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Lista de Exercícios 10 – Cálculo II (MA2S2)

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1) Determine se F é ou não um campo vetorial conservativo. Se for, determine uma função
𝑓 tal que F = ∇𝑓.
a) F(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 cos 𝑦 i + 𝑒 𝑥 sen 𝑦 j
𝜕𝑃
𝑥 = −𝑒 𝑥 sen 𝑦
𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑒 cos 𝑦 𝜕𝑦
{ ⇒
𝑄(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 sen 𝑦 𝜕𝑄 𝑥
{ 𝜕𝑥 = 𝑒 sen 𝑦
𝜕𝑃 𝜕𝑄

𝜕𝑦 𝜕𝑥
Portanto não é um campo vetorial conservativo.
b) F(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 sen 𝑦 i + 𝑒 𝑥 cos 𝑦 j
𝜕𝑃
𝑥 = 𝑒 𝑥 cos 𝑦
𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑒 sen 𝑦 𝜕𝑦
{ ⇒
𝑄(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 cos 𝑦 𝜕𝑄 𝑥
{ 𝜕𝑥 = 𝑒 cos 𝑦
𝜕𝑃 𝜕𝑄
=
𝜕𝑦 𝜕𝑥
Portanto é um campo vetorial conservativo.
∇𝑓 = 〈𝑓𝑥 , 𝑓𝑦 〉 = 〈𝑒 𝑥 sen 𝑦 , 𝑒 𝑥 cos 𝑦〉
𝑓(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 = 𝑒 𝑥 sen 𝑦 + 𝑔(𝑦)
𝜕 𝑥
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = (𝑒 sen 𝑦 + 𝑔(𝑦)) = 𝑒 𝑥 cos 𝑦 + 𝑔′ (𝑦) = 𝑒 𝑥 cos 𝑦
𝜕𝑦
𝑔′ (𝑦) = 0 ⇒ 𝑔(𝑦) = 𝐾 (constante)
Assim,
𝑓(𝑥, 𝑦) = 𝑒 𝑥 sen 𝑦 + 𝐾
c) F(𝑥, 𝑦) = (3𝑥 2 2 )i
− 2𝑦 + (4𝑥𝑦 + 3)j
𝜕𝑃
2 2 = −4𝑦
𝑃(𝑥, 𝑦) = 3𝑥 − 2𝑦 𝜕𝑦
{ ⇒
𝑄(𝑥, 𝑦) = 4𝑥𝑦 + 3 𝜕𝑄
{ 𝜕𝑥 = 4𝑦
𝜕𝑃 𝜕𝑄

𝜕𝑦 𝜕𝑥
Portanto não é um campo vetorial conservativo.
2) Determine uma função 𝑓 tal que F = ∇𝑓 e use-a para calcular ∫𝐶 F ⋅ 𝑑r sobre a curva 𝐶
dada.
F(𝑥, 𝑦) = 𝑥 2 i + 𝑦 2 j, 𝐶 é o arco da parábola 𝑦 = 2𝑥 2 de (-1, 2) a (2, 8)
É fácil verificar que esse é um campo vetorial conservativo usando o método do
exercício anterior. A função potencial 𝑓 pode ser encontrada fazendo
F(𝑥, 𝑦) = ∇𝑓 = 〈𝑓𝑥 , 𝑓𝑦 〉 = 〈𝑥 2 , 𝑦 2 〉
𝑥3
𝑓(𝑥, 𝑦) = ∫ 𝑓𝑥 (𝑥, 𝑦)𝑑𝑥 = ∫ 𝑥 2 𝑑𝑥 = + 𝑔(𝑦)
3
𝜕 𝑥3
𝑓𝑦 (𝑥, 𝑦) = ( + 𝑔(𝑦)) = 𝑔′ (𝑦) = 𝑦 2
𝜕𝑦 3
𝑦3
𝑔(𝑦) = ∫ 𝑦 2 𝑑𝑦 = + 𝐾 (constante)
3
𝑥3 𝑦3
𝑓(𝑥, 𝑦) =
+ +𝐾
3 3
2
Podemos parametrizar a curva como r(𝑡) = 〈𝑡, 2𝑡 〉, −1 ≤ 𝑡 ≤ 2

∫ F ⋅ 𝑑r = 𝑓(r(2)) − 𝑓(r(−1)) = 𝑓(2, 8) − 𝑓(−1, 2)


𝐶
23 83 −13 23 8 + 512 + 1 − 8 513
=( + +𝐾)−( + +𝐾)= = = 171
3 3 3 3 3 3
De fato, podemos comprovar que obtemos o mesmo valor calculando a integral de
linha:

∫ F ⋅ 𝑑r = ∫ 〈𝑥 2 , 𝑦 2 〉 ⋅ r ′ (𝑡) 𝑑𝑡
𝐶 𝐶
2
= ∫ 〈𝑡 2 , (2𝑡 2 )2 〉 ⋅ 〈1, 4𝑡〉 𝑑𝑡
−1
2 2
𝑡 3 8𝑡 6
=∫ (𝑡 2
+ 16𝑡 𝑑𝑡 = [ + 5)
]
−1 3 3 −1
23 8 ⋅ 26 (−1)3 8 ⋅ (−1)6 8 + 512 + 1 − 8 513
=( + )−( + )= = = 171
3 3 3 3 3 3
3) Seja F = ∇𝑓, onde 𝑓(𝑥, 𝑦) = sen(𝑥 − 2𝑦). Determine uma curva 𝐶 que não seja
fechada e satisfaça a equação ∫𝐶 F ⋅ 𝑑r = 0
Como sabemos que F é um campo vetorial conservativo, podemos utilizar o valor da
função potencial 𝑓:

∫ F ⋅ 𝑑r = 𝑓(r(𝑏)) − 𝑓(r(𝑎)) = 0
𝐶
𝑓(r(𝑏)) = 𝑓(r(𝑎))
Vamos definir r(𝑎) = 〈𝑥𝑎 , 𝑦𝑎 〉 e r(𝑏) = 〈𝑥𝑏 , 𝑦𝑏 〉
Portanto
𝑓(𝑥𝑏 , 𝑦𝑏 ) = 𝑓(𝑥𝑎 , 𝑦𝑎 )
sen(𝑥𝑎 − 2𝑦𝑎 ) = sen(𝑥𝑏 − 2𝑦𝑏 )
𝑥𝑎 − 2𝑦𝑎 = 𝑥𝑏 − 2𝑦𝑏 + 𝑛 ⋅ 2𝜋
𝑥𝑏 − 𝑥𝑎
𝑦𝑏 = + 𝑦𝑏 + 𝑛 ⋅ 𝜋
2
Podemos colocar valores arbitrários para 𝑥𝑎 , 𝑥𝑏 e 𝑛
1−1
𝑦𝑏 = +1+1⋅𝜋 =1+𝜋
2
Assim,
r(𝑡) = 〈1, 1 + 𝜋𝑡〉, 0 ≤ 𝑡 ≤ 1
𝑓(r(0)) = 𝑓(1, 1) = sen(1 − 2) = − sen(1)
𝑓(r(1)) = 𝑓(1, 1 + 𝜋) = sen(1 − 2 − 2𝜋) = − sen(1)
Podemos confirmar isso também calculando diretamente a integral de linha com essa
parametrização
F(𝑥, 𝑦) = ∇𝑓 = 〈cos(𝑥 − 2𝑦) , −2 cos(𝑥 − 2𝑦)〉

∫ F ⋅ 𝑑r = ∫ 〈cos(𝑥 − 2𝑦) , −2 cos(𝑥 − 2𝑦)〉 ⋅ r ′ (𝑡) 𝑑𝑡


𝐶 𝐶
1
= ∫ 〈cos(−1 − 2𝜋𝑡) , −2 cos(−1 − 2𝜋𝑡)〉 ⋅ 〈0, 𝜋〉 𝑑𝑡
0
1
= − ∫ 2𝜋 cos(1 + 2𝜋𝑡) 𝑑𝑡
0
= −[sen(1 + 2𝜋𝑡)]10 = sen(1) − sen(1 + 2𝜋) = 0
4) Uma partícula inicialmente no ponto (−2, 0) se move ao longo do eixo 𝑥 até (2, 0) e
então ao longo da semicircunferência 𝑦 = √4 − 𝑥 2 até o ponto inicial. Utilize o Teorema
de Green para determinar o trabalho realizado nessa partícula pelo campo de força
F(𝑥, 𝑦) = 〈𝑥, 𝑥 3 + 3𝑥𝑦 2 〉.

Pelo Teorema de Green, temos


𝑃(𝑥, 𝑦) = 𝑥 𝜕𝑃(𝑥, 𝑦)⁄𝜕𝑦 = 0
{ 3 2 ⇒{
𝑄(𝑥, 𝑦) = 𝑥 + 3𝑥𝑦 𝜕𝑄(𝑥, 𝑦)⁄𝜕𝑥 = 3𝑥 2 + 3𝑦 2
𝜕𝑄 𝜕𝑃
𝑊 = ∫ F ⋅ 𝑑r = ∬ ( − ) 𝑑𝐴 = ∬ (3𝑥 2 + 3𝑦 2 )𝑑𝐴
𝐶 𝐷 𝜕𝑥 𝜕𝑦 𝐷
Observando o gráfico da região 𝐷 verificamos que é mais fácil calcular a integral em
coordenadas polares:
𝜋 2
𝑊 = ∫ ∫ 3𝑟 2 ⋅ 𝑟𝑑𝑟 𝑑𝜃
0 0
𝜋 2
= 3 ∫ 𝑑𝜃 ∫ 𝑟 3 𝑑𝑟
0 0
24
=3⋅𝜋⋅ = 12𝜋
4

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