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Ciências da Natureza – Física Prof.

: João Carlos

Reflexão e refração de ondas


✓ Reflexão de ondas em cordas

quando a extremidade é fixa, a reflexão se


dá com inversão de fase

quando a extremidade é livre, a reflexão se


dá sem inversão de fase
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✓ Refração de ondas em cordas


Considere um pulso que se propaga na corda menos densa indo para a corda mais
densa. Temos que:

Como as densidades lineares são diferentes, as velocidades de propagação das ondas nas
cordas são diferentes. Assim teremos a formação de um pulso refletido e um pulso refratado.

pulso refletido  com inversão de fase


pulso refratado  sem inversão de fase
T
De acordo com a relação de Taylor temos: v=

onde a densidade linear for maior => a velocidade será menor


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Considere um pulso que se propaga na corda mais densa indo para a corda menos
densa. Temos que:

pulso refletido  sem inversão de fase


pulso refratado  sem inversão de fase

No caso de a onda incidente ser periódica, tanto a onda refletida quanto a onda refratada devem
ter a mesma frequência da onda incidente. Assim temos que:

vA vB
f A = fB  =
A B

o comprimento de onda será maior onde a velocidade for maior


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Supondo que o pulso incidente vá da corda A para a corda B, pode-se demonstrar que:

vA − vB
ar = .ai
vA + vB

amplitude do pulso refletido

Em qualquer caso teremos: ar < ai

Para o pulso refratado temos:

2vB
at = .ai
v A + vB

amplitude do pulso transmitido

• 10 caso: se vA > vB , então at < ai

• 20 caso: se vA < vB , então at > ai


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• 10 caso: vA > vB

• 20 caso: vA < vB
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✓ Reflexão de ondas bi e tridimensionais


As leis da reflexão são:
1) o raio incidente, o raio refletido e a reta normal são coplanares;
2) o ângulo de incidência é igual ao de reflexão.
Se a onda incidente for periódica, então a onda refletida também será periódica e a
frequência de ambas será a mesma.
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✓ Reflexão de onda reta

✓ Refração de ondas bi e tridimensionais


Refração é a passagem da onda de um meio para o outro com mudança de
velocidade. Quando a onda sofre refração sua frequência não se altera (ocorre uma
mudança no comprimento de onda). Logo:

v1 v2
f1 = f 2  =
1 2
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As leis da refração são:


1) O raio incidente, a normal e o raio refratado estão num mesmo plano.

c c seni v1
2) n1seni = n2 senr  seni = senr  =
v1 v2 senr v2

✓ Refração de onda reta

Nesse caso temos: i  r  v1  v2  1 f  2 f  1  2


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(UFJF-2015) Uma corda de comprimento L = 10m tem fixas ambas as extremidades. No


instante t = 0,0s, um pulso triangular inicia-se em x = 0,0m, atingindo o ponto x = 8,0m no
instante t = 4,0s, como mostra a figura. Com base nessas informações, faça o que se pede.

a) Determine a velocidade de propagação do pulso.


b) Desenhe o perfil da corda no instante t = 7,0s.

RESOLUÇÃO

a) Como a onda propaga-se em MU, temos:

S 8 m
v= v=  v=2
t 4 s
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S S
b) No instante t = 7,0s, temos: v= 2=  S = 14m
t 7

dessa maneira, o início da onda terá ido até o 10m e retornado mais 4m, finalizando na
posição 6m. A crista da onda, que está 1m atrás, encontrar-se-á na posição 7m

extremidade fixa => inversão de fase


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(MACKENZIE) A figura abaixo mostra uma onda transversal periódica, que se propaga com
velocidade v1 = 8,0 m/s em uma corda AB, cuja densidade linear é μ1. Esta corda está ligada a
uma outra, BC, cuja densidade é μ2, sendo que a velocidade de propagação da onda nessa
corda é v2 = 10 m/s. O comprimento de onda quando se propaga na corda BC é igual a:


2

a) 7m b) 6m c) 5m d) 4m e) 3m

RESOLUÇÃO

Sabe-se que cada concavidade mede meio comprimento de onda, logo:

   3
+ + =6 = 6   = 4m
2 2 2 2
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Na refração, a frequência não muda. Logo:

v v 8 10
f AB = f BC    =    =  2 = 5m
   AB    BC 4 2

C
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RESOLUÇÃO
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Quando o exercício fornecer as linhas de onda ou as superfícies de onda, devemos lembrar que
os ângulos de incidência e refração serão agora os formados com a superfície, e não com a reta
normal. Assim, temos:
frequência não muda

seni v1 sen 450 1 f 2 1


=  =   = 
sen300 2 f
2 1
senr v2 2 2

para ondas mecânicas não se define “n”


B
Logo: 2 .1, 4 = 28  2 = 20cm
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A velocidade de propagação das ondas na superfície de um líquido pode depender da


profundidade do local. A velocidade diminui quando as ondas passam de regiões profundas para
regiões rasas (comparação com o comprimento de onda). Dessa forma, meios de diferentes
profundidades podem ser considerados diferentes meios de propagação. Ao passar de uma
região profunda para uma região rasa, portanto, teremos uma refração.
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B
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(UEG-2019) Um navio ancorado utiliza um sonar para determinar a distância do seu casco até
o fundo do mar. Se o sonar emitir uma onda sonora, cuja frequência seja de 28 kHz e
comprimento de onda 0,050m, qual será o tempo (em segundos) gasto por esse sonar para
detectar a profundidade de 1680m do mar?
a) 1,2 b) 2,4 c) 3,6 d) 4,2 e) 5,4

RESOLUÇÃO

O ultrassom emitido pelo sonar irá tocar o fundo do mar e retornar ao navio. Sendo o movimento
da onda uniforme, temos:

S S 2.1680
v= f =  5.10−2.28.103 =
t t t

Logo: t = 2, 4s B
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✓ Inversão de fase na reflexão


As ondas eletromagnéticas e as ondas sonoras podem sofrer uma inversão de fase
ao serem refletidas.

• No caso do som, ocorre inversão de fase quando ele se reflete em uma superfície fixa.

• No caso de uma onda eletromagnética que se propaga inicialmente em um meio A, com


velocidade vA, e que incide na superfície de separação com um meio B, onde a velocidade é
vB, a onda refletida terá sua fase invertida se vA > vB .

• Para a onda refratada (quando existir), não há inversão de fase.


Se houver diferença de percurso entre a onda direta e a refletida, por exemplo,
então o módulo dessa diferença de fase será dada por

x
 = .2

(FUVEST) Uma fonte sonora, em repouso no ponto A da figura, emite, num gás, ondas
esféricas de frequência 50 Hz e comprimento de onda 6,0m que se refletem em uma parede
rígida. Considere o ponto B da figura e as ondas que se propagam entre A e B diretamente
(sem reflexão) e refletindo-se na parede. Determine:
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a) a velocidade de propagação dessas ondas;


b) a diferença entre os tempos de propagação das duas ondas entre os pontos A e B;
c) a diferença de fase entre as duas ondas no ponto B, medida em radianos.

RESOLUÇÃO

a) De acordo com a equação fundamental da Ondulatória, temos:

m
v =  f  v = 6.50  v = 300
s
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b) A onda que vai direto de A para B levará um tempo dado por:

S 30
v=  300 =  tdireta = 0,1s
t tdireta

Para a onda refletida, temos:

15m

i i xrefl
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Pelo Teorema de Pitágoras, temos:

2
xref = 152 + 202  xref = 25m  S ref = 50m

Logo, o tempo gasto pela onda será refletida será de:

Sref 50 1
vref =  300 =  tref = s
tref tref 6

A diferença entre tempos será:

1 1 5−3 1
diferença = tref − tdir = −  diferença = = s  diferença  0, 067 s
6 10 30 15
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c) Existe uma diferença de fase devida ao percurso das ondas. Além dela, existe uma diferença
de fase adicional em função da reflexão da onda na superfície fixa. Dessa forma, temos:

2 2
total = dist + ref  total = x +   total = ( 50 − 30 ) + 
 6

40 23 5 5
Logo: total = +   total =  total = 6 +   reduzida = rad
6 3 3 3
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✓ Difração
Difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando a onda encontra
obstáculos à sua propagação. Diz-se que é a capacidade que as ondas possuem de contornar
um obstáculo.
Considere um trem de ondas retas, propagando-se na superfície da água.
Suponhamos que essas ondas encontrem uma barreira provida de um orifício cujo diâmetro
seja da mesma ordem de grandeza que o comprimento de onda das ondas que se propagam.

o fenômeno é mais acentuado quando o orifício tem


dimensões da mesma ordem de grandeza ou pouco
menores que o comprimento de onda das ondas que
se difratam.

raios de onda
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esquema da difração de uma


onda sonora (é possível ouvir
a voz de uma pessoa que não
podemos ver)
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(ENEM/PPL-2014) Ao assistir a uma apresentação musical, um músico que estava na plateia


percebeu que conseguia ouvir quase perfeitamente o som da banda, perdendo um pouco de
nitidez nas notas mais agudas. Ele verificou que havia muitas pessoas bem mais altas à sua
frente, bloqueando a visão direta do palco e o acesso aos alto-falantes. Sabe-se que a
velocidade do som no ar é 340 m/s e que a região de frequências das notas emitidas é de,
aproximadamente, 20 Hz a 4000 Hz. Qual fenômeno ondulatório é o principal responsável para
que o músico percebesse essa diferenciação do som?
a) Difração.
b) Reflexão.
c) Refração.
d) Atenuação.
e) Interferência.
A
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✓ Interferência de ondas
Quando duas ou mais ondas atingem simultaneamente um dado ponto de um meio
no qual se propagam, esse ponto sofre um efeito resultante da soma dos efeitos que cada onda
produziria isoladamente no ponto. Esse fenômeno é chamado interferência.
➢ Obs.: trata-se de um fenômeno restrito ao local em que as ondas se encontram (é um
fenômeno localizado).

✓ Interferência de ondas unidimensionais


Considere dois pulsos em fase de amplitudes a1 e a2 propagando-se numa corda
tensa. Esses pulsos superpõem-se. Dizemos então que houve uma interferência construtiva
e, após a superposição, as ondas recuperam suas características iniciais, como se nada tivesse
acontecido.

a = a1 + a2
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Caso os pulsos que se superpõem estejam em oposição de fase teremos uma


interferência destrutiva.

a = a2 − a1

Se a1 = a2 teríamos a = 0. Dizemos nesse caso que houve a chamada interferência


destrutiva total.
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✓ Batimento
Batimento é o fenômeno que ocorre quando duas ondas periódicas de frequências
bem próximas e de mesma amplitude se superpõem. A onda resultante terá uma amplitude
variável e essa variação gradual e periódica da amplitude é chamada de batimento.

f1 + f 2
fR =
2
O período do batimento é o intervalo entre 2 ocorrências sucessivas de amplitude máxima.
Pode-se demonstrar que:

fbat = f maior − f menor


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(FAMERP-2017) Dois pulsos transversais, 1 e 2, propagam-se por uma mesma corda elástica,
em sentidos opostos, com velocidades escalares constantes e iguais, de módulos 60 cm/s. No
instante t = 0, a corda apresenta-se com a configuração representada na figura 1.

Após a superposição desses dois pulsos, a corda se apresentará com a configuração


representada na figura 2.
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Considerando a superposição apenas desses dois pulsos, a configuração da corda será a


representada na figura 2, pela primeira vez, no instante
a) 1,0s. b) 1,5s. c) 2,0s. d) 2,5s. e) 3,0s.

RESOLUÇÃO

De acordo com a figura 2, o vale do pulso 1 estará alinhado com a crista do pulso 2 (uma vez
que essas partes desapareceram). Assim:

S 60
v=  60 =  t = 1, 0s
t t A
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(CLARETIANO-2021) O aparato experimental representado na figura foi montado com a


finalidade de estudar a propagação de ondas em um fio leve e a formação de ondas
estacionárias nesse fio. Para isso, prendeu-se uma das extremidades do fio em uma haste
vertical conectada a um alto-falante, fez-se esse fio passar por um orifício feito em uma barra
A e prendeu-se a outra extremidade em outra barra, B. Quando o alto-falante foi colocado para
vibrar, estabeleceram-se, no fio, ondas estacionárias, conforme ilustrado na figura.

Considerando que a frequência de vibração do alto-falante foi de 60 Hz, a velocidade de


propagação das ondas no fio foi de
a) 18 m/s. b) 54 m/s. c) 27 m/s.
d) 45 m/s. e) 36 m/s.
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RESOLUÇÃO


Da figura, temos: 3 = 90   = 60cm
2

A partir da equação fundamental da Ondulatória, temos:

m
v =  f  v = 0, 6.60  v = 36 E
s
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(PUC/SP-2017/2) Duas fontes harmônicas simples produzem pulsos transversais em cada


uma das extremidades de um fio de comprimento 125cm, homogêneo e de secção constante,
de massa igual a 200g e que esta tracionado com uma força de 64 N. Uma das fontes produz
seu pulso Δt segundos após o pulso produzido pela outra fonte.
Considerando que o primeiro encontro desses pulsos se dê a 25cm de uma das extremidades
dessa corda, determine, em milissegundos, o valor de Δt.

a) 37,5 b) 75,0 c) 375,0 d) 750,0

RESOLUÇÃO

Inicialmente, deve-se determinar a velocidade de propagação do pulso nesse fio. Pela relação
de Taylor, temos:

T T 64 m
v= v= v=  v = 64.6, 25  v = 20
 m 0, 2 s
1, 25
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Considerando que a fonte da esquerda tenha emitido o pulso primeiro, temos que, quando eles
se encontrarem, os espaços serão iguais. De acordo com o enunciado, esse pulso terá percorrido
100cm (a 25cm do lado direito). Logo:

Sesq = ( S0 + vt )esq  1 = 0 + 20t  t = 0, 05s  t = 50ms

Dessa maneira, temos, para o pulso da direita:

Sdir = ( S0 + vt )dir  1 = 1, 25 − 20 ( 0, 05 − t )

−0, 25 = −1 + 20t  20t = 0, 75  t = 0, 0375s  t = 37,5ms

A
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(UFPR-2016) Foram geradas duas ondas sonoras em um determinado ambiente, com


frequências f1 e f2. Sabe-se que a frequência f2 era de 88 Hz. Percebeu-se que essas duas
ondas estavam interferindo entre si, provocando o fenômeno acústico denominado
“batimento”, cuja frequência era de 4 Hz. Com o uso de instrumentos adequados, verificou-se
que o comprimento de onda para a frequência f2 era maior que o comprimento de onda para a
frequência f1. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta a frequência
f1.
a) 22 Hz. b) 46 Hz. c) 84 Hz. d) 92 Hz. e) 352 Hz.

RESOLUÇÃO

A frequência dos batimentos é dada pela diferença entre as frequências (a maior menos a
menor). Logo:

➢ Obs.: maior frequência => menor comprimento de onda

f1 é a maior frequência: fbat = f1 − f 2  4 = f1 − 88  f1 = 92 Hz

D
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✓ Ondas estacionárias
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A onda estacionária ocorre devido à superposição de duas ondas idênticas


propagando-se em sentidos opostos numa mesma corda. Ela é resultado da combinação de
dois fenômenos: reflexão e interferência.

nó: interferência destrutiva


ventre: interferência construtiva
2
➢ Obs.: no caso das ondas estacionárias, não há transmissão de energia ao longo da corda em
nenhuma direção, pois a energia não pode ultrapassar os pontos nodais que estão sempre
em repouso. Dessa forma, a energia permanece estacionária na corda, alternando-se
entre energia cinética de vibração e energia potencial elástica.
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(ENEM-2016) Um experimento para comprovar a natureza ondulatória da radiação de micro-


ondas foi realizado da seguinte forma: anotou-se a frequência de operação de um forno de
micro-ondas e, em seguida, retirou-se sua plataforma giratória. No seu lugar, colocou-se uma
travessa refratária com uma camada grossa de manteiga. Depois disso, o forno foi ligado por
alguns segundos. Ao se retirar a travessa refratária do forno, observou-se que havia três pontos
de manteiga derretida alinhados sobre toda a travessa. Parte da onda estacionária gerada no
interior do forno é ilustrada na figura.

De acordo com a figura, que posições correspondem a dois pontos consecutivos da manteiga
derretida?
a) I e III b) I e V c) II e III d) II e IV e) II e V
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(UEM-2019) Uma corda de náilon de uma guitarra, com densidade linear igual a 7,2g/m, está
sob uma tração de 72 N. Os suportes fixos que mantêm a corda esticada estão a uma distância
de 90cm um do outro. Assinale o que for correto sobre as ondas estacionárias (modos de
vibração) que podem se formar na corda.
01) A onda estacionária pode ser vista como uma superposição de ondas incidentes e refletidas.
02) A velocidade das ondas transversais na corda corresponde (em módulo) a 100 m/s.
04) Na onda estacionária com dois ventres, o comprimento de onda da vibração na corda é
igual a 0,45m.
08) Na onda estacionária com três ventres, a corda vibra em uma frequência de 500/3 Hz.
16) O comprimento de onda do som emitido pela corda é igual ao comprimento de onda da
vibração correspondente na corda, independentemente do modo de vibração.

RESOLUÇÃO

02) A velocidade da onda na corda será obtida pela relação de Taylor, logo:

T 72 m
v= v=  v = 100
 7, 2.10−3 s

04) Quando a onda estacionária tem 2 ventres, isto corresponde ao 20 harmônico. Logo:

 
+ = 0,9   = 0,9m = 90cm
2 2
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08) Com três ventres, teremos o 30 harmônico. Logo:

   3
+ + = 0,9  = 0,9   = 0, 6m = 60cm
2 2 2 2

Da equação fundamental da Ondulatória, temos: SOMA = 11

6 500
v =  f  100 = f  f = Hz
10 3
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(AFA-2012) A figura 1 abaixo apresenta a configuração de uma onda estacionária que se


forma em uma corda inextensível de comprimento L e densidade linear μ quando esta é
submetida a oscilações de frequência constante f0, através de uma fonte presa em uma de
suas extremidades. A corda é tencionada por um corpo homogêneo e maciço de densidade ρ,
preso na outra extremidade, que se encontra dentro de um recipiente inicialmente vazio

Considere que o recipiente seja lentamente preenchido com um líquido homogêneo de


densidade δ e que, no equilíbrio, o corpo M fique completamente submerso nesse líquido.
Dessa forma, a nova configuração de onda estacionária que se estabelece na corda é mostrada
na figura 2.
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Nessas condições, a razão entre as densidades do corpo e do líquido, é


a) 3/2 b) 4/3 c) 5/4 d) 6/5

RESOLUÇÃO

No primeiro caso, a onda encontra-se no 20 harmônico. E a as forças que atuam no bloco são:

T estando o bloco em equilíbrio, temos: T = P  T = mg  T = Vg

T Vg Vg Vg


v= v=  0 f 0 =  Lf 0 =
   
P
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No segundo caso, a onda encontra-se no 40 harmônico (o enunciado afirma que a frequência não
muda). E a as forças que atuam no bloco são:

T E estando o bloco em equilíbrio, temos:

T + E = P  T = mg − dlíqVsub g  T = Vg −  Vg

 L
Da figura, tem-se que: 4 =L  =
2 2
P
T Vg −  Vg L Vg −  Vg Vg Vg −  Vg
v=   f0 =  f0 =  =2
  2   

 4
Assim: Vg = 4Vg (  −  )   = 4  − 4  3 = 4  =
 3

B
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✓ Interferência de ondas bi e tridimensionais


Considere duas fontes oscilando em fase na superfície da água. Assim temos:

d1 d2

Um ponto do meio é sede de interferência construtiva ou destrutiva quando a diferença


entre os caminhos percorridos pelas ondas, desde a fonte até o ponto de superposição, for
um número inteiro de meio comprimento de onda:


d = d 2 − d1 = n
2
Se n é par a interferência é construtiva, se n é ímpar a interferência é destrutiva.
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RESOLUÇÃO

Uma vez que o sr. Rubinato não mais ouve o som, conclui-se que onde ele se encontra ocorre
interferência destrutiva (“n” ímpar, pois as fontes estão em fase). Logo;

v
 f v v
d = n  d dir − d esq = n  (L + )− L = n  =n A
2 2 2f 2f

330
• Para n = 1: = 1.  = 0,375m  = 37,5cm
2.440

330
• Para n = 3: = 3.  = 1,125m  = 112,5cm
2.440
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(ENEM-2017) O trombone de Quincke é um dispositivo experimental utilizado para


demonstrar o fenômeno da interferência de ondas sonoras. Uma fonte emite ondas sonoras de
determinada frequência na entrada do dispositivo. Essas ondas se dividem pelos dois caminhos
(ADC e AEC) e se encontram no ponto C, a saída do dispositivo, onde se posiciona um
detector. O trajeto ADC pode ser aumentado pelo deslocamento dessa parte do dispositivo.
Com o trajeto ADC igual ao AEC, capta-se um som muito intenso na saída. Entretanto,
aumentando-se gradativamente o trajeto ADC, até que ele fique como mostrado na figura, a
intensidade do som na saída fica praticamente nula. Desta forma, conhecida a velocidade do
som no interior do tubo (320m/s), é possível determinar o valor da frequência do som
produzido pela fonte.
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O valor da frequência, em hertz, do som produzido pela fonte sonora é


a) 3200. b) 1600. c) 800. d) 640. e) 400.

RESOLUÇÃO

O som é uma onda tridimensional e, de acordo com o enunciado, o trajeto será tal que
ocorra a primeira interferência destrutiva. Assim:
  
d = n  d ADC − d AEC = n  2.40 − 2.30 = 1.   = 40cm
2 2 2

interferência destrutiva para fontes em fases => “n” ímpar

Logo: v =  f  320 = 0, 4 f  f = 800 Hz C


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✓ Interferência luminosa (experimento de Young)


Em 1801, a natureza ondulatória da luz foi demonstrada por Thomas Young em seu
famoso experimento de interferência. A experiência de Young provou que a luz era uma onda,
porque os fenômenos da difração e da interferência, por ele descobertos, eram
características exclusivamente ondulatórias.
Young descobriu que a luz incidente em dois furos de alfinetes muito próximos,
depois de atravessá-los, se recombina produzindo franjas de claro e escuro.

a interferência luminosa apenas redistribui a energia contida na luz


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a a


d = r2 − r1 = a.sen = n.
2

Para ângulos pequenos temos: sen  tg

 y  L
a.tg = n.  a. = n.  y = n.
2 L 2 2a

➢ Se “n” for par: franja clara


➢ Se “n” for ímpar: franja escura
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(UFT) As figuras ilustram quatro sistemas que envolvem fenômenos ondulatórios relativos à
luz.

Marque a alternativa que lista de forma CORRETA os fenômenos ondulatórios ilustrados em


cada um dos sistemas físicos apresentados acima.
a) I. Reflexão total e refração; II. Difração; III. Difração e Interferência; IV. Refração e
Dispersão.
b) I. Reflexão e Dispersão; II. Difração e Interferência; III. Interferência; IV. Dispersão.
c) I. Refração; II. Difração; III. Difração e dispersão; IV. Reflexão e Dispersão.
d) I. Reflexão total; II. Dispersão; III. Difração e Interferência; IV. Refração.
e) I. Reflexão total; II. Difração e Dispersão; III. Refração e Interferência; IV. Refração e
Dispersão
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RESOLUÇÃO

Representando a situação, temos (“n” par, pois trata-se de franja brilhante => construtiva):

L
y=n
2a

60.10−5.3.103
y y = 2.  y = 180.10−2
2.1

1mm Logo: y = 1,8mm

3m
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D
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✓ Interferência por luz refletida em películas

Iridescência é o nome dado ao fenômeno observado em películas delgadas


transparentes, em que é observado o espectro de cores refletidas.
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Considere uma película feita de material transparente (água, por exemplo) imersa no
ar. Considere também um ponto F dessa película visto por um observador. Ele funciona como
uma fonte de raios I e II que estarão em oposição de fase.
A diferença de caminhos entre esses dois raios é aproximadamente igual a:

inversão de fase

d = 2e

 c ar . f 
Logo: d = 2e = k n= =   = ar
2 v . f n

➢ Se “k” for par: interferência destrutiva (face escura)


➢ Se “k” for ímpar: interferência construtiva (face brilhante)
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✓ Polarização de ondas
A polarização é um fenômeno exclusivo das ondas transversais que ocorre quando
uma onda, que vibra em vários planos, passa por um material que permite a passagem apenas
das vibrações que estejam na sua direção.
Um único elétron oscilante pode emitir uma onda eletromagnética plano-polarizada. Já
uma fonte luminosa comum emite luz não-polarizada, uma vez que os vários elétrons oscilantes
emitem ondas eletromagnéticas nas mais variadas direções.
A luz não polarizada pode ser polarizada usando-se alguns materiais em que as
moléculas têm um arranjo especial, de modo que há uma série de fendas paralelas que só
deixam passar a luz com uma determinada direção de oscilação.

luz natural
luz linearmente polarizada

calcita
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analisador
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analisador
polarizador
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A maior parte do brilho de superfícies não-metálicas é formada por luz polarizada. A


componente refletida da luz incidente é paralela à superfície, com as componentes
perpendiculares sendo transmitidas. Como a maior parte das superfícies é horizontal, logo o eixo
de polarização dos polaroides de óculos escuros são verticais.
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A
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(ATENAS-2020) O que é o tratamento antirreflexo? É um tratamento a que se pode


submeter as lentes dos óculos no intuito de reduzir os reflexos indesejáveis nestas lentes. Este
processo tem sua utilidade para o usuário uma vez que permite o aumento do contraste daquilo
que se vê. Observe a figura que se segue. Nela se vê a diferença entre duas lentes oftálmicas:
a da esquerda, não apresenta o tratamento antirreflexo, a da direita sim.

O tratamento dado às lentes oftálmicas e que lhes confere característica antirreflexo se dá


pelo revestimento óptico destas lentes com uma película, em geral de fluoreto de magnésio,
que produz o fenômeno da interferência luminosa. Ao incidir sobre uma lente com tratamento
antirreflexo, parte da luz é refletida na película que recobre a lente; parte da onda é
transmitida por esta película até incidir sobre a lente propriamente dita, onde será, também,
refletida. Essas duas partes refletidas se superpõem, dando origem à interferência.
Fonte: Adaptado de FONTANA, Antonio; ANTONIO, Nelson Mauricí. Tratamentos Ópticos Garantem Qualidade Visual,
Boa Aparência e Agregam Valor às Lentes Oftálmicas. Optoeletrônica, São Carlos, v. 1, n. 1, p.1-8, fev. 2001.
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De posse destas informações e baseando-se em conhecimentos correlatos, considere uma lente


oftálmica que recebeu tratamento antirreflexo com fluoreto de magnésio (MgF2), cujo índice de
refração é 1,38. A película de MgF2 foi depositada sobre a lente de modo que a cobertura
produzida por ela se manifesta antirreflexiva para comprimentos de onda da ordem de 500nm.
Nestas condições, calcule a menor espessura h da película de fluoreto de magnésio que pode
ser usada como revestimento para a lente e marque a alternativa correta.
a) A interferência citada no texto é construtiva e a espessura da película de MgF2 é próxima de
91nm.
b) A interferência citada no texto é construtiva e a espessura da película de MgF2 é próxima de
181nm.
c) A interferência citada no texto é destrutiva e a espessura da película de MgF2 é próxima de
91nm.
d) O que se tem é um padrão de ondas estacionárias de modo que a espessura da película de
MgF2 corresponde à distância entre dois nodos consecutivos, isto é, 250nm.
e) A interferência citada no texto é destrutiva e a espessura da película de MgF2 é próxima de
181nm.

RESOLUÇÃO

O caso da lente antirreflexo é o caso da interferência em uma película delgada. Mais


precisamente, temos uma interferência do tipo destrutiva, uma vez que a luz refletida será
aniquilada pela luz refletida no fundo da película e depois refratada para o ar. Logo, a espessura
da película de fluoreto de magnésio será dada por:
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o enunciado não esclarece se há ou não inversão de fase na reflexão!!

➢ Obs.: o exercício não esclarece se o comprimento de onda da radiação é na película ou no ar

ar
d = 2e = k

 2h = k n  h = k ar  h = 1. 500  h  91nm
2 2 4n 4.1,38
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➢ Obs.: uma onda é dita circularmente polarizada quando é formada pela composição de duas
ondas linearmente polarizadas defasadas de 900 entre si
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(UFT) Um campo elétrico de amplitude máxima A se propaga no ar na direção y, na velocidade


da luz (c = 3 x 108 m/s). A figura abaixo ilustra a curva da intensidade do campo elétrico, em
função de y, que se situa no plano yz. Qual das afirmações está CORRETA:

a) A frequência de oscilação do campo é f = 50 MHz e a sua polarização é vertical na direção z.


b) A frequência de oscilação do campo é f = 5 GHz e a sua polarização é horizontal na direção
x.
c) A frequência de oscilação do campo é f = 50 MHz e a sua polarização é circular.
d) A frequência de oscilação do campo é f = 5 GHz e a sua polarização é vertical na direção z.
e) A frequência de oscilação do campo é f = 10 GHz e a sua polarização é circular.
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RESOLUÇÃO

Do desenho, percebe-se que o campo elétrico da onda oscila no eixo z. Logo, trata-se de uma
polarização linear nessa direção.

Como cada concavidade mede meio comprimento de onda, temos:


= 3   = 6m
2

De acordo com a equação fundamental da Ondulatória, temos:

v =  f  3.108 = 6 f  30.107 = 6 f  f = 5.107 Hz  f = 50MHz

A
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Quando uma onda linearmente polarizada incide formando um ângulo com o plano de
polarização do polaroide temos:

E0

E X = E0 cos 

A intensidade de uma onda é proporcional ao quadrado da amplitude. Se antes do polarizador a


intensidade era IO e após a intensidade for I, temos:

I ( EX ) ( E0 cos  )  I = I cos2 
2 2

= =
I 0 ( E0 )2
0
E02

Lei de Malus
para a luz se relaciona ao brilho
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RESOLUÇÃO

De acordo com a Lei de Malus, temos:


2
I I cos  2
 3 3
R= R= 0  R =    R =  R = 75%
I0 I0  2  4

A
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✓ O projetor 3-D
O projetor 3-D que usa polaroides baseia-se na seguinte ideia: o olho esquerdo
enxerga apenas luz polarizada vinda do projetor esquerdo, o direito enxerga apenas luz vinda do
projetor direito. Ambas as visões são superpostas no cérebro, criando a impressão de
profundidade.
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✓ Interferência em cunhas

Trata-se de um experimento que permite determinar se duas lâminas de vidro (ou


outro material sólido e transparente) são totalmente lisas e, também, determinar o diâmetro
de fios muito finos ou a espessura de lâminas muito finas, como, por exemplo, uma folha de
papel.
Considere duas lâminas de vidro retangulares de mesmo tamanho e superpostas.
Em seguida, levante um pouco uma delas pela introdução de um fio muito fino, de diâmetro d.
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Suponha que um feixe de luz monocromática ilumine o conjunto. Na cunha de ar


haverá interferência entre a luz incidente e a luz refletida de modo semelhante ao que
acontece com uma película. Porém, aqui a espessura da lâmina de ar é variável, de modo que,
para algumas espessuras teremos interferência construtiva e para outras, interferência
destrutiva. A consequência é que o observador O, que observa a interferência por luz refletida,
enxergará uma série de faixas alternadamente claras e escuras, denominadas franjas de
interferência. Porém isso só ocorrerá se as lâminas de vidro forem perfeitamente lisas. Se as
lâminas tiverem irregularidades, em vez de franjas observaremos desenhos irregulares.
Considere um raio r que incide no conjunto. O raio r atinge a face superior da lâmina
no ponto Z. Como nesse ponto a luz está indo de um meio mais refringente (vidro) para um
menos refringente (ar), o raio refletido 1 não sofre inversão de fase. Porém, no ponto W, a luz
está indo de um meio menos refringente (ar) para um mais refringente (vidro); assim, o raio
refletido 2 sofre inversão de fase. Portanto, os raios refletidos 1 e 2 estão em oposição de
fase. Para esse caso, sendo e a espessura da cunha na região dos pontos Z e W, e sendo λ o
comprimento de onda da luz no ar, temos:


• Interferência destrutiva => 2e = k   e = k
2
 
• Interferência construtiva => 2e = i  e=i
2 4

sendo “k” um número natural qualquer e “i” um número natural ímpar


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Os números impares podem ser escritos como i = 2k+1, então:

   2k + 1    1
e=i = ( 2k + 1) =   e =  k + 
4 4  2 2  2 2

interferência construtiva

franjas escuras
Da equação da interferência destrutiva:
• 1ª franja escura => k = 0;
• 2ª franja escura => k = 1;
• 3ª franja escura => k = 2;
• mª franja escura => k = m - 1;

franjas claras correspondentes


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franjas escuras correspondentes

A distância entre duas franjas escuras adjacentes (t) é igual à distância entre duas faixas
claras adjacentes, assim temos:

3
tg = 4    tg = 
3t 2t
2
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➢ Obs.: cálculo do espaçamento t

Sendo d o diâmetro do fio e L o comprimento de cada lâmina, vamos calcular a abscissa x de


uma franja qualquer em relação ao eixo dado na figura

e d L
= x= e
x L d
Para a franja escura temos:

L L
x = e  xE = .k
d 2d

L L 1 L  1
Para a franja clara temos: x= e  x =  k +   xC =  k + 
d d 2 2 2d  2

O espaçamento será dado pela diferença entre duas franjas claras ou escuras consecutivas:

L L L
t = x = xE' − xE = ( k + 1) − k  t =
2d 2d 2d
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Assim, as abscissas das franjas escuras (xE) e as abscissas das franjas claras (xC),
podem ser alteradas para:

xE = t.k com k = 0, 1, 2, ...

 1
xC = t  k +  com k = 0, 1, 2, ...
 2

✓ Anéis de Newton

Considere uma lente plano-convexa, de grande raio de curvatura (R), é colocada com a face
convexa apoiada numa lâmina de vidro. Faz-se incidir um feixe de luz monocromática, de cima
para baixo.
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Na película de ar entre a lente e a lâmina de vidro ocorre interferência dos raios refletidos de
modo semelhante ao que ocorre na cunha de ar, mas com duas diferenças. A primeira é que,
em vez de faixas retas, aparecem faixas circulares alternadamente claras e escuras.

A segunda diferença é que, pelo fato de a variação da espessura não ser uniforme (como no
caso da cunha), o espaçamento entre faixas circulares consecutivas vai diminuindo à medida
que consideramos faixas que se afastam do centro.

• Anéis escuros
As condições de interferência são as mesmas da cunha de ar, logo:

2e = k 
Da equação da interferência destrutiva:
➢ 1ª anel escuro => k = 1;
➢ 2ª anel escuro => k = 2;
➢ Obs.: como a espessura da camada de ar deve ser diferente de zero, então k ≠ 0.
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• Anéis claros

   1
2e = i.  2e = ( 2k − 1)  2e =  k −  
2 2  2

Da equação da interferência destrutiva:


➢ 1ª anel claro => k = 1;
➢ 2ª anel claro => k = 2;
➢ Obs.: faz-se i = 2k – 1 pois k ≠ 0.

✓ Cálculo do raio de um anel qualquer


Seja r o raio de um anel qualquer (claro ou escuro) que se forma na região em que
a espessura da camada de ar é e.
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Nesse caso, C e R são, respectivamente, o centro de curvatura e o raio da face convexa da


lente. O triângulo AEF está inscrito na circunferência de centro C e raio R, de modo que o lado
AF é um diâmetro da circunferência. Assim, o triângulo AEF é retângulo em E, logo:

r 2 = FB.BA = ( 2 R − e ) e = 2 R.e  r = 2 Re

2 R  e  2 R − e  2 R
Assim temos:

• raio do k0 anel escuro => rk = R k

 1
• raio do k0 anel claro => rk = R  k − 
 2

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