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Perfilagem Acústica
• A propagação de uma
onda acústica através
de um corpo poroso
(rocha), varia em
função:
– do tipo do material sólido
(litologia ou matriz);
– da separação entre seus
componentes sólidos
(porosidade), e
– do tipo do fluido entre os
componentes sólidos
(saturações).
• Ondas Longitudinais (compressionais), também
chamadas de ondas primarias (P), são aquelas onde o
movimento da partícula esta na direção de propagação
da onda 1/ 2
( K 4 / 3)G
VP
Constantes elásticas:
K = módulo de volume;
G = módulo de cisalhamento;
ρ = densidade do material.
Propagação das ondas acústicas num poço
cheio de fluido
• As expressões a seguir foram derivadas assumindo um meio
infinito, isotrópico, homogêneo e elástico.
1/ 2
( K 4 / 3)G VS (G )1 / 2
VP
4
)G
2
vS Gd / b
d 2 d
b ( / K f ) [(1 ) / K ma ] (K d / K ma ) 3
• As letras ‘b’, ‘ma’, ‘f’, e ‘d’ estão referidos aos seguintes termos:
volume, matriz, fluido e rocha seca.
Ondas Elásticas de Reflexão e Refração
• As ondas acústicas sofrem
interferência na forma de
reflexão e refração
2570
Ondas Elásticas de Reflexão e Refração
• Para o caso especial no qual o ângulo α2 seja 90°, como
se apresenta na figura, o ângulo αc é chamado ângulo
critico de refração.
• A onda refratada não penetra o segundo meio mas viaja
na interface na velocidade V2, e é chamada de onda
cônica ‘head wave’
• Neste tipo de onda a energia se propaga no meio
superior e se desloca na interface.
Ondas Elásticas de Reflexão e Refração
• Uma onda compressional viajando no meio 1
a uma velocidade Vp1 vai gerar uma onda vP1
sin( PC )
cônica compressional no meio 2 se o ângulo vP 2
de incidência é critico.
vP1
• Uma onda compressional no meio 1 vai sin( SC )
gerar uma onda cônica cisalhante se o o vS 2
angulo de incidência é critico
Problema: Tomando como base o problema anterior, onde uma onda
compressional está viajando em um fluido a 1830 m/s e encontra uma
superfície sólida. Calcular os ângulos de incidência que resultariam em
uma onda cônica compressional e uma onda cônica cisalhante. A
velocidade nos sólidos das ondas compressional e da onda cisalhante
são 4570 e 2750 m/s, respectivamente.
V p1 1830
sen( pC ) 0,4 pC 23,6
Vp2 4570
V p1 1830
sen ( SC ) 0,668 SC 41,9
VS 2 2740
As ondas que são refratadas num ângulo critico e que
viajam através da interface são chamadas de ondas
cônicas. Este fenômeno permite a detecção no receptor
acústico centralizado no poço, da energia propagada na
formação.
Propagação das ondas acústicas num poço
cheio de fluido
• A complexidade do
comportamento das ondas
acústicas dentro do poço é
devido à geometria do poço,
meio poroso e natureza do fluido
Antigamente este perfil era utilizado apenas como uma ferramenta auxiliar
da Sísmica. Posteriormente Wyllie (1949), demonstrou que esse perfil pode
ser usado para a determinação da porosidade intergranular dos
reservatórios com bastante sucesso.
Assim, num arenito que contenha somente água, o som viajará pela matriz
veloz (arenito = 55,5 s/pé) e pela água de forma lenta.
87.18 55.6
2 23.7%
189 55.6 (s > real porque tf > tw)
Cometemos assim um erro (consciente) de 18% entre as porosidades
sônicas calculadas por desconhecermos a Sw real da rocha.
c.tsh tlog t ma 1
Bcp s
100 t f t ma Bcp
Determinar se a rocha
é compactada -> Δtsh
Como Δtsh = 110 μseg/ft a rocha é não compactada, e precisa correção.
A apresentação normal do
Perfil Sônico é feita na
segunda e terceiras faixas,
geralmente na escala de 140 -
40 s/pé.
MEDIÇÃO
A menor diferença de tempo de trânsito de uma onda sonora, saída de um
transmissor, entre dois receptores localizados a uma distância fixa.
Unidade: micro-segundo por pé.
UTILIZAÇÃO
• Cálculo da Porosidade
• Correlação poço a poço
• Auxílio à Perfuração (constantes elásticas, escolha de brocas)
• Determinação da compactação nos folhelhos
• Auxílio à Sísmica (cálculo das velocidades intervalares)
• Avaliação “Quick Look”
APRESENTAÇÃO DO PERFIL SÔNICO
• Segunda e Terceira Faixas: t em escala linear (140 a 40 s/ft)
PROBLEMAS
• Cavernas, desmoronamentos e/ou rugosidade do poço
• Saltos de ciclo
• Hidrocarbonetos
• Argilosidade
• Matriz
• Porosidade Secundária
Ferramenta sônica com vários receptores: STC (slowness
time coherence)
- No processamento de
dados, as formas das
ondas são comparadas
usando janelas de
tempo, as quais são
relacionadas com o
tempo de transito
(slowness) procurando
uma melhor correlação
(coerência).
- Quanto melhor a
correlação, mais alto o
valor da coerência.
- Os valores são
projetados sobre uma
faixa vertical (prof.) ao
longo do eixo horizontal
(slowness).
APLICAÇÕES