 km/s
p’ p = posição do objeto (fundo do aquário) = 60 cm
n1 n2
v’= velocidade do raio refratado = 3,00 · 105 km/s
Pela lei de Snell, temos: p’ = posição da imagem
n1sen θ1 = n2sen θ2 (I)
Assim, teremos: 2, 25 ⋅ 105 ⋅ 60 = 3, 00 ⋅ 105 ⋅ p′ → p′ = 45 cm.
∆COA: θ1 = α + β
∆ICA: β = θ2 + γ 02 Um aquário tem a forma de uma esfera de diâmetro 60 cm, está
Admitindo θ1 e θ2 pequenos: preenchido com água (n = 4/3) e tem um peixe no seu interior. Um gatinho
n1θ1 = n2θ2 → observa esse peixe aparentemente a 10 cm da parede do aquário.
n n
©Tetra Images/Getty
β= 1 q1 + γ → β= 1 ( α + β) + γ → n1α + n2 γ= ( n2 − n1)β
n2 n2
n1 n
q + γ → β= 1 ( α + β) + γ → n1α + n2 γ= ( n2 − n1)β
n2 1 n 2
Da figura, obtemos:
av av av
α≅ = β γ≅
p r p’
Substituindo, obtemos:
n1 n2 n2 − n1
+ =
p p’ r
01 Coloca-se água em um aquário de modo a ocupar 60 cm de sua altura. Desprezando a espessura do vidro do aquário, determine a posição real
Quando visto verticalmente de cima para baixo, a água parece ocupar uma do peixe.
altura diferente h. Supondo que a velocidade de propagação da luz no ar
seja de 3,00 · 105 km/s e na água, de 2,25 · 105 km/s, determine a altura Solução:
aparente h: Trata-se de uma situação de dioptro esférico côncavo. O objeto é o peixe
que está na água (n). A luz vai de dentro do aquário para fora (n’), onde
(A) 30 cm. está o gato.
(B) 65 cm.
(C) 90 cm. n n' n′ − n
(D) 70 cm. Aplicando a fórmula de dioptro esférico: + =
p p' R
(E) 45 cm.
Substituindo pelos dados:
Solução: Letra E.
A figura da situação do problema é a seguinte: 4/3 1 1− 4 / 3 4 1 1 36
+ = → − = → p= = 12 cm
p −10 −30 3 p 10 90 3
7. Lâmina de faces paralelas É importante ressaltar que o raio emergente para o ar será paralelo ao
incidente do ar comprovado pelas relações abaixo:
Uma lâmina de faces para- nar ⋅ sen θar = ndiamante ⋅ sen θdiamante = nvidro ⋅ sen θvidro = nar ⋅ sen θar
lelas é a situação que ocorre θ1
quando um paralelepípedo de certo
material é imerso em um meio de e
θ2
α D 8. Prismas
diferente índice de refração. Quando d
há incidência de luz oblíqua sobre Em óptica geométrica,
C
ele, o raio de luz sofre deslocamento costuma-se chamar simplesmente
lateral após sofrer refrações. Veja- d de prisma um corpo com a base
sw, por exemplo, a situação de uma triangular. Ao analisarmos o objeto,
lâmina de vidro de espessura, e, imersa no ar: de frente para uma das faces
Aplicando a lei de Snell nas duas refrações que ocorrem, é facilmente triangulares, quando um raio
provado que o desvio angular é nulo, ou seja, o raio emergente é paralelo luminoso o atravessa por uma das
ao raio incidente. O deslocamento lateral, d, (que é a distância entre as faces laterais, haverá desvio do raio
retas paralelas mencionadas) pode, também, serΔfacilmente e se os
e índices de refração do prisma
ABC : cos qcalculado:
2= → AC=
AC ecos qmeio
do 2
forem diferentes.
e e d d
Δ ABC : cos q2= → AC= Δ ADC : sen = α → sen ( q1 − q=2)
AC cos q2 AC AC
d Â
d d sen ( q1 −=q2 ) cos q2 n n
Δ ADC : sen = α → sen ( q1 − q=2) e
AC AC
e . sen ( q1 − q2 )
d d=
sen ( q1 −=q2 ) cos q2 cos q2
e î ^ ^
r r
e . sen ( q1 − q2 ) Â
d=
cos q2
(A) 21.
(B) 19. 20 cm 20 cm
(C) 17.
(D) 13.
(A) 1,35.
(E) 11.
(B) 1,44.
(C) 1,41.
06 (EsPCEx-2017) Um raio de luz monocromática propagando-se no
(D) 1,73.
ar incide no ponto O, na superfície de um espelho, plano e horizontal,
(E) 1,33.
formando um ângulo de 30° com sua superfície.
Após ser refletido no ponto O desse espelho, o raio incide na superfície
09 Na figura, temos um recipiente cúbico de paredes opacas, vazio, de
plana e horizontal de um líquido e sofre refração. O raio refratado forma
40 cm de aresta:
um ângulo de 30° com a reta normal à superfície do líquido, conforme o
desenho abaixo.
O
O
espelho 30°
(1)
ar P
líquido 10 cm
30°
Na posição em que se encontra, o observador O não vê o fundo do
recipiente, mas vê completamente a parede (1). Calcule a altura mínima
Sabendo que o índice de refração do ar é 1, o índice de refração do líquido é: da água que se deve despejar no recipiente, para que o observador passe
a ver a partícula P. Adote o índice de refração da água em relação ao ar
3 3 igual a 4/3.
Dados: sen 30° = 1/2 e cos 60° = 1/2; sen 60° = e cos 30° = .
2 2
10 Para demonstrar o fenômeno da refração luminosa, um professor faz
3 incidir um feixe monocromático de luz no ponto A da superfície lateral de
(A) .
3 um cilindro reto constituído de um material homogêneo e transparente,
de índice de refração absoluto igual a 1,6 (figura 1).
3
(B) .
2 figura 1
(C) 3.
2 3 A
(D) .
3
(E) 2 3.
casca
A núcleo
53°
luz casca
(corte longitudinal da fibra)
Sabendo que a velocidade da luz no vácuo é igual a 3 · 108 m/s, que o índice
de refração absoluto do ar é igual a 1,0 e adotando sen 53° = 0,8, calcule: Com relação à reflexão total mencionada acima, são feitas as afirmativas
abaixo:
a. a velocidade escalar do feixe luminoso, em m/s, no interior do cilindro.
b. o desvio angular, a, em graus, sofrido pelo feixe luminoso ao atravessar I. O feixe luminoso propaga-se do meio menos refringente para o meio
o cilindro. mais refringente.
II. Para que ela ocorra, o ângulo de incidência, a, deve ser inferior ao
11 (EFOMM-2017) O aquário da figura abaixo apresenta bordas bem ângulo limite da superfície de separação entre o núcleo e a casca.
espessas de um material cujo índice de refração é igual a 3. Um III. O ângulo limite da superfície de separação entre o núcleo e a casca
observador curioso aponta uma lanterna de forma que seu feixe de luz depende do índice de refração do núcleo e da casca.
forme um ângulo de incidência de 60°, atravessando a borda do aquário e IV. O feixe luminoso não sofre refração na superfície de separação entre
percorrendo a trajetória AB. Em seguida, o feixe de luz passa para a região o núcleo e a casca.
que contém o líquido, sem sofrer desvio, seguindo a trajetória BC.
Dentre as afirmativas acima, as únicas corretas são:
ar
C (A) I e II.
ar
(B) III e IV.
(C) II e III.
B (D) I e IV.
reta (E) I e III.
normal 60° A
líquido 13 (EsPCEx-2014) Uma fonte luminosa está fixada no fundo de uma
piscina de profundidade igual a 1,33 m. Uma pessoa na borda da piscina
observa um feixe luminoso monocromático, emitido pela fonte, que forma
bordas do aquário um pequeno ângulo, a, com a normal da superfície da água, e que, depois
de refratado, forma um pequeno ângulo, b, com a normal da superfície da
lanterna água, conforme o desenho.
135 °
70 °
θ1 = 45°
(2) (2)
(1) (1)
a. Qual a velocidade da luz no interior do diamante?
b. Represente a trajetória do raio até sair do diamante?
Dados: sen 40° = 0,64; sen 64° = 0,90.
21 Um raio de luz incide perpendicularmente à face de um prisma cujo
Determine:
índice de refração é np = 3. O meio externo ao prisma possui índice de
a. o desvio do pincel na primeira refração.
refração next = 1.
b. o desvio do pincel na segunda refração.
c. o desvio total. •
(A) 30°. Calcule o ângulo formado entre o raio incidente e o meio emergente.
(B) 45°.
(C) 90°. 22 Um pincel de luz branca incide perpendicularmente a uma das faces
(D) 120°. de um prisma, cuja secção principal está representada na figura:
(E) 180°.
45°
Violeta 1,48 01 Sobre uma lâmina de vidro de 4,0 cm de espessura e índice de refração
Anil 1,46 3, mergulhada no ar, incide um raio de luz monocromática, como ilustra
a figura:
Azul 1,44
Verde 1,42
60°
Amarelo 1,40 (meio 1)
ar
Alaranjado 1,39
vidro (meio 2)
Vermelho 1,38
(A) o Sol está mais distante da Terra. 02 A figura representa a secção transversal de um muro vertical, AB,
(B) a temperatura do Sol é menor no final da tarde. iluminado pelos raios solares paralelos ao plano da secção. AC representa,
(C) a atmosfera da Terra espalha comprimentos de ondas mais curtos, nessa secção, a largura da sombra projetada pelo muro sobre o plano
como o da luz azul. horizontal x. Coloca-se, então, horizontalmente, uma lâmina de faces
(D) a atmosfera da Terra absorve os comprimentos de onda azul e verde. paralelas em contato com o muro por uma das extremidades e em nível
(E) a atmosfera da Terra difrata a luz emitida pelo Sol. qualquer entre A e B. Constata-se que a largura da sombra passou de AC
a AC’. Calcule o índice de refração da lâmina.
24 (ITA-1996) Com respeito ao fenômeno do arco-íris, pode-se afirmar
que: Dados: AC = 3,0 m; CC’ = 5 mm; AB = h = 4,0 m e = 2,0 cm.
1,0 m
Admitindo que o meio externo ao recipiente seja o ar (índice de refração
igual a 1), calcule o comprimento aparente que o observador detecta para
o comprimento do bastão.
Sabendo-se que para um observador cujo globo ocular situa-se no ponto O, 08 (AFA-2013) A figura abaixo mostra uma face de um arranjo cúbico,
a imagem do Sol conjugada pelo sistema parece estar a uma profundidade montado com duas partes geometricamente iguais. A parte 1 é totalmente
de 30 cm, calcule a distância focal do espelho. preenchida com um líquido de índice de refração n1 e a parte 2 é um bloco
maciço de um material transparente com índice de refração n2.
05 Consideremos um recipiente de base hemisférica, cheio de água.
A base está externamente recoberta de prata e seu raio vale 60 cm. C
Admitamos que apenas raios paraxiais emitidos pela fonte P atravessem a n2
fronteira ar-água e incidam na superfície hemisférica, que produz a imagem
P’. Supondo o índice de refração da água 4/3, determine a posição de P’
em relação à superfície livre da água.
P
ar 30 cm
45° n1
P D
80 cm
vm am vi 60°
ar
água
ar β α
água
água
13 (ITA-2013) Um raio horizontal de luz monocromática atinge um espelho
plano vertical após incidir num prisma com abertura de 4° e índice de
A refração n = 1,5. Considere o sistema imerso no ar e que tanto o raio
θA emergente do prisma como o refletido pelo espelho estejam no plano
do papel, perpendicular ao plano do espelho, como mostrado na figura.
Assinale a alternativa que indica, respectivamente, o ângulo e o sentido
em que deve ser girado o espelho em torno do eixo perpendicular ao plano
θB do papel que passa pelo ponto O, de modo que o raio refletido retorne
C B
ar paralelamente ao raio incidente no prisma.
anteparo Q P
10 cm
(A)
A
B 1 cm
C
(B)
C
n
B
A
(C) A
B Um feixe colimado de luz de 1 cm de diâmetro incide sobre a face esférica,
C centrado na direção do eixo de simetria do hemisfério. Valendo-se das
aproximações de ângulos pequenos, sen q ≈ q e tan q ≈ q, o diâmetro do
(D) círculo de luz que se forma sobre a superfície da parede é de :
C
B (A) 1 cm.
A 2
(B) cm.
3
(E)
A 1
B (C) cm.
2
C 1
(D) cm.
3
15 (ITA-1997) Um prisma de vidro, de índice de refração n = 2, tem 1
(E) cm.
por secção normal um triângulo retângulo isósceles ABC no plano vertical. 10
O volume de secção transversal ABD é mantido cheio de um líquido de
índice de refração n’= 3. Um raio incide normalmente à face transparente 17 (ITA-2007) A figura mostra um raio de luz propagando-se num meio
da parede vertical BD e atravessa o líquido. de índice de refração n1 e transmitido para uma esfera transparente de
A D raio R e índice de refração n2. Considere os valores dos ângulos a, φ1 e
φ2 muito pequenos, tal que cada ângulo seja respectivamente igual à sua
tangente e ao seu seno. O valor aproximado de φ2 é de:
φ2
R
C B
h
φ1 α
Considere as seguintes afirmações:
O
I. O raio luminoso não penetrará no prisma.
II. O ângulo de refração na face AB é de 45°. n1 n2
III. O raio emerge do prisma pela face AC com ângulo de refração de 45°.
IV. O raio emergente definitivo é paralelo ao raio incidente em BD.
(E)
n1 φ + n1 − 1 α.
n2 1 n2
θe
A B I
J C A B I
H
F G D
Considere: tan q = sen q = q e o índice de refração da água n = 1,33.
J C
Então, a profundidade aparente h vista pelo pescador é igual a:
F E H
(A) 2,5 m.
(B) 5,0 m. G D
(C) 7,5 m. E
M E
(D) 8,0 m.
(E) 9,0 m. arco-íris primário vista expandida de
e secundário uma gota de água
23 (IME-2013) Um feixe de luz de intensidade I incide perpendicularmente 02 Uma placa grossa, feita de um material transparente, cujo índice de
em uma lâmina de vidro de espessura constante. A intensidade da onda refração varia na face superior, onde é n0 até n1, na fase inferior. Um raio
transmitida do ar para o vidro e vice-versa é reduzida por um fator incide na placa sob um ângulo a. Sob que ângulo o raio sairá da placa?
q (0 < q < 1). Ao chegar a cada interface de separação entre o ar e o vidro,
a onda se divide em refletida e transmitida. A intensidade total da luz que 03 Considere uma lâmina de faces paralelas, cujo meio é estratificado
atravessa o vidro, após sucessivas reflexões internas no vidro, é dada por: em k camadas com índices de refração n1, n2, n3, ...nk, como mostrado na
figura. Sabe-se que os índices de refração satisfazem a seguinte condição:
(A) q2I. ni + 1 = 0,5n1. Considerando cada camada com espessura d = 0,1 mm,
qI a espessura mínima da lâmina, em milímetros, para que ocorra reflexão
(B) . total deve ser:
2 − q2
2qI q0
(C) .
1+ q
qI
(D) .
2−q n0
1 n1
(E) q (1 + q ) I.
2 n2 d
n3
24 Um feixe paralelo incide normalmente sobre uma esfera sólida de vidro.
Determine a posição da imagem em função do índice de refração n e do
raio r da esfera.
1
Dado: ângulo de incidência q0 = radianos.
25 A capacidade de transmissão de sinais por fibras ópticas só é possível 8.192
se o feixe luminoso não escapar para o meio exterior. Suponha uma fibra (A) 1,4.
óptica de diâmetro d feita de um material de índice de refração n e cercada (B) 1,3.
pelo vácuo. Baseando-se na figura abaixo, qual é o menor raio de curvatura (C) 12.
que se pode dobrar essa fibra sem que a luz escape para o meio exterior? (D) 1,2.
(E) 14.
d
t
Indique o percurso do raio de luz colocando os valores de todos os ângulos 08 Um feixe de raios paralelos incide em uma placa transparente, plana,
e calcule o desvio resultante do sistema prismas-espelho. paralela e infinita. A cada passagem pelo limite de divisão de dois meios,
a parte de energia refletida é igual a p. Sabendo que não existe absorção
D A no material da placa, que parte da energia total do feixe incidente possuirá
Nb a luz que passou?
x
10 Sobre uma cunha de vidro incide perpendicularmente a uma de suas
faces um raio de luz delgado. O índice de refração do vidro é 1,41 e o
ângulo no vértice é de 10°. Quantas manchas brilhantes serão observadas
n − n2 − 1 n2 + 1 − n na tela colocada atrás da cunha?
(A) R . (D) R .
n2 − 1 n2 + 1 P
n − n2 − 1 n − n2 − 1
(B) R . (E) R .
n n2 + 1
α
n2 − 1
(C) R .
n
θi
α
α
n
t
θr
x