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TM 181 – MÁQUINAS TÉRMICAS II.

LISTA DE EXERCÍCIOS I

Solução dos exercícios

(Noções de Termodinâmica, Características dos MCIE e Relação A/C)

1. Admitindo que durante uma expansão, num motor de combustão interna, a pressão permaneça
constante em 10kgf/cm2, determinar o trabalho realizado em kgfm; J e em lb.pe sendo dados:
s = 100mm e Dp = 100mm.
Solução:
Nas transformações a p = cte, o trabalho é dado por:
π  0,12
W = p x V = 10 x 104 kgf/m2 x  0,1  78,5kgfm
4
J=Nxm WJ= 9,8 x 78,5 = 769,7J
78,5  2,205
Wlb.pé =  569,4lb.pé
0,304

2. Sabendo-se que o diagrama representa um processo reversível, determinar o calor envolvido no


mesmo.
Solução:
No diagrama t (T) x S a área interna representa o calor
envolvido no processo, então:
 150  1 
S (kcal/kg) Q = (50 + = 273) +   393 + 75 = 398kcal/kg
 2 

3. O esquema representa um sistema fechado. Pede-se a energia interna final.


Solução:
Para um sistema fechado, pode-se escrever:
4.270
L = 4.270kgfm Q – L = U2 – U1  U2 = (Q - L) + U1 = (20 - ) +2 = 12kcal
427

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4. Determinar o calor trocado entre (1) e (2), admitindo que o regime de escoamento é permanente.
Dados: m = 10kg/s; C1 = 10m/s; h1 = 1kcal/kg; C2 = 50m/s; h2 = 2kcal/kg.
Solução:
Pelo 1o princípio da termodinâmica, pode-se escrever:

h1+
AC12
2g
 q  h2 
AC 22
2g
q 
A 2
2g
 
C 2  C12  h 2  h1 

q=
1
427  2  9,81
 
50 2  10 2  2  1  1,29 kcal/kg

Q = q x m = 1,29 kcal/kg x 10kg/s = 12,9 kcal/s Q = 12,9kcal/s

5. Determinar para um “gás perfeito” R e k sendo dados: cp = 0,24 kcal/kgK; cv = 0,171 kcal/kgK.
Solução:
(c p  c v )
Pela relação de Mayer temos: cp – cv = AR ou R =  427x(0,24 – 0,171) = 29,5kgfm/kgK
A
cp 0,240
k é a relação entre cp e cv ou k =   1,4 k = 1,4
cv 0.171

6. No esquema temos o gás do exercício 5. Determinar o volume específico v e o volume total V


(geométrico) do recipiente que contém o gás.
Solução:
Pela equação de estado tem-se: p x V = M x R x T; R = 29,5 kgfm/kgK
MxRxT 20x29,5x(2 73  20)
V   17,29 m 3 V = 17,29m3
p 1x10 4
V 17,29 m3
v=   0,864 v = 0,864m3/kg
m 20 kg

7. Se no exercício 6 o gás sofre uma variação de temperatura, alcançando 50 oC, qual a variação de
energia interna e de entalpia? (por unidade de massa (específicas) e para a massa total)

Solução:
*Energia interna = u = cv x Δt = 0,171 x (50 - 20) = 5,13 u = 5,13kcal/kg então
*U = m x u = 20 x 5,13 = 102,6kcal
*Entalpia = h = cp x Δt = 0,240 x (50 – 20) = 7,20kcal/kg ou H = m x h = 20 x 7,20 = 144kcal

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8. Para os motores de combustão por centelha, o ciclo teórico de referência é o Ciclo Otto.
Demonstrar a fórmula que permite calcular seu Rendimento Térmico.

A demonstração da fórmula de calculo do rendimento térmico do


ciclo teórico Otto (ηti), é obtida tomando-se como referência o
V1
diagrama (PxV) onde chama-se de rv  , a Relação
V2

Volumétrica de Compressão, que para estes motores (7,0≤ rv


≤10,0). Considera-se ainda que os calores envolvidos no ciclo,
para 1,0 kg de fluído em evolução, são dados como segue:
Q1 = cv x (T3 – T2) e Q2 = cv x (T4-T1), assim o rendimento térmico é dado por:
Q1 - Q2 Q c (T - T )
ηti = = 1 - 2 = 1 - v 4 1 , considerando que tanto na compressão AB (1,2), como na
Q1 Q1 c v (T3 - T2 )
expansão CD (3,4) os calores específicos são iguais então para cv = cte fica.

c v (T4  T1 ) T T T4  T1
ηti  1  1 4 1 ηti  1  [I]
c v (T3  T2 ) T3  T2 T3  T2

Das transformações AB (1,2) e CD (3,4) têm-se:


k 1 k 1 k 1 k 1 k 1
T1  V2  1 T4  V3  V  1 T4 T1 1
     e     2     então, = = k -1 e por uma
T2  V1   rv  T3  V4   V1   rv  T3 T2 rv

T4 - T1 1
propriedade das frações fica = k 1 , substituindo em [1] fica:
T3 - T2 rv

1
η ti  1  k 1 Fórmula do Rendimento Térmico do ciclo teórico Otto [II]
rv

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9. Para os motores de combustão por compressão, o ciclo teórico de referência é o Ciclo Diesel.
Demonstrar a fórmula que permite calcular seu Rendimento Térmico.

A demonstração da fórmula de calculo do rendimento térmico do ciclo


teórico Diesel (ηti) é obtida tomando-se como referência o diagrama
V
(PxV) onde, além da relação de compressão rv  1 , chama-se de
V2
V
  3 a relação volumétrica, ou “Relação de Injeção” e considera-se
V2
que os calores envolvidos no ciclo, para 1,0 kg de fluido em evolução,
são calculados respectivamente por:

Q1 = cp x (T3 – T2) e
Q2 = cv x (T4-T1), como o rendimento térmico é dado por:
Q -Q Q c (T - T ) 1 (T - T ) 1 (T - T )
η ti  1 2  1 - 2  1 - v 4 1  1 -  4 1 ηti  1 -  4 1 [I]
Q1 Q1 c p (T3 - T2 ) k (T3 - T2 ) k (T3 - T2 )
cv 1
Considerando a relação  se refere ao mesmo sistema gasoso.
cp k
Da expansão adiabática CD (3,4), tem-se:
k -1 k -1 k -1 k -1
T 4  V3  V  V V    V2 1 V3
    3    3  2     pois  e 
T3  V4   V1   V2 V1   rv  V1 rv V2
k 1
 
então T4  T3   [II]
 rv 
Da transformação BC (2,3), aquecimento (combustão) a pressão constante, tem-se:
V T
T3  T2  3  T2   ou T2  3 [III]
V2 
Da compressão adiabática AB (1,2) tem-se:
k 1
 V1  T3
T2  T1    T1 rv 
T2 T3
logo T1 
k 1
ou T1   [IV]
 V2  rv k 1
 rv k 1
 rv k 1
Considerando [II], [III] e [IV] e substituindo as temperaturas T1, T2 e T4 por T3, a relação de temperaturas
de [I] pode ser reescrita como segue:
k 1 k 1
  T3   1  k 1
T3      
T4  T1  rv k 1  rv  k 1
 rv k 1  k 1
  v   rv 
r 1
   
T3  T2 T3
1
1  1 rv k 1
k   1
T3 
  
Substituindo em [I] tem-se:
1 k
ηti  1 - k -1 
k   1
Fórmula do Rendimento Térmico do ciclo teórico Diesel [V]
rv

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10. Sabendo-se que os ciclos reais se aproximam do ciclo teórico Misto ou “Sabathé”.
Demonstrar a fórmula que permite calcular seu Rendimento Térmico.

A demonstração da fórmula que permite calcular o Rendimento


Térmico do ciclo teórico Misto, Semi-Diesel ou “Sabathé”, é obtida
com base no diagrama (PxV) onde os calores envolvidos no ciclo,
para 1,0 kg de fluido em evolução, são dados respectivamente por:
Q1  Q1' + Q1'' = c v x(T3 - T2 ) + cp x(T4 - T3 ) e Q2 = c v x(T5 - T1 )
c
Considerando cp e cv constantes e sendo k = p , a expressão do
cv
rendimento térmico é dada por:

Q1 - Q 2 Q c v (T5 - T1 )
ηt i   1- 2  1- Dividindo-se por cv fica:
Q1 Q1 c v (T3 - T2 )  c p T4 - T3 

(T5 - T1 )
ηti  1 -
(T3 - T2 )  k T4 - T3 
[I]

V1 V4
Considerando a relação de compressão rv  , a relação de injeção φ= e a relação das pressões
V2 V2
p3
δ= para as transformações do ciclo têm-se:
p2
a) Expansão adiabática DE (4,5):
k 1 k -1 k -1 k 1 k 1
T 5  V4  V  V V    V4 V2 1  
=     4  =  4 × 2  =   pois φ = e = então T5 = T4   [II]
T4  V5   V1   V2 V1   rv  V2 V1 rv  rv 
b) Combustão à pressão constante CD (3,4):
T4 V4 V V T
=  T4 = T3 × 4 = T3 × 4 pois V2 = V3 logo T4 = T3 x φ ou T3 = 4 [III]
T3 V3 V3 V2 
c) Combustão a volume constante BC (2,3):
T3 P3 T
=  T3 = T2 x δ ou T2 = 3 [IV]
T2 P2 δ
d) Compressão adiabática AB (1,2):
k 1
T2  V1 
 T2  T1  rv 
k 1 T2
  ou T1 = [V]
T1  V2  rv
k -1

Substituindo as temperaturas T1, T3, T4 e T5, pela temperatura T 2 em [I] fica:

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k -1 k -1
T3
  T2  
T4   - T3 ×   - δ k -1
T5 - T1   rv  rv k -1
 rv  rv 
= = =
T3 - T2  + kT4 - T3   T4   T3 × 
 - T2  + kT3 × - T3   - T2  + kT2 × δ × - T2 × δ 
    
k -1
T2 × δ
  T2 × δ × 
k
T
T2 × δ ×    - δk -1 - 2k -1
  rv  rv  =
rv k -1
rv  Dividindo por T 2 fica:
 T2 × δ ×   T2 δ - 1 + T2 kδ - 1
 - T2  + k T2 × δ ×  - T2 × δ 
  
δ × k -1
T5 - T1  =
rv k -1 =
1
×
δ × k 1
substituindo em [I], tem-se:
T3 - T2  + k T4 - T3  δ - 1 + kδ - 1 rv k -1 δ - 1 + kδ - 1

1 δ × k -1
ηti = 1 - ×
rv k -1 δ - 1 + kδ - 1 Fórmula do rendimento do ciclo teórico Misto ou Sabathé [VI]

11. Num ciclo Otto, a temperatura inicial e final da compressão são respectivamente 30°C e 405°C.
Calcular a relação de compressão e o rendimento térmico do ciclo, sendo k = 1,4 tanto para a compressão
como para a expansão.
Com base nestes dados, pede-se:-
1. A relação de compressão do ciclo rv.
2. O rendimento térmico do ciclo ηtid em %.

Solução:
1. Relação de compressão rv:
k 1
T2  v 1 
Para as transformações adiabáticas tem-se:    rv k 1
T1  v 2 
Sendo t1 = 30°C, t2 = 405°C e k = 1,4 fica:
405  273  r 1, 4 1  r 0, 4 ou r 0,4  678  r  2,2376 2,5  r  7,49  7,5
30  273 v v v
303
v v

2. Rendimento do ciclo ηtid:


1 1 1
η tid  1   1  1  1  0,447  0,5532 ou ηtid = 55,32%
rv 
k 1
7,49 1,41
2,238

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12. Considerando o ciclo teórico Diesel, padrão a Ar, conforme a figura a seguir, onde a pressão em (1) é
1,0kgf/cm2 e em (2), ao final da compressão é 40kgf/cm2. A temperatura inicial da compressão é 50°C.
Tratando-se de ciclo teórico a compressão e a expansão são adiabáticas e o calor fornecido ao ciclo na
razão de 400kcal/kg.
Obs.:- Considerar:- RAr = 29,27 kgfm/kgK, cv = 0,208kcal/kg; tanto na compressão como na expansão.
Nestas condições pede-se:
1. As pressões, temperaturas e volumes, [kgf/cm2, °C e m3/kg], em cada ponto do ciclo.
2. As relações de compressão e de injeção.
3. A quantidade de calor fornecida à fonte fria [kcal//kg].
4. O trabalho mecânico realizado pelo ciclo [kgfm/kg].
5. O rendimento térmico do ciclo [%].

Solução:
1. As temperaturas, pressões e volumes [°C, kgf/cm2 e m3/kg], em cada ponto do ciclo.
2
a) Ponto (1):- Neste ponto são conhecidas, p1 = 1,0kgf/cm , t1 = 50°C,
Pela equação de estado de um gas p1 x v1 = R x T1, pode-se calcular v1, com segue:
29.27  50  273 29.27  323
v1    0,9454 m3/kg, então no ponto (1) tem-se;
1  10 4
1  10 4

Ponto 1
p1 = 1,0kgf/cm2 /104 kgf/m2
t1 = 50oC/323K
v1 = 0,9454m3/kg
b) Ponto (2):- Compressão do Ar (1-2), então p1 x (v1) n = p2 x (v2) n, onde n = k = 1,4, pois se trata de
compressão adiabática, onde a pressão, no final da compressão, é p 2 = 40kgf/cm2, com isto;
1 1
 p k
0,7143
p  1  1,4  1  3
v 2k  1  v1k  v 2   1   v 1        0,9454  0,0678 m /kg, novamente usando a equação de
p2  2
p  40   40 
40  104  0,0678
estado, pode-se calcular t2, pois p2 x v2 = R x T2 ou T2   927K  654C
29.27
Ponto 2
p2 = 40kgf/cm2/40 x 104kgf/m2
t2 = 654oC/927K
v2 = 0,0678m3/kg

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c) Ponto (3):- Calor fornecido ao ciclo pelo aquecimento (2-3), a pressão constante, então;
Q1 = m x cp x ∆T ou q1 = cp x ∆T, sendo q1 = 400kcal/kg e cv = 0,208kcal/kg; pela relação de Mayer
29,27
tem-se cp – cv = AR, logo cp = AR + cv cv =  0,208  0,276 m3/kg, assim pode-se determinar
427
q 400
T3 =  T2   927  2.376K  2.103C , p3 =p2 = 40kgf/cm2, com isto,
cp 0,276
R  T3 29,27  2.376 3
v3 =   0,1739 m /kg
p3 40  10 4

Ponto 3
p3 = 40kgf/cm2/40 x 104kgf/m2
t3 = 2.103oC/2.376K
v3 = 0,1739m3/kg

n n
d) Ponto (4):- Expansão do Ar (3-4), então p3 x (v3) = p4 x (v4) , onde n = k = 1,4, pois se trata de
expansão adiabática, onde a pressão, no inicio da expansão tem-se; p3 = 40kgf/cm2, v3 = 0,1739m3/kg
sendo v4 = v1 = 0,9454m3/kg com isto:
k 1,4
v   0,1739 
p4  p3   3   p4  40     40  0,0934  3,74  3,7 kgf/cm2, pela a equação de estado, calcula-se
 v4   0,9454 
3,7  104  0,9454 Ponto 4
t4, pois p4 x v4 = R x T4 ou T4   1.195K  922C
29.27 p4 = 3,7kgf/cm2 /3,7 x 104kgf/m2
t4 = 922oC/1.195K
v4 = 0,9454m3/kg
2. As relações de compressão (rv) e de injeção (φ).
v1 0,9454
A relação de compressão ou a taxa de compressão é: rv    13,9  14 rv = 14
v 2 0,0678
v 3 T3 0,1739
Para a relação de injeção tem-se:      2,56  2,6 φ = 2,6
v 2 T2 0,0678

3. Quantidade de calor fornecida para a fonte fria (q2), obtida da expansão isocórica (4-1) onde (v = cte).
Q2 = m x cv x ∆T ou q1 = cv x (T4 – T1) = 0,208 x (1.195 – 323) = 181,3 ≅ 181kcal/kg
q2 = 181kcal/kg

4. O trabalho mecânico realizado pelo ciclo.


O trabalho mecânico do ciclo é dado pela diferença entre o calor fornecido ao ciclo e o fornecido a fonte
fria, ou seja o calor que entra menos o que sai; assim Al = q1 = q2 ou l = (400 – 181) x 427 =
93.513kgfm/kg. l = 93.513kgfm/kg

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5. O rendimento térmico do ciclo. ηc .


q1  q 2 q 181
ηc  1 2 1  0,5475  54,8 ηc = 54,8%
q1 q1 400

13. Uma máquina térmica alternativa, de êmbolos, descreve um Ciclo Misto Semi-Diesel ou “Sabathé”,
tendo como fluido circulante 1,0kg de Ar, aqui considerado como gás perfeito, recebendo da fonte quente
386kcal/kgAr.
As condições de evolução no ciclo são dadas a seguir:
a) Relação de compressão volumétrica rv = 11/1
b) Expoentes das curvas de compressão e expansão nc = ne = cp/cv
c) Condições do Ar no início da compressão t = 30oC e p = 1,0BAR
d) Considerar ainda RAr = 29,27kgfm/kgK e calor específico do Ar cpAr = 0,2388kcal/kgK
e) FORMULÀRIO
1 kcal = 427kgfm, cp-cv = AR (relação de Mayer), q = c x ∆T
pxv=RxT TK = oC + 273 p x (v) n =.cte.
No Ciclo Misto os calores qv e qp fornecidos pela fonte quente, têm valores iguais à metade do calor total
fornecido ao ciclo.
Nestas condições;
Determinar as características de pressões [kgf/cm2], temperaturas [oC] e volumes [m3/kg] de cada ponto
do diagrama P x V e o Rendimento Térmico do Ciclo ηt em [%]
P
qp 3,4

3 4
qv 2,3
V4 ne
2
5
nc qv 5,1 5,1
V2
A 1
V (v)
V1

Solução:
I – Parâmetros dos pontos:
1) Ponto 1 Dados p1 = 1,0BAR = 1,02kgf/cm2 = 10.200kgf/m2 t1 = 30 oC = 303K
R × T1 29,27kgfm/ kgK × 303K m3
p1 x v1 = R x T1 ∴ v1 = = = 0,8697
p1 10.197kgf/ m 2 kg

Ponto 1
P1 = 1,0 BAR = 1,02kgf/cm2
t1 = 30 oC = 303K
v1 = 0,870m3/kg

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2) Ponto 2
Transformação 1-2, compressão do Ar com, sendo cpAr = 0,2388kcal/kgK e considerando que
29,27
cp – cv = AR (Relação de Mayer), fica: 0,2388 – cv =  0,0685 ∴ cvAr = 0,1703kcal/kgK então:
427
0,2388
nc = = 1,4022 = 1,4 = k Assim tanto a transformação 1-2, quanto a 4-5 são
0,1703
(adiabáticas) e nc = ne = k = 1,4, nestas transformações não ocorrem trocas de calor Q = 0.
k
v 
p 2 = p1 × rv 
V v k
k
p1 x (v1) = p2 x (v2) k
sendo rv = 1 = 1 fica: p 2 = p1 ×  1 
V2 v 2  v2 
p2=1,0197 x (11)1, 4 = 1,0197 x 28,8563 = 29,42kgf/cm2 = 28,87BAR
v 0,870
v2 = 1 = = 0,079 m3/kg
11 11
p ×v 294248 × 0,079
p2 x v2 = R x T2 ∴ T2 = 2 2 = = 794,2 K = 521,2 o C
R 29,27
Ponto 2
p2 = 28,87BAR = 29,42kgf/cm2
t2 = 521,2 oC = 794,2K
v2 = 0,079m3/kg

3) Ponto 3
Transformação 2-3 a volume constante (isocora), onde a fonte quente fornece q = 386 kcal/kg Ar e por
tratar-se de um Ciclo Misto, tem-se que:
q 386
qv2-3 = qp3-4 = q, ou seja; qv2-3 = qp3-4 = = = 193kcal/kgAr.
2 2
Como qv = cv x (∆T) então: qv2-3 = cvAr x (T3 – T2) ∴ 193 = 0,1703 x (T 3 – 794,2)
193
= (T3 - 794,2) ∴ 1.133,3 = T3 – 794,2 T3 = 1.133,3 + 794,2 = 1.927,5K = 1.654,5oC
0,1703
R  T3 29,27  1.927,5
v3 = v2 = 0,079m3/kg, mas como p3 x v3 = R x T3, então p3 =   71415kgf/m2 =
v3 0,079
2
71,41kgf/cm ou 70,03BAR.
Ponto 3
p3 = 70,03BAR = 71,41kgf/cm2
t3 = 1.654,5oC = 1.927,5K
v3 = 0,079m3/kg

Ponto 4
Na transformação 3-4 a pressão constante (isobárica), a fonte quente fornece ao ciclo, q = 386 kcal/kgAr.
q 386
Tratando-se de um ciclo misto, então qv2-3 = qp3-4 = = = 193 kcal/kgAr , sendo qp = cp x (∆T) fica:
2 2

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


11/28
193
qp3-4 = cpAr x (T4-T3) ∴ 193 = 0,2388 x (T4 – 1.927,5) T4  + 1.927,5 = 2.735,2 K = 2.462,2 o C
0,2388
R × T4 29,27 × 2.735,2 m3
p4 = p3 = 71,4151kgf/cm2 = 714.151kgf/m2 v4 = = = 0,112
p4 714.151 kg
Ponto 4
p4 = 70,03BAR = 71,41kgf/cm2
t4 = 2.462,2oC = 2.735,2K
v4 = 0,112m3/kg

5) Ponto 5
Transformação 4-5 expansão (adiabática) k = 1,4
p4 x (v4) k = p5 x (v5) k, mas v5 = v1 = 0,870m3/kg, v4 = 0,112m3/kg e p4 = 71,4151kgf/cm2 assim:
1,4
 
71,4151 x (0,112) 1,4
= p5 x (0,87) 1,4
p5 = p4 x  v 4 
 v5 
1,4
 0,112 
p5 = 71,4151 ×   = 71,4151 × 0,0567 = 4,05 kgf/cm 2 = 3,97 BAR
 0,87 
p5 × v5 40.492 × 0,87
p5 x v5 =R x T5 T5 = = = 1.203,6 K = 930,6 o C
R 29,27

Ponto 5
p5 = 3,97BAR = 4,05kgf/cm2
t5 = 930,6oC = 1.203,6K
v5 = 0,870m3/kg

II) Transformação a volume constante (isocórica), na qual o ciclo cede a fonte fria q v5-1 [kcal/kgAr]
qv5-1 = cvAr x (T5-T1) = 0,1703 x (1.203,6 – 303) = 0,1703 x 900,6 = 153,4 kcal/kgAr
qv5-1 = 153,4 kcal/kgAr
III) Rendimento Térmico do Ciclo Misto ηti
ηti = q - q 0 = q - qv5-1 = 386 - 153,4 = 0,6027 ou ηti = 60,27 %
q q 386

14. Para um motor alternativo de 4 cilindros com diâmetro e curso de 8,2 x 7,8cm e relação de
compressão rv = 8,5. Pede-se determinar:
3
a) A cilindrada do motor [cm ]
b) O volume da câmara de combustão em [cm3]
c) O volume total de um cilindro [cm3]
Solução:
a) A cilindrada do motor em cm3
πxd 2 πx8,22
Vm = Vc x z = xsxz  x7,8x4  1.647,68  1.648 cm3 Vm = 1.648 cm3
4 4

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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b) O volume da câmara de combustão em cm3


V vc  v0 vc v 412
rv     1 c  rv  1 v 0   54,93  55 cm 3 v0 = 55 cm3
v0 v0 v0 v0 7,5

c) O volume total de um cilindro em cm3


V = Vc + v0 = 412 + 55 = 467 cm3 V = 467 cm3

15. Um motor de 6 cilindros tem cilindrada de 5,2litros. O diâmetro dos cilindros é 10,2cm e o volume da
câmara de combustão é 54,2cm3.
Pede-se:
a) O curso dos êmbolos [cm]
b) A relação (taxa) de compressão rv
c) O volume total de um cilindro [cm3]
Solução:
a) O curso dos êmbolos [cm]
π  d2 4  Vm 4  5.200
Vm = 5,2 l = 5200 cm3 Vm =  s  z s    10,61cm s = 10,6 cm
4 π  d  s π  10,2 2  6
2

b) A relação de compressão rv
Vm 5.200 v v  vo vc 866,67
vc =   866,67 cm3  867 cm3  rv   c  1   1  16,9  17
6 6 v0 v0 v0 54,2
rv = 17
3
c) O volume total de um cilindro [cm ]
V = vc + v0 = 866,67 + 54,2 = 920,87 cm3 V = 920,87 cm3

16. Um motor de 4 cilindros tem taxa de compressão rv = 8,0. O diâmetro dos cilindros é 7,8cm e o curso
é 8,2cm. Deseja-se aumentar a taxa de compressão para rv = 12 sem alterara o volume de cilindrada do
motor. De que espessura, o cabeçote deve ser rebaixado, sem se preocupar com possíveis interferências?
Solução:
V vc  vo vc π  d 2  s π  7,82  8,2 π  7,82  8,2 1.567,3
  1 8  1  c 
v
rv     v 08    55,98 e
v0 v0 v0 v0 4  v0 4  v0 74 28

12  1  π  7,8  8,2 π  7,82  8,2 1.567,3


2
 v 08    35,62 cm3
4  v0 11  4 44
π  7,82 20,36  4
assim Δ v0  55,98  35,62  20,36   Δs  Δs   0,43 cm ou Δ s  4,3mm
4 π  7,82
Resposta: O cabeçote deve ser rebaixado em 4,3mm

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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17. Um motor de 6 cilindros tem uma cilindrada de 4.800cm3. O diâmetro dos cilindros é 10cm. Deseja-
se alterar a cilindrada para 5.400cm3 sem se alterar o virabrequim. Qual deverá ser o novo diâmetro dos
cilindros?
Solução:
π  d2  s  z 4.800  4
Vm = 4.800 =  s  10,19 cm mantendo o virabrequim, o novo diâmetro dos
4 π  10 2  6
5.400  4
cilindros será d   10,6 cm d = 106 mm
10,19  6  π

18. Um motor de seis cilindros, quatro tempos, simples efeito, com 3 1 2 ” de diâmetro e curso de 3 3 4 ”,
foi ensaiado num dinamômetro elétrico, cujo braço mede 0,7162m (medido até o centro do dinamômetro).
O teste indicou que para 3.300rpm, o esforço exercido na escala da balança era de 27,3kgf.
Imediatamente após este teste o motor foi girado pelo dinamômetro, mantendo-se as mesmas condições
de temperatura do óleo de lubrificação e da água de refrigeração, à rotação de 3.300rpm. A nova leitura
na escala da balança foi então de 11kgf.
Pede-se:

1) A constante do dinamômetro K
2) A potência efetiva desenvolvida pelo motor [CV]
3) A potência de atrito e a indicada real [CV]
4) O rendimento mecânico [%]
5) O momento torcedor [kgfm]
6) O volume de cilindrada do motor [l]
7) A pressão média efetiva [kgf/cm2]
8) A pressão média indicada [kgf/cm2]
9) O consumo horário de etanol com pci = 6.400 kcal/kg e um rendimento global de 25% [kg/h]
10) A velocidade média dos êmbolos [m/s]
Solução:
1) A constante do dinamômetro K
2R 2π  0,716
K R = 0,716 m K   0,001 K = 0,001
60  75 60  75
2) A potência efetiva desenvolvida pelo motor Ne
Ne = 90 CV
Ne = K x F x n = 0,001 x 27,3 x 3.300 = 90 CV
3) A potência de atrito e a indicada real Nat, Nir
Nat = K x F’ x n = 0,001 x 11 x 3.300 = 36,3 CV Nat = 36,3 CV
Nat = Nir – Ne  Nir = Nat + Ne Nir = 36,3 + 90 = 126,3 Nir = 126,3CV
4) O rendimento mecânico
Ne 90
m =   0,713 m = 71,3 %
Nir 126,3

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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5) O momento torcedor T
T = F x R = 27,3 x 0,716 = 19,55 kgfm T = 19,55 kgfm
6) O volume de cilindrada do motor Vm
πd 2 π8,892
 9,53  591 cm3/cil.
1”
d= 3 = 8,89 cm v= s v=
2 4 4
3”
s= 3 = 9,53 cm Vm = v x z Vm = 591 x 6 = 3.546 cm3
4
Vm = 3.546 cm3 = 0,003546 m3  3,5 litros
7) A pressão média efetiva pme
πd 2
Ne  pme  sz 
n 1
CV pme [kgf/m2], x = 2, (4 T, simples efeito), n = 3.300 rpm
4 x 60  75
Vm
3.300 Ne 90
Ne = pme x 0,003546 x  pme  0,0013  pme    69.220 kgf/m 2
2  60  75 0,0013 0,0013
pme = 69.220 kgf/m = 6,92 kgf/cm2
2

8) A pressão média indicada pmi


Ne pme pme 6,922
m =   pmi    9,71 kgf/cm 2 pmi = 9,71 kgf/cm2
Ni pmi η m 0,713
9) Consumo horário de combustível B
 Etanol anidro, com pci = 6.400 kcal/kg e rendimento efetivo e = 25 % e Ne = 90 CV temos
B  pci  ηe B  6.400  0,25 90  632,32
Ne =  90   B  35,6 kg/h
632,32 632,32 6.400  0,25
B = 35,6 kg/hora
10) A velocidade média dos êmbolos Ve
Para o cálculo de ve, para:[s – m, n – rpm] fica ve [m/s]
n  2S
1 rot  2S n rot/min   Ve = 2 x n x S
min
Para n [rpm], S [m], Ve [m/min] fica:
2  n  S n  S 3.300  0,0953
Ve =    10,5 m/s Ve = 10,5 m/s
60 30 30

19. Um motor Diesel de quatro cilindros, quatro tempos, simples efeito, tem o diâmetro dos cilindros
igual a 76 % do curso. Durante o ensaio, desenvolveu uma potência máxima de 85C.V. a 2.800rpm e um
torque máximo de 24kgfm à 1.800rpm.
Na condição de potência máxima, observou-se que a velocidade média dos êmbolos era de 11,9 m/s e
um consumo de 22litros/hora de óleo Diesel, com pci = 10.200kcal/kg e peso específico de 830g/dm3.

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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Pede-se determinar:
1) O diâmetro dos cilindros e o curso dos êmbolos [mm]
2) O volume de cilindrada do motor [l]
3) A pressão média efetiva[kgf/cm2]
4) O rendimento efetivo [%]
5) A potência efetiva, na condição de torque máximo [CV]
Solução:
1) O diâmetro dos cilindros e o curso dos êmbolos d, S 4 T, se, x = 2, z = 4
n – rpm
n S Ne = 85CV a 2.800rpm
Ve = dados do motor
30 T = 24mkgf a 1.800rpm
S-m
Q = 22l/h, d = 76% S
2.800  S 11,9  30
11,9 =  s  0,1275 m S = 0,1275 m  128 mm
30 2.800 Ve = 11,9 m/s
d = 76 % x S  d = 0,76 x 0,128 = 0,0972 m  97 mm d = 97mm, s = 128mm
2) O volume de cilindrada do motor Vm
πd 2 πd 2 π  0,0972
Vm = z x v vc = S Vm   S  z  Vm   0,128  4  0,0037835 m 3
4 4 4
Vm = 0,003784m3 = 3.784cm3 = 3,8litros
3) A pressão média efetiva
πd2 n 1 Ne  x  60  75 85  2  60  75
N e  pme  sz   pme    72.202,5 kgf/m 2
4 x 60  75 n  Vm 2800  0,003784

Pme = 72.202kgf/m2, 7,22kgf/cm2


4) O rendimento efetivo
B  pci  ηe 632,32  Ne Características do diesel
Ne   ηe 
632,32 B  pci  Pci = 10.200kcal/kg
  = 830g/dm3
B = Q x  = 0,022 m3/h x 830 kg/m3 = 18,26 kg/h B =Q18,3kg/h
= 22l/hora

632,32  85
ηe   0,2879 e = 28,8%
18,3 10.200

5) A potência efetiva, na condição de torque máximo


N T  n 24  1.800
T  716,2  N    60,3 CV Ne = 60,3CV
n 716,2 716,2

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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20. No problema anterior, sabendo-se que a temperatura no final da compressão é de 627 oC, a relação de
compressão é de 17:1, a pressão do ar no final da admissão é de 0,75kgf/cm2 e que a compressão se dá
segundo uma transformação politrópica com n = 1,35.
Pede-se determinar:
1) A temperatura do ar no final da admissão [°C]
2) A pressão do ar no final da compressão [kgf/cm2]
3) O rendimento volumétrico, considerando pamb = 1,0kgf/cm2 e tamb = 20oC [%]

Solução:
P
2 1) A temperatura do ar no final da admissão

n = 1,35 Dados: t2 = 627oC, rv = 17:1, p1 = 0,75kgf/cm2

Da transformação politrópica (1,2) tem-se:


V2
1
V
V1

n 1
n 1
T2  v   p 
  1    2  n T2 = t2 + 273 = 627 + 273 = 900 K T2 = 900K
T1  v 2   1
p

 17  2  17 1,35 1  T1 
V1 v1 T 900
rv    333,9 K
V2 v 2 T1 17 0,35
T1 = 334 K = 61oC t1 = 61oC
2) A pressão do ar no final da compressão
n 1 1,351
T2  p 2 
0,2593
n 900  p2  1,35  p2 
    4 
 4 
 2,695
T1  p1  334  0,75  10   0,75  10 
1,351
0,2593
n 1 900    1,35

 2,695  n
p2
p2   p2

 
334  0,7510 4 
 4 
 2,695
7.500  0,75  10 
3,857
p2 1
 2,695  0,2593  p 2  2,695   7.500  45,758  7.500  843.185 kgf/m 2
7.500
p2 = 34,32kgf/cm2
3) O rendimento volumétrico, considerando pamb = 1,0kgf/cm2 e tamb = 20oC
massa de ar realmente aspirada Garr
ηv  
massa de ar teoricamen te aspirada Gart
V
Gr  r p r  v r  R  Tr e p t  v T  R  TT
vr

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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V R  Tr
G  t vr  Vr  Vt
t vt pr
Vr p  V pr
r r
Tr p r Tt p r Tt
ηv  r  R  Tr 
v
    pr = p1 = 7.500kgf/m2,
Vt p t  Vt p t Tr p p t Tr
t

vt R  Tt Tt
Pt = pat = 10.000kgf/m2, tr = T1 = 334K, Tt = 273 + 20 = 293K
7.500  293
ηv   0,6579 v = 65,79%
10.000  334

21. Um motor de 4 tempos, simples efeito, foi ensaiado em dinamômetro e a 4.000rpm forneceu a
indicação de uma força, na balança do dinamômetro, de 34kgf, apresentando consumo específico de
0,240kg/CVh.
O braço do dinamômetro mede 0,8 metros e na mesma rotação o motor foi acionado pelo dinamômetro,
apresentando a indicação de uma força de 9,0kgf.
A cilindrada do motor é de 4,0 litros e a relação Combustível / Ar, medida, foi 8,0%. As condições de
entrada do Ar no purificador foram p = 1,0kgf/cm2 e t = 27°C e o combustível usado tinha pci =
10.000kcal/kg.
Nestas condições, pede-se determinar:

a) As potências Efetiva Ne, de atrito Nat e indicada Ni, em [CV] e o rendimento mecânico η m em [%]
b) O rendimento global η g ou ηe, e os rendimentos térmico indicado e o efetivo ηti, ηte em [%]
c) O consumo de Ar em [kg/h]
d) O rendimento volumétrico em [%]
Solução:
a) As potências Efetiva Ne, de atrito Nat e indicada Ni, [CV] e o rendimento mecânico η m [%]
Potência é a relação entre o trabalho realizado e o tempo gasto na sua execução, no caso dos motores
temos o trabalho dado pela força medida no braço do dinamômetro e o tempo é dado pelo n° de rotações
do eixo por segundo, então.
F B F – kgf
N , onde se
t B–m fica N – kgfm/s
rot 2
Como o eixo do motor tgira
- s a n rotações por minuto e uma rotação = 2π rd, logo n n ou ainda
min 60s
n  2π
60s
 
 s 1 
1
t
com isto fica: Ne 
F  B  n  2π
60
, em [kgfm/s], mas 1CV = 75kgfm/s então:
2π 2π
Ne CV   F B n   Mt  n , substituindo pelos dados do problema obtém-se:
60  75 60  75
2π Ne = 152CV
Ne cv   34  0,8  4000  151,9CV  152CV
60  75

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


18/28


Para a potência de atrito tem-se: Nat cv   9  0,8  4000  40,2CV  40CV Nat = 40CV
60  75
A potência indicada Ni = Ne + Nat = 152 + 40 = 192CV Ni = 192CV
Ne 152
O rendimento mecânico é dado por: ηm   100   100  79,2 % ηm = 79,2%
Ni 192
b) O rendimento global η g ou ηe, e os rendimentos térmico indicado e o efetivo ηti, ηte [%]
 kg   kcal  427kgfm
 100 , mas Ncomb  NeCV Ce
Ne 1h 1CV
ηg  ηe    pci    
Ncomb  CVh   kg  1kcal 3600s 75kgfm
s
427  Ne  Ce  pci 427  152  0,240  10.000
Ncomb    576,9  577CV Ncomb = 577CV
3.600  75 3.600  75
Ne 152
ηg  ηe   100   100  26,3% ηg = 26,3%
Ncomb 577
ALi ALe
Os rendimentos térmicos, indicado e efetivo são da dos por: η ti  e η te 
Q Q
75kgfm
s 1kcal  kcal 
Onde Q = Ncomb  577[CV]    101,3   , e para as potências tem-se:
1CV 427kgfm  s 
75kgfm
s 1kcal  kcal 
Ali, [kcal/s], então Ni  192[CV]    33,7  
1CV 427kgfm  s 
75kgfm
s 1kcal  kcal 
Ale[kcal/s], então Ne  152[CV]    26,698  26,7  
1CV 427kgfm  s 
33,7 26,7
ηti 
101,3
 100  33,3% η ti = 33,3% ηte 
101,3
 100  26,3% ηte = 26,3%
c) O consumo de Ar em GAr[kg/h]
Gcomb = Ne x Ce = [CV] x kg/CVh = 152 x 0,240 = 36,48kg/h
G comb 1 G 36,48
Dada a relação C/A = 8,0%, então 0,08   , G Ar  comb   456 kg/h GAr = 456kg/h
G Ar C 0,08 0,08
A
d) O rendimento volumétrico η v [%]
n 60min
GArr = GAr = 456kg/h, mas o volume de Ar aspirado pelo motor Q Ar  Vm   então
x 1h
1m 3 4.000 m3
Q Ar  4[dm ] 
3
  60  480 , a massa de Ar GArt = QAr x γArt
1.000dm 3 2 h
As condições teóricas são dadas pela pressão e temperatura ambiente, assim, pela equação de estado
tem-se: p x v = R x T onde v = 1/γ, portanto γ = p/R x T, substituindo pelos dados do ambiente fica:

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


19/28

10.000
γ Art   1,139 kg/m3, com isto GArt = QAr x γArt = 480m3/h x 1,139kg/m3 = 546,64kg/h
29,27  273  27 
G Arr 456
Logo ηv 
G Art
 100 
547
 100  83,4% ηv = 83,4%

22. O ciclo real de um motor Diesel de 4 tempos, com cilindrada de 7.000cm3 e operando a 2.400rpm, se
aproxima do ciclo teórico misto representado na figura a seguir, na qual o retângulo desenhado tem área
equivalente a do ciclo.
A taxa de compressão é 17 e a eficiência térmica é 0,597 quando 26,3% do calor é fornecido a volume
constante (isocoricamente). Adota-se para o fluido em circulação k = 1,35 e R = 240J/kg.K.
Nestas condições; pede-se determinar:

a) Os valores das pressões p[kgf/cm2 e Pa], temperaturas t[°C e K] e volumes v[m3/kg] nos principais
pontos do ciclo;
b) A potência do ciclo;
c) O trabalho de expansão;
d) Considerando elevada a temperatura de escape, o que deve ser feito para baixa-la a 720°C, mantendo-
se o mesmo consumo de combustível?
e) Após a mudança da temperatura de escape, qual a nova eficiência térmica?
Solução:
Como os dados do problema têm as unidades de pressão e térmicas no S.I., suas conversões para as
unidades técnicas (práticas), serão feitas conforme segue;
 Para as conversões das escalas de temperatura e unidades de trabalho:
a) - T[K] = t[°C] + 273, 1kcal = 427kgfm = 4.186J, assim a constante “R” será convertida por;
 J  1kcal 427kgfm  J   kgfm   J   kgfm 
R      0,102  R   ou R    9,8  R  
 kg.K  4.186 J 1kcal  kg.K   kg.K   kg.K   kg.K 

b) – Para a conversão das unidades de pressão considera-se:


1N 1kgf 1m 2 1  kgf   kgf 
1Pa 
2
    
9,81N 104 cm 2 98.100  cm 2 
 98.100Pa  1
2 , assim 1kgf/cm2 = 98.100Pa ≅ 105Pa
1m  cm 

240J 1kcal 427kgfm kgfm


R    24,5
kg.K 4.186J 1kcal kg.K

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


20/28

a) Valores das pressões, temperaturas e volumes nos principais pontos do ciclo:

Ponto 1;

Na figura observa-se que T1 = 303K = 30°C, enquanto que p1 = 0,096MPa então:


N 1kgf kgf 1m 2 kgf
p1  0,096MPa  0,096  106 Pa  0,096  106   9.786   0,9786
m2 9,81N m 2 4
10 cm 2
cm 2
R  T1
Da equação geral dos gases p1  v1  R  T1  v1  p1 , R = (240J/kg.K)/9,8 = 24,5kgfm/kg.K,
24,5  303 m3
então; v1  9.786
 0,759
kg assim para o ponto 1 tem-se:

Ponto 1
p1 = 0,096MPa = 0,979kgf/cm2
t1 = 30oC = 303K
v1 = 0,759m3/kg

Ponto 2; É obtido através da compressão politrópica (1-2) com n = 1,35 e para rv = 17= v1/v2, fica;
v2 = v1/17 = 0,759/17 = 0,0446m3/kg, enquanto que,
n
p2  v1 
  p2  0,979  17 1,35  0,979  45,8254  44,86
kgf
    105 Pa  4,486MPa  4,5MPa , para o cálculo de
p1  v 2  2
cm
T2 usa-se novamente a equação geral dos gases, ficando;
p 2  v 2 44,86  10 4  0,0446
T2    816,6  817K  273  544 C
R 24,5
Ponto 2
p2 = 4,5MPa = 44,86kgf/cm 2
t2 = 544oC = 817K
v2 = 0,0446m3/kg

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


21/28

Ponto 3; Aquecimento a volume constante (2-3) Q1’


Do diagrama do ciclo teórico tem-se pm = 1,05MPa = 1,05 x 106N/m2 ou ainda
N kgf kgf kgf
1,05  106  107.034  10,7 , como pm = L/Vm, então L = pm x Vm = 107.034kgf/m2 x
m2 9,81N m 2
cm 2
7.000 x 10-6 m3 = 749,23kgfm ou 749,23 x 9,803 = 7,34kJ, mas o trabalho dado pelo ciclo é o produto do
calor fornecido a este pela sua eficiência térmica, então, L = Q 1 x ηt e deste modo Q1 = L/ ηt =
749,23/0,597 = 1.255kgfm ou ainda L = 1.255 x 9,803 = 12,3kJ.
Pelo enunciado do problema, 26,3% do calor total é fornecido a v = cte, sendo o restante a p = cte.
Com isto Q1’ = 1.255 x 0,263 = 330kgfm x 9,803 = 3,24kJ, deste modo a quantidade de calor fornecida a
p = cte e Q1” = Q1 – Q1’ = 1.255 – 330 = 925kgfm x 9,803 = 9,07kJ.
Q1 = 1.255kgfm = 12,3kJ, Q1’ = 330kgfm = 3,24kJ e Q 1” = 925kgfm = 9,07kJ
Q'
Como calor Q1’ é a v = cte então Q1’ = m x cv x (T 3 – T2), com isto, T3  m  cv  T2 .
1

A massa, (m) que evolui no ciclo é dada pela relação do volume de cilindrada do motor, dividido pelo
7.000  106
 9,8  103 kg  9,8g
Vm 0,007
m   
Δ v 0,759  0,0446  0,7144
volume varrido pelos êmbolos
m = 9,8 x 10-3kg = 9,8g
Pela relação de Mayer, cp – cv = R e sendo k = cp/cv, assim (k x cv) – cv = 24,5kgfm/kg.K = (1,35 – 1) x
24,5 kJ
cv = 24,5 então cv  0,35  70kgfm/kg. K  9,803  868 kg , então a temperatura
330
T3   817  1.298K ou t = 1.025°C, prela equação de estado;
9,8  10  3  70 3

R  T3 24,5  1.298 Ponto 3


 9,81  102  6,99  7,0MPa
kgf kgf
p3    713.027  71,3
v3 0,0446 m 2
cm 2 p3 = 7,0MPa = 71,3kgf/cm2
t3 = 1.025oC = 1.298K
v3 = 0,0446m3/kg
Ponto 3A; Aquecimento a pressão constante (3-3A) Q1”
No diagrama a seguir o ponto 4 do digrama anterior, num primeiro momento, passa a ser (3A) quando
através da expansão (3A-4) calcula-se t4.

Como Q” = 925kgfm = m x cp x (T3A – T3), e sendo cp = k x cv = 1,35 x 70 = 94,5kgfm/kg.K, enquanto


que a massa m = 9,8 x 10-3 (calculada no ponto 3)então;

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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925  103
925 = 9,8 x 10-3 x 94,5 x (T 3A – 1.298)  T3A - 1.298  T3A  998  1.298  2.296K  2.023 C
9,8  103  94,5
como a transformação ocorre a p = cte então; p3A = p3 = 71,3kgf/cm2 = 7,0MPa, logo pode-se calcular o
R T 24,5  2.296 56,252 m3
volume específico no ponto (3ª) como segue: v3A  p
3A    0,0789
3A 71,3  104 713.000 kg
Ponto 3A
p3A = 7,0MPa = 71,3kgf/cm2
t3A = 2.023oC = 2.296K
v3A = 0,0789m3/kg
Ponto 4; Expansão politrópica (3A-4), com n = 1,35;
k k 1,35
p4 v  v   0,0789  kgf
  3A   p 4  p 3A   3A   71,3     3,36  9,81  10 4  329.280Pa  0,329MPa
2
p 3A  v 4   4 
v  0,759  cm
4
3,356  10  0,759
Com isto T4  24,5
 1.040K  767 C

Ponto 4
p4 = 0,329MPa = 3,36kgf/cm2
t4 = 767oC = 1.040K
v4 = 0,795m3/kg
b) A potência do ciclo:
Considerando que o motor tem cilindrada de 7.000 cm3 ou 7,0 litros e opera a 2.400rpm, então;
Do diagrama (P x V) a pm = 1,05 x 106 N/m2 x 1/(9,81 x 104) = (1,05/9,81) x 102 = 10,7kgf/cm2, com isto
pm  Vm  n 10,7  10 4  7  10 3  2.400 8.988
a potência do ciclo é; Nc     199,7CV  200CV  0,736  147kW
60  75  x 60  75  2 45

c) O trabalho de expansão:
A expansão, neste caso, é dada pelas transformações (3-3A) a pressão constante, seguida da
transformação(3A-4) que é uma politrópica com n = 1,35, assim Lexp = L(3,3A) + L(3A, 4).
Como L(3,3A) se dá a pressão constante, então L(3,3A) = pm x ∆V = pm x m x ∆V = 71,3 x 104 x 9,8 x 10-3 x
(0,0789 – 0,0446) = 6987,4 x 0,0343 = 239,65kgfm x 4.186/427 = 2.349,4J = 2,35kJ.
L(3,3A) = 239,65kgfm = 2,35kJ
Para a expansão politrópica (3A-4) o trabalho é;
p v  T  9,8  71,3  0,0789  1.040  4.186
L  m  3A 3A  1  4    1    1.575,16  0,547  861,67kgfm  861,67   8,44kJ
n -1  T3A  1,35  1  2.296  427.000
Então o trabalho da expansão é; Lexp = L(3,3A) + L(3A, 4) = 239,65 + 861,67 = 1.101,32kgfm = 10.8kJ
Lexp = 1.101,32kgfm = 10.8kJ

d) Redução da temperatura de escapamento:


Para que a temperatura de escapamento seja reduzida para 720°C, sem que seja alterado o consumo de
combustível, deve-se fazer um aumento do aquecimento a volume constante (aumentar a parcela do calor
total que é liberado a volume constante), então numa primeira aproximação, admite-se que todo calor foi
liberado a volume constante como se o ciclo fosse Otto e não misto, deste modo;

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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Q1 1.255  103
Q1 = m x cv x (T3’-T2), de onde, T3'   T2   817  2.646K  2.373 o C ,
m  cv 9,8  70
n 1 1,35-1
então: T4'  T3'  v3   0,0446  ’
 2.646     981K  708 o C , a temperatura T 4 está muito próxima da
 v4   0,759 
temperatura de 720°C , mostrando que para se obter esta nova temperatura de escape, o ciclo
praticamente se tornará Otto, pois apenas uma parcela muito pequena do calor será liberada a volume
constante.

e) Rendimento térmico do ciclo:


O rendimento térmico do ciclo pra T4 = 1.040K = 767°C é de 59,7%, conforme dado do problema, no
entanto, como a temperatura T4, foi reduzida para T 4’ = 981K = 708°C, o novo valor será;
9,82  10 -3  70 466
 981 - 303  466kgfm/kg , com isto ηc  1 
'
Q '0   100  62,8%
427 1.255
Ou seja, com a redução da temperatura t4 de 767 para 708°C, (-7,7%) o rendimento do ciclo aumentou de
59,7 para 62,8% (+4,9%), pois que com a queda de temperatura nos gases o calor fornecido a fonte fria
foi reduzido enquanto que o calor fornecido pelo combustível (combustão) permanece constante.

23. Um motor de oito cilindros em V, de quatro tempos, simples efeito, com cilindros de diâmetro =
95mm e êmbolos com cursos de 84mm, foi ensaiado em dinamômetro, desenvolvendo potência de
125C.V. à 4.000rpm, com consumo de 55litros/hora de álcool anidro de massa específica γ =
0,797kg/dm3. Durante o ensaio, a força indicada na balança do dinamômetro foi de 80kgf.
Pede-se determinar:
1. O volume de cilindrada do motor [l]
2. O braço do dinamômetro [mm]
3. O momento de torção do motor [kgfm]
4. O consumo específico de combustível [kg/CVh]
5. A pressão média efetiva [kgf/cm2]
6. A reação estequiométrica do álcool com o Ar, considerar o Ar (O 2 + 3,76 N2)
7. O balanço das massas dos reagentes e produtos envolvidos na reação
8. A relação Ar/ Combustível
9. A quantidade de ar aspirado pelo motor [kg/h]
10. Estimar o novo volume de cilindrada do motor, considerando a taxa de compressão r v = 12.
Solução:
1. O volume de cilindrada do motor Vm: (z = 8, d = 95mm = 9,5cm, s = 84mm = 8,4cm)
π  9,5
2
πd2 2
Vm = vc x z = sz   8,4  8 = 4.763,28cm3  4,8dm3 = 4.8l
4 4
Vm = 4.763,28cm3  4,8dm3 = 4,8l = 0,004763m3

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


24/28

2. O braço do dinamômetro b: (F = 80kgf, n = 4.000rpm, Ne = 125CV)


2 π b 2 π  b Ne  60  75
Ne = K x F x n K= Ne = xFxn b
60  75 60  75 2 π  F n
125  60  75
b  0,27976 m b = 0,27976m  280mm
2  π  80  4.000
3. O momento de torção do motor Mt (F = 80kgf, b = 0,27976m, Ne = 125CV, n = 4.000rpm)
N 125
Mt = F x b = 80 x 0,27976 = 22,38mkgf ou Mt  716,2   716,2   22,38 mkgf
n 4.000
Mt = 22,38kgfm

4. O consumo específico de combustível Ce (Ne = 125CV, Q = 55l/h,  = 0,797kg/dm3)


B m3 kg 43,835
Ce   B  Q  γ  0,055  797 3  43,835 kg/h  Ce   0,35068 kg/CVh
Ne h m 125
Ce = 0,351kg/CVh
5. A pressão média efetiva pme (Ne = 125CV, Vm = 0,004768m3, n = 4.000rpm, x = 2)
πd 2 n 1
Ne  pme  sz 
4 x 60  75
Ne  x  60  75 125  2  60  75
pme    59.048,918 kgf/m 2
Vm  n 0,004763  4.000
pme = 59.049kgf/m2 = 5,9kgf/cm2
6. A reação estequiométrica do álcool com o Ar, considerar o Ar (O2 + 3,76 N2) A/C
C2 H6 O +  (O2 + 3,76 N2)  CO2 +  H2O  N2
C – 2= 2  =2
H–6=2  = 3
7 1
O – 1 + 2= 2 +  = 2 x 2 + 3   = 3
2
2  3,76  3
N – 2 x 3,76 x  = 2   = =11,28  = 11,28
2
 A reação fica então:
C2 H6 O + 3 (O2 + 3,76 N2) 2 CO2 + 3 H2O 11,28 N2
7. Balanço de massa dos reagentes e produtos da reação
 Verificação:
C–2=2  H–6=2x3  O–1+2x3=2x2+3 7=7 
N – 2 x 3,76 x 3 = 11,28 x 2 22,56 = 22,56  C = 12
Para o balanço de massas, vamos considerar as massas atômicas: H=1
O = 16
N = 14

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


25/28

Ficando então:
C2 H6 O + 3 (O2 + 3,76 N2) 2 CO2 + 3 H2O + 11,28 N2
(2 x 12) + (6 x 1,0) + 16 + 3[(2 x 16) + 3,76 x 2 x 14)] 2[12 + (2 x 16)] + 3[(2 x 1,0) + 16] + 11,28 x 2 x 14

46 + 411,84 88 + 54 + 315,84

457,84 457,84

8. A relação Ar/ Combustível A/C


Para a determinação do A/C temos:
Massa de Álcool MÁlcool = 46kg
Massa de Ar MAr = 3 (2 x 16 + 3,76 x 2 x 14)=411,84kg, então:
411,84
A/C =  8,95 A/C = 8,95  9,0kgAr/kgálcool
46

9. A quantidade de ar aspirado pelo motor GAr


Para determinar a massa de Ar, vamos considerar o consumo de combustível e o A/C estequiométrico.
GAr = B x A/C = 43,8 kgcomb./h x 8,95 kgAr/kgcomb. = 392,01 kg/h GAr = 392kg/h
10. Novo volume de cilindrada do motor, considerando rv = 12/1,0
O volume de cilindrada calculado foi vm = 4.763,28cm3 ou 4,8litros, com este volume e para que ocorra a
combustão estequiométrica, a máquina deve aspirar G Ar = 392kg/h, pois o A/C = 8,95.
Com a taxa de compressão de rv = 12/1,0 e utilizando-se a fórmula experimental de “Minter & Finn” tem-
se em %:
1,4
1  r 1  12  1 
1,4
1
ηv  177,4  1     108,2 v   177,4  1     108,2   177,4  0,98  108,2  0,92 
 rv   rv   12   12 
Então ηv = 0,7467 ou 74,67%

Considerando o ηv o motor vai aspirar 74,67% da massa necessária para a combustão estequiométrica,
por isso o motor deverá ter maior volume de cilindrada, conforme segue:
Vmr = Vm / ηv = 4.763,28cm3 / 0,7467 = 6.379,11cm3 ou ainda Vmr = 6,4litros

24. Considerando que um motor de combustão interna deverá operar com metanol CH 4O.
Pede-se determinar:
1. A reação estequiométrica deste combustível reagindo com o Ar (O2 + 3,7585 N2)
2. O balanço das massas dos reagentes e produtos envolvidos na reação Massas atômicas
3. A relação Ar/ Combustível estequiométrica C = 12
4. Os teores, em massas e volumes, dos gases resultantes da combustão H=1
Solução: O = 16
N = 14

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


26/28

1. A reação estequiométrica deste combustível reagindo com o Ar


Metanol – CH3OH (CH4O) Ar - (O2 + 3,7585 N2)
CH4O +  (O2 + 3,7585 N2)  CO2 +  H2O +  N2
C–1=  =1 H–4=2  =2
O – 1 + 2  = 2 +   =
2β  γ   1 2 1  2  1
  1,5   = 1,5
2 2
N – 2 x 3,7585 x  = 2    = 5,637
 Reação estequiométrica;
CH4O + 1,5 (O2 + 3,7585 N2) 1 CO2 + 2 H2O + 5,637 N2
Verificação;
C–1=1 H – 4 = 2 x 2 = 4  N – 2 x 3,758 x 1,5 = 11,2740 = 2 x 5,637 = 11,2740 
2. Balanço de massas, massas dos reagentes Mr e dos produtos Mp
CH4O + 1,5 (O2 + 3,7585 N2) 1 CO2 + 2 H2O + 5,637 N2
12 + (4 x 1) + 16 + 2 (2 x 16 + 3,7585 x 2 x 14) 44 + 36 + 157,836

32 205,836 = Mp = 237,836

Mr = 273,836
32kg de Metanol CH4O 44kg de CO2
Reagem com Para formar 36kg de H2O
205,836kg de Ar 157,836kg de N2

3. A relação Ar/ Combustível estequiométrica A/C


205,836
A/C =  6,43 A/C = 6,43kgAr/kgCombustível .
32
4. Os teores, em massas e em volumes, dos gases resultantes da combustão T
4.1 – T = %[m/m]: 4.2 – T = %[v/v]:
44 1
TCO2 =  100  18,50 % TCO2 =  100 = 11,58%
237,836 1  2  5,637
36 2
TH2O =  100  15,14 % TH2O =  100 = 23,15%
237,836 1  2  5,637
157,836 7,517
TN2 =  100  66,36 % TN2 =  100 = 65,27%
237,836 1  2  5,637
100,0% 100,0%

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


27/28

25. No problema anterior, considerando-se a reação com falta de Ar de 10%.


Pede-se determinar:
1. A reação do combustível, com Ar (O 2 + 3,7585 N2)
2. O balanço das massas dos reagentes e produtos envolvidos na reação
3. A relação Ar/ Combustível
4. Os teores, em [%] de massas e volumes, dos gases resultantes da combustão.
Solução:
1. A reação do combustível, com Ar
Do problema anterior, a reação estequiométrica do Metanol com o Ar é:
CH4O + 1,5 (O2 + 3,7585 N2) 1 CO2 + 2 H2O + 5,637 N2
Como neste caso a reação ocorre com 90% do Ar estequiométrico, então a nova reação será:
CH4O + 0,9 x 1,5 (O2 + 3,7585 N2)  CO2  CO +  H2O +  N2
CH4O + 1,35 (O2 + 3,7585 N2)  CO2  CO +  H2O +  N2
C–1=+  +=1 I H–4=2  =2
O – 1 + 2 x 1,35 = 2 +  +  = 2 +  + 2  3,70 = 2 +  + 2  2 +  = 1,70 II
Resolvendo I e II fica:
+=1
2 +  = 1,70
 = 0,70 ou seja,  = 0,70 então de I, obtém-se 0,70 +  = 1,0 donde  = 0,30
N – 2 x 3,7585 x 1,35 = 2    = 5,074
 Então a reaçãocom apenas 90% do Ar estequiométrico fica;
CH4O + 1,35 (O2 + 3,7585 N2) 0,7 CO2 + 0,3CO + 2 H2O + 5,074 N2
Verificação;
C – 1 = 0,7 + 0,3 = 1  H–4=2x2=4 N – 2 x 3,758 x 1,35 = 10,148 = 2 x 5,074 = 10,148 

2. Balanço de massas, massas dos reagentes Mr e dos produtos Mp


CH4O + 1,35 (O2 + 3,7585 N2) 0,7 CO2 + 0,3CO + 2 H2O + 5,074 N2
12 + (4 x 1) + 16 + 1,35 (2 x 16 + 3,7585 x 2 x 14) 0,7(12 + 2 x 16) + 0,3(12 + 16) + 2(2 + 16)

32 185,27 30,8 8,4 36


Mr = 217,27 75,20 +

+ 5,074 x 2 x14 Mp = 217,27


+ 142,072
30,8kg de CO2
32kg de Metanol CH4O
8,4kg de CO
reagem com para formar
36kg de H2O
185,27kg de Ar
142,1kg de N2

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15


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A relação Ar/ Combustível estequiométrica A/C


185,271
A/C =  5,79 A/C = 5,79kgAr/kgCombustível
32
4. Os teores, em massas e em volumes, dos gases resultantes da combustão T
4.1 – T = %[m/m]: 4.2 – T = %[v/v]:
30,8 0,7
TCO2 =  100  14,18 % TCO2 =  100 = 8,67%
217,272 0,7  0,3  2  5,074
8,4 0,3
TCO =  100  3,87 % TCO =  100 = 3,72%
217,272 0,7  0,3  2  5,074
36 2
TH2O =  100  16,57 % TH2O =  100 = 24,77%
217,272 0,7  0,3  2  5,074
142,072 5,074
TN2 =  100  65,40 % TN2 =  100 = 62,84%
217,272 0,7  0,3  2  5,074
100,0% 100,0%

Curitiba, 28 de setembro de 2014

Prof. José Carlos Laurindo


DEMEC-UFPR

Solução Exercícios da lista I pág. 36-43 (originais) Revisão: 17/09/15

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