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Solução do Exercício 1:

A posição de uma partícula que se move pelo eixo x é dada por 𝑥 (𝑡) = 11 + 14𝑡 − 2,0𝑡 2 , onde t está
em segundos e x está em metros. Calcule:
(a) O deslocamento durante o intervalo de tempo de t = 1,0 s a t = 4,0 s.
(b) A velocidade média durante o mesmo intervalo de tempo acima.
(c) A função horária da velocidade.
(d) A velocidade instantânea em t = 1,0 s e t = 4,0 s.
(e) A aceleração média da partícula.
(f) A aceleração instantânea em t = 1,0 s e t = 4,0 s.
(g) Plote o gráfico de x(t) no intervalo de 0 a 4,0 s.
(h) Plote o gráfico de v(t) no intervalo de 0 a 4,0 s.
(i) Plote o gráfico de a(t) no intervalo de 0 a 4,0 s.

(a) Calculo do deslocamento x(4,0 s) - x(1,0 s):


𝑥(1,0 𝑠) = 11 + 14 . 1,0 − 2,0 . 1,02 = 11 + 14 − 2,0 = 23 𝑚
𝑥 (4,0 𝑠) = 11 + 14 . 4,0 − 2,0 . 4,02 = 11 + 56 − 32 = 35 𝑚
∆𝑥 = 35 𝑚 − 23 𝑚 = 12 𝑚
(b) O módulo da velocidade média no intervalo de tempo ∆𝑡 = 4,0 𝑠 − 1,0𝑠 = 3,0 𝑠 é
determinado por:
∆𝑥 12 𝑚 𝑚
𝑣𝑚 = = = 4,0
∆𝑡 3,0 𝑠 𝑠
(c) A função horária da velocidade é dada por:
𝑑𝑥(𝑡) 𝑑
𝑣(𝑡) = = (11 + 14𝑡 − 2𝑡 2 ) = 0 + 14 − 4𝑡 = 14 − 4𝑡
𝑑𝑡 𝑑𝑡
(d) v(1,0 s) = 14 – 4 .1 = 14 – 4 = 10 m/s e
v(4,0 s) = 14 – 4 . 4 = 14 – 16 = -2,0 m/s.
(e) O módulo da aceleração média no intervalo de tempo ∆𝑡 = 3,0 𝑠 é determinado por:
∆𝑣 (−2,0 − 10)𝑚/𝑠 𝑚
𝑎𝑚 = = = −4,0 2
∆𝑡 3,0 𝑠 𝑠
(f) A função horária da aceleração é dada por:
𝑑𝑣(𝑡) 𝑑 𝑚
𝑎(𝑡) = = (14 − 4𝑡) = 0 − 4 = −4 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡 𝑠
Que é uma constante, logo, a(1,0 s) = a(4,0 s) = -4 m/s2.
(g) O gráfico de x(t) é mostrado na Figura 1 abaixo.
A estratégia para plotar o gráfico caso não tenha um software é atribuir valores de t à função e
traçar uma parábola que compreenda os pontos. Isso dará certo desde que você siga uma boa
proporção nas escalas, ou seja, que os tamanhos das unidades fiquem padronizados.
(h) O gráfico de v(t) é mostrado na Figura 1 abaixo.
A estratégia para plotar o gráfico caso não tenha um software é atribuir valores de t à função e
traçar uma reta, nesse caso apenas dois pontos, os extremos do intervalo é suficiente, que
compreenda os pontos. Isso dará certo desde que você siga uma boa proporção nas escalas, ou seja,
que os tamanhos das unidades fiquem padronizados
(i) O gráfico de a(t) é mostrado na Figura 2 abaixo.
Figura 1 Figura 2

Solução do Exercício 3:

A posição de uma partícula que se move pelo eixo x é dada por 𝑥 (𝑡) = 3,0𝑡 2 − 2,0𝑡 3 , onde t está em
segundos e x está em metros. Qual é a posição da partícula quando ela atinge sua velocidade máxima
no sentido x positivo?

Dado 𝑥 (𝑡) = 3,0𝑡 2 − 2,0𝑡 3 , devemos calcular primeiramente a velocidade e depois achar o tempo
que a mesma atinge seu valor máximo. Sabendo que,
𝑑𝑥(𝑡) 𝑑
𝑣(𝑡) = = (3,0𝑡 2 − 2,0𝑡 3 ) = 6,0𝑡 − 6,0𝑡 2
𝑑𝑡 𝑑𝑡
As condições para que se tenha o máximo de uma função é encontrar,
𝑑𝑣(𝑡 = 𝑡0 )
= 0,
𝑑𝑡
e

𝑑2
𝑣(𝑡 = 𝑡0 ) < 0.
𝑑𝑡 2
Assim,
𝑑𝑣(𝑡 = 𝑡0 )
= 6,0 − 12𝑡0 = 0 ⟹ 𝑡0 = 0,5 𝑠
𝑑𝑡
𝑑𝑣(𝑡 = 𝑡0 )
= −12 < 0.
𝑑𝑡
Assim, o tempo no qual a velocidade é máxima é t = 0,5 s, logo,

𝑥(0,5 𝑠) = 3,0 . 0,52 − 2,0 . 0,53 = 0,5 𝑚


O gráfico da Figura 3 ajuda a visualizar o problema.
Figura 3

Solução do Exercício 5:

Um objeto parte do repouso e da origem e tem uma aceleração dada por 𝑎𝑥 (𝑡) = 2,0𝑡 2 − 2,0𝑡, onde
t está em segundos e x está em metros.
(a) Qual é a velocidade do objeto após 5,0 s?
(b) Até que distância o objeto se moveu após t = 5,0 s?

Quando o objeto parte do repouso e da origem, significa que, v 0 = 0 e x0 = 0.

Solução(a) Sabemos que,


𝑡

𝑣 (𝑡) = 𝑣0 + ∫ 𝑎𝑥 (𝑡)𝑑𝑡
𝑡0

No intervalo indicado
5
5,0
2 2
𝑣(5) = 0 + ∫(2,0𝑡 2 − 2,0𝑡)𝑑𝑡 = 𝑡 3 − 𝑡 2 | = 5,03 − 5,02 = 58 𝑚/𝑠
3 0,0 3
0

Solução(b) Sabemos que,


𝑡

𝑥(𝑡) = 𝑥0 + ∫ 𝑣𝑥 (𝑡)𝑑𝑡
𝑡0

No intervalo indicado
5
2 1 1 5,0 1 1
𝑥 (5) = 0 + ∫ ( 𝑡 3 − 𝑡 2 ) 𝑑𝑡 = 𝑡 4 − 𝑡 3 | = 5,04 − 5,03 = 63 𝑚
3 6 3 0,0 6 3
0

Solução do Exercício 7:

Um carro se movendo no sentido x tem uma velocidade


que varia com o tempo, conforme mostrado na figura
ao lado. Se x0 = 2,0 m em t0 = 2,0 s,
(a) Qual é a posição do carro em t = 10,0 s?
(b) Qual é o deslocamento do carro de t = 4 s a t =
9 s?

Compreendendo qualitativamente o gráfico:

De t = 2,0 s a 5,0 s o carro vem sendo desacelerado (o motorista pisando no freio é claro) digamos que
na direção crescente do marco quilométrico a uma taxa constante até parar em t = 5,0 s. A partir daí
ele começa a acelerar à uma taxa constante na direção oposta ao que vinha dirigindo até t = 6,0 s
quando decide pisar nos freios novamente induzindo uma desaceleração, mas no sentido negativo do
marco quilométrico até parar em t = 8,0 s. Deste instante em diante ele começa a acelerar na mesma
taxa anterior no sentido positivo do marco quilométrico.

(a) O que se pede é a posição do carro em t = 10,0 s. Desde t = 2,0 s o deslocamento total é dado
pela soma dos deslocamentos que é numericamente igual a área compreendida pelo gráfico. Ou seja,
𝑥 (10) − 𝑥 (2) = 𝐴𝐼 + 𝐴𝐼𝐼 + 𝐴𝐼𝐼𝐼 + 𝐴𝐼𝑉 = 𝐴(2 𝑎 5) + 𝐴(5 𝑎 6) + 𝐴(6 𝑎 8) + 𝐴(8 𝑎 10)
𝑚
(5 − 2)𝑠 𝑥 12
= 𝑠 + (6 − 5)𝑠 𝑥 (−4) + (8 − 6)𝑠 𝑥 (−4) + (10 − 8)𝑠 𝑥 4
2 2 2 2
= 18 𝑚 − 2 𝑚 − 4 𝑚 + 4 𝑚 = 16 𝑚
Isso implica que,
𝑥 (10,0 𝑠) = 16 𝑚 + 𝑥 (2,0 𝑠) = 16 𝑚 + 2𝑚 = 18 𝑚.
(b) Vamos usar a lógica geométrica e física caso encare as áreas como deslocamentos. As áreas
nos intervalos 4 a 5 s e 5 a 6 s se cancelam, assim como aquelas nos intervalos 7 a 8 s e 8 a 9 s, restando
apenas a área do trapézio no intervalo de 6 a 7 s. Sendo assim,
𝑚
(𝐵 + 𝑏)𝑥ℎ (−4 − 2) 𝑠 𝑥 1 𝑠
∆𝑥 = = = −3 𝑚
2 2

3) Tentando escapar de seus perseguidores, um agente secreto esquia em uma ladeira inclinada a 30°
abaixo da horizontal a 60 km/h, como mostra a Figura abaixo. Para sobreviver e pousar na neve 100 m
abaixo, ele deve superar um desfiladeiro de 60 m de largura. Ele consegue? Ignore a resistência do ar.
Solução: Primeiramente vamos escolher onde colocarmos o referencial cartesiano bidimensional.
Podemos escolher a origem no momento da saída do esquiador do barranco de altura 100 m.
Escolhendo o eixo x positivo para a direita e o eixo y para cima, podemos calcular os componentes da
velocidade inicial da seguinte forma:
𝑣0𝑥 60 √3 𝑚
cos 30𝑜 = → 𝑣0𝑥 = . = 14,4 𝑚/𝑠
𝑣0 3,6 2 𝑠
−𝑣0𝑦 60 1 𝑚
sin 30𝑜 = → 𝑣0𝑦 = − . = −8,33 𝑚/𝑠
𝑣0 3,6 2 𝑠
Para que ele sobreviva, o alcance deve ser maior ou igual à 60 m. O alcance é dado por:
𝐴 = 𝑣0𝑥 . 𝑡
Como não sabemos o tempo para atingir tal alcance devemos encontra-lo. Devemos encontrar o
tempo de queda do esquiador, sendo:
𝑔𝑡 2
𝑦(𝑡) = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 −
2
Com y0 = 0, y(t) = -100 m, t = tempo de queda, logo:
−100 = 0 − 8,33𝑡 − 4,905𝑡 2
4,905𝑡 2 + 8,33𝑡 − 100 = 0
Calculando as raízes:
∆= 8,332 − 4 . 4,905 . (−100) = 2031,40
√∆= √2031,40 = 45,07
−8,33 + 45,07
= 3,75 𝑠
2 . 4,905
𝑡=
−8,33 − 45,07
= −5,44 𝑠
2 . 4,905
Assim:
𝐴 = 14,4 . 3,75 𝑚 = 54 𝑚
Sendo assim, ele não conseguirá alcançar o outro lado do desfiladeiro.

4) Um tenista vence uma partida no estádio Arthur Ashe em Nova York e rebate uma bola nas
arquibancadas a 30 m/s e em ângulo 45° acima da horizontal (Figura abaixo). Ao descer, a bola é
capturada por um espectador 10 m acima do ponto em que a bola foi atingida. (a) Calcule o tempo que
a bola leva para alcançar o espectador. (b) Qual é a magnitude e a direção da velocidade da bola no
impacto?

Solução (a): Primeiramente vamos escolher onde colocarmos o referencial cartesiano bidimensional.
Podemos escolher a origem no momento da saída da bola da mão da tenista. Assim y0 = x0 = 0 m.
Escolhendo o eixo x positivo para a direita e o eixo y para cima, podemos calcular os componentes da
velocidade inicial da seguinte forma:
𝑣0𝑥 √2 𝑚
cos 45𝑜 = → 𝑣0𝑥 = 30. = 21 𝑚/𝑠
𝑣0 2 𝑠
𝑣0𝑦 √2 𝑚
sin 45𝑜 = → 𝑣0𝑦 = 30. = 21 𝑚/𝑠
𝑣0 2 𝑠
Devemos encontrar o tempo para que y = 10 m, sendo:
𝑔𝑡 2
𝑦(𝑡) = 𝑦0 + 𝑣0𝑦 𝑡 −
2
10 = 0 + 21𝑡 − 4,905𝑡 2
4,905𝑡 2 − 21𝑡 + 10 = 0
Calculando as raízes:
∆= 212 − 4 . 4,905 . 10 = 244,8
√∆= √244,8 = 15,65
21 + 15,65
= 3,74 𝑠
2 . 4,905
𝑡=
21 − 15,65
= 0,55 𝑠
2 . 4,905

Ou seja, ele passa pela posição 10 m pela primeira vez em t = 0,55 s e depois de passar pela altura
máxima desce e chega à altura de 10 m em 3,74 s. Ou seja, depois de 3,74 s a bola alcança o
telespectador.

Solução (b) para achar a velocidade no impacto devemos calcular a velocidade no eixo y,
𝑣𝑦 (𝑡) = 𝑣0𝑦 − 𝑔𝑡
Logo,
𝑣𝑦 (3,74) = 21 − 9,81 . 3,74 = −15,7 𝑚/𝑠
Como
𝑣𝑜𝑥 = 𝑣𝑥 (3,74) = 21 𝑚/𝑠
Assim,
𝑚 𝑚
𝑣⃗ = 𝑣𝑥 𝑖 + 𝑣𝑦 𝑗 = 21 𝑖 − 16 𝑗
𝑠 𝑠
Cujo módulo,
𝑣 = √212 + (−16)2 = 26 𝑚/𝑠
E orientação,
16
𝛼 = atan (− ) = −37𝑜
21

Figura 4

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