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PRF

Policial Rodoviário Federal

1 Mecânica. 1.1 Cinemática escalar, cinemática vetorial ..................................................................... 1


1.2 Movimento circular ......................................................................................................................... 9
1.3 Leis de Newton e suas aplicações. 1.4 Trabalho. 1.5 Potência. 1.6 Energia cinética, energia
potencial, atrito. 1.7 Conservação de energia e suas transformações. 1.8 Quantidade de movimento e
conservação da quantidade de movimento, impulso .............................................................................. 17
1.9 Colisões. 1.10 Estática dos corpos rígidos. 1.11 Estática dos fluidos. 1.12 Princípios de Pascal,
Arquimedes e Stevin .............................................................................................................................. 38
2 Ondulatória. 2.1 Movimento harmônico simples. 2.2 Oscilações livres, amortecidas e forçadas. 2.3.
Ondas. 2.3.1 Ondas sonoras, efeito doppler e ondas eletromagnéticas. 2.3.2 Frequências naturais e
ressonância ............................................................................................................................................ 53
3. Óptica geométrica: reflexão e refração da luz. 3.1 Instrumentos ópticos: características e aplicações
............................................................................................................................................................... 81

Candidatos ao Concurso Público,


O Instituto Maximize Educação disponibiliza o e-mail professores@maxieduca.com.br para dúvidas
relacionadas ao conteúdo desta apostila como forma de auxiliá-los nos estudos para um bom
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Bons estudos!

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1.Mecânica. 1.1 Cinemática escalar, cinemática vetorial.

Caro(a) candidato(a), antes de iniciar nosso estudo, queremos nos colocar à sua disposição, durante
todo o prazo do concurso para auxiliá-lo em suas dúvidas e receber suas sugestões. Muito zelo e técnica
foram empregados na edição desta obra. No entanto, podem ocorrer erros de digitação ou dúvida
conceitual. Em qualquer situação, solicitamos a comunicação ao nosso serviço de atendimento ao cliente
para que possamos esclarecê-lo. Entre em contato conosco pelo e-mail: professores @maxieduca.com.br

MOVIMENTO:DESLOCAMENTO, VELOCIDADE, ACELERAÇÃO


A cinemática estuda os movimentos dos corpos, sendo principalmente os movimentos lineares e
circulares os objetos do nosso estudo que costumar estar divididos em Movimento Retilíneo Uniforme
(M.R.U) e Movimento Retilíneo Uniformemente Variado (M.R.U.V)
Para qualquer um dos problemas de cinemática, devemos estar a par das seguintes variáveis:
- Deslocamento (ΔS)
- Velocidade ( V )
- Tempo (Δt)
- Aceleração ( a )

VELOCIDADE
A velocidade de um corpo é dada pela relação entre o deslocamento de um corpo em determinado
tempo. Pode ser considerada a grandeza que mede o quão rápido um corpo se desloca.
A análise da velocidade se divide em dois principais tópicos: Velocidade Média e Velocidade
Instantânea. É considerada uma grandeza vetorial, ou seja, tem um módulo (valor numérico), uma direção
(Ex.: vertical, horizontal) e um sentido (Ex.: para frente, para cima, ...). Porém, para problemas
elementares, onde há deslocamento apenas em uma direção, o chamado movimento unidimensional,
convém tratá-la como um grandeza escalar (com apenar valor numérico).
As unidades de velocidade comumente adotadas são:
m/s (metro por segundo);
km/h (quilômetro por hora);
No Sistema Internacional (SI), a unidade de velocidade é metro por segundo (m/s). É também muito
comum o emprego da unidade quilômetro por hora (km/h). Pode-se demonstrar que 1m/s é equivalente
a 3,6 km/h. Assim temos:

EXEMPLOS:
Um carro viaja de uma cidade A a uma cidade B, distantes 200km. Seu percurso demora 4 horas, pois
decorrida uma hora de viagem, o pneu dianteiro esquerdo furou e precisou ser trocado, levando 1 hora e
20 minutos do tempo total gasto. Qual foi a velocidade média que o carro desenvolveu durante a viagem?
S=200km
t=4h
v=?

∆𝑆 200 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 50 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 4ℎ

Mesmo o carro tendo ficado parado algum tempo durante a viagem, para o cálculo da velocidade média
não levamos isso em consideração.
2. No exercício anterior, qual foi a velocidade nos intervalos antes e depois de o pneu furar? Sabendo
que o incidente ocorreu quando faltavam 115 km para chegar à cidade B.
Antes da parada:
S= 200-115=85km
t=1hora
v=?

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∆𝑆 85 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 85 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1ℎ

Depois da parada:
S= 115km
t= 4h-1h-1h20min= 1h40min=1,66h (utilizando-se regra de três simples)
v=?
∆𝑆 115 𝐾𝑚
𝑉𝑚 = = = 69 𝐾𝑚/ℎ
∆𝑡 1,66ℎ

MOVIMENTO UNIFORME
Quando um móvel se desloca com uma velocidade constante, diz-se que este móvel está em
um movimento uniforme (MU). Particularmente, no caso em que ele se desloca com uma velocidade
constante em trajetória reta, tem-se um movimento retilíneo uniforme.
Uma observação importante é que, ao se deslocar com uma velocidade constante, a velocidade
instantânea deste corpo será igual à velocidade média, pois não haverá variação na velocidade em
nenhum momento do percurso.
A equação horária do espaço pode ser demonstrada a partir da fórmula de velocidade média.

∆𝑆
𝑉 = 𝑉𝑚 = 
∆𝑡
Isolando o S, teremos:
S=.t

Mas sabemos que:


S=Sfinal-Sinicial
Então
Sfinal+ Sinicial + v.t

Exemplos:
1)O gráfico a seguir representa a função horária do espaço de um móvel em trajetória retilínea e em
movimento uniforme.

Com base nele, determine a velocidade e a função horária do espaço deste móvel.
v = Δs/Δt
v = (250 – 50)/(10 - 0)
v = 200/10
v = 20m/s – velocidade
x = xo+ v.t
x = 50 + 20.t
2) Um móvel em M.R.U gasta 10h para percorrer 1100 km com velocidade constante. Qual a distância
percorrida após 3 horas da partida?
V = S/t
V = 1100/10
V = 110km/h
110 = S/3
S = 330 km.

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Para que você compreenda melhor o assunto, segue abaixo um exercícios que envolve fatores
importantes a serem determinados no movimento uniforme.
Um carro desloca-se em uma trajetória retilínea descrita pela função S=20+5t (no SI). Determine:
(a) a posição inicial;
(b) a velocidade;
(c) a posição no instante 4s;
(d) o espaço percorrido após 8s;
(e) o instante em que o carro passa pela posição 80m;
(f) o instante em que o carro passa pela posição 20m.

RESOLUÇÃO:
Comparando com a função padrão: Sfinal+ Sinicial + v.t

(a) Posição inicial= 20m


(b) Velocidade= 5m/s

(c) S= 20+5t
S= 20+5.4
S= 40m

(d) S= 20+5.8
S= 60m
S= S-S0
S=60-20=40m

(e) 80= 20+5t


80-20=5t
60=5t
12s =t

(f) 20= 20+5t


20-20= 5t
t=0
É importante não confundir o “s” que simboliza o deslocamento do s que significa segundo.

Por convenção, definimos que, quando um corpo se desloca em um sentido que coincide com a
orientação da trajetória, ou seja, para frente, então ele terá uma v > 0 e um ∆𝑠 > 0 e este movimento será
chamado movimento progressivo. Analogamente, quando o sentido do movimento for contrário ao sentido
de orientação da trajetória, ou seja, para trás, então ele terá uma v < 0 e um ∆𝑠 < 0, e ao movimento será
dado o nome de movimento retrógrado.

MOVIMENTO UNIFORMEMENTE VARIADO


Também conhecido como movimento acelerado, consiste em um movimento onde há variação de
velocidade, ou seja, o móvel sofre aceleração à medida que o tempo passa.
Mas se essa variação de velocidade for sempre igual em intervalos de tempo iguais, então dizemos
que este é um Movimento Uniformemente Variado (também chamado de Movimento Uniformemente
Acelerado), ou seja, que tem aceleração constante e diferente de zero.
O conceito físico de aceleração, difere um pouco do conceito que se tem no cotidiano. Na física,
acelerar significa basicamente mudar de velocidade, tanto tornando-a maior, como também menor. Já no
cotidiano, quando pensamos em acelerar algo, estamos nos referindo a um aumento na velocidade.
O conceito formal de aceleração é: a taxa de variação de velocidade numa unidade de tempo, então
como unidade teremos:
𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 = 𝑚⁄𝑠 𝑚
= 2
𝑡𝑒𝑚𝑝𝑜 𝑠 𝑠

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As fórmulas utilizadas para o movimento uniformemente
variado são:
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑉𝑜 𝑡 + 𝑎𝑡 2 -conhecida como ( sorvetão)
2
𝑉 2 = 𝑉02 + 2𝑎∆𝑆 Torricelli
𝑉 = 𝑉0 + 𝑎𝑡 ( Vovô ateu)

Aceleração
Assim como para a velocidade, podemos definir uma aceleração média se considerarmos a variação
de velocidade em um intervalo de tempo , e esta média será dada pela razão:
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

Velocidade em função do tempo


No entanto, quando este intervalo de tempo for infinitamente pequeno, ou seja, , tem-se a
aceleração instantânea do móvel.
∆𝑣
𝑎𝑚 =
∆𝑡

Isolando-se o 𝑣:
𝑣 = 𝑎. 𝑡
Mas sabemos que:
𝑣 = 𝑣 − 𝑣0
Então:
𝑣 − 𝑣0 = 𝑎. 𝑡
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
Entretanto, se considerarmos , teremos a função horária da velocidade do Movimento
Uniformemente Variado, que descreve a velocidade em função do tempo [v=f(t)]:

EXEMPLOS:
1)Um móvel, partindo do repouso com uma aceleração constante igual 1m/s² se desloca durante 5
minutos. Ao final deste tempo, qual é a velocidade por ele adquirida?
𝑣 = 𝑣0 + 𝑎. 𝑡
V= 0+1(5.60)
V=300m/s

2) Um automóvel encontra-se parado diante de um semáforo. Logo quando o sinal abre, ele arranca
com aceleração 5m/s², enquanto isso, um caminhão passa por ele com velocidade constante igual a
10m/s.
(a) Depois de quanto tempo o carro alcança o caminhão?
(b) Qual a distância percorrida até o encontro.
Escreve-se as equações do MUV para o carro e do mu para o caminhão:

Carro:
𝟏
S=S0+v0.t+𝟐 𝒂 𝒕𝟐
𝟏
𝑺 = 𝟎 + 𝟎 + . 𝟓𝒕𝟐
𝟐
𝟓 𝟐
S= 𝟐 𝒕

Caminhão:
S=S0+vt
S=0+10t
S=10t

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Quando os dois se encontram, suas posições são iguais, então:
5
S=2 𝑡 2 =10t

10.2
t= 0s e t= 5
=4 s

(b) Sabendo o momento do encontro, só é necessário aplicá-lo em uma das duas funções (do
caminhão ou do carro)

S=10t , sendo t=4s


S= 40m
Logo o carro encontra o caminhão 4 segundos após a sinaleira abrir, a uma distância de 40 m.

3) Uma motocicleta se desloca com velocidade constante igual a 30m/s. Quando o motociclista vê
uma pessoa atravessar a rua freia a moto até parar. Sabendo que a aceleração máxima para frear a moto
tem valor absoluto igual a 8m/s², e que a pessoa se encontra 50m distante da motocicleta. O motociclista
conseguirá frear totalmente a motocicleta antes de alcançar a pessoa?
Como a aceleração utilizada para frear a moto se opõe ao movimento, tem valor negativo, então:

𝑣 2 = 𝑣02 + 2aS
0= (30)2+ 2aS
-900=-16 S
56,25=(S-S0)
56,25 m=S

A motocicleta não irá parar antes de atingir a pessoa.

MOVIMENTO VERTICAL
Se largarmos uma pena e uma pedra de uma mesma altura, observamos que a pedra chegará antes
ao chão.
Por isso, pensamos que quanto mais pesado for o corpo, mais rápido ele cairá. Porém, se colocarmos
a pedra e a pena em um tubo sem ar (vácuo), observaremos que ambos os objetos levam o mesmo tempo
para cair.
Assim, concluímos que, se desprezarmos a resistência do ar, todos os corpos, independente de massa
ou formato, cairão com uma aceleração constante: a aceleração da Gravidade.
Quando um corpo é lançado nas proximidades da Terra, fica então, sujeito à gravidade, que é orientada
sempre na vertical, em direção ao centro do planeta.
O valor da gravidade (g) varia de acordo com a latitude e a altitude do local, mas durante fenômenos
de curta duração, é tomado como constante e seu valor médio no nível do mar é:
g=9,80665m/s²
No entanto, como um bom arredondamento, podemos usar sem muita perda nos valores:
g=10m/s²
Observação: As definições sobre o movimento vertical são feitas desconsiderando a resistência do
ar.

Funções Horárias do Movimento Vertical


Como os movimentos verticais são uniformemente variados, as funções horárias que os descrevem
são iguais às do MUV. Vejamos no esquema abaixo:
𝟏 𝟐
S-S0 +Vot +𝟐 𝒂𝒕

v=v0+at

V2=Vo2+2aS

Vale ressaltar que “a” = “g”, uma vez que se trata da aceleração da gravidade. O sinal de g, como foi
dito acima, independe de o corpo subir ou descer, estabelecendo relação com a orientação da trajetória.
Orientação para cima: g é negativo; orientação para baixo: g é positivo

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Exemplos:
1) Em uma brincadeira chamada "Stop" o jogador deve lançar a bola verticalmente para cima e gritar
o nome de alguma pessoa que esteja na brincadeira. Quando a bola retornar ao chão, o jogador chamado
deve segurar a bola e gritar: "Stop", e todos os outros devem parar, assim a pessoa chamada deve "caçar"
os outros jogadores. Quando uma das crianças lança a bola para cima, esta chega a uma altura de 15
metros. E retorna ao chão em 6 segundos. Qual a velocidade inicial do lançamento?
Para realizar este cálculo deve-se dividir o movimento em subida e descida, mas sabemos que o tempo
gasto para a bola retornar é o dobro do tempo que ele gasta para subir ou descer. Então:
Subida (t=3s)
1
h= ho+vot -2gt2
1
15=0+3v0t- 10.32
2
15=3vo-45
15+45 = 3 vo
60
3
= v0

V0=20m/s

2) Um projétil de brinquedo é arremessado verticalmente para cima, da beira da sacada de um prédio,


com uma velocidade inicial de 10m/s. O projétil sobe livremente e, ao cair, atinge a calçada do prédio com
velocidade igual a 30m/s. Determine quanto tempo o projétil permaneceu no ar. Adote g = 10m/s² e
despreze as forças dissipativas.
Da sacada à altura máxima que o projétil alcançará.
V = Vo + g.t
0 = 10 – 10.t
10.t = 10
t = 10
10
t = 1s
Da altura máxima que o projétil alcançou ao solo.
V = Vo + g.t
30 = 0 + 10.t
10.t = 30
t = 30
10
t = 3s
O tempo em que o projétil permanece no ar:
t = 3 + 1 = 4s

VETORES

O vetor representa, para efeito de se determinar o módulo, a direção e o sentido, da grandeza física
Utilizando-se a representação através de vetores poderemos definir a soma, a subtração e as
multiplicações de grandezas vetoriais.
Ao longo do texto vamos estabelecer a distinção entre grandezas vetoriais e escalares, colocando uma
flechinha sobre as primeiras:
= vetor aceleração ,
= vetor velocidade ,
= vetor posição ,
⃗⃗⃗ = vetor força .
𝐹

REPRESENTAÇÃO GRÁFICA DE VETORES


Um vetor é representado graficamente através de um segmento orientado (uma flecha). A vantagem
dessa representação é que ela permite especificar a direção (e esta é dada pela reta que contém a

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flecha) e o sentido(especificado pela farpa da flecha). Além disso, o seu módulo (indicado com v ou )
será especificado pelo "tamanho" da flecha, a partir de alguma convenção para a escala.

As características de um vetor são as mesmas de qualquer um de seus representantes, isto é: o


módulo, a direção e o sentido do vetor são o módulo, a direção e o sentido de qualquer um de seus
representantes.
O módulo de se indica por | | .

Soma de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a soma de v e w, por:
v + w = (a+c,b+d)

Propriedades da Soma de vetores


i) Comutativa:
Para todos os vetores u e v de R2 v+w=w+v

ii) Associativa: para todos os vetores u,v e w de R2.


u+ (v+w) = (u+v) +w

iii) Elemento neutro: Existe um vetor O(0,0) em R 2 tal que para todo vetor u de R2, se tem:
o+u=u

iv) Elemento oposto: Para cada vetor v de R2, existe um vetor –v em R2 tal que: v+(-v)=0

Diferença de vetores
Se v=(a,b) e w=(c,d), definimos a diferença entre v e w, por:
v - w = (a-c,b-d)

Produto de um número escalar por um vetor


Se v=(a,b) é um vetor e c é um número real, definimos a multiplicação de c por v como:
c.v = (ca,cb)

Módulo de um vetor
O módulo ou comprimento do vetor v=(a,b) é um número real não negativo, definido por:

MOVIMENTO OBLÍQUO
Um movimento oblíquo é um movimento parte vertical e parte horizontal. Por exemplo, o movimento
de uma pedra sendo arremessada em um certo ângulo com a horizontal, ou uma bola sendo chutada
formando um ângulo com a horizontal.
Com os fundamentos do movimento vertical, sabe-se que, quando a resistência do ar é desprezada, o
corpo sofre apenas a aceleração da gravidade.

Lançamento Oblíquo
O lançamento oblíquo é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: “Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo”.
Composição de Movimentos.

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O lançamento oblíquo estuda o movimento de corpos, lançados com velocidade inicial V0 da superfície
da Terra. Na figura a seguir vemos um exemplo típico de lançamento obliquo realizado por um jogador
de golfe.

A trajetória é parabólica, como você pode notar na figura acima. Como a análise deste movimento não
é fácil, é conveniente aplicarmos o princípio da simultaneidade de Galileu. Veremos que ao projetamos o
corpo simultaneamente no eixo x e y teremos dois movimentos:
- Em relação a vertical, a projeção da bola executa um movimento de aceleração constante e de
módulo igual a g. Trata-se de um M.U.V. (lançamento vertical).
- Em relação a horizontal, a projeção da bola executa um M. U.

Lançamento Horizontal
O lançamento balístico é um exemplo típico de composição de dois movimentos. Galileu notou esta
particularidade do movimento balístico. Esta verificação se traduz no princípio da simultaneidade: "Se um
corpo apresenta um movimento composto, cada um dos movimentos componentes se realiza como se
os demais não existissem e no mesmo intervalo de tempo".

Composição de Movimentos
O princípio da simultaneidade poderá ser verificado no Lançamento Horizontal.

Um observador no solo, (o que corresponde a nossa posição diante da tela) ao notar a queda do corpo
do helicóptero, verá a trajetória indicada na figura. A trajetória traçada pelo corpo, corresponde a um arco
de parábola, que poderá ser decomposta em dois movimentos:

Exemplos:
1. Durante uma partida de futebol, um goleiro chuta uma bola com velocidade inicial igual 25m/s,
formando um ângulo de 45° com a horizontal. Qual distância a bola alcançará?

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(25)2
𝑋= 𝑠𝑒𝑛2 (45º)
10
625
𝑋= 𝑠𝑒𝑛 (90º)
10
X= 62,5 m

2. Um tiro de canhão é lançado formando um ângulo de 30° com a horizontal, conforme a figura abaixo:

𝑣𝑦2 =𝑣02𝑦 -2gy, mas quando a altura for máxima a velocidade final será zero:
0= (34,64 sem 30º)2-2.10.(h)
0= 300-20h
20h=300
300
h= 20
h= 15 m

Então a altura que o tiro do canhão alcança é igual a 50m+30m=80m


3. Suponha que você precise jogar um livro, do segundo andar de um prédio, para um amigo que esteja
a 10m de distância de você. Qual deve ser a velocidade inicial com que você deverá lançá-lo? Sabendo
que você vai realizar o lançamento verticalmente e que a janela de um segundo andar está a 4 metros de
altura do chão.

1.2 Movimento circular.

Movimentos circulares (uniforme e variado).


Na Mecânica clássica, movimento circular é aquele em que o objeto ou ponto material se desloca numa
trajetória circular. Uma força centrípeta muda de direção o vetor velocidade, sendo continuamente

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aplicada para o centro do círculo. Esta força é responsável pela chamada aceleração centrípeta, orientada
para o centro da circunferência-trajetória. Pode haver ainda uma aceleração tangencial, que obviamente
deve ser compensada por um incremento na intensidade da aceleração centrípeta a fim de que não deixe
de ser circular a trajetória. O movimento circular classifica-se, de acordo com a ausência ou a presença
de aceleração tangencial, em movimento circular uniforme (MCU) e movimento circular uniformemente
variado (MCUV).

Propriedades e Equações

Deslocamento angular (Δφ)


Assim como para o deslocamento linear, temos um deslocamento angular se calcularmos a diferença
entre a posição angular final e a posição angular inicial:
=-0

Sendo:
𝑆
= 𝑅

Por convenção:
No sentido anti-horário o deslocamento angular é positivo.
No sentido horário o deslocamento angular é negativo.

Velocidade Angular (ω)


Análogo à velocidade linear, podemos definir a velocidade angular média, como a razão entre o
deslocamento angular pelo intervalo de tempo do movimento:

m= 𝑡
Sua unidade no Sistema Internacional é: rad/s
Sendo também encontradas: rpm, rev/min, rev/s.
Também é possível definir a velocidade angular instantânea como o limite da velocidade angular média
quando o intervalo de tempo tender a zero:
=lim m
t0

Aceleração Angular (α)


Seguindo a mesma analogia utilizada para a velocidade angular, definimos aceleração angular
média como:
∆𝜔
αm= 𝑡

Período e Frequência
Período (T) é o intervalo de tempo mínimo para que um fenômeno cíclico se repita. Sua unidade é a
unidade de tempo (segundo, minuto, hora...)
Frequência(f) é o número de vezes que um fenômeno ocorre em certa unidade de tempo. Sua unidade
mais comum é Hertz (1Hz=1/s) sendo também encontradas kHz, MHz e rpm. No movimento circular a
frequência equivale ao número de rotações por segundo sendo equivalente a velocidade angular.
Para converter rotações por segundo para rad/s:
1 𝑟𝑜𝑡𝑎çã𝑜
𝑠

sabendo que 1rotação = 2πrad,

2𝜋 𝑟𝑎𝑑
𝑠

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Por exemplo, um objeto que tenha velocidade angular de 3,14 radianos por segundo tem período
aproximadamente igual a 2 segundos, e frequência igual a 0,5 hertz.
O movimento circular ocorre quando em diversas situações que podem ser tomadas como exemplo:
- Uma pedra fixada a um barbante e colocada a girar por uma pessoa descreverá um movimento
circular uniforme.
- Discos de vinil rodam nas vitrolas a uma frequência de 33 ou 45 rotações por minuto, em MCU.
- Engrenagens de um relógio de ponteiros devem rodar em MCU com grande precisão, a fim de que
não se atrase ou adiante o horário mostrado.
- Uma ventoinha em movimento.
- Satélites artificiais descrevem uma trajetória aproximadamente circular em volta do nosso planeta.
- A translação aproximada, para cálculos muito pouco precisos, da Lua em torno do planeta Terra (a
excentricidade orbital da Lua é de 0,0549).
- O movimento de corpos quando da rotação da Terra, como por exemplo, um ponto no equador,
movendo-se ao redor do eixo da Terra aproximadamente a cada 24 horas.
Quando se pedala uma bicicleta, executa-se um movimento circular em uma roda dentada (coroa)
através dos pedais. Esse movimento é transmitindo através de uma corrente para outra roda dentada de
menor raio, a catraca, que está ligada à roda traseira da bicicleta.

vA = vB

vA = vB
ωB = ωR
As formas angulares das equações do Movimento Curvilíneo Uniformemente Variado são obtidas
quando divididas pelo raio R da trajetória a que se movimenta o corpo.
Assim:
MUV MCUV
Grandezas Grandezas
lineares angulares
v=vo+at =0+at
1 2
S-S0 +Vot +2 𝑎𝑡 1 2
=0+0t+2 𝑎𝑡

∆𝜔
∆𝑉 αm=
am= ∆𝑡
∆𝑡

v2=vo2=2aS
2=02 +2a

E, aceleração resultante é dada pela soma vetorial da aceleração tangencial e da aceleração


centrípeta:

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Exemplos:
1. Os ponteiros do relógio realizam um movimento circular uniforme. Qual a velocidade angular dos
ponteiros (a) das horas, (b) dos minutos (c) e dos segundos?
(a) O ponteiro das horas completa uma volta (2π) em 12 horas (12∙3600s)
ωh=∆φt
ωh=2π12∙3600=1,45∙10-4 rad/s

(b) O ponteiro dos minutos completa um volta (2π) em uma hora (3600s)
ωm=∆φt
ωm=2π3600=1,74∙10-3 rad/s

(c) O ponteiro dos segundos completa uma volta (2π) em um minuto (60s)
ωs=∆φt
ωs=2π60=0,105 rad/s

2. Se considerarmos um relógio, no exercício anterior, com ponteiro das horas de 10cm, dos minutos
de 15cm e dos segundos de 20cm. Qual será a aceleração centrípeta de cada um dos ponteiros?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular

(a)acp= (𝜔ℎ2 .R)


acp=(0,0000727)2.(0,1)
acp=5,28.10-10 m/s

(b) acp= 𝜔ℎ2 .R


acp=(0,0017)2.(0,15)
acp= 4,569.10-7 m/s2

(c ) acp= 𝜔ℎ2 .R
acp= (0,104)2.(0,2)
acp=2,19.10-3 m/s2

3. Uma roda de 1 metro de diâmetro, partindo do repouso começa a virar com aceleração angular
igual a 2rad/s². Quanto tempo ele demora para atingir uma velocidade linear de 20m/s?
O primeiro passo para a resolução é transformar a velocidade linear pedida em velocidade angular,
considerando que o raio da roda é igual a metade do diâmetro. Então:
v=R
𝑣
= 𝑅

20
= 0,5= 40 rad/s

A partir daí, apenas se aplica a função horária da velocidade angular:


=0+αt

20= 0+2t
20
t= 2

t=10s

4. Uma bola de bilhar, com raio igual a 2,5cm, após ser acertada pelo jogador, começa a girar com
velocidade angular igual a 5rad/s, e sofre uma desaceleração igual a -1rad/s² até parar, qual o espaço
percorrido pela bola?
2=02 +2α.
0=(5)2+2(-1)
2=25
25
=
2

. 12
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=12,5 rad
S=R
S= 12,5.0,025
S= 0,3125m

5.Um volante circular como raio 0,4 metros gira, partindo do repouso, com aceleração angular igual a
2rad/s².
(a) Qual será a sua velocidade angular depois de 10 segundos?
(b) Qual será o ângulo descrito neste tempo?
(c) Qual será o vetor aceleração resultante?

(a) Pela função horária da velocidade angular:

=0+α.t
=0+2.10
= 20 rad/s
(b) Pela função horária do deslocamento angular:
1
=0+0.t+2α t2
1
=0+0+2.2.102
=100 rad

(c) Pelas relações estabelecidas de aceleração tangencial e centrípeta:

Questões

01. (EAM – Aprendiz – Marinheiro – Marinha/2015) Analise as afirmativas abaixo.


Numa estrada retilínea e horizontal, o velocímetro de um veículo, que move-se em linha reta, indica
um valor constante. Nesta situação:
I- a força peso do veículo tem o mesmo sentido que o da velocidade.
II- a soma vetorial das forças que atuam sobre o veículo é nula.
III- a aceleração do veículo é nula.
Assinale a opção correta.

(A) Apenas a afirmativa I é verdadeira.


(B) Apenas a afirmativa II é verdadeira.
(C) Apenas as afirmativas I e II são verdadeiras.
(D) Apenas as afirmativas II e III são verdadeiras.
(E) As afirmativas I, II e III são verdadeiras.

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02. (CBM/MG –Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN/2015) Um veículo mantendo
velocidade escalar constante de 72 km/h e em trajetória retilínea se aproxima de um semáforo que se
encontra aberto. No instante em que o semáforo se fecha, o veículo passa a apresentar uma
desaceleração constante até atingir o repouso, deslocando, nesse trecho de desaceleração, uma
distância de 40 m. Considerando que o semáforo se mantém fechado por um minuto, então o intervalo
de tempo em que esse veículo fica parado esperando o semáforo abrir é de
(A) 48 segundos.
(B) 50 segundos.
(C) 52 segundos.
(D) 56 segundos.

03. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP/2013) A polia dentada do motor de uma motocicleta em
movimento, também chamada de pinhão, gira com frequência de 3 600 rpm. Ela tem um diâmetro de 4
cm e nela está acoplada uma corrente que transmite esse giro para a coroa, solidária com a roda traseira.
O diâmetro da coroa é de 24 cm e o diâmetro externo da roda, incluindo o pneu, é de 50 cm. A figura a
seguir ilustra as partes citadas.

Use Π = 3, considere que a moto não derrapa e que a transmissão do movimento de rotação seja
integralmente dirigida ao seu deslocamento linear.
A velocidade da moto, em relação ao solo e em km/h, é de
(A) 54.
(B) 72.
(C) 90.
(D) 62.
(E) 66.

04. (SEDUC/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Um avião tipo caça, voa horizontalmente a
uma altitude de 720 m, com velocidade constante, cujo módulo é 360 km/h, numa região em que a
aceleração da gravidade tem módulo g=10m/s2. Num determinado instante o piloto recebe uma ordem de
soltar uma bomba para atingir um alvo na superfície do solo e a executa imediatamente. Desprezando os
efeitos da resistência do ar e supondo a superfície do solo plana, a distância horizontal, em metros, entre
o avião e o alvo, no instante em que a bomba foi abandonada, é igual a
(A) 1000m.
(B) 1100m.
(C) 1200m.
(D) 2400m.
(E) 4320m.

05. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) Um ônibus de 8 m


de comprimento, deslocando-se com uma velocidade constante de 36 km/h atravessa uma ponte de 12
m de comprimento. Qual o tempo gasto pelo ônibus, em segundos, para atravessar totalmente a ponte?
(A) 1
(B) 2
(C) 3
(D) 4

06. (PETROBRAS- Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2015) Ao retirar um equipamento


de uma estante, um operador se desequilibra e o deixa cair de uma altura de 1,8 m do piso.
Considerando-se que inicialmente a velocidade do equipamento na direção vertical seja nula e que g
= 10 m/s2, a velocidade de impacto do equipamento com o piso, em m/s, é
(A) 2
(B) 4
(C) 6
(D) 8

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07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP/2014) Em um relatório da perícia, indicou-se que o
corpo da vítima havia caído de um andaime localizado a 20 m de altura em relação ao solo.
Considerando que a aceleração da gravidade tem valor igual a 10 m/s2 e desprezando-se a ação do
ar contra o movimento, pode-se determinar que o choque fatal contra o chão ocorreu a uma velocidade,
em m/s, de
(A) 20.
(B) 15.
(C) 10.
(D) 25.
(E) 5.

08. (PUC/RS/2014) Para responder à questão, considere o gráfico abaixo, que representa a velocidade
de um corpo em movimento retilíneo em função do tempo, e as afirmativas que seguem.

I. A aceleração do móvel é de 1,0 m/s2.


II. A distância percorrida nos 10 s é de 50 m.
III. A velocidade varia uniformemente, e o móvel percorre 10 m a cada segundo.
IV. A aceleração é constante, e a velocidade aumenta 10 m/s a cada segundo.
São verdadeiras apenas as afirmativas
(A) I e II.
(B) I e III.
(C) II e IV.
(D) I, III e IV.
(E) II, III e IV.

09. (PUC/2015) O trem japonês de levitação magnética “Maglev" bateu seu próprio recorde mundial
de velocidade em 21 de abril de 2015, ao alcançar a incrível velocidade de 603 km/h (seu recorde anterior
era de 590 km/h). A velocidade recorde foi alcançada numa via de testes de 42 km de extensão, situada
na Prefeitura de Yamanashi. A Central Japan Railway (empresa ferroviária operadora do “Maglev") tem
intenção de colocá-lo em funcionamento em 2027 entre a estação de Shinagawa, ao sul de Tóquio, e a
cidade de Nagoia, no centro do Japão, perfazendo um trajeto de 286 quilômetros. Considere uma situação
hipotética em que o “Maglev" percorra a distância de Shinagawa a Nagoia com a velocidade recorde
obtida em 21 de abril de 2015, mantida sempre constante. Então o tempo da viagem será de,
aproximadamente

(A) 0,47 min


(B) 28 min

. 15
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(C) 2,1h
(D) 21 min
(E) 47 min
Respostas
01. Resposta: D.
Se a velocidade é constante, temos um MRU, portanto a soma das forças tem que ser nula e a
aceleração também, a força peso é sempre para baixo.

02. Resposta: D.
V=72 km/h=20 m/s
V²=Vo²-2aS
0=20²-2a40
-400=-80a
a=5 m/s²
V=Vo-at
0=20-5t
t=4s
1 minuto=60s
Portanto, 60-4=56s

03. Resposta: A.
Fpinhão =3600rpm=60hz
Dpinhão=4cm=0,04m
Rpinhão=0,02m
Dcoroa=24cm=0,24m
Rcoroa=0,12m
Droda=50cm=0,5m
Rroda=0,25m
𝑣𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑣𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
𝑅𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑅𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜 ∙ 𝑓𝑝𝑖𝑛ℎã𝑜
0,12 ∙ 𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 0,02 ∙ 60
1,2
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = = 10ℎ𝑧
0,12
𝑓𝑐𝑜𝑟𝑜𝑎 = 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2𝜋𝑅𝑟𝑜𝑑𝑎 ∙ 𝑓𝑟𝑜𝑑𝑎
𝑣𝑟𝑜𝑑𝑎 = 2 ∙ 3 ∙ 0,25 ∙ 10 = 15 𝑚/𝑠 = 54𝑘𝑚/ℎ

04. Resposta: C.
Para a queda livre temos que v0=0
1
𝑆 = 𝑆0 + 𝑣0 𝑡 + 𝑔𝑡 2
2
S-S0=H
1
𝐻 = 𝑔𝑡 2
2
1
720 = 10𝑡 2
2
2
1440
𝑡 = = 144
10
T=12s
Na horizontal:
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
360 km/h=100m/s
∆𝑆
100 =
12
S=12x100=1200m

. 16
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05. Resposta: B.
Para atravessar totalmente a ponte, é como se o tivesse passado 8+12=20m.
V=36km/h=10m/s
∆𝑆
𝑣=
∆𝑡
20
10 =
∆𝑡
20
∆𝑡 = = 2𝑠
10
06. Resposta: C.
V²=v0²+2gH
V²=0+2.10.1,8
V²=36
V=6m/s

07. Resposta: A.
V²=v0²+2gS
V²=2.10.20
V²=400
V=20m/s

08. Resposta: A.
I-
∆𝑉 10 − 0
= 𝑎= = 1 𝑚/𝑠²
∆𝑡 10 − 0
II-A distância percorrida, pode ser analisada pela área do triângulo:
ℎ 10
𝐴 = 𝑏 ∙ = 10 ∙ = 50𝑚
2 2
III-a velocidade varia uniformemente, mas a distância aumenta a cada segundo
IV- aceleração é constante, mas a velocidade aumenta 1m/s a cada segundo.

09. Resposta: B.
603km----1h
286km----x
X=0,47h
0,47x60=28,45 min

1.3 Leis de Newton e suas aplicações. 1.4 Trabalho. 1.5 Potência. 1.6
Energia cinética, energia potencial, atrito. 1.7 Conservação de energia
e suas transformações. 1.8 Quantidade de movimento e conservação
da quantidade de movimento, impulso.

LEIS DE NEWTON
As leis de Newton constituem os três pilares fundamentais do que chamamos Mecânica Clássica, que
justamente por isso também é conhecida por Mecânica Newtoniana.

1ª Lei de Newton - Princípio da Inércia


A inércia consiste na tendência natural que os corpos possuem em manter a velocidade constante.
Assim, todo corpo em repouso tende a permanecer em repouso e todo corpo em movimento tende a
permanecer em movimento retilíneo uniforme. No cotidiano, notamos essas tendências ao observarmos
uma pessoa de pé no interior de um ônibus. Quando o ônibus arranca, o passageiro por inércia tende a
permanecer em repouso em relação ao solo terrestre. Como o ônibus vai para frente, a pessoa que não
estava se segurando cai para trás no ônibus.

. 17
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Agora, se o ônibus estivesse em movimento e de repente freasse, a pessoa cairia para frente. Graças
à inércia, o passageiro exibe, nesse caso, sua vontade de continuar em movimento em relação ao solo
terrestre: o ônibus para, o passageiro não.

Ou seja:
Todo corpo em equilíbrio mantém, por inércia sua velocidade constante.
Em resumo, podemos esquematizar o princípio da inércia assim:

Exemplos:
1) Um elevador de um prédio de apartamentos encontra-se, durante um certo tempo, sob a ação
exclusiva de duas forças opostas: o peso e a tração do cabo, ambas de intensidade igual a 2 000 N. O
elevador está parado?

Resposta
Como a resultante das forças atuantes é nula, o elevador pode se encontrar tanto em repouso
(equilíbrio estático) quanto em movimento retilíneo uniforme (equilíbrio dinâmico), por inércia.
2) Observe a figura a seguir.

Sobre uma mesa horizontal lisa, uma esfera deixa de executar seu movimento circular uniforme e sai
tangente à curva, após o rompimento do fio que garantia sua circulação. Qual o tipo de movimento que a
esfera realiza após o rompimento do fio? Justifique.

Resposta
Após estar livre da força de tração do fio, que a obrigava a alterar a direção de sua velocidade, a esfera
segue por inércia em movimento retilíneo uniforme.

2ª Lei de Newton - Princípio Fundamental da Dinâmica


Quando aplicamos uma mesma força em dois corpos de massas diferentes observamos que elas não
produzem aceleração igual.
A 2ª lei de Newton diz que a Força é sempre diretamente proporcional ao produto da aceleração de
um corpo pela sua massa, ou seja:

. 18
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A equação F = m.a é uma equação vetorial. Tanto a força quanto a aceleração são vetores e devem
possuir a mesma direção e sentido.

A unidade de força, no sistema internacional, é o N (Newton), que equivale a kg m/s² (quilograma metro
por segundo ao quadrado) e a é a aceleração adquirida (em m/s²).
Como F = m.a é uma função do 1º grau, o gráfico da intensidade (F) da força aplicada a um corpo, em
função de sua aceleração (a) é uma reta inclinada cuja inclinação ou coeficiente angular representa
a massa do corpo, que é uma constante de proporcionalidade.

Essa constante de proporcionalidade (m), que é característica de cada corpo recebe o nome de massa
inercial ou simplesmente massa e corresponde à medida da inércia do corpo, ou seja, da resistência que
o corpo oferece à variação do vetor velocidade.
Observe na lei fundamental da Dinâmica (F = m.a) que, quanto maior a massa do corpo, maior será
sua inércia, ou seja, devemos aplicar uma força resultante maior para acelerar ou retardar um caminhão

Exemplo:
Quando um força de 12N é aplicada em um corpo de 2kg, qual é a aceleração adquirida por ele?
F=ma
12=2a
a=6m/s²

Força de Tração
Dado um sistema onde um corpo é puxado por um fio ideal, ou seja, que seja inextensível, flexível e
tem massa desprezível.

Podemos considerar que a força é aplicada no fio, que por sua vez, aplica uma força no corpo, a qual
chamamos Força de Tração .

Exemplo:
Dada a figura

. 19
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Determine:
a) a aceleração do conjunto;
b) a força que o bloco A exerce sobre o bloco B.

RESOLUÇÃO
1. Separe os blocos A e B.
2. Represente as forças de ação e reação sobre os blocos na direção do movimento.
3. Aplique a 2ª Lei de Newton em cada bloco;

4. Com as duas equações encontradas, resolva o sistema

Substituir o valor da aceleração em uma das equações acima, para que possamos calcular o valor da
força f.
f=3a
f = 3 · 4 = 12 N

3ª Lei de Newton - Princípio da Ação e Reação


Quando uma pessoa empurra um caixa com um força F, podemos dizer que esta é uma força de ação,
mas conforme a 3ª lei de Newton, sempre que isso ocorre, há uma outra força com módulo e direção
iguais, e sentido oposto a força de ação, esta é chamada força de reação.
Esta é o princípio da ação e reação, cujo enunciado é:"As forças atuam sempre em pares, para toda
força de ação, existe uma força de reação."

Exemplo:
O homem de peso 700N, mostrado na figura, mantém-se em equilíbrio, suportando um corpo de massa
30kg, por meio de uma corda e uma polia, ambas ideais. Considere g = 10m/s2. Calcule o módulo da força
exercida pelos pés do homem sobre o assoalho.
a) 300N
b) 400N
c) 600N
d) 750N
e) 1050N

. 20
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No homem, atuam Peso ( para baixo), Normal e Tensão (para cima).Como o sistema está em equilíbrio,
N + T = Phomem.
Por outro lado, no contra peso, a tensão é igual T= mg( onde m é a massa do contrapeso)
Deste modo = > N + mg = Phomem => N + 30x10 = 700 => N= 400N

FORÇA PESO
Quando falamos em movimento vertical, introduzimos um conceito de aceleração da gravidade, que
sempre atua no sentido a aproximar os corpos em relação à superfície. Relacionando com a 2ª Lei de
Newton, se um corpo de massa m, sofre a aceleração da gravidade.
A esta força, chamamos Força Peso, e podemos expressá-la como:
P=mg
O Peso de um corpo é a força com que a Terra o atrai, podendo ser variável, quando a gravidade
variar, ou seja, quando não estamos nas proximidades da Terra.
A massa de um corpo, por sua vez, é constante, ou seja, não varia.
Quando falamos no peso de algum corpo, normalmente, lembramos do “peso” medido na balança.
Mas este é um termo fisicamente errado, pois o que estamos medindo na realidade, é a nossa massa.
Além da Força Peso, existe outra que normalmente atua na direção vertical, chamada Força Normal.
Esta é exercida pela superfície sobre o corpo, podendo ser interpretada como a sua resistência em sofrer
deformação devido ao peso do corpo. Esta força sempre atua no sentido perpendicular à superfície,
diferentemente da Força Peso que atua sempre no sentido vertical. Analisando um corpo que encontra-
se sob uma superfície plana verificamos a atuação das duas forças.

Para que este corpo esteja em equilíbrio na direção vertical, ou seja, não se movimente ou não altere
sua velocidade, é necessário que os módulos das forças Normal e Peso sejam iguais, assim, atuando em
sentidos opostos elas se anularão. Por exemplo:
Qual o peso de um corpo de massa igual a 10kg:
(a) Na superfície da Terra (g=9,8m/s²);
(b) Na superfície de Marte (g=3,724m/s²).

(a) P=mg
P=10.9,8=98 N

(b)P=mg
P=10.3,724=37,24 N

FORÇA DE ATRITO
Até agora, para calcularmos a força, ou aceleração de um corpo, consideramos que as superfícies por
onde este se deslocava, não exercia nenhuma força contra o movimento, ou seja, quando aplicada uma
força, este se deslocaria sem parar.
Mas sabemos que este é um caso idealizado. Por mais lisa que uma superfície seja, ela nunca será
totalmente livre de atrito.
Sempre que aplicarmos uma força a um corpo, sobre uma superfície, este acabará parando.
É isto que caracteriza a força de atrito:
 Se opõe ao movimento;
 Depende da natureza e da rugosidade da superfície (coeficiente de atrito);
 É proporcional à força normal de cada corpo;
 Transforma a energia cinética do corpo em outro tipo de energia que é liberada ao meio.
 Podemos perceber a existência da força de atrito e entender as suas características através de
uma experiência muito simples. Tomemos uma caixa bem grande, colocada no solo, contendo madeira.
Podemos até imaginar que, à menor força aplicada, ela se deslocará. Isso, no entanto, não ocorre.
Quando a caixa ficar mais leve, à medida que formos retirando a madeira, atingiremos um ponto no qual

. 21
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conseguiremos movimentá-la. A dificuldade de mover a caixa é devida ao surgimento da força de atrito
Fat entre o solo e a caixa.

Várias experiências como essa levam-nos às seguintes propriedades da força de atrito (direção,
sentido e módulo):

Direção: As forças de atrito resultantes do contato entre os dois corpos sólidos são forças tangenciais
à superfície de contato. No exemplo acima, a direção da força de atrito é dada pela direção horizontal.
Por exemplo, ela não aparecerá se você levantar a caixa.

Sentido: A força de atrito tende sempre a se opor ao movimento relativo das superfícies em contato.
Assim, o sentido da força de atrito é sempre o sentido contrário ao movimento relativo das superfícies

Módulo: Sobre o módulo da força de atrito cabem aqui alguns esclarecimentos: enquanto a força que
empurra a caixa for pequena, o valor do módulo da força de atrito é igual à força que empurra a caixa.
Ela anula o efeito da força aplicada.
A força de atrito é calculada pela seguinte relação:
Fat=µ.N
Onde:
μ: coeficiente de atrito (adimensional)
N: Força normal (N)

Atrito Estático e Dinâmico


Quando empurramos um carro, é fácil observar que até o carro entrar em movimento é necessário que
se aplique uma força maior do que a força necessária quando o carro já está se movimentando.
Isto acontece pois existem dois tipos de atrito: o estático e o dinâmico.

Atrito Estático
É aquele que atua quando não há deslizamento dos corpos.
A força de atrito estático máxima é igual a força mínima necessária para iniciar o movimento de um
corpo.
Quando um corpo não está em movimento a força da atrito deve ser maior que a força aplicada, neste
caso, é usado no cálculo um coeficiente de atrito estático: .
Então:

Fat=µest.N

Atrito Dinâmico
É aquele que atua quando há deslizamento dos corpos.
Quando a força de atrito estático for ultrapassada pela força aplicada ao corpo, este entrará em
movimento, e passaremos a considerar sua força de atrito dinâmico.
A força de atrito dinâmico é sempre menor que a força aplicada, no seu cálculo é utilizado o coeficiente
de atrito cinético:
Então:
Fat=µd.N

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FORÇA ELÁSTICA
Imagine uma mola presa em uma das extremidades a um suporte, e em estado de repouso (sem ação
de nenhuma força).
Quando aplicamos uma força F na outra extremidade, a mola tende a deformar (esticar ou comprimir,
dependendo do sentido da força aplicada).
Ao estudar as deformações de molas e as forças aplicadas, Robert Hooke (1635-1703), verificou que
a deformação da mola aumenta proporcionalmente à força. Daí estabeleceu-se a seguinte lei, chamada
Lei de Hooke:
F= K.x
Onde:
F: intensidade da força aplicada (N);
k: constante elástica da mola (N/m);
x: deformação da mola (m).
A constante elástica da mola depende principalmente da natureza do material de fabricação da mola
e de suas dimensões. Sua unidade mais usual é o N/m (newton por metro) mas também encontramos
N/cm; kgf/m, etc.

Exemplo:
Um corpo de 10kg, em equilíbrio, está preso à extremidade de uma mola, cuja constante elástica é
150N/m. Considerando g=10m/s², qual será a deformação da mola?
Se o corpo está em equilíbrio, a soma das forças aplicadas a ela será nula, ou seja:
F-P=0, pois as forças tem sentidos opostos
F=P
Kx=mg
150x=100
x=0,66m

FORÇA CENTRÍPETA
Quando um corpo efetua um Movimento Circular, este sofre uma aceleração que é responsável pela
mudança da direção do movimento, a qual chamamos aceleração centrípeta, assim como visto no MCU.
Sabendo que existe uma aceleração e sendo dada a massa do corpo, podemos, pela 2ª Lei de Newton,
calcular uma força que assim como a aceleração centrípeta, aponta para o centro da trajetória circular.
A esta força damos o nome: Força Centrípeta. Sem ela, um corpo não poderia executar um movimento
circular.
Como visto anteriormente, quando o movimento for circular uniforme, a aceleração centrípeta é
constante, logo, a força centrípeta também é constante.
Sabendo que:
𝑣2
acp= 𝑅

ou
acp= 2.R

Então:
𝑣2
Fcp= m.acp=m 𝑅 = m2.R

A força centrípeta é a resultante das forças que agem sobre o corpo, com direção perpendicular à
trajetória.

Exemplo:
Um carro percorre uma curva de raio 100m, com velocidade 20m/s. Sendo a massa do carro 800kg,
qual é a intensidade da força centrípeta?
𝑣2
Fcp=m
𝑅
202
Fcp= 800.100
Fcp= 800.4
Fcp=3200N

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PLANO INCLINADO
Dada uma rampa e considerando o atrito, podemos distribuir as forças da seguinte forma:

Ao observarmos a figura acima, notamos que as forças que atuam sobre o corpo são:
P: Força peso = P = m.g
Px=Psen
Py=Pcos
N=Normal=Py
Se o bloco estiver em repouso ou velocidade constante: Px=Fat
Se estiver descendo: Px-Fat=ma

Exemplo: Um corpo de massa m=10kg está apoiado num plano de 30° em relação à horizontal, sem
atrito Considere g=10m/s², determine a aceleração do bloco.

Px=ma
mgsen=ma
a=gsen
a=10.sen30º=10.0,5=5m/s²

SISTEMAS
Agora que conhecemos os princípios da dinâmica, a força peso, elástica, centrípeta e de atito e o plano
inclinado, podemos calcular fenômenos físicos onde estas forças são combinadas.

Corpos em contato

Quando uma força é aplicada à corpos em contato existem "pares ação-reação" de forças que atuam
entre eles e que se anulam.
Podemos fazer os cálculos neste caso, imaginando:

. 24
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Depois de sabermos a aceleração, que é igual para ambos os blocos, podemos calcular as forças que
atuam entre eles, utilizando a relação que fizemos acima:
F B,A=mB.a

Exemplo:
Sendo mA=5Kg e mB=3Kg , e que a força aplicada ao sistema é de 24N, qual é a instensidade da força
que atua entre os dois blocos?
F(mA+mB).a
24=(5+3).a
24
a=
8
a=3m/s2

FB,A= mB.a
FB,A=3.3
FB,A= FA,B=9N

Blocos ligados por fio em superfície lisa


Neste caso, também não será considerada a existência do atrito. Considere que os corpos sejam
puxados por uma força F.

Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplica-se a segunda lei de Newton para cada corpo e resolve o sistema:


(corpo A) T2= mA.a
(corpo B) T1-T2= mB.a
(corpo C) F-T1= mC.a
---------------------------------------
F =( mA+ mB+ mC).a

Um dos corpos pendurados


Para efetuar este cálculo faz-se da mesma forma que apresentado anteriormente.
No exemplo a seguir, considerando a inexistência de atrito em A, qualquer massa de B será suficiente
para deslocar o conjunto.

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Separando os corpos e colocando as forças que estão envolvidas no movimento, tem-se:

Aplicando a segunda lei de Newton nos dois corpos:

(corpo A) T= mA.a
(corpo B) P-T= mB.a
--------------------------------------
PB=( mA+ mB).a

TRABALHO
Na Física, o termo trabalho é utilizado quando falamos no Trabalho realizado por uma força, ou seja,
o Trabalho Mecânico. Uma força aplicada em um corpo realiza um trabalho quando produz um
deslocamento no corpo.
Utilizamos a letra grega tau minúscula ( ) para expressar trabalho.
A unidade de Trabalho no SI é o Joule (J)
Quando uma força tem a mesma direção do movimento o trabalho realizado é positivo: >0;
Quando uma força tem direção oposta ao movimento o trabalho realizado é negativo: <0.
O trabalho resultante é obtido através da soma dos trabalhos de cada força aplicada ao corpo, ou pelo
cálculo da força resultante no corpo.
R=1+2+3+..........+N

Força paralela ao deslocamento


Quando a força é paralela ao deslocamento, ou seja, o vetor deslocamento e a força não formam
ângulo entre si, calculamos o trabalho:
= F.S

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um força aplicada a um corpo de massa 5kg e que causa um aceleração
de 1,5m/s² e se desloca por uma distância de 100m?
= F.S
=m.a. S
=5.1,5.100
=750J

Força não-paralela ao deslocamento


Sempre que a força não é paralela ao deslocamento, devemos decompor o vetor em suas
componentes paralelas e perpendiculares:

Considerando FI a componente perpendicular da Força e FII a componente paralela da força.

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Ou seja:
𝐹𝐼𝐼
cos=
𝐹𝐼

FII=F cos

Quando o móvel se desloca na horizontal, apenas as forças paralelas ao deslocamento produzem


trabalho. Logo:

= FII.S
= F cos.S

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada a um bloco formando um ângulo de 60° com o vetor
deslocamento, que tem valor absoluto igual a 3m. Qual o trabalho realizado por esta força?
= FII.S
= F cos.S
=30. cos 60º.3
= 45J
Podemos considerar sempre este caso, onde aparece o cosseno do ângulo, já que quando a força é
paralela ao deslocamento, seu ângulo é 0° e cos0°=1, isto pode ajudar a entender porque quando a força
é contrária ao deslocamento o trabalho é negativo, já que:
O cosseno de um ângulo entre 90° e 180° é negativo, sendo cos180°=-1

Trabalho da força Peso


Para realizar o cálculo do trabalho da força peso, devemos considerar a trajetória como a altura entre
o corpo e o ponto de origem, e a força a ser empregada, a força Peso.
Então:
P=P. h
P= m.g. h

POTÊNCIA
Dois carros saem da praia em direção a serra (h=600m). Um dos carros realiza a viagem em 1hora, o
outro demora 2horas para chegar. Qual dos carros realizou maior trabalho?
Nenhum dos dois. O Trabalho foi exatamente o mesmo. Entretanto, o carro que andou mais rápido
desenvolveu uma Potência maior.
A unidade de potência no SI é o watt (W).
1𝐽
1W=1𝑠

Além do watt, usa-se com frequência as unidades:


1kW (1 quilowatt) = 1000W
1MW (1 megawatt) = 1000000W = 1000kW
1cv (1 cavalo-vapor) = 735W
1HP (1 horse-power) = 746W

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Potência Média
Definimos a partir daí potência média relacionando o Trabalho com o tempo gasto para realizá-lo:

Pot M=
𝑡
Como sabemos que:
= F. S
Então:
𝐹.𝑆 𝑆
Pot M= 𝑡 = 𝐹. 𝑡 = 𝐹 v m
Podemos também fazer uma relação de potência de uma força com a intensidade da força e com o
módulo da velocidade de um corpo sujeito a essa força:

Pméd= 𝑡(I)

O trabalho de uma força constante é definido por:


= F.d.cos (II)
Fazendo a substituição de II em I, teremos:
𝐹.𝑑.𝑐𝑜𝑠
Pméd=
𝑡

Potência Instantânea
Quando o tempo gasto for infinitamente pequeno teremos a potência instantânea, ou seja:

Exemplo:
Qual a potência média que um corpo desenvolve quando aplicada a ele uma força horizontal com
intensidade igual a 12N, por um percurso de 30m, sendo que o tempo gasto para percorrê-lo foi 10s?

Pot M= 𝑡
𝐹.𝑆 12.30
Pméd= 𝑡
= 10
= 36 𝑊

E a potência instantânea no momento em que o corpo atingir 2m/s?


Pot= F.v=12.2=24W

ENERGIA MECÂNICA

Energia é a capacidade de executar um trabalho.


Energia mecânica é aquela que acontece devido ao movimento dos corpos ou armazenada nos
sistemas físicos.
Dentre as diversas energias conhecidas, as que veremos no estudo de dinâmica são:
 Energia Cinética;
 Energia Potencial Gravitacional;
 Energia Potencial Elástica;

Energia Cinética
É a energia ligada ao movimento dos corpos. Resulta da transferência de energia do sistema que põe
o corpo em movimento.
Sua equação é dada por:
= F.S
= m.a. S

Utilizando a equação de Torricelli e considerando o início do movimento sendo o repouso, teremos:


v2=v02+2aS
v2=0+2aS
𝑣2
S=2𝑎

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Substituindo no cálculo do trabalho:

A unidade de energia é a mesma do trabalho: o Joule (J)

Teorema da Energia Cinética


Considerando um corpo movendo-se em MRUV.

O Teorema da Energia Cinética (TEC) diz que:


"O trabalho da força resultante é medido pela variação da energia cinética."
Ou seja:

R=Ec= Ec- Eci


2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= 2
- 2

Exemplo:
Qual o trabalho realizado por um corpo de massa 10kg que inicia um percurso com velocidade 10m/s²
até parar?
2
𝑚𝑣2 𝑚𝑣0
R= -
2 2

10.0 10.(10)2
R= 2
- 2

−1000
R= 2
=-500 J

Energia Potencial
Energia Potencial é a energia que pode ser armazenada em um sistema físico e tem a capacidade de
ser transformada em energia cinética.
Conforme o corpo perde energia potencial ganha energia cinética ou vice-e-verso.

Energia Potencial Gravitacional


É a energia que corresponde ao trabalho que a força Peso realiza.
É obtido quando consideramos o deslocamento de um corpo na vertical, tendo como origem o nível de
referência (solo, chão de uma sala, ...).
EPG=P.h=mgh
Enquanto o corpo cai vai ficando mais rápido, ou seja, ganha Energia Cinética, e como a altura diminui,
perde Energia Potencial Gravitacional.

Energia Potencial Elástica


Corresponde ao trabalho que a força Elástica realiza.

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Como a força elástica é uma força variável, seu trabalho é calculado através do cálculo da área do seu
gráfico, cuja Lei de Hooke diz ser:

Como a área de um triângulo é dada por:


𝑏𝑎𝑠𝑒 𝑥 𝑎𝑙𝑡𝑢𝑟𝑎
A= 2

Então:
𝑑𝑒𝑓𝑜𝑟𝑚𝑎çã𝑜 𝑥 𝑚𝑜𝑙𝑎
Fel=Eel= 2
𝐾.𝑥.𝑥= 𝐾𝑥 2
Eel= =
2 2

Conservação de Energia Mecânica


A energia mecânica de um corpo é igual a soma das energias potenciais e cinética dele.
Então:
EM= EC+EP
Qualquer movimento é realizado através de transformação de energia, por exemplo, quando você
corre, transforma a energia química de seu corpo em energia cinética. O mesmo acontece para a
conservação de energia mecânica.
Podemos resolver vários problemas mecânicos conhecendo os princípios de conservação de energia.
Por exemplo, uma pedra que é abandonada de um penhasco. Em um primeiro momento, antes de ser
abandonada, a pedra tem energia cinética nula (já que não está em movimento) e energia potencial total.
Quando a pedra chegar ao solo, sua energia cinética será total, e a energia potencial nula (já que a altura
será zero).
Dizemos que a energia potencial se transformou, ou se converteu, em energia cinética.
Quando não são consideradas as forças dissipativas (atrito, força de arraste, etc.) a energia mecânica
é conservada, então:
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E P, inicial= E C, final+ E P, final

Para o caso de energia potencial gravitacional convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

Para o caso de energia potencial elástica convertida em energia cinética, ou vice-versa:


1 1 1 1
2
mv2 inicial+ 2 Kx2= 2 mv2 final+ 2 Kx2inal

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Exemplos:
1) Uma maçã presa em uma macieira a 3 m de altura se desprende. Com que velocidade ela chegará
ao solo?
E M, inicial= E M, final
E C, inicial + E PG, inicial= E C, final+ E PG, final
1 1
2
mv2 inicial+mgh inicial = 2 mv2 final + mgh final

1 1
2
m.0+m.10.3=2 mv2 final = mg.0

1
30m=2 mv2 final
60=v final
7,75 m/s v final

IMPULSO
Como já vimos, para que um corpo entre em movimento, é necessário que haja um interação entre
dois corpos.
Se considerarmos o tempo que esta interação acontece, teremos o corpo sob ação de uma força
constante, durante um intervalo de tempo muito pequeno, este será o impulso de um corpo sobre o outro:

As características do impulso são:


 Módulo: I=F.t
 Direção: a mesma do vetor F.
 Sentido: o mesmo do vetor F.
A unidade utilizada para Impulso, no SI, é: N.s
No gráfico de uma força constante, o valor do impulso é numericamente igual à área entre o intervalo
de tempo de interação:

A = F.Δt = I

Exemplo:
1) Ao dar um chute na bola, num jogo de futebol, um jogador aplica um força de intensidade 6,0 · 10²
N sobre a bola, durante um intervalo de tempo de 1,5 · 10-1 s. Determine a intensidade do impulso da
força aplicada pelo jogador.
RESOLUÇÃO
Dados do enunciado

F = 6,0 · 10² N
t = 1,5 · 10-1 s
I = 90 N.s
2) Dado o gráfico

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Determine:
a) o módulo da força no intervalo de tempo de 0 s a 10 s.
b) a intensidade da força constante que produz o mesmo impulso que a força dada no intervalo de 0 s
a 10 s.

RESOLUÇÃO
1. Divida o gráfico em 3 partes: triângulo (A3), retângulo (A1) e trapézio (A2).

2. Calcule as áreas A1, A2 e A3.

A1 = b · h A1 = 2s · 4N = 8 N.s

A2 = A2 = = 30 N.s

A3 = A3 = = 12 N.s

3. A soma de A1, A2 e A3 é o valor do impulso.

I = A1+ A2 + A3 I = 50 N.s

4. Determine a força utilizando

F= =5N

QUANTIDADE DE MOVIMENTO
Se observarmos uma partida de bilhar, veremos que uma bolinha transfere seu movimento totalmente
ou parcialmente para outra.
A grandeza física que torna possível estudar estas transferências de movimento é a quantidade de
movimento linear , também conhecido como quantidade de movimento ou momentum linear.
A quantidade de movimento relaciona a massa de um corpo com sua velocidade:

Como características da quantidade de movimento temos:


 Módulo:
 Direção: a mesma da velocidade.
 Sentido: a mesma da velocidade.
 Unidade no SI: kg.m/s.

Exemplo:
Qual a quantidade de movimento de um corpo de massa 2kg a uma velocidade de 1m/s?

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Teorema do Impulso

Considerando a 2ª Lei de Newton:

E utilizando-a no intervalo do tempo de interação:

mas sabemos que: , logo:

Como vimos:

então:

"O impulso de uma força, devido à sua aplicação em certo intervalo de tempo, é igual a variação da
quantidade de movimento do corpo ocorrida neste mesmo intervalo de tempo."

Exemplo:
Quanto tempo deve agir uma força de intensidade 100N sobre um corpo de massa igual a 20kg, para
que sua velocidade passe de 5m/s para 15m/s?

Questões

01. (PETROBRAS – Técnico de Operação Júnior – CESGRANRIO/2015) Com base na segunda lei
de Newton, se a um corpo de 50 kg de massa é aplicada uma força de 1,0 kN, esse corpo é acelerado
de
(A) 10 cm/s²
(B) 20 cm/s²
(C) 10 m/s²
(D) 20 m/s²
(E) 50 cm/s²

02. (ETAM – Técnico de Projetos Navais – BIO-RIO/2015) Dois blocos A e B, de massas


respectivamente iguais a 4,0 kg e 2,0 kg, estão dispostos sobre um plano horizontal conforme a figura
abaixo.

O conjunto é empurrado por uma força , de módulo 30 N, aplicada horizontalmente sobre o bloco
A. O atrito entre os blocos e o plano horizontal deve ser desprezado. A intensidade da força que o bloco
B exerce sobre o bloco A é:
(A) 10N
(B) 20N
(C) 30N
(D) 40N

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03. (SEE/AC – Professor de Matemática e Física – FUNCAB/2014) Uma força de 2 N atua
empurrando um corpo de 4 kg. A aceleração com que esse corpo se movimenta será, portanto, em
unidades do SI, de:
(A) 1,0.
(B) 0,6.
(C) 0,5.
(D) 2,0.
(E) 0,0.

04. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO/2014) Um bloco de 10 kg sobe com velocidade constante um plano inclinado. Outro bloco
de 8,0 kg está conectado ao primeiro através de um fio e de uma roldana ideais, conforme mostra a Figura
abaixo.

O módulo, em N, da força de atrito entre o bloco de 10 kg e o plano inclinado é


Dados
Aceleração da gravidade = 10 m/s2
sen 30° = 0,50
cos 30° = 0,87
(A) 7,0
(B) 30
(C) 50
(D) 80
(E) 87

05. (PC/SP – Perito Criminal – VUNESP/2014) No campo de provas de uma montadora de


automóveis há uma pista horizontal e retilínea. Durante a realização de um teste, um de seus veículos,
de massa total 1 200 kg, incluindo a do motorista, parte do repouso e atinge a velocidade de 144 km∕ h
ao fim de um percurso de 400 m. Se o movimento do veículo é realizado com aceleração constante, a
força resultante sobre ele tem intensidade, em newtons, de
(A) 3600
(B) 4800
(C) 2400
(D) 1800
(E) 1200

06. (PETROBRAS – Técnico de Química Júnior – CESGRANRIO/2015) Um objeto está descendo


um plano inclinado com velocidade constante. Nesse movimento,
(A) há uma força resultante diferente de zero agindo sobre o objeto.
(B) a força peso do objeto não está realizando trabalho.
(C) o atrito do objeto com o plano tem valor idêntico ao da projeção da força peso do objeto na direção
do movimento.
(D) a energia cinética do objeto está aumentando.
(E) não há atrito agindo sobre o objeto.

07. (PC/SP – Técnico de Laboratório – VUNESP/2014) Um acidente fatal em uma estrada fez com
que um veículo caísse por uma ribanceira. No local, um guincho começava a subir o carro até o nível da
pista.

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Já com o carro acidentado conectado ao guincho, o perito que acompanhava a retirada do veículo teve
sua atenção voltada para um objeto sobre a rampa e, para averiguar, solicitou a interrupção da subida do
carro, que já se encontrava a meio caminho da pista. Sendo T a tração no cabo do guincho, N a força de
reação normal da rampa sobre o carro e P o peso do carro, a tração imposta ao cabo na situação de
equilíbrio tem seu valor calculado por
(A) T = P
(B) T = 3/4. N
(C) T = N + P
(D) T = 3/5. P
(E) T = N

08. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO/2012) Um bloco de madeira de massa M está em repouso sobre um plano inclinado de
um ângulo  em relação à horizontal, num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, o módulo da força de atrito estático sobre o bloco é
(A) M g cos θ
(B) M g sen θ
(C) M g (sen θ / cos θ)
(D) M g (cos θ / sen θ)
(E) M g (sen θ + cos θ)

09. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO/2012) Três cubos que são designados por 1, 2 e 3 têm massas iguais a, respectivamente,
M1 , M2 e M3 , sendo M1 > M2 > M3 . Os cubos são empilhados sobre um plano horizontal com o cubo
1 apoiado sobre o plano, o cubo 2 apoiado sobre a face superior do cubo 1, e o cubo 3 apoiado sobre a
face superior do cubo 2. O conjunto está em repouso num local onde a aceleração da gravidade é g.
Desprezando-se os efeitos do ar, a reação normal de apoio da face superior do cubo 1, em módulo, é
(A) (M2 - M1 + M3 ) g
(B) (M2 - M3 ) g
(C) (M2 + M3 ) g
(D) (M1 - M3 ) g
(E) (M2 + M1 - M3 ) g

10) Um bloco de massa igual a 10kg se desloca com velocidade constante igual a 12m/s, ao encontrar
uma mola de constante elástica igual a 2000N/m este diminui sua velocidade até parar, qual a compressão
na mola neste momento?

Respostas
01. Resposta: D.
F=ma
1000=50a
a=20m/s²
02. Resposta: A.

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𝐴: 𝐹 − 𝑓 = 𝑚𝐴 ∙ 𝑎
{
𝐵: 𝑓 = 𝑚𝐵 ∙ 𝑎

𝐹 = (𝑚𝐴 + 𝑚𝐵 ) ∙ 𝑎
30=(4+2)a
30=6a
a=5 m/s²

Voltando em B>
f=2x5=10N

03. Resposta: C.

F=ma
2=4a
a=0,5 m/s²

04. Resposta: B.

T=Fat+Px
Px=Psen=10.10.0,5=50N
A tração é igual ao peso do bloco pendurado
T=mg=8.10=80N
Substituindo na equação:
80=Fat+50
Fat=80-50=30N

05. Resposta: C.

V²=v0²+2aS
40²=0²+2a.400
1600=800a
a=2m/s²
F=ma
F=1200.2=2400N

06. Resposta: C.

Como é velocidade constante, as forças devem ser iguais.


Px=Fat

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07. Resposta: D.

Como está em equilíbrio: T=Px


Px=Psen
Podemos aplicar teorema de Pitágoras no triângulo
Hip²=3²+4²
Hip²=25
Hip=5

Portanto o sen=3/5
3
𝑇= 𝑃
5
08. Resposta: B.

Como está em repouso:


Px=Fat
Fat=mgsen

09. Resposta: C.

N1=P2+P3
N1=m2g+m3g
N1=(m2+m3)g

10. Resposta

𝐸 𝑀 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑀 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

𝐸 𝑐 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝐸 𝑐 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐸 𝑃𝐸 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

1 1 1 1
𝑚𝑣2 𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑖𝑛𝑖𝑐𝑖𝑎𝑙 = 𝑚𝑣2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙 + 𝐾𝑥2𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2
1 1 1 1
10. (12)2 + . 2000.0 = . 10.0 + . 2000. 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
2 2 2 2

720 = 1000 𝑥2 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

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720
√ = 𝑥𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙
1000
0,85 𝑚  𝑥 𝑓𝑖𝑛𝑎𝑙

1.9 Colisões. 1.10 Estática dos corpos rígidos. 1.11 Estática


dos fluidos. 1.12 Princípios de Pascal, Arquimedes e Stevin.

Colisão “é um evento isolado no qual dois ou mais corpos (os corpos que colidem) exercem uns sobre
os outros forças relativamente elevadas por um tempo relativamente curto”. No dia-a-dia dizemos que
uma colisão é um choque, o contato de dois ou mais corpos. Exemplos: Acidente de automóveis, jogo de
sinuca... Contudo, não necessariamente há contato entre os corpos para haver uma colisão. Por isso,
podemos dizer que a colisão é uma interação entre partículas.
Em um choque, forças relativamente grandes, atuam em cada uma das partículas que colidem, durante
um intervalo de tempo relativamente curto. Um exemplo corriqueiro seria um esbarrão entre duas pessoas
distraídas. Não existe alguma interação significativa entre elas durante a aproximação e até que se
choquem. Durante o choque existe uma forte interação que eventualmente pode causar danos físicos.
Depois da colisão volta-se a situação inicial onde não existia interação significativa.
No entanto, diferentes situações podem ocorrer:
Quando, por exemplo, dois corpos se chocam e continuam o movimento unidos, verifica-se o chamado
choque perfeitamente inelástico. Neste caso, embora a quantidade de movimento se conserve, existe
uma significativa perda de energia cinética do sistema.
Se, por outro lado, o choque ocorre sem deformações permanentes, pode ser classificado como
choque perfeitamente elástico. Neste caso existe a conservação da quantidade de movimento bem como
da energia cinética do sistema.
Existem ainda os choques parcialmente elásticos, que abrangem toda a gama de possibilidades entre
os extremos do choque elástico e do inelástico.

Choque inelástico
É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem juntos (com a mesma
velocidade).

Nesse caso, ocorre apenas a conservação do momento linear. Podemos obter uma expressão para a
velocidade final VF dos objetos. Veja as equações a seguir:
Qi = Qf —> mA . VIA + mB . VIB = (mA + mB) VF
Isolando VF, temos:
VF = mA . VIA + mB . VIB/ mA + mB
Choque parcialmente elástico
É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem separados (velocidade
diferentes), tendo o sistema uma perda de energia cinética.

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A figura acima mostra o comportamento de duas esferas antes e depois de uma colisão parcialmente
inelástica. Para compreender melhor, utilizamos valores numéricos para as velocidades. A velocidade
relativa antes da colisão é dada pela diferença entre as duas velocidades:
Vrel = VIA - VIB
Substituindo os valores, temos:
Vrel = 6 – (-4) = 10 m/s
Depois da colisão, temos a seguinte situação:
Vrel = VFA - VFB
Vrel = 3 - (- 4) = 7m/s
Podemos ver que a velocidade relativa antes da colisão é diferente da velocidade relativa depois da
colisão. É isso que caracteriza essa colisão como parcialmente inelástica, mas que também pode ser
chamada de parcialmente elástica

Choque perfeitamente elástico


É o tipo de choque que ocorre quando, após a colisão, os corpos seguem separados (velocidade
diferentes) e o sistema não perde energia cinética.

Podemos analisar com mais detalhes esses eventos se considerarmos a colisão entre duas bolas de
bilhar, onde uma bola rola em direção a uma segunda que está em repouso.
De maneira equivalente ao esbarrão, mencionado anteriormente, não existe interação significativa
entre as duas bolas de bilhar enquanto elas se aproximam e quando elas se afastam depois da colisão.
A força de interação que descreve a colisão tem grande intensidade e curta duração, como descrito no
gráfico ao lado. Forças como essa, que atuam durante um intervalo pequeno comparado com o tempo
de observação do sistema, são chamadas de forças impulsivas.

Resumindo, temos:
Tipos de Coeficiente de Energia cinética Quantidade de
choques restituição movimento
Perfeitamente e=1 Conservação de Q antes=Q depois
elástico energia cinética
Parcialmente 0 e 1 Há dissipação de Q antes=Q depois
elástico energia
Inelástico e=0 Dissipação máxima de Q antes=Q depois
energia

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Conservação do momento linear durante uma colisão
Vamos considerar duas bolas de bilhar com mesma forma e pesos diferentes. Uma das bolas se
movimenta em direção à segunda que está em repouso. Depois da colisão as duas bolas se movimentam
em sentidos contrários. Durante a colisão, entram em ação as forças impulsivas. A bola 1 exerce uma
força 𝐹 12 na bola 2 e de maneira equivalente a bola 2 exerce uma força ⃗⃗⃗
𝐹 21 na bola 1.
⃗⃗⃗ 21 são forças de ação e reação, logo:
Usando a terceira Lei de Newton, é fácil perceber que 𝐹 12 e 𝐹

Colisão elástica em uma dimensão


As colisões podem ser divididas em dois tipos, aquelas que conservam a energia cinéticas - ditas
elásticas, e aquelas que não conservam a energia cinética - ditas inelásticas. Vamos considerar a colisão
de duas bolas de massas m1 e m2 descrita a seguir: Antes da colisão Temos que v1I > v2I , pois em caso
contrário não existiria a colisão. v 1I r v 2I r m1 m2 Depois da colisão Temos que v1F < v2F , pois em
⃗⃗⃗ v 2 𝐹
caso contrário existiriam outras colisões depois da primeira. v 1 𝐹 ⃗⃗⃗

ESTÁTICA DE UM CORPO RÍGIDO


Chamamos de corpo rígido ou corpo extenso, todo o objeto que não pode ser descrito por um ponto.
Para conhecermos o equilíbrio nestes casos é necessário estabelecer dois conceitos:
Centro de massa
Um corpo extenso pode ser considerado um sistema de partículas, cada uma com sua massa.
A resultante total das massas das partículas é a massa total do corpo. Seja CM o ponto em que
podemos considerar concentrada toda a massa do corpo, este ponto será chamado Centro de Massa do
corpo.
Para corpos simétricos, que apresentam distribuição uniforme de massa, o centro de massa é o próprio
centro geométrico do sistema. Como no caso de uma esfera homogênea, ou de um cubo perfeito.

. 40
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Para os demais casos, o cálculo do centro de massa é feito através da média aritmética ponderada
das distâncias de cada ponto do sistema.

Para calcularmos o centro de massa precisamos saber suas coordenadas em cada eixo do plano
cartesiano acima, levando em consideração a massa de cada partícula:

2. (−2) + 10.0 + 3.0 + 12.2 + 5.3 = 35 = 1,09


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 2 + 12 + 5 32

2. (−3) + 5. (−1) + 10.0 + 3.1 + 12.3 = 28 = 0,875


𝐶𝑚𝑥 =
2 + 10 + 3 + 12 + 5 32

Então o Centro de Massa do sistema de partículas acima está localizado no ponto (1,09 , 0,875), ou
seja:

Como forma genérica da fórmula do centro de massa temos:

Momento de uma força


Imagine uma pessoa tentando abrir uma porta, ela precisará fazer mais força se for empurrada na
extremidade contrária à dobradiça, onde a maçaneta se encontra, ou no meio da porta?
Claramente percebemos que é mais fácil abrir ou fechar a porta se aplicarmos força em sua
extremidade, onde está a maçaneta. Isso acontece, pois existe uma grandeza chamada Momento de
Força , que também pode ser chamado Torque.
Esta grandeza é proporcional a Força e a distância da aplicação em relação ao ponto de giro, ou seja:

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A unidade do Momento da Força no sistema internacional é o Newton-metro (N.m)
Como este é um produto vetorial, podemos dizer que o módulo do Momento da Força é:

Sendo:
M= Módulo do Momento da Força.
F= Módulo da Força.
d=distância entre a aplicação da força ao ponto de giro; braço de alavanca.
sen θ=menor ângulo formado entre os dois vetores.
Como , se a aplicação da força for perpendicular à d o momento será máximo;
Como , quando a aplicação da força é paralela à d, o momento é nulo.
E a direção e o sentido deste vetor são dados pela Regra da Mão Direita.

O Momento da Força de um corpo é:


 Positivo quando girar no sentido anti-horário;
 Negativo quando girar no sentido horário;

Exemplo:
Qual o momento de força para uma força de 10N aplicada perpendicularmente a uma porta 1,2m das
dobradiças?
M= F.d sen
M= 10.1,2.sen90º
M= 12 N.m

Condições de equilíbrio de um corpo rígido


Para que um corpo rígido esteja em equilíbrio, além de não se mover, este corpo não pode girar. Por
isso precisa satisfazer duas condições:
1. O resultante das forças aplicadas sobre seu centro de massa deve ser nulo (não se move ou se
move com velocidade constante).
2. O resultante dos Momentos da Força aplicadas ao corpo deve ser nulo (não gira ou gira com
velocidade angular constante).

Exemplo:
(1) Em um circo, um acrobata de 65kg se encontra em um trampolim uniforme de 1,2m, a massa do
trampolim é 10kg. A distância entre a base e o acrobata é 1m. Um outro integrante do circo puxa uma
corda presa à outra extremidade do trampolim, que está a 10cm da base. Qual a força que ele tem de
fazer para que o sistema esteja em equilíbrio.

Como o trampolim é uniforme, seu centro de massa é exatamente no seu meio, ou seja, a 0,6m. Então,
considerando cada força:

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Pela segunda condição de equilíbrio:

MF+(- MPF) +(-MFA)=0


MF= MPF+ MFA
Fd1=(mr.g.d2)+(mA.g.d3)
F.0,1= (10.10.0,6)+(65.10.1)
710
F= 0,1 = 7100 N

A Hidrostática é a parte da Física que estuda os fluídos (tanto líquidos como os gasosos) em repouso,
ou seja, que não estejam em escoamento (movimento)
Além do estudo dos fluídos propriamente ditos, serão estudadas as forças que esses fluídos exercem
sobre corpos neles imersos, seja em imersão parcial, como no caso de objetos flutuantes, como os
totalmente submersos.

Massa Específica; Densidade


Ao se afirmar que a massa específica da água é de 1000 kg/m³ estamos informando que 1 m³ de água
possui uma massa de 1000 kg. Isto nos permite deduzir a definição de massa específica, que é a relação
entre a massa e o volume ocupado por essa massa:
𝑚
µ=
𝑉
µ=massa específica
m= massa
V= volume

A massa específica é definida para corpos homogêneos. Já para os corpos não homogêneos essa
relação é denominada densidade:
𝑚
dc= 𝑉 𝑐
𝑐
d= densidade
mc= massa do corpo não homogêneo
Vc= volume do corpo não homogêneo

Exemplo:
Qual a massa de um corpo de volume 1m³, se este corpo é feito de ferro?
Dado: densidade do ferro=7,85g/cm³
Convertendo a densidade para o SI:

PRESSÃO
Ao observarmos uma tesoura, vemos que o lado onde ela corta, a lâmina, é mais fina que o restante
da tesoura. Também sabemos que quanto mais fino for o que chamamos o "fio da tesoura", melhor esta
irá cortar.
Isso acontece, pois ao aplicarmos uma força, provocamos uma pressão diretamente proporcional a
esta força e inversamente proporcional a área da aplicação.
No caso da tesoura, quanto menor for o "fio da tesoura" mais intensa será a pressão de uma força nela
aplicada.
A unidade de pressão no SI é o Pascal (Pa), que é o nome adotado para N/m².
Matematicamente, a pressão média é igual ao quociente da resultante das forças perpendiculares à
superfície de aplicação e a área desta superfície.

. 43
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
𝐹
𝑝=
𝐴
Sendo:
p= Pressão (Pa)
F=Força (N)
A=Área (m²)

Exemplo:
Uma força de intensidade 30N é aplicada perpendicularmente à superfície de um bloco de área 0,3m²,
qual a pressão exercida por esta força?
𝐹
𝑝=
𝐴
30
𝑝= = 100 𝑃𝑎
0,3

Pressão hidrostática
Da mesma forma como os corpos sólidos, os fluidos também exercem pressão sobre outros, devido
ao seu peso.
Para obtermos esta pressão, consideremos um recipiente contendo um líquido de densidade d que
ocupa o recipiente até uma altura h, em um local do planeta onde a aceleração da gravidade é g.
A Força exercida sobre a área de contato é o peso do líquido.
𝐹
𝑝=
𝐴
𝑚𝑔
𝑝=
𝐴
𝑚
como: 𝑑 = 𝑉
a massa do líquido é: m= d.V

𝑑𝑉𝑔
𝑝=
𝐴

Mas V=A base.h, logo:

Ou seja, a pressão hidrostática não depende do formato do recipiente, apenas da densidade do fluido,
da altura do ponto onde a pressão é exercida e da aceleração da gravidade.
Pressão atmosférica
Atmosfera é uma camada de gases que envolve toda a superfície da Terra.
Aproximadamente todo o ar presente na Terra está abaixo de 18000 metros de altitude. Como o ar é
formado por moléculas que tem massa, o ar também tem massa e por consequência peso.
A pressão que o peso do ar exerce sobre a superfície da Terra é chamada Pressão Atmosférica, e seu
valor depende da altitude do local onde é medida.
Quanto maior a altitude menor a pressão atmosférica e vice-versa.
1 atm = 101325 Pa = 10,2 mca = 760 mmHg

Exemplo:
Calcule em atm a pressão a que um submarino fica sujeito quando baixa a uma profundidade de 100
metros. Para a água do mar adote que a densidade vale 1000 kg/m3.
Resolução:
Supondo que a densidade da água do mar vale d = 1.000 kg/m3 e a pressão atmosférica na superfície
da água Po = 1 atm, determinamos a pressão sobre o submarino da seguinte forma:
Colocando a pressão atmosférica em unidades do SI, temos:
Po=1 atm =1 .105 Pa
Calculando a pressão para uma profundidade igual a h = 100 m, temos:

. 44
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𝑃 = 𝑃𝑜 + 𝑑. 𝑔. ℎ
𝑃 = 105 + (103. 10.100)
𝑃 = 1100000𝑃𝑎

1100000
𝑂𝑢 𝑃 =
100000

𝑷 = 𝟏𝟏 𝒂𝒕𝒎

TEOREMA DE STEVIN
Seja um líquido qualquer de densidade d em um recipiente qualquer.
Escolhemos dois pontos arbitrários R e T.

As pressões em Q e R são:
PQ=d.hQ.g
PR=d.hR.g

A diferença entre as pressões dos dois pontos é:


PR-PQ=( d.hR.g)-( d.hQ.g)
PR-PQ=(d.g.( hR.- hQ.)
PR-PQ=(d.g. ∆h)

Teorema de Stevin:
"A diferença entre as pressões de dois pontos de um fluido em equilíbrio é igual ao produto entre a
densidade do fluido, a aceleração da gravidade e a diferença entre as profundidades dos pontos."
∆p= d.g. ∆h)

Através deste teorema podemos concluir que todos os pontos a uma mesma profundidade, em um
fluido homogêneo (que tem sempre a mesma densidade) estão submetidos à mesma pressão.

TEOREMA DE PASCAL
Quando aplicamos uma força a um líquido, a pressão causada se distribui integralmente e igualmente
em todas as direções e sentidos.
Pelo teorema de Stevin sabemos que:
∆p= d.g. ∆h)
Então, considerando dois pontos, A e B:
PA-PB= d.g. h

Ao aplicarmos uma força qualquer, as pressões no ponto A e B sofrerão um acréscimo:


p’A=pA+∆pA
p’B=pB+∆pB

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Se o líquido em questão for ideal, ele não sofrerá compressão, então a distância h, será a mesma após
a aplicação da força.
Assim:

Teorema de Pascal:
"O acréscimo de pressão exercida num ponto em um líquido ideal em equilíbrio se transmite
integralmente a todos os pontos desse líquido e às paredes do recipiente que o contém."
Exemplo:
Determine a pressão hidrostática no fundo de um reservatório de água, aberto em sua superfície, que
possui 4m de profundidade. Dados: γH2O = 10000N/m3 e g = 10m/s2.
Para determinar a pressão hidrostática no fundo do reservatório, utilizamos o Teorema de Stevin:
∆p = γ ⋅ ∆h
∆p = 10000. 4
∆p = 40000 Pa
Logo, a pressão no fundo do reservatório de água é de 40000 Pascal.

Prensa hidráulica
Uma das principais aplicações do teorema de Pascal é a prensa hidráulica.
Esta máquina consiste em dois cilindros de raios diferentes A e B, interligados por um tubo, no seu
interior existe um líquido que sustenta dois êmbolos de áreas diferentes S1 e S2, .
Se aplicarmos uma força de intensidade F no êmbolo de área S1, exerceremos um acréscimo de
pressão sobre o líquido dado por:
𝐹
∆p =𝑆
1

Pelo teorema de Pascal, sabemos que este acréscimo de pressão será transmitido integralmente a
todos os pontos do líquido, inclusive ao êmbolo de área S2, porém transmitindo um força diferente da
aplicada:
𝐹′
∆p =𝑆
2

Como o acréscimo de pressão é igual para ambas as expressões podemos igualá-las:


𝐹 𝐹′
𝑆
=𝑆
1 2

Exemplo:
Considere o sistema a seguir:

Dados:
F= 12N
S1= 0,1 m2
S2= 1m2
Qual a força transmitida ao êmbolo maior?
𝐹 𝐹′
=
𝑆1 𝑆2

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12 𝐹′
=
0,1 1

12.1
= F’
0,1

120N= F’

PRINCÍPIO DO EMPUXO
Ao entrarmos em uma piscina, nos sentimos mais leves do que quando estamos fora dela.
Isto acontece devido a uma força vertical para cima exercida pela água a qual chamamos Empuxo, e
a representamos por .
O Empuxo representa a força resultante exercida pelo fluido sobre um corpo. Como tem sentido oposto
à força Peso, causa o efeito de leveza no caso da piscina.
A unidade de medida do Empuxo no SI é o Newton (N).

Exemplo:
Em um recipiente há um líquido de densidade 2,56g/cm³. Dentro do líquido encontra-se um corpo de
volume 1000cm³, que está totalmente imerso. Qual o empuxo sofrido por este corpo? Dado g=10m/s²
VFD=100 cm3=0,001 m3=10-3 m3
𝑔 10−3 Kg. 1𝑐𝑚3
dF= 2,56 . = 2,56 .103 Kg/m3
𝑐𝑚3 1𝑔 10−6 𝑚3
g=10m/s²

E= dF.VFD.g
E= 2,56 .103.10-3.10= 25,6 N

Saiba mais..
O valor do empuxo não depende da densidade do corpo que é imerso no fluido, mas podemos usá-
la para saber se o corpo flutua, afunda ou permanece em equilíbrio com o fluido:
Se:
 densidade do corpo > densidade do fluido: o corpo afunda
 densidade do corpo = densidade do fluido: o corpo fica em equilíbrio com o fluido
 densidade do corpo < densidade do fluido: o corpo flutua na superfície do fluido

Exemplo:
Um bloco de massa de 60kg e densidade de 3,0 . 10ᵌ kg/mᵌ imerso em um líquido de densidade d =
0,90 . 10ᵌ kg/mᵌ e preso por um fio ideal a um dinamômetro. Calcule a intensidade do empuxo exercido
pelo líquido sobre o bloco.
Primeiramente precisamos encontrar o volume do bloco, o qual é representado por V.
d = m/V
V = m/d = 60/3,0 . 10ᵌ
V = 2,0 . 10-² mᵌ
A intensidade do empuxo é igual ao peso do líquido que caberia no volume ocupado pelo bloco:
E = Pf= mf . g = df . V. g = (0,90 . 10ᵌ). (2,0 . 10-²) . (10)
E = 180N

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Questões

01(EBSERH-FISIOTERAPEUTA- AOCP-2015)
Após uma lesão, cirurgia ou imobilização, a hidroterapia facilita o movimento por meio da redução das
forças gravitacionais, devido aos efeitos combinados de _______________, ____________ e
____________. Pacientes incapazes de realizar exercícios com sustentação de peso podem começar a
reabilitação mais cedo.
(A)flutuação/ atrito/ temperatura
(B)viscosidade/ volume/ arrasto
(C)viscosidade/ empuxo/ densidade
(D)temperatura/ volume/ densidade
(E)flutuação/ densidade/ empuxo

02.(PC-SP- PERITO CRIMINAL-VUNESP)


Um cilindro de ferro, de altura considerável, é mantido suspenso por um fio na posição vertical,
totalmente submerso em um tanque cheio de água, como mostra a figura:

Nessas condições, é correto afirmar que


o empuxo atuante sobre o cilindro como um todo depende de sua massa específica.
(B)a pressão da água sobre o cilindro como um todo é a mesma em qualquer ponto dele.
(C)o empuxo atuante sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.
(D)a pressão da água sobre o cilindro como um todo depende da massa específica dele.
(E)a pressão da água sobre a base inferior do cilindro é maior do que sobre sua base superior.

03. (FCC 2011) Um cubo de madeira de aresta 20 cm tem massa 4,8 kg. Colocado em um tanque com
água, ele flutua parcialmente imerso. Adotando g = 10 m/s2 e dágua = 1,0 . 103 kg/m3, a força vertical
mínima capaz de deixá-lo totalmente imerso vale, em newtons,
(A) 32
(B) 24
(C) 16
(D) 4,8
(E) 3,2

04. Dado um corpo arbitrário com massa 12kg concentrada em um ponto P ligado a outro de massa
10kg concentrada em um ponto Q ligado por um fio ideal que atravessa uma polia ideal, assim como na
figura abaixo. Qual deve ser o coeficiente de atrito para que este sistema esteja em equilíbrio?

05.Dois cabos seguram um bloco de massa 20kg, um deles, com intensidade 20N, forma um ângulo
de 45° com a horizontal. O outro, forma um ângulo de 120° partindo da horizontal. Qual a força aplicada
a este cabo para que o bloco fique em equilíbrio verticalmente?

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06.Três partículas localizam-se em posições: a (2,4), b (3,-1), c (1,0), d (-5,-2), e (0,0). Sendo a massa
destas partículas, respectivamente, 5kg, 16kg, 0,1kg, 0,9kg e 10kg. Qual é o centro de massa deste
sistema?

07.Para abrir uma porta de madeira de um metro de largura é necessário aplicar uma força
perpendicular de intensidade 50N na sua extremidade contrária à dobradiça. Ao tentar abrir esta porta
empurrando-a pelo seu meio, qual deve ser a intensidade da força perpendicular aplicada?

08. Qual a pressão causada por uma força de intensidade 12N aplicada sobre uma superfície
retangular de dimensões 15cm x 5cm?

09. A ferramenta usada em oficinas mecânicas para levantar carros chama-se macaco hidráulico. Em
uma situação é preciso levantar um carro de massa 1000kg. A superfície usada para levantar o carro tem
área 4m², e a área na aplicação da força é igual a 0,0025m². Dado o desenho abaixo, qual a força aplicada
para levantar o carro?

10.(UNIFOR-CE) Afundando 10 m na água, fica-se sob o efeito de uma pressão, devida ao líquido, de
1 atm. Em um líquido com 80% da densidade da água, para ficar também sob o efeito de 1 atm de
pressão devida a esse líquido, precisa-se afundar, em metros,
(A) 8
(B) 11,5
(C) 12
(D) 12,5
(E) 15

11. (Cesgranrio-RJ) Um carrinho de massa m1 = 2,0 kg, deslocando-se com velocidade V1 = 6,0 m/s
sobre um trilho horizontal sem atrito, colide com outro carrinho de massa m2 = 4,0 kg, inicialmente em
repouso sobre o trilho. Após a colisão, os dois carrinhos se deslocam ligados um ao outro sobre esse
mesmo trilho. Qual a perda de energia mecânica na colisão?

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(A) 0 J
(B) 12 J
(C) 24 J
(D) 36 J
(E) 48 J
Respostas
01.Resposta:E
Sabemos que a força de flutuabilidade age na direção oposta a da força da gravidade e é responsável
pela sensação de ausência de peso na água.
De acordo com Arquimedes o resultado do efeito do empuxo é a flutuação.
A densidade relativa é definida entre a relação de massa (Kg) e volume (m3). Na água, esta relação é
na ordem de 1 (um). E, segundo o princípio de Arquimedes (287-212 a.C.), quando um corpo é submerso
em um líquido, ele sofre uma força de flutuabilidade igual ao peso do líquido que desloca.

02.Resposta:E
Como podemos observar, a pressão gerada pela água depende da profundidade, e como a base
inferior está a uma profundidade maior, logo a pressão será maior.

03.Resposta:A
P = m.g = 4,8 . 10 = 48
E = dl.Vl.g
E = 1,0 . 103 . (0,2)3 . 10
E = 1,0 . 103 . 0,008 . 10 = 80 N

FR = E - P = 80 - 48 = 32 N

04.Resposta
Analisando individualmente cada um dos pontos onde há alguma força aplicada:

e
No sentido vertical para P:
Pp-Np=0
Pp+Np

Montando um sistema de equações com as forças aplicadas em cada corpo temos:


𝑃𝑞 − 𝑇 = 𝑚𝑞. 𝑎
𝑇 − 𝐹𝑎𝑡 = 𝑚𝑝. 𝑎

Mas para que o corpo esteja em equilíbrio a=0. Então somando o sistema acima temos:
𝑃𝑞 − 𝑇 = 0
𝑇 − 𝐹𝑎𝑡 = 0
------------------------------
𝑃𝑞 − 𝐹𝑎𝑡 = 0
𝑃𝑞 = 𝐹𝑎𝑡
𝑚𝑞. 𝑔 = 𝑁𝑝. µ
𝑚𝑞. 𝑔 = 𝑚𝑝. 𝑔. µ
𝑚𝑞. 𝑔

𝑚𝑝. 𝑔
10
= 0,83 µ
12

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05.Resposta
𝑉𝑒𝑟𝑡𝑖𝑐𝑎𝑙𝑚𝑒𝑛𝑡𝑒:
𝐹. 𝑠𝑒𝑛120º + 20. 𝑠𝑒𝑛45º − 𝑃 = 0

𝐹. 𝑠𝑒𝑛120º = −20 𝑠𝑒𝑛45º + 𝑃


√3 √2
𝐹( − ) = −20. − + 200
2 2
√2
−20 +200 −185,5
𝐹= 2
√3
= −0,8
(− )
2

F=214,6N

06.Resposta

Utilizando o princípio da média aritmética ponderada, podemos calcular o centro de massa em cada
eixo do plano cartesiano:
𝑚𝑎.𝑥𝑎+𝑚𝑏.𝑥𝑏+𝑚𝑐.𝑥𝑐+𝑚𝑑.𝑥𝑑+𝑚𝑒.𝑥𝑒
CMx = 𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.2+16.3+0,1.1+0,9.(−5)+10.0
CMx = 5+16+0,1+0,9+10
10+48+0,1−4,5+0
CMx = 32

53,6
CMx = 32 = 1,67

𝑚𝑎.𝑦𝑎+𝑚𝑏.𝑦𝑏+𝑚𝑐.𝑦𝑐+𝑚𝑑.𝑦𝑑+𝑚𝑒.𝑦𝑒
CMy =
𝑚𝑎+𝑚𝑏+𝑚𝑐+𝑚𝑑+𝑚𝑒

5.4+16.(−1)+0,1.0+0,9.(−3)+10.0
CMy = 5+16+0,1+0,9+10
20−16+0−2,7+0
CMy = 32

1,3
CMy= = 0,04
32

Logo CM (1,67 , 0,04)

07.Resposta

𝑀 = 𝐹1. 𝑑1
𝑀 − 𝐹2𝑑2

𝐿𝑜𝑔𝑜

𝐹1. 𝑑1 = 𝐹2𝑑2
50.1 = 𝐹2. 1/2

. 51
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50 = 𝐹2. 1/2
2.50 = 𝐹2
𝑭𝟐 = 𝟏𝟎𝟎

08.Resposta
𝑆𝑒𝑛𝑑𝑜:
𝐹
𝑝−=
𝐴

e a área do retângulo é dada pela multiplicação dos seus lados e convertendo as unidades para SI:

15𝑐𝑚 = 0,15 𝑚
5 𝑐𝑚 = 0,05 𝑚
𝐴 = 𝑙. 𝑙
𝐴 = 0,15.0,05
𝐴 = 0,0075 𝑐𝑚2
𝐹
𝑝−=
𝐴
12
𝑝= = 𝟏𝟔𝟎𝟎 𝑷𝒂
0,0075

09.Resposta

𝐹 𝑃
=
𝐴 𝐴
𝑃.
F=
𝐴

1000.10.0,0025
𝐹=
4

F= 6,25N

10.Resposta:D
Primeiramente devemos realizar algumas transformações, portanto, temos:
Po = 1 atm = 105 Pa; h = 10 m; Calculemos a pressão hidrostática:
P=d.g.h
105=d.10.10
d=103 kg/m3
Como a densidade do líquido é 80% da densidade da água, temos:
d'=80%.d2

d'=0,8 .d
P'=d'.g.h'
105=0,8 .103.10 . h'

11. Resposta

Q antes= Q depois
𝑀1. 𝑣1 = (𝑚1 + 𝑚2)𝑣

2.6
𝑉=
2+4

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V=2 m/s
𝑚1 .𝑣12
𝐸𝑐 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 = 2

2 . 62
𝐸𝑐 𝑎𝑛𝑡𝑒𝑠 =
2

𝑬𝒄 𝒂𝒏𝒕𝒆𝒔 = 𝟑𝟔 𝑱

(𝑚1 + 𝑚2 ) . 𝑣 2
𝐸𝑐 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
2
(2 + 4) . 22
𝐸𝑐 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 =
2
𝐸𝑐 𝑑𝑒𝑝𝑜𝑖𝑠 = 12𝐽

Perdeu 24J

2 Ondulatória. 2.1 Movimento harmônico simples. 2.2 Oscilações


livres, amortecidas e forçadas. 2.3. Ondas. 2.3.1 Ondas sonoras, efeito
doppler e ondas eletromagnéticas. 2.3.2 Frequências naturais e
ressonância.
ONDULATÓRIA

MHS (MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES)


Um fenômeno é periódico quando se repete, identicamente, em intervalos de tempo iguais. O período
T é o menor intervalo de tempo para uma repetição deste fenômeno.
Um oscilador harmônico efetua um movimento periódico, cujo intervalo é T para cada repetição do
fenômeno realizado. Para este tipo de fenômeno além de T é considerado um outro tipo de grandeza que
é a frequência f, que é o número de vezes que um movimento é repetido em um determinado intervalo de
tempo.
Assim podemos verificar que fT = 1 , assim : f = 1/T ou T = 1/f
A unidade de T é segundos e de f é 1/segundo que é denominado hertz (Hz).
Diz-se que um corpo está em MHS quando, em uma determinada trajetória, oscila periodicamente em
torno de uma posição de equilíbrio.
Observe a figura: Um corpo sob uma superfície sem atrito preso a uma mola ideal. Posto a oscilar com
uma amplitude de módulo A, assim indo de – A até A.

1 – Inicialmente a mola está em repouso sendo que a energia potencial do corpo é zero e a cinética é
máxima. Sua velocidade é máxima e sua aceleração é zero.
2 – O corpo está com amplitude A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua velocidade é
zero e sua aceleração é mínima. ( Note que a força está sendo dirigida para o sentido negativo.)
3 – O corpo está com sua amplitude em – A, com energia potencial máxima e cinética zero. Sua
velocidade é zero e sua aceleração é máxima. (Note que a força está sendo dirigida para o sentido
positivo.)
4 – Para configurar o MHS o corpo retorna à sua posição inicial com todas suas características.
No caso de um corpo preso a uma mola podemos demonstrar como calcular o período do movimento.

Seja F = – kx e k = mw2 , como w =

Encontramos que onde m é a massa do corpo e k é a constante elástica da mola.


Vale salientar que o período T só depende da massa do corpo e da constante elástica da mola.

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Exemplo:
A Terra demora 1 ano para completar uma volta ao redor do Sol. Este é chamado um movimento
periódico e 1 ano é o período do movimento. Qual é a frequência do movimento da Terra em torno do
Sol? Considere 1 ano = 365 dias.
Primeiramente devemos transformar a unidade de ano para a que se utiliza inversamente na
frequência, ou seja, segundo.

1 ano=365 dias
365 dias.24 horas=8760 horas
8760horas.3600 segundos=31536000segundos

Sendo a frequência igual ao inverso do período, temos que:


1
𝑓=
𝑇
1
𝑓 = 31536000

𝑓 = 3,17. 10− 𝐻𝑧

FUNÇÕES HORÁRIAS

Chamamos um movimento de harmônico quando este pode ser descrito por funções horárias
harmônicas (seno ou cosseno), que são assim chamadas devido à sua representação gráfica:

Função Seno

Função Cosseno

Quando isto acontece, o movimento é chamado Movimento Harmônico Simples (MHS).


Para que o estudo desse movimento seja simplificado, é possível analisá-lo como uma projeção de um
movimento circular uniforme sobre um eixo.

Função horária da velocidade


Partindo da função horária da elongação podem-se seguir pelo menos dois caminhos diferentes para
determinar a função horária da velocidade. Um deles é utilizar cálculo diferencial e derivar esta equação
em função do tempo obtendo uma equação para a velocidade no MHS.

. 54
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Outra forma é continuar utilizando a comparação com o MCU, lembrando que, para o movimento
circular, a velocidade linear é descrita como um vetor tangente à trajetória:

Decompondo o vetor velocidade tangencial:

−𝑣
𝑠𝑒𝑛 =
𝑣𝑡
𝑣 = 𝑣𝑡. 𝑠𝑒𝑛
Repare que o sinal de v é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o
movimento é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
𝑣𝑡 = . 𝐴
 = 0 + 𝑡
Assim, podemos substituir estas igualdades e teremos a função horária da velocidade no MHS:
𝑣 = −𝑣𝑡. 𝑠𝑒𝑛

𝑣 = −. 𝐴. 𝑠𝑒𝑛(. 𝑡 + 0 )
Função horária da aceleração
Analogamente à função horária da velocidade, a função horária da aceleração pode ser obtida
utilizando cálculo diferencial, ao derivar a velocidade em função do tempo. Mas também pode ser
calculada usando a comparação com o MCU, lembrando que quando o movimento é circular uniforme a
única aceleração pela qual um corpo está sujeito é aquela que o faz mudar de sentido, ou seja, a
aceleração centrípeta.

Decompondo o vetor aceleração centrípeta:

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
−𝑎
𝑐𝑜𝑠 =
𝑎𝑐𝑝

𝑎 = −𝑎𝑐𝑝 . 𝑐𝑜𝑠
Repare que o sinal de a é negativo pois o vetor tem sentido contrário ao vetor elongação, logo, o
movimento é retrógrado.
Mas sabemos que em um MCU:
acp= 2.A
=0+t
Podemos substituir estas igualdades e teremos a função horária da aceleração no MHS:
a= -acp.cos
a= -2.A.cos(t+0)
ou

a= -2.x
Algumas observações importantes:
A fase (t +0)é sempre medida em radianos.
A pulsação () pode ser definida por:
2𝜋
𝑇
A fase inicial (0) é o igual ao ângulo inicial do movimento em um ciclo trigonométrico, ou seja, é o
ângulo de defasagem da onda senoidal.

Por exemplo, no instante t=0, uma partícula que descreve um MHS está na posição , então
determina-se sua fase inicial representando o ponto dado projetado no ciclo trigonométrico:

Exemplos:
𝜋 𝜋
(1) Uma partícula em MHS, com amplitude 0,5m, tem pulsação igual a 8 rad/s e fase inicial 2 , qual sua
elongação, velocidade e aceleração após 2 segundos do início do movimento?

𝑋 = 𝐴. 𝑐𝑜𝑠(. 𝑡 + 0)
𝜋 𝜋
𝑋 = 0,5 𝑐𝑜𝑠( . 2 + )
8 2
𝑋 = −0,35 𝑚

 = −. 𝑎. 𝑠𝑒𝑛(. 𝑡 + 0)


𝜋 𝜋 𝜋
 = −( . 0,5. 𝑠𝑒𝑛(( . 2 + )
8 8 2

 = −𝟎, 𝟏𝟑𝟖 𝒎/𝒔

𝑎 = −𝜔2 . 𝑥
𝜋
𝑎 = −. ( )2 . (−0,35)
8
𝒂 = 𝟎, 𝟎𝟓𝟑𝟗 𝒎/𝒔2

. 56
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
FORÇA NO MOVIMENTO HARMÔNICO SIMPLES

Assim como visto anteriormente o valor da aceleração para uma partícula em MHS é dada por:
a= -2.x
Então, pela 2ª Lei de Newton, sabemos que a força resultante sobre o sistema é dada pelo produto de
sua massa e aceleração, logo:
F=m.a
F= m(-2.x)
F=- m 2.x
Como a massa e a pulsação são valores constantes para um determinado MHS, podemos substituir o
produto mω² pela constante k, denominada constante de força do MHS.
Obtendo:
F= -K.x
Com isso concluímos que o valor algébrico da força resultante que atua sobre uma partícula que
descreve um MHS é proporcional à elongação, embora tenham sinais opostos.
Esta é a característica fundamental que determina se um corpo realiza um movimento harmônico
simples.
Chama-se a força que atua sobre um corpo que descreve MHS de força restauradora, pois ela atua
de modo a garantir o prosseguimento das oscilações, restaurando o movimento anterior.
Sempre que a partícula passa pela posição central, a força tem o efeito de retardá-la para depois poder
trazê-la de volta.

Ponto de equilíbrio do MHS


No ponto médio da trajetória, a elongação é numericamente igual a zero (x=0), consequentemente a
força resultante que atua neste momento também é nula (F=0).
Este ponto onde a força é anulada é denominado ponto de equilíbrio do movimento.

Período do MHS
Grande parte das utilidades práticas do MHS está relacionado ao conhecimento de seu período (T), já
que experimentalmente é fácil de medi-lo e partindo dele é possível determinar outras grandezas.
Como definimos anteriormente:
k=mω²
A partir daí podemos obter uma equação para a pulsação do MHS:
𝐾
𝜔= √
𝑚
Mas, sabemos que:
2𝜋
𝜔=
𝑇

Então, podemos chegar a expressão:


2𝜋 𝐾
= √
𝑇 𝑚

𝑚
𝑇 = 2𝜋. √
𝐾

Como sabemos, a frequência é igual ao inverso do período, logo:


1 𝐾
𝑓= √
2𝜋 𝑚

Exemplo:
(1) Um sistema é formado por uma mola pendurada verticalmente a um suporte em uma extremidade
e a um bloco de massa 10kg. Ao ser posto em movimento o sistema repete seus movimentos após cada
6 segundos. Qual a constante da mola e a frequência de oscilação?

. 57
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Para um sistema formado por uma massa e uma mola, a constante k é equivalente à constante elástica
da mola, assim:
𝑚
T= 2.√
𝐾

𝑚
T2=42. 𝐾
4𝜋 2.
𝐾 = 2 .𝑚
𝑇

4. (3,14)2
𝐾= . 10
36
K= 10,96 N/m

OSCILADOR MASSA-MOLA
Um oscilador massa-mola ideal é um modelo físico composto por uma mola sem massa que possa ser
deformada sem perder suas propriedades elásticas, chamada mola de Hooke, e um corpo de
massa m que não se deforme sob ação de qualquer força.
Este sistema é fisicamente impossível já que uma mola, por mais leve que seja, jamais será
considerada um corpo sem massa e após determinada deformação perderá sua elasticidade. Enquanto
um corpo de qualquer substância conhecida, quando sofre a aplicação de uma força, é deformado,
mesmo que seja de medidas desprezíveis.
Mesmo assim, para as condições que desejamos calcular, este é um sistema muito eficiente. E sob
determinadas condições, é possível obtermos, com muita proximidade, um oscilador massa-mola.
Assim podemos descrever dois sistemas massa-mola básicos, que são:

Oscilador massa-mola horizontal


É composto por uma mola com constante elástica K de massa desprezível e um bloco de massa m,
postos sobre uma superfície sem atrito, conforme mostra a figura abaixo:

Como a mola não está deformada, diz-se que o bloco encontra-se em posição de equilíbrio.
Ao modificar-se a posição do bloco para um ponto em x, este sofrerá a ação de uma força restauradora,
regida pela lei de Hooke, ou seja:
F= -K.x
Como a superfície não tem atrito, esta é a única força que atua sobre o bloco, logo é a força resultante,
caracterizando um MHS.
Sendo assim, o período de oscilação do sistema é dado por:
𝑚
T= 2π√ 𝐾

Assim podemos fazer algumas observações sobre este sistema:

O bloco preso à mola executa um MHS;


A elongação do MHS, é igual à deformação da mola;
No ponto de equilíbrio, a força resultante é nula.

Oscilador massa-mola vertical

Imaginemos o sistema anterior, de uma mola de constante K e um bloco de massa m, que se


aproximam das condições de um oscilador massa-mola ideal, com a mola presa verticalmente à um
suporte e ao bloco, em um ambiente que não cause resistência ao movimento do sistema:

. 58
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Podemos observar que o ponto onde o corpo fica em equilíbrio é:
F=0
Fel-P=0
Fel=P

Ou seja, é o ponto onde a força elástica e a força peso se anulam. Apesar da energia potencial elástica
não ser nula neste ponto, considera-se este o ponto inicial do movimento.
Partindo do ponto de equilíbrio, ao ser "puxado" o bloco, a força elástica será aumentada, e como esta
é uma força restauradora e não estamos considerando as dissipações de energia, o oscilador deve se
manter em MHS, oscilando entre os pontos A e -A, já que a força resultante no bloco será:
F= Fel-P
F=-Kx-P
Mas, como o peso não varia conforme o movimento, este pode ser considerado como uma constante.
Assim, a força varia proporcionalmente à elongação do movimento, portanto é um MHS.
Tendo seu período expresso por:
𝑚
T= 2π√ 𝐾

PÊNDULO SIMPLES

Um pêndulo é um sistema composto por uma massa acoplada a um pivô que permite sua
movimentação livremente. A massa fica sujeita à força restauradora causada pela gravidade.
Existem inúmeros pêndulos estudados por físicos, já que estes descrevem-no como um objeto de fácil
previsão de movimentos e que possibilitou inúmeros avanços tecnológicos, alguns deles são os pêndulos
físicos, de torção, cônicos, de Foucalt, duplos, espirais, de Karter e invertidos. Mas o modelo mais simples,
e que tem maior utilização é o Pêndulo Simples.
Este pêndulo consiste em uma massa presa a um fio flexível e inextensível por uma de suas
extremidades e livre por outra, representado da seguinte forma:

Quando afastamos a massa da posição de repouso e a soltamos, o pêndulo realiza oscilações. Ao


desconsiderarmos a resistência do ar, as únicas forças que atuam sobre o pêndulo são a tensão com o
fio e o peso da massa m. Desta forma:

. 59
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A componente da força Peso que é dado por P.cosθ se anulará com a força de Tensão do fio, sendo
assim, a única causa do movimento oscilatório é a P.senθ. Então:
F= P sen
No entanto, o ângulo θ, expresso em radianos que por definição é dado pelo quociente do arco descrito
pelo ângulo, que no movimento oscilatório de um pêndulo é x e o raio de aplicação do mesmo, no caso,
dado porℓ, assim:

Onde ao substituirmos em F:

Assim é possível concluir que o movimento de um pêndulo simples não descreve um MHS, já que a
𝜋
força não é proporcional à elongação e sim ao seno dela. No entanto, para ângulos pequenos,≥8 rad, o
valor do seno do ângulo é aproximadamente igual a este ângulo.
Então, ao considerarmos os caso de pequenos ângulos de oscilação:

Como P=mg, e m, g e ℓ são constantes neste sistema, podemos considerar que:

Então, reescrevemos a força restauradora do sistema como:


F= K.x
Sendo assim, a análise de um pêndulo simples nos mostra que, para pequenas oscilações, um pêndulo
simples descreve um MHS.
Como para qualquer MHS, o período é dado por:
𝑚
T= 2√ 𝐾

e como

Então o período de um pêndulo simples pode ser expresso por:

. 60
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ACUSTICA
É o estudo das ondas sonoras e de sua percepção pelo sistema auditivo. Logo, para que possamos
iniciar nosso estudo, precisamos entender o que é som.

SOM E SUA PROPAGAÇÃO


O som é definido como a propagação de uma frente de compressão mecânica ou onda longitudinal,
se propagando tridimensionalmente pelo espaço e apenas em meios materiais, como o ar ou a água.
Para que esta propagação ocorra, é necessário que aconteçam compressões e rarefações em
propagação do meio. Estas ondas se propagam de forma longitudinal.
Quando passa, a onda sonora não arrasta as partículas de ar, por exemplo, apenas faz com que estas
vibrem em torno de sua posição de equilíbrio.
Como as ondas sonoras devem ser periódicas, é válida a relação da velocidade de propagação:
𝑉 = . 𝑓

A audição humana considerada normal consegue captar frequências de onda sonoras que variam
entre aproximadamente 20Hz e 20000Hz. São denominadas ondas de infrassom, as ondas que tem
frequência menor que 20Hz, e ultrassom as que possuem frequência acima de 20000Hz.
De maneira que:

A velocidade do som na água é aproximadamente igual a 1450m/s e no ar, à 20°C é 343m/s.


A propagação do som em meios gasosos depende fortemente da temperatura do gás, é possível
inclusive demonstrar experimentalmente que a velocidade do som em gases é dada por:
𝑣 = 𝐾. 𝑇
Onde:
k=constante que depende da natureza do gás;
T=temperatura absoluta do gás (em kelvin).
Como exemplo podemos tomar a velocidade de propagação do som no ar à temperatura de 15°
(288K), que tem valor 340m/s.

Exemplo:
Sabendo que à 15°C o som se propaga à 340m/s, qual será sua velocidade de propagação à 100°C?
Lembrando que:
15° = 288K
100° = 373K
V15º=K.T15º e V100º=K.T100º
340=K.288 e V100º=K.373
Dividindo-se uma equação pela outra:

340 = K. 288


V100º = K. 373

340 288
= √
𝑣100 373

340
𝑣100 =
√288
373

𝑣100 = 386,9 𝑚/𝑠

INTERVALO ACÚSTICO
A audição humana é capaz de diferenciar algumas características do som como a
sua altura, intervalo e timbre.

. 61
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A altura do som depende apenas de sua frequência, sendo definida como a diferenciação
entre grave e agudo.
Um tom de maior frequência é agudo e um de menor é grave.
Os intervalos entre dois sons são dados pelo quociente entre suas frequências. Ou seja:
𝑓1
𝑖=
𝑓2

INTENSIDADE SONORA
A intensidade do som é a qualidade que nos permite caracterizar se um som é forte ou fraco e depende
da energia que a onda sonora transfere.
A intensidade sonora (I) é definida fisicamente como a potência sonora recebida por unidade de área
de uma superfície, ou seja:
𝑃
𝐼=
𝐴

Mas como a potência pode ser definida pela relação de energia por unidade de tempo:

𝐸
𝑃=
∆𝑡

Então, também podemos expressar a intensidade por:

𝐸
𝐼=
𝐴. ∆𝑡

As unidades mais usadas para a intensidade são J/m² e W/m².


É chamada mínima intensidade física, ou limiar de audibilidade, o menor valor da intensidade sonora
ainda audível:

Io=10-12 W/m2
É chamada máxima intensidade física, ou limiar de dor, o maior valor da intensidade sonora
suportável pelo ouvido:

Imáx=1 W/m2
Conforme um observador se afasta de uma fonte sonora, a intensidade sonora ou nível sonoro
(β)diminui logaritmicamente, sendo representado pela equação:
𝐼
𝛽 = 𝑙𝑜𝑔
𝐼0
A unidade utilizada para o nível sonoro é o Bel (B), mas como esta unidade é grande comparada com
a maioria dos valores de nível sonoro utilizados no cotidiano, seu múltiplo usual é o decibel (dB), de
maneira que 1B=10dB.

REFLEXÃO DO SOM
Assim como para qualquer outra onda, as ondas sonoras, ao atingirem um obstáculo fixo, como uma
parede, são refletidas.
A reflexão do som acontece com inversão de fase, mas mantém a mesma velocidade de propagação,
mesma frequência e o mesmo comprimento de onda do som incidente.
Um efeito muito conhecido causado pela reflexão do som é o efeito de eco. Que consiste na reflexão
do som que bate em uma parede afastada.

Quando uma pessoa emite um som em direção a um obstáculo, este som é ouvido no momento da
emissão, chamado som direto, e no momento em que o som refletido pelo obstáculo retorna a ele.

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Sabemos que a velocidade é dada pela distância percorrida pelo som em um determinado tempo, esta
distância é dada por duas vezes a distância ao obstáculo refletor, já que o som vai e volta. Assim:
2𝑑
𝑣=
𝑡
E a velocidade é a de propagação do som no ar.
Ao receber um som, este "permanece" em nós por aproximadamente 0,1s, sendo este intervalo
conhecido como persistência acústica.
Pela relação da velocidade:
2𝑑
𝑡 =
𝑣
Se este intervalo de tempo for inferior à persistência acústica (t < 0,1s), o som ouvido após ser refletido
parecerá apenas um prolongamento do som direto. A este efeito dá-se o nome de reverberação. Para
intervalos maiores que a persistência acústica (t > 0,1s) é instintivo perceber que esta reflexão será ouvida
como eco.
Os outros fenômenos acontecem da mesma forma que para as outras ondas estudadas. Tendo uma
utilização bastante conhecida a de interferência do som, onde é possível aplicar uma frequência
antirruído, a fim de suavizar o som do ambiente.

TUBOS SONOROS1

Ao soprar um tubo sonoro a coluna de ar vibra, havendo assim a produção de som.


Vejamos agora os tipos de tubos sonoros:

A) Abertos: os tubos abertos possuem uma extremidade oposta à embocadura, ou seja, a entrada do
ar aberta. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo aberto ressoa.
Nas duas extremidades do tubo, ou seja, na embocadura e na extremidade aberta, há uma formação
de ventres, isto é, uma interferência construtiva.

B) Fechados: Os tubos fechados possuem uma extremidade oposta a embocadura, ou seja, a entrada
do ar fechada. A onda estacionária se forma no ar de seu interior, quando o tubo fechado ressoa.
Podemos perceber que junto à embocadura, há formação de um ventre, ou seja, interferência
construtiva, e junto à extremidade fechada, ocorre à formação de um nó, ou seja, interferência destrutiva.

Ondas estacionárias nos tubos

A) Tubos Abertos
Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo aberto que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 3º
harmônico.
Vejamos:

1
Fonte: http://www.colegioweb.com.br/acustica/tubos-sonoros.html#ixzz42R41y85z

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e fn, a frequência de um harmônico de ordem n, vem:

B) Tubos fechados

Vejamos uma figura abaixo, onde podemos perceber que estão representadas as três primeiras ondas
estacionárias, que poderão aparecer na coluna de ar do interior de um tubo fechado que contenha um
comprimento útil igual a L. Veremos abaixo os três modos de vibração que correspondem ao 1º, 2º e 5º
harmônico.

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Considerando o comprimento da onda estacionária que está presente no tubo, esse comprimento
poderá ser expresso em função de L. Em cada caso é dado de uma forma, vejamos:

Considerando V, como sendo o módulo da velocidade das ondas parciais, onde elas se superpõem
para que haja formação das ondas estacionárias e f(2n – 1), a frequência de um harmônico de ordem (2n -
1), vem:

EFEITO DOPPLER

O efeito Doppler é a alteração da frequência sonora percebida pelo observador em virtude do


movimento relativo de aproximação ou afastamento entre a fonte e o observador.

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Para ondas sonoras, o efeito Doppler constitui o fenômeno pelo qual um observador percebe
frequências diferentes das emitidas por uma fonte e acontece devido à velocidade relativa entre o a onda
sonora e o movimento relativo entre o observador e/ou a fonte.
Considerando:

fo= frequência aparente percebida pelo observador


f=frequência real emitida
v0= velocidade do observador
vf= velocidade da fonte
v= velocidade da onda sonora

Podemos determinar uma fórmula geral para calcular a frequência percebida pelo observador, ou seja,
a frequência aparente.
 Supondo que o observador esteja em repouso e a fonte se movimente:
Para o caso onde a fonte se aproxima do observador, há um encurtamento do comprimento da onda,
relacionado à velocidade relativa, e a frequência real será menor que a observada, ou seja:
𝑣
𝑓0 =
1

Mas, como a fonte se movimenta, sua velocidade também deve ser considerada, de modo que:
Substituindo no cálculo da frequência observada:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 − 𝑣
𝑓
𝑓𝑓
Ou seja:

Para o caso onde a fonte se afasta do observador, há um alongamento aparente do comprimento de


onda, nesta situação a dedução do cálculo da frequência observada será análoga ao caso anterior.
𝑣
𝑓0 =
2

No entanto:
𝑣 + 𝑣𝑓
2 =
𝑓𝑓

Então:
𝑣
𝑓0 = 𝑣 + 𝑣
𝑓
𝑓𝑓

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde a fonte se desloque
e o observador fique parado, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no


caso em que a fonte se afasta.

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
 Supondo que a fonte esteja em repouso e o observador se movimente:
No caso em que o observador se aproxima da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
mais frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser maior que a
frequência emitida pela fonte. Neste caso, o comprimento de onda não é alterado, mas a velocidade de
propagação é ligeiramente aumentada.
𝑣1
𝑓0 =

Mas:
𝑣
v1= v+v0 e = 𝑓
1
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 + 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

No caso em que o observador se afasta da fonte, em um mesmo intervalo de tempo ele encontrará
menor número de frentes de onda do que se estivesse parado. Assim a frequência observada deverá ser
menor que a frequência emitida pela fonte. A dedução do cálculo da frequência observada será análoga
ao caso anterior, no entanto a velocidade de propagação é ligeiramente reduzida.
𝑣
𝑓0= 2

Mas:
𝑣
𝑣2=𝑣−𝑣0 e = 𝑓
𝑓
Quando estes dois valores são substituídos no cálculo da frequência observada temos:
𝑣 − 𝑣0
𝑓0 = 𝑣
𝑓𝑓
Então:

Podemos escrever uma fórmula geral para os casos onde o observador se desloque e a fonte fique
parada, se utilizarmos:

Sendo o sinal negativo utilizado no caso onde a fonte se aproxima e positivo no caso em que a fonte
se afasta.

Conhecendo estas quatro possibilidades de alteração na frequência de onda observada podemos


escrever uma fórmula geral para o efeito Doppler se combinarmos todos os resultados, sendo ela:

Sendo utilizados os sinais convenientes para cada caso.

. 67
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Qualidade do Som

É a qualidade que permite diferenciar sons graves de sons agudos. A altura de um som se relaciona
com sua frequência. Quanto maior a frequência de uma som mais agudo ele será e, quanto menor a
frequência mais grave será.

A voz masculina é grave e a feminina é aguda. A diferença é decorrente da densidade das pregas
vocais. As pregas vocais masculinas são mais densas (grossas), produzindo um som grave. Já as pregas
vocais feminina são mais finas ocasionando a produção de um som agudo.

b) Intensidade ou volume:

É a qualidade que permite diferenciar sons fortes de sons fracos. Para sons de mesma frequência a
intensidade depende a amplitude da onda. Quanto maior a amplitude mais intenso é o som produzido.

c) Timbre:

É a qualidade que permite diferenciar sons de mesma altura emitidos por fontes diferentes. O timbre
depende da forma da onda (desenho da onda), como mostrado na figura ao lado. Esse desenho da onda
e comumente denominado de harmônico. Na figura verifica-se que cada instrumento produz ondas com
formas diferentes, isso faz com que o aparelho auditivo do ser humano reconheça o instrumento que o
envia.

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1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
Intensidade
A intensidade de um som é dada pela razão entre a sua potência e a área por ele atravessa, conforme
a equação abaixo
𝑃
𝐼=
𝐴
Unidade no SI: w/m2

Notas
01.A menor intensidade de som audível é denominada de limiar de audição e seu valor é I o = 10-
12
w/m2. Quanto a intensidade do som começa a produzir desconforto auditivo, como início da sensação
dolorosa, ela passa a ser denominada de limiar de dor e seu valor é de I = 1 w/m2

02. A onda sonora e tridimensional, por isso considera-se ao se propagar no ar assume a configuração
espacial de uma esfera.

Observa-se que a Intensidade é inversamente proporcional a quadrado do Raio da esfera.


Considerando que o Raio da Esfera representa a distância entre a fonte e o ouvinte, percebe-se que a
quanto maior a distância menor a intensidade do som.

Nível Sonoro
É a grandeza física que responsável pela medida da sensação auditiva do ser humano.

Na prática usa-se decibel (dB), para converter de Bell, para decibell (dB), basta multipicar o resultado
encontrado por 10.

ONDAS
A definição de onda é qualquer perturbação (pulso) que se propaga em um meio. Ex: uma pedra
jogada em uma piscina (a fonte), provocará ondas na água, pois houve uma perturbação. Essa onda se
propagará para todos os lados, quando vemos as perturbações partindo do local da queda da pedra, até

. 69
1515427 E-book gerado especialmente para GUILHERME DE FREITAS
ir na borda. Uma sequência de pulsos formam as o Também existem ondas que não podemos observar
a olho nu, como, por exemplo, ondas de rádio, ondas de televisão, ondas ultravioleta e micro-ondas.
Além destas, existem alguns tipos de ondas que conhecemos bem, mas que não identificamos
normalmente, como a luz e o som.
Mas o que elas têm em comum é que todas são energias propagadas através de um meio, e este meio
não acompanha a propagação.
Conforme sua natureza as ondas são classificadas em:

Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo. Alguns exemplos são os que acontecem em molas e cordas,
sons e em superfícies de líquidos.

Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram, podendo propagar-se no vácuo e em determinados meios
materiais. Alguns exemplos são as ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.
Quanto a direção de propagação as ondas são classificadas como:

Unidimensionais: que se propagam em apenas uma direção, como as ondas em cordas e molas
esticadas;

Bidimensionais: são aquelas que se propagam por uma superfície, como as água em um lago quando
se joga uma pedra;

Tridimensionais: são capazes de se propagar em todas as dimensões, como a luz e o som.


Quanto à direção da vibração as ondas podem ser classificadas como:
Transversais: são as que são causadas por vibrações perpendiculares à propagação da onda, como,
por exemplo, em uma corda:

Longitudinais: são ondas causadas por vibrações com mesma direção da propagação, como as ondas
sonoras.

Componentes de uma onda


Uma onda é formada por alguns componentes básicos que são:

Sendo A a amplitude da onda.


É denominado comprimento da onda, e expresso pela letra grega lambida (λ), a distância entre duas
cristas ou dois vales consecutivos.
Chamamos período da onda (T) o tempo decorrido até que duas cristas ou dois vales consecutivos
passem por um ponto e frequência da onda (f) o número de cristas ou vales consecutivos que passam
por um mesmo ponto, em uma determinada unidade de tempo.
Portanto, o período e a frequência são relacionados por:
1
𝑓=
𝑇

. 70
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A unidade internacionalmente utilizada para a frequência é Hertz (Hz) sendo que 1Hz equivale à
passagem de uma crista ou de um vale em 1 segundo.
Para o estudo de ondas bidimensionais e tridimensionais são necessários os conceitos de:

frente de onda: é a fronteira da região ainda não atingida pela onda com a região já atingida;
raio de onda: é possível definir como o raio de onda a linha que parte da fonte e é perpendicular às
frentes de onda, indicando a direção e o sentido de propagação.

Velocidade de propagação das ondas


Como não transportam matéria em seu movimento, é previsível que as ondas se desloquem com
velocidade contínua, logo estas devem ter um deslocamento que valide a expressão:
S= v. t
Podemos fazer que ΔS=λ e que Δt=T
Assim:𝜆 = 𝜈. Τ
1
𝑇=
𝑓
1
𝜆 = 𝜈.
𝑓
= 𝜆. 𝑓

Sendo está a equação fundamental da Ondulatória, já que é válida para todos os tipos de onda.
É comum utilizar-se frequências na ordem de kHz (1quilohertz = 1000Hz) e de MHz (1megahertz =
1000000Hz)
Exemplo:
(1) Qual a frequência de ondas, se a velocidade desta onde é de 195m/s, e o seu comprimento de
onda é de 1cm?
1cm=0,01m
 = 𝜆. 𝑓
𝜈
𝑓=
𝜆

195
𝑓= = 19500 𝐻𝑧
0,01

𝐹 = 19,5 𝐻𝑧

REFLEXÃO DE ONDAS

É o fenômeno que ocorre quando uma onda incide sobre um obstáculo e retorna ao meio de
propagação, mantendo as características da onda incidente. Independentemente do tipo de onda, o
módulo da sua velocidade permanece inalterado após a reflexão, já que ela continua propagando-se no
mesmo meio.

Reflexão em ondas unidimensionais


Esta análise deve ser dividida oscilações com extremidade fixa e com extremidade livre:

. 71
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Com extremidade fixa:
Quando um pulso (meia-onda) é gerado, faz cada ponto da corda subir e depois voltar a posição
original, no entanto, ao atingir uma extremidade fixa, como uma parede, a força aplicada nela, pelo
princípio da ação e reação, reage sobre a corda, causando um movimento na direção da aplicação do
pulso, com um sentido inverso, gerando um pulso refletido. Assim como mostra a figura abaixo:

Para este caso costuma-se dizer que há inversão de fase já que o pulso refletido executa o movimento
contrário ao do pulso incidente.
Com extremidade livre:
Considerando uma corda presa por um anel a uma haste idealizada, portanto sem atrito.
Ao atingir o anel, o movimento é continuado, embora não haja deslocamento no sentido do pulso,
apenas no sentido perpendicular a este. Então o pulso é refletido em direção da aplicação, mas com
sentido inverso. Como mostra a figura:

Para estes casos não há inversão de fase, já que o pulso refletido executa o mesmo movimento do
pulso incidente, apenas com sentido contrário.
É possível obter-se a extremidade livre, amarrando-se a corda a um barbante muito leve, flexível e
inextensível.

REFRAÇÃO DE ONDAS

É o fenômeno que ocorre quando uma onda passa de um meio para outro de características distintas,
tendo sua direção desviada.
Independente de cada onda, sua frequência não é alterada na refração, no entanto, a velocidade e o
comprimento de onda podem se modificar.
Através da refração é possíveis explicar inúmeros efeitos, como o arco-íris, a cor do céu no pôr-do-sol
e a construção de aparelhos astronômicos.
A refração de ondas obedece duas leis que são:

. 72
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1ª Lei da Refração: O raio incidente, a reta perpendicular à fronteira no ponto de incidência e o raio
refratado estão contidos no mesmo plano.

Lei de Snell: Esta lei relaciona os ângulos, as velocidades e os comprimentos de onda de incidência
de refração, sendo matematicamente expressa por:

𝑠𝑖𝑛𝜃1 𝑣1 1
=
𝑠𝑖𝑛𝜃2 𝑣2
= 2

ONDE:

1= ângulo de raio incidente à reta perpendicular


2= ângulo de raio refratado à reta perpendicular
1=velocidade da onda incidente
2=velocidade da onda refratada
1= comprimento da onda incidente
2= comprimento da onda refratada

Como exemplos da refração, podem ser usadas ondas propagando-se na superfície de um líquido e
passando por duas regiões distintas. É possível verificar experimentalmente que a velocidade de
propagação nas superfícies de líquidos pode ser alterada modificando-se a profundidade deste local. As
ondas diminuem o módulo de velocidade ao se diminuir a profundidade.

SUPERPOSIÇÃO DE ONDAS
A superposição, também chamada interferência em alguns casos, é o fenômeno que ocorre quando
duas ou mais ondas se encontram, gerando uma onda resultante igual à soma algébrica das perturbações
de cada onda.
Imagine uma corda esticada na posição horizontal, ao serem produzidos pulsos de mesma largura,
mas de diferentes amplitudes, nas pontas da corda, poderá acontecer uma superposição de duas formas:
Situação 1: os pulsos são dados em fase.

No momento em que os pulsos se encontram, suas elongações em cada ponto da corda se somam
algebricamente, sendo sua amplitude (elongação máxima) a soma das duas amplitudes:

Numericamente:
A= A1+A2
X= x1+x2
Após este encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais
conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência construtiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente aumentada e m módulo.

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Situação 2: os pulsos são dados em oposição de fase.

Novamente, ao se encontrarem as ondas, suas amplitudes serão somadas, mas podemos observar
que o sentido da onda de amplitude é negativo em relação ao eixo vertical, portanto <0. Logo, o
pulso resultante terá amplitude igual a diferença entre as duas amplitudes:

Numericamente:
A= -A1+A2
X= -x1+x2
Sendo que o sinal negativo está ligado à amplitude e elongação da onda no sentido negativo.
Após o encontro, cada um segue na sua direção inicial, com suas características iniciais conservadas.

Este tipo de superposição é chamado interferência destrutiva, já que a superposição faz com que a
amplitude seja momentaneamente reduzida em módulo.
Os principais exemplos de ondas sobrepostas são os fenômenos ondulatórios de batimento e ondas
estacionárias.
Batimento: Ocorre quando duas ondas periódicas de frequência diferente e mesma amplitude são
sobrepostas, resultando em uma onda com variadas amplitudes dependentes do soma de amplitudes em
cada crista resultante.
Ondas estacionárias: É o fenômeno que ocorre quando são sobrepostas duas ondas com mesma
frequência, velocidade e comprimento de onda, na mesma direção, mas em sentidos opostos.

RESSONÂNCIA
A ressonância acontece quando a frequência de uma fonte de oscilação coincide com a frequência de
oscilação natural de um corpo.
Imagine que esta é uma ponte construída no estilo pênsil, e que sua frequência de oscilação natural é
dada por:

Ao ser excitada periodicamente, por um vento de frequência:

. 74
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A amplitude de oscilação da ponte passará a ser dada pela superposição das duas ondas:

Se a ponte não tiver uma resistência que suporte a amplitude do movimento, esta sofrerá danos
podendo até ser destruída.

PRINCÍPO DE HUYGENS

O princípio de Huygens pode ser aplicado a qualquer tipo de onda e é usado para determinar a posição
de uma frente de onda em um determinado instante, desde que se conheça sua posição em um instante
anterior.

Christian Huygens (1629-1695), no final do século XVII, propôs um método de representação de


frentes de onda, onde cada ponto de uma frente de onda se comporta como uma nova fonte de ondas
elementares, que se propagam para além da região já atingida pela onda original e com a mesma
frequência que ela. Sendo esta ideia conhecida como Princípio de Huygens.

Para um considerado instante, cada ponto da frente de onda comporta-se como fonte das ondas
elementares de Huygens.

A partir deste princípio, é possível concluir que, em um meio homogêneo e com as mesmas
características físicas em toda sua extensão, a frente de onda se desloca mantendo sua forma, desde
que não haja obstáculos.

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Desta forma:

DIFRAÇÃO DE ONDAS

O fenômeno chamado difração é o encurvamento sofrido pelos raios de onda quando esta encontra
obstáculos à propagação.
Imagine a situação em que uma onda se propaga em um meio, até onde encontra uma fenda posta
em uma barreira.

Este fenômeno prova que a generalização de que os raios de onda são retilíneos é errada, já que a
parte que atinge a barreira é refletida, enquanto os raios que atingem a fenda passam por ela, mas nem
todas continuam retas.
Se esta propagação acontecesse em linha reta, os raios continuariam retos, e a propagação depois
da fenda seria uma faixa delimitada pela largura da fenda. No entanto, há um desvio nas bordas.
Este desvio é proporcional ao tamanho da fenda. Para o caso onde esta largura é muito inferior ao
comprimento de onda, as ondas difratadas serão aproximadamente circulares, independente da forma
geométrica das ondas incidentes.

EXPERIÊNCIA DE YOUNG
Na experiência realizada por Young, são utilizados três anteparos, sendo o primeiro composto por um
orifício, onde ocorre difração da luz incidida, o segundo, com dois orifícios, postos lado a lado, causando
novas difrações. No último, são projetadas as manchas causadas pela interferência das ondas resultantes
da segunda difração.
Ao substituir-se estes orifícios por fendas muito estreitas, as manchas tornam-se franjas, facilitando a
visualização de regiões mais bem iluminadas (máximos) e regiões mal iluminadas (mínimos).

Luz proveniente de uma fonte F passa por um pequeno orifício S e incide sobre duas fendas paralelas
estreitas S1 e S2 separadas por uma distância h. Um anteparo colocado após as fendas mostrará listas
claras e escuras, definindo assim o padrão de interferência que estamos interessados em encontrar. Note

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que o orifício S é de fundamental importância pois é ele que fornece a coerência espacial necessária
entre a radiação vinda das duas fendas.

Questões

01. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES/2014) A mudança na direção de uma onda, ao


atravessar a fronteira entre dois meios, e a modificação da velocidade de propagação e o comprimento
de onda, mantendo uma proporção direta, são características de uma
(A) reflexão de ondas.
(B) refração de ondas.
(C) superposição de ondas.
(D) dispersão de ondas.
(E) difração de ondas.

02. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –


CESGRANRIO/2014) De acordo com a sua natureza, as ondas podem ser classificadas em mecânicas
ou eletromagnéticas.
É um exemplo de ondas mecânicas:
(A) ondas de rádio
(B) micro-ondas
(C) raio X
(D) luz
(E) ultrassom

03. (FUB – Físico – CESPE)

A figura acima, mostra, esquematicamente, as linhas de campo magnético terrestre. Ocm referência a
essa figura e a fenômenos eletromagnéticos, julgue o item
Ondas eletromagnéticas são ondas longitudinais e necessitam de meio físico para se propagar.
( ) certo ( ) errado

04. (CBM/MG – Oficial Bombeiro Militar – FUMARC/2013) Sabemos que o som são ondas que se
propagam num meio material. No vácuo, não há sons. Duas pessoas conversam. A voz de Marina é mais
aguda do que a de Francisco. Em relação às ondas sonoras que cada um deles emite, é CORRETO
afirmar que o comprimento de onda dos sons de Francisco é
(A) maior do que o de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(B) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é igual à de Marina.
(C) maior do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.
(D) menor do que de Marina, e a velocidade de propagação de suas ondas é maior que a de Marina.

05. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE/2013) Com relação às propriedades das ondas sonoras
e eletromagnéticas, julgue os itens a seguir.
Tanto as ondas sonoras quanto as ondas eletromagnéticas requerem um meio para sua propagação.
( ) certo ( ) errado

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06. (PETROBRAS – Técnico de Inspeção de Equipamentos e Instalações Júnior –
CESGRANRIO/2014) As ondas eletromagnéticas possuem características como: amplitude, frequência,
comprimento de onda, velocidade de propagação, potência transmitida, etc. Quando se propagam no
vácuo, a única característica que assume o mesmo valor para todas as ondas eletromagnéticas é a(o)
(A) amplitude
(B) frequência
(C) velocidade de propagação
(D) potência transmitida
(E) comprimento de onda

07. (SEDUC/RJ – Professor Docente I – Ciências – CEPERJ/2015) Se houvesse uma explosão no


Sol certamente não ouviríamos aqui na Terra. Isso aconteceria por que:
(A) o som não se propaga no vácuo.
(B) o som é uma onda eletromagnética
(C) as ondas eletromagnéticas são transversais
(D) o sol está muito distante da Terra
(E) o som se propaga mal no ar

08. (CBM/MG – Oficial do Corpo de Bombeiros Militar – IDECAN/2015)


A onda representada a seguir tem período de 0,25 s.

Sobre essa onda, é correto afirmar que


(A) sua amplitude é de 8 cm.
(B) tem frequência igual a 2,5 hz.
(C) sua velocidade é igual a 64 cm/s.
(D) tem comprimento de onda de 48 cm.

09. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – FAB/2015) A hélice de um determinado


avião gira a 1800 rpm (rotações por minuto). Qual a frequência, em hertz, dessa hélice?
(A) 30
(B) 60
(C) 90
(D) 180

10. (UFBA – Engenheiro Eletricista – IADES/2014) Em um tanque com água, um mecanismo de


vibração produz ondas na superfície. Se a frequência de trabalho do mecanismo for dobrada, como
consequência a onda terá o (a)
(A) dobro da velocidade de propagação.
(B) seu período inalterado.
(C) metade do comprimento de onda.
(D) dobro do período.
(E) metade da velocidade de propagação.

11(SEE-AC- PROFESSOR DE MATEMÁTICA E FÍSICA-FUNCAB-2014)


O som é classificado como uma onda:
eletromagnética.
(B)hidrodinâmica.
(C)elétrica.
(D)magnética.
(E)mecânica.

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12.Um pêndulo demora 0,5 segundo para restabelecer sua posição inicial após passar por todos os
pontos de oscilação, qual sua frequência?

13.Qual deve ser a constante elástica de uma mola para que, quando colocada em um oscilador
massa-mola horizontal, considerando a força máxima admissível igual a 100N, suporte um movimento de
uma massa de 2kg em uma amplitude de 1m?

14.Qual a força exercida em um oscilador massa-mola de amplitude 0,3m, com massa 0,5kg, tendo
um período de 3 segundos, no momento em que sua elongação é máxima?

Respostas
01. Resposta: B.
Como mantém proporção, podemos dizer que as frequências são iguais, portanto, ocorre refração de
ondas.

02. Resposta: E.
Lembrando que ondas mecânicas são todas as ondas que precisam de um meio material para se
propagar.

03. Resposta: Errado


Ondas eletromagnéticas não necessitam de meio físico para se propagar.

04. Resposta: A.
A frequência de onda da voz de Marina é maior, pois é som mais agudo, ou seja o comprimento de
onda deve ser menor, pois a velocidade das ondas devem ser iguais por estarem no mesmo meio.

05. Resposta: Errado.


Como vimos, as ondas eletromagnéticas não requerem um meio para sua propagação, é possível ter,
mas não necessitam.

06. Resposta: C.
Se as ondas estão no mesmo meio (vácuo), elas terão a mesma velocidade de propagação.

07. Resposta: A.
O som é uma onda que precisa de um meio material para ser ouvido.

08. Resposta: C.

(A) Amplitude é 4 cm.


1 1
(B) 𝑓 = 𝑇 = 0,25 = 4 ℎ𝑧
(C) v=.f
V=164=64 cm/s
(D) =16 cm

09. Resposta: A.
Hertz =rotações por segundo, portanto vamos dividir por 60.
1800/60=30 Hz.

10. Resposta: C.
A velocidade de propagação não pode mudar, pois não mudou o meio.
Mantendo a velocidade constante e dobrando a frequência, o comprimento de onda deve ser pela
metade.

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Vamos pensar pela fórmula?
V=1f1
V=2.2f1

Igualando as velocidades
1f1=2.2f1
𝜆1 = 2𝜆2
𝜆1
𝜆2 =
2
11.Resposta
Onda é um movimento causado por uma perturbação que se propaga. Analisando a natureza de todos
os tipos de ondas, os cientistas perceberam que podemos classificá- las em Ondas Mecânicas e Ondas
Eletromagnéticas.

Ondas Mecânicas: são ondas que necessitam de um meio material para se propagar, ou seja, sua
propagação envolve o transporte de energia cinética e potencial e depende da elasticidade do meio. Por
isto não é capaz de propagar-se no vácuo.

Exemplos: Som, ondas na água e as produzidas em cordas e molas.

Ondas Eletromagnéticas: são ondas geradas por cargas elétricas oscilantes e sua propagação não
depende do meio em que se encontram. Isso quer dizer que elas podem propagar-se tanto no vácuo
quanto em determinados meios materiais.

Exemplos: ondas de rádio, de radar, os raios x e as micro-ondas.

12.Resposta

Como o tempo dado equivale ao movimento completo do pêndulo, este é considerado o seu período
de oscilação, ou seja:
T=0,5 s
Como a frequência equivale ao inverso do período temos:
1
𝑓=
𝑇
1
𝑓= = 2 𝐻𝑍
0,5𝑠

13.Resposta
Utilizando a equação da força, lembrando que para osciladores massa-mola a constante k equivale a
constante elástica da mola temos:
F= -k.x
Para este caso utilizaremos os valores de elongação máxima (amplitude) e de maior força admissível
(lembrando que esta será restauradora, portanto, negativa), assim:
F= -k.A
-100= - K.1
K= 100 N/m

14.Resposta

Utilizando a equação:
𝐹 = −𝑚.2.x
Lembrando que:
2𝜋
= T
E que, no momento onde a elongação é máxima:
x=A
Podemos escrever a equação da força:

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3. Óptica geométrica: reflexão e refração da luz. 3.1
Instrumentos ópticos: características e aplicações.

A óptica é um ramo da Física que estuda a luz ou, mais amplamente, a radiação eletromagnética,
visível ou não. A óptica explica os fenômenos de reflexão, refração e difração, a interação entre a luz e o
meio, entre outras coisas. Geralmente, a disciplina estuda fenômenos envolvendo a luz visível,
infravermelha, e ultravioleta; entretanto, uma vez que a luz é uma onda eletromagnética, fenômenos
análogos acontecem com os raios X, micro-ondas, ondas de rádio, e outras formas de radiação
eletromagnética. A óptica, nesse caso, pode se enquadrar como uma subdisciplina do eletromagnetismo.
Alguns fenômenos ópticos dependem da natureza da luz e, nesse caso, a óptica se relaciona com a
mecânica quântica. Segundo o modelo para a luz utilizada, distingue-se entre os seguintes ramos, por
ordem crescente de precisão (cada ramo utiliza um modelo simplificado do empregado pela seguinte):
- Óptica geométrica: Trata a luz como um conjunto de raios que cumprem o princípio de Fermat. Utiliza-
se no estudo da transmissão da luz por meios homogêneos (lentes, espelhos), a reflexão e a refração.
- Óptica ondulatória: Considera a luz como uma onda plana, tendo em conta sua frequência e
comprimento de onda. Utiliza-se para o estudo da difração e interferência.
- Óptica eletromagnética: Considera a luz como uma onda eletromagnética, explicando assim a
reflexão e transmissão, e os fenômenos de polarização e anisotrópicos.
- Óptica quântica ou óptica física: Estudo quântico da interação entre as ondas eletromagnéticas e a
matéria, no que a dualidade onda-corpúsculo joga um papel crucial.

Modelo Corpuscular da Luz2


Influenciado pelo trabalho desenvolvido pelos gregos, o Isaac Newton elaborou um modelo para
explicar a natureza da luz, hoje popularizado como "a teoria da natureza corpuscular da luz." Este modelo
sobre a luz baseia-se num fluxo de partículas muito microscópicas que são emitidas por meio de fontes
luminosas. A ideia de partícula foi muito satisfatória a Newton, pois encaixava-se em seu conceito de
mundo, isto é, um modelo mecânico, determinista, com corpos materiais em movimento, onde seria
possível determinar diversas grandezas ao mesmo tempo. Além disso, através do modelo corpuscular
sobre a natureza da luz, Newton conseguia explicar fenômenos físicos como a reflexão e a refração, já
conhecidos na época.
A base de sustentação da teoria formulada por Newton estava, justamente, na reputação que
conquistou perante a sociedade científica de sua época e de gerações de cientistas depois dele. A obra
de Newton é considerada uma das mais importantes formulações científicas já elaboradas pelo homem
e, certamente, o modelo corpuscular foi sustentado devido a este enorme prestígio. No entanto, não
apenas fama e prestígio conquistou Newton. Houve ferrenhos debates científicos, discussões envolvendo
Newton e sua teoria corpuscular, principalmente, com seu maior desafeto: Robert Hooke. Dessa relação
cientificamente conturbada com Hooke nasceu a discussão sobre a natureza da luz.

Luz - Comportamento e princípios


A luz, ou luz visível como é fisicamente caracterizada, é uma forma de energia radiante. É o agente
físico que, atuando nos órgãos visuais, produz a sensação da visão.
Energia radiante é aquela que se propaga na forma de ondas eletromagnéticas, dentre as quais se
pode destacar as ondas de rádio, TV, micro-ondas, raios X, raios gama, radar, raios infravermelho,
radiação ultravioleta e luz visível.

2
Universidade federal do Rio grande do Sul. Disponível em: http://lief.if.ufrgs.br/pub/cref/n25_Alvarenga/teoria_corpuscular.htm

. 81
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Uma das características das ondas eletromagnéticas é a sua velocidade de propagação, que no vácuo
tem o valor de aproximadamente 300 mil quilômetros por segundo, ou seja:
C=3.108 m/s

Podendo ter este valor reduzido em meios diferentes do vácuo.


A luz que percebemos tem como característica sua frequência que vai da faixa de
4.1014 Hz (vermelho) até 8.1014 Hz(violeta). Esta faixa é a de maior emissão do Sol, por isso os órgãos
visuais de todos os seres vivos estão adaptados a ela, e não podem ver além desta, como por exemplo,
a radiação ultravioleta e infravermelha.

Fonte: www.profcordella.com.br

Divisões da Óptica

Óptica Física: estuda os fenômenos ópticos que exigem uma teoria sobre a natureza das ondas
eletromagnéticas.

Óptica Geométrica: estuda os fenômenos ópticos em que apresentam interesse as trajetórias


seguidas pela luz. Fundamenta-se na noção de raio de luz e nas leis que regulamentam seu
comportamento.

Conceitos básicos
Raios de luz: são a representação geométrica da trajetória da luz, indicando sua direção e o sentido
da sua propagação. Por exemplo, em uma fonte puntiforme são emitidos infinitos raios de luz, embora
apenas alguns deles cheguem a um observador. Representa-se um raio de luz por um segmento de reta
orientado no sentido da propagação.

Feixe de luz: é um conjunto de infinitos raios de luz; um feixe luminoso pode ser:

Cônico convergente: os raios de luz convergem para um ponto;

Cônico divergente: os raios de luz divergem a partir de um ponto;

. 82
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Cilíndrico paralelo: os raios de luz são paralelos entre si.

Fontes de luz

Tudo o que pode ser detectado por nossos olhos, e por outros instrumentos de fixação de imagens
como câmeras fotográficas, é a luz de corpos luminosos que é refletida de forma difusa pelos corpos que
nos cercam. Fonte de luz são todos os corpos dos quais se podem receber luz, podendo ser fontes
primárias ou secundárias.

Fontes primárias: Também chamadas de corpos luminosos, são corpos que emitem luz própria, como
por exemplo, o Sol, as estrelas, a chama de uma vela, uma lâmpada acesa.

Fontes secundárias: Também chamadas de corpos iluminados, são os corpos que enviam a luz que
recebem de outras fontes, como por exemplo, a Lua, os planetas, as nuvens, os objetos visíveis que não
têm luz própria.

Quanto às suas dimensões, uma fonte pode ser classificada como:

Pontual ou puntiforme: uma fonte sem dimensões consideráveis que emite infinitos raios de luz.

Extensa: uma fonte com dimensões consideráveis em relação ao ambiente.

Meios de propagação da luz

Os diferentes meios materiais comportam-se de forma diferente ao serem atravessados pelos raios de
luz, por isso são classificados em:

Meio transparente: é um meio óptico que permite a propagação regular da luz, ou seja, o observador
vê um objeto com nitidez através do meio. Exemplos: ar, vidro comum, papel celofane, etc...

Meio translúcido: é um meio óptico que permite apenas uma propagação irregular da luz, ou seja, o
observador vê o objeto através do meio, mas sem nitidez.

Meio opaco: é um meio óptico que não permite que a luz se propague, ou seja, não é possível ver um
objeto através do meio.

. 83
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Fenômenos ópticos
Ao incidir sobre uma superfície que separa dois meios de propagação, a luz sofre algum, ou mais do
que um, dos fenômenos a seguir:

Reflexão regular: a luz que incide na superfície e retorna ao mesmo meio, regularmente, ou seja, os
raios incidentes e refletidos são paralelos. Ocorre em superfícies metálicas bem polidas, como espelhos.

Reflexão difusa: a luz que incide sobre a superfície volta ao mesmo meio, de forma irregular, ou seja,
os raios incidentes são paralelos, mas os refletidos são irregulares. Ocorre em superfícies rugosas, e é
responsável pela visibilidade dos objetos.

Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio. Ambos os
raios (incidentes e refratados) são paralelos, no entanto, os raios refratados seguem uma trajetória
inclinada em relação aos incididos. Ocorre quando a superfície separa dois meios transparentes.

Absorção: a luz incide na superfície, no entanto não é refletida e nem refratada, sendo absorvida pelo
corpo, e aquecendo-o. Ocorre em corpos de superfície escura.

Princípio da independência dos raios de luz

Quando os raios de luz se cruzam, estes seguem independentemente, cada um a sua trajetória.

Princípio da propagação retilínea da luz

Todo o raio de luz percorre trajetórias retilíneas em meios transparentes e homogêneos.

Um meio homogêneo é aquele que apresenta as mesmas características em todos os elementos de


volume.
Um meio isótropo, ou isotrópico, é aquele em que a velocidade de propagação da luz e as demais
propriedades ópticas independem da direção em que é realizada a medida.
Um meio ordinário é aquele que é, ao mesmo tempo, transparente, homogêneo e isótropo, como por
exemplo, o vácuo.

Propagação Retilínea da Luz: Em um meio homogêneo e transparente a luz se propaga em linha


reta. Cada uma dessas “retas de luz” é chamada de raio de luz.
Reversibilidade dos Raios de Luz: Se revertermos o sentido de propagação de um raio de luz ele
continua a percorrer a mesma trajetória, em sentido contrário.

O terceiro princípio pode ser verificado, por exemplo, na situação em que um motorista de táxi e seu
passageiro, este último no banco de trás, conversam, um olhando para o outro através do espelho central
retrovisor.

O domínio de validade da óptica geométrica é o de a escala em estudo ser muito maior do que o
comprimento de onda da luz considerada e em que as fases das diversas fontes luminosas não têm
qualquer correlação entre si. Assim, por exemplo é legítimo utilizar a óptica geométrica para explicar a
refração mas não a difração. Todos os três princípios podem ser derivados do Princípio de Fermat, de
Pierre de Fermat, que diz que quando a luz vai de um ponto a outro, ela segue a trajetória que minimiza
o tempo do percurso (tal princípio foi utilizado por Bernoulli para resolver o problema da braquistócrona.
Note a semelhança entre os enunciados do princípio e do problema).

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A óptica geométrica fundamentalmente estuda o fenômeno da reflexão luminosa e o fenômeno da
refração luminosa. O primeiro fenômeno tem sua máxima expressão no estudo dos espelhos, enquanto
que o segundo, tem nas lentes o mesmo papel. Durante sua propagação no espaço, a onda propicia
fenômenos que acontecem naturalmente e frequentemente. O conhecimento dos fenômenos ondulatórios
culminou em várias pesquisas de importantes cientistas, como Christiaan Huygens e Thomas Young,
estes defendiam que a luz tinha características ondulatórias e não corpusculares como Isaac Newton
acreditava, isso foi possível mediante a uma importante experiência feita por Young, a da “Dupla fenda”,
baseada no fenômeno de interferência e difração, inerente às ondas. Mais tarde, outro cientista célebre
chamado Heinrich Rudolf Hertz, runescape fotoelétrico que foi muito bem entendido e explicado pelo
físico Albert Einstein, o que lhe rendeu o Nobel de Física. Essa contradição permitiu à luz ter caráter
dualista, ou seja, ora se comporta como onda ora como partícula. Outro exemplo importante foi o de
Gauss, no campo da óptica, com suas descobertas e teorias sobre a reflexão da luz em espelhos esféricos
e criador das fórmulas que permite calcular a altura e distância de uma imagem do espelho com relação
ao objeto.

Reflexão

Há muitos séculos, curiosos gregos como Heron de Alexandria tentavam desvendar os mistérios da
natureza, em especial a ele a reflexão luminosa. Atualmente os conhecimentos adquiridos sobre este
campo culminaram, em parte, na contemporânea mecânica quântica, cientistas como Niels Bohr (com
seu modelo atômico mais complexo) perpassaram por estudos na área da reflexão, quando um de seus
postulados dizia que fótons poderiam interagir com os elétrons da camada mais exterior da eletrosfera de
um átomo, excitando-os e proporcionando-os a estes os chamados saltos quânticos que resultariam na
"devolução" da radiação(pacote destes fótons) incidente. A reflexão, no entanto, não vale só para as
ondas luminosas e sim para todas as ondas, ou seja, acústica, do mar, etc. Tomando como exemplo
ondas originadas de inúmeras perturbações superficiais (pulsos) periódicas em um balde largo e comprido
de água inerte (parada), percebe-se que as ondas se propagam no meio "batem" nas paredes do
recipiente e "voltam" sem sofrerem perdas consideráveis de energia, esse fenômeno é chamado de
reflexão. Os estudos do grego Alexandria resultaram na conclusão de que as ondas luminosas, natureza
de onda estudada por ele, incidiam sobre um espelho e eram refletidas, e ainda que o ângulo de incidência
é igual ao de reflexão. Esta teoria, aceita até os dias atuais, é válida para todas as naturezas de onda,
com exceção à acústica, por se propagar em todas as direções (tridimensional).

Quando são refletidos em uma superfície rugosa:

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Refração

Leis da Refração
1. Os raios de onda incidente, refratado e normal são coplanares.
2. Lei de Snell - Descartes: a frequência e a fase não variam. A velocidade de propagação e o
comprimento de onda variam na mesma proporção.

Fonte: osfundamentosdafisica.blogspot.com

Difração
Uma onda quando perpassa um obstáculo que possui a mesma ordem de grandeza de seu
comprimento de onda, apresenta um fenômeno denominado difração, modificando sua direção de
propagação e contornando um obstáculo. Esse fenômeno foi estudado pelo físico Thomas Young e
representado em sua experiência junto ao de interferência - utilizado pra provar a característica
ondulatória da luz. Se uma pessoa tentar se comunicar com outra, sendo estes separados por uma parede
espessa e relativamente alta, os dois se ouvirão em uma conversa, isso é possível graças ao fenômeno
de difração, pois como a onda sonora possui um comprimento de onda na escala métrica, esta contornar
a parede e atingir os ouvidos dos indivíduos. A luz não poderia contornar a parede, pois possui um
comprimento de onda na escala manométrica o que faz os indivíduos não se verem apenas se escutarem.

Absorção
No fenômeno de Absorção a luz incidente em um corpo não se reflete e nem se refrata. A luz, que é
uma forma de energia radiante, é absorvida em S, aquecendo-a. Ocorre, por exemplo, nos corpos de
superfície preta (corpos negros).

Interferência
É quando duas ondas, simultaneamente, se propagam no mesmo meio. Denomina-se então uma
superposição de ondas. Quando ocorre o encontro entre duas cristas ambas aumentam sua amplitude.
Quando dois vales se encontram sua amplitude é igualmente aumentada e os dois abaixam naquele
ponto. Quando um vale e uma crista encontram-se, ambos irão querer puxar cada elevação para o seu
lado. Se as amplitudes forem iguais elas se cancelam (a=0). Se as amplitudes foram diferentes elas se
subtraem.

Polarização
A polarização é um fenômeno que pode ocorrer apenas com ondas transversais, aquelas em que a
direção de vibração é perpendicular à de propagação, como a produzida em uma corda esticada. A onda
é chamada polarizada quando a vibração ocorre em uma única direção. Polarizar uma onda significa
orientá-la em uma única direção ou plano.

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Dioptro
É todo o sistema formado por dois meios homogêneos e transparentes. Quando esta separação
acontece em um meio plano, chamamos então, dioptro plano.

A figura acima representa um dioptro plano, na separação entre a água e o ar, que são dois meios
homogêneos e transparentes.

Formação de imagens através de um dioptro


Considere um pescador que vê um peixe em um lago. O peixe encontra-se a uma profundidade H da
superfície da água. O pescador o vê a uma profundidade h. Conforme mostra a figura abaixo:

A fórmula que determina esta distância é:

𝐻 𝑛2
=
ℎ 𝑛1
Onde n é o índice de refração

Prisma
Um prisma é um sólido geométrico formado por uma face superior e uma face inferior paralelas e
congruentes (também chamadas de bases) ligadas por arestas. As laterais de um prisma são
paralelogramos. No entanto, para o contexto da óptica, é chamado prisma o elemento óptico transparente
com superfícies retas e polidas que é capaz de refratar a luz nele incidida. O formato mais usual de um
prisma óptico é o de pirâmide com base quadrangular e lados triangulares.

A aplicação usual dos prismas ópticos é seu uso para separar a luz branca policromática nas sete
cores monocromáticas do espectro visível, além de que, em algumas situações poder refletir tais luzes.

Funcionamento do prisma
Quando a luz branca incide sobre a superfície do prima, sua velocidade é alterada, no entanto, cada
cor da luz branca tem um índice de refração diferente, e logo ângulos de refração diferentes, chegando à
outra extremidade do prima separadas.

Tipos de prismas
- Prismas dispersivos são usados para separar a luz em suas cores de espectro.

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- Prismas refletivos são usados para refletir a luz.

- Prismas polarizados podem dividir o feixe de luz em componentes de variadas polaridades.

Espelhos Planos

Fonte:www.infoescola.com
Características da imagem:

-mesma distância que o objeto

-mesma altura

-direita (mesmo sentido que o objeto)

-inversa

-virtual

Espelhos Esféricos

É uma calota esférica que possui uma de suas partes polida e com alto poder de reflexão. Esse espelho
pode ser classificado de acordo com a superfície refletora. Se essa for interna, o espelho é côncavo; e se
a superfície refletora é a externa, o espelho é convexo. Os espelhos esféricos, tanto côncavos quanto
convexos, são muito utilizados em nosso cotidiano. Nos estojos de maquiagem, nos refletores atrás das
lâmpadas de sistema de iluminação e projeção (lanternas e faróis, por exemplo), nas objetivas de
telescópios, etc., são utilizados os espelhos esféricos côncavos. Já os espelhos esféricos convexos são
utilizados, por exemplo, em retrovisores de automóveis.

Espelhos Côncavos:

É toda e qualquer superfície espelhada (refletora), na forma de uma calota esférica. O espelho esférico
pode ser côncavo ou convexo, dependendo da face onde se encontra a superfície refletora.

Se a parte espelhada for interna, o espelho chama-se côncavo.

Se a parte espelhada for externa, então o espelho é convexo.

Vejamos como devem ser feitos os raios de luz para a formação da imagem:

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Fonte:www.infoescola.com

Vamos analisar cada caso


Objeto entre o centro de curvatura e o foco

Características da imagem
-invertida
-depois do centro de curvatura
-maior que o objeto
-real

Objeto depois do centro de curvatura

Características da imagem
-entre o centro de curvatura e o foco
-menor que o objeto
-invertida
-real

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Objeto no centro de curvatura

Características da imagem:
-Real
-invertida
-imagem no centro de curvatura
-mesmo tamanho do objeto

Objeto entre o foco e o vértice

Características da imagem:
-virtual
-direita
-maior que o objeto

-Espelhos Convexos
Proporcionam um amplo campo de visão

Fonte:www.infoescola.com

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Características da imagem:
-virtual
-menor
-direita

Lentes esféricas convergentes


- Em uma lente esférica com comportamento convergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que convergem a um único ponto.
- Tanto lentes de bordas finas como de bordas espessas podem ser convergentes, dependendo do
seu índice de refração em relação ao do meio externo.
- O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração do meio
externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente biconvexa
(com bordas finas):

Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento convergente é o de uma lente bicôncava (com bordas
espessas):

Lentes esféricas divergentes


Em uma lente esférica com comportamento divergente, a luz que incide paralelamente entre si é
refratada, tomando direções que divergem a partir de um único ponto. Tanto lentes de bordas espessas
como de bordas finas podem ser divergentes, dependendo do seu índice de refração em relação ao do
meio externo. O caso mais comum é o que a lente tem índice de refração maior que o índice de refração
do meio externo. Nesse caso, um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente
bicôncava (com bordas espessas):

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Já o caso menos comum ocorre quando a lente tem menor índice de refração que o meio. Nesse caso,
um exemplo de lente com comportamento divergente é o de uma lente biconvexa (com bordas finas):

Fonte: www.brasilescola.com
Física - Óptica da Visão

Na Física, o estudo do comportamento dos raios luminosos em relação ao globo ocular é conhecido
como óptica da visão. Para entender a óptica da visão será necessário estudar, anteriormente, a estrutura
do olho humano.
Nossos olhos são constituídos de vários meios transparentes que levam os raios luminosos até a retina
(onde se formam as imagens).
Observe a figura abaixo:

Na óptica da visão é importante entender a função das partes mais importantes na formação de
imagens no globo ocular. Vamos ver estas partes e suas funções:
O cristalino funciona como uma lente convergente biconvexa.
A pupila funciona como um diafragma, controlando a quantidade de luz que penetra no olho.
Os músculos ciliares alteram a distância focal do cristalino, comprimindo-o.

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A retina é a parte do olho sensível à luz. É nesta região que se formam as imagens.
Para que o olho consiga formar uma imagem com nitidez, um objeto é focalizado variando-se a forma
do cristalino. Essa variação da distância focal do cristalino é feita pelos músculos ciliares, através de uma
maior ou menor compressão destes sobre o cristalino. Esse processo é chamado de acomodação visual.
O sistema óptico do globo ocular forma uma imagem real e invertida no fundo do olho, mais
precisamente na retina. Como esta região é sensível à luz, as informações luminosas são transformadas
em sinais elétricos que escoam pelo nervo óptico até o centro da visão (região do cérebro). O cérebro
trata de decodificar estes sinais elétricos e nos mostrar a imagem do objeto focalizado.

Fonte: www.fisioterapiaparatodos.com

Pela figura acima, nota-se que as pessoas que possuem miopia, tem um olho mais longo, formando a
imagem antes e com a lente divergente, forma a imagem no foco.
As pessoas que tem hipermetropia, tem olhos longos, formando a imagem depois do foco e com a
lente convergente a imagem fica correta.
E o astigmatismo torna a imagem distorcida.

Adaptação visual
Chama-se adaptação visual a capacidade apresentada pela pupila de se adequar a luminosidade de
cada ambiente, comprimindo-se ou dilatando-se. Em ambientes com grande luminosidade a pupila pode
atingir um diâmetro de até 1,5mm, fazendo com que entre menos luz no globo ocular, protegendo a retina
de um possível ofuscamento. Já em ambientes mais escuros, a pupila se dilata, atingindo diâmetro de
até 10mm. Assim a incidência de luminosidade aumenta no globo ocular, possibilitando a visão em tais
ambientes.

Acomodação visual
As pessoas que tem visão considerada normal, emétropes, têm a capacidade de acomodar objetos
de distâncias de 25 cm em média, até distâncias no infinito visual.

Ponto próximo
A primeira distância (25cm) corresponde ao ponto próximo, que é a mínima distância que um pessoa
pode enxergar corretamente. O que caracteriza esta situação é que os músculos ciliares encontram-se
totalmente contraídos.
Neste caso, pela equação de Gauss:
1 1 1
𝑓
= 𝑝+𝑝′

Considerando o olho com distância entre a lente e a retina de 15mm, ou seja, p'=15mm:
1 1 1
= +
𝑓 250 15

1
= 0,0766
𝑓

f= 14,1 mm
Neste caso, o foco da imagem será encontrado 14,1mm distante da lente.

Ponto remoto
Quanto à distância infinita, corresponde ao ponto remoto, que a distância máxima alcançada para
uma imagem focada. Nesta situação os músculos ciliares encontram-se totalmente relaxados.

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Da mesma forma que para o ponto próximo, podemos utilizar a equação de Gauss, para determinar o
foco da imagem.

1 1 1
= +
𝑓  15
1
No entanto,  é um valor indeterminado, mas se pensarmos que infinito corresponde a um valor muito
alto, veremos que esta divisão resultará em um valor muito pequeno, podendo ser desprezado. Assim,
teremos que:
1 1
=
𝑓 15
𝒇 = 𝟏𝟓𝒎𝒎

Muitas vezes não temos muitos dados no exercício, fala simplesmente em ampliação. Ex: o objeto foi
aumentado em 2 vezes.
Para isso, utilizamos a fórmula:

𝑖 𝑝′ 𝑓
𝐴= =− =
𝑜 𝑝 𝑓−𝑝
Onde:
I=tamanho da imagem
O=tamanho do objeto
P’=distância da imagem até o vértice
P=distância do objeto até o vértice
F=distância focal

Ilusão de Óptica
Ilusão de óptica são imagens que enganam momentaneamente o cérebro deixando o inconsciente
confuso e fazendo com que este capte ideias falsas, preenchendo espaços que não ficam claros à
primeira vista. Podem ser fisiológicas quando surgem naturalmente ou cognitivas quando se cria com
artifícios visuais. Uma das mais famosas imagens, que causa ilusão de óptica, foi criada em 1915 pelo
cartunista W. E. Hill. Nesta figura duas imagens podem ser vistas. Uma é uma garota, posicionada de
perfil olhando para longe, a outra é o rosto de uma senhora idosa que olha para o chão.

Instrumentos Ópticos3

Lupa

É o instrumento óptico de ampliação mais simples que existe. Sua principal finalidade é a obtenção
de imagens ampliadas, de tal maneira que seus menores detalhes possam ser observados com
perfeição. A lupa, também é chamada de microscópio simples e consiste em uma lente convergente,
logo, cria imagens virtuais. Em linhas gerais, qualquer lente de aumento pode ser considerada como
uma lupa. Há tipos que constam de um suporte contendo a lente, uma armação articulada, onde é
colocada a lâmina que contém o objeto a ser observado e um espelho convergente (o condensador)
para concentrar os raios luminosos sobre o objeto. Este deve ser colocado a uma distância da lente,
menor que a distância focal da mesma. Há uma condição para que a imagem formada seja nítida. De
3
Por ZILZ, Denis

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acordo com o foco objeto da lente usada como lupa, temos uma distância mínima de visão nítida. Se a
lente for colocado próximo a um objeto numa distância menor que a sua distância mínima de visão
nítida, a imagem não será visível.

Luneta

As lunetas astronômicas são instrumentos ópticos de aproximação, são usadas na observação


de objetos muitos distante. As lunetas astronômicas são instrumentos formados por dois sistemas ópticos
distintos: uma lente objetiva de grande distância focal que proporciona uma imagem real e invertida do
objeto observado, e uma lente ocular com distância focal menor que proporciona uma imagem virtual e
invertida do objeto. Os dois sistemas são colocados nas extremidades opostos de um conjunto de tubos
concêntricos, que se encaixam um nos outros fazendo variar à vontade o comprimento do conjunto a fim
de focar melhor objeto a ser observado. As lunetas de grande porte e alta capacidade de ampliação são
dotadas de uma luneta menor pesquisadora, já que as primeiras possuem um campo de visão. A principal
diferença entre as lunetas astronômicas e terrestres é, além do porte, a posição da imagem. Aquelas
apresentam a imagem final invertida, e essas apresentam a imagem na posição real do objeto já que
possuem sistemas de lentes adicionais entre a objetiva e a ocular.

Microscópio

O microscópio composto, ou simplesmente, microscópio, é um instrumento óptico utilizado para


observar regiões minúsculas cujos detalhes não podem ser distinguidos a olho nu. É baseado no conjunto
de duas lentes. A primeira é a objetiva que é fortemente convergente (fornece uma imagem real e
invertida) e possui pequena distância focal, fica voltada para o objeto e forma no interior do aparelho a
imagem do mesmo. A segunda é ocular também com pequena distância focal, menos convergente que a
objetiva, permite ao observador ver essa mesma imagem, ao formar uma imagem final virtual e direita.
Essas lentes são colocadas diametralmente em extremidades opostas de um tubo, formando o conjunto
chamado de canhão. O sistema que permite o afastamento ou aproximação do conjunto ocular – objetiva
permite uma melhor visualização do campo observado ao focalizá-lo.

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Câmera Fotográfica

A câmera fotográfica como um instrumento óptico de projeção, se baseia no princípio de que um objeto
visto através de uma lente convergente, a uma distância maior que a distância da mesma, produz uma
imagem real e invertida, e mais ainda: seu tamanho é inversamente proporcional à distância foco objeto.
A lente ou sistema de lente empregada recebe o nome de objetiva. É importante que a imagem seja
projetada sobre o filme, se a mesma se formar antes ou depois do filme teremos uma foto fora de foco.
Por isso, ajusta-se as lentes objetivas a fim de que obtenha-se uma imagem nítida. Quando em foco, a
imagem que formada no filme fotográfico é real e invertida.

Binóculos

É um instrumento de óptica, com lentes, que possibilitam um grande alcance da visão. É composto por
um par de tubos, interligados por um sistema articulado, sendo que cada tubo possui igualmente uma
lente objetiva (que fica na extremidade do binóculos, mais próxima do objeto a ser visto) e uma lente
ocular (que fica mais próxima dos olhos) e entre elas, um sistema de prismas. Há ainda um sistema de
foco, situado entre os tubos do binóculo.
Há dois tipos de prisma, que definem a qualidade da imagem e o preço do binóculo. O prisma Roof é
o tipo mais complexo e é mais caro. Os binóculos que possuem este sistema, tem os tubos retos, como
os telescópios. O prisma Porro é mais simples, mas tem melhor percepção da profundidade, isto porque
as objetivas não estão alinhadas com as oculares. Elas ficam mais afastadas entre si.
O binóculo primitivo era de uma objetiva com uma lente convergente no meio de duas lentes
divergentes e uma lente ocular de sentido inverso. Atualmente é constituído de uma lente ocular e de
outra objetiva baseada nas lunetas astronômicas, onde é utilizado o método poli prisma. Esse
equipamento é adequado para visualização terrestre, marítima e, em alguns casos, astronômica. Como
é utilizada a visão dos dois olhos em simultâneo, ao olhar-se por um binóculo tem-se uma percepção da
profundidade da cena, ou seja, visão tridimensional: pode-se notar a largura, altura e profundidade. As
lunetas e telescópios não tem essa capacidade.
- A qualidade da imagem de um binóculo depende de cinco fatores:
- Alinhamento da ótica
- Qualidade das lentes
- Qualidade dos prismas
- Tratamento dado às superfícies dos óticos
- Estabilidade mecânica do corpo e do mecanismo de focalização.

Os binóculos possuem dois números impressos em seu corpo, do tipo: 7x50, 12x60, 20x70. O primeiro
número significa a magnificação (ou aumento) e o segundo, o tamanho (em milímetros) da objetiva.
Quanto maior a objetiva, mais luz entra e melhor será a visualização das imagens. Os modelos que
possuem lentes coloridas (vermelhas) recebem esse acabamento para diminuir a reflexão, sendo um
tratamento antirreflexo, permitindo diminuir as aberrações cromáticas. No máximo, apenas ajudam a
"quebrar" o excesso de luz em ambientes como praia ou montanhas com neve.

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Questões

01. (EEAR – Sargento – Controlador de Tráfego Aéreo – AERONÁUTICA/2015) O Distintivo da


Organização Militar (DOM) da EEAR está diante de um espelho. A imagem obtida pelo espelho e o
objeto estão mostrados na figura abaixo.

De acordo com a figura, qual o tipo de espelho diante do DOM?


(A) côncavo
(B) convexo
(C) delgado
(D) plano

02. (VUNESP/2014) Para observar uma pequena folha em detalhes, um estudante utiliza uma
lente esférica convergente funcionando como lupa. Mantendo a lente na posição vertical e parada
a 3 cm da folha, ele vê uma imagem virtual ampliada 2,5 vezes.

Considerando válidas as condições de nitidez de Gauss, a distância focal, em cm, da lente


utilizada pelo estudante é igual a
(A) 5.
(B) 2.
(C) 6.
(D) 4.
(E) 3.

03. (POLITEC/MT – Perito Criminal – FUNCAB/2013) Afigura a seguir mostra um raio de luz
incidindo sobre um espelho plano. Qual o valor do ângulo de reflexão desse raio?

(A) 60°
(B) 25°
(C) 37°
(D) 45°
(E) 53°

04. (SECU/PI – Professor – Física – NUCEPE/2015) Sobre a refração e reflexão da luz considere
as seguintes proposições:

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I - Quando a transmissão da luz de um meio para outro é acompanhada de mudança de
velocidade, dizemos que houve refração da luz.
II - A primeira lei da refração diz que o raio incidente, o raio refratado e a normal, no ponto de
incidência, estão contidos no mesmo plano.
III - Reflexão é o fenômeno óptico que consiste no fato de a luz voltar a se propagar no meio de
origem, após incidir sobre um objeto ou superfície.
Responda mediante o código:
(A) se somente I for correta.
(B) se somente II for correta.
(C) se somente III for correta.
(D) se somente I e III forem corretas.
(E) se I, II e III forem corretas.

05. (SEE/AC – Professor de matemática e Física – FUNCAB/2014) O ângulo de incidência de um


raio de luz em um espelho plano é 30. O ângulo entre o raio refletido e a superfície do espelho será,
portanto, de:
(A) 30º
(B) 50º
(C) 60º
(D) 80º
(E) 10º

06. (SEE/AL – Professor – Física – CESPE/2013) A respeito da reflexão e da refração da luz,


julgue o item subsequente.
Na reflexão difusa, os raios de luz incidentes em uma dada superfície são refletidos obedecendo
a diferentes orientações angulares.
( ) certo ( ) errado
Respostas
01. Resposta: C.
Como foi visto na teoria, o espelho convexo tem a imagem virtual, direita e menor.

02. Resposta: A.
𝑝′
𝐴=−
𝑝
𝑝′
2,5 = −
3
P’=-7,5cm
1 1 1
= +
𝑓 𝑝 𝑝′
1 1 1
= −
𝑓 3 7,5
1 2,5 − 1
=
𝑓 7,5
7,5
𝑓= = 5𝑐𝑚
1,5
03.Resposta: E.
O ângulo de reflexão seria de 90-37=53°= ângulo de reflexão.

04. Resposta: E.
Refração: a luz incide e atravessa a superfície, continuando a se propagar no outro meio.
Os raios incidente, refratado e a normal são coplanares, ou seja, estão no mesmo plano.

05. Resposta: C.
90-30=60º

06. Resposta: Certo.


Como vimos, quando um raio encontra uma superfície difusa, os raios refletem com diferentes ângulos.

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