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FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

No módulo anterior, estudamos dois importantes fenômenos = mλ → interferência construtiva



ondulatórios, reflexão e refração de ondas. Seguiremos a estudar 
∆d = d1 − d2   1
interferência, difração, ressonância, efeito Doppler, polarização e =  m +  λ → interferência destrutiva
 2
batimento.  

Em que m = 0,1,2,...
INTERFERÊNCIAS Na figura abaixo, podemos visualizar uma interferência entre duas
ondas bidirecionais (as fontes F e G podem ser dois dedos sincronizados
CONSTRUTIVA tocando na superfície de um lago, produzindo as ondas abaixo). Note
que no ponto X ocorre uma interferência construtiva, devido ao
Quando duas ondas estão na mesma fase e se encontram,
encontro de dois vales e, no Y, construtiva, devido ao encontro de
resultando, momentaneamente, em uma onda cuja amplitude é a
duas cristas. Já no Z, destrutiva, devido a uma superposição de uma
soma das duas ondas anteriores.
crista com um vale.

CRISTA VALE

DESTRUTIVA
Quando duas ondas estão em fases opostas e se encontram,
resultando, momentaneamente, em uma onda cuja amplitude é a
subtração das duas ondas anteriores.

INTERFERÊNCIA EM FILMES FINOS

Se as amplitudes forem de mesmo valor, teremos uma interferência


totalmente destrutiva. Se a onda for uma luz, por exemplo, no
momento da interferência não iremos enxergar nada. Se for som, não
será possível ouvi-lo.
Imagine a seguinte situação: dois alto-falantes estão a uma
distância d1 e d2 de um ouvinte. Se a diferença de caminhos entre
as ondas |d1 – d2| for proporcional ao comprimento de onda do
som emitido e as ondas saírem das fontes em fase, significa que a
interferência será construtiva. Se a diferença for proporcional à
metade do comprimento de onda, significa que teremos o encontro
de uma crista com um vale, ou seja, interferência destrutiva.

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FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

Um detalhe importante na refração é quanto à fase da onda Note que essa parte refratada no filme e refletida em seu final r2
na mudança de meio. No módulo de ótica geométrica, demos um percorre um caminho maior que a parte refletida r1. A situação estudada
tratamento geométrico para a luz, omitindo o seu caráter ondulatório. é para pequenos ângulos de incidência, ou seja, essa diferença de
Conforme discutido antes, quando o raio luminoso muda de meio, caminhos |∆d| é igual a 2e, em que e é a espessura do filme.
indo para um meio onde o índice de refração é maior que o anterior, |∆d| = 2e
podemos fazer uma analogia com o que acontece quando uma onda 1 3 5
gerada por uma corda menos densa encontra uma corda mais densa. Note que, se essa diferença de caminhos for igual a λ, λ, λ,…
2 2 2
Parte da onda irá refratar, mantendo a fase inicial e parte da  1
de modo geral,  n    , a interferência será construtiva, já que
onda irá refletir. Essa parte refletida terá a sua fase invertida!  2
Se a luz penetrar em um meio com meio índice de refração que o houve inversão de fase no raio r1.
anterior, a sua fase será mantida, assim como uma corda mais densa,
Se a diferença de caminhos for nλ, a interferência será destrutiva.
ao encontrar com uma menos densa, tem a sua parte refletida com a
mesma fase que a onda produzida pela mais densa. Resumindo: = mλ → interferência destrutiva

nantes < ndepois → Fase da onda refletida irá sofrer inversão. ∆d = d1 − d2 = 2e   1
=   m +  λ → interferência construtiva
Exemplo: A crista de uma luz monocromática após ser refletida   2
na superfície de um lago sofrerá inversão de fase, virando uma vale.
nar < nágua Observação
nantes > ndepois → Fase da onda refletida irá se manter.
Lembrar que o comprimento de onda muda na mudança de meio!
Exemplo: Na situação anterior, o raio refratado após entrar O raio refratado percorre um caminho maior, que, conforme vimos,
na superfície da água irá sofrer reflexão no fundo do aquário.  1
Nessa reflexão, o raio luminoso está na água e iria para o ar. Como pode ser mλ ou  m    . Como o caminho a mais percorrido
 2
nágua > nar , o raio refletido não sofrerá mudança de fase.
pelo refratado, que é a diferença de caminho, acontece no interior
Vamos aplicar esse conceito em um filme fino de índice de refração do filme, esse λ é o comprimento de onda no filme. Usando Snell:
n2, que está entre o ar e um vidro, de índices n1 e n3, respectivamente, 1  2
sendo n1 < n2 e n3 < n2. 
n1 n2
Veja o que acontece com o raio luminoso ao penetrar nesse filme:
De modo geral, n1 = (ar) e vamos chamar n2 ≡ n, índice de refração
do filme. Logo:

1
2 
n
Se fizermos que λ = λ1,
 =mλ / n → interferência destrutiva

∆d = d1 − d2 =   1
=  m + 2  λ / n → interferência construtiva
  

Observação
A luz inicialmente estava no meio 1 e atinge o 2. Nesse momento, Se n1 < n2 < n3, o raio refratado entre as regiões 1 e 2 sofrerá
há refração e reflexão da onda (lembre-se que toda onda, ao atingir mudança de fase ao ser refletido no fundo do filme, entre as
um meio mais refringente, sofre refração e reflexão. Se a onda for para regiões 2 e 3. Sendo assim, como r1 muda de fase e r2 também,
um meio menos refringente, pode haver refração e reflexão ou apenas
 mλ
reflexão, chamada de reflexão total, dependendo apenas do ângulo =  n → interferência construtiva
de incidência). Como n1 < n2, o raio refletido terá a sua fase invertida. ∆d = d1 − d2 = 
O refratado nunca muda. Esse refratado será refletido no fundo do  = m + 1  λ → interferência destrutiva
filme. Como n3 < n2, o raio refletido continuará com a mesma fase.   2 n

Exercício Resolvido

01. Uma lente cujo índice de refração vale 1,30 é revestida com
um filme fino transparente de índice de refração 1,25 para eliminar
por interferência a reflexão de uma luz de comprimento de onda
λ = 600 nm que incide perpendicularmente a lente. Qual é a
menor espessura possível para o filme?

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Resolução:
Nesse caso, temos que
n1 = 1,00, n2 = 1,25 e n3 = 1,30 ∴ n1 < n2 < n3
Como o objetivo é eliminar a reflexão da luz (lente antirreflexo), a
interferência será destrutiva. Logo:
 1
” d  2e   m    / n2
|∆d|
 2
Menor espessura possível → m = 0
λ λ 600
2e = ∴e = = = 120 nm Da figura acima, tiramos que:
2n2 4n2 4.1, 25
∆d y
senθ  e tan θ 
d D
Como a distância entre as fendas d é da ordem de grandeza do
DIFRAÇÃO comprimento de onda, D>>d, logo sen  tan  , então:
Quando uma onda passa por uma fenda, um obstáculo, cujo
tamanho tenha a mesma ordem de grandeza que seu comprimento ∆d y
=
de onda, dizemos que a onda difratou. d D
Por exemplo, ao colocarmos um laser vermelho apontado para Sendo S1 e S2 fontes coerentes, as ondas estão em fase. Sendo assim:
um fio de cabelo, teremos na parede da sala (cuja luz está apagada),
= mλ → int erferência construtiva
que estará atrás de cabelo, a seguinte figura: 
|∆d|   1
=   m +  λ → int erferência destrutiva
  2

Se não houver diferença de caminhos, a interferência analisada é



”d 
a do máximo central. Agora, se |∆d| , a interferência é destrutiva,
2
não veríamos nada na parede, ou seja, equivale ao 1° mínimo. Se
|∆d| = λ, a interferência será construtiva, no 1° máximo.
Então, voltando à pergunta, qual a distância y entre o 2° mínimo
e o máximo central?
Em que esse ∆x é a distância entre duas interferências construtivas.
Como estamos falando do 2° mínimo, a diferença de caminhos
Os pontos escuros indicam interferência destrutiva.
Outro exemplo de difração é quando escutamos a conversa de outras equivale a 3 λ . Então:
2
pessoas atrás da porta. O som passou de um cômodo para o outro, e o
obstáculo é a porta. O wi-fi também funciona com o mesmo princípio. 3  y 3D
2   y 
Note que, na refração, a onda vai de um meio para o outro, já na d D 2d
difração a onda continua no mesmo meio (ar -> ar), apenas atravessou
um obstáculo.
Na figura abaixo temos um exemplo esquemático de uma difração RESSONÂNCIA
em fenda única e dupla. Para entendermos esse fenômeno, vamos exemplificá-lo. O
aparelho de micro-ondas funciona com esse princípio. Ao liberar um
feixe de micro-ondas com frequência de vibração igual à frequência
MÁX de oscilação natural da molécula de água, este atinge o alimento, que
MÍN contém grande quantidade de água. Quando uma partícula tem a
mesma frequência de vibração que a onda, a sua amplitude aumenta
MÁX muito, aumentando a temperatura do alimento. Dizemos que as
MÍN moléculas de água entraram em ressonância.
MÁX Oscilador sem força externa (M.H.S.)
MÍN
MÁX
FENDA
ÚNICA FENDA MÍN
(1°OBSTÁCULO) DUPLA
(2°OBSTÁCULO) MÁX

(a) ANTEPARO (b)

Perceba, pela figura acima, que após a onda difratar na 1ª fenda


não há interferência. O que causa a interferência é o fato de a 2ª tela
ter dois obstáculos. A onda irá difratar em cada obstáculo, formando
a configuração acima. A partir disso, como podemos calcular, por Sistema em ressonância
exemplo, a distância entre o máximo central e o 2° mínimo?

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Se esse carro estiver se aproximando do ouvinte, o som será mais


agudo (note o pequeno comprimento da onda sonora) e, se estiver se
afastando, mais grave (maior comprimento de onda). A distância não
influencia. O que importa é: se há aproximação ou afastamento; ou
Exercício Resolvido
seja, o que importa é a velocidade da fonte e do observador.
02. Edgar, um pai atencioso, resolve levar seu filho de um ano a A configuração acima se dá devido ao fato de que a velocidade
um balanço que fica próximo à sua casa. Para que o seu filho fique da ambulância é bem menor que a velocidade do som. Ao passo que
submetido a um movimento harmônico simples, o Edgar aplica a ambulância se movimenta do centro do grande semicírculo (a figura
uma força periódica na cadeirinha do balanço, cujo comprimento está em um plano. Na realidade trata-se de uma semiesfera) até o
é de 1,44 m. Qual é a frequência com que Edgar empurra a momento mostrado na figura, o som, que se originou no centro, já
cadeirinha do balanço? está chegando aos ouvintes (nos livros, é comum o termo observador,
apesar de não se tratar de efeito Doppler luminoso).
Resolução:
Na figura abaixo, temos situações de ondas sonoras produzidas
A ideia desse exercício é perceber que toda vez que a cadeirinha por fontes de diferentes velocidades.
retorna à posição inicial, o pai irá aplicar uma força na mesma.
Note que essa força não atua o tempo inteiro no balanço, por isso
trata-se de uma força periódica, cujo período é o mesmo que o do
balanço, i.e., o sistema Edgar-balanço está em ressonância.
Para entendermos melhor, começaremos esse exemplo calculando
o período de oscilação desse balanço:

l
T = 2π ≅ 2 l ∴ T ≅ 2, 4 s
g
Vfonte= 0 Vfonte < Vsom Vfonte =
Ou seja, a cada 2,4 s, o pai irá empurrar o filho. A frequência
com que o Edgar empurra seu filho é a mesma frequência do
movimento do balanço, ou seja, estão em ressonância!
Assim, a frequência com que Edgar empurra seu filho é:
1 1
f= = ≅ 0, 4 Hz.
T 2, 4

Ou ainda, chamando de F a força que o pai faz na cadeirinha,


teremos que:
ωbalanço =ωF =2πf ≅ 2,5 rad / s.

Vfonte= 0 Vfonte < Vsom Vfonte = Vsom


Vfonte > Vsom
EFEITO DOPPLER
Quando a fonte emissora se move em relação ao observador,
a frequência para esse observador será diferente da frequência real No último caso, o raio r mede a propagação da onda sonora e
da fonte. Essa diferença entre as frequências, devido ao movimento
OP representa a distância percorrida pela fonte. O cone formado pela
relativo entre a fonte e o observador, é chamado de efeito Doppler.
onda de choque (similar às ondas produzidas por uma lancha no mar)
Vamos imaginar a seguinte situação: uma ambulância em
movimento com a sirene ligada. O som que o motorista escuta é é chamado de Cone de Mach.
diferente do som que o menino e que a menina escutam, conforme O ângulo de abertura do cone ϕ pode ser medido como
mostra a figura abaixo.
 r  1  v som 
  tan1    tan  
 OP   v fonte 

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Voltando à ambulância: a frequência do som emitido pela sirene é


f. Qual será a frequência (aparente, já que, de fato, a frequência não
mudou) ouvida pelo menino? E pela menina?
Vamos começar pela menina:

Dizemos que uma onda eletromagnética é polarizada quando o


campo elétrico assume uma direção bem definida. Na figura acima,
temos uma onda polarizada na direção do eixo y.
Um polarizador nada mais é que um filtro que permite passar
parte da onda (vamos usar a luz como exemplo):

λ ap = dsom − dfonte

Chamando dsom = λsom, sabemos que o tempo desde o início do


movimento até o da figura equivale ao período T. Sendo assim, a
equação acima vira:
v som v fonte
λ ap = λsom − v fonte T = −
f f

v som
Em que λ ap = , então:
fap
v som v som v fonte
  Somente ondas transversais podem sofrer polarização. Portanto,
fap f f o som, por exemplo, não pode sofrer polarização.
v som Colocando dois polarizadores ortogonais, não há passagem de luz.
 fap  f
v som  v fonte

E o menino? Neste caso, o que muda é que λap = dsom + dfonte.


Seguindo o mesmo raciocínio anterior, teremos que:

v som
fap  f
v som  v fonte

Mas, e se os ouvintes estiverem se movimentando com velocidade


v0 em relação ao solo? Empregando o conceito de velocidade relativa, A reflexão é um fenômeno polarizador. A luz proveniente de
conseguimos chegar a uma expressão mais geral: lâmpadas incandescentes ou a luz solar, por exemplo, não é polarizada.
Ao tocar na superfície de um lago, a parte refletida fica polarizada,
 v  vo  conforme mostra a figura abaixo:
fap  f  som 
 v som  v fonte 
Na qual os sinais de cima serão usados quando há aproximação
entre a fonte e o observador. Os sinais de baixo serão usados quando
há um afastamento entre a fonte e o observador.

FONTE E OUVINTE EM FONTE E OUVINTE EM


APROXIMAÇÃO RELATIVA AFASTAMENTO RELATIVO

 v  vo   v  vo 
fap  f  som  fap  f  som 
 v som  v fonte  
 som v fonte 
v

fap > f fap < f

POLARIZAÇÃO Esse tipo de polarização é chamada de polarização linear. Quando


A luz, conforme vimos no módulo anterior, é uma onda duas idênticas, defasadas em 90° e linearmente polarizadas, com
eletromagnética (variação dos campos elétricos e magnéticos no espaço polarização ortogonais, juntam-se, temos uma onda circularmente
e no tempo). Na figura abaixo, temos uma onda eletromagnética cujo polarizada (os cinemas 3D contam com esse tipo de polarização. Em
campo elétrico varia no eixo y e o magnético, ao longo do eixo z. Por uma lente, polarização circular para a esquerda e, na outra, para a
ser uma onda transversal, a sua propagação se dará ao longo do eixo x. direita).

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2  1
E o termo está relacionado à frequência resultante da
2 f f
superposição, chamada de frequência de envoltória fen  1 2 .
2
Se a diferença entre as frequências for superior a 15 Hz, o ouvido
humano não é capaz de detectar o batimento.

LEITURA COMPLEMENTAR
EFEITO DOPPLER RELATIVÍSTICO
Assim como um movimento relativo entre a fonte emissora de uma
onda sonora e um ouvinte faz com que este escute uma frequência
diferente da frequência emitida, um movimento relativo entre uma
fonte emissora de luz e um observador faz com que este observe uma
luz com outra frequência.
O desenho abaixo, feito pelo Prof. Dr. Alexandre C. Tort, ilustra
o dito acima. Uma galáxia emite radiação visível verde (frequência
real), porém, se essa galáxia estiver se afastando do nosso planeta,
a tendência é enxergarmos uma frequência mais baixa (assim como
escutamos uma frequência mais baixa quando uma fonte sonora se
afasta). Essa frequência mais baixa foi representada no desenho como
o vermelho. Se a galáxia estiver se aproximando da Terra, iremos ver
uma frequência maior que o verde, azul, por exemplo.

BATIMENTO
Vamos matematizar uma superposição de duas ondas, atendendo
à seguinte condição: duas ondas de mesma amplitude e com
frequências próximas indo de encontro, uma com a outra. Galáxias que se afastam da Terra e emitem radiação no espectro
do visível tendem a ter um desvio para o vermelho, redshift, e galáxias
y1 ( x , t ) = Acos(k1x − ω1t ; y 2 ( t ) = Acos(k2x + ω2t ) que se aproximam, um desvio para o azul, blueshift.
De modo geral, para a luz, a equação de efeito Doppler é parecida
1 indo para a direita e 2 para a esquerda. Vamos analisar a com a que estudamos, fazendo as correções relativísticas:
superposição dessas ondas:
A figura abaixo representa uma superposição entre duas ondas 1 2
fap  f
com frequências muito parecidas. Esse fenômeno é chamado de 1 cos
batimento. Perceba que a cada 0,5 s, o ciclo se repete, ou seja, a
Para θ = 0°:
frequência do batimento é de 2 Hz.
1 
fap  f ; blueshift
1 
Para θ = 180°:
1 
fap  f ; redshift
1 
Ou seja,
1 2
fap  f
Como calcular a frequência de batimento, dadas as frequências 1 
de cada onda? Como o máximo de amplitude acontece duas vezes
por período, podemos calcular a frequência de batimento como: Em que os sinais de cima serão usados quando há aproximação
entre a fonte e o observador. Os sinais de baixo serão usados quando
   1  há um afastamento entre a fonte e o observador.
bat  2  2   fbat  f1  f2 E, se a direção de propagação da luz for ortogonal ao movimento
 2  do observador? No som, não teríamos o efeito Doppler, mas, na luz,
temos. Chama-se efeito Doppler transversal.
No exemplo anterior, uma onda poderia ter 200 Hz e a outra, 198 Hz,
ou 42 Hz e 40 Hz. Mas, se soubermos a frequência resultante dessa Para θ = 90°:
superposição, conseguiremos descobrir a frequência de cada onda. fap  f 1 2

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APLICAÇÕES NA ASTRONOMIA Em relação ao som emitido do carro de Fred e Barney, é correto


afirmar que
Para usarmos o efeito Doppler em grandes distâncias, correções
devem ser feitas, como o uso da relatividade geral (em vez da restrita, a) Wilma o escutará com uma frequência menor que a de Betty.
que é o que aprendemos em física moderna). O que se observa é b) Wilma o escutará com uma frequência maior que a de Betty.
que, para objetos muito muito distantes, o desvio é para o vermelho, c) Betty o escutará mais intenso que Wilma.
ou seja, estão se afastando cada vez mais de nós, sugerindo que o
d) Betty o escutará mais agudo que Wilma.
nosso Universo está em expansão. Porém, o mesmo não pode ser
dito para objetos não tão distantes como, por exemplo, a Galáxia de e) Betty o escutará mais alto que Wilma.
Andrômeda.
Andrômeda ou M31, NGC 224, ou ainda, nos textos antigos, A 03. Suponha que uma fonte sonora com velocidade de módulo V
Grande Nebulosa de Andrômeda, está a uma distância de 2,54±0,06 se desloca na direção de uma pessoa. Este observador também se
milhões de anos-luz da Terra. O deslocamento para o azul de desloca com a mesma velocidade V no mesmo sentido e direção,
 ap  real tentando se afastar da fonte sonora.
Andrômeda corresponde a z = −0.001 (em que z  ; note
real Nesta situação, pode-se afirmar corretamente que
que, se z < 0, aproximação e, se z > 0, afastamento), isto é, a Via a) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa aumenta.
Láctea e Andrômeda estão se aproximando e devem colidir formando b) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa não se altera.
uma super galáxia elíptica em aproximadamente 3,75 bilhões de anos.
c) a frequência da onda sonora ouvida pela pessoa diminui.
(A.C.Tort, Tópicos de Física Contemporânea O efeito Doppler relativístico,
d) a potência da onda sonora ouvida pela pessoa aumenta.
notas da Aula – UFRJ – maio 2014.)

04. Considere as afirmações abaixo, sobre o fenômeno da difração.


I. A difração é um fenômeno ondulatório que ocorre apenas com
EXERCÍCIOS DE ondas sonoras.

FIXAÇÃO II. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é
tanto mais acentuada quanto menor for a largura da fenda.
III. A difração que ocorre quando uma onda atravessa uma fenda é tanto
mais acentuada quanto maior for o comprimento de onda da onda.
01. (EEAR 2020) Assinale a alternativa que completa corretamente
a frase: Quais estão corretas?
No estudo da ondulatória, de acordo com o princípio de Huygens, a) Apenas I. c) Apenas I e III. e) I, II e III.
cada ponto de uma frente de onda pode ser considerado como b) Apenas II. d) Apenas II e III.
uma nova fonte de ondas secundárias. Portanto, pode-se afirmar
corretamente que as novas fontes secundárias possibilitam que a onda 05. Nos manuais de instalação de equipamentos de som há o
formada ________________________________. alerta aos usuários para que observem a correta polaridade dos fios
a) tenha seu comprimento de onda alterado ao realizarem as conexões das caixas de som. As figuras ilustram o
esquema de conexão das caixas de som de um equipamento de som
b) contorne obstáculos no fenômeno da difração
mono, no qual os alto-falantes emitem as mesmas ondas. No primeiro
c) tenha a frequência diferente daquela gerada pela fonte caso, a ligação obedece às especificações do fabricante e no segundo
d) tenha uma nova velocidade de propagação no mesmo meio mostra uma ligação na qual a polaridade está invertida.

02. Para explicar o efeito Doppler, um professor do curso de Mecânica


brinca com o uso de personagens de um desenho animado. Ele
projeta uma figura do carro de Fred Flintstone no episódio em que
ele e Barney Rubble eram policiais. A figura mostra a representação
do carro visto de cima se deslocando para a direita com velocidade
constante em módulo.
Na figura ainda, ele representa, em outra perspectiva, as personagens
Betty Rubble e Wilma Flintstone. Os círculos representam as frentes de
ondas sonoras de “YABBA DABBA DOO” emitidas pela sirene.

O que ocorre com os alto-falantes E e D se forem conectados de


acordo com o segundo esquema?
a) O alto-falante E funciona normalmente e o D entra em curto-
circuito e não emite som.
b) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências ligeiramente
diferentes do alto-falante D provocando o fenômeno de batimento.
c) O alto-falante E emite ondas sonoras com frequências e fases
diferentes do alto-falante D provocando o fenômeno conhecido
como ruído.
d) O alto-falante E emite ondas sonoras que apresentam um lapso
de tempo em relação às emitidas pelo alto-falante D provocando
o fenômeno de reverberação.
e) O alto-falante E emite ondas sonoras em oposição de fase
Considere que as observadoras Betty Rubble e Wilma Flintstone às emitidas pelo alto-falante D provocando o fenômeno de
estejam em repouso na posição apresentada na figura. interferência destrutiva nos pontos equidistantes aos alto-falantes.

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FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

06. Assinale a alternativa que apresenta fenômenos que poderiam 09. O debate a respeito da natureza da luz perdurou por séculos,
estar associados às seguintes ilustrações. oscilando entre a teoria corpuscular e a teoria ondulatória. No início do
século XIX, Thomas Young, com a finalidade de auxiliar na discussão,
realizou o experimento apresentado de forma simplificada na figura.
Nele, um feixe de luz monocromático passa por dois anteparos com
fendas muito pequenas. No primeiro anteparo há uma fenda e no
segundo, duas fendas. Após passar pelo segundo conjunto de fendas,
a luz forma um padrão com franjas claras e escuras.

Com esse experimento, Young forneceu fortes argumentos para uma


interpretação a respeito da natureza da luz, baseada em uma teoria
a) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
dispersão e refração.
a) Ressonância magnética e oscilações forçadas. b) corpuscular, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
dispersão e reflexão.
b) Efeito Casimir e Ultrassom.
c) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
c) Efeito Doppler e Desvio para o Vermelho (Big Bang).
difração e polarização.
d) Ressonância acústica e interferência destrutiva.
d) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
interferência e reflexão.
07. Ao sintonizar uma estação de rádio AM, o ouvinte está
e) ondulatória, justificada pelo fato de, no experimento, a luz sofrer
selecionando apenas uma dentre as inúmeras ondas que chegam à
difração e interferência.
antena receptora do aparelho. Essa seleção acontece em razão da
ressonância do circuito receptor com a onda que se propaga.
10. Baseado nos conceitos e fenômenos ondulatórios é correto
O fenômeno físico abordado no texto é dependente de qual
afirmar que
característica da onda?
a) as ondas sonoras não sofrem refração, pois o som se propaga
a) Amplitude. d) Intensidade.
apenas no ar.
b) Polarização. e) Velocidade.
b) a frequência de uma onda que se propaga na superfície da água
c) Frequência. aumenta quando a profundidade da água aumenta.
c) o som é uma onda mecânica e como tal não pode sofrer difração,
08. A natureza da luz sempre foi um tema de grande interesse entre pois esse é um fenômeno exclusivo das ondas eletromagnéticas.
os cientistas. No século XVII, por exemplo, Isaac Newton desenvolveu
d) a frequência do som percebida por um observador em movimento em
um modelo corpuscular e Christiaan Huygens desenvolveu um modelo
relação à fonte é diferente da frequência do som emitida pela fonte.
ondulatório para a luz.
Em relação a esse assunto, é correto afirmar que:
01) O modelo corpuscular da luz consegue explicar satisfatoriamente EXERCÍCIOS DE
o fenômeno da reflexão da luz, mas não o fenômeno da refração
da luz.
02) O modelo ondulatório da luz consegue explicar satisfatoriamente
TREINAMENTO
o fenômeno da refração da luz, mas não o fenômeno da reflexão
da luz. 01. Um bonito efeito de cor pode ser observado quando a luz solar
04) O modelo corpuscular não consegue explicar satisfatoriamente o incide sobre finas películas de óleo ou água. Ocorre que, quando um
fenômeno da difração da luz. feixe de luz incide sobre a película, ele sofre duas reflexões, uma na
08) O modelo ondulatório da luz consegue explicar satisfatoriamente superfície anterior e outra na superfície posterior. Assim, esses raios
os fenômenos da difração e da interferência da luz. de luz refletidos percorrem diferentes caminhos, e sua superposição
resulta em reforço de alguns comprimentos de onda e aniquilação de
16) A teoria eletromagnética afirma que a luz se comporta como uma outros, dando origem às cores observadas.
onda.

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FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

O fenômeno responsável por esse efeito é a


a) difração. d) reflexão total.
b) interferência. e) refração.
c) polarização.

02. Considere uma sirene fixa na parede de uma escola que é acionada
a cada 50 minutos. O som produzido por ela tem frequência de
650 Hz. Em um dos intervalos, um aluno sai correndo da sala de aula
pelos corredores, a uma velocidade de 2,6 m/s no sentido da sirene,
para chegar ao campo de futebol da escola.
Dados: vsom = 340 m/s
Sobre o efeito Doppler-Fizeau, assinale o que for correto.
A razão entre as distâncias AB e BC é
01) O aluno, quando sai da sala de aula correndo, ao se aproximar da
a) 2 b) 1/3 c) 1/2 d) 3
sirene, perceberá a frequência do som com um valor igual a 650 Hz.
02) Em um dia muito frio, se o garoto fizer o mesmo trajeto correndo 07. (EFOMM 2020) Ana brinca em um balanço, enquanto segura
em direção ao campo de futebol, aproximando-se da sirene, a um diapasão vibrando a 520 Hz. O ponto mais alto de sua trajetória
frequência do som percebida por ele será de 650 Hz. pendular está a 1,25 metros de altura em relação ao ponto mais baixo.
04) Caso a sirene fosse móvel e se estivesse na mão de uma pessoa Enquanto isso, Beatriz, de altura semelhante a Ana e localizada em um
caminhando pelos corredores da escola, a velocidade de ponto distante à frente do brinquedo, corre em direção à amiga com
propagação do som produzido (no meio) seria maior se a pessoa velocidade constante de 2 m/s. Supondo que o movimento oscilatório
passasse a correr pelos corredores. de Ana ocorre sem perda de energia, qual valor mais se aproxima da
08) O efeito Doppler-Fizeau explica as variações que ocorrem na maior frequência que Beatriz irá ouvir durante sua trajetória?
velocidade das ondas mecânicas com natureza transversal. Considere: g = 10 m/s² e vsom = 343 m/s.
16) Caso o menino passe a correr como um atleta olímpico na direção a) 531 Hz. c) 535 Hz. e) 538 Hz.
da sirene, a uma velocidade de 10 m/s, ele passará a ouvir um som b) 533 Hz. d) 536 Hz.
mais agudo, com frequência de aproximadamente 669 Hz.
08. (EFOMM 2012) Sinais sonoros idênticos são emitidos em fase por
03. (EFOMM 2020) Um papel com um pequeno orifício é colocado duas fontes pontuais idênticas separadas por uma distância igual a
no trajeto de um feixe de laser. O resultado que se observa no 3,00 metros. Um receptor distante 4,00 metros de uma das fontes
anteparo sobre o qual a luz incide após passar pelo orifício mostra um e 5,00 metros da outra perceberá, devido à interferência destrutiva
padrão de máximos e mínimos de intensidade luminosa. O fenômeno total, um sinal de intensidade sonora mínima em determinadas
responsável por esse padrão é chamado de frequências. Uma dessas frequências, em kHz, é Dado: velocidade do
a) refração. c) dispersão. e) reflexão. som, Vs = 340 m/s.
b) difração. d) interferência. a) 1,36 c) 2,21 e) 5,44
b) 1,70 d) 5,10
04. (AFA 2007) Considere uma figura de interferência obtida na
superfície de um líquido por fontes que emitem em fase e na frequência 09. (EFOMM 2021) Uma fonte de ondas sonoras emite uma onda
f. Considere ainda que essas ondas se propagam com velocidade v. A com 440 Hz de frequência em direção a um objeto que dela se afasta.
soma das diferenças de caminhos entre as ondas que se superpõem A onda, após ser refletida pelo objeto, retoma à fonte, que mede o
para os pontos pertencentes às 3 primeiras linhas nodais é novo valor de 272 Hz para sua frequência. Considere que o objeto e
9v 5v v v a fonte estão sempre em uma mesma reta e que a velocidade do som
a) b) c) 4 d) 3
2f 2f f f no ar vale 340 m/s. Quanto vale, em m/s, o módulo da velocidade do
objeto?
05. (AFA 2008) Considere uma película transparente de faces a) 60 c) 72 e) 88
paralelas com índice de refração n iluminada por luz monocromática b) 64 d) 80
de comprimento de onda no ar igual a λ, como mostra a figura abaixo.
10. (EFOMM 2010) O apito de um trem emite ondas sonoras de
frequência f e comprimento de onda λ. O trem se aproxima de um
observador que se desloca sobre uma plataforma, de modo a se
afastar do trem com velocidade inferior à do trem. As velocidades do
trem e do observador são medidas em relação à plataforma. Se ambos
estão em movimento numa mesma direção, pode-se concluir que a
frequência fA e o comprimento de onda λA do apito do trem, que o
observador deve perceber, são
a) fA < f e λA > λ d) fA < f e λA < λ
Sendo a incidência de luz pouco inclinada, a mínima espessura de b) fA > f e λA > λ e) fA = f e λA > λ
película para que um observador a veja brilhante por luz refletida é c) fA > f e λA < λ
λ λ λ λ
a) b) c) d)
n 2n 4n 5n 11. (EFOMM 2011) Observe a figura a seguir.

06. (AFA 2010) A figura abaixo representa a variação da intensidade


luminosa I das franjas de interferência, em função da posição x,
resultado da montagem experimental, conhecida como Experiência
de Young.

PROMILITARES.COM.BR 463
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

15. (EFOMM 2012) Correlacione os conceitos às suas definições e


assinale a seguir a alternativa correta.

GRANDEZA OU
CONCEITOS
FENÔMENO FÍSICO

I. É a mudança de direção dos


raios luminosos quando da
passagem de um meio para
outro. ( ) difração
II. É a mudança de direção em um ( ) comprimento de onda
mesmo meio.
( ) refração
III. É a distância entre dois picos
positivos consecutivos de uma ( ) onda eletromagnética
onda senoidal. ( ) frequência
IV. É o inverso do período de uma ( ) onda sonora
onda.

Dois ouvintes A e B estão em frente a dois alto-falantes C e D vibrando V. Não depende de meio material
em fase, conforme indica a figura acima. Sabendo que os dois alto- para propagação.
falantes emitem sons de mesma intensidade e frequência igual a
171,5 Hz e que as direções AC e BD são perpendiculares a CD, é a) (I) (IV) (−) (III) (II) (V) d) (II) (III) (I) (V) (IV) (−)
correto afirmar que b) (II) (−) (I) (IV) (III) (V) e) (II) (III) (−) (I) (IV) (V)
Dado: velocidade do som igual a 343 m/s. c) (V) (I) (II) (IV) (−) (III)
a) tanto A quanto B ouvem som de máxima intensidade.
b) A ouve som de máxima intensidade e B não ouve praticamente 16. (AFA 2013) Um feixe de luz monocromática de comprimento de
som algum. onda λ1 incide sobre uma rede de difração. Observa-se que a franja
brilhante de primeira ordem se localiza numa posição angular θ em
c) B ouve som de máxima intensidade e A não ouve praticamente relação à franja de ordem zero, como mostra a figura abaixo.
som algum.
d) tanto A quanto B não ouvem praticamente som algum.
e) tanto A quanto B ouvem som de média intensidade.

12. (EFOMM 2012) Um fio de nylon de comprimento L = 2,00 m


sustenta verticalmente uma bola de metal que tem densidade
absoluta de 4,00 ⋅ 103 kg/m3. A frequência fundamental das ondas
estacionárias que se formam no fio é 300 Hz. Se, então, a bola for
totalmente imersa em água, a nova frequência fundamental, em
Se um segundo feixe de luz monocromática de comprimento de onda
hertz, é
λ2 incidir sobre a mesma rede de difração, a posição angular da franja
Dado: massa específica da água = 1,00 ⋅ 10 kg/m
3 3
luminosa de segunda ordem desse feixe pode ser obtida como
a) 75 d) 175 2  λ  λ 
a) arccos  2 2 cosθ  c) arccos  1 cosθ 
b) 75 2 e) 200 2  λ1   λ2 
c) 150 3  λ  λ 
b) arcsen  2 2 senθ  d) arcsen  1 senθ 
 λ1   λ2 
13. (EFOMM 2021) Uma fonte de ondas sonoras emite uma onda
com 440 Hz de frequência em direção a um objeto que dela se afasta.
A onda, após ser refletida pelo objeto, retorna à fonte, que mede o 17. (AFA 2010) Considere duas fontes pontuais fixas e em fase
novo valor de 272 Hz para sua frequência. Considere que o objeto e que produzem ondas circulares na superfície de um líquido e que
a fonte estão sempre em uma mesma reta e que a velocidade do som se propagam com velocidade constante v. Essas ondas superpostas
no ar vale 340 m/s. Quanto vale, em m/s, o módulo da velocidade do estabelecem uma configuração de interferência de tal forma que a
objeto? diferença de trajetos percorridos pelas ondas, das fontes até a segunda
linha nodal é igual a 1,5 cm. Ao dobrar-se a frequência das fontes, na
a) 60 c) 72 e) 88
região onde existia a segunda linha nodal passará a ser observada uma
b) 64 d) 80
a) segunda linha ventral.
14. (EFOMM 2012) Um atleta parado em um cruzamento ouve o som, b) terceira linha nodal.
de frequência igual a 650 Hz, proveniente da sirene de uma ambulância c) quarta linha ventral.
que se aproxima. Imediatamente após a passagem da ambulância pelo d) sétima linha nodal.
cruzamento, o atleta ouve o som da mesma sirene na frequência de 50
Hz. Considerando o ar sem vento de todos os movimentos na mesma
18. (AFA 2010) Fazendo-se incidir luz monocromática de comprimento
direção, a velocidade da ambulância, em km/h é
de onda sobre um anteparo contendo uma fenda de largura b >
Dado: velocidade do som no ar = –340 m/s λ, obtém-se, em um segundo anteparo, uma figura de difração por
a) 80,0 d) 102 fenda simples. O gráfico abaixo apresenta a intensidade I da luz no
anteparo em função da posição x para essa figura de difração.
b) 90,0 e) 110
c) 93,0

464 PROMILITARES.COM.BR
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

seja constante e igual a s. Considere também que as velocidades das


fontes 1 e 2 sejam medidas em relação ao solo. Nessas condições,
N
a razão 1 entre as frequências de batimento N1, percebida pelo
N2
observador quando da aproximação das fontes, e N2, quando do
afastamento das fontes é
f2 s+v f1 s−v
a) b) c) d)
f1 s−v f2 s+v

21. (AFA 2012) Considere que três feixes de luz monocromática de


comprimentos de onda λ1, λ2 e λ3, respectivamente nas regiões das
Sendo a distância entre os anteparos igual a D, tal que D  b, a cores vermelha, violeta e verde, incidem separadamente sobre uma
largura L do máximo central, tomada como sendo aproximadamente rede de difração com 10000 linhas por centímetro, e que os resultados
a distância entre as duas primeiras franjas escuras, é obtidos em um anteparo para as separações angulares entre as duas
primeiras linhas brilhantes, de ordem zero e de ordem um, para cada
   
    feixe sejam, respectivamente, θ1, θ2 e θ3. Nessas condições, é correto
λ  2λ  afirmar que
a) b − 1 c) D + 1
 λ  2
a) θ1 > θ2 > θ3 c) θ1 > θ3 > θ2
 1+     bD2 1 +  λ  
  b       b) θ1 < θ3 < θ2 d) θ1 < θ2 < θ3
b
   
    22. (AFA 2013) A figura abaixo apresenta a configuração instantânea
 λb   2λD  de uma onda plana longitudinal em um meio ideal. Nela, estão
b) D + 1 d) b + 1
2 2 representadas apenas três superfícies de onda α, β e γ, separadas
 1−  λ    b2 1 −  λ  
    respectivamente por λ e λ/2, onde λ é o comprimento de onda da
 b   b 
onda.

19. (AFA 2010) Uma ambulância, emitindo um sinal sonoro de


frequência 400 Hz, se aproxima com velocidade VA = 80 km/h de um
ciclista que se move com velocidade VC = 20 km/h. No local, sopra um
vento com velocidade constante, de valor V = 5,0 km/h, paralelamente
à direção da velocidade da ambulância e do ciclista, como mostra a
figura abaixo.

Em relação aos pontos que compõem essas superfícies de onda, pode-


se fazer as seguintes afirmativas:
I. estão todos mutuamente em oposição de fase;
II. estão em fase os pontos das superfícies α e γ;
III. estão em fase apenas os pontos das superfícies α e β;
Considere que as velocidades VA, VC e V são constantes e medidas em
IV. estão em oposição de fase apenas os pontos das superfícies γ e β.
relação a um sistema de referência fixo à Terra, e que a velocidade
do som no local, em relação ao vento, seja igual a 340 m/s. Nessas Nessas condições, é(são) verdadeira(s)
condições, a frequência com que o ciclista escuta o sinal sonoro da a) I c) III
ambulância é, aproximadamente, em hertz, b) I e II d) III e IV
a) 372 b) 391 c) 413 d) 421
23. (AFA 2014) Um estudante montou um experimento com uma
20. (AFA 2014) Duas fontes sonoras 1 e 2 emitindo sinais de rede de difração de 1000 linhas por milímetro, um laser que emite um
frequências fixas f1 e f2 se aproximam com a mesma velocidade v feixe cilíndrico de luz monocromática de comprimento de onda igual
constante de um observador estacionário em relação ao solo, como a 4 ⋅ 10-7 m e um anteparo, conforme figura abaixo.
mostra a Figura A.

Após passarem pelo observador, essas mesmas fontes sonoras


continuam a se movimentar com velocidade v, porém, agora
afastando-se do observador, como mostra a Figura B.

O espectro de difração, observado no anteparo pelo estudante,


foi registrado por uma câmera digital e os picos de intensidade
apareceram como pequenos pontos brilhantes na imagem.
Considere que o meio onde o som se propaga esteja em repouso em Nessas condições, a opção que melhor representa a imagem do
relação ao solo, que a velocidade do som, em relação ao meio no local espectro de difração obtida pelo estudante é:

PROMILITARES.COM.BR 465
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

a) Nessas condições, um observador parado no final da ponte ouvirá


o sinal sonoro emitido pelo caminhão que se aproxima com uma
b) frequência, em hertz, dada por
c) a) 170 b) 180 c) 190 d) 200
d)
26. Ondas sonoras são produzidas por duas cordas A e B próximas,
vibrando em seus modos fundamentais, de tal forma que se percebe
24. Uma figura de difração é obtida em um experimento de difração x batimentos sonoros por segundo como resultado da superposição
por fenda simples quando luz monocromática de comprimento de dessas ondas. As cordas possuem iguais comprimentos e densidades
onda λ1 passa por uma fenda de largura d1. O gráfico da intensidade lineares sempre constantes, mas são submetidas a diferentes tensões.
luminosa I em função da posição x ao longo do anteparo onde essa
figura de difração é projetada, está apresentado na figura 1 abaixo. Aumentando-se lentamente a tensão na corda A, chega-se a uma
condição onde a frequência de batimento é nula e ouve-se apenas
uma única onda sonora de frequência f.
Nessas condições, a razão entre a maior e a menor tensão na corda A é
2 1
f f  f   f  2
a) b) c)   d)  
f+x f−x f−x f−x

27. Uma fonte sonora de frequência f0 é arremessada verticalmente


para cima, com velocidade inicial v0, de um ponto da superfície
Alterando-se neste experimento apenas o comprimento de onda da terrestre no qual a aceleração da gravidade é g.
luz monocromática para um valor λ2, obtém-se o gráfico apresentado
na figura 2. E alterando-se apenas o valor da largura da fenda para um Dados:
valor d2, obtém-se o gráfico da figura 3. - aceleração da gravidade: g = 9,8 m/s²; e
- velocidade inicial da fonte sonora: v0 = 98 m/s.
Nota: despreze a resistência do ar e a variação da aceleração da
gravidade com a altitude.
A frequência f percebida 10 segundos mais tarde por um observador
estático situado no local do arremesso é tal que
a) 0 < f < f0 d) f = 2f0
b) f = f0 e) f > 2f0
c) f0 < f < 2f0

28. Um indivíduo instalou uma fonte de luz monocromática


linearmente polarizada na roda do seu carro, irradiando em direção
ortogonal à roda e paralela ao solo. O veículo está em movimento
retilíneo em velocidade constante. Um detector linearmente polarizado
desloca-se, acompanhando o eixo da roda, na mesma velocidade e
Nessas condições, é correto afirmar que sentido do carro. O gráfico da intensidade luminosa (IL) captada pelo
a) λ2 > λ1 e d2 > d1 c) λ2 < λ1 e d2 > d1 detector, em função do ângulo (θ), em graus, entre os planos de
b) λ2 > λ1 e d2 < d1 d) λ2 < λ1 e d2 < d1 polarização da luz e do detector, é:

25. Um caminhão de 20 m de comprimento se movimenta ao longo


de uma estrada retilínea e o registro de sua posição x, em quilômetros,
em função do tempo t, em segundos, é apresentado no gráfico abaixo.

a)

Do instante inicial do movimento, t = 0, até o tempo t1, o


caminhão, partindo do repouso, desloca-se em movimento retilíneo
uniformemente variado. A partir desse tempo t1, no entanto, o
caminhão inicia a travessia de uma ponte retilínea de 380 metros b)
de extensão mantendo velocidade constante até que a atravesse
completamente no tempo t2 = 120 s. Considere que, durante a
travessia, o caminhão emita um sinal sonoro de frequência constante
igual a 160 Hz e que esse sinal se propague com velocidade de
340 m/s pelo ar, o qual se encontra em repouso em relação à terra.

466 PROMILITARES.COM.BR
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

31.

c)

A figura acima apresenta duas fontes sonoras P e Q que emitem ondas


de mesma frequência. As fontes estão presas às extremidades de uma
haste que gira no plano da figura com velocidade angular constante
em torno do ponto C, equidistante de P e Q. Um observador, situado
no ponto B também no plano da figura, percebe dois tons sonoros
simultâneos distintos devido ao movimento das fontes. Sabendo-se
que, para o observador, o menor intervalo de tempo entre a percepção
de tons com a máxima frequência possível é T e a razão entre a
d) máxima e a mínima frequência de tons é k, determine a distância
entre as fontes.
Dado: velocidade da onda sonora: ν.
Observação: a distância entre B e C é maior que a distância entre P e C.

32. O cérebro humano determina a direção de onde provém um som


por meio da diferença de fase entre as ondas sonoras que chegam ao
ouvido. Um carro que se aproxima de um pedestre a uma velocidade
de 36 km/h faz soar continuamente a buzina, cuja frequência é 1200
Hz. Calcule a diferença de fase, em graus, entre o som que chega ao
ouvido direito e o som que chega ao ouvido esquerdo do pedestre.
Dados:
e) - velocidade do som no local: 340 m/s;
- distância entre os ouvidos do pedestre: 20 cm;
- o pedestre está voltado para o norte;
- o carro se move no sentido leste-oeste diretamente para o local
onde se encontra o pedestre.

33. Uma jovem encontra-se no assento de um carrossel circular que


29. Em férias no litoral, um estudante faz para um colega as seguintes gira a uma velocidade angular constante com período T. Uma sirene
observações: posicionada fora do carrossel emite um som de frequência f0 em
direção ao centro de rotação.
I. A luz solar consiste de uma onda eletromagnética transversal, não
polarizada e policromática. No instante t = 0, a jovem está a menor distância em relação à sirene.
Nesta situação, assinale a melhor representação da frequência f
II. A partir de um certo horário, toda a luz solar que incide sobre o
ouvida pela jovem.
mar sofre reflexão total.
III. A brisa marítima é decorrente da diferença entre o calor específico
da areia e o da água do mar.
A respeito dessas observações, é correto afirmar que
a) d)
a) todas são verdadeiras.
b) apenas I é falsa.
c) apenas II é falsa.
d) apenas III é falsa.
e) há mais de uma observação falsa.
b)
30. Em queixa à polícia, um músico depõe ter sido quase atropelado e)
por um carro, tendo
distinguido o som em Mi da buzina na aproximação do carro e em Ré,
no seu afastamento. Então, com base no fato de ser de 10/9 a relação
das frequências νMi/νRé, a perícia técnica conclui que a velocidade do
carro, em km/h, deve ter sido aproximadamente de
a) 64. d) 102. c)
b) 71. e) 130.
c) 83.

PROMILITARES.COM.BR 467
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

34. Dois vagões estão posicionados sobre um trilho retilíneo, a) 2,9 m.


equidistantes de um ponto de referência sobre o trilho. No primeiro b) 3,0 m.
vagão existe um tubo sonoro aberto onde se forma uma onda
estacionária com 4 nós, cuja distância entre o primeiro e o último c) 3,1 m.
nó é 255 cm, enquanto no segundo vagão existe um observador. d) 3,2 m.
Inicialmente, apenas o vagão do observador se move e com velocidade e) 3,3 m.
constante. Posteriormente, o vagão do tubo sonoro também passa a se
mover com velocidade constante, distinta da velocidade do vagão do 38. Uma gota de cola plástica à base de PVC cai sobre a superfície da
observador. Sabendo que a frequência percebida pelo observador na água parada de um tanque, formando um filme sólido (camada fina)
situação inicial é 210 Hz e na situação posterior é 204 Hz, determine: de espessura  = 4,0 × 10-7 m.
Dado: velocidade do som no ar: vsom = 340 m/s.
Dado: 2 ≈ 1,4.
a) a frequência do som que o tubo emite;
a) Ao passar de um meio de índice de refração n1 para outro meio de
b) a velocidade do vagão do observador, na situação inicial; índice de refração n2, um raio de luz é desviado de tal forma que
c) a velocidade do vagão da fonte, na situação final. n1 senθ1 = n2 senθ2, onde θ1 e θ2 são os ângulos entre o raio em
cada meio e a normal, respectivamente. Um raio luminoso incide
35. Numa planície, um balão meteorológico com um emissor e sobre a superfície superior do filme, formando um ângulo θ1 = 30°
receptor de som é arrastado por um vento forte de 40 m/s contra a com a normal, conforme a figura a seguir. Calcule a distância d
base de uma montanha. A frequência do som emitido pelo balão é que o raio representado na figura percorre no interior do filme. O
de 570 Hz e a velocidade de propagação do som no ar é de 340 m/s. índice de refração do PVC é n2 = 1,5.
Assinale a opção que indica a frequência refletida pela montanha e
registrada no receptor do balão.
a) 450 Hz d) 722 Hz
b) 510 Hz e) 1292 Hz
c) 646 Hz

36. Uma luz não-polarizada de intensidade I0 ao passar por um


primeiro polaroide tem sua intensidade reduzida pela metade, como
mostra a figura. A luz caminha em direção a um segundo polaroide
que tem seu eixo inclinado em um ângulo de 60° em relação ao
primeiro. A intensidade de luz que emerge do segundo polaroide é
b) As diversas cores observadas no filme devem-se ao fenômeno
de interferência. A interferência é construtiva quando a distância
d percorrida pela luz no interior do filme é igual a ( 2k + 1) ( λ ) ,
2n2
onde k é um numero natural (k = 0,1,2,3...). Neste caso, a cor
correspondente ao comprimento de onda ë torna-se visível para
raios incidentes que formam ângulo è1 com a normal. Qual é o
comprimento de onda na faixa visível do espectro eletromagnético
(400 nm - 700 nm) para o qual a interferência é construtiva
quando o ângulo de incidência é θ1 = 30°?

39. Em cada uma das imagens abaixo, um trem de ondas planas


a) I0. c) 0,375 I0. e) 0,125 I0. move-se a partir da esquerda.
b) 0,25 I0. d) 0,5 I0.

37. As figuras a seguir representam uma foto e um esquema em que


F1 e F2 são fontes de frentes de ondas mecânicas planas, coerentes e
em fase, oscilando com a frequência de 4,0 Hz. As ondas produzidas
propagam-se a uma velocidade de 2,0 m/s. Sabe-se que D > 2,8 m e
que P é um ponto vibrante de máxima amplitude.

Os fenômenos ondulatórios apresentados nas figuras 1, 2 e 3 são,


respectivamente,
a) refração – interferência - difração.
b) difração – interferência - refração.
c) interferência - difração -refração.
d) difração - refração - interferência.
e) interferência - refração - difração.

40. A figura mostra dois pulsos ideais,


 x e y, idênticos e de amplitude
a, que se propaga com velocidade v em uma corda, cuja extremidade
P é fixa. No instante em que ocorrer a superposição, o pulso resultante
terá amplitude:
Nessas condições, o menor valor de D deve ser

468 PROMILITARES.COM.BR
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

a)

a) a c) a
2
b) 2a d) zero

41. Considere duas fontes pontuais F1 e F2 produzindo perturbações,


de mesma frequência e amplitude, na superfície de um líquido b)
homogêneo e ideal. A configuração de interferência gerada por essas
fontes é apresentada na figura abaixo.

c)

d)
Sabe-se que a linha de interferência (C) que passa pela metade da
distância de dois metros que separa as duas fontes é uma linha nodal.
O ponto P encontra-se a uma distância d1 da fonte F1 e d2, da fonte F2,
e localiza-se na primeira linha nodal após a linha central.
Considere que a onda estacionária que se forma entre as fontes
possua cinco nós e que dois destes estejam posicionados sobre as
fontes.
Nessas condições, o produto (d1 ⋅ d2) entre as distâncias que separam e)
as fontes do ponto P é
1 5
a) c)
2 4
3 7
b) d) 43. O som produzido pelo alto-falante F (fonte) ilustrado na figura
2 4
tem frequência de 10 kHz e chega a um microfone M através de dois
caminhos diferentes. As ondas sonoras viajam simultaneamente pelo
42. Analise a figura a seguir. tubo esquerdo FXM, de comprimento fixo, e pelo tubo direito FYM,
cujo comprimento pode ser alterado movendo-se a seção deslizante
(tal qual um trombone). As ondas sonoras que viajam pelos dois
caminhos interferem-se em M. Quando a seção deslizante do caminho
FYM é puxada para fora por 0,025 m, a intensidade sonora detectada
pelo microfone passa de um máximo para um mínimo.

Considere duas fontes sonoras puntiformes, F1 e F2, que estão


separadas por uma pequena distância d, conforme mostra a figura
acima. As fontes estão inicialmente em fase e produzem ondas de
comprimento de onda λ. As ondas provenientes das fontes F1 e F2
percorrem, respectivamente, os caminhos L1 e L2 até o ponto afastado
P, onde há superposição das ondas. Sabendo que ∆L = |L1 – L2| é a
diferença de caminho entre as fontes e o ponto P, o gráfico que pode
representar a variação da intensidade da onda resultante das duas Assinale o módulo da velocidade do som no interior do tubo.
fontes, I, em função da diferença de caminho ∆L é a) 5,0 × 10² m/s d) 2,0 × 10³ m/s
b) 2,5 × 10² m/s e) 3,4 × 10² m/s
c) 1,0 × 10³ m/s

PROMILITARES.COM.BR 469
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

44. Uma fonte luminosa A emite uma luz com comprimento de onda 02. (ITA 2014) Em uma experiência de interferência de Young,
λ = 500 nm, no vácuo, na direção de um anteparo localizado em C. uma luz magenta, constituída por uma mistura de luz vermelha
Em frente ao espelho localizado em B, encontra-se a película P1 com (de comprimento de onda de 660 nm) e luz azul (comprimento de
índice de refração n1 = 125 e, em frente ao espelho localizado em D, onda de 440 nm) de mesma intensidade da luz vermelha, incide
encontra-se uma a película P2 com índice de refração n2. perpendicularmente num plano onde atravessa duas fendas paralelas
separadas de 22,0 µm e alcança um anteparo paralelo ao plano, a
5,00 m de distância. Neste, há um semieixo Oy perpendicular à direção
das fendas, cuja origem também está a 5,00 m do ponto médio entre
estas. Obtenha o primeiro valor de y > 0 em que há um máximo de luz
magenta (intensidades máximas de vermelho e azul no mesmo local).
Se necessário, utilize tanθ ≅ senθ, para θ << 1rad.

03. (ITA 2016) Um dado instrumento, emitindo um único som de


frequência f0 é solto no instante t = 0 de uma altura h em relação ao
chão onde você, imóvel, mede a frequência f que a cada instante
1
chega aos seus ouvidos. O gráfico resultante de × t mostra uma
f
reta de coeficiente angular -3,00×10-5. Desprezando a resistência do
ar, determine o valor da frequência f0:

04. (ENEM 2015) Certos tipos de superfícies na natureza podem


refletir luz de forma a gerar um efeito de arco-íris. Essa característica
Observações:
é conhecida como iridescência e ocorre por causa do fenômeno da
- os espelhos equidistam do centro do anteparo C; interferência de película fina. A figura ilustra o esquema de uma fina
- após ser emitido do ponto A, o feixe de luz reflete em direção a B camada iridescente de óleo sobre uma poça d’água. Parte do feixe de
e refrata em direção a D; luz branca incidente (1) reflete na interface ar/óleo e sofre inversão
- após refletir em B, o feixe refrata diretamente em direção a E; e de fase (2), o que equivale a uma mudança de meio comprimento de
onda. A parte refratada do feixe (3) incide na interface óleo/água e sofre
- após refletir em D, o feixe volta a refletir totalmente em C em reflexão sem inversão de fase (4). O observador indicado enxergará
direção a E. aquela região do filme com coloração equivalente à do comprimento
O menor índice de refração n2 para que ocorra interferência totalmente de onda que sofre interferência completamente construtiva entre os
destrutiva para um observador localizado em E, é raios (2) e (5), mas essa condição só é possível para uma espessura
a) 1,00 c) 1,15 e) 1,25 mínima da película. Considere que o caminho percorrido em (3) e (4)
corresponde ao dobro da espessura E da película de óleo.
b) 1,05 d) 1,20

EXERCÍCIOS DE

COMBATE
01. (EPCAR/AFA 2012) Uma fonte de luz monocromática ilumina um
obstáculo, contendo duas fendas separadas por uma distância d, e
produz em um anteparo distante D das fendas, tal que D  d, uma
configuração de interferência com franjas claras e escuras igualmente
espaçadas, como mostra a figura abaixo.
Expressa em termos do comprimento de onda (λ), a espessura mínima
é igual a:
λ 3λ e) 2λ.
a) . c) .
4 4
λ
b) . d) λ.
2
Considere que a distância entre os centros geométricos de uma franja
clara e da franja escura, adjacente a ela, seja x. Nessas condições, são 05. (ENEM 2017) O trombone de Quincke é um dispositivo
feitas as seguintes afirmativas. experimental utilizado para demonstrar o fenômeno da interferência
I. O comprimento de onda da luz monocromática que ilumina o de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras de determinada
2xd frequência na entrada do dispositivo. Essas ondas se dividem pelos
obstáculo é obtido como .
D dois caminhos (ADC e AEC) e se encontram no ponto C, a saída do
II. A distância entre o máximo central e o segundo máximo dispositivo, onde se posiciona um detector. O trajeto ADC pode ser
secundário é 3x. aumentado pelo deslocamento dessa parte do dispositivo. Com o
III. A diferença de caminhos percorridos pela luz que atravessa as trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso na saída.
fendas do anteparo e chegam no primeiro mínimo de intensidade Entretanto, aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até que
xd ele fique como mostrado na figura, a intensidade do som na saída fica
é dado por . praticamente nula. Desta forma, conhecida a velocidade do som no
2D
É (são) correta(s) apenas: interior do tubo (320 m/s), é possível determinar o valor da frequência
a) I. b) II e III. c) II. d) I e III. do som produzido pela fonte.

470 PROMILITARES.COM.BR
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

08. (IME 2013)

Uma onda plana de frequência f propaga-se com velocidade v


horizontalmente para a direita. Um observador em A desloca-se com
velocidade constante u (u < v) no sentido indicado na figura acima.
Sabendo que α é o ângulo entre a direção de propagação da onda e
de deslocamento do observador, a frequência medida por ele é:
 u f
 
a) 1 v cos   f d)
u
1 cos   
v
 u  
b) 1 v cos   f cos   
O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte sonora é: e) f
u
f 1
a) 3.200. c) 800. e) 400. v
c)
u
b) 1.600. d) 640. 1 cos   
v
06. (EN 2013) Uma fonte sonora, emitindo um ruído de frequência f
= 450 Hz, move-se em um círculo de raio igual a 50,0 cm com uma 09. (EPCAR/AFA 2017) Duas fontes sonoras 1 e 2 de massas
velocidade angular de 20,0 rad/s. Considere o módulo da velocidade desprezíveis, que emitem sons, respectivamente, de frequências f1 =
do som igual a 340 m/s em relação ao ar parado. A razão entre a 570 Hz e f2 = 390 Hz são colocadas em um sistema, em repouso,
menor e a maior frequência (fmenor/fmenor) percebida por um ouvinte constituído por dois blocos, A e B unidos por um fio ideal e inextensível,
posicionado a uma grande distância e, em repouso, em relação ao de tal forma que uma mola ideal se encontra comprimida entre eles,
centro do círculo, é: como mostra a figura abaixo.
a) 33/35. c) 1. e) 15/11.
b) 35/33. d) 9/7.

07. (ITA 2017)

A fonte sonora 1 está acoplada ao bloco A de massa 2 m e a fonte


sonora 2 ao bloco B, de massa m.
Um observador O, estacionário em relação ao solo, dispara um
mecanismo que rompe o fio. Os blocos passam, então, a se mover,
separados da mola, com velocidades constantes em relação ao solo,
sendo que a velocidade do bloco B é de 80 m/s.
Considere que não existam forças dissipativas, que a velocidade do
A figura mostra dois anteparos opacos à radiação, sendo um com som no local é constante e igual a 340 m/s, que o ar se encontra em
fenda de tamanho variável d, com centro na posição x = 0 e o repouso em relação ao solo.
outro com dois fotodetectores de intensidade da radiação, tal que Nessas condições, a razão entre as frequências sonoras percebidas pelo
F1 se situa em x = 0 e F2 em x = L > 4d. No sistema incide radiação observador, devido ao movimento das fontes 2 e 1 respectivamente, é:
eletromagnética de comprimento de onda λ constante. Num primeiro a) 1.
experimento, a relação entre d e λ é tal que d >> λ, e são feitas as
b) 2.
seguintes afirmativas:
c) 3.
I. Só F1 detecta radiação.
d) 4.
II. F1 e F2 detectam radiação.
III. F1 não detecta e F2 detecta radiação.
10. (EN 2016) O motorista de um carro entra numa estrada reta,
Num segundo experimento, d é reduzido até a ordem do comprimento no sentido norte-sul, a 100 km/h e dá um toque na buzina de seu
de λ e, neste caso, são feitas estas afirmativas: carro que emite som isotropicamente na frequência de 1200 Hz. Um
segundo após, ele percebe um eco numa frequência de 840 Hz. Sendo
IV. F2 detecta radiação de menor intensidade que a detectada em F1.
assim, o motorista NÃO pode incluir como hipótese válida, que há
V. Só F1 detecta radiação. algum obstáculo:
VI. Só F2 detecta radiação. a) em movimento à frente.
Assinale as afirmativas possíveis para a detecção da radiação em b) que ficou para trás.
ambos os experimentos. c) parado à frente.
a) I, II e IV. c) II, IV e V. e) I, IV e VI. d) com velocidade menor que a dele.
b) I, IV e V. d) III, V e VI. e) com velocidade maior que a dele.

PROMILITARES.COM.BR 471
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

do laboratório, no dia em que o aparelho de ar condicionado


foi desligado, que são compatíveis com essa observação.

DESAFIO PRO Dados:


- comprimento de onda do laser: λ = 532 nm;
- comprimento de cada barra a 24,0º C: L = 50 cm;

1  (IME 2020)
- coeficiente de dilatação linear de cada barra: α = 10-7 ºC-1.

3  (ITA 2020) Frentes de ondas planas de luz, de comprimento


de onda λ, incidem num conjunto de três fendas, com a
do centro situando-se a uma distância d das demais, conforme
ilustra a figura.

Um recipiente de vidro contendo gás tem uma lente convergente


e uma fonte sonora presas a um suporte (A) que desliza no
trilho (B) a velocidade constante. Um feixe laser (C), que ilumina
o objeto (D), forma imagens reais nítidas por duas vezes em (E),
separadas por uma diferença de tempo ∆t, sendo que, entre a A uma distância D  d, um anteparo registra o padrão de
formação dessas duas imagens, chegam n bips (pulsos sonoros interferência gerado pela difração da onda devido às fendas.
de mesma duração) no detector (F) e n - 1 bips são emitidos pela Calcule:
fonte sonora. Considerando que o comprimento do recipiente
é L e a distância focal da lente é f, determine a velocidade do c) A razão entre a intensidade da franja clara central e a das
som no gás. franjas claras vizinhas.
d) Os ângulos θn para os quais ocorrem franjas escuras.

2  (IME 2020)

4  (IME 2018) Como mostra a figura, uma fonte sonora com


uma frequência de 400 Hz é liberada em velocidade inicial
nula, escorrega com atrito desprezível em um plano inclinado
e passa a se mover em uma superfície horizontal, também com
atrito desprezível.

A figura mostra um sistema usado em um laboratório de física


para demonstrar a difração de luz por uma fenda. A luz de
um laser de comprimento de onda λ passa por uma fenda de
largura d, formada pelo espaço entre as extremidades de duas
barras de comprimento L. A outra extremidade de cada barra Dados:
é mantida fixa. Depois de passar pela fenda, a luz incide em
- frequência ouvida pelo observador quando a fonte sonora
uma tela distante, na qual é observado um padrão de difração
passa por ele: 420 Hz;
formado por regiões claras e escuras.
- ângulo entre o plano inclinado e a superfície horizontal: θ
a) Dado que na tela são observados exatamente 3 mínimos de
= 30º;
intensidade luminosa em cada lado do máximo central de
intensidade, determine o intervalo de valores da largura d - distância entre o observador e a base do plano inclinado: d
da fenda que são compatíveis com essa observação. = 4 m;
b) A temperatura do laboratório normalmente é mantida em - velocidade do som: 340 m/s;
24,0º C por um aparelho de ar condicionado. Em um dia m
no qual o experimento foi realizado com o aparelho de g = 10 ;
- aceleração da gravidade: s2
ar condicionado desligado, observou-se na tela apenas 1
mínimo de intensidade luminosa em cada lado do máximo 13 ≅ 3,6;
-
central de intensidade, o que foi atribuído à dilatação
térmica das barras. Sabendo que o coeficiente de dilatação 5 ≅ 2,2.
-
linear das barras é , determine o intervalo de temperaturas

472 PROMILITARES.COM.BR
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

Diante do exposto, determine: Uma fenda é iluminada com luz monocromática cujo
a) a altura inicial h da fonte em relação à superfície horizontal, comprimento de onda é igual a 510 nm. Em um grande
em função dos demais parâmetros; anteparo, capaz de refletir toda a luz que atravessa a fenda, são
observados apenas cinco mínimos de intensidade de cada lado
b) o tempo decorrido, em segundos, entre o instante em que do máximo central. Sabendo que um dos mínimos encontra-se
a fonte é liberada e o instante em que a fonte passa pelo
3 7
observador. em θ, tal que sen (θ) = e cos (θ) = , determine a largura
4 4
da fenda.

5  (ITA 2018) Com um certo material, cujas camadas atômicas


interdistam de uma distância d, interage um feixe de
radiação que é detectado em um ângulo θ conforme a figura. Tal
experimento é realizado em duas situações: (I) o feixe é de raios
X monocromáticos, com sua intensidade de radiação medida
7  (IME 2016) Uma corda mista sobre o eixo horizontal tem
uma densidade linear para a coordenada x < 0 e outra para
x ≥ 0. Uma onda harmônica, dada por Asen(ωt - k1x), onde t
por um detector, resultando numa distribuição de intensidade é o instante de tempo, propaga-se na região onde x < 0 e é
em função de θ, com valor máximo para θ = α, e (II) o feixe é parcialmente refletida e parcialmente transmitida em x = 0. Se
composto por elétrons monoenergéticos, com a contagem do a onda refletida e a transmitida são dadas por Bsen(ωt + k1x) e
número de elétrons por segundo para cada ângulo medido, Csen(ωt-k2x), respectivamente, onde ω, k1 e k2 são constantes,
resultando no seu valor máximo para θ = β. Assinale a opção então a razão entre as amplitudes da onda refletida e da
com possíveis mudanças que implicam a alteração simultânea incidente, dada por |B/A|, é igual a:
dos ângulos α e β medidos. Observação:
sen (ax)
- considere = a, para |x| próximo a zero.
x
k1 − k2
a)
k1 + 2k2

k1 − k2
b)
2k1 + k2

k1 − k2
c)
k1

a) Aumenta-se a intensidade do feixe de raio X e diminui-se a k1 − k2


velocidade dos elétrons. d)
k2
b) Aumenta-se a frequência dos raios X e triplica-se o número
de elétrons no feixe. k1 − k2
e)
c) Aumentam-se o comprimento de onda dos raios X e a k1 + k2
energia cinética dos elétrons.
d) Dobram-se a distância entre camadas d (pela escolha de
outro material) e o comprimento de onda dos raios X. Além
disso, diminui-se a velocidade dos elétrons pela metade. 8  (ITA 2013) Num experimento clássico de Young, d representa
a distância entre as fendas e D a distância entre o plano
destas fendas e a tela de projeção das franjas de interferência,
e) Diminui-se a intensidade dos raios X e aumenta-se a energia como ilustrado na figura. Num primeiro experimento, no ar,
dos elétrons. utiliza-se luz de comprimento de onda λ1 e, num segundo
experimento, na água, utiliza-se luz cujo comprimento de onda

6  (IME 2016) no ar é λ2. As franjas de interferência dos experimentos são


registradas numa mesma tela. Sendo o índice de refração da
água igual a n, assinale a expressão para a distância entre as
franjas de interferência construtiva de ordem m para o primeiro
experimento e as de ordem M para o segundo experimento.

a) D (Mλ 2 − mnλ1 ) (nd)

b) D (Mλ 2 − mλ1 ) (nd)

c) D (Mλ 2 − mnλ1 ) d

d) Dn (Mλ 2 − mλ1 ) d

e) D (Mnλ 2 − mλ1 ) d

PROMILITARES.COM.BR 473
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

GABARITO
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
01. B 04. D 07. C 10. D
02. B 05. E 08. SOMA = 28
03. B 06. C 09. E
EXERCÍCIOS DE TREINAMENTO
01. B 14. 27. A
02. 16 15. 28. B
03. B 16. 29. C
04. A 17. 30. A
05. C 18. 2νT(k − 1)
31. DPQ =
06. B 19. π(k + 1)
07. A 20. 32. ∆ϕ ≅ 262º
08. C 21. 33. A
09. 22. C 34. a) f = 200 Hz
10. 23. C b) VO = 17 m/s
11. C 24. D c) VF = 10 m/s
12. C 25. A 35. D
13. 26. C 36. E
37. E
38. a) d = 860 nm
2580
b) k = 2 → λ = ≅ 516 nm (visível)
5
39. B 41. B 43. C
40. D 42. C 44. B
EXERCÍCIOS DE COMBATE
01. A 05. C 09. C
02. y = 0,3 m 06. A 10. C
03. f0 = 1000 Hz 07. B
04. D 08. B
DESAFIO PRO
n L² − 4fL
01. v som =
∆t
02. a) 1596 nm ≤ d ≤ 2128
b) 29,32º C ≤ θ < 39,96º C
Ic
03. a) =9
Iv
 2λ 
=b) θ arcsen   + 2πm, m ∈ 
 3d 
04. a) h ≅ 13,1 m
b) ttotal ≅ 3,52 s
05. C
06. a = 2720 nm
07. E
08. A

ANOTAÇÕES

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