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Laboratório de Física B
Eletromagnetismo, Ótica e Física Moderna
I Ótica
1 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1 OBJETIVOS 9
1.2 MATERIAIS UTILIZADOS 9
1.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 9
1.4 ANÁLISE DOS DADOS 10
3 Interferômetro de Michelson . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 15
3.1 Objetivos 15
3.2 Introdução 15
3.3 Procedimento Experimental 17
3.3.1 Alinhamento do interferômetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3.2 Medição comprimento de onda de um laser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
3.3.3 Contagem das franjas de interferência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17
4 Polarização da Luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.1 Objetivos 21
4.2 Materiais 21
4.3 Procedimentos 21
II Física Moderna
5 Radiação do corpo negro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
5.1 Introdução 27
5.2 OBJETIVOS 27
5.3 MATERIAIS UTILIZADOS 28
5.4 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 28
5.5 ANÁLISE DOS DADOS 28
6 Espectrometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.1 Objetivos 29
6.2 Materiais 29
6.3 Procedimentos 29
III Eletromagnetismo
7 Gerador de Van de Graaff . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 35
7.1 OBJETIVOS 35
7.2 MATERIAIS UTILIZADOS 35
7.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 35
7.4 ANÁLISE DOS DADOS 36
8 Lei de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
8.1 Introdução e objetivos 37
8.1.1 Objetivos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 38
8.2 Materiais necessários 38
8.3 Teoria 38
8.3.1 Associações em série e paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 41
8.4 Procedimento experimental 42
8.4.1 Utilização de um multímetro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 42
8.4.2 Associação em série de lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43
8.4.3 Associação em paralelo de lâmpadas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 44
8.4.4 Determinação da resistência elétrica de um resistor . . . . . . . . . . . . . . . . 45
8.4.5 Determinação da resistência elétrica de uma associação de resistores em
série ou em paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
8.4.6 Identificação de um resistor não-ôhmico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 48
9 Lei de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
9.1 OBJETIVOS 51
9.2 MATERIAIS UTILIZADOS 51
9.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 51
9.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS 52
9.4.1 Correções para os Dados . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 53
10 Superfícies Equipotenciais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
10.1 OBJETIVOS 55
10.2 MATERIAIS UTILIZADOS 55
10.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL 55
10.4 QUESTIONÁRIO 57
1 Lentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 9
1.1 OBJETIVOS
1.2 MATERIAIS UTILIZADOS
1.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
1.4 ANÁLISE DOS DADOS
3 Interferômetro de Michelson . . . . 15
3.1 Objetivos
3.2 Introdução
3.3 Procedimento Experimental
4 Polarização da Luz . . . . . . . . . . . . . . . 21
4.1 Objetivos
4.2 Materiais
4.3 Procedimentos
1. Lentes
1.1 OBJETIVOS
1. Verificar as leis da Reflexão
2. Verificar qualitativamente e quantitativamente a lei de Snell
3. Observar a dispersão da luz em um prisma
senθ1
θ1 (graus) θ2 senθ1 senθ2 senθ2
0 - - - -
10 - - - -
20 - - - -
30 - - - -
40 - - - -
50 - - - -
60 - - - -
70 - - - -
80 - - - -
6. Faça um esboço com o raio incidente, o prisma, o raio refratado nas duas faces do
prisma e o espectro após a dispersão.
2.1 OBJETIVOS
1. Analisar padrões de difração e de interferência da luz.
2. Determinar a largura e a distância entre fendas a partir dos padrões de interferência
e de difração produzidos por elas.
[1] Halliday, D.; Resnick, R.; Walker, J. Fundamentos de Física, Vol. 2, 8ed., LTC, Rio de
Janeiro, 2008.
[2] Moyses Nussenzveig Herch. Curso de física básica: volume 4: ótica, relatividade e
física quântica. 8 reimpressão, 2010. Edgard Blucher.
3. Interferômetro de Michelson
3.1 Objetivos
• Medir o comprimento de onda da luz emitida por um laser.
• Medir o índice de refração de um vidro usando um interferômetro de Michelson
3.2 Introdução
A Figura-3.1 mostra o diagrama do interferômetro desenhado originalmente por Michelson
para provar a existência do eter, um meio hipotético no qual a luz poderia se propagar.
O feixe luminoso emitido pelo laser incide sobre um divisor de feixe, onde 50% da onda
incidente é refletida e o outro 50% é transmitida. O feixe incidente, então dividi-se em dois
outros feixes: um deles é refletido em direção ao espelho M2 e o outro é transmitido em
direção ao espelho M1 . Os espelhos M1 e M2 refletem o feixe de volta ao divisor de feixe.
Metade da luz proveniente do espelho M2 é transmitida através do divisor em direção à
tela e metade da luz proveniente do espelho M1 é refletida pelo divisor, também em direção
à tela de observação.
Já que os dois feixes que atingem a tela provem da mesma fonte luminosa, eles estão em
fase. Ao se superporem em qualquer ponto da tela de observação, a diferença de fase
entre eles depende da diferença de caminho ótico percorrida por cada feixe até a tela de
observação. As franjas geradas pelo interferômetro, na tela de observação, podem ser
melhor visualizadas colocando-se uma lente convergente de curta distância focal entre o
laser e o separador de feixe. O sistema de franjas de interferência produzido é similar ao
mostrado na Figura-3.2.
Podemos alterar o caminho ótico de um dos feixes deslocando o espelho M1 . Se afastamos
o espelho M1 , do divisor de feixes, uma distância λ /4, o caminho ótico do feixe aumentara
em λ /2. Nessa configuração, as franjas de interferência mudam de modo que o raio dos
máximos aumentará e ocupara a posição dos mínimos iniciais. Agora se deslocamos o
16 Capítulo 3. Interferômetro de Michelson
Tela de observação
Lente convergente
(18 mm)
Espelho
Divisor móvel (M1 )
de feixe
Laser
Espelho
Compensador
Espelho fixo
(M2 )
2d
λ= (3.1)
m
[1] Raymond Serway A, John Jewett Junior. Princípios de Física: vol. 4, ótica e física
moderna. 3 Edição 2009. Cengage Learning.
[2] Moyses Nussenzveig Herch. Curso de física básica: volume 4: ótica, relatividade e
física quântica. 8 reimpressão, 2010. Edgard Blucher.
4. Polarização da Luz
Polarização da Luz. 1
4.1 Objetivos
• Analisar qualitativamente a polarização da luz emitida por diferentes fontes.
• Verificar a lei de Malus.
4.2 Materiais
• fonte de luz não polarizada;
• dois polarizadores com medidor de ângulo;
• suportes para os polarizadores;
• sensor de luz;
• plataforma com estrutura de fixação do sensor de luz;
• disco com máscaras para o sensor de luz (aberturas diversas);
• bancada óptica;
• interface PASCO 750;
A Figura 4.1 exibe fotografias dos equipamentos que serão utilizados nesta prática.
4.3 Procedimentos
*ATENÇÃO: Neste experimento, será utilizado um laser. Nunca olhe diretamente para o
feixe do laser pois isso poderá causar danos sérios e permanentes à retina de seus olhos.
1 livro de experimentos da UFMG
22 Capítulo 4. Polarização da Luz
Observações Qualitativas
• Com um polarizador na frente dos olhos, observe a luz emitida por uma lâmpada
incandescente ou fluorescente. Em seguida, gire o polarizador em torno da direção
perpendicular ao seu plano. Descreva o que foi observado e explique.
• Agora, observe a mesma lâmpada através de dois polarizadores paralelos. Mantenha
um deles fixo e gire o outro. Descreva o que acontece com a intensidade da luz que
você observa e explique o que ocorre.
• Observe, através de um polarizador, a luz refletida por uma superfície qualquer. Gire
o polarizador. Descreva o que acontece com a intensidade da luz que você observa e
explique.
Lei de Malus
Na Figura 4.2, está representada a montagem a ser utilizada nesta parte do experimento.
Um feixe de luz de um laser não-polarizado passa através de dois polarizadores e em
seguida incide em um sensor de luz.
• Faça a montagem representada na Figura 4.2 e direcione o feixe do laser para a
abertura do sensor. Inicialmente, ajuste o ângulo entre os eixos dos polarizadores de
forma que a intensidade da luz transmitida seja máxima. Em seguida, mantendo um
polarizador fixo, gire o outro e meça a intensidade I da luz em função do ângulo θ
entre os polarizadores. Por meio de uma análise gráfica das variáveis I e θ , verifique
se seus resultados estão de acordo com a lei de Malus.
4.3 Procedimentos 23
Figura 4.2: Esquema da montagem experimental usada para verificação da lei de Malus.
II
Física Moderna
6 Espectrometria . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
6.1 Objetivos
6.2 Materiais
6.3 Procedimentos
5. Radiação do corpo negro
5.1 Introdução
Todo e qualquer corpo acima de 0o K emite radiação eletromagnética. A intensidade
da radiação emitida depende da temperatura absoluta do corpo sendo que a curva da
intensidade em função do comprimento de onda I (l ) em função do l chamada radiância
espectral é suave passando por um máximo. Este máximo se desloca com a temperatura
crescente para l ´s cada vez menores. Você sabe disso. À medida que o corpo esquenta a
radiação emitida vai do infravermelho ao rubro, ao amarelo até o branco. A explicação
correta da emissão de radiação eletromagnética a partir do corpo aquecido necessita além
do conhecimento do eletromagnetismo clássico da hipótese da quantização, introduzida
por Planck em 1900. A radiância total integrada (de l zero até ∞ ) obedece à Lei de Stefan
- Boltzmann:
E = s.T 4 ,
onde
s = 5, 67x10−8W /m2 K 4
é a constante de Stefan- Boltzmann e a temperatura absoluta aparece na quarta potência.
No caso de corpos reais aquecidos mergulhados num meio também à temperatura diferente
de 0o K a Lei de Stefan- Boltzmann se altera para:
E = s(T14 − T24 ),
onde s é uma constante que depende do corpo(especialmente forma e tipo de superfície) e
do ambiente, T1 é a temperatura do corpo e T2 é a temperatura do ambiente.
5.2 OBJETIVOS
Reconhecer a dependência do revestimento de superfíces com a sua capacidade de emitir e
absorver energia radiada e com a sensação térmica percebida pelos indivíduos, Medir a
28 Capítulo 5. Radiação do corpo negro
Tabela 5.1: medidas de Temperatura versus tempo para cubo de Leslie sobre plataforma
rotacional
Tempo Face negra (◦C) Face branca (◦C) Face fosca (◦C) Face polida (◦C)
3 - - -
4 - - -
5 - - -
6.1 Objetivos
• Estudar o espectro de emissão de fontes de luz variadas.
6.2 Materiais
• tubos de espectro de substâncias variadas;
• fonte de alta tensão (5 kV);
• espectrômetro;
A Figura 6.1 exibe uma fotografia do espectrômetro que será usado nesta prática. Nela,
estão indicados seus principais componentes.
6.3 Procedimentos
O espectrômetro deverá ter sido previamente configurado. Todavia, peça ao professor
que verifique o equipamento e em caso de necessidade que o auxilie na execução dos
procedimentos de configuração.
Configuração do Espectrômetro
1. Nivelamento
(a) Coloque o espectrômetro em uma superfície plana.
(b) Nivele a mesa do espectrômetro ajustando os três parafusos localizados sob a
mesa.
2. Focalização
(a) Olhando através da lente do telescópio, desloque a “peça do olho” para frente
e para trás até que a mira se torne nítida.
30 Capítulo 6. Espectrometria
(b) Afrouxe e gire a gratícula até que um dos segmentos da mira esteja alinhado
com a vertical. Prenda a gratícula e refocalize se necessário.
(c) Focalize o telescópio no infinito ajustando seu foco em um objeto distante
(próximo ao horizonte através da janela da sala).
(d) Verifique se a fenda do colimador está parcialmente aberta.
(e) Alinhe o telescópio com o colimador de modo que ambos estejam em posições
diametralmente opostas.
(f) Olhando através do telescópio, ajuste o foco do colimador e, se necessário, a
posição angular do telescópio até que a fenda se torne nítida. Não altere o foco
do telescópio.
(g) Utilize o controle de ajuste fino da posição angular do telescópio para alinhar
o segmento vertical da gratícula com a borda fixa da fenda. Caso a fenda não
esteja na vertical, afrouxe anel de travamento da fenda e a realinhe, travando-a
novamente em seguida. Ajuste a largura da fenda de modo a observar uma
imagem clara e brilhante.
etapas de 1 a 3 já foram previamente realizadas. Caso não tenham sido realizadas, execute
todas as etapas sob supervisão do professor ou técnico do laboratório.
1. Afrouxe o parafuso-trava da mesa do espectrômetro. Gire a mesa até que as linhas
de referência gravadas sobre sua superfície estejam orientadas paralelamente aos
eixos ópticos do colimador e do telescópio. Trave novamente a mesa.
2. Usando os parafusos de mão localizados sob a mesa do espectrômetro, fixe o suporte
da rede de difração em uma posição perpendicular às linhas de referência.
3. Insira a rede de difração nas presilhas do suporte. Verifique se a orientação da rede
de difração está correta. Isso pode ser feito observando a luz difratada de uma fonte
comum através das lentes do telescópio. Deve ocorrer dispersão horizontal da luz
em suas várias componentes.
4. Posicione uma fonte de luz de espectro discreto a uma distância de aproximadamente
1 cm da fenda do colimador. Ajuste a largura da fenda de modo que a imagem vista
pelo telescópio esteja nítida e brilhante. Se necessário, ajuste a altura da mesa do
espectrômetro para que a imagem fique centralizada no campo de visão do telescópio.
5. Gire o telescópio até encontrar uma linha espectral nítida. Alinhe a vertical da mira
do telescópio com a borda fixa da imagem e meça cuidadosamente o ângulo de
difração.
6. A rede de difração produz dois espectros idênticos simetricamente localizados em
relação ao ângulo do feixe de luz não-difratado. Localize a linha espectral simétrica
àquela identificada no item anterior e meça o ângulo de difração correspondente.
7. Para um correto alinhamento da rede de difração, os ângulos de linhas simétricas
devem ser iguais. Se os ângulos não coincidirem, use o controle de ajuste fino da
rotação da mesa para eliminar a diferença.
8. Os passos de 4 a 7 devem ser repetidos até que os ângulos de duas linhas simétricas
sejam iguais com uma tolerância de um minuto de grau.
8 Lei de Ohm . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
8.1 Introdução e objetivos
8.2 Materiais necessários
8.3 Teoria
8.4 Procedimento experimental
9 Lei de Coulomb . . . . . . . . . . . . . . . . . . 51
9.1 OBJETIVOS
9.2 MATERIAIS UTILIZADOS
9.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
9.4 ANÁLISE DOS RESULTADOS
10 Superfícies Equipotenciais . . . . . . 55
10.1 OBJETIVOS
10.2 MATERIAIS UTILIZADOS
10.3 PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL
10.4 QUESTIONÁRIO
7.1 OBJETIVOS
Observar o princípio de funcionamento de um gerador eletrostático de correia . Utilizar um
gerador eletrostático para o estudo dos processos de eletrização, propriedades das cargas
elétricas.
R1
A B
A lei de Ohm pode ser aplicada a muitos, mas não a todos os materiais. Muitos materiais
possuem uma resistência constante sobre uma grande amplitude de voltagens aplicadas
e são denominados ôhmicos. Quando a resistência não é constante e varia de acordo
com a voltagem ou corrente elétrica, esses materiais são chamados não-ôhmicos, ou
não-lineares.
38 Capítulo 8. Lei de Ohm
Resistores comuns uilizados em circuitos são ôhmicos, o que permite a utilização da lei de
Ohm na análise de circuitos simples. Como veremos na seção teórica, a lei de Ohm é na
verdade um caso especial na definição de resistência.
Neste experimento, a lei de Ohm será investigada ao ser aplicada para componentes de
cicuitos simples.
8.1.1 Objetivos
Após realizar o experimento e analisar os dados, você deverá ser capaz de:
1. Diferenciar os componentes ôhmicos e não-ôhmicos.
2. Explicar a relação entre corrente e voltagem de acordo com a lei de Ohm.
3. Aplicar a lei de Ohm para obter valores de corrente ou voltagem em associações de
resistores em série e/ou paralelo.
4. Verificar a lei de Ohm experimentalmente.
8.3 Teoria
Quando uma voltagem ou uma diferença de potencial (V ) é aplicada sobre um material,
uma corrente (I) proporcional a esta voltagem, V ∝ I, pode ser medida neste material. A
resistência elétrica, ou simplesmente, resistência (R) do material pode ser definida como a
razão entre a voltagem aplicada e a corrente resultante:
V
R= (8.1)
I
Para muitos materiais, a resistência é constante, ou pelo menos aproximadamente, em
uma faixa de voltagens aplicadas. Um resistor que tem resistência constante obedece
a lei de Ohm e é chamado “ôhmico”. Da equação 8.1, pode-se ver que a unidade de
resistência é o volt por âmpere (V /A). No entanto, a unidade combinada é chamada de
ohm (Ω), em homenagem a Georg Ohm (1787-1854), um físico alemão, que desenvolveu
essa relação conhecida como lei de Ohm. Note que, para evitar confusão com um zero, o
ohm é representado com a letra grega ômega maiúscula (Ω) ao invés de um O maiúsculo.
Um gráfico de V versus I para uma resistência ôhmica é uma linha reta. Materiais que não
obedecem a lei de Ohm são denominados de “não-ôhmicos” ou “não lineares” e possuem
8.3 Teoria 39
Figura 8.2: Resistência ôhmica. Um gráfico de voltagem versus corrente para uma
resistência ôhmica é uma linha reta, a inclinação desta reta é igual ao valor da resistência
(R = V /I).
uma relação não-linear entre tensão e corrente. Semicondutores e transistores são exemplos
de componentes não-ôhmicos.
Na prática, a lei de Ohm é escrita:
V = IR (8.2)
Sendo que é entendido que R é independente de V . Vale lembrar que a lei de Ohm não é
uma lei fundamental como a lei de gravitação de Newton. É um caso particular, já que não
existe uma lei que determina que os materiais devam possuir uma resistência constante.
Para entender as relações entre as grandezas na lei de Ohm, uma analogia que se pode se
considerar seria a de um cicruito hidráulico. Em um circuito hidráulico, a força para mover
o líquido é fornecida por uma bomba. A taxa de fluxo líquido depende da resistência ao
fluxo, por exemplo, devido a alguma obstrução parcial na tubulação do circuito, quanto
maior a resistência, menor será o fluxo líquido ou vazão.
Analogamente, em um circuito elétrico, uma fonte de tensão (uma bateria ou fonte de
alimentação) fornece a tensão (voltagem ou diferença de potencial) para o fluxo de carga, e
a magnitude da corrente é determinada pela resistência R no circuito. Para uma determinada
tensão, quanto maior a resistência, menor será a corrente através da resistência, como
pode ser visto a partir da lei de Ohm, I = V /R. Observe que a fonte de tensão fornece um
“aumento” de tensão que é igual à “queda” de tensão através da resistência e é dada por
V = IR (lei de Ohm).
40 Capítulo 8. Lei de Ohm
Figura 8.3: Analogia com um circuito hidráulico. Na analogia entre um circuito elétrico
simples e um circuito de hidráulico, a bomba corresponde a uma fonte de tensão, o fluxo
de líquido corresponde à corrente elétrica e a obstrução é análoga a uma resistência.
Em um circuito elétrico com duas ou mais resistências e uma única fonte de tensão, a lei
de Ohm pode ser aplicada a todo o circuito ou a qualquer parte do circuito. Quando ela é
aplicada a todo o circuito, a tensão é a tensão de entrada terminal fornecida pela fonte de
tensão, e a resistência é a resistência total do circuito. Quando a lei de Ohm é aplicada a
uma parte específica do circuito, as quedas de tensão, correntes e resistências individuais
são usadas para aquela parte do circuito.
Considere o diagrama do circuito mostrado na figura 8.4. Este é um circuito em série. A
tensão aplicada é fornecida por uma fonte de alimentação ou bateria. Rh é um reostato, um
resistor variável que permite variar a tensão através da resistência Rs . (Esse circuito é às
vezes chamado de divisor de tensão porque o reostato divide a tensão aplicada entre ele e
Rs .)
Um amperímetro A mede a corrente através da resistência Rs e um voltímetro V registra
a queda de tensão em ambos, Rs e o amperímetro A . S é uma chave para fechar e abrir
(ativar e desativar) o circuito.
Qualquer componente em um circuito que não gera ou fornece uma tensão age como um
elemento resistivo no circuito. Ocorrendo para os fios de conexão, o amperímetro e o
voltímetro. No entanto, os fios de conexão metálicos e o amperímetro possuem resistências
muito baixas, não afetando apreciavelmente a corrente.
Um voltímetro possui uma alta resistência, portanto, a corrente passando pelo voltímetro
é baixa. Assim, para boas aproximações, o amperímetro registra a corrente no resistor, e
o voltímetro a queda de tensão da resistência. Essas aproximações são adequadas para a
maioria das aplicações práticas.
Aplicando a lei de Ohm ao circuito considerando apenas Rs :
Vs = IRs (8.3)
Figura 8.4: Diagrama do circuito. O voltímetro está conectado em paralelo com a resis-
tência Rs e o amperímetro. A outra resistência, Rh , é a do reostato (resistor continuamente
variável).
Vh = IRh (8.4)
Para aplicar a lei de Ohm ao circuito inteiro, usamos o fato de que a voltagem aplicada
"aumenta"ou a voltagem do terminal da fonte Vt de tensão deve ser igual às quedas de
tensão dos componentes ao redor do circuito. Então:
Vt = Vh +Vs (8.5)
Ou:
R1 R2 R3
A B
Paralelo
Casos estes resistores estejam ligados de modo semelhante ao da Fig. 8.6, sua ligação é
denominada associação em paralelo de resistores.
R1 R2 R3
Resistência equivalente
A associação de resistores em série e em paralelo é comumente encontrada em circuitos.
Sabe-se que a resistência equivalente R à vários resistores R1 , R2 , · · · , Rn é dada por:
• Associação em série:
R = R1 + R2 + · · · + Rn (8.7)
• Associação em paralelo:
1 1 1 1
= + +···+ (8.8)
R R1 R2 Rn
Procedimento
1. Identifique o tipo de associação existente entre as lâmpadas L1, L2 e L3.
2. Ligue a chave e observe o brilho das lâmpada.
• Conecte o voltímetro aos bornes A3 e H3 e determine a tensão existente entre
estes pontos.
3. Meça a tensão aplicada a cada uma das lâmpadas ligando o voltímetro, pela parte
posterior do painel aos bornes a que as lâmpadas estão conectadas.
4. Anote estas tensões.
5. Com base nas leituras efetuadas, justifique como é possível ligar lâmpadas com
tensão nominal 1.5 V a uma fonte regulada para 4.5 V.
6. Com a chave ligada descreva o que ocorre quando a lâmpada L1 é retirada e recolo-
cada no suporte. Justifique o ocorrido.
44 Capítulo 8. Lei de Ohm
Montagem
• Faça as seguintes conexões ao painel:
8.4 Procedimento experimental 47
A
Amperímetro
−
Fonte + Ponte
Lâmpada
V
Voltímetro
9.1 OBJETIVOS
Verificação da lei de Coulomb.
6. Com as esferas separadas pela maior distância carregue ambas com um potencial
de 6 Kv usando a “sonda de carregamento”. Um dos terminais da fonte deve
estar aterrado! Imediatamente após carregar as esferas desligue a fonte para evitar
descargas elétricas.
7. Calibração: Posicione a esfera deslizante na posição de 20 cm. Ajuste o botão de
torção, localizado na parte superior da balança (acima do disco de torção), para
equilibrar as forças e trazer de volta o pêndulo para a posição zero.
8. Repita o procedimento 6 e então, reposicione a esfera deslizante na separação de 20
cm. Meça o ângulo θ1 de torção e anote na tabela 1. Da mesma maneira meça θ2 e
θ3 .
9. Repita os procedimentos 6, 7 e 8 para as distâncias 14, 10, 9, 8, 7, 6 e 5 cm.
θ1 θ2 θ3 R (cm) θ B θc 1/R
5 0,78
6 0,87
7 0,92
8 0,95
9 0,96
10 0,97
14 0,99
20 1,00
Raio da esfera: a = 1, 9
Cada um destes métodos demonstra que, para valores de R relativamente grandes, a força
é proporcional a 1/R2 . Entretanto, para pequenos valores de R, esta relação não é mantida.
10.1 OBJETIVOS
• Verificar o perfil das superfícies equipotenciais geradas por dois eletrodos puntifor-
mes.
• Traçar superfícies equipotenciais.
• Calcular a carga Q.
3. Ligue a fonte DC em uma tensão inicial de 7,0 V. Meça a tensão entre os pontos
1 e 2 da Figura 1, utilizando a sonda de prova do voltímetro imersa na água e sem
encostá-la no eletrodo. Então, sintonize a tensão da fonte até que o voltímetro
indique 5,0 V entre estes pontos.
4. Ainda com a ponta de prova (procure colocá-la na vertical), encontre as sete superfí-
cies equipotenciais esquematizadas na Figura 1. Em cada superfície equipotencial
marque as coordenadas de oito pontos diferentes (sobre as linhas contínuas da Figura
1). Anote os resultados na Tabela 1.
5. Desenhe sobre um papel milimetrado um mapa com as posições dos dois eletrodos e
dos oito pontos pertencentes a cada uma das superfícies equipotenciais encontradas.
Desenhe as sete superfícies equipotenciais sobre os correspondentes pontos.
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8
x,y x,y x,y x,y x,y x,y x,y x,y
SUPERFÍCIE 1 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 2 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 3 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 4 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 5 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 6 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 7 , , , , , , , ,
SUPERFÍCIE 8 , , , , , , , ,
10.4 QUESTIONÁRIO 57
10.4 QUESTIONÁRIO
1. No experimento realizado, os eletrodos imersos na água possuem cargas elétricas
puntiformes de mesmo módulo e sinal oposto: +Q e ˘Q. Meça a tensão em um
ponto B sobre a linha reta que une estas duas cargas em relação ao ponto médio
entre elas (ponto A). Então, calcule o valor da carga Q sabendo que a permissividade
ε da água destilada é 707 pF/m.
2. O campo elétrico entre os dois eletrodos é uniforme? Explique.
3. Exemplifique uma situação na qual o campo elétrico entre os dois eletrodos será
aproximadamente uniforme.
4. O que acontece com as moléculas de água (que são polares) quando a fonte é ligada?
11. Capacitor de Placas Paralelas
11.1 OBJETIVOS
Analisar o comportamento da capacitância em um capacitor de placas paralelas.
d (mm) 1 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
C0 (pF) - - - - - - - - - - -
C1 = K1C0 (pF) - - - - - - - - - - -
C2 = K2C0 (pF) - - - - - - - - - - -
d (mm) - - - - - -
C1 (pF) - - - - - -
d (mm) - - - - - -
C2 (pF) - - - - - -
12.1 Objetivos
• Determinar o valor da componente horizontal do campo magnético da Terra.
12.4 Procedimento
1. Para se obterem bons resultados nas medições, é importante que as bobinas sejam
colocadas longe da influência de campos magnéticos perturbadores por exemplo,
aqueles produzidos por peças de ferro próximas ao local de medida. Para encontrar
o melhor local, mova a bússola sobre a mesa — se houver materiais magnéticos
próximos, a agulha se desviará da direção Norte-Sul.
2. Determine o valor médio do raio das bobinas e sua respectiva incerteza.
1 livro de experimentos ufmg
64 Capítulo 12. Campo Magnético da Terra
3. Coloque a bússola no centro das bobinas, sobre o suporte, como mostrado na Figura
2; oriente a Bobina de Helmholtz para que o seu eixo fique na direção Leste-Oeste.
4. Monte o circuito representado na Figura 2. O resistor de 47 Ω é incluído apenas
como proteção para a fonte contra curto-circuito.
5. Neste experimento, a componente horizontal do campo magnético da Terra será
determinada variando-se a corrente nas bobinas e medindo-se, para cada valor, o
respectivo ângulo θ de desvio da agulha da bússola. Faça essas medições, atentando
para que a corrente máxima permitida nas bobinas não seja ultrapassada.
6. Por meio de uma análise gráfica, tendo como base a equação 3, obtenha o valor de
BT k , com sua respectiva incerteza.
* Indique qual seria a informação complementar à medição feita, necessária para se
determinar a componente vertical do campo magnético da Terra.
13.1 OBJETIVOS
• Estudar a indução eletromagnética em um transformador.
• Verificar o funcionamento de um transformador de tensão e corrente alternada.
• Verificar as linhas de indução magnética.
• Analisar o comportamento de um freio magnético.