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Prof.

: Roberto Bahiense
DEFINIÇÃO:
Propagação de energia sem
transporte de matéria.
CLASSIFICAÇÃO DAS
ONDAS
1. Quanto à natureza:
MECÂNICAS: Originadas pela deformação
de um meio elástico. Necessitam de
um meio material para se propagarem.
Portanto, não se propagam no vácuo.

Ondas na superfície
Onda numa corda.
da água.
ELETROMAGNÉTICAS: Propagam-se no
vácuo e em alguns meios materiais.

Campo
elétrico

Campo
magnético

Propagação

Ex.: Luz, raios X, microonda, etc.


2. Quanto à direção de vibração em
relação à direção de propagação:
a) Transversais
A direção de propagação é perpendicular à
direção de vibração.

Propagação

Vibração

Ex: Ondas em uma corda e ondas eletromagnéticas.


b) Longitudinais
A direção de propagação é coincidente
com a direção de vibração.

Vibração Propagação

Ex.: Ondas sonoras.


3. Quanto à direção de propagação:
UNIDIMENSIONAIS: Propagam-se em uma
única direção, como numa corda.
BIDIMENSIONAIS: Propagam-se ao longo de um
plano, como na superfície da água.

x
TRIDIMENSIONAIS: Propagam-se em todas as
direções, como as ondas sonoras.
VELOCIDADE E COMPRIMENTO DE ONDA

crista λ

A
vale λ

A: amplitude
λ: comprimento de onda
Equação fundamental da onda

ΔS 
v v
Δt T

v  .f Frequência da onda.


É a mesma da fonte.

Velocidade de Comprimento da
propagação da onda. onda.
Pontos em concordância de fase:
n=3 3.l
n=2 2.l
n=1 1.l

Conclusão: d = n.l
Pontos em oposição de fase:
 
 2.   5.
2 2
n=3
 
   3.
2 2
n=2

1.
2
n=1

λ
Conclusão: d (2n  1)
2
Testes de sala
1. Um pescador, observando o mar de um
barco ancorado, avaliou a distância entre
as cristas das ondas que se sucediam,
como sendo de 15,0m, e verificou que,
durante 50,0s, passaram por ele 19 cristas.
Nessas condições, a velocidade de
propagação das ondas, em m/s, era,
aproximadamente, de:
1) 3,0.
2) 4,0.
3) 5,0.
4) 6,0.
5) 7,0.
Função Harmônica da onda
y

P (x,y)

  t x 
y  a.cos 2π       o 
 T λ 
Testes de sala
1. Uma onda se propaga em um meio de acordo
 4  
com a função y  0,4cos t  x  no SI. Calcule:
 5 2 
a) a frequência da onda;
b) o comprimento de onda;
c) a velocidade de propagação da onda.
VELOCIDADE DE UM PULSO NUMA CORDA

V
F
Fórmula de Taylor

m
F onde :  
v L

Densidade linear
da corda.
(Kg/m)
Testes de sala
1. Uma corda, com 2m de comprimento e
400g de massa é esticada com uma força
de tração de 20N. Com base nessa
informação, pode-se afirmar que a
velocidade de propagação de um pulso
transversal nessa corda é igual, em m/s, a:
1) 4.
2) 6.
3) 8.
4) 10.
5) 12.
PRINCIPAIS FENÔMENOS ONDULATÓRIOS

1. REFLEXÃO
I. ONDA UNIDIMENSIONAL – PULSO NUMA CORDA

Extremidade fixa Extremidade livre

Ocorre inversão de fase. Sem inversão de fase.


II. ONDAS BIDIMENSIONAL E TRIDIMENSIONAL
Ocorre obedecendo à Lei da Reflexão, onde o
ângulo de incidência é igual ao ângulo de
reflexão. Considerando para isso, o raio de onda.

i=r

r Observe que ao refletir, a


N
i onda mantém a mesma
frequência, velocidade e
O b s tác ulo

comprimento de onda.


2. REFRAÇÃO
I. ONDA UNIDIMENSIONAL – PULSO NUMA CORDA

Menos densa para Mais densa para


a mais densa a menos densa
II. ONDAS BIDIMENSIONAL E TRIDIMENSIONAL
v2
v1
λ2
λ1

Fundo Raso
Raio de ond a 1
in cidente

v1
i
i
seni V1
r

r
v2
senr V2
2

Raio de onda
refratado

1 > 2  V 1 > V 2 Fundo  Maior Velocidade


Raso  Menor Velocidade
Obs.: Na reflexão da luz, há inversão de fase quando
ela encontra uma superfície de separação com outro
meio mais refringente. Assim, a refração e a reflexão
total ocorrem sem inversão de fase.
3. INTERFERÊNCIA
I. ONDA UNIDIMENSIONAL
Construtiva Destrutiva
II. ONDA BIDIMENSIONAL
λ
d1  d 2  n 
2
P Para duas fontes em
concordância de fase:
d1 d2
Se n for par:
interferência construtiva.
Se n for ímpar:
interferência destrutiva.

Se as fontes originarem
ondas em oposição de fase,
invertemos a regra.
Testes de sala
1. Uma onda transversal propaga-se com
velocidade de 50,0 m/s em uma corda 1,
que se encontra ligada à corda 2,
conforme a figura.
Sabendo-se que a velocidade de
propagação da onda na corda 2 é igual a
80,0 m/s, o comprimento de onda, nessa
corda, será igual, em metros, a:
1) 1,5.
2) 5,0.
3) 6,0.
4) 8,0.
5) 12,0.
2. Um observador, situado no ponto O, recebe, ondas sonoras
emitidas por duas fontes situadas nos pontos A e B, idênticas,
que emitem em oposição de fase. A velocidade de propagação do
som emitido pelas fontes é de 340 m/s e a frequência é de 170 Hz.
No ponto O, ocorre interferência:
A) Destrutiva e não se ouve o som emitido pelas fontes.
B) Construtiva e a frequência da onda sonora resultante será de 170 Hz.
C) Construtiva e a frequência da onda sonora resultante será de 340 Hz.
D) Construtiva e a frequência da onda sonora resultante será de 510 Hz.
E) Destrutiva e a frequência da onda sonora resultante será de 340 Hz.

20 m
A O

25 m

B
Relaxando....
FENÔMENOS DERIVADOS DA INTERFERÊNCIA
A. BATIMENTO
Ocorre quando duas ondas periódicas de frequências levemente diferentes e
mesma amplitude são sobrepostas, resultando em uma onda com variadas
amplitudes dependentes do soma de amplitudes em cada crista resultante.

A freqüência do batimento: fbatimento=fmaior – fmenor.


O fenômeno do batimento é muitas vezes utilizado na afinação de
instrumentos musicais. Se as frequências da fonte afiadora e do
instrumento forem diferentes, ouve-se o batimento. A frequência do
batimento vai diminuindo à medida que o instrumento vai sendo
afinado e, quando desaparecer, o instrumento estará afinado.
B. ONDAS ESTACIONÁRIAS
 /2  /2

+2a

Combinação de
N N N
reflexão e N

interferência.
-2a
V V V V

  /4  /4

Os pontos de amplitude máxima são chamados


de Ventres (V) e os de amplitude nula Nós (N).
• Distância entre dois ventres ou dois nós consecutivos vale /2
• Distância entre um ventre e um nó consecutivo vale /4
Testes de sala
1. Uma corda, de massa m = 240 g e de
comprimento L = 1,2 m, vibra com
frequência de 150 Hz, no estado
estacionário esquematizado. Determine a
velocidade de propagação da onda na
corda e a força tensora na mesma.

L = 1,2 m
MODOS DE VIBRAÇÃO DE UMA CORDA

Uma corda, vibrando estacionariamente,


transfere energia ao ar em sua volta, dando
origem às ondas sonoras que se propagam. A
frequência dessa onda é igual à frequência de
vibração da corda. Assim, uma corda vibrante
(ou corda sonora) é uma fonte sonora.
L

n=1

1
2

n=2

2 2
2 2

n=3

3 3 3
2 2 2

n=4
4 4 4 4
2 2 2 2
L 1° harmônico (fundamental)
 2L
n=1
n=1 1 1
 L
1
2 1
1
2
2° harmônico
 2L
n=2 n=2 2
 2
L
 
2
2 2
2 2
2 2
3° harmônico
 2L
n=3 n=3 3 3
  L  3 
3 3 3
2 3
2 2 2
4° harmônico
 2L
n=4 n=4 4 4
 L
 
4
4 4 4 4 2 4
2 2 2 2
2L
n 
n
v
Como f  , a frequência do enésimo harmônico será:

2L v v v v
n  f   n f n
n n  2L 2L n 2L
n
n

f nf
n 1

A frequência de qualquer harmônico é sempre um múltiplo


inteiro do harmônico fundamental (1° harmônico).
Testes de sala
1. O comprimento das cordas de um violão
(entre suas extremidades fixas) é de 60 cm.
Ao ser dedilhada, a segunda corda (lá) emite
um som de frequência fundamental igual a
220 Hz. Qual será a frequência do novo som
fundamental emitido, quando o violinista, ao
dedilhar esta mesma corda, fixar o dedo no
traste a 12,0 cm de sua extremidade (figura)?
4. RESSONÂNCIA
Um sistema físico entra em ressonância com um
agente excitador quando recebe excitações
periódicas numa frequência igual a uma de suas
frequências naturais de vibração.
5. DIFRAÇÃO
Se uma onda atinge um obstáculo (ou abertura) que
tenha a mesma ordem de grandeza do seu
comprimento (), ocorrerá, então, a difração, ou seja,
a onda contornará o obstáculo.
Obstáculo Ab ertura

  


d d

O nda incidente
Onda incidente

Para que a difração seja acentuada d  .


Obs.: A difração é explicada pelo Princípio de
Huygens: Cada ponto de uma frente de onda é,
potencialmente, uma nova fonte de onda com as
mesmas características da onda original.
EXPERIÊNCIA DE YOUNG
O inglês Thomas Young (1773-1829), realizou o experimento que comprovou o
comportamento ondulatório da luz, utilizando um dispositivo semelhante ao da
figura abaixo:

O2 P T

F1 y
q
q O
d A

F2 B
D
D

d y 
  n
D 2

Se n for par: Se n for ímpar:


interferência construtiva. interferência destrutiva.
Ponto Valor de 
O zero

P1 1
2

P2 
2
2


P3 3
2
estes de sala
1.(Ufop-MG) A figura mostra o esquema da montagem com a
qual Thomas Young obteve um padrão de interferência com
a luz.

A fonte de luz é monocromática, a separação entre as fendas F1  e  F2  é  d


= 0,10 mm e as franjas de interferência são observadas em um anteparo
situado a uma distância L = 50 cm das fendas. A separação entre duas
franjas claras consecutivas é x = 2 mm Dado: c = 3.108 m/s
a) Calcule o comprimento de onda da luz monocromática utilizada na
experiência.
b) Determine a frequência dessa luz monocromática.
c) Descreva o comportamento das franjas, quando o tamanho das
fendas F1 e F2 varia, isto é, aumenta ou diminui.
6. POLARIZAÇÃO
A polarização é
exclusiva das ondas
transversais, não
ocorrendo esse
fenômeno com as
ondas longitudinais.
CÚSTICA – ESTUDO DO SOM
• O som é uma onda mecânica, tridimensional e cuja frente de onda é
uma superfície esférica.
• Quanto mais denso o meio, maior será a velocidade do som.

CARACTERÍSTICAS DO SOM
1. ALTURA: nos permite diferenciar som agudo (alta
frequência) de som grave (baixa frequência).
O ser humano consegue ouvir sons com frequências entre 20 Hz e
20.000 Hz.
INFRASSOM – abaixo de 20 Hz.
ULTRASSOM – acima de 20.000 Hz.
2. TIMBRE: nos permite diferenciar sons de mesma
frequência provenientes de diferentes instrumentos
musicais.

3. INTENSIDADE (Intensidade física): Definida pela razão


entre a Potência da fonte e a área da frente da onda.

Pot
I No S.I.: W/m²
A
Para as ondas sonoras: Frente 2

Frente 1
I1
d2
I2
Pot
I
d1

2
4d
F
A sonoridade ou intensidade auditiva é a qualidade do som
que permite ao ouvinte distinguir um som fraco (pequena
intensidade) de um som forte (grande intensidade).

“A magnitude de sensação auditiva é proporcional ao


logaritmo do agente excitador” - Lei de Weber.

I
N  10.log
I0

Em que:
N – Sonoridade do som considerado (intensidade auditiva).
I – Intensidade física do som considerado.
I0 – Intensidade física do som de referência (10-12 W/m²).

O nível de intensidade é expresso em Decibel (dB).


estes de sala
1. Num show de rock, uma pessoa a 40 metros de
uma caixa acústica ouve sons de nível sonoro
120 dB. Admitindo que a fonte é puntiforme e
isotrópica, qual é a potência por ela emitida? Ao
nível sonoro de zero decibel corresponde a
intensidade física I0 = 1,0.10-12 W/m²(adote  = 3).
4. REFLEXÃO SONORA

t1

t2

Sendo REFORÇO.
t  t 2  t1  0
Sendo REVERBERAÇÃO.
t  t 2  t1  0,1s
Sendo
t  t 2  t1  0,1s ECO.
UBOS SONOROS
TUBO ABERTO
Harmônico ou frequência fundamental
Para n = 1: 1 2.L
L  1. 1 
2 1
L

Harmônico
Para n = 2: 2 2.L
L  2. 2 
2 2
L

Harmônico
Para n = 3: 3 2.L
L  3. 3 
2 3
L
eneralizando:
2.L 2.L 2.L 2.L
1  2  3  n 
1 2 3 n

V  .f V
Sabemos que: f

Para um harmônico n qualquer: f  V fn 
V
fn  n.
V
n
n 2.L 2.L
n
V V
Lembre que, para o 1° harmônico: f1  1.  f1 
2.L 2.L

Concluímos que: fn  n.f1 A frequência de qualquer harmônico é


sempre um múltiplo inteiro do harmônico
fundamental (1° harmônico).
TUBO FECHADO
Harmônico ou frequência fundamental
Para n = 1: 1 4.L
L  1. 1 
4 1
L

Harmônico

Para n = 3: 3 4.L
L  3. 3 
4 3
L

Harmônico
Para n = 5: 3 4.L
L  5. 5 
4 5
L
eneralizando:
4.L 4.L 4.L 4.L
1  3  5  n 
1 3 5 n

V  .f V
Sabemos que: f

Para um harmônico n qualquer: f  V fn 
V
fn  n.
V
n
n 4.L 4.L
n
V V
Lembre que, para o 1° harmônico: f1  1.  f1 
4.L 4.L

Concluímos que: fn  n.f1 A frequência de qualquer harmônico é


sempre um múltiplo inteiro ÍMPAR do
harmônico fundamental (1° harmônico).
estes de sala
1.(FEI-SP) A figura representa uma onda estacionária
que se forma em um tubo sonoro fechado. A
velocidade do som no ar é 340 m/s. Calcule a
frequência do som emitido pelo tubo.
2.Um tubo aberto de 50 cm de comprimento entra
em ressonância com um som cuja frequência é de
1.360 Hz. A velocidade do som no ar é 340 m/s.
Calcule a que harmônico corresponde o som
emitido.
FEITO DOPPLER
É a alteração da frequência sonora percebida por um observador em
virtude do movimento relativo de aproximação ou afastamento entre
a fonte e o mesmo.

Para O1, a frequência aparente é maior que a real (f’ >


f) e, para O2, a frequência aparente é menor que a
real (f’ < f).
Orientando do observador para a fonte, como sendo o sentido
positivo, podemos aplicar a expressão:

 V  Vo 
f   f   
 V  VF 
Onde:
f´ é a frequência aparente percebida pelo observador.
f é a frequência real da fonte.
V é a velocidade do som.
VO é a velocidade do observador.
VF é a velocidade da fonte.
Observação:
As ondas luminosas também podem sofrer o efeito Doppler. Entretanto,
como a velocidade da luz é muito elevada, ele só é perceptível se a fonte
extremamente veloz. É o caso de estrelas ou galáxias que se afastam da
Terra. Azul

Vermelho
estes de sala
1. Um observador desloca-se entre duas fontes
sonoras estacionárias que emitem sons de mesma
frequência. A velocidade do som no ar é 340 m/s.
Determine a velocidade do observador para que
ele tenha a sensação de que o intervalo dos sons
recebidos é 9:8.

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