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Conjuntos
1
1. Conceitos • Teorema 1 (número de subconjuntos):
Um conjunto A de n elementos possui 2n subconjuntos.
Ex.:
1.1 Elemento e conjunto
Seja A = {a1, a2, ...,an}. Para formar um subconjunto X de A, devemos
São conceitos primitivos, isto é, não são definidos. decidir, para cada elemento de A, se ele pertencerá ou não a X. Como
Se um elemento x pertence ao conjunto A, diz-se que x ∈ A. Caso temos n elementos e para cada elemento, temos duas possibilidades (ou
contrário, diz-se que x ∉ A. ele está no subconjunto ou não está), o número de subconjuntos de A é
2 ⋅ 2 ⋅ ... ⋅ 2 = 2n.
Usam-se, geralmente, letras maiúsculas para representar conjuntos
n vezes
e letras minúsculas para representar elementos.
1.7 Conjunto universo
1.2 Conjunto vazio
É um conjunto que contém todos os elementos do contexto envolvido
O conjunto vazio é aquele que não possui elementos. Representa-se e também todos os conjuntos desse contexto. Por exemplo, se estivermos
por ∅ ou { }. em um problema envolvendo conjuntos de números inteiros, um possível
conjunto universo é Z. Poderíamos escolher, também, para conjunto
Ex.: {x ∈ N|1 < x < 2} universo Q. Em geral, usa-se a letra U para representar o conjunto
universo.
1.3 Conjunto unitário
O conjunto unitário é aquele que possui apenas um elemento. 1.8 Diagramas de Venn
Os diagramas de Venn são diagramas que mostram todas as possíveis
Ex.: A = {2.012}, B = {x ∈ N|1 < x < 3} relações lógicas entre uma coleção finita de conjuntos. É mais frequente o
uso de diagramas de Venn para representar dois ou três conjuntos. Nesse
1.4 Subconjunto caso, usamos círculos para representá-los.
Um conjunto A é um subconjunto de um conjunto B quando todos os
elementos de A pertencem a B. Representa-se a inclusão de conjuntos Obs.: os diagramas de Venn são muito úteis para resolver problemas
por A ⊂ B (lê-se A está contido em B) ou B ⊃ A (lê-se B contém A). Se de conjuntos, pois ajudam a organizar os dados do problema de forma
não ocorre a inclusão, usa-se ⊄ (não está contido) ou ⊃
/ (não contém). bastante clara, como veremos nos exercícios resolvidos.
Ex.: A = {1, 2, 3, 4, 5, 6} e B = {1, 2, 3, 6}. Tem-se que A – B = {4 ,5}. 3.3 Primeira Lei de De Morgan
Obs.: Também se representa a diferença entre os conjuntos A e B por A \ B. (A ∪ B)C = AC ∩ BC
Dem.:
Complementar
Parte 1: (A ∪ B)C ⊂ AC ∩ BC
Dados dois conjuntos A e B com A ⊂ B, o complementar de A em
relação a B é o conjunto cujos elementos estão em B e não estão em Seja x ∈ (A ∪ B)C. Queremos provar que x ∈ AC ∩ BC. Como x ∉
A. O complementar de A em relação a B é denotado por CBA = B – A. (A ∪ B), então x ∉ A e x ∉ B. Com isso, segue que x ∈ AC e x ∈ BC, o que
O complementar de um conjunto A em relação ao conjunto universo nos dá x ∈ AC ∩ BC.
U, representado por AC (ou A), é o conjunto formado pelos elementos
do universo U que não pertencem ao conjunto A. Parte 2: (A ∪ B)C ⊃ AC ∩ BC:
Análogo à parte 1.
Ex.: A = {1, 2, 3, 6} e B = {1, 2, 3, 4, 5, 6}; CBA = B – A = {4, 5}
U = * e A = {x ∈ *|x ≥ 4}. Temos que AC = {1, 2, 3}.
3.4 Segunda Lei de De Morgan
(A ∩ B)C = AC ∪ BC
2.4 Diferença simétrica
A diferença simétrica de dois conjuntos A e B é o conjunto dos 3.5 A – B = A ∩ BC
elementos que pertencem à união dos dois conjuntos, mas não pertencem
à interseção dos dois conjuntos.
4. Princípio da inclusão-exclusão
A Δ B = (A – B) ∪ (B – A) = (A ∪ B) – (A ∩ B) Para calcular o número de elementos de uma união, usamos as
seguintes fórmulas (válidas apenas para conjuntos finitos):
Ex.: A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4, 5}. Temos que A Δ B = {1, 4, 5}.
Obs.: n(X) representará a quantidade de elementos de X.
3. Propriedades 4.1 Para dois conjuntos
3.1 Distributiva (da união em relação à n(A ∪ B) = n(A) + n(B) – n(A ∩ B)
interseção) Essa fórmula expressa que para se calcular o número de elementos
de uma união, não basta somar as quantidades de elementos dos dois
A ∪ (B ∩ C) = (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) conjuntos, pois alguns elementos podem ser contados duas vezes. Esses
elementos que são contados duas vezes são justamente os elementos da
interseção e, por isso, devemos retirar n(A ∩ B). Essa ideia se estende
Dem.:
de maneira análoga para mais conjuntos.
A demonstração consiste em duas partes (este passo é padrão em
demonstrações de igualdades de conjuntos): 4.2 Para três conjuntos
Parte 1: A ∪ (B ∩ C) ⊂ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) – n(A ∩ B) – n(B ∩ C) –
n (C ∩ A) + n(A ∩ B ∩ C)
Seja x ∈ A ∪ (B ∩ C). Queremos provar que x ∈ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C).
Temos que, x ∈ A ou x ∈ (B ∩ C). Dividiremos então em dois casos:
4.3 Para n conjuntos
Caso 1: x ∈ A n ∪ Ai = ∑ n ( Ai ) − ∑ n( Ai ∩ Aj ) + ∑ n( Ai ∩ Aj ∩ Ak ) − ...
Aqui, como x ∈ A, segue que x ∈ A ∪ B e x ∈ A ∪ C e então i i i< j i< j<k
x ∈ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) .
+ ( −1)n +1 ⋅ n ∩ Ai
i
Caso 2: x ∈ (B ∩ C)
Aqui, x ∈ B e x ∈ C e então x ∈ A ∪ B e x ∈ A ∪ C, o que nos dá • Teorema 2 (estimativa do número de elementos da união):
x ∈ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C).
Dados m conjuntos A1, A2, ... Am, temos que n(A1 ∪ A2 ∪ ... ∪ Am)
Parte 2: A ∪ (B ∩ C) ⊃ (A ∪ B) ∩ (A ∪ C) ≤ n(A1) + n(A2) + ... + n(Am), com igualdade se, e somente se, os
conjuntos são disjuntos dois a dois.
Análogo à parte 1 (mas em uma prova, deve ser escrito).
Obs.:
Cada elemento de A1 ∪ A2 ∪ ... ∪ Am é contado exatamente uma única A
vez no lado esquerdo, enquanto no lado direito cada elemento é contado
pelo menos uma vez. Caso um elemento esteja em mais de um conjunto, 9 B
será contado mais de uma vez no lado direito e então a desigualdade será y y
escrita. Assim, o caso de igualdade ocorre se cada elemento é contado
x
exatamente uma vez do lado direito, ou seja, quando os conjuntos não 2
possuem elementos em comum e, portanto, são disjuntos dois a dois. 7
6
2x
C
01 (EN) Sendo A = {{1}, {2}, {1, 2}} pode-se afirmar que:
(A) {1} ∉ A. Usando a informação (I) e o total de pacientes, temos que:
(B) {1} ⊂ A.
(C) {1} ∩ {2} ⊄ A. x + y + 16 = 41
(D) 2 ∈ A.
3 x + 2 y + 24 = 75
(E) {1} ∪ {2} ∈ A.
Solução: Letra E. Resolvendo o sistema, temos que x = 1 (e y = 24).
(A) F, pois {1} é elemento de A (é verdade que {1} ∈ A).
(B) F, pois {1} não é elemento de A. 03 (UFC) Sejam M e N conjuntos que possuem um único elemento em
(C) F, pois {1} ∩ {2} = ∅ e sabemos que ∅ ⊂ A para qualquer comum. Se o número de subconjuntos de M é igual ao dobro do número
conjunto A. de subconjuntos de N, o número de elementos do conjunto M N é:
(D) F, pois 2 não é elemento de A.
(E) V, pois {1} ∪ {2} = {1, 2} e {1, 2} é elemento de A. (A) o triplo do número de elementos de M.
(B) o triplo do número de elementos de N.
Obs.: Usa-se que a ∈ A se existe uma cópia de a dentro do conjunto (C) o quádruplo do número de elementos de M.
A. Além disso, usa-se {a} ⊂ A se a ∈ A . Lembre, também, que não há (D) o dobro do número de elementos de M.
nenhum problema em um conjunto ser elemento de outro conjunto (e neste (E) o dobro do número de elementos de N.
caso, usamos o símbolo de pertence).
Solução: Letra E.
02 (UNESP) Considere os pacientes com aids classificados em três Sejam m e n as quantidades de elementos dos conjuntos M e N. O número
grupos de risco: hemofílicos, homossexuais e toxicômanos. Em um certo de subconjuntos de M é 2m e o número de subconjuntos de N é 2n. Do
país, de 75 pacientes, verificou-se que: enunciado, temos que 2m = 2 · 2n m = n + 1. O número de elementos
da união M ∪ N é dado por n(M) + n(N) – n(M ∩ N) = n + 1 + n – 1
I. 41 são homossexuais; = 2n, que é o dobro do número de elementos de N.
II. 9 são homossexuais e hemofílicos, e não são toxicômanos;
III. 7 são homossexuais e toxicômanos, e não são hemofílicos; 04 Prove que (A ∩ B)c = Ac ∪ Bc. (Segunda Lei de Morgan)
IV. 2 são hemofílicos e toxicômanos, e não são homossexuais; Sejam X = (A ∩ B)c e Y = Ac ∪ Bc .
V. 6 pertencem apenas ao grupo de risco dos toxicômanos;
VI. o número de pacientes que são apenas hemofílicos é igual ao número Solução:
de pacientes que são apenas homossexuais; 1a parte: X ⊂ Y
VII. o número de pacientes que pertencem simultaneamente aos três
grupos de risco é a metade do número de pacientes que não pertencem Seja u ∈ X. Como X = (A ∩ B)c, temos que u ∉ A ∩ B, o que nos
a nenhum dos grupos de risco. dá que u não pode ser elemento de A e B simultaneamente. Em outras
palavras, temos que u ∉ A ou u ∉ B e, por isso, temos que u ∈ Ac ou
Quantos pacientes pertencem, simultaneamente, aos três grupos de risco? u ∈ Bc. Portanto, u ∈ Ac ∪ Bc = Y. Como provamos que um elemento
genérico de X = (A ∩ B)c é elemento de Y = Ac ∪ Bc, segue que X ⊂ Y .
Solução:
Esse é um problema clássico de conjuntos e a principal ideia é montar 2a parte:
o diagrama de Venn com os três conjuntos: A é o conjunto dos
homossexuais, B o dos hemofílicos e C o dos toxicômanos. Sejam x o Seja v ∈ Y. Como Y = AC ∪ BC, temos que v ∈ AC ou v ∈ BC ,
número de pacientes que estão nos 3 grupos e y o número de pacientes o que nos dá que v ∉ A ou v ∉ B. Em outras palavras, temos que v
que são apenas homossexuais. Utilizando as informações de (II) a (VII), não pode estar simultaneamente em A e B, logo, v ∉ A ∩ B, então
temos o seguinte diagrama: v ∈ (A ∩ B)C = X. Com o mesmo argumento da 1a parte, chegamos a Y ⊂ X.
∴X=Y
05 (Princípio da inclusão-exclusão para três conjuntos) Sendo A, B e 03 (CN) Sejam U o conjunto das brasileiras, A o conjunto das cariocas,
C conjuntos, prove que: B o conjunto das morenas e C o conjunto das mulheres de olhos azuis.
O diagrama que representa o conjunto de mulheres morenas ou de olhos
n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) +n(C) – n(A ∩ B) – n(B ∩ C) – azuis, e não cariocas; ou mulheres cariocas e não morenas e nem de olhos
n(C ∩ A) + n(A ∩ B ∩ C) azuis é:
Vamos usar o mesmo princípio para dois conjuntos: B
n ( A ∪ B ∪ C) = n ( A ∪ B) + n ( C) − n (( A ∪ B) ∩ C)
Temos que: (*)
n ( A ∪ B ) = n ( A) + n ( B ) − n ( A ∩ B )
Usando a distributiva da interseção em relação à união, temos
que (A ∪ B) ∩ C = (A ∩ C) ∪ (B ∩ C). Usando mais uma vez
C C
o princípio da inclusão-exclusão com dois conjuntos, temos que
n ( ( A ∩ C ) ∪ ( B ∩ C ) ) = n ( A ∩ C ) + n ( B ∩ C ) − n ( A ∩ B ∩ C )(**)(aqui, (B) (E)
A B A
usamos que (A ∩ C) ∩ (B ∩ C) = A ∩ B ∩ C. B
05 (EPCAR) Para uma turma de 80 alunos do CPCAr, foi aplicada uma Suponha que no 28o Festival de Dança, realizado em julho de 2010,
prova de matemática valendo 9,0 pontos distribuídos igualmente em 3 houve uma noite exclusiva para cada uma das seguintes modalidades:
questões sobre: ballet, dança de rua e jazz. A noite da dança de rua teve seus ingressos
esgotados; na noite do jazz restaram 5% dos ingressos; e a noite do ballet
I. função; teve 90% dos ingressos disponíveis vendidos. Sabe-se que algumas
II. geometria; pessoas costumam prestigiar mais de uma noite do Festival. Neste ano, 700
III. polinômios. pessoas assistiram à dança de rua e ao jazz; 1.610 assistiram ao ballet e à
dança de rua; 380 assistiram ao ballet e ao jazz e 105 prestigiaram as três
Sabe-se que: modalidades de dança. Se todas as pessoas que adquiriram os ingressos
do Festival assistiram à(s) apresentação(ões), então o número total de
• apesar de 70% dos alunos terem acertado a questão sobre função, pessoas distintas que assistiu a pelo menos uma das três modalidades
apenas 1/10 da turma conseguiu nota 9,0; anteriormente mencionadas foi:
• 20 alunos acertaram as questões sobre função e geometria;
• 22 acertaram as questões sobre geometria e polinômios; (A) 9.385.
• 18 acertaram as questões sobre função e polinômios. (B) 9.070.
(C) 9.595.
A turma estava completa nessa avaliação, ninguém tirou nota zero, no (D) 6.275.
critério de correção, não houve questões com acertos parciais e o número (E) 6.905.
de acertos apenas em geometria é o mesmo que o número de acertos
apenas em polinômios. 09 (UFF) Considere T o conjunto de todas as pessoas do mundo; M o
Nessas condições, é correto afirmar que: conjunto de todas aquelas que são muçulmanas e A o conjunto de todas
aquelas que são árabes. Sabendo que nem toda pessoa que é muçulmana
(A) o número de alunos que só acertaram a segunda questão é o dobro é árabe, pode-se representar o conjunto de pessoas do mundo que não
do número de alunos que acertaram todas as questões. são muçulmanas nem árabes por:
(B) metade da turma só acertou uma questão.
(C) mais de 50% da turma errou a terceira questão. (A) T – (A ∪ M).
(D) apenas 3/4 da turma atingiu a média maior ou igual a 5,0. (B) T – A.
(C) T – (A ∪ M).
06 (PUC) Em uma comunidade constituída por 1.800 pessoas há três (D) (A – M) ∪ (M – A).
tipos favoritos de programas de TV: Esporte (E), Novela (N) e Humorismo (E) M – A.
(H). A tabela seguinte indica quantas pessoas assistem a estes programas.
10 (UFRJ) Um clube oferece a seus associados aulas de três modalidades
Programas Número de espectadores de esporte: natação, tênis e futebol. Nenhum associado pôde se inscrever
simultaneamente em tênis e futebol, pois, por problemas administrativos,
E 400 as aulas destes dois esportes serão dadas no mesmo horário. Encerradas
N 1.220 as inscrições, verificou-se que: dos 85 inscritos em natação, 50 só
H 1.080 farão natação; o total de inscritos para as aulas de tênis foi de 17 e, para
EeN 220 futebol, de 38; o número de inscritos só para as aulas de futebol excede
NeH 800 em 10 o número de inscritos só para as de tênis. Quantos associados se
EeH 180 inscreveram simultaneamente para aulas de futebol e natação?
E, N e H 100
11 (UFRJ) Uma amostra de 100 caixas de pílulas anticoncepcionais
Através desses dados, calcule o número de pessoas da comunidade fabricadas pela Nascebem S.A. foi enviada para a fiscalização sanitária.
que não assiste a qualquer dos três tipos de programa. No teste de qualidade, 60 foram aprovadas e 40 reprovadas, por conterem
pílulas de farinha. No teste de quantidade, 74 foram aprovadas e 26
07 (FUVEST) Depois de n dias de férias, um estudante observa que: reprovadas, por conterem um número menor de pílulas que o especificado.
O resultado dos dois testes mostrou que 14 caixas foram reprovadas em
I. choveu 7 vezes, de manhã ou à tarde. ambos os testes. Quantas caixas foram aprovadas em ambos os testes?
II. quando chove de manhã não chove à tarde.
12 (UFRJ) Os 87 alunos do 3o ano do Ensino Médio de uma certa escola
III. houve 5 tardes sem chuva.
prestaram vestibular para três universidades: A, B e C. Todos os alunos
IV. houve 6 manhãs sem chuva.
dessa escola foram aprovados em pelo menos uma das universidades,
Então n é igual a: mas somente um terço do total obteve aprovação em todas elas. As provas
da universidade A foram mais difíceis e todos os alunos aprovados nesta
08 (UDESC) O Festival de Dança de Joinville é considerado o maior do foram também aprovados em pelo menos uma das outras duas.
Os totais de alunos aprovados nas universidades A e B foram,
mundo pelo Guinness Book of Records de 2005. Desde 1998, este festival
é realizado no Centreventos Cau Hansen, que tem capacidade para 4.200 respectivamente, 51 e 65. Sabe-se que, dos alunos aprovados em B,
pessoas por noite. 50 foram também aprovados em C. Sabe-se também que o número de
aprovados em A e em B é igual ao de aprovados em A e em C.
Quantos alunos foram aprovados em apenas um dos três vestibulares
prestados? Justifique.
(A) 8.
(B) 16.
(C) 20.
(D) 17.
(E) 9.
B
14 (UDESC) Considere em um conjunto universo, com 7 elementos, os
(D) A C
subconjuntos A, B e C, com 3, 5 e 7 elementos, respectivamente. É correto
afirmar que:
(A) 31.
(B) 37.
(C) 47.
(D) 51. B
16 (AFA) Entrevistando 100 oficiais da AFA, descobriu-se que 20 deles
18 (EFOMM) Foi feita uma pesquisa entre 50 alunos de uma turma sobre
pilotam a aeronave Tucano, 40 pilotam o helicóptero Esquilo e 50 não são
pilotos. Dos oficiais entrevistados, quantos pilotam o Tucano e o Esquilo? suas preferências em relação a dois professores A e B. O resultado foi o
seguinte:
(A) 5.
I. Vinte alunos preferiram o professor A.
(B) 10.
II. Trinta e cinco alunos preferiram o professor B.
(C) 15.
III. Cinco alunos não tiveram preferência.
(D) 20.
17 (EFOMM) Representando graficamente o conjunto CBA∩ C, temos: Com base nesse resultado, pode-se afirmar que o número de alunos que
preferiu os dois professores foi:
(A) A C
(A) 5.
(B) 10.
(C) 15.
(D) 20.
(E) 25.
19 (EFOMM) Dados os conjuntos:
B A = {x ∈ R | –2 < x ≤ 4}
(B) A C B = {x ∈ R | –1 ≤ x < 3}
C = {x ∈ R | –3 ≤ x < 5}
D = {x ∈ R | x ≥ 0}
(B) Se a interseção de todos os subconjuntos Ax é não vazia ∩ Ax ≠ ∅ ,
x ∈P
(A) [3,4].
então existe alguém que é amigo de todas as pessoas da festa.
(B) ]–2, –1[ ∪ [3, 4].
(C) Se ∩ Ax ≠ ∅, então existe uma pessoa z, tal que Az = P.
(C) [–2, –1] ∪ [3,5].
x ∈P
(D) ]–2, 4] ∪ [5, + ∞].
(D) Se x ∈ Ay e y ∈ Az então, necessariamente, x ∈ Az .
(E) ]–3, –1].
(E) ∪ ( Ax − { x }) pode ser diferente de P, pois pode ocorrer que alguém
x ∈P
20 (AFA – adaptada) Considere um subconjunto A contido em * não possua amigos na festa (além de si próprio).
e constituído por y elementos dos quais 13 são múltiplos de 4; 7 são
múltiplos de 10; 7 são múltiplos de 10, mas não de 4; 5 são múltiplos de 03 (ITA) Denotemos por n(X) o número de elementos de um conjunto
20 e 9 são números ímpares. É correto dizer que y é um número:
finito X. Sejam A, B e C conjuntos tais que n(A ∪ B) = 8, n(A ∪ C) = 9,
n(B ∪ C) = 10, n(A ∪ B ∪ C) = 11 e n(A ∩ B ∩ C) = 2.
(A) par menor que 19. Então, n(A) + n(B) + n(C) é igual a:
(B) De 24 a 29.
(C) ímpar entre 10 e 20. (A) 11. (D) 18.
(D) primo maior que 21.
(B) 14. (E) 25.
(C) 15.
21 (CN) Considere os conjuntos A = {1, {1}, 2} e B = {1, 2,{2}} e as cinco
afirmações: 04 (UERJ) Considere um grupo de 50 pessoas que foram identificadas
em relação a duas categorias: quanto à cor dos cabelos, louras ou
I. A – B = {1} morenas; quanto à cor dos olhos, azuis ou castanhos. De acordo com
II. {2} ⊂ B ∩ AC essa identificação, sabe-se que 14 pessoas no grupo são louras com
III. {1} ⊂ A olhos azuis, que 31 pessoas são morenas e que 18 têm olhos castanhos.
IV. A ∩ B = {1, 2, {1, 2}} Calcule, no grupo, o número de pessoas morenas com olhos castanhos.
V. B – A = {{2}}
05 (UFU) Sejam A, B e C conjuntos de números inteiros, tais que A tem
Logo:
8 elementos, B tem 4 elementos, C tem 7 elementos e A ∪ B ∪ C tem
16 elementos. Então, o número máximo de elementos que o conjunto
(A) todas as afirmações estão erradas. D = (A ∩ B) ∪ (B ∩ C) pode ter é igual a:
(B) existe apenas uma afirmação correta.
(C) as afirmações ímpares estão corretas. (A) 1. (C) 3.
(D) as afirmações III e V estão corretas.
(B) 2. (D) 4.
(E) as afirmações I e IV são as únicas incorretas.
06 (UFSJ) Assinale a alternativa que indica quantos são os números
inteiros de 1 a 21.000, que não são divisíveis por 2, por 3 e nem por 5:
(A) 6.300.
01 (CMRJ) Considere o conjunto C = {1, 2, 3}. Para n ∈ C, sejam:
(B) 5.600.
An = {x ∈ R |2n – 2 < x < 2n} e Bn = {x ∈ R|2n – 1 < x < 2n + 1}.
(C) 7.000.
Podemos afirmar que:
(D) 700.
(A) a interseção da união dos conjuntos An com a união dos conjuntos Bn 07 (EN) Considere os conjuntos A = {x} e B = {x,{A}} e as proposições:
é o intervalo ]0, 7].
(B) a união de todos os conjuntos da forma An ∩ Bn é o intervalo ]1, 6[. I. {A} ∈ B;
(C) a interseção de todos os conjuntos da forma An ∪ Bn é vazia.
II. {x} ∈ A;
(D) a união da interseção dos conjuntos An com a interseção dos conjuntos
III. A ∈ B;
Bn é o intervalo ]2, 4[.
IV. B⊂A
(E) a interseção da interseção dos conjuntos An com a interseção dos
V. {x , A} ⊂ B
conjuntos Bn é o intervalo ]1, 7[.
As proposições falsas são:
02 Seja P o conjunto das pessoas em uma festa. Para cada pessoa x ∈
P, vamos definir o subconjunto Ax ⊂ P como o conjunto dos amigos de x, (A) I, III e V.
isto é, Ax = {y ∈ P; y amigo de x}. Estamos considerando aqui que, se
(B) II, IV e V.
x é amigo de y, então y também é amigo de x e também que x ∈ Ax (x é
(C) II, III, IV e V.
amigo de si próprio). Assinale a alternativa incorreta:
(D) I, III, IV e V.
(E) I, III e IV.
IME-ITA – Vol. 1 195
MATEMÁTICA I
Assunto 1
∆
∆
08 (EN) Se Ah é o intervalo 0, , h ∈ , então A1 ∩ A2 ∩ A3 ∩ A4 ... é:
h
13 Sejam A, B, C e D subconjuntos de um conjunto universo U. Das
afirmações:
(A) {}.
1 I. (A ∩ B) ∪ (C ∩ D) = (A ∪ C) ∩ (B ∪ C) ∩ (A ∪ D) ∩ (B ∪ D).
(B) 0, .
II. A \ (B ∩ C) = (A \ B) ∪ (A \ C).
h
III. Se (A \ B) ∪ B = A, então B = A.
(C) é um conjunto unitário.
1 é(são) verdadeira(s):
(D) 0, .
h
(E) n.r.a. (A) apenas I.
(B) apenas II.
09 Seja ℘(A) o conjunto de todos os subconjuntos do conjunto A. Sobre (C) apenas I e II.
(D) apenas II e III.
as afirmativas:
(E) todas.
I. A ∈ ℘(A);
14 Sejam A, B, C e D subconjuntos de um conjunto universo U. Das
II. Se A ⊂ B, então A ∈℘(B);
afirmações:
III. Se A ∈℘(B) e B ∈℘(A), então A = B;
IV. Se A∈℘(B) e B∈℘(C), então A ⊂ C.
I. Se A ∈ B e B ∈ C, então A ∈ C.
Podemos concluir que o número de sentenças verdadeiras é: II. Se A ∈ B e B ⊂ C , então A ∈ C.
III.
P ({A ∩ [(BC \ CC) ∪ D]} ∩ [(DC \ A) ∩ (C \ B)]) é unitário.
(A) 0. IV. P(A ∪ B) = {A1 ∪ B1 | A1 ∈ P(A) e B1 ∈ P(B)}.
(B) 1.
o número de afirmações verdadeiras é:
(C) 2.
(D) 3.
(A) 0.
(E) 4.
(B) 1.
10 (CN) Em uma cidade, 28% das pessoas têm cabelos pretos e 24% (C) 2.
(D) 3.
possuem olhos azuis. Sabendo que 65% da população de cabelos pretos
têm olhos castanhos e que a população de olhos verdes que tem cabelos (E) 4.
pretos é 10% do total de pessoas de olhos castanhos e cabelos pretos,
qual a porcentagem do total de pessoas de olhos azuis, que tem os cabelos
pretos?
Obs.: Nesta cidade, só existem pessoas de olhos azuis, verdes ou 01 Dados os conjuntos A e B, seja X um conjunto com as seguintes
castanhos. propriedades:
04 Em um concurso, 3 problemas A, B e C foram propostos. Dos 06 Sejam A, B, C conjuntos tais que B ⊂ A e A e C são disjuntos. Seja X
concorrentes, 25 resolveram pelo menos 1 problema. Dos concorrentes A\ X = B
que não resolveram o problema A, o número dos que resolveram B foi tal que . Prove que X = (A \ B) ∪ C.
o dobro do número dos que resolveram C. O número de estudantes X \ A = C
que resolveram apenas o problema A foi uma unidade maior do que o
número dos que resolveram A e pelo menos um outro problema. Dos que 07 (AIME) Dados conjuntos A, B e C, sejam |A|,|B|,|C| suas
resolveram apenas 1 problema, metade não resolveu A. Calcule o número quantidades de elementos, respectivamente, e sejam s(A), s(B), s(C)
de estudantes que resolveram apenas o problema B. suas quantidades de subconjuntos, respectivamente. Sabendo que
|A| = |B| = 100 e s(A) + s(B) + s(C) = s(A ∪ B ∪ C), determine:
A ∩ X = B
05 Sejam A, B, C conjuntos tais que B ⊂ A ⊂ C. Seja X tal que . a. |C|.
A ∪ X = C
Prove que X = (C \ A) ∪ B. b. |A ∪ B ∪ C|.
c. o valor mínimo de |A ∩ B ∩ C|.
IME-ITA – Vol. 1 197
MATEMÁTICA I ASSUNTO
É toda oração declarativa que exprime uma (proposição simples) Ex. 2:
ou mais (proposição composta) informações. Uma proposição sempre II. p: Todos os homens são elegantes.
é verdadeira ou falsa, nunca ambas simultaneamente (Princípio da não ~p: Nem todos os homens são elegantes.
contradição) e também não admite uma terceira hipótese (Princípio do
terceiro excluído). No exemplo 1, em termos de conjuntos, sendo A = {x | x é irmão de
Roberto}, p significa x ∈ A. Sua negação é x ∉ A.
Ex.: A Lua é um satélite da Terra (verdadeira); Vasco da Gama descobriu
o Brasil (falsa). 2.2 Disjunção (∨) / União (∪)
1.2 Proposição funcional Chama-se disjunção de duas
p q p∨q
proposições p e q a proposição repre-
p(x) é uma proposição funcional em um dado conjunto U quando sentada por “p ou q”, cujo valor lógico é V V V
ela assumir valores verdadeiros ou falsos a partir dos elementos de U. O a verdade (V) quando ao menos uma das
conjunto dos valores para os quais uma proposição funcional é definida V F V
proposições é verdadeira e é a falsidade
denomina-se conjunto-universo e o conjunto de valores para os quais quando as proposições são ambas falsas. F V V
a proposição é verdadeira denomina-se conjunto-verdade ou solução. Representamos a disjunção de p e q por F F F
p ∨ q. Podemos resumir as informações
Ex.: p(x): o número natural x é par. na tabela verdade ao lado:
I. P: ~((~p) ∧ (~q))
p q ~p ~q (~p) ∧ (~q) ~((~p) ∧ (~q))
V V F F F V
V F F V F V
F V V F F V
F F V V V F
III. (Passo indutivo) A partir da hipótese, conclui-se que a proposição (k + 1)2 aos dois lados, temos que:
vale para n + 1.
k( k + 1)( 2 k + 1)
12 + 22 + ... + k 2 + ( k + 1)2 = + ( k + 1)2 =
n( n + 1)( 2 n + 1) 6
Ex.: Prove, por indução, que 12 + 22 + ... + n2 = .
6 ( k + 1)[ k( 2 k + 1) + 6( k + 1)] ( k + 1)( 2 k 2 + 7 k + 6)
= = =
Solução: 6 6
Usaremos o 1o PIF: ( k + 1)( k + 2)( 2 k + 3)
= .
6
1 ⋅ (1 + 1) ⋅ ( 2 ⋅ 1 + 1) 1⋅ 2 ⋅ 3
I. Base: n = 1 : 12 = ⇔ 1= = 1 (OK !)
6 6 Isso conclui a indução.
k( k + 1)( 2 k + 1)
II. Hipótese de indução: suponha que12 + 22 + ... + k 2 = Obs.: É muito importante saber essa fórmula de antemão.
6
k( k + 1)( 2 k + 1)
III. Passo indutivo: Como 12 + 22 + ... + k 2 = , somando
6
01 (OBM) Há três cartas viradas sobre uma mesa. Sabe-se que em cada p q r q∨r p∧q p∧r p ∧ (q ∨ r) (p ∧ q) ∨ (p ∧ r) ↔
uma delas está escrito um número inteiro positivo. São dadas a Carlos,
V V V V V V V V V
Samuel e Tomás as seguintes informações:
V V F V V F V V V
I. todos os números escritos nas cartas são diferentes; V F V V F V V V V
II. a soma dos números é 13; V F F F F F F F V
III. os números estão em ordem crescente, da esquerda para a direita. F V V V F F F F V
F V F V F F F F V
Primeiro, Carlos olha o número na carta da esquerda e diz: “Não tenho F F V V F F F F V
informações suficientes para determinar os outros dois números.” Em
F F F F F F F F V
seguida, Tomás olha o número na carta da direita e diz: “Não tenho
informações suficientes para determinar os outros dois números.” Por fim,
Como obtemos uma tautologia, a igualdade segue.
Samuel olha o número na carta do meio e diz: “Não tenho informações
suficientes para determinar os outros dois números.” Cada um deles sabe
03 Para n inteiro, prove que se n2 é par, então, n é par.
que os outros dois são inteligentes e escuta os comentários dos outros,
qual é o número da carta do meio?
Solução:
Solução: Temos uma implicação p → q e, nesse caso, é mais fácil demonstrar
Sejam x, y e z os números das cartas da esquerda, do meio e da direita, a sua contrapositiva ~q → ~p que é ‘se n é ímpar, então n2 é ímpar’.
respectivamente. Temos que x < y < z e x + y + z = 13. Assim, Veja que se n é ímpar, temos que n = 2k + 1, com k ∈ Z. Daí,
x + x + x < x + y + z ⇒ x ≤ 4. Observemos que x ≠ 4 (se x = 4, n2 = (2k + 1)2 = 4k(k + 1) + 1 e podemos concluir que n2 é ímpar.
teríamos y = x). Se x = 3, Carlos concluiria que y = 4 e z = 6, portanto,
x ≠ 3. Assim, x = 1 ou x = 2 e; portanto, y + z ≥ 11. Como 2 < y < z, n ( n + 1)
04 Prove, por indução, que 1 + 2 + 3 + ... + n = , para todo n
conclui-se que 6 ≤ z ≤ 9. Se z = 6, Tomás concluiria que y = 5 e x = 2, 2
natural.
portanto z ≠ 6. Se z = 9, Tomás concluiria que x = 1 e y = 3. Assim, z
= 7 ou z = 8. Solução:
Neste momento, Samuel poderia achar todas as possíveis soluções. Se n ( n + 1)
x = 1 e z = 7, teríamos y = 5; se x = 1 e z = 8, teríamos y = 4; se Seja P(n) a afirmativa 1 + 2 + 3 + ... + n = . Inicialmente, veja que
x = 2 e z = 7, teríamos y = 4; se x = 2 e z = 8, teríamos y = 3. Assim, 2
Samuel saberia que os possíveis valores de y são 3, 4 e 5. Ora, se y = 3 1⋅ 2
P(1) : 1 = é verdadeira. O princípio da indução finita consiste em
ou y = 5, Samuel descobriria os números (se y = 3, Samuel concluiria 2
que x = 2 e z = 8; se y = 5, Samuel concluiria que x = 1 e z = 7). Logo, trocar a dificuldade de provar que P(n) é verdadeira por provar que
o número da carta do meio é 4.
P ( n ) ⇒ P ( n + 1)
02 Propriedade distributiva – Prove que A ∩ (B ∪ C) = . Ou seja, agora que já sabemos que P(1) é verdade,
P (1) é verdade
(A ∩ B) ∪ (A ∩ C).
precisamos provar que sempre que P(n) for verdadeira, teremos
Solução: P(n + 1) verdadeira.
Sejam p: x ∈ A, q: x ∈ B e r: x ∈ C. Queremos provar que p ∧ (q ∨ r) ↔
(p ∧ q) ∨ (p ∧ r). Como temos 3 proposições, devemos construir uma Então, suponhamos que P(n) seja verdadeira para um certo valor natural
de n. Então, temos que 1 + 2 + 3 + ... + n = (
tabela verdade com 23 = 8 linhas: n n + 1)
. Somando n + 1 nos
2
dois lados da equação, teremos que:
2 2 2
x = 1 ⇔ x 2 = x ⇔ x 2 − 1 = x − 1 ⇔ ( x + 1)( x − 1) = x − 1 ⇔
que é exatamente a sentença P(n + 1). Portanto, pelo princípio da indução
finita, temos que P(n) é verdadeira para todo n natural. x + 1= 1⇔ x = 0
Obs. 1: É muito importante verificar o caso inicial P(1), pois, sem ele, a Determine quais conectivos foram empregados de forma errada pelo aluno.
indução ‘não começa’.
04 Prove, usando uma tabela verdade, as leis de De Morgan:
Obs. 2: (A ∪ B)C = AC ∩ BC e (A ∩ B)C = AC ∪ BC.
Veja a simplicidade do princípio da indução finita. Ao sabermos que
P ( n ) ⇒ P ( n + 1), temos que P(1) ⇒ P(2) ⇒ P(3) ⇒ ... ⇒ P(n) ⇒ ... 05 (EN) A negativa da proposição (∀x) (∀y) (x + y < 2 →
(x ≥ 0 ∨ y < 0)) é:
P (1) é verdade
(A) (∃x) (∀y) (x + y ≥ 2 → (x < 0 ∨ y ≥ 0)).
(B) (∃x) (∃y) (x + y < 2 → (x < 0 ∧ y ≥ 0)).
05 Considere a sequência de Fibonacci: 1, 1, 2, 3, 5, 8, 13, 21, ... definida (C) (∃x) (∃y) (x + y < 2 ∧ (x < 0 ∧ y ≥ 0)).
F1 = 1 (D) (∀x) (∃y) (x + y ≥ 2 → (x ≥ 0 ∧ y ≥ 0)).
por e Fn = Fn–1 + Fn–2 para todo n natural maior ou igual a 3. Prove
(E) (∃x) (∃y) (x + y ≥ 2 ∧ (x < 0 ∨ y ≥ 0)).
F2 = 1
que, para n ≥ 6, tem-se Fn > n.
06 (EN) Dada a proposição p ∧ (q ∨ r) ⇔ (p ∧ q) ∨ (p ∧ r), podemos
afirmar que é:
Solução:
Nesse caso, cada termo da sequência depende dos dois anteriores. Por (A) logicamente falsa. (D) equivalente a (p ⇔ q) ∨ r.
isso, não é possível aplicar o princípio da indução finita em seu formato (B) uma tautologia. (E) equivalente a ( p ∨ q ) ⇔ r .
tradicional. Nesse caso, precisamos usar o que chamamos de ‘indução (C) equivalente a (p ∨ q) ⇔ r.
forte’ ou ‘2o princípio de indução finita’.
Inicialmente, vejamos os dois casos iniciais: F6 = 8 > 6 e F7 = 13 > 7. 07 (EN) A negação da proposição “x ≠ 3 e y < 2” é:
Agora, suponha que já provamos que Fn > n para n = 6, 7, 8, ..., n. Vamos
provar agora que a propriedade também vale para n + 1: (A) “x = 3 e y ≥ 2”. (D) “x ≠ 2 e y < 3”.
(B) “x = 3 e y > 2”. (E) “x ≠ 3 ou y < 2”.
Fn > n
⇒ Fn +1 = Fn + Fn −1 > n + n − 1 = 2 n − 1 > n + 1 (C) “x = 3 ou y ≥ 2”.
Fn −1 > n − 1
(a última passagem precisa de n > 2 e já sabemos que n ≥ 6). 08 (EN) Considere a proposição: “Se x > 5, então y = 6”. A proposição
Portanto, pelo 2o princípio da indução finita, temos que Fn > n para todo equivalente é:
n ≥ 6.
(A) “Se x < 5, então y ≠ 6”. (D) “Se y ≠ 6, então x ≤ 5”.
Obs.: Na verdade, nem utilizamos todos os valores menores que n para (B) “Se y ≠ 6, então x < 5”. (E) “Se x ≤ 5, então y ≠ 6”.
fazer o passo de indução. Sendo P(n): F n > n, provamos que (C) “Se y > 5, então x = 5”.
P ( n − 1) , P ( n ) ⇒ P ( n + 1)
e isso fecha o problema. Repare a 09 (OBM) O programa “Quem não quer o bode?” ficou muito famoso
P ( 6 ) , P ( 7 ) são verdadeiras
nos Estados Unidos. O programa era como a seguir: o participante deve
importância de exibirmos os dois casos iniciais, já que a indução precisa escolher uma dentre três portas. Atrás de uma das portas, há um carro
exatamente desses dois casos para ‘começar’. e atrás de cada uma das outras duas, há um bode. O convidado ganhará
o que estiver atrás da porta escolhida. Entretanto, os organizadores do
programa perceberam, com o passar do tempo, que aproximadamente
dois em cada três participantes ganhavam o carro e, com isso, decidiram
mudar o programa. Agora, cada uma das três portas teria um número de
01 Julgue como (verdadeiros ou falsos) os itens a seguir: 1 a 3 e haveria um porteiro identificado com o número da porta. Cada
porteiro faz uma afirmação que pode ser verdade ou mentira. Em seguida,
a. x2 – 18x + 81 = 49 ⇔ x =16 o participante escolhe a porta na qual acredita que o carro está. Em um
dos programas, foram ditas as seguintes afirmações pelos porteiros:
b. x2 – x – 12 ≠ 0 ⇔ x ≠ –3 ou x ≠ 4
c. x2 – x – 12 ≠ 0 ⇔ x ≠ –3 e x ≠ 4
• Porteiro 1: O carro não está atrás da porta 3.
02 Determine a contrapositiva das proposições abaixo: • Porteiro 2: O carro está atrás da minha porta.
• Porteiro 3: O carro não está atrás da minha porta.
a. Se um quadrilátero é um quadrado, então ele é um retângulo.
Sabe-se que pelo menos uma das afirmações é verdade e que pelo menos
b. Se um número é ímpar, então seu quadrado é ímpar.
uma é mentira. Atrás de qual porta está o carro?
c. x1 ≠ x2 ⇒ ƒ(x1) ≠ ƒ(x2) (aqui, ƒ(x) representa um objeto qualquer
associado a x).
(A) Porta 1. (D) Não é possível identificar.
(B) Porta 2. (E) Não é possível que esteja em nenhuma delas.
(C) Porta 3.
202 IME-ITA – Vol. 1
Lógicas e técnicas de demonstração MATEMÁTICA I
Assunto 2
para formar um icosaedro. As faces em branco foram numeradas de modo
(B) Trinta e seis. que ao redor de cada vértice (pontas do sólido) apareçam os números de
(C) Quarenta e dois. 1 a 5. Qual número está na face com a interrogação?
(D) Quarenta e oito.
(E) Cinquenta e seis.
2 ?
11 (OBM) No Planeta Nérdia, existem três espécies de nerds: ET-nerds,
UFO-nerds e OVNI-nerds. A primeira mente quando chove e diz a verdade 1
3
quando não chove; a segunda sempre mente; a terceira sempre diz a
verdade. Certo dia, Bruberson, um nerd muito camarada, se encontra com
4
quatro nerds. E eles falam:
(A) 0.
(B) 1.
(C) 2. Icosaedro
(D) 3. (A) 1. (D) 4.
(E) 4.
(B) 2. (E) 5.
(C) 3.
12 (OBM) Quatro amigos, Arnaldo, Bernaldo, Cernaldo e Dernaldo estão
jogando cartas. São 20 cartas diferentes, cada carta tem uma entre 4 02 (OBM) A figura representa uma barra de chocolate que tem um
cores (azul, amarelo, verde, vermelho) e um número de 1 a 5. Cada amigo
amendoim apenas em um pedaço. Elias e Fábio querem repartir o
recebe cinco cartas, de modo que todas as cartas são distribuídas. Eles chocolate, mas nenhum deles gosta de amendoim. Eles combinam de
fazem as seguintes afirmações: dividir o chocolate quebrando-o ao longo das linhas verticais ou horizontais
da barra, um depois do outro e retirando o pedaço escolhido, até que
Arnaldo: “Eu tenho quatro cartas com o mesmo número.” alguém tenha que ficar com o pedaço do amendoim. Por sorteio, coube
Bernaldo: “Eu tenho as cinco cartas vermelhas.” a Elias começar a divisão, sendo proibido ficar com mais da metade do
Cernaldo: “As minhas cinco cartas são de cores que começam com chocolate logo no começo. Qual deve ser a primeira divisão de Elias para
a letra V.” garantir que Fábio fique com o amendoim ao final?
Dernaldo: “Eu tenho três cartas de um número e duas cartas de outro
número.”
Sabe-se que somente uma das afirmações é falsa. Quem fez essa
afirmação?
c. 1 + x + x 2 + ... + x n =
, em que x ≠ 1
x −1
SEND
d. (1 + x ) ≥ 1 + nx , ∀x ∈ [−1, +∞[ ( desigualdade de Bernoulli )
n
MORE +
MONEY
04 Demonstre, usando indução, que o número de subconjuntos de um
Quanto dinheiro (money) ele pediu ao pai? (substitua cada letra por um
conjunto de n elementos é 2n.
algarismo, letras diferentes por algarismos diferentes).
05 Prove que se um segmento de comprimento unitário é dado, é sempre
05 N caixas menores são colocadas em uma caixa vazia. A seguir, em
possível construir um segmento de comprimento n .
cada uma dessas caixas menores, ou são colocadas N caixas menores
06 ainda ou não é colocada caixa nenhuma. O processo se repete um certo
a. Mostre, usando indução, que para todo natural n, número K de vezes. Determine o número de caixas vazias, sabendo que
ao final há M caixas cheias.
1 1 1 1
+ + ... + ≥
n+1 n+2 2n 2
1 1 1 1 n
06 Prove que: (∀n)( n ∈ Ν → 1 + + + + + n > ).
1 1 1 1 1
b. Mostre que para todo natural n, + + + ... + ≥ (tente 2 3 4 2 −1 2
n n+1 n +2 2n 2
n
n( n + 1)( n + 2) 08 Prove que todo inteiro maior que 1 é primo ou produto de primos.
07 Mostre que 1 ⋅ 2 + 2 ⋅ 3 + ... + n( n + 1) = para todo
3 (Teorema Fundamental da Aritmética)
natural n.
08 Prove que 22n + 24n – 10 é múltiplo de 18 para todo n natural. 09 A Torre de Hanói dispõe de 3 pinos e n discos de vidro, com um furo
no meio, sendo que os discos têm pesos distintos dois a dois. Sabe-se
09 Considere a sequência (Sn) dada por Sn +1 = Sn2 − 2 ∀n, S0 = 4. Mostre que se um disco de peso maior é colocado sobre um disco de peso
menor, então este se quebra. É proposto, então, o seguinte jogo: “Todos
n n
que Sn = ( 2 + 3 )2 + ( 2 − 3 )2 para todo natural n.
os n discos estão encaixados no primeiro pino, de maneira que olhando
de baixo para cima estão em ordem decrescente de peso. O movimento
10 Quadrado Mágico – Desejamos preencher um tabuleiro 3 × 3 permitido é passar o disco que está na posição superior de um pino para
colocando em cada casa um número entre 1 e 9 (inclusive) de modo que outro pino.” Qual é o menor número de movimentos necessários para
seja respeitada a condição de que a soma dos números de uma linha, passar todos os discos para o terceiro pino, podendo usar o segundo pino
coluna ou diagonal qualquer, seja constante. Qual o valor obtido para a (sem quebrar nenhum disco)?
soma constante e qual o número que deve ocupar o centro do tabuleiro?
10 É comum utilizarmos um diagrama com 3 circunferências para resolver
11 (OBM) Prove que em qualquer pentágono convexo existem dois problemas envolvendo três conjuntos. Mostre que é impossível fazer um
ângulos internos consecutivos cuja soma é maior ou igual a 216°. diagrama desse tipo, com circunferências, para o caso de 4 conjuntos.
03 (IME) No produto abaixo, o * substitui algarismos diferentes de 3 e 14 Considere 2n pontos no plano. Prove que o número máximo de
não necessariamente iguais. Determine o multiplicando e o multiplicador.
segmentos que podem ser traçados ligando pares desses pontos sem
que se forme um triângulo é n².
* * 3 *
× * * 3
3 * * *
* * * 3 3
* * * *
* * * * * * *
204 IME-ITA – Vol. 1
MATEMÁTICA I ASSUNTO
Relações e funções
3
1. Par ordenado A B
1.1 Conceito 1 1
Será admitido o par ordenado (a, b) como conceito primitivo, levando- R1:
se em consideração que a ordem em que os números aparecem é relevante: 2 2
se a ≠ b, então (a, b) ≠ (b, a).
3
Obs. 1: Kuratowski, um matemático polonês, definiu (a, b): ={{a},
{a, b}}, mas não há necessidade de se preocupar com essa definição.
Obs. 2: A igualdade entre dois pares ordenados (a, b) = (c, d) ocorre se, A B
e somente se, a = c e b = d.
1
1
2. Produto cartesiano 2
R2: 2
2.1 Definição
Sendo A e B conjuntos, define-se A × B = {(a, b)|a ∈ A ∧ b ∈ B} 3
(é o conjunto dos pares ordenados em que a primeira entrada pertence
ao conjunto A e a segunda entrada pertence ao conjunto B).
3.2 Domínio
Ex.:
O domínio (Dom) de uma relação R de A em B é o conjunto formado
A = {1, 2, 3}
pelos elementos de A que, de fato, se relacionam com alguém de B. Ou
B = {1, 2} seja, Dom(R) = {a ∈ A|∃b ∈ B com aRb}. Em termos de flechas, o
A × B = {(1, 1), (1, 2), (2, 1), (2, 2), (3, 1), (3, 2)} domínio é composto pelos elementos de A que mandam flechas para B.
Ex.:
3.1 Definição R: {1, 2, 3} → {1, 2, 3, 4}
Dados os conjuntos A e B, chama-se relação de A em B qualquer R = {(1, 1), (1, 2), (3, 2)}
subconjunto de A × B, isto é: Cd(R) = {1, 2, 3, 4}
R é relação de A em B ⇔ R ⊂ A × B. 3.4 Imagem
A imagem (Im) de uma relação R de A em B é o conjunto formado
Ex.: pelos elementos de B que de fato se relacionam com alguém de A. Ou
A = {1, 2, 3} e B = {1, 2} seja, Im(R) = {b ∈ B|∃a ∈ A com aRb}. Em termos de flechas, a imagem
R1 = {(1, 1), (2, 1)} é composta pelos elementos de B que efetivamente recebem flechas.
R2 = {(1, 1), (2, 1), (3, 1), (3, 2)}
Ex.:
Obs. 1: (a, b) ∈ R pode ser representado por aRb. R: {1, 2, 3} → {1, 2, 3, 4}
R = {(1, 1), (1, 2), (3, 2)}
Obs. 2: É possível pensar em uma relação como um diagrama de flechas,
Im(R) = {1, 2}
no qual se representa de um lado o conjunto A e do outro o conjunto B.
Para representar a relação, liga-se a a b com uma flecha se aRb. Essa
intuição ajudará a entender os conceitos futuros.
II. 45° = ang < l, AQ > = ang < AP, >→ é bissetriz.
1 1 3
De I e II, l é mediatriz de PQ, em que P e Q equidistam de .
2 Como o ponto P é um ponto qualquer de G(R), tem-se G(R) e G(R–1)
2 4
simétricos em relação à reta .
3 5
3
4
3.7 Relação em um conjunto
3.7.1 Conceito
A C Seja U um conjunto. Chama-se relação em U toda relação de U em U.
T Ex.:
1 3 R: {1, 2, 3, 4} → {1, 2, 3, 4}
R = {(1, 2), (2, 3), (2, 4)}
2 4
3 5 3.7.2 Propriedades
Seja R uma relação de U em U:
Ex.: Ex.:
R: {1, 2, 3} → {1, 2, 3, 4}, R = {(1, 1), (1, 2), (3, 2)} R = {1, 2, 3} → {1, 2, 3}
R–1: {1, 2, 3, 4} → {1, 2, 3}, R–1 = {(1, 1), (2, 1), (2, 3)} R = {(1, 2), (2, 2), (3, 1)}
Teorema 2 (simetria do gráfico da relação inversa): Se R é relação IV. Transitiva: R é transitiva ⇔ (∀x)(∀y)(∀z)(x ∈ U ∧ y ∈ U ∧ z ∈ U ∧
em e R–1 é sua inversa, então os gráficos dessas relações no plano xRy ∧ yRz → xRz)
cartesiano são simétricos em relação à reta y = x.
R = {1, 2, 3} → {1, 2, 3} A)(∃y ∈ B)((x, y) ∈ ƒ).
R = {(1, 2), (2, 3), (1, 3)} II. Todo elemento de A está relacionado com um único elemento de B
(∀x ∈ A)(∃ y, y’ ∈ B)((x, y) ∈ ƒ ∧ (x, y’) ∈ ƒ → y = y’).
3.7.3 Relação de equivalência
Em termos de flechas, todo elemento de A manda uma e apenas
Seja R uma relação em U:
uma flecha para B.
R é relação de equivalência quando (R é reflexiva) ∧ (R é simétrica)
Nesse caso, em vez de se escrever x ƒ y, escreve-se y = ƒ(x) sem
∧ (R é transitiva).
ambiguidade.
Ex.:
Ex.:
U = {x|x é uma reta}
ƒ: {1, 2, 3} → {1, 2, 3}
R: U → U
G(ƒ) = {(1, 2), (2, 2), (3, 1)}
R = {(x, y) ∈ U2 | x // y}
(G(ƒ), denominado gráfico de ƒ, é o conjunto dos pares (x, y) tais
que y = ƒ(x)).
I. R é reflexiva: com efeito, (∀x ∈ U) (xRx).
II. R é simétrica: com efeito, (∀x, y ∈ U) (xRy → yRx).
Obs. 1: O domínio de uma função ƒ: A → B é o conjunto A e o contradomínio
III. R é transitiva: com efeito, (∀x, y, z ∈ U ) (xRy ∧ yRz → xRz) de I, II
é o conjunto B. A imagem é definida como em relações (intuitivamente,
e III: R é relação de equivalência.
são os elementos de B que recebem efetivamente flechas).
3.7.4 Relação de ordem Obs. 2: Em concursos como a AFA, quando nada for dito sobre o domínio,
Seja R uma relação de U em U: devemos supor que o domínio é o mais amplo possível nos reais, isto é, o
R é relação de ordem quando (R é reflexiva) ∧ (R é antissimétrica) ∧ domínio é o conjunto dos valores para os quais a função está bem definida
(R é transitiva). (portanto, devemos fazer restrições como denominadores diferentes de 0,
expressões dentro de radicais de índices pares devem ser não negativas,
Ex.: condições de existência de logaritmos).
U = {x|x é um conjunto}
4.2 Função identidade
R: U → U
Seja A um conjunto não vazio. A função identidade IdA: A → A é dada
R = {(x, y) ∈ U2|x ⊂ y}
por IdA(a) = a para todo a ∈ A.
I. R é reflexiva: com efeito, (∀x ∈ U) (xRx). 4.3 Função constante
II. R é antissimétrica: com efeito, (∀x, y ∈ U) (xRy ∧ yRx → x = y).
III. R é transitiva: com efeito, (∀x, y, z ∈ U) (xRy ∧ yRz → xRz) de I, II Sejam A e B conjuntos. Uma função ƒ: A → B é constante se ƒ(a) = b
e III: R é relação de ordem. para todo elemento a ∈ A (ou seja, a função assume um único valor: todas
as flechas chegam a um mesmo elemento).
3.7.5 Classe de equivalência
Sejam U um conjunto e R uma relação de equivalência de U em U. 4.4 Função injetora (injetiva)
Chama-se classe de equivalência por R um subconjunto de U constituído Sejam A e B conjuntos. Uma função ƒ: A → B é injetora seƒ(x) = ƒ(y)
por um elemento x de U e por todos os elementos y de U tais que yRx. ⇒ x = y (ou seja, a função não “repete valor”). Em termos de flechas,
cada elemento da imagem recebe uma única flecha.
Ex.:
U = {0, 1, 2, 3, 4, 5, ...} Obs. 1: No gráfico de uma função injetora, ao traçar uma reta horizontal,
R: U → U, R = {(x, y) | x ≡ y(mod 3)} esta reta corta o gráfico em no máximo um ponto (pode não cortar em
A = {x|x ≡ 1(mod 3)}; B = {x|x é da forma 3k + 2, k natural}; ... ponto algum).
A, B, ... são classes de equivalência por R em U
Como verificar que uma função é injetora? Um método prático e
eficiente é supor que ƒ(x) = ƒ(y) e, por meio de manipulações algébricas,
Obs.: O conjunto das classes de equivalência por R em um conjunto U é
chegar a x = y.
denominado conjunto-quociente U/R. No exemplo acima, U/R = {A, B, ... }.
Ex.: A função ƒ: → dada por ƒ(x) = x3 é injetora. De fato, ƒ(x) =
4. Funções ƒ(y) ⇒ x 3 = y 3 ⇒ (x – y)(x 2 + xy + y 2) = 0. Logo, x = y ou
2
y 3y2
x 2 + xy + y 2 ⇒ x + + = 0 ⇒ x = y = 0 . Em ambos os
4.1 Definição 2 4
Sejam A e B conjuntos. Uma função ƒ de A em B (representada por casos, segue que x = y e, portanto, a função é injetora.
ƒ: A → B) é um tipo especial de relação em que duas condições são
satisfeitas:
Obs. 2: O conceito de função injetora depende fortemente do domínio. Por Obs. 3: No caso de domínio e contradomínio finitos, se ƒ: A → B é bijetora,
exemplo, a função ƒ: [–1, 1] → [–1, 1] dada por ƒ(x) = x2 não é injetora, segue que n(A) = n(B).
já que ƒ(–1) = ƒ(1) = 1. Entretanto, a função g: [0,1] → [0,1] dada pela
mesma lei de formação g(x) = x2 é injetora. De fato, se g(x) = g(y), segue 4.7 Função composta
que x2 = y2 ⇒ x = y ∨ x = –y. Como x, y ≥ 0, a última possibilidade nos
Sejam ƒ: A → B e g: B → C duas funções. Define-se a composição
dá x = y = 0. Em ambos os casos, então, segue que x = y e g é injetora.
da função g com a função ƒ (h = g ° ƒ – lê-se “g de ƒ” ou “g bola ƒ”)
Isso ressalta a importância de que o domínio e o contradomínio de uma
da seguinte maneira:
função são partes cruciais de sua definição!
I. O domínio de h é o conjunto A.
Obs. 3: No caso de domínio e contradomínio finitos, se ƒ: A → B é injetora,
II. O contradomínio de h é o conjunto C.
segue que n(A) ≤ n(B).
III. h(x) = g(ƒ(x)) (aqui funciona exatamente da mesma forma que na
4.5 Função sobrejetora (sobrejetiva) composição de relações)
Sejam A e B conjuntos. Uma função ƒ: A → B é sobrejetora se Ex.: Sendo g(x) = x2 e ƒ(x) = 2x + 1, temos que g(ƒ(x)) = g(2x + 1) =
∀y ∈ B, ∃x ∈ A, tal que ƒ(x) = y (ou seja, Im ƒ = Cd ƒ = B). Em (2x + 1)2 = 4x2 + 4x + 1.
termos de flechas, todo elemento de B recebe pelo menos uma flecha.
Obs. 1: Para existir h = g ° ƒ, o contradomínio de ƒ deve ser igual ao
Obs. 1: No gráfico de uma função sobrejetora, ao se traçar uma reta domínio de g.
horizontal, esta reta corta o gráfico em pelo menos um ponto.
Obs. 2: A composição de funções não é comutativa. Além disso, pode
Como verificar se uma função é sobrejetora? Basicamente, o que se acontecer que g ° ƒ esteja definida, mas ƒ ° g não.
deve fazer é considerar um elemento y do contradomínio de ƒ e tentar
resolver a equação ƒ(x) = y. Se para cada y essa equação possuir ao • Teorema 3 (critério para garantir injetividade e sobrejetividade):
menos uma solução x pertencente ao domínio de ƒ, a função é sobrejetora. Sejam ƒ: A → B e g: B → C duas funções. Se g ° ƒ: A → C é injetora,
então ƒ é injetora. Se g ° ƒ: A → C é sobrejetora, então g é sobrejetora.
3x − 5
Ex.: A função ƒ: – {2} → – {3} dada por f (x ) = é Demonstração:
x−2
sobrejetora. Para se verificar isso, deve-se considerar um real y ≠ 3 e tentar
Parte 1: g ° ƒ: A → C é injetora.
3x − 5
resolver = y ⇒ 3 x − 5 = xy − 2 y ⇒ x(y − 3) = 2y − 5 . Como Suponha que ƒ(x) = ƒ(x'). Logo, g ° ƒ(x) = g ° ƒ(x') e, como g ° ƒ é
x −2
2y − 5 injetora, segue que x = x'. Logo, ƒ é injetora.
y ≠ 3, segue que x = . Para a demonstração ficar completa, deve-se
y −3
ainda, verificar que essa expressão encontrada para x nunca pode ser 2 Parte 2: g ° ƒ: A → C é sobrejetora.
(pois o domínio da função exclui o número 2), o que é evidente, pois x = Queremos provar que para qualquer z ∈ C, existe y ∈ B, tal que g(y)
2 ⇒ 2y – 5 = 2y – 6, contradição. = z. Como g ° ƒ: A → C é sobrejetora, existe x ∈ A, tal que g(ƒ(x)) = z.
Finalmente, como ƒ(x) ∈ B, basta tomarmos y = ƒ(x) e assim g é sobrejetora.
Obs. 2: O conceito de função sobrejetora depende for temente do
contradomínio. Por exemplo, a função ƒ: [–1, 1] → [–1, 1] dada por 4.8 Função inversa
ƒ(x) = x2 é sobrejetora. Entretanto, a função g: [–1, 1] → [–1, 1] ∪ {4}
Dada uma função ƒ: A → B, queremos definir uma função g: B → A
dada pela mesma lei de formação g(x) = x2 não é sobrejetora. De fato,
(a inversa de ƒ) de forma que se ƒ(x) = y, então g(y) = x. Note que para
se g(x) = 4, segue que x2 = 4 ⇒ x = ± 2. Como 2 e –2 não estão no
que g seja de fato uma função, é necessário que:
domínio da função, não existe x ∈ Dom ƒ tal que ƒ(x) = 4.
Obs. 3: No caso de domínio e contradomínio finitos, se ƒ: A → B é I. cada elemento de B só mande uma flecha de volta (para isso, a função
sobrejetora, segue que n(A) ≥ n(B). ƒ não pode repetir valores e, portanto, ƒ deve ser injetora);
II. todo elemento de B precise mandar flechas (para isso, todo elemento
4.6 Função bijetora (bijetiva) de B deve receber flechas da função ƒ e, portanto, ƒ deve ser
sobrejetora).
Sejam A e B conjuntos. Uma função ƒ: A → B é bijetora se é injetora
e sobrejetora simultaneamente. • Teorema 4 (condição de existência da inversa):
Uma função ƒ: A → B admite inversa se, e somente se, é bijetora.
Obs. 1: No gráfico de uma função bijetora, ao traçar uma reta horizontal,
Denotamos a inversa de ƒ por ƒ–1: B → A. Veja que segue da definição
esta reta corta o gráfico em exatamente um ponto.
que ƒ ° ƒ–1 = IdB e ƒ–1 ° ƒ = IdA.
Para verificar que uma função é bijetora, basta seguir os passos de 4.4 e
4.5 para verificação da injetividade e da sobrejetividade. • Teorema 5 (método prático para calcular a inversa):
Dada a função bijetora ƒ: A → B definida pela sentença y = ƒ(x), para
Ex.: A função ƒ: [0, π] → [–1, 1] dada por ƒ(x) = cos x é bijetora. se obter a expressão de ƒ–1, procede-se da seguinte maneira:
Obs. 2: Assim como em 4.4 e 4.5, o conceito de função bijetora depende I. Na sentença y = ƒ(x), trocam-se as variáveis x ↔ y, escrevendo
fortemente do domínio e do contradomínio. x = ƒ(y).
Trocando x ↔ y, temos x = y2 + 1. Resolvendo em y, segue que ƒ(x + 2π) = ƒ(x).
ƒ −1 (x ) = x − 1, x ≥ 1.
6. Gráficos
Obs.: Se o domínio da função fosse o conjunto dos reais não positivos,
seguiria que a inversa é − x − 1, pois o contradomínio da inversa seria
o conjunto dos reais não positivos. É necessário bastante atenção quanto
6.1 Deslocando o gráfico de uma função
a isso.
k > 0 desloca a função k unidades pra cima
4.9 Operações entre funções I. f ( x ) + k
k < 0 desloca a funçãook unidades pra baixo
Sejam A e B conjuntos e ƒ: A → B, g: A → B funções. Definem-se
as seguintes operações: k > 0 desloca o gráfico para esquerda
II. f ( x + k)
k < 0 deslocao gráfico paraa direita
I. (ƒ ± g)(x) = ƒ(x) ± g(x)
II. (ƒ · g)(x) = ƒ(x) · g(x)
Ex.:
f f (x )
III. (x )= π
g g(x ) Vejamos o gráfico da função y = 1 + cos x −
3
IV. ƒg(x) = ƒ(x)g(x)
1o passo: Primeiro devemos desenhar o gráfico da função y = cos x.
0.5
5.3 Monotonismo
• Função estritamente crescente
–6 –4 –2 2 4 6
Diz-se que ƒ: → é estritamente crescente se x < y ⇒ ƒ(x)
< ƒ(y). –0.5
π
3o passo: Finalmente, desenhamos a função desejada y = 1 + cos x −
3 ,
deslocando a anterior uma unidade para cima.
01 Seja n um inteiro fixo. Prove que a relação ‘aRb ⇔ a – b é múltiplo de
2.0 n’ é de equivalência.
1.5 Solução:
Para provar que a relação é de equivalência, precisamos verificar
1.0 reflexividade, simetria e transitividade.
II. simetria: veja que se a – b é múltiplo de n, então b – a = –(a – b) é
múltiplo de n, então, aRb ⇔ bRa.
–6 –4 –2 2 4 6 aRb ⇒ a − b é múltiplo de n
III. transitividade: . Daí, veja que a – c =
bRc ⇒ b − c é múltiplo de n
6.2 Esticando e contraindo uma função (a – b) + (b – c) é uma soma de dois múltiplos de n; logo, a – c é
múltiplo de n; portanto, aRc.
k > 1 estica a função em y
III. k f ( x ) 02 Considere uma turma de 30 alunos (Abílio e Deuclécio são dois deles).
0 < k < 1 contrai a funçãoem y
Seja A o conjunto dos alunos dessa turma e ƒ: A → N a função que associa
cada aluno à sua quantidade de amigos dentro da turma. Considere que
k > 1contrai o gráfico em x a relação de amizade é recíproca (ou seja, se X é amigo de Y, então Y é
IV. f ( kx )
0 < k < 1estica a gráfico em x amigo de X) e que ninguém é amigo de si mesmo. É possível que tenhamos
simultaneamente ƒ(Abílio) = 0 e ƒ(Declécio) = 29?
Ex.: Monte o gráfico da função y = 3 sen (2x)
Solução:
1 passo: Montamos o gráfico da função y = sen x.
o Se ƒ(Deuclécio) = 29, teríamos que Deuclécio é amigo de todos da turma
(pois ele não é amigo de si mesmo). Daí, veja que Abílio deveria ter pelo
1.0 menos um amigo (Deuclécio) e então não é possível termos ƒ(Abílio) = 0.
0.5 03 Sabendo que h é uma função tal que h(2x + 1) = x2 – x, para todo x
real, determine a lei de formação de h.
a h( x ) = − .
2o passo: Desenhamos o gráfico da função y = sen (2x), lembrando 4 2
que se estamos multiplicando x por dois, estamos dividindo o período
x −1
da função por 2. Obs.: É claro que poderíamos fazer uma única substituição x → .
1.0 2
Apresentamos a solução em 2 passos para ficar um pouco mais natural.
0.5 y −1
2a solução: Fazendo 2x + 1 = y, temos que x = . Substituindo na
2
π 2
–π − π π y − 1 y − 1
2 expressão dada, temos que h ( y ) = − , para todo y real.
2 2 2
–0.5
Veja que isso define h, pois, já que esta relação vale para todo y, podemos
2
–1.0 x − 1 x − 1
dizer que h ( x ) = − .
3o passo: Finalmente, desenhamos o gráfico da função y = 3 sen (2x), 2 2
lembrando que estamos esticando a função no eixo y.
Obs.: Veja que o fato de a relação valer para todo y, nos permite substituir
3 o y por qualquer coisa, inclusive por x.
2
1
π π
–2π − π
2 –1
2
–2
–3
210 IME-ITA – Vol. 1
Relações e funções MATEMÁTICA I
Assunto 3
8”, isto é, R = {(x, y) ∈ A2|x + 2y = 8}.
= 3x2 + 7x + 1.
3x2 + 7x + 2 a. Determine o gráfico de R.
Então, a função g tem g ( x ) = como lei de formação.
4 b. Determine o gráfico de R–1.
3x + 1 02 Dado o conjunto A = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6}, considere os pares (x, y)
05 Seja ƒ: – {2} → – {b} uma função tal que f ( x ) =
. e a relação R, tais que: x ∈ A, y ∈ A, xRy ⇔ 1 ≤ x + y ≤ 3. Escreva os
x −2
pares (x, y) que pertencem ao produto cartesiano A × A e que satisfazem
Determine o valor de b para que a função ƒ seja bijetora e determine sua a relação R.
inversa.
03 Dado o conjunto A = {1, 2, 3}, verifique, dentre as relações abaixo,
Solução: quais são de equivalência e quais são de ordem em A:
Antes de tudo, vamos determinar a lei de formação da inversa de ƒ. Para a
3y + 1 2x + 1 R1 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (4, 4)};
inversa, temos que x = e, isolando o y, temos que y = (*).
y −2 x −3 R2 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (1, 2), (2, 1)};
Veja, então, que 3 não per tence ao domínio da inversa; por tanto, R3 = {(1, 1), (2, 2), (3, 3), (1, 2), (2, 3), (3, 1)};
precisamos excluir 3 do contradomínio de ƒ (para que ƒ seja sobrejetora). R4 = {(1,3), (2,4)}.
Então, b = 3. É fácil ver que a função dada é injetora, pois na inversa, cada
y está definido unicamente a partir de um x, pela equação (*). πx πy
04 Considere a relação R = (x , y ) ∈ Z ⋅ Z | cos = cos . Determine
2 2
2x + 1
−1
Então, f (x ) = e b = 3. a classe de equivalência do 0.
x −3
06 (OMERJ) Determine todas as funções ƒ: R* → R tais que 05 Seja o conjunto dos números naturais e a, b ∈ . Mostre que a
relação R = {(a, b) | m.d.c. [a, b] = a} é uma relação de ordem.
1
2x · f (x) + f = x 2 para todo x real não nulo. 06 Seja A = {1, 2, 3}:
x
Solução: a. Determine uma relação de equivalência R em A com cinco elementos.
Como a relação dada vale para todo x não nulo, podemos substituir
b. Determine [1]R, [2]R, [3]R para essa relação.
o x por qualquer número ou expressão não nula. Nesse problema,
c. Determine o conjunto quociente A|R para essa relações.
1
a substituição vantajosa é trocar x por (em todos os lugares):
x 07 Sejam as relações F e G abaixo, definidas em A = {1, 2, 3, 4, 5}:
2 1 1
⋅ f + f ( x ) = 2 (* ). Juntando esta última relação com a que foi
x x x F = {(1, 3), (2, 4), (3, 3), (4, 3), (5, 4)}
1 G = {(1, 2), (2, 3), (1, 3), (4, 5), (3, 4)}
dada, temos um sistema de variáveis f (x ) e f e é fácil determinar
x
ƒ(x) . a. Quais das relações acima são funções?
b. Defina, pelo conjunto de pares ordenados, a relação composta de F
1
Da 1a equação, vem que f = x − 2 x ⋅ f ( x ). Substituindo em (*), temos com G.
2
x
2 1 1 1 08 Suponha que exista ƒ: → tal que ƒ(2n + ƒ(n)) = n. Prove que
que ⋅ ( x 2 − 2 x ⋅ f ( x ) ) + f ( x ) = 2 , e segue que f ( x ) = 2 x − 2 .
x x 3 x ƒ é sobrejetiva.
10 Seja S = {1, 2, 3, 4, 5} e considere uma função bijetora de S em S, 15 (AFA) Seja D = {1, 2, 3, 4, 5} e f: D → a função definida por
tal que: f(x) = (x – 2)(x – 4). Então, pode-se afirmar que f:
II. Se x ∈ S e a imagem de x é y, então a imagem de y não pode ser nem (C) é somente sobrejetora.
x, nem x + 1. (D) possui conjunto-imagem com 3 elementos.
Nessas condições, a imagem do número 3 é igual a: 2+ x
16 (AFA) A imagem da função real ƒ definida por f (x ) = é:
2− x
(A) 1.
(B) 2. (A) – {1}. (C) – {–1}.
(C) 3. (B) – {2}. (D) – {–2}.
(D) 4.
(E) 5. 17 (EsPCEx) A função ƒ, de domínio real mais amplo possível, é tal
que f (x ) = ax + b − 5 . Sabendo que ƒ(3) não existe e ƒ(–1) = 1, o
f (x ) ax + 3 b
11 (AFA) As funções f e g são dadas por ƒ(x) = ax + bx e g(x ) = .
f (x − 2) valor de a2 + b2 é:
Então, g(3) é igual a:
(A) 50/16. (D) 50/8.
(A) a2 + b2.
(B) 25/3. (E) 50/9.
(B) (a + b)2.
(C) 25/2.
(C) (a – b)2.
(D) a2 – ab + b2.
18 (AFA) Seja f a função real cujo gráfico se apresenta a seguir:
12 (AFA) A função f satisfaz a relação: ƒ(x + 1) = x · ƒ(x), x > 0. Se
y
1 3
f = π , o valor de ff é: 3
2 2
2
π. 1
(A)
2
–0,5 0,5 2
(B) 2 π . –2 –1 5 x
–0,5
3π 2
(C) . –1
2
(D) π. Analisando o gráfico, é incorreto afirmar que:
n (A) f(f(1)) = f(0,5).
2 se n é par
13 (AFA) A função ƒ: → definida por ƒ(x) = é: (B) f(x) + 1 > 0, ∀ x ∈ .
n + 1 se n é ímpar (C) f(0) ≤ f(x), ∀ x ∈ .
2 5
(D) se g(x) = f(x) – 1, então g(–2) = f .
(A) bijetora. 2
(B) somente injetora. 19 (AFA) Considere as funções f, g e h, todas de domínio [a, b] e
(C) somente sobrejetora.
contradomínio [c, d], representadas por meio dos gráficos abaixo.
(D) não injetora e não sobrejetora.
x − 1 f(x) g(x)
14 (AFA) Se ƒ for uma função real, tal que f = x + 3, então ƒ(x)
x + 1
é definida por: d d
e
4 − 2x
(A) . c c
1− x
4x − 2 x x
(B) . 0 a b 0 a b
1+ x
h(x)
2x + 1
(C) . d
x− 1
e
c
(D) 2x − 1 .
1− x
x
0 a b
Com base nos gráficos, é correto afirmar que: 25 (EN) Seja ƒ uma função e x um ponto do seu domínio. Diz-se que x
é um ponto fixo de ƒ se ƒ(x) = x. Considere a função g: → definida
(A) f é uma sobrejeção, g não é uma injeção, h é uma sobrejeção. x
por f (2x + 1) = 2 . É correto afirmar que:
(B) f é uma sobrejeção, g é uma injeção, h não é uma sobrejeção. x +1
(C) f é uma injeção, g não é uma sobrejeção, h é uma bijeção.
(A) g não possui ponto fixo em [0, 1].
(D) f é uma bijeção, g não é uma injeção, h não é uma sobrejeção.
(B) g possui um ponto fixo em [0, 1].
20 (EN) É dada uma função tal que: (C) g possui dois pontos fixos em [0, 1].
(D) g possui três pontos fixos em [0, 1].
I. f(x) · f(y) = f(x + y) (E) g possui quatro pontos fixos em [0, 1].
II. f(1) = 2 e f( 2) = 4
26 (OBM) A função ƒ é dada pela tabela a seguir.
Podemos concluir, então, que f(3 + 2) é igual a:
x 1 2 3 4 5
(A) (3 + 2)2.
(B) 16.
ƒ(x) 4 1 3 5 2
(C) 24.
(D) 32.
(E) 64. f ( f (...( f ( f (4))...))?
Por exemplo, ƒ(2) = 1. Quanto vale
2.004 vezes
21 (EN) Determine o conjunto-imagem da função (fog) para: (A) 1.
(B) 2.
1, se x < 0
0, se x < 0 (C) 3.
x
(D) 4.
f (x) = 2x, se 0 ≤ x ≤ 1 e g(x ) = , se 0 ≤ x ≤ 1
0, se x > 1 2 (E) 5.
1, se x > 1
27 Sejam as funções reais de variável real ƒ e g, definidas por
5x − 3 e 3
(A) [0, 1] ∪ {2}. f (x ) = g(x ) = . Pede-se:
4x + 1 x
(B) (–∞, +∞).
(C) [0, 1]. a. obter as leis que definem g ° ƒ e ƒ ° g;
(D) [0, +∞). b. calcular g ° ƒ(2) e ƒ ° g(2).
(E) {1}.
28 Dada a função real de variável real ƒ(x) = ax2 + bx + c, pede-se:
22 (EsPCEx) Seja ƒ: → uma função tal que –2 ≤ ƒ(x) < 5 e g: →
dada por g(x) = 1 – ƒ(x). Então o conjunto-imagem da função g(x) é: a. obter ƒ(x + 1);
b. obter ƒ(–x);
(A) ]–4, 3]. c. determinar a, b e c de modo que se tenha ƒ(x + 1) = ƒ(–x).
(B) [–4, 3].
x
(C) ]–4,3[. 29 Se f (2x + 1) = , determine ƒ(x – 1).
(D) [–3, 4[. x2 + 1
(E) ]–3, 4].
30 Se ƒ(x) = 4x + 1 e ƒ(g(x)) = x2 + 1, determine a função g(x).
23 (ITA) Sejam f, g: → funções tais que: g(x) = 1 – x e ƒ(x) +
2ƒ (2 – x) = (x – 1)3 para todo x ∈ . Então ƒ [g(x)] é igual a: 1
31 (AFA) Sejam as funções reais definidas por f(x) = x2 – 1 e g(x ) = .
x
(A) (x – 1)3. Então, f(g(–1)) é igual a:
(B) (1 – x)3.
(A) –1.
(C) x3.
(B) 0.
(D) x.
(C) 1.
(E) 2 – x.
(D) 2.
24 (ITA) Qual das funções definidas abaixo é bijetora?
32 (AFA) Sejam A = {0,1,2,3} e f: A → A uma função definida por
Obs.: é o conjunto dos reais não negativos.
+ f(0)= 2, f(1) = 1, f(2) = 3 e f(3) = 0. Calculando f ° f ° f ° f ° f(1),
encontra-se:
(A) ƒ: → + tal que ƒ(x) = x2.
(A) 0.
(B) ƒ: + → tal que ƒ(x) = x +1.
(B) 1.
(C) ƒ: [1, 3] → [2, 4] tal que ƒ(x) = x+1.
(C) 2.
(D) ƒ: [0, 2] → tal que ƒ(x) = sen x.
(D) 3.
(E) n.d.a.
IME-ITA – Vol. 1 213
MATEMÁTICA I
Assunto 3
3x − 2
33 (AFA) Se f e g são funções de em definidas por f (3 x + 2) = 41 (ITA) Seja a função f: – {2} → – {3} definida por
2
e g(x – 3) = 5x – 2, então ƒ(g(x)) é: 2x − 3
f (x ) = + 1. Sobre sua inversa podemos garantir que:
x −2
x −4
(A) . (C) 5x + 13.
5 (A) não está definida pois f é não injetora.
2x + 9 5 x + 11 (B) não está definida pois f não é sobrejetora.
(B) . (D) .
5 5 y −2
(C) está definida por f −1(y ) = , y ≠ 3.
y −3
1/ x , se x ∈ Ζ *
34 (EsPCEx) Sendo ƒ: → definida por f (x ) = e
2,se x ∈ − Ζ * y +5
(D) está definida por f −1(y ) = − 1 , y ≠ 3.
−1, se x ∈ Q y −3
g: → definida por g(x ) = , então (ƒ ° g ° ƒ ° g)
(2 + 2 ) é igual a: 1/ 2, se x ∈ − Q (E) está definida por f −1(y ) =
2y − 5
, y ≠ 3.
y−3
2
(A) –1. (D) 1 − . 42 Se f(x) é periódica de período T, determine o período de
2
(B) 1/2. (E) –2. g(x) = f(ax + b), sendo a ≠ 0.
(C) 2.
35 (AFA) Observe os gráficos abaixo, das funções f e g, definidas no 43 (AFA) Indique a alternativa correta:
intervalo [0,1].
(A) Se ƒ é uma função par, então é bijetora.
y = f(x) y = g(x) (B)
Se ƒ(x) – ƒ(– x) = 0, então ƒ pode ser relação, mas não função.
0,8 0,8 (C) Se ƒ é uma função par e x ∈ *, então ƒ* é par só quando x for primo.
(D) Se ƒ: → é uma função real qualquer, então ƒ pode ser escrita
como soma de duas funções reais g: → e h: → , em que g
é par e h é impar.
0,3 0,3
44 (AFA)
O Brasil tem um encontro marcado com o caos. No dia 1o de junho
0 0,1 0,4 1 x 0 0,3 0,8 1 x começa o plano de racionamento de energia.
O modelo energético brasileiro é baseado quase que exclusivamente
Com base nos gráficos, assinale a alternativa falsa: em hidrelétricas, que produzem 97% da energia consumida no país. Sem
chuva, entra em colapso.
(A) g(f(0,4)) ≥ g(f(x)), ∀x ∈ [0,1] Revista Veja – 16 mai. 2001.
(B) g(f(0,05)) > g(f(0,1))
(C) g(g(x)) = x, ∀x ∈ [0,3; 0,8] No gráfico, tem-se o nível da água armazenada em uma barragem ao longo
dos últimos anos, que foi construída para represar água a fim de mover
(D) g(f(0,6)) > g(f(1))
as turbinas de uma usina hidrelétrica.
36 Determine a função inversa de ƒ(x) = x5 + 1. nível (m)
o nível máximo
3x −1 120
37 Sendo f (x) = 3 2 x + 3 − 1 e g(x) = , ache ƒ–1, g–1 e g ° g.
2x + 5
80
38 Seja a função ƒ: [2, ∞) → I, ƒ(x) = x2 – x + 1, determine qual deve
ser o intervalo I para que ƒ admita uma função inversa.
x −1
39 (AFA) Determine a função inversa de f (x )= . 30
x
1 1+ x o nível mínimo para gerar energia
(A) . (D) . 10
1− x 1− x
1 1− x
(B) . (C) . 1989 1995 2000 temp
1+ x 1+ x
Analise as alternativas e marque a opção correta:
40 (AMAN) Sejam ƒ e g funções de A em A com gráficos f* = {(1, 2),
(2, 1), (3, 5), (4, 4), (5, 2)} e g* = {(1, 1), (2, 3), (3, 5), (4, 3), (5, 1)}. (A) O nível da água permaneceu constante em um período de 8 anos.
Logo, ƒ–1(4) · g–1(5) vale:
(B) O nível de 80 metros foi atingido exatamente duas vezes até o ano
2000.
(A) 0. (D) 6.
(C) Após o ano 2000, o nível da água da barragem foi insuficiente para
(B) 2. (E) 12.
gerar energia.
(C) 25.
(D) No período de 1995 a 2000, o nível da água só diminuiu.
214 IME-ITA – Vol. 1
Relações e funções MATEMÁTICA I
Assunto 3
4 x + 3 se x < 1
a. ƒ: → {–1, 1}
e g(x) = 2x – 3. Com base nessas funções, classifique cada afirmativa
x → y = sign x, função sinal, sign x = {1 se x ≥ 0 e –1 se x < 0}
abaixo como verdadeira ou falsa.
b. ƒ: →
x → y = [x] = (n ∈ / n ≤ x< n + 1), função parte inteira.
I. ƒ(x) é par;
c. ƒ: → [0,1[
II. ƒ(x) admite inversa em todo o seu domínio;
x → {x} = x – [x], função parte fracionária.
III. ƒ(x) é crescente em {x ∈ / x < –1 ou x ≥ 1};
IV. se x < –6, então ƒ(x) > –3. 50 A figura abaixo representa o gráfico da função definida por f(x) =
a cos (bx). Os valores de a e b são, respectivamente:
A sequência correta é:
y
(A) V – V – F – V.
(B) F – F – V – F.
(C) F – F – V – V. 1
(D) F – V – V – F.
46 (EN) Sabendo que f, g e h são funções reais de variável real e que f e 3π 4π
π 2π x
g não se anulam, considere as afirmações abaixo: –π 0
I. f ° (g + h) = f ° g + f ° h;
II. (g + h) ° f = g ° f + h ° f; –1
1 1
III. = o g;
f og f (A) 1 e 2.
1 1 1
IV. = f ° . (B) 1 e .
f °g g 2
1
(C) –1 e .
Podemos afirmar que: 2
(D) –1 e 1.
(A) todas as afirmativas acima são verdadeiras.
(E) –1 e 2.
(B) somente I e II são verdadeiras.
(C) somente IV é falsa.
(D) somente II e III são verdadeiras.
(E) somente I é falsa.
01 Determine o conjunto-imagem das funções abaixo:
47 (ITA) Consideremos as seguintes afirmações sobre uma função f: → .
| x|
I. Se existe x ∈ tal que ƒ(x) ≠ ƒ(– x), então f não é par. (A) ƒ: – {0} → , x → y = .
x
II. Se existe x ∈ tal que f(– x) = –f(x), então f é ímpar.
III. Se f é par e ímpar, então existe x ∈ tal que f(x) = 1. (B) ƒ: [4, +∞[ → , x → y = x + x −4 .
IV. Se f é ímpar, então f ° f (f composta com f) é ímpar.
1
Podemos afirmar que estão corretas as afirmações de números: (C) ƒ: → , x → y = 2
.
x +1
(A) I e IV. x
(D) ƒ: → , x → y = .
(B) I, II e IV. 2
x +1
(C) I e III.
(D) III e IV. 02 (IME) Sejam q e r funções cujo domínio são os inteiros maiores que
(E) I, II e III.
zero. Sabe-se que q(1) = 1, r(1) = 0 e:
48 (ITA) Considere a função y = f(x) definida por f(x) = x3 – 2x2 + 5x, para r( n + 1) = r( n) + 1
cada x real. Sobre essa função, qual das afirmações abaixo é verdadeira? se r(n) < 2q(n) + 1, então
q( n + 1) = q( n)
(A) y = f(x) é uma função par.
r( n + 1) = 0
(B) y = f(x) é uma função ímpar. se r(n) = 2q(n) + 1, então
q( n + 1) = q( n) + 1
(C) ƒ(x) ≥ 0 para todo real x.
(D) ƒ(x) ≤ 0 para todo real x.
(E) f(x) tem o mesmo sinal de x, para todo real x ≠ 0. Determine q(5) e r(5).
IME-ITA – Vol. 1 215
MATEMÁTICA I
Assunto 3
03 Mostre que se ƒ: A → B é injetiva e #A = #B, então ƒ é uma bijeção. 11 (OBM) A função ƒ é definida para todos os pares ordenados (x; y) de
inteiros positivos e tem as seguintes propriedades:
04 Classifique a função ƒ: N · N → N, ƒ(m, n) = 2m · 3n quanto a ƒ(x; x) = x; ƒ(x; y) = ƒ(y; x); (x + y)ƒ(x; y) = (2x + y)ƒ(x; x + y). Qual
injetividade e sobrejetividade. o valor de ƒ(21; 12)?
ƒ + ƒ 1.999 + ƒ 1.998 + ... + ƒ 3 + ƒ 2 + ƒ 1 ,
2.000
4
x2 (B) .
em que ƒ ( x ) = . 7
1+ x 2
11
(C) .
6
06 (OBM) Seja ƒ uma função real de variável real que satisfaz a condição
6
2.002 (D) .
ƒ( x ) + 2f = 3 x para x > 0. O valor de ƒ(2) é igual a: 11
x
1
(A) 1.000. (E) .
2.003
(B) 2.000.
(C) 3.000.
(D) 4.000. 12 (OBM) Seja ƒ(x) = x2 – 3x + 4. Quantas soluções reais tem a equação
(E) 6.000. ƒ(ƒ(ƒ(...ƒ(x)))) = 2 (em que ƒ é aplicada 2.001 vezes)?
07 (OBM) A função real ƒ, definida nos inteiros, satisfaz (A)
0.
ƒ(n) – (n + 1) ƒ(2 – n) = (n + 3)2, para todo n inteiro. Quanto vale ƒ(0)? (B) 1.
(C) 2.
(A) –17. (D) 2.001.
(B) 0. (E) 22.001.
(C) 1.
(D) 2. 13 (OBM) Seja ƒ uma função de Z em Z definida como
(E) 9. ƒ(x) = x/10 se x é divisível por 10 e ƒ(x) = x + 1 caso contrário.
Se a0 = 2.001 e an+1 = f(an), qual o menor valor de n para o qual an = 1?
08 (OBM) Seja ƒ: Z → Z uma função tal que ƒ(0) = 0, ƒ(1) = 1,
ƒ(2) = 2 e ƒ(x + 12) = ƒ(x + 21) = ƒ(x) para todo x ∈ Z. Então ƒ(2.009) é: (A) 20.
(B) 38.
(A) 0.
(C) 93.
(B) 1.
(D) 2.000.
(C) 2.
(E) an nunca é igual a 1.
(D) 3.
(E) 2.009. 14 Seja ƒ: → uma função que: (∀x1, x2∈ )(ƒ(x1 + x2) = ƒ(x1)·ƒ(x2)):
n
09 (OBM) Para todo n natural, definimos a função ƒ por: ƒ ( n ) = a. Prove que ƒ(x) ≥ 0, ∀x ∈ .
2
se n é par, ƒ(n) = 3n + 1 se n é ímpar. b. Calcule ƒ(0).
c. Prove que (ƒ(x) ≡ 0 ↔ ƒ(0) = 0).
O número de soluções da equação ƒ(ƒ(ƒ(n))) = 16 é:
d. Se ƒ(1) = 2, calcule ƒ(2), ƒ(4), ƒ(–2) e a relação entre ƒ(–x) e ƒ(x).
(A) 2.
15 Seja ƒ: +→ tal que: (∀x1, x2∈ +) (ƒ(x1 · x2) = ƒ(x1) + ƒ(x2)
(B) 3.
(C) 4.
a. Calcule ƒ(1).
(D) 5.
b. Determine a relação entre ƒ(x– 1) e ƒ(x).
(E) 6.
x
c. Prove que ƒ ( 1 ) = ƒ(x1) – ƒ(x2), ∀x1, x2 ∈ +.
x2
10 (OBM) Seja ƒ uma função real que tem as seguintes propriedades:
I. Para todos x, y reais, ƒ(x + y) = x + ƒ(y); 16 (EN) O conjunto-imagem da função f ( x ) = x 2 − 4 + 4 − x 2 é:
II. ƒ(0) = 2.
(A) {x ∈ / x > 0}.
Quanto vale ƒ(2.000)?
(B) {x ∈ / –2 < x < 2}.
(A) 0. (C) {0}.
(D) {x ∈ / x ≤ –2 ou x ≥ 2}.
(B) 2.
(E) +.
(C) 1.998.
(D) 2.000.
(E) 2.002.
216 IME-ITA – Vol. 1
Relações e funções MATEMÁTICA I
Assunto 3
4 , se x > 1
3 se − 2 ≤ x < − 1
x2 − 1 Lembrando que se A ⊂ então ƒ–1(A) = {x ∈ : ƒ(x) ∈ A} considere
as afirmações:
3 se − 1 < x < 1
x2 − 1
ƒ(x) = I. ƒ não é injetora e ƒ–1 ([3 , 5]) = {4}
3
se 1 < x < 2 II. ƒ não é sobrejetora e ƒ–1 ([3 , 5]) = ƒ–1 ([2 , 6])
x2 − 1
3 III. ƒ é injetora e ƒ–1 ([0 , 4]) = [–2 , +∞[
x se x ≥ 2
2 se x = 1 Então podemos garantir que:
2 se x = − 1
(A) Apenas as afirmações II e III são falsas.
A imagem da função ƒ é o conjunto: (B) As afirmações I e III são verdadeiras.
(C) Apenas a afirmação II é verdadeira.
(A) ] –∞, –3] [1, +∞[. (D) Apenas a afirmação III é verdadeira.
(E) Todas as afirmações são falsas.
(B) ]–∞, –1[ [2, +∞[.
(C) ]–∞, –3[ ]–1, 1[ ]1,+∞[.
21 (OBM) A função real ƒ, definida nos inteiros, satisfaz ƒ(n) – (n + 1)
(D) ]–∞, –2[ ]–2, –1[ ]–1, +∞[.
ƒ(2 – n) = (n + 3)2, para todo n inteiro. Determine ƒ(n).
(E) R – {–1, 1}
18 (ITA) Sejam três funções ƒ, u, v: → tais que ƒ 22 (ITA) Sejam o conjunto dos números reais e ƒ uma função de
{
em . Se B ⊂ e o conjunto ƒ −1 ( B ) = x ∈ ; ƒ ( x ) ∈ B , então: }
1 1
x + = ƒ( x ) + para todo x não nulo e (u(x))2 + (v(x))2
x ƒ( x )
= 1 para todo x real. Sabendo-se que x0 é um número real tal que u(x0) · ( )
(A) ƒ ƒ −1 ( B ) ⊂ B.
1 1 u(x )
v(x0) ≠ 0 e ƒ ⋅ = 2, o valor de ƒ 0 é: (B) ƒ ( ƒ ( B ) ) = B, se ƒ é injetora.
−1
u (x ) v (x )
0 v(x0 )
0
(C) ƒ ( ƒ ( B ) ) = B,. −1
(A) –1.
(D) ƒ ( ƒ ( B ) ) = B, se ƒ é injetora.
−1
(B) 1.
(C) 2.
(E) n.d.a
(D) 1 .
23 (ITA) Sejam A e B subconjuntos não vazios dos números reais e
2
(E) –2. ƒ: A → B, g: B → A duas funções tais que ƒ o g = Id B . Então podemos
afirmar que:
19 (ITA) Dadas as sentenças:
(A) ƒ é sobrejetora.
I. Sejam ƒ: X → Y e g: Y → X duas funções satisfazendo (g o ƒ)(x) = (B) ƒ é injetora.
(C) ƒ é bijetora.
x, para todo x ∈ X. Então ƒ é injetiva, mas g não é necessariamente
sobrejetiva. (D) g é injetora e par.
II. Seja ƒ: X → Y uma função injetiva. Então, ƒ(A) ∩ ƒ(B) = ƒ(A ∩ B), (E) g é bijetora e ímpar.
em que A e B são dois subconjuntos de X.
III. Seja ƒ: X → Y uma função injetiva. Então, para cada subconjunto 24 ( I TA ) S e j a ƒ : → u m a f u n ç ã o s a t i s f a z e n d o
A de X, ƒ(AC) ⊂ (ƒ(A))C em que AC = {x ∈ X / x ∉ A} e (ƒ(A))C = ƒ(x + αy) = ƒ(x) + αƒ(y) para todos a, x, y reais. Se a1, a2, a3,..., an é uma
{x ∈ Y / x∉ƒ(A)]}. progressão de razão d, então podemos dizer que ƒ(a1), ƒ(a2), ƒ(a3),..., ƒ(an)
Podemos afirmar que está(ão) correta(s): (A) é uma progressão aritmética de razão d.
(B) é uma progressão aritmética de razão ƒ(d) cujo primeiro termo é a1.
(A) as sentenças I e II. (C) é uma progressão geométrica de razão ƒ(d).
(D) é uma progressão aritmética de razão ƒ(d).
(B) as sentenças II e III.
(E) nada se pode afirmar.
(C) apenas a sentença I.
(D) as sentenças I e III.
(E) todas as sentenças.
IME-ITA – Vol. 1 217
MATEMÁTICA I
Assunto 3
x −3 30 (ITA) Seja ƒ uma função real definida para todo x real tal que: ƒ é ímpar;
25 (EN) Seja x ∉ {–1, 0, 1}. Se ƒ 1( x ) = e ƒ (x)= ƒ1(ƒn(x)) para
x +1 n+1 f ( x ) − f (1)
todo n natural, então ƒ1.988(x) igual a:
ƒ(x – y) = ƒ(x) – ƒ(y); e ƒ(x) ≥ 0, se x ≥ 0. Definindo g( x ) = ,
x
3− x se x ≠ 0, e sendo n um número inteiro positivo, podemos afirmar que:
(A) x − 3 . (D) .
x +1
x +1
x +3 (A) ƒ é não decrescente e g é uma função ímpar.
(B) x. (E) . (B) ƒ é não decrescente e g é uma função par.
x −1
(C) g é uma função par e 0 ≤ g(n) ≤ ƒ(1).
(C) x + 3 .
(D) g é uma função ímpar e 0 ≤ g(n) ≤ ƒ(1).
1− x (E) ƒ é não decrescente e 0 ≤ g(n) ≤ ƒ(1)
26 (EN) Determine o conjunto-imagem da função (fog) para: 1+ ƒ ( x )
31 Seja a um real fixo positivo e ƒ uma função tal que ƒ ( x + a ) =
1− ƒ ( x )
1 se x < 0
0 se x < 0 para todo x. Prove que ƒ é periódica determinando um período.
x
ƒ( x ) = 2x se 0 ≤ x ≤ 1 e g( x ) = se 0 ≤ x ≤ 1
0 se x > 1 2 −d a ax + b
1 se x > 1 32 Considere uma função ƒ: − → − , ƒ(x) = ,
c c cx + d
onde ad ≠ bc e a, b, c, d∈* (funções desse tipo recebem o nome
(A) [0,1] ∪ {2}. de função homográfica ou função de Möbius). Prove que ƒ é bijetiva e
(B) (–∞, +∞). determine sua inversa ƒ–1.
(C) [0, 1].
(D) [0, +∞). 33 (EsPCEx) Seja a função ƒ: – { –1, 1} → , definida por
(E) {1}.
x3
ƒ( x ) = 2 . Podemos afirmar que essa função é:
27 (ITA) Sejam ƒ, g: → funções tais que: g(x) = 1 – x e x −1
ƒ(x) + 2ƒ (2 – x ) = (x – 1)3 para todo x ∈ . Então ƒ[g(x)] é igual a: (A) bijetora e não par nem ímpar.
(B) par e injetora.
(A) (x – 1)3.
(C) ímpar e injetora.
(B) (1 – x)3.
(D) par e sobrejetora.
(C) x3.
(E) ímpar e sobrejetora.
(D) x.
(E) 2 – x. 34 Seja ƒ: → uma função estritamente decrescente, isto é, quaisquer
x e y reais com x < y tem-se ƒ(x) > ƒ(y). Dadas as afirmações:
28 Determine a inversa da função u: ( –∞, –1) → (2, +∞) definida por
u(x)=x2 + 2x + 3. I. ƒ é injetora;
II. ƒ pode ser uma função par;
29 (ITA) Considere x = g(y) a função inversa da seguinte função: III. se ƒ possui inversa então sua inversa também é estritamente
1
“y = f(x) = x2 – x + 1, para cada número real x ≥ ”. Nessas condições, decrescente.
a função g é assim definida: 2
Podemos assegurar que:
1 3 3
(A) g( y ) = + y − , para cada y ≥ . (A) apenas as afirmações I e III são verdadeiras.
2 4 4
(B) apenas as afirmações II e III são falsas.
(C) apenas as afirmações I é falsa.
1 1 1 (D) todas as afirmações são verdadeiras
(B) g( y ) = + y − , para cada y ≥ .
2 4 4 (E) apenas a afirmação II é verdadeira.
3 35 (ITA) Considere as afirmações:
3
(C) g( y ) = y − , para cada y ≥ .
4 4 I. Se ƒ: → é uma função par e g: → uma função qualquer,
então a composição g ° ƒ é uma função par.
1 1 II. Se ƒ: → é uma função par e g: → uma função ímpar, então
(D) g( y ) = y − , para cada y ≥ .
4 4 a composição ƒ ° g é uma função par.
III. Se ƒ: → é uma função ímpar e inversível, então ƒ–1: → é
uma função ímpar.
3 1 1
(E) g( y ) = + y − , para cada y ≥ .
4 2 2
218 IME-ITA – Vol. 1
Relações e funções MATEMÁTICA I
Assunto 3
Então:
ƒ(x) · (ƒ(x) – x) = 0, então:
(D) todas as afirmações são falsas.
(E) n.d.a.
(A) ƒ é a função nula.
(B) ƒ é a função identidade, ou seja, ƒ(x) = x para todo x real.
36 (ITA) Dadas as funções ƒ: → e g: → , ambas
(C) ƒ é a função nula ou a função identidade.
estritamente decrescentes e sobrejetoras, considere h = ƒ ° g. Então
(D) Há 4 possíveis funções ƒ.
podemos afirmar que:
(E) Há infinitas funções ƒ.
(A) h é estritamente crescente, inversível e sua inversa é estritamente
02 (OBM) Determine todas as funções ƒ: → , ƒ função par,
crescente.
(B) h é estritamente decrescente, inversível e sua inversa é estritamente satisfazendo ƒ(x + y) = ƒ(x) + ƒ(y) + 8xy +115 para todos os reais
x e y.
crescente.
(C) h é estritamente crescente, mas não necessariamente inversível.
03 Mostre que toda função ƒ: → pode ser escrita com uma soma
(D) h é estritamente crescente, inversível e sua inversa é estritamente
P(x) + I(x), em que P é uma função par e I é ímpar.
decrescente.
(E) n.d.a.
04 A função ƒ é tal que, para cada número real x, vale a relação
37 (ITA) Considere uma função ƒ: → não constante e tal que ƒ(x) + ƒ(x – 1) = x2. Se ƒ(19) = 94, então ƒ(94) vale:
ƒ(x + y) = ƒ(x)ƒ(y), ∀x, y ∈ .
(A) 3.227.
Das afirmações: (B)
3.572.
(C) 3.763.
I. ƒ(x) > 0, ∀ x ∈ . (D) 4.245.
II. ƒ(nx) = [ƒ(x)]n, ∀x ∈ , ∀n ∈ N*. (E) 4.561.
III. ƒ é par.
05 (OBM) A função ƒ: → satisfaz ƒ(x + ƒ(y)) = x + ƒ (ƒ(y)) para
é (são) verdadeira(s):
todos os números reais x e y. Sabendo que ƒ(2) = 8, calcule ƒ(2.005).
(A) apenas I e II.
06 (IBERO) A cada inteiro positivo n se associa um inteiro não negativo
(B) apenas II e III.
ƒ(n) de tal maneira que se satisfazem as seguintes condições:
(C) apenas I e III.
(D) todas.
I. ƒ(r · s) = ƒ(r) + ƒ(s);
(E) nenhuma.
II. ƒ(n) = 0, sempre que o algarismo da unidade de n seja 3;
III. ƒ(10) = 0.
38 Seja ƒ(x) uma função real, definida em e satisfazendo a equação
Determine ƒ(1.985).
x − 1
funcional ƒ( x ) + ƒ = 1 + x . A expressão de ƒ(x) é:
x
07 Resolva a equação a+ a+ x = x .
3 2
x − x −1 3 2
x + x −1
(A) . (D) . 08 Encontre as raízes reais da equação
2 x ( x − 1) x ( x − 1)
1 1 1
x3 + x2 + 1 x3 + x2 − 1 x 2 + 2 ax + = − a + a2 + x − 0 < a < .
(B) . (E) . 16 16 4
x ( x − 1) x ( x + 1)
09 (OBM) Seja ƒ: N → R uma função tal que
x3 − x2 + 1
(C) . ƒ(1) = 999 e ƒ(1) + ƒ(2) +...+ ƒ(n) = n2 ƒ(n). Determine ƒ(1.998).
x ( x − 1)
1+ x
39 A função real definida por ƒ( x ) = pode ser decomposta, de 10 Seja ƒ: → uma função tal que ƒ(0) = 1 e para todo x e y ∈ ,
1− x
ƒ(xy + 1) = ƒ(x) · ƒ(y) – ƒ(y) – x + 2. Determine ƒ.
maneira única, como uma soma da forma P( x ) + I( x ), em que P(x) é uma
função par e I(x) é uma função ímpar. A expressão de I(x) é:
1 1− x
11 Existe função ƒ: * → , tal que x ƒ ( x ) + x 3 ƒ = ?
x x
x 4x
(A) . (D) .
1− x 2 1− x 2
1
2x 5x 12 Determine a função que satisfaz ƒ ( x ) + ƒ = x para todos
(B) . (E) . 1− x
1− x 2 1− x 2 x ∉ {0,1}
3x
(C) .
1− x 2
IME-ITA – Vol. 1 219
MATEMÁTICA I
Assunto 3
13 (OBM) Seja ƒ uma função dos reais não nulos nos reais não nulos tal 14 (OBM) Para cada inteiro positivo n, seja A n = { x ∈ R+ ; x ⋅ [ x ] = n},
que: em que R+ é o conjunto dos reais positivos e [x] é o maior inteiro
menor ou igual a x. Determine a quantidade de elementos do conjunto
• (ƒ(x) + ƒ(y) + ƒ(z))2 = (ƒ(x))2 + (ƒ(y))2 + (f(z))2 para todos x, y, z A1 ∪ A2 ∪ A3 ∪ ... ∪ A2.009.
reais não nulos tais que x + y + z = 0;
• ƒ(–x) = –ƒ(x) para todo x real não nulo;
• ƒ(2.011) = 1.
Encontre o inteiro mais próximo de ƒ(33).
Álgebra básica
1
1. Introdução 2.2 Teorema 2 (Multiplicação por zero)
Neste material, estudaremos os princípios básicos da álgebra. No Para todo x real, tem-se que x · 0 = 0.
decorrer dos estudos, ficarão claras sua importância e suas aplicações
em todos os outros assuntos da Matemática. O aluno que não alcançar Demonstração: A ideia é utilizar que x · (0 + 0) = x · 0. Aplicando a
um domínio mínimo neste assunto certamente terá dificuldades com as distributiva ao lado esquerdo, temos x · 0 + x · 0 = x · 0 + 0. Pela lei do
outras áreas. corte, segue que x · 0 = 0.
É importante observar que você não deverá fazer o passo a passo Demonstrações:
de nenhum desses teoremas durante os exercícios. Fazemos essas
demonstrações apenas para a teoria ficar completa e para que você I. Como (x + z) – (y + z) = x – y, a ordenação não se altera;
aumente sua capacidade de abstrair e de utilizar conceitos para chegar II. (x + z) – (y + w) = (x – y) + (z – w) é a soma de dois positivos,
a novos resultados. então é positivo;
III. Basta somar as duas inequações e cancelar o y;
2.6 Teorema 6 IV. xz – yz = (x – y)z é positivo quando x – y e z têm o mesmo sinal;
x > y ⇒ xz > yz
(Tirando raiz quadrada em uma equação) V. e termina pela transitividade;
z > w ⇒ yz > yw
Se x2 = y2, então x = y ou x = – y (em que x2 = x · x)
1 1 x−y
VI. − = é o quociente entre dois positivos
y x xy
Demonstração: Aqui utilizaremos um ‘produto notável’ que
será visto mais à frente: x2 – y2 = (x – y) · (x + y) (*). Então, em
x2 = y2, somemos – y2 dos dois lados: x2 – y2 = 0. Logo, por (*), temos 3.2 Teorema 7
(x – y) · (x + y) = 0. Pelo teorema 3, segue que x = y ou x = – y. (Quadrado maior ou igual a zero)
Para todo x real, tem-se que x2 ≥ 0.
3. Inequações
Demonstração: Caso x seja positivo, x2 = x · x é o produto de dois
O conjunto dos números reais pode ser dividido em três partes:
positivos, portanto positivo. Caso x seja negativo, x2 = x · x é o produto
de dois negativos, portanto positivo. Caso x seja nulo, x2 = x · x é nulo.
– reais positivos (*
+
); Portanto, x2 = x · x é sempre maior ou igual a zero.
– zero (0);
– reais negativos (*–). Muitas desigualdades famosas decorrem dessa propriedade e isso
será cobrado ao longo do material.
*– *
+
• Erros comuns em inequações
0 I. Não é permitido subtrair inequações
Axiomaticamente, temos que, se x e y são reais positivos, então x + 8 > 6
Por exemplo, é verdade, mas 8 – 7 > 6 – 3 (1 > 3) não é.
y e x · y também são. Além disso, temos também que, se x é real positivo, 7 > 3
então – x é real negativo. Dessa forma, pela regra de sinais, podemos ver
II. Só se pode elevar ao quadrado se os 2 lados forem positivos
que o produto de dois negativos é um positivo e o produto de um positivo
por um negativo é negativo. Por exemplo, 1 > – 2 é verdade, mas 12 > (– 2)2 (1 > 4) não é.
3.1 Relação de ordem III. Não se pode passar variável multiplicando para o outro lado
Dizemos que:
1 1 x
x > y se x – y ∈ *+ ; x < y se x – y ∈ *– Considere as inequações > (*) e 1 > (**).
x 2 2
Além disso, x ≥ y se x > y ou x = y; x ≤ y se x < y ou x = y. Veja que, de (*) para (**), a inequação foi multiplicada por x. No
entanto, caso x fosse negativo, o sinal da inequação deveria ser modificado
• Propriedades (propriedade 4).
Esse é o erro mais comum neste assunto, tome muito cuidado!
I. (somar dos dois lados / lei do corte) x > y ⇔ x + z > y + z;
x > y
4. Potências e Raízes
II. (somar inequações) ⇒ x + z > y + w;
z > w
x > y
4.1 Potência
III. (transitividade) ⇒ x > z; Para a real não nulo (base) e n inteiro positivo (expoente), definimos
y > z
1
x > y , se z > 0 a = a · an–1 e a0 =1. Para expoentes negativos, definimos a− n = n .
n
1 II. Distributiva/agrupamento: (a + b)(x + y) = ax + ay + bx + by
n
a = an . III. Produto de Stevin: (x + a)(x + b) = x2 + (a + b)x + ab
Para a real e n inteiro positivo, definimos
IV. Quadrado da soma: (a + b)2 = a2 + 2ab + b2
V. Quadrado da soma de 3 termos: (a + b + c)2 = a2 + b2 + c2 + 2ab
Essa definição é bastante natural, já que, de forma habitual, definimos
n + 2bc + 2ac
1 VI. Diferença de quadrados: (a + b) (a – b) = a2 – b2
como x = a um número tal que x = a e a n = a .
n n
VII. Cubo da soma: (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3
VIII. Soma de cubos: (a + b) (a2 – ab + b2) = a3 + b3
IX Cubo da soma de 3 termos:
Observação: Caso n seja par, pelo teorema 6, a equação xn = a nos (a + b + c)3 = a3 + b3 + c3 + 3(a + b)(b + c) (c + a)
dá que a ≥ 0. Além disso, para não haver duplo sentido, acrescentamos
à definição que n a ≥ 0 para n par. Não é difícil aplicar a distributiva ao lado esquerdo de cada uma
das equações acima e chegar ao lado direito. Caso a necessidade fosse
Por exemplo, 9 = 3. sempre essa, você poderia refazer isso a cada problema. No entanto, a
maior utilidade desse ponto é já conhecer de antemão essas expressões
Imagine, por um momento, que aceitássemos que radicais de índice para que, rapidamente, se possa substituí-las pela sua forma fatorada.
par pudessem ter dois valores (no exemplo anterior, +3 e –3). Nesse Como essas propriedades valem para todas as incógnitas a, b, c e x,
caso, que valor assumiria a expressão 4 + 9 + 16 ? Vários valores podemos substituir essas letras como quisermos. Em particular, trocando
seriam possíveis: 2 + 3 + 4, 2 – 3 + 4, 2 – 3 –4... Assim, uma expressão b por –b em (II), (V) e (VI), obtemos:
simples geraria uma grande confusão. Para isso não acontecer, aceitamos IV. Quadrado da diferença: (a – b)2 = a2 – 2ab + b2
apenas o sinal de +. VII. Cubo da diferença: (a – b)3 = a3 – 3a2b + 3ab2 – b3
VIII. Diferença de cubos: (a – b)(a2 + ab + b2) = a3 – b3
• Propriedades
Todas essas expressões devem ser memorizadas e, para que se tenha
Para a e b positivos, temos: mais facilidade nisso, sugere-se que muitos exercícios sejam feitos.
p
n
a a Comentários: Como já vimos, não é difícil partir de cada lado
I. p III. = n
n
a =a n n
b b esquerdo até chegar ao lado direito correspondente. No entanto, em alguns
momentos isso pode parecer artificial. Um bom exemplo é o VI, já que será
II. n
a · n b = n ab IV. m n
a = mn
a muito mais comum aparecer a3 + b3. Caso não soubéssemos que a3 + b3
pode ser escrito como (a + b)(a2 – ab + b2) , como poderíamos chegar a
Dessa forma, pela propriedade I, definimos potências para expoentes esse resultado? Em álgebra, assim como em toda Matemática, a maneira
racionais (fracionários). mais eficiente de se resolver um problema é associá-lo a alguma situação
já vista anteriormente. Podemos ver que a3 + b3 está no desenvolvimento
• Expoentes irracionais de (a + b)3, que é uma expressão muito comum.
Vamos entender esse conceito por meio de um exemplo:
Então, (a + b)3 = a3 + 3a2b + 3ab2 + b3 implica a3 + b3 =
= (a + b)3 – (3a2b + 3ab2) = (a + b)3 – 3ab(a + b) =
Qual seria o valor de 3 2 ?
Esse é um problema computacional. Para chegar ao valor, precisamos (a + b) (a + b)2 − 3 ab = (a + b)(a2 − ab + b2 )
fazer aproximações (pelo truncamento da representação decimal do a2 + 2 ab + b2
expoente) por cima e por baixo
É possível abordar de forma similar outros produtos notáveis.
31 = 3 32 = 9
31,4 = 4,65554... 31,5 = 5,19615...
31,41 = 4,70697... 31,42 = 4,75896...
31,414 = 4,72770... 31,415 = 4,73289...
31,4142 = 4,72873... 31,4143 = 4,72925...
a2 + ab + ac + bc
01 Simplifique a expressão A = .
Assim, fazendo essas aproximações cada vez mais precisas, temos b2 + ab + ac + bc
o valor de 3 2 = 4 ,72880...
Com essa expansão da definição de potência, carregamos todas as Solução:
propriedades vistas inicialmente para expoentes inteiros. Antes de fazer qualquer tipo de cancelamento, precisamos fatorar o
numerador e o denominador. E, para fatorar essas expressões com 4
parcelas, normalmente usamos o que é chamado de agrupamento:
5. Produtos notáveis e
fatorações iniciais a + ab + ac + bc = a(a + b) + c(a + b) = (a + c)(a + b)
2
2
(a + c)(a + b) a + c b2
Substituindo, temos que A = = . Para completar o quadrado, somando , temos:
(b + c)(a + b) b + c 4 a2
b b2 b2 c b2 − 4 ac
a2 − 1 a2 − 1 x2 + x+ 2 = 2 − = .
02 Para a ≠ ± 1, prove que a expressão E = − não depende a 4a 4a a 4 a2
a−1 a+1
de a. 2
b ∆ b ∆
Assim, x + = 4 a2 e x + 2 a = ± 2 a .
Solução: 2 a
Primeiramente, a expressão a2 – 1 pode ser vista como uma diferença de
quadrados e, por isso, pode ser fatorada: a2 – 12 = (a + 1)(a – 1). Então, 6.3 Distributiva inteligente
(a + 1)(a − 1) (a + 1)(a − 1)
temos que: E = − = (a + 1) − (a − 1) = 2 , É comum o vício de empregar a distributiva termo a termo quando duas
a−1 a+1
expressões estão sendo multiplicadas. No entanto, em alguns momentos
que não depende de a.
é interessante agrupar termos anteriormente.
03 Utilizando a desigualdade das médias para 2 termos, prove que
Ex.: Fatorar E = (a2 + 3a + 3)(a2 + 3a + 5) – 15
x+y
≥ xy para todo x e y positivos.
2 Solução:
Solução: Nesse caso, não vale a pena fazer toda a distributiva termo a termo, porque
Para provar uma desigualdade, uma das ideias é olhar para a diferença teríamos uma expressão com muitas parcelas e perderíamos a repetição
entre os dois lados: de parcelas que acontece na expressão dada. Por isso, fazemos
( x) ( y) = ( ). E = ((a2 + 3a) + 3)((a2 + 3a) + 5) – 15 e temos uma distributiva de
2 2 2
x+y x − 2 xy + y −2 x y + x − y
− xy = = apenas 4 parcelas em vez de 9. Portanto:
2 2 2 2
x+y
Como todo quadrado de número real é ≥ 0, segue que − xy ≥ 0, E = (a2 + 3a)2 + 3(a2 + 3a) + 5(a2 + 3a) + 15 – 15
o que finaliza o problema. 2
E = (a2 + 3a)2 + 8(a2 + 3a)
1 4− 3 4− 3 4− 3
= = =
4 + 3 ( 4 + 3 )( 4 − 3 ) 16 − 3 13
n+1 n x n +1
01 Sendo xn = 22 + 22 + 1, prove que é inteiro para todo n natural.
xn
Comentário: Uma outra forma de tratar o problema é encontrar uma
Solução: equação que tenha a expressão do denominador como raiz. No exemplo,
n n+1 n n
Inicialmente, faça 22 = a. Veja, então, que 22 = 22 · 2 = (22 )2 = a2 e fazendo 4 + 3 = x, temos x − 4 = 3 e, elevando ao quadrado, x2 – 8x +
n+2 n 2 n
2 2
= 2 2 · 2
= (2 ) = a . Com isso, temos que
2 4 4
16 = 3 , o que nos dá a equação x2 – 8x + 13 = 0, que era o nosso objetivo.
n+2 n +1
x n + 1 22 + 22 + 1 a 4 + a 2 + 1
= 2 n +1 = 2 (*) . Agora, podemos isolar :
1
a + a+1
n
xn 2 + 22 + 1 x
1 8− x
Para concluir o problema, precisamos fatorar o numerador e, para isso, ( x − 8) x = − 13 ⇒ =
vamos ‘completar o quadrado’. x 13
Veja que, fazendo isso, eliminamos o radical do denominador.
Temos a4 + a2 + 1 = a4 + 2a2 + 1 – a2 = (a2 + 1)2 – a2 = (a2 + 1 +
a)(a2 + 1 – a). Substituindo em (*), temos
Substituindo o valor de x, temos
1 8− x 8− 4+ 3
= = =
(
4− 3
.
)
x 13 13 13
x n +1 a4 + a2 + 1 (a2 + a + 1)(a 2 − a + 1)
= 2 = = a2 − a + 1, que é inteiro.
xn a + a+1 a2 + a + 1
7.1 Teorema 10 (radicais duplos):
02 Prove que não existem a, b e c distintos tais que A+C A − C , em que C = A2 − B
A± B = ±
3 a−b + 3 b − c + c − a = 0.
3 2 2
7. Radicais
01 Prove que o número x = 3 − 8 − 3 + 8 é inteiro e negativo.
Uma situação muito comum é encontrarmos uma expressão que
contenha radicais no denominador. Veja que efetuar uma divisão por um Solução:
número irracional pode nos levar a erros de aproximação, dependendo da É óbvio que x é negativo, pois 3 − 8 < 3 + 8 . Para provar que x é
precisão com que se tenha o denominador. inteiro, elevamos ao quadrado:
1
Por exemplo, considere o cálculo do número . Caso utilizemos a
3
( )=
2
1 1 x2 = 3− 8 − 3+ 8
aproximação 3 ≈ 1,7, encontraremos ≈ ≈ 0,5888. Caso refinemos
3 1, 7
( ) −2 3− ( )⇒
2 2
1 3− 8 8 3+ 8 + 3+ 8
a aproximação com 3 ≈ 1,73, obteremos ≈ 1 ≈ 0,5780.
3 1, 73
( 8)
2
x 2 = 3 − 8 − 2 32 − + 3 + 8 ⇒ x 2 = 4.
Por isso, como na prática não temos todas as casas de 3, a divisão
1 Como x é negativo, temos que x = – 2, que também é inteiro.
não deve ser feita dessa maneira.
3
Também é possível utilizar a fórmula do radical duplo.
Por outro lado, se multiplicarmos o numerador e o denominador de
1 3 1, 73205
por 3 , teremos ≈ ≈ 0,5773.
3 3 3 02 Qual é o valor de x = 6 + 6 + 6 + 6 + ... , com infinitos radicais?
A esse processo de eliminação de radicais em denominadores, damos
o nome de racionalização. Solução:
2
1 Elevando ao quadrado, temos que x = 6 + 6 + 6 + 6 + ... . Como
Ex.: Racionalizar . há uma quantidade infinita de radicais, ficamos com x2 = 6 + x, ou seja,
4+ 3 x2 – x – 6 = 0. As raízes dessa equação são x = 3 e x = – 2. Como x é
Solução: um radical, x é positivo.
Nesse caso, faremos uso do produto notável (a + b)(a – b) = a2 – b2 Por isso, x = 3.
e multiplicaremos o numerador e o denominador por 4 − 3 :
Solução: 1 1
2
1
Primeiramente, veja que as possíveis raízes racionais de U são +1, x+ = t , temos x + = t 2 , o que nos dá x 2 + 2 = t 2 − 2 .
x x x
–1, +2, –2. Testando, nenhuma delas funciona. Dessa forma, não temos
raízes racionais e, por isso, não há fatores de grau 1 em U. Então, devemos Substituindo na equação, temos (t2 – 2) + 3t – 2 = 0, que dá t2 + 3t – 4
escrever U como um produto de dois fatores de grau 2: 1
= 0. Essa equação tem raízes t = – 4 e t = 1. Colocando em x + = t ,
x
U = (ax2 + bx + c)(dx2 + ex + f) temos as equações do 2o grau x2 + 4x + 1 = 0 e x2 – x + 1 = 0. A primeira
dá as raízes x = −2 ± 3 e a segunda não tem raízes reais.
A ideia é fazer a distributiva e igualar os coeficientes aos da expressão
original. No coeficiente de x4, temos ad = 1. Agora é que temos a
vantagem de considerar que os coeficientes são inteiros. Veja que temos
{
Então, S = −2 ± 3 . }
a = d = 1 ou a = d = –1. Podemos considerar que a = d = 1, pois no yz − x 2 xz − y 2
2o caso bastaria multiplicar os 2 fatores de U por –1. Então, obteremos: 02 Sejam x, y e z números reais tais que 1 ≠ x ≠ y ≠ 1 e = .
1− x 1− y
U = (x2 + bx + c)(x2 + ex + f) Prove que essas duas frações são iguais a x + y + z.
Solução:
Agora, analisando o termo independente de x, temos que cf = –2. Para
Para facilitar, utilizaremos uma propriedade de razões e proporções, que
c e f inteiros, temos 2 casos: c = 1, f = –2 ou c = –1, f = 2.
enunciaremos como ‘lema’:
a c a−c
1o caso: c = 1, f = –2 Lema: Se = = k e b ≠ d, então = k.
b d b−d
U = (x2 + bx + 1)(x2 + ex – 2) = x4 + (b + e)x3 + (–1 + be)x2 + a c
Prova do lema: Como = = k , temos que a = bk e c = dk. Daí,
(e – 2b) x – 2 b d
b + e = 3 a − c bk − dk ( b − d ) k
= = =k .
b−d b−d b−d
Igualando os coeficientes, temos o sistema e − 2 b = 0 .
−1 + be = 3 Agora, a partir do lema, as frações dadas no problema são iguais a:
2o caso: c = –1, f = 2 =
( y − x )( y + x ) + z ( y − x ) = y + x + z
U = (x2 + bx – 1)(x2 + ex + 2) = x4 + (b + e)x3 + (1 + be)x2 + y−x
(2b – e) x – 2.
b + e = 3 o que encerra a demonstração.
Igualando os coeficientes, temos o sistema 2 b − e = 0
1 + be = 3
As duas primeiras equações nos dão b = 1, e = 2, que funcionam na
terceira equação. x 3
01 Quantas soluções tem a equação = ?
x − 3 x −3
Portanto, temos que U = (x2 + x – 1)(x2 + 2x + 2).
02 Resolva a equação (x + 1)(x – 4)(x – 2)(x2 + 3x + 2) = (x + 1)
Veja que esse processo pode ser muito trabalhoso caso o coeficiente (x – 4)(x – 2)(x2 + 8x + 3).
independente de x possua muitos divisores.
3
03 Resolva = 2.
3
1+
3
1+
01 Resolva a equação x4 + 3x3 – 2x2 + 3x + 1 = 0 nos reais. 1− x
Solução:
Essa equação polinomial é chamada de recíproca (isso acontece quando 04 Resolva 2 2
= .
os coeficientes equidistantes do centro são iguais). Nesse caso, temos uma 1 5
5+
3 1 1
solução padrão. Dividindo tudo por x2 temos que x 2 + 3 x − 2 + + 2 = 0 4+
x x 1
5−
x+2
que pode ser escrita como x 2 + 1 + 3 x + 1 − 2 = 0. Agora, fazendo
x
x2
1 1 1
− (C) .
1− x 1+ x 1
05 Determine as soluções de = 1. 1+
x 1 1
+ 1+
1− x 1+ x x
(D) x.
1 x
06 A expressão 1 − é igual a: (E) .
a 1
1+ x+
1− a x
1
(B) .
a y y a 4
07 (EN) Seja + ÷ − = − 1, a ≠ 0.
a+ y a− y a+ y a− y 1
(C) .
3
A igualdade é válida:
1
(D) .
(A) para todos os valores de y, exceto dois. 2
(B) só para dois valores de y. (E) 1.
(C) para todos os valores de y.
(D) só para um valor de y.
14 (OBM 1a fase) Qual das seguintes frações é mais próxima de 7 ?
(E) para nenhum valor de y.
3
x2 + 1 + x2 − 1 x2 + 1 − x2 − 1 (A) .
1
08 Calcule + .
x2 + 1 − x2 − 1 x2 + 1 + x2 − 1
5
(B) .
2
1010 + 1020 + 1030 8
09 (UFF) Qual é o valor simplificado da fração ? (C) .
1020 + 1030 + 1040
3
10 (OCM) Qual dos números é maior: 13
(D) .
5
999
123456 + 10999 ou 123457 + 10 ? 18
999 (E) .
123457 + 10999 123458 + 10 7
11 (ITA) Considere as seguintes afirmações sobre números reais 15 Dados n números reais a1, a2, ..., an tais que a1 < a2 < ... <an, prove
positivos:
a1 + a2 + ... + an
que a1 < < an .
I. Se x > 4 e y < 2, então x² – 2y > 12. n
II. Se x > 4 ou y < 2, então x² – 2y > 12. 16 Dados x, y ∈ , se x2 + y2 = 0, prove que x = y = 0.
III. Se x² < 1 e y² > 2, então x² – 2y < 0.
17 Prove que:
Então, dessas é (são) verdadeira(s):
1
a. se x é positivo, então x + ≥ 2.
(A) apenas I. x
(B) apenas I e II. 1
b. se x é negativo, então x + ≤ − 2.
(C) apenas II e III. x
(D) apenas I e III.
1
(E) todas. c. x+ ≥ 2 para todo x real.
x
12 (OBM 1a fase) Sendo x = 10–2008, assinale a alternativa que apresenta
18 (OBM 1a fase) Qual é o valor da expressão 201120112 + 201120032
o maior valor.
– 16 · 20112007?
1
(A) . (A) 2 · 201120072.
x
(B) 2 · 201120032.
1 (C) 2 · 20112007.
(B) .
x( x + 1) (D) 2 · 20112003.
(E) 2 · 201120112.
228 IME-ITA – Vol. 1
Álgebra básica MATEMÁTICA II
Assunto 1
a. a4 – 1.
b. a6 – 1.
a3 − c3
c. a6 + 1. a−c c 1 + c c(1 + c) − a
e. 1 + − ÷ .
d. a4 – 18a2 + 81. a + ac + c a b − bc2
2 2 2
a − c c bc
e. a12 – 2a6 + 1.
f. a5 + a3 – a2 – 1. x1 x 2 xn
g. a4 + 2a3 – 2a – 1. 29 Se = = = ... = k , prove que, dados a1, a2, ..., an tais que
y1 y 2 yn
h. 4b2c2 – (b2 + c2 – a2)2. a x + a2 x 2 + ... + an x n
a1y1 + a2y2 + ... + anyn ≠ 0, tem-se: 1 1 = k.
i. c4 – (1 + ab)c2 + ab. a1y1 + a2 y 2 + ... + an y n
j. 2a4 + a3 + 4a2 + a + 2.
30 (OBM 1a fase) Se x2 = x + 3, então x3 é igual a:
20 Prove que se (a + b)2 + (b + c)2 + (c + d)2 = 4(ab + bc + cd),
então, a = b = c = d (A) x2 + 3.
(B) x + 4.
21 (OBM 3a fase-nível 2) Mostre que x2 + 4y2 – 4xy + 2x – 4y + 2 >
(C) 2x + 2.
0 quaisquer que sejam os reais x e y.
(D) 4x + 3.
(E) x2 – 2.
2
22 Se x + 1 = 3, então, x 3 + 1 é igual a:
x3 31 (CN) Sabe-se que a3 – 3a + 1 = 93 e K = a4 – 6a + 1. Logo, K
x
(A) 0. também pode ser expresso por:
(B) 1.
(A) 3a2 + 86a + 1.
(C) 2.
(B) 3a2 + 84a + 1.
(D) 3.
(C) 6a2 + 86a + 1.
(E) 4.
(D) 6a2 + 84a + 1.
1 1 (E) 9a2 + 86a + 1.
23 Se x e y satisfazem x + = y + , mostre que, necessariamente, x
x y
1 2 3
= y ou x = .
y 32 (EFOMM) Que termo se deve acrescentar ao binômio x + b x de
4 3
24 Determine x real tal que: modo que se obtenha um trinômio que seja quadrado perfeito?
a. x3 + 3x2 + 3x – 1 = 0. 6
(A) b .
b. x3 – 3x2 + 3x + 1 = 0.
3
x+y b4
25 Dado que x2 + y2 = 6xy (x > y > 0), determine o valor de . (B) .
x−y 9
6
26 Qual é a restrição em a e b reais para que
a3 + b3
=
a+b
? (C) b .
2
a + ( a − b)3 a + ( a − b)
3
b3
(D) .
a+b a−b 3
27 Dados a e b de módulos diferentes tais que + = 6, calcule
a−b a+b
6
a3 + b3 a3 − b3
+ . (E) b .
a3 − b3 a3 + b3 9
a3 − a6 + 1 a 3 + a 6 + 1 a 3 − a 3 + 1
d. a5 + a4 + a3 + a2 + a +1.
e. a4 + 324.
1/ 2
f. a4 + a2 + 1. 4 4 4 4
−1
b. b ( a − b ) + 2 ab − 4 b + 1 + 1 ⋅ 8 ab .
g. a4 + 9.
( 4 b + 4 a )2 a
h. a4 + 4b4.
i. (a + b + c)3 – (a3 + b3 + c3). −1
1
−2
−1
2 2 1
j. (a – b)3 + (b – c)3 – (a – c)3. ( a + b) a 3 − b 3 − ( 3 a2 b − 3 ab2 ) b 3 − a 3
k. (a2 + b2)3 – (b2 + c2)3 – (a2 – c2)3.
c. + 26 a.
l. (a + b)5 – (a5 + b5).
(
( 6 a + 6 b ) 3 b + 6 ab − 2 3 a )
( a2 − b2 )3 + ( b2 − c2 )3 + ( c2 − a2 )3
35 Simplifique .
( a − b)3 + ( b − c)3 + ( c − a)3
−1
d.
6
b5 − 6 a2 b3 + 6
a3 b2 − 6 a5 6 ab9 + 6 a10
36 Calcule a . 2 + 1.
6 6 a − ab + b
b+ a
37 Calcule a4 .
45 (OBM 1a fase) Quantos ternos de números reais x, y, z satisfazem o
38 Calcule 2 2 − 3 (1 + 3 ).
sistema abaixo?
x( x + y + z ) = 2.005
39 Calcule 2 − 3 ( 6 − 2 )( 2 + 3 ). y( x + y + z ) = 2.006
z( x + y + z ) = 2.007
40 Racionalize as frações:
1 (A) Nenhum.
a. .
2+ 3− 5 (B) 1.
(C) 2.
(D) 3.
1
b. . (E) 2.006.
4
5−43
46 (OBM 1a fase) Determine x + y, em que x e y são reais, sabendo que
5+ 3 x3 + y3 = 9 e xy2 + x2y = 6.
c. .
5− 3
(A) 1.
1 (B) 2.
d. . (C) 3.
14 + 21 + 15 + 10
(D) 4.
(E) 5.
41 Sendo a, b e c positivos, simplifique a2 + 4 ab + 6 ac + 4 b2 + 12 bc + 9c2 .
47 (OBM 2a fase) Sendo a, b, c reais tais que ab(a + b + c) = 1.001,
99
bc (a + b + c) = 2.002 e ca (a + b + c) = 3.003, encontre abc.
∑
1
42 Calcule .
k +1+
k =1
k
48 (SPIA) Simplifique as expressões a seguir:
43 (OBM 1 fase) Sejam x e y números racionais. Sabendo que
a
5 a2 − a − 4
x − 5 2.006 (A) .
também é um número racional, quanto vale o produto xy? a3 − 1
4 − y 2.006
a6 + a4 + a2 + 1
(B) .
(A) 20. a3 + a2 + a + 1
(B) Pode ser igual a 20, mas também pode assumir outros valores.
(C) 1. 4 2
(C) a + a − 2 .
(D) 6. a6 + 8
(E) Não se pode determinar.
a4 − a2 − 12
(D) .
a4 + 8 a2 + 15
230 IME-ITA – Vol. 1
Álgebra básica MATEMÁTICA II
Assunto 1
2 a4 + 7 a2 + 6 (A) A ∩ B.
(E) . (B) B – {112.011}.
3 a4 + 3 a2 − 6
(C) A – {72.011}.
4 2 2 (D) A.
(F) 5 a + 5 a − 3 a b − 3 b .
4 2
(E) ∅.
a + 3a + 2
08 Os números reais a, b, c e d são tais que a < b < c < d e a + d =
a4 + a2 b 2 + b 4
(G) b + c. Qual é maior: ad ou bc?
a6 − b 6
1 1 1 1 09 (OBM 1a fase) Os números a e b são reais não negativos tais que a3
49 Prove que se + + = , então x2 (y + z) + y2(x + z)
x y z x+y+z + a < b – b3. Então:
+ z2(x + y) = – 2xyz.
(A) b < a < 1.
(B) a = b = 1.
(C) a < 1 < b.
(D) a < b < 1.
01 (OBM 1 a fase) Os números x e y são distintos e satisfazem (E) 1 < a < b.
1 1 a1 a2 a
x − = y − . Então xy é igual a: 10 Se , ,..., n pertencem ao intervalo (α, β) e b1, b2, ..., bn são
x y b1 b2 bn
(A) 4 a + a + ... + an
positivos, prove que 1 2 também pertence a (α, β). Nas
(B) 1 b1 + b2 + ... + bn
(C) –1 t1a1 + t2 a2 + ... + t n an
mesmas condições, se t1, t2,...,tn ≥ 0, prove que
(D) –4 t1b1 + t2 b2 + ... + t n bn
(E) São necessários mais dados. também pertence ao intervalo (α, β).
02 Sendo a, b e c números distintos, simplifique a expressão: 11 Prove que, para todos x e y reais, tem-se que x2 – xy + y2 ≥ 0.
2 b−c 2 c−a 2 a−b
+ + + + + x2 + y2
b − c ( c − a) ( a − b) c − a ( a − b) ( b − c) a − b ( b − c) ( c − a) 12 Para todos x, y e z reais, prove que ( x + y ) z ≤ + z 2.
2
(A) a+b+c 13 Para a, b e c reais, prove que a2 + b2 + c2 ≥ ab + ac + bc.
(B) a–b
1 1 1
(C) (a – b)(b – c)(c – a) 14 Prove que, se a, b e c são positivos, então ( a + b + c ) + + ≥ 9.
(D) 2abc. a b c
(E) 0. a+ b+c+d 4
15 Prove que ≥ abcd para a, b, c, d não negativos.
4
03 Prove que 3 3
2 2 3
16 Para quais valores reais de a e b vale a + b ≥ a + b ?
x y z x ( y − z ) y( z − x ) z( x − y )
= = ⇒ + + = 0.
p( y + z ) q( x + z ) r( x + y ) p q r
17 (AFA) O produto das raízes da equação
( ) +( ) =4
x x
1 a. a8 + a4 + 1.
a.
4 4
2+ 4 + 8+2 4 b. a5 + a4 + a3 + a2 + a + 1.
c. (ab + ac + bc)(a + b + c) – abc.
1+ 3 2
b. d. 2a2b + 4ab2 – a2c + ac2 – 4b2c + 2bc2 – 4abc.
1+ 3 2 + 3 4
e. a(b – 2c)2 + b(a – 2c)2 – 2c(a + b)2 + 8abc.
1 f. a3(a2 – 7)2 – 36a.
c.
3
2 −1 g. a2b2(b – a) + b2c2 (c – b) + a2c2 (a – c).
h. 8a3(b + c) – b3 (2a + c) – c3 (2a – b).
1
d. i. a3 + 5a2 + 3a – 9.
3
4 + 6+39 3
j. a(a + 1)(a + 2)(a + 3) + 1.
1 k. (a +1)(a + 3)(a + 5)(a + 7) + 15.
e.
l. 2(a2 + 2a – 1)2 + 5(a2 + 2a – 1)(a2 + 1) + 2(a2 + 1)2.
2+33
m. (a – b)c3 – (a – c)b3 + (b – c)a3.
n. a2b + ab2 + a2c + ac2 + b2c + bc2 + 3abc.
o. a4 + 2a3 + 3a2 + 2a + 1.
20 (CN) O número real 3 26 − 15 3 é igual a:
p. a4 + b4 + c4 – 2a2b2 – 2a2c2 – 2b2c2.
(A) 5 − 3 . q. a4 + 2a3b – 3a2b2 – 4ab3 – b4.
(B) 7 − 4 3.
x + y = 1
3 3
26 Determine as soluções reais de 2
(C) 3 − 2 . 2 3
x y + 2 xy + y = 2
(D) 13 − 3 3 .
(E) 2. 3 xy
x + y =2
(3 + 2 2 )
2.008
21 (CN) O valor de + 3 − 2 2 é um número 4 xz
(5 2 + 7)
1.338
27 Resolva o sistema =3
x + z
5 yz
(A) múltiplo de 11. y + z =6
(B) múltiplo de 7.
(C) múltiplo de 5.
(D) múltiplo de 3.
x − 3 xy + 2 y + x − y = 0
2 2
(E) primo. 28 (Hungria) Prove que ⇒ xy − 12 x + 15 y = 0.
2 2
x − 2 xy + y − 5 x + 7 y = 0
22 (OBM–1 a fase) O número ( 2 + 2 )3 (3 − 2 )4 + ( 2 − 2 )3
(3 + 2 )4 é: 29 (SPIA) Calcule as somas a seguir:
(A) inteiro ímpar. 1 1 2a 4 a3 8 a7
a. − − − −
(B) inteiro par. 1 − a 1 + a 1 + a2 1 + a4 1 + a8
(C) racional não inteiro.
1 1 2 4 8 16
(D) irracional positivo. b. + + + + +
1 − a 1 + a 1 + a2 1 + a4 1 + a8 1 + a16
(E) irracional negativo.
1 1 1 1 1
23 (OBM–1a fase 2005) Os inteiros positivos x e y satisfazem a equação c. + + + +
a( a + 1) ( a + 1)( a + 2) ( a + 2)( a + 3) ( a + 3)( a + 4) ( a + 4)( a + 5)
1 1
x+ y − x− y = 1. 30 (Barbeau) Prove que se (x + a + b)(x–1 + a–1 + b–1) = 1, então
2 2
(xn + an + bn)(x–n + a–n + b–n) = 1 para todo n inteiro ímpar.
Qual das alternativas apresenta um possível valor de y?
31 (SPIA) Simplifique:
(A) 5.
a − b b − c c − a ( a − b)( b − c)( c − a)
(B) 6. a. + + + .
(C) 7. a + b b + c c + a ( a + b)( b + c)( c + a)
(D) 8.
(E) 9. a3 b − ab3 + b3 c − bc3 + c3 a − ca3
b. .
a2 b − ab2 + b2c − bc2 + c2 a − ca2
24 (OBM 2a fase 2004) Cada um dos números x1, x2,..., x2.004 pode ser
igual a 2 − 1 ou a 2 + 1. Quantos valores inteiros distintos a soma
2.004
c. b + a a − b − a + b b − a .
∑x x = x1 x 2 + x3 x 4 + x5 x6 + ... + x2.003 x2.004 pode assumir? a+ b a − b a+ b a − b
k =1
2 k −1 2 k
32 (CN) Se a, b, c e d são números reais não nulos tais que ad2 + bc2 = 0, 06 (OBM–1a fase) Qual é o maior valor de xy2 se x e y são reais positivos
pode-se afirmar que: cuja soma é 3?
a c a+c (A) 3.
(A) + = ; b + d ≠ 0.
b d b+d (B) 4.
(C) 5.
a b a+ b
(B) + = ; c + d ≠ 0. (D) 6.
c d c+d
(E) 7.
a b a+ b
(C) + = ; c + d ≠ 0.
d c c+d 07 (OBM–3a fase-nível 2) Considere os números reais a e b tais que
(a + b)(a + 1)(b + 1) = 2 e a3 + b3 = 1. Encontre o valor de a + b.
c b b+c
(D) + = ; a + d ≠ 0.
a d a+d 1
08 Prove que se a + b + c = 1, então a2 + b2 + c2 ≥ .
c d c+d 3
(E) + = ; a + b ≠ 0.
b a a+ b
09 Racionalize:
4
a. 8− 2 +1 .
4 4
8+ 2 −1 − 8− 2 −1
1 1 1
01 (CN) Sejam a, b e c números reais não nulos tais que + + = p, 1
ab bc ac b. .
a b c a b c 1+ 3 2 + 23 4
+ + + + + = q e ab + ac + bc = r. O valor de q2 + 6q é
b a a c c b
sempre igual a: 10 (Yaglom)
a = c
a. Prove que se a, b, c e d são racionais, então a + b 2 = c + d 2 ⇒ .
2 2
p r +9 b = d
(A) .
4 b. Conclua que, sob as mesmas condições, tem-se
p2 r 2 − 9 p a + b 2 = c + d 2 ⇒ a − b 2 = c − d 2.
(B) .
12
c. Existem x, y, z e w racionais tais que
(C) p2r2 – 9.
( x + y 2) + ( z + w 2)
4 4
= 2 + 2 2?
2 2
p r − 10 1 1 1
(D) .
4r 11 Se a, b e c são racionais, prove que + + é
( a − b ) ( b − c ) ( c − a )2
2 2
o quadrado de um racional.
(E) p2r2 – 12 p.
12 Se x + y + z = 0, prove que
02 (OBM–2a fase) Calcule:
( 2 + 2 + 1) ( 4
4 2 4
)( ) (
+ 4 2 + 1 64 + 62 + 1 324 + 322 + 1 ) y − z z − x x − y x
x
+
y
+
z
y − z
+
z
y
− x
+
x
z
−
= 9.
y
(1 + 1 + 1) (3
4 2 4
+ 32 + 1) ( 5 4
+ 52 + 1)( 31 + 31 + 1)
4 2
a2 – ab = 1 23 Fatore:
b2 – bc = 1
c2 – ac = 1 a. x4 + x2 + 4x – 3
b. x4 + 4x3 + 8x2 + 9x + 6
O valor de abc · (a + b + c) é igual a:
c. x 4 + x 2 + 2 x + 2
(A) 0. (D) –1.
(B) 1. (E) –3. 24 Fatore:
(C) 2.
a. x5 + x + 1
18 (OBM–2 fase 2011) Encontre todas as soluções reais (x, y, z) do
a b. x10 + x5 + 1
sistema. c. x11 + x6 + x + 1
1
2y = x + 25 (OBM–1a fase) Para cada subconjunto A de {1;2;3;4;5;6;7;8;9;10},
x
1 seja p(A) o produto de seus elementos. Por exemplo, p({1;2;4;5}) = 40 e
2z = y + p(A) = 10! = 1 · 2 · 3 · ... · 10. Por convenção, adote p(∅) = 1. A soma
y
de todos os 210 produtos p(A) é igual a:
1
2x = z +
z (A) 211.
(B) 11!.
19 (OBM–3a fase 2009 nível 2) Resolva, nos números reais, o sistema: (C) 1111.
(D) 211!.
1 1 1 (E) 112!.
x + = y + = z +
y z x
xyz = 1 ( a − b)( b − c)( c − a) 1
26 (OBM–3a fase-nível 2) Dado que = , qual é o
( a + b)( b + c)( c + a) 11
a b c
x + y + z = 77 valor de + + ?
a+ b b+c c+ a
20 (OBM–2a fase) Resolva o sistema
xy + yz + zx + xyz = 946
sendo x ≤ y ≤ z inteiros não negativos.
27 (OBM–1 a fase) Qual é o menor valor que a expressão
21 (OBM–1a fase) Para quantos inteiros positivos k menores que 2.013,
x 2 + 1 + ( y − x )2 + 4 + ( z − y )2 + 1 + (10 − z )2 + 9 pode assumir,
existem inteiros a, b e c, não necessariamente distintos, satisfazendo sendo x, y e z reais?
a2 + b + c = b2 + c + a = c2 + a + b = k?
Sequências
1
1. Introdução De forma geral, vale a seguinte relação:
O presente assunto tem por objetivo definir o que é uma sequência, an = ap + (n – p)r
estudar os principais tipos (progressões aritméticas e geométricas), e
determinar os seus termos, conhecendo-se os termos iniciais e a razão.
Além disso, estudaremos a soma de seus elementos, as propriedades
3.2 Propriedades da PA
da PA e da PG e as aplicações em matemática financeira, como juros Uma das principais propriedades da PA é a simetria em relação ao
simples e compostos. centro. Assim, quando temos uma PA com um número pequeno de termos,
Finalmente, veremos outros tipos de sequências, como defini-las de podemos escrevê-la a partir do termo central para facilitar algumas contas.
forma recursiva (em função de termos anteriores), e alguns métodos para – PA com um número ímpar de termos:
obter um termo geral, como a soma telescópica e outros truques algébricos.
3 termos: (x – r, x, x + r)
De forma intuitiva, uma sequência é uma ordenação dos elementos de E assim sucessivamente.
um conjunto, ou seja, devemos associar cada elemento a uma posição, de – PA com um número par de termos:
modo que exista um primeiro elemento (a1), um segundo elemento (a2),
um terceiro (a3), e assim por diante. 4 termos: (x – 3r, x – r, x + r, x + 3r)
Chamaremos de ai o termo na posição i. Veja que associamos cada 6 termos: (x – 5r, x – 3r, x – r, x + r, x + 3r, x + 5r)
elemento a um número natural i (sua posição).
Atenção: Repare que, ao escrever uma PA com um número par de
Ex.:
termos nessa forma, a razão da PA é 2r.
• (1, 2, 3, 4, 5, ..., n) (sequência dos n primeiros números naturais);
• (1, 1, 2, 3, 5, 8, ...) (sequência de Fibonacci: cada termo é a soma de
Escrevendo a PA com esse formato, conseguimos visualizar outra
dois anteriores);
• (–3, 2, 7, 12, 17, 22) (diferença entre termos consecutivos constante); propriedade importante dela a soma de termos equidistantes do centro
(ou das pontas) é constante, ou seja:
• (5, 10, 20, 40, 80) (razão entre termos consecutivos constante).
3. Progressão aritmética (PA) a1 + an = a2 + an – 1 = a3 + an – 2 = ... = ap + an – p + 1
Chamamos de progressão aritmética toda sequência (a1, a2, a3, ..., an)
cuja diferença entre termos consecutivos é constante: Além disso, se a PA possuir um termo central, então esse termo é a
média aritmética das extremidades.
ak – ak – 1 = r = cte, k ∈ {2, 3, ..., n} 3.3 Soma da PA
Nesse caso, dizemos que r é a razão da PA. Dada uma PA (a1, a2, a3, ..., an), definimos Sn como a soma dos n
primeiros termos da PA, ou seja,
Ex.: (3, 7, 11, 15, ...) PA de razão 4.
Sn = a1 + a2 + …+ an
Veja que a PA fica bem definida se dermos um termo e sua razão, uma
vez que qualquer termo pode ser obtido por meio desses dois parâmetros. Como podemos calcular essa soma?
Dizemos que a PA é crescente se r > 0 e decrescente se r < 0. No
Ex.:
caso em que r = 0, dizemos que a PA é estacionária.
S = 1 + 2 + 3 + ... + 100 →
3.1 Termo geral S = 100 + 99 + 98 + ... + 1
Como dito anteriormente, todo termo de uma PA pode ser obtido por Somando ambas as equações: 2S = 101 + 101 + ... + 101 =
outro termo e pela razão. Por exemplo, se tivermos o termo inicial a1 e a 101 ∙ 100 → S = 101 ∙ 50 = 5.050. 100 vezes
razão r podemos determinar an por meio da seguinte relação:
Repare que, escrevendo a PA ao contrário, juntamos os termos
an = a1 + (n – 1)r equidistantes das pontas, e como vimos anteriormente, a soma desses
termos sempre é igual à soma das extremidades, assim:
Para ver que essa relação é verdadeira, basta pensar que, cada vez Sn = a1 + a2+ ... + an
que andamos para frente na sequência, somamos a razão uma vez. Como
Sn = an + an–1+ ...+ a1
queremos chegar ao termo na posição n, partindo do primeiro termo,
devemos “dar n – 1 passos” na sequência, somando, então, n – 1 vezes r.
n ( n − 1)
Ex.: (3, 6, 12, 24, ...) PG de razão 2.
Pn = a1n q 2
Veja que, como na PA, a PG fica bem definida se tivermos um termo e sua
razão; assim podemos achar o termo geral, utilizando a mesma ideia da PA.
Dizemos que a PG é crescente se ak – ak–1 > 0. Outra maneira de calcular o produto é usando uma propriedade antes
citada em PA, que continua valendo para PG: o produto dos termos
Para que isso ocorra, devemos ter: a1 > 0 e q > 1 ou a1 < 0 e 0 < q < 1. equidistantes das pontas é igual ao produto dos extremos.
Dizemos que a PG é decrescente se ak – ak–1 < 0.
Para que isso ocorra, devemos ter: a1 > 0 e 0 < q < 1 ou a1 < 0 e q > 1. a1an = a1an
a a = aa
Caso q < 0, dizemos que a PG é alternante e, se q = 1, dizemos que 2 n −1 1 n
esta é estacionária. a3 an − 2 = a1an Multiplicando as equações: Pn2 = ( a1an )n
……………….
4.1 Termo geral
an a1 = a1an
Em função do primeiro termo e da razão: an = a1qn – 1
Obs.: Deve-se tomar cuidado ao extrair a raiz quadrada na relação, pois
Em função de um termo qualquer e da razão: a = a qn – p o produto dos termos pode ser negativo (dependendo da quantidade de
n p
termos negativos na sequência).
4.2 Soma dos n primeiros termos da PG
4.4 Progressão geométrica infinita
Considere uma PG (a1, a2, a3, ..., an) de razão q ≠ 1, seja:
Chamamos de PG infinita toda PG com um número infinito de termos.
Sn = a1 + a2 + ...+ an = a1 + a1q + a1q2+ ...+ a1qn–1 (1) Dependendo da razão dessa PG, podemos calcular a soma de seus
Multiplicando por q: qSn = a1q + a1q2 + a1q3+ ... + a1qn (2) elementos, ou seja, existem alguns casos em que a soma infinita converge
(resultando em um número finito).
Subtraindo (2) – (1): Sn(q – 1) = a1(qn – 1) → Sabemos que em uma PG finita, vale a seguinte fórmula:
q n − 1 q n − 1
Sn = a1 , q ≠ 1. Sn = a1 , q ≠ 1.;
q −1 q −1
Mais importante que entender a demonstração da fórmula é lembrar
da ideia por trás dela. Quando queremos calcular uma soma, podemos em que n representa o número de termos a serem somados. Queremos
“perturbá-la”, ou seja, podemos pensar em algum meio de achar uma saber o que ocorre quando esse n tende a infinito.
expressão muito parecida com ela, para subtrair (ou fazer outra operação) Vamos analisar, por exemplo, o caso q = 1/2:
de modo que a maioria dos termos cancele.
Veja que essa foi a motivação principal para multiplicar pela razão, 2 3 10
1 1 1 1 1 1
uma vez que ao multiplicar os termos de uma PG por q, apenas “andamos” 2 = 4 ; 2 = 8 ; 2 = 1.024 .
com a PG para frente.
Outro modo de enxergar a fórmula da soma da PG é usar a própria
definição de PG: Veja que quanto maior o expoente, menor o valor de qn; assim, se n
tende a infinito, podemos ver que qn tende a zero.
a2 = a1q É fácil ver que isso ocorre para todo q, com |q| < 1. Nesse caso,
a3 = a2q trocaremos qn na PG finita por zero, assim:
a1 an, ...) é 176. Se a11 = a1 + 30, então, para qualquer n ∈ *, temos:
S∞ = a1 → S∞ = , q <1
q − 1 1− q
(A) an = 3n – 2. (D) an = 2n + 3.
+∞;a1 > 0 (B) an = 2n – 3. (E) an = 3n + 2.
(C) an = n + 3.
Obs.: Caso q ≥ 1, temos: S∞ = −∞;a1 < 0
0;a = 0
1 Solução: Letra A.
basta pensar no que ocorre com qn na fórmula da PG finita. Se
( a + a ) ⋅ 11 = 176 ⇒ a + a = 32, porém, como a = a + 30,
S11 = 1 11 1 11 11 1
q ≤ –1, a soma infinita não existe. 2
temos: a1 = 1 e a11 = 31. Usando que a11 = a1+10r, têm-se: r = 3, logo:
an = a1 + (n – 1)r = 1 + (n – 1) · 3 = 3n – 2.
termos da PG valem:
01 Calcule o valor da soma 2 + 5 + 8 + 11 + ... + 92.
Solução: Solução:
Esta é a soma de uma PA com a1 = 2, an = 92 e r = 3. Antes de Três números em PG (x/q, x, xq), multiplicando: x3 = 216 ⇒ x = 6.
calcularmos a soma, precisamos saber quantos termos há. Usando que
an = a1 + (n – 1)r, temos 92 = 2 + (n – 1) · 3, que nos dá n = 31. 1 1 10
Somando: x(q + 1 + ) = 26 ⇒ q + = ⇒ 3q2 – 10q + 3 = 0
( a1 + an ) n = ( 2 + 92) ⋅ 31 = 1.457. q q 3
Portanto, segue que a soma é igual a: . 1
2 2 ⇒ q = 3 ou q = .
3
02 Prove que se (a, b, c) é simultaneamente uma PA e uma PG, então,
Logo: (2, 6, 18) ou (18, 6, 2).
a = b = c.
07 Em um certo jogo de azar, apostando-se uma quantia x, tem-se uma
Solução:
a+c das duas possibilidades seguintes:
Como é PA, temos b = . Como é PG, temos b2 = ac. Substituindo
2
a 1a na 2a, temos que: I. Perde-se a quantia x apostada;
2 II. recebe-se a quantia 2x.
a+c
2 2
2 = ac ⇒ a + 2 ac + c = 4 ac ⇒
Uma pessoa jogou 21 vezes da seguinte maneira: na primeira vez, apostou
⇒ a2 − 2 ac + c2 = 0 ⇒ ( a − c ) = 0 ⇒ a = c 1 centavo; na segunda vez, apostou 2 centavos; na terceira vez, apostou
2
J=M–C
5 meses e, em seguida, o montante foi aplicado durante mais 5 meses,
a juros simples de 4% ao mês. No final dos 10 meses, o novo montante
01 Em uma turma de Ciência da Computação formada de 40 rapazes e foi de R$234,00. Qual o valor da quantia aplicada inicialmente?
40 moças, tem-se a seguinte estatística: 20% dos rapazes são fumantes;
30% das moças são fumantes. Logo, a porcentagem dos que não fumam Solução:
na turma é de: Sendo x a quantia inicial aplicada, após os cinco meses o montante era de:
x(1 + 0,06 · 5) = 1,3x. Tendo aplicado esse montante com taxa de juros
Solução: de 4% a.m. durante 10 meses, o montante foi de 1,3x(1 + 0,04 · 10) =
20% dos rapazes = 0,2 · 40 = 8 fumantes; 30% das moças = 0,3 · 40 1,3 · 1,4x = 234, em que x = R$128,57 (aproximadamente).
= 12 fumantes.
Logo, o total de fumantes é 20 e o de não fumantes é 60, que corresponde ni
a 60/80 = 75%. Obs.: Usamos a fórmula dos juros simples: M = C 1 +
100
02 Após se fazer uma promoção em um clube de dança, o número de 06 (AFA) Em julho de 2001, uma pessoa gastava 27,3% do seu salário
com o pagamento da prestação da casa própria. Em 2002, houve dois
frequentadores do sexo masculino aumentou de 60 para 84 e, apesar
disso, o percentual da participação masculina passou de 30% para 24%. reajustes no seu salário: 40% em janeiro e 30% em junho. Se, em julho
Considerando-se essas informações, é correto afirmar que o número de de 2002, o aumento daquela prestação foi de 130%, que porcentagem de
mulheres que frequentam esse clube, após a promoção, teve um aumento seu salário a pessoa passou a gastar?
de:
Solução:
Solução: Sendo x o valor inicial do salário e y o valor da inicial da prestação,
Seja x o total de frequentadores do clube antes da promoção, têm-se: sabe-se que y = 0,273x.
0,3x = 60 em que, x = 200. Assim, o número de frequentadores do sexo Após os dois reajustes: 1,4 ∙ 1,3x = 1,82x. Já a prestação:
feminino era 140. 2,3y = 2,3 ∙ 0,273x = 0,6279x.
Sendo y o número de frequentadores do clube após a promoção, têm-se 0 ,6279 x
Desse modo, a prestação representa: = 0= ,345 34 ,5% do
0,24y = 84 em que, y = 350. Assim, o número de frequentadores do 1,82 x
salário.
sexo feminino passou a ser 266.
Como 266/140 = 1,9 o aumento foi de 90%.
07 (FUVEST) Um país contraiu em 1829 um empréstimo de 1 milhão
de dólares, para pagar em cem anos à taxa de juros de 9% ao ano. Por
03 (VUNESP) Uma mercadoria teve seu preço acrescido de 10%. Tempos
problemas de balança comercial, nada foi pago até hoje, e a dívida foi sendo
depois, esse novo preço sofreu um desconto de 10%. Denotando-se por
p “rolada”, com capitalização anual dos juros. Qual dos valores abaixo está
pi o preço inicial e por pf o preço final da mercadoria, determine f : mais próximo do valor da dívida em 1989?
pi
Adote (1,09)8 ≅ 2.
Solução:
Basta lembrar que aumentos e reduções percentuais são feitos por meio (A) 14 milhões de dólares.
de multiplicação (não soma). Para aumentar 10%, devemos multiplicar por (B) 500 milhões de dólares.
1,10 e para reduzir 10%, multiplicar por 0,90, desse modo: (C) 1 bilhão de dólares.
p (D) 80 bilhões de dólares.
p f = 1,1⋅ 0 ,9 ⋅ pi → f = 0 ,99
pi (E) 1 trilhão de dólares.
Solução: Letra E.
04 (CN) As vendas de uma empresa foram, em 1998, 60% superiores às De 1829 até 1989 passaram-se 160 anos. Usando a fórmula de juros
vendas de 1997. Em relação a 1998, as vendas de 1997 foram inferiores compostos:
em:
M = C(1 + i)n = 106(1 + 0,09)160 = 106 ∙ (1,098)20 = 106 ∙ 220 =
(A) 62,5%. (1.024)2 · 106 > 1012
(B) 60%.
(C) 57,5%. Logo, a dívida passa de 1 trilhão de dólares.
(D) 44,5%.
(E) 37,5%.
6. Somatórios
Solução: Letra E.
Se x representa as vendas de 1998 e y as vendas de 1997, têm-se: O símbolo de somatório serve para representar uma soma de parcelas
1 com mesma lei de formação, podendo ser uma soma finita ou infinita:
x = 1,6 y → y = x = 0 ,625 x , assim as vendas foram inferiores em
1,6 n
1 – 0,625 = 37,5%. ∑a
i =1
i = a1 + a2 + ...+ an
6.1 Propriedades dos somatórios Se (xn) é uma sequência tal que: xn = a · xn–1 + b, a ≠ 0 , dizemos
que esta é uma recorrência de 1a ordem com coeficientes constantes. Para
Existem duas propriedades básicas de somatórios: resolvê-la, podemos utilizar a seguinte ideia:
x x b x
I. O somatório da soma é a soma dos somatórios: xn = a · xn–1 + b, dividindo por an: nn = nn −−11 + n , seja y n = nn tem-se
a a a a
b b
n n n y n = y n −1 + → y n − y n −1 = n , como temos uma diferença de
∑ ( ai + bi ) = ∑ai + ∑bi
i =1 i =1 i =1
an a
consecutivos, vamos usar soma telescópica.
Ex.: b
n
y n − y n −1 = a n 1 n −1
∑ ( ai + bi ) = ( a1 + b1 ) + ( a2 + b2 ) + ... + ( an + bn ) = − 1
i =1
y − y = b y − y =
n
b b a (soma da PG)
n n
+ n −1 n−2
a n −1
n 1 Σ
k =2 a
k
=
a2 1 − 1
= ( a1 + a2 + ... + an ) + ( b1 + b2 + ... + bn ) = ∑ai + ∑ bi a
i =1 i =1
b
II. Podemos colocar uma constante multiplicando para fora do somatório y 2 − y1 = a2
n n
Voltando o problema para variável original:
∑ λa i = λ ∑ai
i =1 i =1 x n x1 b 1 − a n − 1 a n −1 a n −1 − 1
n
− = 2 n −1 ⇒ x n = x1 ⋅ a + b ⋅
a a a a 1− a a −1
Obs.: Basta pensar que colocamos λ em evidência.
7. Soma telescópica
1 1 1
Dada uma sequência (a 1, a 2, ...,a n), definimos a diferença de 01 Calcule a soma + + +…
1+ 2 1+ 2 + 3 1+ 2 + 3 + 4
consecutivos por: n = an – an – 1, ∀n ∈ {2, 3, ..., n}.
1
∆
+
1 + 2 + 3 + ... + 2.006
Repare que ao somarmos todas as diferenças de consecutivos, cada
termo aparece ora com sinal “+”, ora com sinal “–”, o que faz com Solução:
que a maioria se cancele, sobrando apenas o primeiro termo e o último. Veja que
Chamamos essa soma de soma telescópica:
2.006
1 2.006
2 2.006
1 1
S=∑ =∑ = 2∑ − =
n
k =2 1 + 2 + ... + k k =2 k ( k + 1) k =2 k k + 1
∑∆a = ( a
i =2
i 2 − a1 ) + ( a3 − a2 ) + ... + (an − an −1) = an − a1 ⇒ 1
= 2 −
1 2.005
=
2 2.007 2.007
1 1
n
02 D e t e r m i n e o v a l o r d a s o m a : S = + +…
∑ ∆a = an − a1 1⋅ 2 ⋅ 3 2 ⋅ 3 ⋅ 4
i 1
i =2 +
n ( n + 1) ( n + 2 )
A ideia, então, é tentar transformar uma soma em uma diferença de
Solução:
modo que as diferenças tenham termos em comum, cancelando a maioria
Perceba que:
desses termos.
1 1 1 1
= −
Ex.: 1· 2 · 3 2 1· 2 2 · 3
1 1 1 1 1 1
+ + ... + = 1 − + − + ... 1 = 1 1 − 1
1⋅ 2 2 ⋅ 3 n(n + 1) 2 2 3 + 2 · 3 · 4 2 2 · 3 3 · 4
1 1 1 n
+ − = 1− =
n n +1 n+1 n+1 1 1 1 1
= −
n · (nn + 1) · (n + 2) 2 n · (n + 1) (n + 1) · (n + 2)
8. Recorrências de 1a ordem 1 1 1 1 n2 + 3 n + 2 − 2 n ( n + 3)
S= − = =
Chamamos de recorrência qualquer sequência em que um termo 2 2 ( n + 1) ( n + 2 ) 2 2 ( n + 1) ( n + 2 ) 4 ( n + 1) ( n + 2 )
pode ser obtido por meio de alguma relação com os termos anteriores.
Quando em uma recorrência cada termo depende apenas do termo x 0 = 2 , x1 = 5
03 Resolva a seguinte recursão: x = 5 x − 6 x
imediatamente anterior, dizemos que essa recorrência é de 1a ordem. n
n −1 n−2
n
1 3 4k + 6k2 + 4k + 1
3
z n − z n −1 = (diferença de consecutivos; soma telescópica) →
32 Assim, (k + 1)4 – k4 = 4k3 + 6k2 + 4k + 1
n
1 n 3 Aplicando somatório dos dois lados:
→ z n − z0 = ⋅ ∑
3 k =1 2 n ( n + 1) ( 2 n + 1) n ( n + 1)
( n + 1) − 1 = 4S3 + 6
4
+4 +n⇒
6 2
3 n
− 1 ⇒ 4S3 = (n4 + 4n3 + 6n2 + 4n) – (2n3 + 3n2 + n) – (2n2 + 2n) – n ⇒
x n x0 1 3 2 → xn − 2 =
− 0 = ⋅ ⋅
2 n
2 3 2 3 −1 2n
n ( n + 1)
2
2 n 4 + 2 n3 + n 2
⇒ S3 = ⇒ S3 =
4 2
3 n − 2n
→ x n = 2.2 + 3 − 2 → x n = 2 + 3
n n n n n
= n
2 Caso geral: Sp = ∑nk=1 kp
n
É fácil ver que as ideias usadas anteriormente continuam valendo
9. ∑ k p (somatório das p -ésimas para todo p natural, ou seja, o cálculo de Sp pode ser obtido da diferença
k=1 (k + 1)p + 1 – kp aplicando-se somatório na expressão. Desse modo, Sp
potências dos N primeiros naturais) dependerá das somas anteriores e de (n + 1)p + 1 – 1, em que Sp será um
polinômio de grau p + 1 sem termo independente.
Para determinar a soma das p-ésimas potências dos n primeiros
naturais, vamos analisar alguns casos particulares p = 1, p = 2 e
p = 3. A ideia é pensar em algum jeito de desenvolver esses somatórios, 10. PA de ordem superior
de modo que a solução também funcione em um caso geral.
Dizemos que uma sequência (a1, a2, a3, ..., an) forma uma PA de 2a ordem
se as diferenças ai formam uma PA não estacionária.
1o caso: p = 1
∆
n
S1 = ∑ k = ? Ex.: (1, 3, 6, 10, 15, 21) é PA de 2a ordem, pois suas diferenças são: (2,
k =1 3, 4, 5, 6) PA não estacionária.
Poderíamos usar a soma da PA, mas isso não serviria para generalizar
o problema. Temos que usar outra estratégia. De modo geral, uma PA de ordem k(k > 2) é uma sequência na qual
as diferenças entre cada termo e o termo anterior formam uma PA de
Pensando no que vimos na apostila, uma ideia para resolver somas é
ordem k – 1.
transformar cada termo em uma soma de diferenças (soma telescópica).
Como k é um termo do 1o grau, podemos pensar na diferença de dois
termos do 2o grau: (k + 1)2 – k2 = 2k + 1. Ex.: (0, 0, 6, 24, 60, 120, 210, ...) é PA de 3a ordem, pois suas diferenças
valem:
Definindo ak = k2, temos ak + 1 – ak = 2k + 1 (diferença de
(0, 6, 18, 36, 60, 90, ...) PA de 2a ordem, uma vez que olhando para
consecutivos), aplicando somatório dos dois lados.
n n n
as diferenças temos:
∑(a − ak ) = ∑ ( 2 k + 1) ⇒ ( n + 1) − 1 = n + 2∑k ⇒ (6, 12, 18, 24, 30, ...) PA não estacionária.
2
k +1
k =1 k =1 k =1
n
(n 2
+ 2nn + 1) − 1 − n n ( n + 1)
10.1 Teoremas importantes
⇒∑ k= = Teorema 1:
k =1 2 2
Se (an) é uma PA não estacionária, então an é um polinômio em n de
2o caso: p = 2 grau um e, reciprocamente, todo polinômio em n de grau um é termo geral
n
de alguma PA não estacionária.
S2 = ∑ k2 = ?
k =1
Usando a mesma ideia, diminuir o grau usando uma diferença:
(k + 1)3 – k3 = 3k2 + 3k + 1 e aplicando somatório dos dois lados:
Ex.:
(⇒) Ida: Se (an) é PA não estacionária, então:
an = a1 + (n – 1) · r = r · n + a1 – r (r ≠ 0) que é um polinômio do
01 Obter o termo geral da sequência (1, 3, 7, 13, 21, ...)
1o grau em n.
Solução:
(⇐) Volta: Se an = a · n + b, a ≠ 0, então an – an – 1 = (a · n + b) – Olhando para a sequência formada pelas diferenças de termos consecutivos
[a · (n – 1) + b] = a = cte. (2, 4, 6, 8, ...) que é uma PA não estacionária, em que a sequência original
é uma PA de 2a ordem.
Assim (an) é PA não estacionária de razão a e a1 = a + b. Como toda PA de 2a ordem tem termo geral do 2o grau:
an = an2 + bn + c. Fazendo n = 1, 2 e 3:
Teorema 2: a + b + c = 1(1)
( 2) − (1): 3 a + b = 2
Seja Sn a soma dos n primeiros termos de uma sequência (an). Se 4 a + 2 b + c = 3 ( 2 ) → → a = 1, b = −1, c = 1
(an) é uma PA não estacionária, então Sn é um polinômio em n de grau 9 a + 3 b + c = 7 ( 3 ) ( 3 ) − ( 2): 5a + b = 4
dois desprovido de termo independente e reciprocamente, todo polinômio
de grau dois desprovido de termo independente é o valor da soma dos n Assim, an = n2 – n + 1.
primeiros termos de alguma PA não estacionária.
02 Determine a soma dos 20 primeiros termos da sequência (2, 4, 8, 14,
Ex.: 22 ...), que é uma PA de 2a ordem.
(⇒) Ida: Se (an) é PA não estacionária, então: Solução:
A diferença dos termos consecutivos forma a sequência 2, 4, 6, 8, (...), que é
Sn =
( a1 + an ) n = ( a1 + a1 + ( n − 1) r ) n = r ⋅ n2 +
2 a1 − r
⋅ n ( r ≠ 0)
uma PA não estacionária, em que a sequência original é uma PA de 2a ordem.
2 2 2 2 Assim, Sn (soma dos n primeiros termos) é um polinômio do 3o grau sem
termo independente.
Ex.: 1 3 2 1 2
Assim, Sn = n + n2 + n → S99 = ⋅ 993 + 992 + ⋅ 99 = 333.300.
A demonstração foge ao escopo do assunto. 3 3 3 3
Caso queira demonstrar basta utilizar que ∑nk=1 kp é um polinômio de Solução (2):
grau p + 1 sem termo independente junto ao teorema 3. Podemos utilizar as conhecidas somas:
n
n ( n + 1) ( 2 n + 1) n
n ( n + 1)
∑k 2
=
6
e ∑k =
2
k =1 k =1
Pedro e Cristian, sentadas em círculo, da seguinte maneira: Antônio recebe
uma moeda, Pedro recebe duas, Cristian três, Antônio quatro, Pedro cinco,
01 (AFA) Quantos números não múltiplos de 11 há no conjunto Cristian seis, Antônio sete, e assim por diante, até não haver mais moedas
suficientes para continuar o processo.
{x ∈ N| 51 ≤ x ≤ 1.500}?
Quantas moedas sobraram ao final do processo?
(A) 1.210.
08 (ARGENTINA) Dados os números 7 e 15, determine um terceiro
(B) 1.318.
número positivo tal que, ao se efetuar de todas as maneiras possíveis, a
(C) 1.406.
soma de dois quaisquer deles multiplicada pelo restante se obtenham três
(D) 1.412.
números em progressão aritmética. Indique todas as soluções.
(E) n.r.a.
02 (AFA) O número formado por 3 algarismos em progressão aritmética 1 1 1
09 Sabendo que (a, b, c) e , , estão em progressão aritmética,
com soma 15 e que, adicionado a 396, dá como resultado ele mesmo b c d
escrito em ordem inversa é:
demonstre que 2ad = c(a + c).
(A) par.
10 Dada uma progressão aritmética na qual o primeiro termo é 12 e a
(B) primo.
razão é 4, qual o valor de n, se a média aritmética dos n primeiros termos
(C) múltiplo de 7.
dessa progressão é 50?
(D) divisível por 13.
11 (FUVEST) Em uma PA de termos positivos, os três primeiros termos
03 (AFA) A soma dos 15 primeiros termos da sequência (–2, 1, 4, 7,...)
são: (1 − a,− a, 11 − a ). Qual o quarto termo dessa PA?
vale:
(A) 2. (D) 5.
(A) 260.
(B) 3. (E) 6.
(B) 285.
(C) 4.
(C) 330.
(D) 345.
12 Determine cinco números em progressão aritmética, sabendo que sua
5n − 4 soma é 40 e a soma dos inversos dos extremos, 1/3.
04 (AFA) O termo geral de uma progressão aritmética é . A soma
3
dos n primeiros termos da progressão vale: 13 (FGV) Quantos termos devemos tomar na PA –7, –3, ... a fim de que
a soma valha 3.150?
n2 − 5 n
(A) .
3 14 (FFCL-USP) A soma de quatro termos consecutivos de uma PA é –6
2 e o produto do primeiro deles pelo quarto é –54. Determine esses termos.
(B) 5 n − 3 n .
6
15 (OLIMPÍADA DE MATEMÁTICA DE NATAL) Os inteiros de 1 a 1.000
5 n2 − 16 n
(C) . são escritos ordenadamente em torno de um círculo. Partindo de 1, cada
3 décimo quinto número é riscado (isto é, são riscados 1, 16, 31,...). O
10 n2 − 8 n processo continua até se atingir um número já previamente riscado.
(D) . Quantos números sobrarão sem riscos?
6
05 (ITA) As dimensões x, y e z de um paralelepípedo retângulo estão em (A) 800. (D) 862.
progressão aritmética. Sabendo que a soma dessas medidas é igual a (B) 934. (E) Nenhuma correta.
33 cm e que a área total do paralelepípedo é igual a 694 cm2, então o (C) 933.
volume desse paralelepípedo, em cm3, é igual a:
16 (EUA) Se ƒ(x) = x2 + 3x + 2 e A = {1, 2, 3, ........., 1.993}, para
(A) 1.200. quantos elementos x, pertencentes ao conjunto A, ƒ(x) é divisível por 6?
(B) 936.
(C) 1.155. 17 Em uma progressão aritmética com um número par de termos, a soma
(D) 728. dos termos de ordem ímpar é 70 e a soma dos termos de ordem par é 85.
(E) 834. A soma dos extremos é 31. Forme a progressão.
06 (ITA) Suponha que os números 2, x, y e 1.458 estão, nessa ordem, 18 Mostre que o produto de quatro termos consecutivos de uma
em progressão geométrica. Desse modo, o valor de x + y é: progressão aritmética de inteiros, aumentado da quarta potência da razão,
é um quadrado perfeito.
(A) 90.
(B) 100. 19 Os lados de um triângulo retângulo formam uma progressão aritmética
(C) 180. crescente. Mostre que a razão da progressão é igual ao raio do círculo
(D) 360. inscrito no triângulo e que os lados são diretamente proporcionais aos
(E) 1.460. números 3, 4 e 5.
IME-ITA – Vol. 1 243
MATEMÁTICA III
Assunto 1
20 Devemos colocar 500 bolas formando um triângulo, com uma bola 31 (ENEM)
na primeira linha, duas na segunda linha, três na terceira, etc. Em março de 2010, o Conselho Nacional de Desenvolvimento
Científico e Tecnológico (CNPq) reajustou os valores de bolsas de estudo
a. Quantas bolas sobrarão? concedidas a alunos de iniciação científica, que passaram a receber
b. Quantas linhas haverá? R$360,00 mensais, um aumento de 20% com relação ao que era pago até
então. O órgão concedia 29 mil bolsas de iniciação científica até 2009, e
21 Em uma sequência (an), a soma dos n primeiros termos é, para todo esse número aumentou em 48% em 2010.
n, Sn = n2 + 2n . Determine an. O Globo. 11 mar. 2010.
22 Prove que se (a, b, c, d) estão em PG, então vale a relação: Caso o CNPq decidisse não aumentar o valor dos pagamentos aos
(b – c)2 = ac + bd – 2ad. bolsistas, utilizando o montante destinado a tal aumento para incrementar
ainda mais o número de bolsas de iniciação científica no país, quantas
23 (FUVEST) Os números a1, a2, a3 formam uma progressão aritmética bolsas a mais que em 2009, aproximadamente, poderiam ser oferecidas
de razão r de modo que a1+ 3, a2 – 3, a3 – 3, estejam em progressão em 2010?
geométrica. Dado ainda que a1 > 0 e a2 = 2, conclui-se que r é igual a:
(A) 5,8 mil.
3 (B) 13,9 mil.
(A) 3 + 3 . (D) 3− . (C) 22,5 mil.
2
3 (D) 51,5 mil.
(B) 3 + . (E) 3− 3 .
(E) 94,4 mil.
2
(C) 3 + 3 . 32 (UFPE) Segundo pesquisa recente, 7% da população brasileira é
4
analfabeta, e 64% da população de analfabetos é do sexo masculino. Qual
percentual da população brasileira é formado por analfabetos do sexo
24 A espessura de uma folha de estanho é 0,1 mm. Forma-se uma pilha
feminino?
de folhas colocando-se uma folha na primeira vez e, em cada uma das
vezes seguintes, tantas quantas já houverem sido colocadas anteriormente.
(A) 2,52%.
Depois de 33 dessas operações, a altura da pilha será, aproximadamente:
(B) 5,20%.
(C) 3,60%.
(A) a altura de um poste de luz.
(D) 4,48%.
(B) a altura de um prédio de 40 andares.
(E) 3,20%.
(C) o comprimento da praia de Copacabana.
(D) a distância Rio-São Paulo.
33 (PUC-CAMP) Um trabalhador comprou uma bicicleta, conseguindo
um abatimento de 10% sobre o preço marcado. Do valor a ser pago, 40%
25 Existe alguma progressão geométrica que admite 8, 12 e 27 como
foi dado como entrada e o restante foi pago em 5 parcelas sem juros, no
termos?
valor de R$41,04 cada. O valor do abatimento obtido foi:
26 Determine três números em progressão geométrica, sabendo que a
(A) R$32,00.
sua soma é igual a 52 e que o maior deles excede em 20 unidades a soma
(B) R$35,00.
dos outros dois.
(C) R$38,00.
(D) R$40,00.
27 Determine as geratrizes das dízimas periódicas:
(E) R$42,00.
a. 0,141414141... d. 1,030503050...
34 (FUVEST) Em certa população, 18% das pessoas são gordas, 30% dos
b. 0,345454545... e. 1,711111111...
homens são gordos e 10% das mulheres são gordas. Qual é a porcentagem
c. 0,999999999... f. 1,488888888...
de homens na população?
25 a2 2 2
28 (IME) Em uma PG, tem-se a1 = e a4 = 2( a + 1) , com 35 (ESPM) Uma pessoa fez um investimento em ações. No primeiro
2
4( a + 1) 5a semestre, ela perdeu 30% do capital aplicado e no segundo semestre ela
a > 0.
recuperou 60% do que havia perdido. Em relação ao investimento inicial,
a. Quais os valores de a para os quais a PG é decrescente? seu prejuízo nesses dois semestres foi de:
1
b. Qual o limite da soma dos termos para q = a − ? (A) 22%.
5
(B) 24%.
29 Uma pessoa pagou 20% de uma dívida. Se R$4.368,00 correspondem (C) 12%.
a 35% do restante a ser pago, determine a dívida total. (D) 16%.
(E) 18%.
30 Os capitais de R$20.000,00, R$30.000,00 e R$50.000,00 foram
aplicados à mesma taxa de juros simples mensal durante 4, 3 e 2 36 (ENEM) Uma pessoa aplicou certa quantia em ações. No primeiro mês,
meses, respectivamente. Obtenha o prazo médio de aplicação desses ela perdeu 30% do total do investimento e, no segundo mês, recuperou
capitais, ou seja, o tempo por que seria necessário aplicar o capital total 20% do que havia perdido. Depois desses dois meses, resolveu tirar o
(R$100.000,00) à mesma taxa anterior para obtermos o mesmo retorno. montante de R$3.800,00 gerado pela aplicação.
A quantia inicial que essa pessoa aplicou em ações corresponde ao valor de: Esse veículo foi vendido pelo seu primeiro dono, após 5 anos de uso, por
R$24.000,00. Sabendo-se que o valor comercial do veículo atinge seu valor
(A) R$4.222,22. mínimo após 20 anos de uso, e que esse valor mínimo corresponde a 20%
(B) R$4.523,80. do valor que tinha quando era novo, então esse valor mínimo é, em reais:
(C) R$5.000,00.
(D) R$13.300,00. (A) menor que 4.500.
(E) R$17.100,00. (B) maior que 4.500 e menor que 7.000.
(C) múltiplo de 7.500.
37 (UFCE) José e João possuem uma empresa cujo capital é de (D) um número que não divide 12.000.
R$150.000,00. José tem 40% de participação na sociedade e deseja
aumentar a sua participação para 55%. Se João não deseja alterar o
valor, em reais, de sua participação, o valor que José deve empregar na
empresa é:
01 (IME) Seja uma progressão aritmética de primeiro termo a1 ≠ 0 e último
1
(A) R$110.000,00. termo a10 ≠ a1 ≠ 0. Seja a progressão aritmética de primeiro termo b1 = e
a1
(B) R$90.000,00. 1 a
último termo b10 = . É possível determinar 5 em função de a1 e a10?
(C) R$170.000,00. a10 b6
(D) R$50.000,00.
(E) R$82.500,00. 02 (UERJ) O quadriculado abaixo deve ser preenchido por inteiros
positivos de forma que cada linha e cada coluna formem uma progressão
38 (UERJ) João abriu uma caderneta de poupança e, em 10 de janeiro aritmética. Qual deve ser o número na posição *?
de 2006, depositou R$500,00 a uma taxa de juros, nesse ano, de 20%.
Em 10 de janeiro de 2007, depositou mais R$1.000,00. Para que João *
tenha, nessa poupança, em 10 de janeiro de 2008, um montante de
R$1.824,00, a taxa de juros do segundo ano deve corresponder a: 74
186
(A) 12%.
103
(B) 18%.
(C) 14%. 0
(D) 20%.
(E) 16%. 03 Calcule a soma de todos os inteiros compreendidos entre 100 e 400
que não são divisíveis nem por 2, nem por 3, nem por 5.
39 (UFMG) O preço de venda de determinado produto tem a seguinte
composição: 60% referentes ao custo, 10% referentes ao lucro e 30% 04 (IME) Calcule a soma dos n primeiros termos de uma PA cujo primeiro
referentes a impostos. Em decorrência da crise econômica, houve um termo é a, sabendo que o quociente da soma dos n primeiros termos pela
aumento de 10% no custo desse produto, porém, ao mesmo tempo, soma dos n seguintes é independente de n.
ocorreu uma redução de 20% no valor dos impostos. Para aumentar as
vendas do produto, o fabricante decidiu, então, reduzir seu lucro à metade. 05 (ITA) Em uma progressão aritmética com 2n + 1 termos, a soma
É correto afirmar, portanto, que, depois de todas essas alterações, o preço dos n primeiros é igual a 50 e a soma dos n últimos é 140. Sabendo que
do produto sofreu redução de: a razão dessa progressão é um número inteiro entre 2 e 13, qual o último
número?
(A) 5%.
(B) 19%. 06 Calcule o maior valor possível para a razão de uma PA que admita os
(C) 10%. números 32, 227 e 942 como termos da progressão.
(D) 25%.
(E) 11%. 07 Podem os números 2, 3 e 5 serem termos de uma mesma
progressão aritmética?
40 (PUC-SP-97) Um veículo de transporte de passageiros tem seu
valor comercial depreciado linearmente, isto é, seu valor comercial sofre 08 Prove que em qualquer PG vale a seguinte relação:
desvalorização constante por ano. Veja a figura seguinte.
(S(n))2 + (S(2n))2 = S(n)(S(2n)+S(3n)), em que S(n) é a soma dos n
primeiros termos da PG.
valor (R$)
09 (FUVEST) A soma dos cinco termos de uma PG, de razão negativa,
1
é . Além disso, a diferença entre o sétimo termo e o segundo termo da
2
PG é igual a 3. Nessas condições, determine:
a. a razão da PG.
b. a soma dos três primeiros termos da PG.
0 20 tempo
IME-ITA – Vol. 1 245
MATEMÁTICA III
Assunto 1
10 Sejam a = 111...1 (n dígitos iguais a 1) e b = 100... 05 (n – 1 dígitos 23 Existe alguma progressão aritmética infinita de razão diferente de zero
iguais a 0). Prove que ab + 1 é um quadrado perfeito e determine sua que pode ser formada apenas por números primos?
raiz quadrada.
24 Mostre que não existe uma progressão aritmética infinita cujos termos
11 (IME) Seja N = 44... 488... 89, em que há n 4’s e (n – 1) 8’s. Prove são todos quadrados perfeitos.
que N é um quadrado perfeito.
25 Seja Mn = {0, a1 a2 a3 ... an|ai = 0 ou 1; 1 ≤ i ≤ n – 1 e an = 1} um
12 Larga-se uma bola de uma altura de 5 m. Após cada choque com o conjunto de frações decimais e sejam Tn e Sn, respectivamente, o número
solo, ela recupera apenas 4/9 da altura anterior. Determine: de termos e a soma dos termos de Mn. Qual o valor da razão Sn , quando
n tende ao infinito? Tn
a. a distância total percorrida pela bola.
b. o tempo gasto pela bola até parar. 26 Suprimindo-se um dos elementos do conjunto {1, 2, ..., n}, a média
aritmética dos elementos restantes é igual a 16,1. Determine:
13 (AIME) Um determinado dígito d é tal que 0,d25d25d25d25...=
n , em que n é um inteiro positivo. Determine n. a. o valor de n.
810 b. o elemento suprimido.
∞ k
14 Calcule ∑ 1
k ⋅ .
27 (IME-CG) Uma sequência a0, a1, a2, ... é tal que ai+1 – 2ai + ai –1 = K
2 para todo i ≥ 1. Determine an em função de a0, a1, n e K.
k =1
15 (UFMG) No período de um ano, certa aplicação financeira obteve um 28 A sequência {an} satisfaz a1 = a2 = 1 e an+2 = 1 + an, para todo n.
rendimento de 26%. No mesmo período, porém, ocorreu uma inflação de
Determine a2.010 . an+1
20%. Então, é correto afirmar que o rendimento efetivo da referida aplicação
foi de: 29 Krushenko salta 1 metro no primeiro salto, 2 metros no segundo,
4 metros no terceiro, ..., 2n – 1 metros no salto número n. Há alguma
(A) 3%. (D) 4%. possibilidade de Krushenko escolher as direções dos seus saltos de modo
(B) 6%. (E) 5,2%. a conseguir voltar ao ponto de partida?
(C) 5%.
30 Calcule o valor da soma Sn = 1 · 3 + 2 · 4 + 3 · 5 +...+ n(n+2).
16 (FGV) Uma empresa desconta do salário anual de seus funcionários
certa porcentagem para um plano de previdência privada. O desconto 31 Os números (4, 6, 13, 27, 50, 84) estão em uma PA de ordem k.
é de p% sobre R$28.000,00 de renda anual, mais (p + 2)% sobre o Determine o 30o termo.
montante anual do salário que excede R$28.000,00. João teve desconto
total de (p + 0,25)% do seu salário anual para o plano de previdência 32 Seja A = {1, 2, ..., p}. Calcule o valor da soma dos produtos que se
privada. O salário anual de João, em reais, sem o desconto do plano podem obter usando como fatores dois elementos distintos de A.
de previdência é:
33 Determine o valor da seguinte expressão: 1 ∙ 100 + 2 ∙ 99 + 3 ∙ 98
(A) R$28.000,00. + …+ 100 ∙ 1.
(B) R$42.000,00.
(C) R$32.000,00. 34 Seja (a1, a2, … , an) uma PA de 2a ordem, com bi = ai+1 – ai,
(D) R$56.000,00. ∀i ∈ {1, 2, …, n – 1}, e r = b2 – b1. Determine Sn = a1 + a2 + …+ an
(E) R$35.000,00. em função de a1, b1, r e n.
17 Se (an) é uma progressão aritmética de termos não nulos, calcule, em 1+ 2 1+ 2 + 3 1+ 2 + 3 + 4
35 (IIT) Calcule a soma S = + + + ...
1 1 1 13 + 23 13 + 23 + 33 13 + 23 + 33 + 43
função de a1, an, e n, o valor de + + ... + .
a1 ⋅ a 2 a2 ⋅ a3 an −1 ⋅ an
99
∑ ( k + 1)
1
18 Calcule .
k + k k +1
k =1
121 01 Seja a0, a1, ..., an,... uma sequência de números satisfazendo
19 Qual a PG de cinco termos cuja soma é e o produto é 243?
3
n
1
(3 – an+1)(6 + an) = 18 e a0 = 3. Determine S = ∑ .
20 Calcule o valor da soma de n parcelas Sn= 1 + 11 +...+ 111...1. i = 0 ai
02 (YAGLOM) Considere a sequência a1, a2, a3, ..., a100 de números reais
21 As medidas dos lados de um triângulo são expressas por números tais que:
inteiros em PG e seu produto é 1.728. Calcule as medidas dos lados.
x > 0. Determine x.
primeiros termos possuem exatamente quatro dígitos e que o último termo
a2 − 4 a3 + 3 a4 ≥ 0 possui cinco dígitos.
........................
∞
∑ (3
a98 − 4 a99 + 3 a100 ≥ 0 6k
05 (PUTNAM) Calcule .
k
− 2 ) ( 3 k +1 − 2k +1 )
k
a99 − 4 a100 + 3 a1 ≥ 0 k =1
a100 − 4 a1 + 3 a2 ≥ 0 min{m, n}
06 (OBM-U) Calcule ∑∑ 3 m+ n
, em que min{m, n} é o menor
m≥0 n≥0
Considerando que a1=1, determine os números a2, a3, ... , a100. número entre m e n. Por exemplo, min {3, 4} = 3.
1 2 bn
03 (USAMO) A sequência xn é definida por x1 = , x k +1 = x k2 + x k . Encontre 07 (IMC) Seja a0 = 2,b0 = 2, an +1 = 2 − 4 − an2 ,bn +1 = .
2 2 + 4 + bn2
1 1 1 an
a parte inteira da soma + + ... + . Considere, então, a sequência cn = ; determine o valor de c11.
x1 + 1 x 2 + 1 x100 + 1 bn
Análise combinatória
2
1. Introdução III. E se no problema anterior os algarismos fossem todos distintos?
Talvez você já tenha se perguntado quantos são os resultados diferentes Solução:
em uma loteria como a mega-sena ou quanto tempo seria necessário para __ __ __ __ ⇒ 9 ∙ 9 ∙ 8 ∙ 7 = 4.536 possibilidades.
acertar uma senha caso fosse tentar todas as possibilidades. 9 9 8 7
Com o intuito de determinar o número de maneiras de ocorrer um
dado evento e resolver problemas desse tipo, criou-se um ramo na Repare que começamos a escrever o número da esquerda para a
matemática conhecido como análise combinatória. Sua ideia principal é direita. Assim, na primeira casa temos nove possibilidades, pois o zero
agrupar problemas com ideias comuns, determinando, assim, os conceitos não entra. Na casa seguinte continuamos com nove, uma vez que só não
principais necessários para resolução. podemos utilizar o algarismo da primeira casa (o zero pode entrar) e depois
Neste assunto veremos os conceitos principais de combinatória: vamos sempre perdendo um algarismo.
o Princípio Fundamental da Contagem (PFC) e o Princípio Aditivo, que
basicamente são as ferramentas para o desenvolvimento de toda teoria. O que ocorreria se começássemos da direita para a esquerda no
Além disso, veremos as ideias principais de combinatória, como as problema anterior?
permutações, os arranjos e as combinações.
Encerrando este assunto, encontram-se tópicos menos tradicionais, __ __ __ __
como a Inclusão-Exclusão, os Lemas de Kaplansky e a Permutação ? 8 9 10
Caótica. Veja que, nesse caso, o número de possibilidades para o algarismo
das unidades de milhar não está definido, pois dependeria se o zero foi
Obs.: Este assunto possui diversos exemplos diferentes, uma vez que utilizado anteriormente ou não. Se o zero tiver sido utilizado, teremos sete
boa parte do aprendizado em Combinatória está associado ao número de possibilidades, caso contrário, teremos seis.
questões já vistas anteriormente.
Isso ocorre uma vez que esta é a casa com maior restrição (o zero
não entra), logo é importante que toda decisão com maior restrição seja
2. Princípio fundamental da contagem tomada primeiro.
(PFC)
Considere o seguinte problema: João decide sair de casa. Ele abre,
3. Princípio aditivo
então, seu armário e percebe que possui três calças e cinco blusas. De Para resolver o tipo de problema que ocorreu no último exemplo,
quantos modos diferentes João pode se vestir? quando começamos pelo algarismo das unidades, podemos usar o
Basta ver que para cada opção de calça João tem cinco opções de princípio aditivo:
blusa. Como ele pode escolher três calças diferentes, temos 3 ∙ 5 = 15
possibilidades. Dados dois conjuntos disjuntos A e B, temos: n(A∪B) = n(A) + n(B),
De modo geral, se podemos tomar uma decisão de m maneiras e, se em que n(X) denota o número de elementos de X.
uma vez tomada essa decisão, podemos tomar outra de n maneiras, então
o número de maneiras de tomar ambas as decisões é mn. Vejamos, então, o exemplo anterior:
__ __ __ __ ⇒ 9 ∙ 10 ∙ 10 ∙ 10 = 9.000 possibilidades.
9 10 10 10
Ex.:
I. Quantos números pares de 5 algarismos distintos podem ser Somando: λ (λ – 1) (λ – 2)2 + λ (λ – 1)2 = λ (λ – 1)(λ2 – 3λ + 3)
formados?
0 ⇒ 9 ∙ 8 ∙ 7 ∙ 6 ∙ 1= 3.024 possibilidades.
__ __ __ __ __ Veja que na verdade isso é uma aplicação direta do PFC, uma vez que
9 8 7 6 1 basta determinar que elemento ocupa cada posição:
... → Pn = n .( n − 1)... .1 := n ! → Pn = n!
2o caso – não terminando em zero. n n −1 1
II. (Morgado) A figura abaixo mostra um mapa com quatro países: Ex.:
I. Dada uma palavra qualquer, chamamos de anagrama qualquer
permutação simples de suas letras, mesmo que essa permutação
não tenha significado.
Solução:
Basta permutar suas letras. Como existem 7 letras distintas:
De quantos modos esse mapa pode ser colorido (cada país com uma P7 = 7! = 5.040.
cor, países com uma linha fronteira comum não podem ter a mesma cor)
se dispomos de λ cores diferentes?
II. Cinco casais desejam ocupar uma escada com cinco degraus para
tirar uma foto. Sabendo que cada degrau deve ser ocupado por
Solução: exatamente um casal, determine o número de maneiras desses casais
Faremos menção a cada país como um quadrante do ciclo se organizarem para a foto.
trigonométrico.
Se começarmos a pintar o 1oQ, depois o 2oQ e assim por diante, o Solução:
número de possibilidades para o 4oQ não fica definido, uma vez que o 1oQ • Primeiro, devemos permutar os casais nos degraus: P5 = 5! = 120.
e o 3oQ podem ser pintados da mesma cor ou não. Assim, devemos abrir • Depois, devemos decidir em cada casal quem ficará à direita: 25 = 32.
em casos: • Pelo PFC: 120 ∙ 32 = 3.840 possibilidades.
1o caso – 1oQ = 3oQ III. Determine o número de anagramas da palavra HORTELÃ que possuem
todas as vogais juntas.
Solução:
λ–1 λ Sempre que um problema pedir para que alguns objetos fiquem juntos
⇒ λ (λ – 1)2 podemos tratá-los como um único objeto, já que podem ser vistos como
uma única caixa (bizu da caixinha).
1 λ–1
Assim, podemos considerar que essa palavra possui apenas cinco 6.1 Permutações completas (com repetição)
letras, sendo estas as quatro consoantes e a caixinha com as vogais.
• Primeiro, devemos permutar essas letras: P5 = 5! = 120. O que ocorre quando queremos determinar o número de anagramas de
uma palavra com letras repetidas? Por exemplo: quantos são os anagramas
• Depois, devemos permutar as vogais dentro da caixa: P3 = 3! = 6.
da palavra CASA?
• Pelo PFC: 120 ∙ 6 = 720.
Considerando as letras A como vogais distintas, temos 4! = 24
IV. Considerando a palavra do exemplo anterior, determine o número de permutações. Porém, como essas vogais são iguais, cada permutação
anagramas que possuem H e R separados: é contada duas vezes (CA1SA2 = CA2SA1), assim têm-se 12 anagramas.
De modo geral, se uma letra aparece n vezes, basta pegar o total de
Solução: permutações e dividir por n!, uma vez que fixadas as demais letras temos
Outra ideia importante em combinatória é olhar para o complementar n! maneiras de permutar essas letras iguais.
de um conjunto em relação ao total, uma vez que em muitos problemas é Chamamos de permutação completa cada ordenação de n objetos com
mais fácil fazer o contrário do que é pedido na questão. elementos repetidos ou não, e representamos por Pnα1, α2 , ..., αk o número
Neste problema, queremos saber o número de anagramas que de permutações completas de n objetos, sendo α1 o número de objetos
possuem H e R separados; porém, pelo exemplo anterior, já sabemos do 1o tipo, α2 do 2o tipo e assim por diante. Como os α’s representam a
resolver isso quando os objetos estão juntos. Sendo assim: multiplicidade de cada objeto, devemos ter α1 + α2 +...+ αk = n.
• Total de anagramas: P7 = 7! = 5.040. Assim, o número de permutações completas será dado por:
• Anagramas com H e R juntos: P6 ∙ P2 = 6! ∙ 2!= 720 ∙ 2 = 1.440.
• Resposta: 5.040 – 1.440 = 3.600 anagramas. α ,α 2 ,...,α k n!
Pn1
=
α1 ! α 2 !...αk !
Obs.: Essa ideia só foi rápida porque ele queria apenas duas letras separadas.
No caso de o problema pedir mais de duas letras não adjacentes, podemos
resolver de outra maneira, que será vista mais à frente. 6.2 Permutações circulares
E no caso de determinar o número de maneiras de colocar n pessoas
5. Arranjos simples em um círculo com seus lugares equiespaçados, considerando iguais
disposições obtidas por meio de rotação?
Muitos problemas em combinatória estão associados a determinar Fazendo o caso n = 4 (o caso geral é igual): Se a fila formada fosse
o número de ordenações em que alguns objetos podem ser distribuídos. em linha reta, teríamos 4! = 24 maneiras de ordená-los. Porém, repare
Porém, nem sempre estamos interessados em utilizar todos os objetos que em um círculo temos configurações iguais (por rotação), como as
disponíveis. Por exemplo: considere que em um parque de diversões representadas abaixo:
existem 20 pessoas querendo entrar em uma montanha-russa. Ela possui
apenas quatro assentos, com disponibilidade para exatamente uma pessoa. B A A D
De quantos modos essa montanha-russa pode ser composta?
Repare que, na verdade, assim como nas permutações, esse é apenas
mais um exemplo de aplicação direta do PFC: = =
20 ⋅19 ⋅18 ⋅ ... ⋅ 1 20 !
⇒ 20 ⋅19 ⋅18 ⋅17 = =
20 19 18 17 16 ⋅15 ⋅ ... ⋅ 1 16 ! C D B C
Em um caso geral, se temos n objetos e queremos ordenar p desses
objetos, chamamos de arranjo de n escolhe p (An,p) o número de maneiras D C C B
de fazer essa ordenação:
n! = =
⋅⋅⋅ → An, p = Anp = n ( n − 1) ⋅ ⋅ ⋅ ( n − p + 1) = →
n n −1 n − p+1 ( n − p)!
n!
→ An, p = A B D A
( n − p)!
Nesse caso, devemos dividir o total de permutações simples por 4,
6. Outras permutações obtendo 6 permutações. No caso geral, com n objetos, teríamos n rotações
no círculo de onde basta dividir o total por n.
Ao resolver muitos problemas de combinatória, é comum contarmos
Denotamos por (PC)n o número de permutações circulares que podem
erroneamente elementos inicialmente iguais como distintos. Nesses casos,
ser obtidas com n objetos, assim:
devemos tentar agrupar as soluções iguais, vendo quantas vezes cada
objeto está sendo contado repetidamente.
n!
Os casos mais clássicos em que isso ocorre são nas permutações ( PC)n = = ( n − 1)!
completas (com repetição) e nas circulares. n
iguais, 6 camisas iguais e 10 caixas de chocolate também idênticas. De
Existem alguns casos em que estamos interessados apenas em quantos modos pode-se dividir esses presentes entre os dois de modo
escolher um subconjunto de objetos dentro de um conjunto maior que cada um receba, pelo menos, 3 bolas de futebol, 2 camisas e 2 caixas
disponível, não importando a ordem com que isso é feito. Um exemplo: de chocolate?
supondo que você possui um grupo de 10 amigos e deseja escolher três
para fazer uma viagem com você, de quantos modos isso pode ser feito? Solução:
Se a ordem fosse importante, a resposta seria A10,3 = 10 ∙ 9 ∙ 8 = 720. Considere os irmãos A e B. Repare que, como os objetos do mesmo
Porém, como nesse caso a ordem não importa às escolhas: (A1, A2, A3); tipo são idênticos, não é importante quais vamos escolher, o importante
(A1, A3, A2); (A2, A1, A3); (A2, A3, A1); (A3, A1, A2); (A3, A2, A1) são todas é quantos vamos escolher. Então, temos:
iguais, ou seja, cada escolha está sendo contada seis vezes, logo, basta
dividir o total por 6, obtendo 120 escolhas possíveis. • 1a etapa – Divisão das bolas: 3 opções – (3,5); (4,4); (5,3)
• 2a etapa – Divisão das camisas: 3 opções – (2,4); (3,3); (4,2)
Ou seja, de modo geral, basta considerar as escolhas com ordem
• 3a etapa – Divisão das caixas: 7 opções – (2,8); (3,7); (4,6);...; (8,2)
e depois dividir pelo fatorial da quantidade de termos escolhidos para
• Resposta: 3 · 3 · 7 = 63 modos.
consertar isso.
Sendo assim, se temos n objetos e queremos escolher p, chamamos 03 (UFRJ) Uma partícula desloca-se sobre uma reta, percorrendo 1 cm
de combinações simples o número de escolhas distintas:
para a esquerda ou para a direita a cada movimento. Calcule de quantas
An,p maneiras diferentes a partícula pode realizar uma sequência de 10
n!
Cn, p = = movimentos terminando na posição de partida.
p! ( n − p)! p!
Solução:
Representemos cada movimento para a esquerda por E e cada movimento
para a direita por D. Veja que para terminar no ponto de partida, é necessário
ter 5 Ds e 5 Es. Além disso, veja que cada maneira de realizar os 10
01 (UFRJ) A mala do Dr. Z tem um cadeado cujo segredo é uma movimentos pode ser vista como uma sequência desses 5 Ds e 5 Es.
combinação com cinco algarismos, cada um dos quais podendo variar Então, o número de maneiras de se realizar esses movimentos é:
de 0 a 9. Ele esqueceu a combinação que escolhera como segredo, mas
5,5 10 !
sabe que atende às condições: =
P10 = 252
5 !5 !
• se o 1o algarismo é ímpar, então o último também é ímpar; 04 Oito crianças vão se dividir em dois times de 4 para disputar uma
• se o 1o algarismo é par, então o último é igual ao 1o; partida de futebol. De quantas maneiras isso pode ser feito se:
• a soma do 2o com o 3o é 5.
a. um time joga com camisa e o outro joga sem?
Quantas combinações diferentes atendem às condições estabelecidas b. os dois times jogam sem camisa?
pelo Dr. Z?
Solução:
Solução: a. Dentro de cada time, não importa a ordem na qual é feita a escolha,
Sejam ABCDE os dígitos (nessa ordem). Vamos dividir o problema em portanto precisamos usar combinação. Para o time com camisa, temos
casos: 8!
=C84 = 70 . Para o time sem camisa, colocamos as crianças
4 !4 !
1o caso – A é ímpar. 4!
• A: 5 opções (1, 3, 5, 7, 9) C44 = 1 maneira possível.
restantes, o que só pode ser feito de=
0 !4 !
• B: 6 opções (0, 1, 2, 3, 4, 5) Então, são 70 ∙ 1 = 70 maneiras.
• C: 1 opção (fica determinado pela escolha de B)
• D: 10 opções b. O que muda aqui é que a divisão passa a ser feita em grupos
• E: 5 opções (também é ímpar nesse caso)
indistinguíveis. Veja que se 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 são as crianças, as
divisões 1234/5678 e 5678/1234 são iguais (só porque os dois times
No 1o caso, temos o total de 5 ∙ 5 ∙ 6 ∙ 1 ∙ 10 = 1.500 combinações.
estão sem camisa – no item a, essas duas divisões são diferentes).
Portanto, estamos contando duas vezes cada configuração. Logo,
2o caso – A é par.
precisamos dividir por 2 para contar apenas uma vez, o que nos dá a
• A: 5 opções (0, 2, 4, 6, 8) 70
resposta
• B: 6 opções = 35.
2
• C: 1 opção
• D: 10 opções
8. Soluções inteiras não negativas
• E: 1 opção (E = A)
No 2 caso, temos o total de 5 ∙ 1 ∙ 6 ∙ 1 ∙ 10 = 300.
o
Os conceitos iniciais de combinatória, como a permutação e a
combinação, envolvem a ordenação ou a escolha de determinados objetos.
Como dividimos em casos (disjuntos), devemos somar as respostas dos E se quiséssemos distribuir objetos idênticos a um grupo de pessoas?
casos, obtendo, assim, 1.500 + 300 =1.800 como resposta. Como isso deve ser feito?
e como eles devem ser separados em n grupos, deve-se inserir n – 1 não negativas de x + y + z = 8, se x ≤ 3?
divisórias entre esses pontos. O número de soluções é o número de
trocas possíveis entre as posições das divisórias (que vamos representar Solução:
por barras) e dos pontos. Nesse caso, como já se sabe limitar uma variável por baixo (ver
Para facilitar a visualização, considere o seguinte exemplo: exemplo I), podemos calcular o total de soluções, sem restrições, e subtrair
aquelas que possuem x ≥ 4.
Quantas soluções existem para a equação: x + y + z = 3? Vamos 10 !
Total de soluções (sem restrição): = 45 soluções.
representar cada solução de acordo com o que foi exposto acima: 8 !2!
Soluções com x ≥ 4, temos x = x’ + 4, em que x’ + y + z = 4 que
(3, 0, 0) •••|| (0, 2, 1) |••|•
6!
possui = 15 soluções.
(0, 3, 0) |•••| (1, 0, 2) •||•• 4 !2!
Resposta: 45 – 15 = 30.
(0, 0, 3) ||••• (1, 2, 0) •|••|
Obs.: No caso de termos mais de uma variável limitada por cima, o
(1, 1, 1) •|•|• (2, 1, 0) ••|•| problema fica um pouco mais difícil. Esse tipo de problema será visto em
um tópico mais a frente chamado de inclusão-exclusão.
(0, 1, 2) |•|•• (2, 0, 1) ••||•
9. Combinações com repetição
É fácil entender que existe uma bijeção entre as soluções e as
representações por pontos e barras, ou seja, para determinar o número de (ou completa)
soluções da equação basta determinar o número de permutações existentes.
Já vimos o número de maneiras de escolher p objetos distintos
No caso geral, temos p pontos e n – 1 barras, logo temos Pnn+−p1,−p1 dentre n disponíveis. E se pudéssemos escolher um mesmo objeto mais
soluções inteiras não negativas. de uma vez?
Nesse caso, a pergunta a ser respondida é quantas vezes cada objeto
Ex.: será escolhido, e alguns deles podem não ser escolhidos.
I. (Limitando as variáveis por baixo) Qual o número de soluções inteiras
O problema pode ser visto basicamente como o número de soluções
não negativas de x + y + z = 5, se x ≥ 2?
inteiras não negativas de uma equação. Assim se xi é o número de vezes
que o objeto i é escolhido, e se chamarmos o número de escolhas possíveis
Solução:
de ( CR )np (combinação com repetição de n objetos tomados p a p) temos:
Podemos simplesmente substituir variáveis. Se x ≥ 2, então existe
x’ ≥ 0 inteiro tal que x = x’ + 2, assim a equação fica:
5!
p
x1 + x2 + ... + x n = p ⇒ ( CR ) n = Pnn+−p1,−p1 =
( n + p − 1)! = C p
3,2
x’ + y + z = 3 que possui P= 5 = 10 soluções. p!( n − 1) ! n + p−1
3 !2!
soluções.
Uma interpretação para esse problema é pensar que queremos
distribuir cinco objetos idênticos entre três pessoas, porém uma delas Ex.: De quantos modos podemos comprar 3 refrigerantes em uma loja
deve receber pelo menos dois. Podemos então entregar primeiro dois onde há 5 tipos de refrigerantes?
objetos a essa pessoa e depois distribuir três objetos de qualquer maneira
entre as três pessoas. Solução:
Devemos determinar quantas vezes cada refrigerante será
II. (Se a soma for menor ou igual a um número) Qual o número de escolhido, ou seja, devemos ver quantas soluções possui a equação:
soluções inteiras não negativas de x + y + z ≤ 5? x1 + x2 + x3 + x4 + x5 = 3.
n = (CR)5, 3 = C7, 3 = 35.
10. Lemas de Kaplansky Temos quatro espaços para cinco sinais “–”. Assim devemos
determinar quantos sinais “–” entram em cada espaço, e como não existem
Existem diversos problemas de análise combinatória com restrições em dois sinais “+” adjacentes, nos espaços do meio deve existir pelo menos
relação à escolha dos elementos. Um problema muito comum é determinar um sinal de “–”. Assim, o problema é equivalente: x + y + z + w = 5;
o número de maneiras de se escolher alguns objetos, não podendo escolher com y ≥ 1 e z ≥ 1.
objetos consecutivos dentro de uma ordem dada. Observe a seguir uma Fazendo y = y’ + 1 e z = z’ + 1, têm-se: x + y’ + z’ + w = 3, que
resolução para esse problema. 6!
3,3
possui: P=
6
= 20 soluções.
3 !3 !
10.1 Primeiro Lema de Kaplansky
Quantos subconjuntos de p elementos existem no conjunto Obs.: Apesar dessa solução ser mais trabalhosa que a primeira, é
{1, 2, 3, ..., n} sem elementos consecutivos? importante conhecê-la, uma vez que essa ideia ajuda a resolver alguns
Vejamos, como exemplo, o caso n = 8 e p = 3. problemas mais gerais que o Primeiro Lema.
Uma forma de enxergar a escolha de elementos dentro de um conjunto 10.2 Segundo Lema de Kaplansky
é pensar que, na verdade, devemos olhar para todos os elementos
do conjunto e assim ir definindo quem entra e quem não entra no seu Veja o seguinte problema: de quantos modos um atleta pode escolher
subconjunto. sua rotina de treino semanal, se ele deve treinar três vezes na semana,
Ou seja, para cada elemento pode-se atribuir um sinal “+” (ele entra mas não pode treinar dias consecutivos para não ter fadiga muscular?
no subconjunto) ou um sinal “–” (ele não entra no subconjunto). (Considere que uma vez escolhida sua rotina, esta não pode ser alterada
na semana seguinte).
Pensando assim, o que aconteceria se não existisse a restrição quanto
à escolha de elementos consecutivos? O problema apresentado acima é parecido com o Primeiro Lema de
Kaplansky, pois temos sete dias na semana e devemos escolher três
Vejamos alguns subconjuntos de três elementos que podem ser sem dois consecutivos para treinar. O que muda nesse problema é que o
formados: início de uma semana é consecutivo ao final de outra, ou seja, existe uma
{1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} {1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8} situação circular no conjunto dado.
{1, 2, 3} ⇒ {2, 5, 7} ⇒
+++−−−−− −+−−+−+− Mas geralmente, quer-se determinar o número de subconjuntos de p
elementos que se pode formar com n elementos distribuídos em círculo,
É fácil entender que existe uma bijeção entre os subconjuntos e a como na figura ao lado: 1
representação com os sinais, assim o total de subconjuntos (podendo n 2
Desse modo, a única parte diferente do
existir elementos consecutivos) pode ser visto como o número de
problema é que devemos considerar 1 e n n – 1 3
5,3 8!
permutações com três sinais “+” e cinco “–”, que seria: P= 8
= C83 como elementos consecutivos.
5 !3 !
Uma vez que a única mudança que ocorre
(em um certo sentido, escolher é equivalente a permutar e depois descontar
é que ao entrar o elemento n o 1 não pode
a ordem, ou seja, permutar com elementos iguais).
mais ser escolhido, vamos abrir em casos:
No Primeiro Lema de Kaplansky, o que muda é que na hora de permutar
não podemos ter sinais “+” adjacentes. Assim, caímos em outro problema,
quantas permutações de cinco sinais “+” e três sinais “–” existem sem
1o caso – O elemento n entra no subconjunto.
sinais “+” adjacentes?
1a solução: Fixando os sinais de “–” Nesse caso, faltam escolher p – 1 elementos no conjunto {2,
Podemos simplesmente pensar que os sinais “–” estão fixos e que 3, 4, ..., n – 2} sem dois consecutivos, em que as extremidades
queremos espalhar os sinais “+”, nesse caso, têm-se: não são consecutivas. Pelo Primeiro Lema isso pode ser feito de
f ( n − 3, p − 1) = C(pn−−13)−( p−1)+1 = Cnp−−1p−1 .
f ( n, p) = C(pn − p+1) n
g( n, p) = Cnp− p
n− p
2a solução: Fixando os sinais de “+”
Deve-se distribuir os cinco sinais “–“ nos espaços representados a
seguir:
10 livros em uma prateleira e queremos reordená-los de modo que os só cor escolhida entre 3 disponíveis. De quantas maneiras pode-se pintar
livros não fiquem em sua posição inicial. De quantos modos podemos o conjunto de esferas?
organizá-los?
No caso mais geral, considerando o conjunto {1, 2, 3, ..., n}, queremos (A) 30. (C) 28.
determinar o número de permutações de seus elementos, de modo que (B) 27. (D) N.R.A.
nenhum elemento i caia na posição i.
Solução: Letra C.
Uma ideia comum em combinatória é olhar para o problema contrário.
Nesse caso, vamos determinar o total de permutações e subtrair daquelas p
Trata-se de uma combinação completa ( CR )n = Cn + p−1, p com n = 3 e
que têm pelo menos um elemento na posição original. 8!
6 6
p = 6, assim: ( CR )=
3 C=
8 = 28 soluções.
6 !2!
• Total de permutações: n!
• Permutações com pelo menos um elemento na posição original: 02 Quantas sãs as soluções inteiras não negativas de x + y + z + w < 8?
Repare que precisamos determinar o número de permutações que Solução:
possuem o 1 na primeira posição, ou o 2 na segunda posição, ou o 3 na Como estamos interessados nas soluções inteiras, se x + y + z + w < 8,
terceira posição e assim por diante (ou não sendo no sentido excludente). devemos ter: x + y + z + w 7, que é equivalente a x + y + z + w + f = 7.
Assim queremos achar uma união de conjuntos. 7,4 11!
Nesse caso, devemos permutar 7 pontos e 4 barras: P= 11
= 330
7 !4 !
Chamando de Ai os conjuntos que possuem o elemento i em sua soluções.
posição inicial, queremos determinar: n( A1 ∪ A2 ∪ ... ∪ An ) .
03 Quantas são as soluções inteiras positivas de x + y + z = 8?
Pelo Princípio da inclusão-exclusão:
Solução:
n (A1 ∪ A2 ∪ ... ∪ An) = Soma (1 a 1) – Soma (2 a 2) + ... + (–1) n+1
· Como as soluções são positivas, devemos ter:
Soma (n a n) x ≥ 1; y ≥ 1; z ≥ 1, em que x = x '+ 1; y = y '+ 1; z = z '+ 1 com x’, y’ e z’
inteiros não negativos, logo: x’ + y’ + z’ = 5.
5,2 7!
Para determinar o número de elementos de uma interseção k a k, basta Permutando cinco pontos e duas barras: P= = 21 soluções.
7
notar que temos k elementos fixos e os outros permutando de qualquer 5 !2!
maneira, logo temos (n – k)! possibilidades. 04 (UFRJ) Uma estante de biblioteca tem 16 livros: 11 exemplares do
livro Combinatória é fácil e 5 exemplares de Combinatória não é difícil.
Ex.: Considere que os livros com mesmo título sejam indistinguíveis. Determine
A1 ∩ A2 são as permutações em que o 1 e o 2 estão fixos e os demais de quantas maneiras diferentes podemos dispor os 16 livros na estante de
permutando, logo possui (n – 2)! elementos. modo que dois exemplares de Combinatória não é difícil nunca estejam
Finalmente, como toda interseção k a k tem (n – k)! elementos, a juntos.
soma k a k é determinada pelo número de interseções k a k que podem
Solução:
( )
ser formadas Cnk vezes (n – k)!
n
Representemos por F os livros Combinatória é fácil e por D os livros
k +1 Combinatória não é difícil. Normalmente, em combinatória, começamos
n( A1 ∪ A2 ∪ ... ∪ An ) = ∑ Cnk ( −1) ( n − k )! = pela restrição. Esse aqui é um dos poucos casos em que a ordem de
k =1
execução é contrária. Coloque os 11 F lado a lado:
n n
n! 1
=∑ ( −1) k +1 ( n − k ) ! = n ! ∑ ( −1) k +1 _F_F_F_F_F_F_F_F_F_F_F_
k =1 k !( n − k )! k =1 k !
Dos 12 espaços determinados acima, precisamos escolher 5 para
Finalmente sendo Dn o número de permutações caóticas, temos: colocarmos os D. Isso garante que os D não ficarão juntos, que é a restrição
n do problema. Veja que a ordem da escolha não é importante, portanto,
k +1 1 1 1 1 1
Dn = n !− n ! ∑ ( −1) = n !− n ! − + − ... + ( −1)n +1 ⇒ 5 12!
k! 1! 2! 3! n! usamos combinação e temos = C12 = 792 .
k =1 5 !7 !
Desejando efetuar um ataque com dois grupos, um frontal com r soldados
e outro da retaguarda com s soldados (r + s = n), ele poderá dispor seus
PFC, permutação, arranjo e combinação homens de:
Obs.: Considere os números iniciados com o algarismo 0 (por exemplo, n! 2n !
(B) maneiras. (E) maneiras.
0123), número de 3 algarismos. r ! s! r ! s!
n!
02 (UFRJ) Quantos números de 4 algarismos podemos formar com o (C) maneiras.
( )!
rs
algarismo 2 aparecendo ao menos uma vez?
03 (UFRJ) Um construtor possui quatro cores (verde, amarelo, cinza 11 (ITT JEE) Uma classe tem n alunos. Precisamos formar uma equipe
com eles, incluindo pelo menos dois estudantes e excluindo pelo menos
e bege) para pintar cinco casas dispostas em uma rua, lado a lado. Ele
deseja que cada casa seja pintada com apenas uma cor e que duas dois alunos. O número de maneiras de formar a equipe é:
casas consecutivas não possuam a mesma cor. Determine o número de
(A) 2n – 2n.
possibilidades diferentes de pintura.
(B) 2n – 2n – 2.
(C) 2n – 2n – 4.
04 (MORGADO) De um baralho comum (52 cartas) sacam-se sucessivamente
e sem reposição 3 cartas. Quantas são as extrações nas quais a primeira carta
12 (ITA) O número de arranjos de n + 2 objetos tomados cinco a cinco
é de copas, a segunda é um rei e a terceira não é uma dama?
vale 180n. Nessas condições, concluímos que:
05 (EFOMM) O código Morse usa “palavras” contendo de “1 a 4 letras”, (A) n é número par.
cujas “letras” são ponto e traço. Quantas palavras existem no código
(B) n é um número primo.
Morse?
(C) n está compreendido entre 100 e 200.
(D) n é um número ímpar.
06 (MORGADO) Quantos são os anagramas da palavra CAPÍTULO:
(E) n é divisível por 5.
a. que começam por consoante e terminam por vogal?
13 (ITA) Quantos anagramas com 6 caracteres distintos podemos formar
b. que têm as letras C, A, P juntas nessa ordem?
usando as letras da palavra QUEIMADO, anagramas estes que contenham
c. que têm as letras C, A, P juntas em qualquer ordem?
duas consoantes e que, entre as consoantes, haja pelo menos uma vogal?
d. que têm as vogais e consoantes intercaladas?
e. que têm a letra C no 1o lugar e a letra A no 2o lugar? (A) 7.200. (D) 3.600.
f. que têm a letra C no 1o lugar ou a letra A no 2o lugar?
(B) 7.000. (E) 2.400.
g. que têm a letra C no 1o lugar ou a letra A no 2o lugar ou a letra P
(C) 4.800.
no 3o lugar?
14 (MORGADO) Quantos são os números naturais de 7 dígitos nos quais
07 (OLIMPÍADA BELGA) Um número inteiro não negativo é dito palíndromo
o dígito 4 figura exatamente 3 vezes, e o dígito 8 exatamente 2 vezes?
se ele, ao ser lido da esquerda para a direita, for igual quando lido da direita
para a esquerda. Por exemplo: 121, 0, 2002 e 4 são palíndromos. O número 15 (VUNESP) A figura a seguir mostra a planta de um bairro de uma cidade.
de palíndromos que são menores que 1.000.000 é:
Uma pessoa quer caminhar do ponto A ao ponto B por um dos percursos
mais curtos. Assim, ela caminhará sempre nos sentidos “de baixo para
(A) 900. (D) 1.999.
cima” ou “da esquerda para a direita”. O número de percursos diferentes
(B) 1.991. (E) 2.220.
que essa pessoa poderá fazer de A até B é:
(C) 1.993.
(A) 95.040.
08 (ITA) Se colocarmos em ordem crescente todos os números de cinco
(B) 40.635.
algarismos obtidos com 1, 3, 4, 6 e 7, a posição de número 61.473 será:
(C) 924.
(D) 792.
(A) 76o.
(E) 35.
(B) 78o.
(C) 80o.
16 (UFRJ) Um grupo constituído por 4 mulheres e 4 homens deve ocupar
(D) 82o.
as 8 cadeiras dispostas ao redor de uma mesa circular. Esse grupo deve
(E) N.D.A.
ser acomodado de modo que cada homem sente entre duas mulheres.
João e Maria estão nesse grupo de pessoas; entretanto, por motivos
09 (ITA) Quantos números de seis algarismos distintos podemos formar
de ordem estritamente pessoal, não podem sentar-se lado a lado.
usando os dígitos 1, 2, 3, 4, 5 e 6 nos quais o 1 e o 2 nunca ocupam
Duas acomodações das pessoas ao redor da mesa são consideradas
posições adjacentes, mas o 3 e o 4 sempre ocupam posições adjacentes?
diferentes quando pelo menos uma não tem o mesmo vizinho à direita,
(A) 144. (D) 288. nas duas acomodações. Determine o número de diferentes acomodações
possíveis dessas 8 pessoas ao redor da mesa circular.
(B) 180. (E) 360.
(C) 240.
IME-ITA – Vol. 2 255
MATEMÁTICA III
Assunto 2
17 Uma criança possui 96 blocos distintos. Cada bloco pode ser de 2 25 (UFF) Quinze (15) pessoas, sendo 5 homens de alturas diferentes e
materiais (plástico ou madeira), 3 tamanhos (pequeno, médio ou grande), 10 mulheres também de alturas diferentes, devem ser dispostas em fila,
4 cores (azul, verde, vermelho e amarelo) e 4 formatos (círculo, hexágono, obedecendo ao critério: homens em ordem crescente de altura e mulheres
quadrado e triângulo). Quantos desses blocos diferem do bloco “plástico em ordem decrescente de altura. De quantos modos diferentes essas 15
médio vermelho círculo” em exatamente dois quesitos? (Um exemplo seria pessoas podem ser dispostas nessa fila?
o bloco “madeira médio vermelho quadrado”.)
26 (MORGADO) Quantas soluções inteiras não negativas de x1 + x2 +
18 (AFA) Em uma demonstração de paraquedismo, durante a queda livre, x3 + x4 + x5 + x6 = 20 existem nas quais exatamente 3 incógnitas são
participam 10 paraquedistas. Em certo momento, 7 deles devem dar as nulas? Em quantas pelo menos três são nulas?
mãos e formar um círculo. De quantas formas distintas eles poderão ser
escolhidos e dispostos nesse círculo? 27 (MORGADO) Qual é o número máximo de termos de um polinômio do
grau p com n variáveis?
(A) 120. (C) 86.400.
(B) 720. (D) 151.200. 28 (ITT) O número de soluções inteiras não negativas de x1 + x2 + x3 +
4x4 = 20 é:
19 (AFA) Dez balões azuis e oito brancos deverão ser distribuídos em
três enfeites de salão, de modo que um deles tenha 7 balões e os outros (A) 530. (C) 532.
dois, no mínimo, 5. Cada enfeite deve ter 2 balões azuis e 1 branco, pelo (B) 534. (D) 536.
menos. De quantas maneiras distintas pode-se fazer os enfeites, usando
simultaneamente todos os balões? 29 (JOSÉ PLÍNIO-PRC) De quantas maneiras as letras da palavra
INDIVISIBILIDADE podem ser permutadas de modo que duas letras “I”
(A) 9. (C) 11. nunca fiquem juntas?
(B) 10. (D) 12.
30 (EN) Quantos são os anagramas da palavra ESCOLA nos quais
20 Quantas são as peças de um dominó comum?
nenhuma letra ocupa o seu lugar primitivo?
21 (UFRJ) Um campeonato de futebol foi disputado por 10 equipes em (A) 719. (D) 100.
um único turno, de modo que cada time enfrentou cada um dos outros (B) 265. (E) 249.
apenas uma vez. O vencedor de uma partida ganha 3 pontos e o perdedor (C) 197.
não ganha ponto algum; em caso de empate, cada equipe ganha 1 ponto.
Ao final do campeonato, tivemos a seguinte pontuação:
(A) 35!. (D) 5 5 !. (B) 6 · 106 e 7 · 106. (E) 10 · 106 e 11 · 106.
(C) 7 · 106 e 8 · 106.
35 !
(B) . (E) eπ 163
.
5!
12 (ITA) Considere (P) um polígono regular de n lados. Suponha que os
35 ! vértices de (P) determinem 2n triângulos, cujos lados não são lados de
(C) .
5 (P). O valor de n é:
05 (MORGADO) No quadro abaixo, de quantos modos é possível formar (A) 6. (D) 20.
a palavra MATEMÁTICA, partindo de um M e indo sempre para a direita
(B) 8. (E) Não existe esse polígono.
ou para baixo?
(C) 10.
M
13 (MORGADO) No início de uma festa há 6 rapazes desacompanhados
M A
e 10 moças desacompanhadas. Quantos são os estados possíveis no
M A T fim da festa?
M A T E
14 (MORGADO) São dados n pontos em círculo. Quantos n-ágonos (não
M A T E M
necessariamente convexos) existem com vértices nesses pontos?
M A T E M A
M A T E M A T 15 (JOSÉ PLÍNIO-PRC) Quantos números distintos podem ser formados
M A T E M A T I pelo produto de dois números ou mais do multiconjunto {3, 4, 4, 5, 5,
6, 7, 7, 7}. (Obs.: Um multiconjunto é um conjunto em que o número de
M A T E M A T I C
cópias de um elemento é relevante.)
M A T E M A T I C A
16 (MORGADO) Quantas são as permutações simples dos números 1,
06 Para a Seleção Brasileira de Futebol foram convocados 22 jogadores,
2, ..., n nas quais o elemento que ocupa a k-ésima posição é maior que
os quais jogam em todas as posições, exceto dois deles, que só jogam k – 3, para todo k?
no gol. De quantos modos podem ser selecionados os 11 titulares?
17 Determine o número de triplas ordenadas de conjuntos (A, B, C) tais
07 (ITA) Dispomos de seis cores diferentes. Cada face de um cubo será
que: A ∪ B ∪ C = {1, 2, 3, ..., 2013} e A ∩ B ∩ C = ∅.
pintada com uma cor diferente, de forma que as seis cores sejam utilizadas. De
quantas maneiras isso pode ser feito, se uma maneira é considerada idêntica 18 Calcule o número de subconjuntos de três elementos escolhidos de
à outra, desde que possa ser obtida a partir desta por rotação do cubo?
{21, 22, 23, ..., 22013} tais que eles formem uma PG.
08 (JOSÉ PLÍNIO-PRC) De quantas maneiras 8 contas distintas podem 19 (JOSÉ PLÍNIO-PRC) Determine o número de pares ordenados (a, b)
ser colocadas em um cordão elástico de modo a formar uma pulseira?
tais que MMC (a, b) = 23 · 35 · 57.
09 (UFRJ) Para montar um sanduíche, os clientes de uma lanchonete 20 (EN) A partir de um conjunto de 19 atletas, formam-se 57 times de 4
podem escolher:
atletas cada. Todos os atletas participam de um mesmo número de times
e cada par de atletas fica junto no mesmo time um mesmo número x de
– um dentre os tipos de pão: calabresa, orégano e queijo;
vezes. O valor de x é?
– um dentre os tamanhos: pequeno e grande;
– de um até cinco dentre os tipos de recheio: sardinha, atum, queijo,
(A) 1. (D) 4.
presunto e salame, sem possibilidade de repetição de recheio em um
mesmo sanduíche. (B) 2. (E) 5.
(C) 3.
Calcule:
a. quantos sanduíches distintos podem ser montados; Soluções inteiras e não negativas
b. o número de sanduíches distintos que um cliente pode montar, se ele 21 (OBM) Dizemos que uma palavra Q é quase anagrama de outra palavra
não gosta de orégano, só come sanduíches pequenos e deseja dois P quando Q pode ser obtida retirando-se uma letra de P e trocando a ordem
recheios em cada sanduíche. das letras restantes, resultando em uma palavra com uma letra a menos do
que P. Um quase anagrama pode ter sentido em algum idioma ou não. Por
10 Tem-se 5 pontos sobre uma reta r e 8 pontos sobre uma reta r’ paralela exemplo: RARO, RACR e ARCO são quase anagramas de CARRO. Quantos
a r. Quantos quadriláteros convexos com vértices em 4 desses 13 pontos são os quase anagramas da palavra BACANA que começam com A?
existem?
(A) 48. (D) 96.
11 (ITA) Considere todos os números de cinco algarismos formados pela (B) 60. (E) 120.
(C) 72.
justaposição de 1, 3, 5, 7 e 9 em qualquer ordem, sem repetição. A soma
de todos esses números está entre:
22 (Olimpíada de Maio) Cada um dos seis 02 (MORGADO) Nove cientistas trabalham em um projeto sigiloso. Por
questões de segurança, os planos são guardados em um cofre protegido
segmentos da figura ao lado deve ser pintado de
uma entre quatro cores, de modo que segmentos por muitos cadeados de modo que só é possível abri-los todos se houver
vizinhos não tenham a mesma cor. De quantas pelo menos 5 cientistas presentes.
maneiras podemos fazer isso?
a. Qual o número mínimo de cadeados?
23 (UFPE – adaptada) No mapa abaixo estão esboçadas as ruas de um b. Na situação do item a., quantas chaves cada cientista deve ter?
bairro. As ruas verticais são paralelas entre si e a distância entre duas ruas
consecutivas é a mesma; o mesmo acontece com as ruas horizontais. 03 Quantos números de 5 algarismos são divisíveis por 3 e também
Calcule o número de formas de sair de A e chegar até B percorrendo a possuem 6 como um de seus algarismos?
menor distância possível.
04 (MORGADO) Escrevem-se números de cincos dígitos (inclusive os
B
começados por zero) em cartões. Como 0, 1 e 8 não se alteram de cabeça para
baixo e como 6 de cabeça para baixo se transforma em 9, um só cartão pode
representar dois números (por exemplo, 06198 e 86190). Qual é o número
mínimo de cartões para representar todos os números de cinco dígitos?
e o restante de verde. Dizemos que duas colorações são equivalentes se
uma puder ser obtida a partir da outra por uma rotação. Quantas colorações
não equivalentes existem?
Trigonometria
1
1. Introdução 2.2 Linhas trigonométricas notáveis
A trigonometria surgiu com o objetivo de estabelecer relações entre
ângulos (normalmente fáceis de medir) e comprimentos (às vezes Ângulo Seno Cosseno Tangente
difíceis de mensurar, como no caso da largura de um rio extenso ou do
comprimento de um morro/prédio muito alto) em figuras geométricas. 1 3 3
Hoje, a trigonometria também tem aplicações como ferramenta puramente 30°
2 2 3
algébrica, útil para descrever fenômenos físicos e para simplificações
matemáticas. 2 2
Os seus objetivos nesta seção incluem memorizar as definições 45° 1
2 2
trigonométricas e as relações algébricas entre elas, memorizar transfor-
mações trigonométricas e identificar opor tunidades de aplicação 3 1
(usualmente a parte mais difícil e mais importante), resolver equações e 60° 3
2 2
inequações trigonométricas e compreender o comportamento das funções
trigonométricas e suas inversas.
Demonstração: Basta aplicar as definições às figuras abaixo:
sen2 + cos2 =1 e o seno é a projeção no eixo vertical. Estendendo essa ideia, definimos
a
a
o cosseno (seno) de um ângulo x qualquer como o tamanho da projeção
tan2
+ 1 = sec2
no eixo horizontal (vertical) do raio que forma um ângulo x com o eixo
a
a
cot2 + 1 = csc2 horizontal. As demais linhas trigonométricas continuam definidas em
a
a
função do seno e do cosseno como nos ângulos agudos.
Demonstração: Substituindo as definições, vemos que todas essas
relações são equivalentes ao Teorema de Pitágoras.
p
p
1o Q 2o Q
Demonstração: O primeiro caso segue da definição, dado que x e
sen x+2 têm a mesma representação no ciclo trigonométrico. O segundo
p
sen ( x + π ) −sen x
caso segue de tan ( x + π ) = = = tan x .
a
cos ( x + π ) − cos x
a
cos cos cos cos
sen > 0 sen > 0
Solução:
cos > 0 cos < 0
Não basta atribuir valores para x, já que queremos determinar a expressão
para todo x. Elevando ao quadrado a relação fundamental, temos que
sen sen (sen2 x + cos2 x)2 = 1, que nos dá sen4 x + cos4 x = 1 – 2 sen2 x cos2 x
(repare que usamos (a + b)2 = a2 + 2ab + b2). Agora, elevando ao cubo
a relação fundamental, temos que (sen2 x + cos2 x)3 = 1, que nos dá sen6
x + cos6 x = 1 – 3 sen2 x cos2 x (sen2 x + cos2 x) = 1 – 3 sen2 x cos2 x
(repare que usamos (a + b)3 = a3 + b3 + 3ab(a + b)). Daí, a expressão
a
a
dada é igual a: 3 · (1 – 2 sen2 x cos2 x) – 2 · (1 – 3 sen2 x cos2 x) = 1.
cos cos
3. Transformações trigonométricas C
a
b
a
b
b
a
1 tan α ⋅ tan β
OP
cos ( + ) = = OA – BQ = cos ∙ cos – sen ∙ sen
1
a
b
a
b
a
b
Demonstração: Inicialmente, sobreponha um triângulo retângulo de
ângulo α a um de ângulo β e hipotenusa 1 como na sequência de figuras Dividindo uma pela outra e, em seguida, dividindo numerador e
abaixo. Em seguida, pense no seno como a projeção da hipotenusa no denominador por cosα ∙ cos :
b
cateto separado e no cosseno como a projeção no cateto colado para
obter as seguintes relações: sen α ⋅ cos β sen β ⋅ cos α
+
sen ( α + β) cos α ⋅ cos β cos α ⋅ cos β tan α + tan β
tan ( α + β) = = =
C cos ( α + β) cos α ⋅ cos β − sen α ⋅ sen β 1− tan α ⋅ tan β
cos α ⋅ cos β cos α ⋅ cos β
α
90 – α
Para as fórmulas de subtração, basta escrever – = + (– ) e
1 B
a
b
a
b
α usar paridade.
90 – α
Obs.: Como usamos somente a definição de seno e cosseno como
β
projeções, essa demonstração funciona mesmo que e não sejam
α
a
b
ângulos agudos.
0 P A
x x x Solução:
sen 2 tan 2 tan
x x 2 2 x 2 2 Utilizando as fórmulas de subtração e adição de arcos, temos:
sen x = 2 sen ⋅ cos = 2 ⋅ cos = =
2 2 x 2 sec2 x 1+ tan2 x
cos
2 2 2 sen 15o = sen (45o – 30o) = sen 45o cos 30o – sen 30o cos 45o=
A segunda expressão é simplesmente a tangente do arco duplo, e a 2 3 1 2 6− 2
= . − ⋅ = .
terceira expressão pode ser obtida dividindo-se a primeira pela segunda. 2 2 2 2 4
Analogamente, sen 75o = sen (45o + 30o) = sen 45o cos 30o + sen 30o
3.8 Soma de senos/cossenos de arcos em
progressão aritmética cos 45o = 6 + 2
4
C = cos b + cos ( b + r ) + cos ( b + 2 r ) + ... + cos ( b + nr ) = Obs.: Das relações entre ângulos complementares (1.2.), obtemos
r cos 15°= 75° e cos 75° = sen 15°.
sen ( n + 1) ⋅
= 2 ⋅ cos b + n ⋅ r 3
sen ( )
r
2
2 02 Sabendo que sen x + cos x = , determine os possíveis valores de
4
sen (2x) e tan (2x).
S = sen b + sen ( b + r ) + sen ( b + 2 r ) + ... + sen (bb + nr ) =
r Solução:
sen ( n + 1) ⋅ Elevando a expressão dada ao quadrado para que apareça o termo
2 r
= ⋅ sen b + n ⋅
sen r ( )2
2 2 sen x · cos x da fórmula do sen (2x), obtemos:
sen2 x + 2 sen x · cos x + cos2 x =
9 −7
⇒ 1+ sen 2 x = .
Demonstração: Uma técnica geral para resolver somas fechadas é 16 16
tentar encontrar uma “soma telescópica”, ou seja, tentar quebrar cada Para calcular a tangente, basta calcular o valor de cos 2x pela relação
parcela como uma diferença de termos sucessivos se cancelem. fundamental:
r
Nesse caso, podemos multiplicar a primeira equação por sen e sen2 2x + cos2 2x = 1
2
transformar produto em soma. 49 207
cos2 2x = 1 − =
r r r 256 256
C ⋅ sen = sen ⋅ cos ( b) + sen ⋅ cos ( b + r ) + ...
2 2 2 207
|cos 2 x| =
r 16
sen ⋅ cos ( b + nr )
2 −7
|tan 2 x | = 16 = 7 207
r r r 3r 207 207
2C ⋅ sen = sen b + − sen b − + sen b + 16
2 2 2 2
r ( 2 n + 1) r ( 2 n − 1)r
− sen b + + ... + sen b + − sen b + 03 (Lei das tangentes) Em um triângulo não retângulo, prove que são
2 2 2
iguais a soma e o produto das tangentes dos ângulos internos.
Cancelando os termos comuns:
Solução:
r r r
2C ⋅ sen = sen b + ( 2 n + 1) − sen b − Como A, B e C são ângulos de um mesmo triângulo, temos A + B +
2 2 2 C = 180° (Em todo problema com esse dado ‘A, B e C ângulos de um
Transformando o lado direito em produto: triângulo’, essa é a primeira ideia). Daí A + B = 180° – C e, aplicando
a função tangente dos dois lados, temos que tan (A + B) = tan (180° –
r
sen ( n + 1) ⋅ tan A + tan B
2 ⋅ cos b + n ⋅ r C), logo = − tan C. Eliminando o denominador, chegamos a
C= 1 − tan A tan B
sen ( )
r
2
2
tan A + tan B + tan C = tan A tan B tan C.
Trocando b por 90º + b e usando que cos (90º + b) = –sen b, temos: 04 Sendo A, B e C ângulos de um mesmo triângulo, prove que:
r
sen ( n + 1) ⋅
2 r A B C
− S( b) = C ( 90 + b ) = ⋅ cos 90 + b + n ⋅ ⇒ sen A + sen B + sen C = 4cos cos cos .
sen r( )2
2 2 2 2
Solução:
r Assim como no exemplo anterior, temos A + B = 180° – C, o que dá
sen ( n + 1) ⋅
2 r sen C = sen (A + B). Então: sen A + sen B + sen C = sen A + sen B
⇒ S( b) = ⋅ sen b + n ⋅
sen r( ) 2
2 + sen (A + B) =
A+ B A− B A+ B A+ B sen z > 0 ⇔ z ∈ ∪ ( 2 k π, π + 2 k π )
= 2 sen cos + 2 sen cos 2 = k ∈
2 2 2
(ou seja, z ∈ ... ∪ ( −2π, − π) ∪ (0, π ) ∪ ( 2 π, 3π ) ∪ ...)
A + B A− B A+ B
= 2 sen cos 2 + cos 2 (* ) .
2
π π
A+ B o C C cos z > 0 ⇔ z ∈ ∪ − + 2 k π, + 2 k π
É fácil ver que sen = sen 90 − 2 = cos 2 . Além disso, k ∈ 2 2
2
5π 3π π π 3π 5π
A− B A+ B A B A B A B (ou seja, z ∈ ... ∪ − , − ∪ − , ∪ , ∪ ...)
cos + cos 2 = cos 2 cos 2 + sen 2 sen 2 + cos 2 cos 2 − 2 2 2 2 2 2
2
A B A− B A+ B A B
−sen sen , ou seja, cos
2 + cos 2 = 2 cos 2 cos 2 .
2 2
Substituindo em (*), temos o resultado.
01 Utilize a equação sen 3x = sen 2x para obter o valor de cos36°.
4. Equações e inequações Solução:
Veja que x = 36° é solução dessa equação, pois sen 108° = sen 72°.
A primeira etapa para resolver equações ou inequações trigonométricas Inicialmente, vamos provar que sen 3x = 3 sen x – 4 sen3 x:
é simplificar as expressões por meio de transformações, com o objetivo sen 3x = sen (2x + x) = sen 2 x cos x + sen x cos 2x = 2 sen x cos x cos
de chegar a uma igualdade ou desigualdade simples entre linhas x + sen x (cos2 x – sen2 x) = 2 sen x (1 – sen2 x) + sen x (1 – 2 sen2 x)=
trigonométricas iguais. 3 sen x – 4 sen3 x.
4.1 Igualdade entre mesmas linhas Agora, no problema, temos a equação 3sen x – 4sen3 x = 2sen x cos x.
Para sen x ≠ 0, temos 3 – 4 sen2 x = 2 cos x ⇔ 3 – 4 (1 – cos2 x) =
trigonométricas 2 cos x ⇔ 4 cos2 x – 2 cos x – 1 = 0. Como cos 36º > 0, segue que
cos x = cos y ⇒ x = ± y + 2k , k ∈ Z 1+ 5
cos 36º = .
p
tan x = tan y ⇒ x = y + k , k ∈ Z 4
p
sen x = sen y ⇒ x = y + 2k ou x = –y+(2k +1) , k ∈ Z Obs.: Em alguns problemas, é conveniente saber de antemão o valor de
p
p
cos 36°.
Demonstrações: Observando o ciclo trigonométrico e o resultado
sobre redução ao 1o quadrante: 02 Resolva a equação sen x + 3 cos x = 1.
Cossenos iguais implicam ângulos congruentes (x – y = 2k ) ou Solução:
p
replementares (x + y = 2 k ). Esse problema pode ser resolvido de outra forma, mas a melhor solução
p
Tangentes iguais implicam ângulos congruentes (x – y = 2k ) ou é utilizando o truque do triângulo retângulo. Dividindo ambos os lados da
p
explementares (x – y = + 2k ). Combinando as expressões, obtemos 1 3 1
sen x + cos x = , ou seja,
p
p
x = y, x = y + , x = y + 2 , etc. equação por 2, temos que
2 2 2
p
p
Senos iguais implicam ângulos congruentes (x – y = 2k ) ou π π 1
p
suplementares x + y = (2k + 1) . cos sen x + sen cos x = . Usando a fórmula de seno da soma, temos
3 3 2
p
π 1 π π π 5π
4.2 Caso geral de equações trigonométricas sen x + = , que dá x + = + 2 k π ou x + =
3 2 3 6 3 6
+ 2 k π, para k
Fazendo o quadro de sinais, concluímos que a expressão será negativa 5.2 Gráfico
em dois casos.
Para esboçar o gráfico de uma função trigonométrica, é aconselhável
π x π 7x determinar, se possível, o período, as raízes, os pontos de máximo/mínimo
Caso 1: sen + > 0 e sen − > 0. Usando 3.3 :
4 2 4 2 e o comportamento próximo aos pontos fora do domínio da função. Os
π x gráficos das funções principais são:
+ ∈ ... ∪ ( −2π, − π ) ∪ (0, π) ∪ ( 2π, 3π) ∪ ... ⇒
4 2 Seno:
9π 5π π 3π 7π 11π
⇒ x ∈ ... ∪ − , − ∪ − , ∪ − , ∪ ...
2 2 2 2 2 2
π 7x
− ∈ ... ∪ ( −2π, − π ) ∪ (0, π) ∪ ( 2π, 3π) ∪ ... ⇒
4 2
17π 13π 9π 5π π 3π
⇒ x ∈ ... ∪ + ,+ ∪ + 14 , + 14 ∪ + 14 , − 14 ∪ ...
14 14
p
3 /2
p
0 /14 5 /14 9 /14 13 /14 17 /14 21 /14 25 /14 2
p
p
p
p
p
p
p
p
Logo, o conjunto solução no 1o caso é:
π 5π 9π 13π 17π
S1 = 0, ∪ , ∪ ,
14 14 14 14 14
π x π 7x
Caso 2: sen + < 0 e sen − <0
4 2 4 2
Tangente:
Para o 2 caso, olhamos os complementos das partes hachuradas na reta
o
25π
numérica: S2 = , 2π
14
Logo, a resposta do problema é
5. Funções trigonométricas
Como definimos seno e cosseno de maneira única para todo
número real x, podemos definir funções f : → , f ( x ) = cos x e 5.3 Inversa
g : → , g( x ) = sen x . E, restringindo domínios de forma apropriada, Restringindo o domínio e o contradomínio das funções trigonométricas,
podemos definir funções para todas as linhas trigonométricas: pode-se garantir que elas sejam bijetoras. Por exemplo, as funções
π π π π
π sen: − , → [−11 , ] cos: [0, π] → [−1,1] e tan: − , → são
tan: x ∈ ; x ≠ + k π, k ∈ → , cot : { x ∈ ; x ≠ k π, k ∈ } → 2 2 2 2
2 todas bijetoras e contínuas. Definem-se as funções trigonométricas
π inversas como:
sec: x ∈ ; x ≠ + k π, k ∈ → , csc: { x ∈ ; x ≠ k π, k ∈ } →
2
π π
arc sen: [ −11
, ] → − , , definida por y = arc sen x ⇔ x = sen y
5.1 Período 2 2
, ] → [0, π], definida por y = arc cos x ⇔ x = cos y
arc cos: [ −11
Tipo de função Período
π π
sen (ax + b), cos (ax + b), 2π arc tan: → − , , definida por y = arc tan x ⇔ x = tan y
a 2 2
sec (ax + b), csc (ax + b)
π Obs.: De forma similar, define-se arc cot, arc sec e arc csc com contra-
tan (ax + b), cot (ax + b)
a π π π
domínios (0, π), [0, π] − , e − , − {0} respectivamente.
2 2 2
Demonstração: Basta substituir e usar as expressões de redução ao
1o quadrante.
π 7π 7π
03 (EFOMM) Sabendo que A = 6 tg + 4 sen − cos , então o
6 3 6
valor de A é igual a:
1 1
01 Calcule x = arctan + arctan .
2 3 3 4 12 6
12 .
(A) . (D)
2
4
Solução: 3
(B) . (E) 3.
2
1 4
3.
α = arctan 2 (C)
Defina (na maioria dos problemas que envolvem funções 2
β = arctan 1
3 2
inversas trigonométricas, isso é uma boa ideia!). Essas definições nos dão 04 (AFA) Simplificando a expressão (cossec x ) − 2 , para cossec
(cossec x )2
x ≠ 0, obtemos:
1
tan α = 2 π π
as seguintes informações: e α,β ∈ − , . (A) cos x.
1 2 2
tan β = (B) cos2 x.
3 (C) sen2 x.
tan α + tan β (D) cos 2x.
Então, x = α + β ⇒ tan x = tan ( α + β ) =
⇒
1 − tan α tan β
05 (AFA) O acesso ao mezanino de uma construção deve ser feito por
1 1
+ uma rampa plana, com 2 m de comprimento. O ângulo que essa rampa
a
⇒ tan x = 2 3 = 1. faz com o piso inferior (conforme figura) para que nela sejam construídos
1 1 8 degraus, cada um com 21,6 cm de altura, é, aproximadamente, igual a:
1− ⋅
2 3
π π
Como α,β ∈ − , , temos que x = α + β ∈ (–π, π). Como tan x
2 2 2m
π
tan x = 1, temos que x = .
4 α
(A) 15O.
(B) 30O.
Definições, relações básicas e adição de arcos (C) 45O.
(D) 60O.
01 (EFOMM) A soma das raízes da equação 4 · cos2 q = 1 é:
06 A soma de dois arcos é 400º. Calcule seus arcos sabendo que seus
(0 < q < )
cossenos são números simétricos.
p
π
(A) p. (D) .
7 07 Simplificar as expressões:
(B) 3π . (E) π. a. cos (90° + a) · cos (180° – a) + sen (180° + a) sen (90° + a).
2 2 b. sen (360° + a) + cos a · cos(90° – a) + sen (90° – a) · sen (360° – a).
π.
(C) sen ( − a) tan (90º + a) cos a
c. − + .
4
sen (180º + a) cot a sen (90º + a)
02 (EN) Em um triângulo retângulo, a hipotenusa é o triplo de um dos cos (90º + a) ⋅ sec ( − a) ⋅ tan (180º − a)
d. .
sec (360º + a) ⋅ sen (180º + a) ⋅ cot ( 90º − a)
catetos. Considerando o ângulo oposto ao menor lado, podemos afirmar
que tan α + cos α é igual a: sen ( 270º − a) ⋅ tan (180º − b) cot ( 450º − a) ⋅ sen ( c − 90º )
e. + .
cot ( b − 270º ) ⋅ cos (540º + a) cos (180º + c) ⋅ tan (1260º + a)
5 11 2
(A) ⋅ (D) ⋅
6 4
15π
08 Calcule para x = o valor de:
11 2 12 + 2 4
(B) ⋅ (E) ⋅
12 4
a. 3 sec2 x + sen2 x – 2 tan x+ cos2 x.
(C) 2⋅ b. 2sen2 x – 2 tan x + sec2 x.
266 IME-ITA – Vol. 1
Trigonometria MATEMÁTICA IV
Assunto 1
09 Se sen x + sen2 x = 1, calcule E = cos2 x + cos4 x. 19 (EFOMM) O valor de (tg 10º + cotg 10º) sen 20º é:
10 ( E FOMM) O resultado da simplificação da expressão (A) 0,5. (D) 2,5.
tg x ⋅ cotg x (B) 1. (E) 4.
sec2 x − é:
(C) 2.
cossec2 x − 1
(A) sen x. (D) 1. 20 (EFOMM) Se sen 2a = x e sen 2b = y, então sen (a + b) cos (a– b)
(B) cos x. (E) 0.
é igual a:
(C) –1.
(A) x + y. (D) x² + y².
11 Verifique as identidades:
x+y
(B) 2(x + y) (E) .
2
a. sen6 x + cos6 x – 2 sen4 x – cos4 x + sen2 x = 0.
b. sec4 x – sec2 x = tan2 x + tan4 x. (C) x – y.
1− 2 cos2 x
c. = tan x − cot x. π 1
sen x ⋅ cos x 21 (ITA) Se x ∈ 0, é tal que 4 tan4 x = + 4, então o valor de
2 cos4 x
sec x − cos x
d. = tan3 x.
csc x − sen x sen (2x) + sen (4x) é:
15 1
12 Mostre que se tan2 a = 1 + 2 tan2 b, então, cos2 b = 2 cos2 a. (A) . (D) .
4 2
13 Se sen x · cos x = m, determine em função de m: 15
(B) . (E) 1.
8
a. y = sen x + cos x.
3 15
b. y = sen4 x + cos4 x. (C) .
8
sec x + csc x 1 π 3
14 Determine o valor de sabendo que sen x = . 22 (EFOMM) Sabendo que < θ < π e que sen θ = , o valor de
1 + tan x 5 2 5
π
3 cos + θ − sen ( π − 2θ) é igual a:
15 Determine sen x e tan x sabendo que cos x = − e x ∈ 3° Q. 2
5
16 (EFOMM) Resolvendo sen 15° – sen 75°, encontra-se: 9 4+ 5
(A) . (D) .
25 25
(A) − 3 . (D) 2. 39 3− 2
(B) − . (E) .
2
25 9
2 3.
(B) . (E) (C) 2 − 2 .
2
2
(C) − 2 . 23 (AFA) O valor da expressão cos 15O + sen 105O é:
2
6+ 2
Transformações trigonométricas (A) .
4
1
17 (EFOMM) Sabendo que sen x = + cos x, então sen 2x vale: 6− 2
5 (B) .
4
25 −2 6+ 2
(A) . (D) . (C) .
24 5
2
9 24
(B) . (E) . 6− 2
25 25 (D) .
2
−9
(C) . 13π 11π
25 24 (EFOMM) O valor numérico de y = sen ⋅ cos é:
12 12
π
18 (EFOMM) Sendo 0 < x <
2
e sen x = 3 sen 2 x , então tg 2x vale: (A)
1
(
1+ 3 1+ 3 . )( ) (D) tg2
π
.
8 11
π
(A) 0. (D) 6. (B)
1
(
−1 + 3 1 + 3 . )( ) (E) .
− 35 8 12
(B) 1. (E) .
17 1
( )( )
(C) −1 + 3 3 − 3 .
(C) p. 8
IME-ITA – Vol. 1 267
MATEMÁTICA IV
Assunto 1
a
(C) V – V – F.
2 4
8 (D) V – V – V.
(A) . (D) .
2 4 (E) V – F – V.
4
2
(B) . (E) zero.
2 Equações e inequações trigonométricas
4
(C) 8. 35 (EFOMM) Se x ∈ [0,2 ], o número de soluções da equação
p
2 2 sen3x – sen x + 1 = cos2 x é igual a:
π
26 (ITA) O valor de x > 0 que satisfaz a equação x = tan é:
12 (A) 1. (D) 4.
(B) 2. (E) 6.
(A) x = 4 3 . (D) x = 7 − 4 3 . (C) 3.
(B) x = 5 − 4 3 . (E) x = 9 − 4 3 .
(C) x = 7 − 3 . 36 (AFA) Se (sen x, sen 2x, cos x) é uma progressão geométrica
estritamente crescente, com 0 < x < 2 , então o valor de x é:
p
tan ( x − y ) = 3 .
π
27 (ITA) Suponha x e y números reais, tais que (A) . (C) π .
tan x ⋅ tan y = 1
12 8
Calcule o módulo do número S = tan x + tan y.
(B) π . (D) π .
π 3π 10
6
28 Calcule tan e tan .
8 8
37 ( A F A ) O c o n j u n t o s o l u ç ã o , e m , d a e q u a ç ã o
29 Prove que para todo arco x cada uma das relações abaixo é verdadeira: (cos x)(sen 2x) = (sen x)(1 + cos 2x), é:
2π 4π (A) ∅.
a. sen x + sen x + + sen x + = 0.
3 3 (B) .
(C) {x ∈ l x = 2k ± /2, k ∈ Z}.
p
p
2π 4π (D) {x ∈ l x = 2k ± /3, k ∈ Z}.
b. cos x + cos x + + cos x + = 0.
p
p
3 3
38 Resolva as equações abaixo:
30 Calcule o valor da expressão:
a. sen 2x = sen 5x. f. cos 2x + cos 8x = 0.
E = tan 20° + tan 40° + 3 tan 20° · tan 40°.
b. sen 3x = cos 4x. g. tan 5x = tan 2x.
c. sen 4x + sen x = 0. h. tan 5x + tan x = 0.
5π π d. cos 5x = cos 7x. i. tan x · tan 3x = 1.
31 Sendo y = sen cos , o valor numérico de y é:
12 12 e. cos 3x + sen 5x = 0.
39 Ache as expressões gerais das medidas algébricas de todos os arcos
1 3
(A) + . (D) 3 + 2. que verificam as igualdades:
2 4
3 a. 2 sen2 x + 3 sen x – 2 = 0.
(B) . (E) 2( 3 + 1). b. tan4 x – 4 tan2 x + 3 = 0.
2
1 40 Resolva:
(C) .
2
1 1 1 1 1 1
− − − − − = −3
27 3 sen² x cos² x tan² x cot ² x sec² x csc² x
32 Resolver a equação: cos 4 x = 7 cos4 x − cos2 x + .
4 4
41 (EFOMM) O conjunto solução da equação sen x + cos x = 1 é:
33 Dada a equação: 3 sen 2x + cos 2x = 1, calcule tan x.
(A) S = { x ∈ / x = π + 2 hπ , h ∈}
34 (EN) Coloque (F) falso ou (V) verdadeiro nas proposições abaixo e
assinale a opção correta.
(B) S = { x ∈ / x = hπ ou x = π + 2 hπ , h ∈}
I. (1 + cot x ) (1− cos x ) = 1 ∀x ∈ , x ≠ k π, k ∈
2 2
π
(C) S = x ∈ / x = 2 hπ ou x = + 2 hπ , h ∈
2
II. (1 + sec 4 x) = 2 sec2 x + tan4 x, ∀x ∈ , x ≠ π2 + k π, k ∈ (D) S = { x ∈ / x = 2 hπ , h ∈ }
13 π 11π 1 3π
III. sen cos = (E) S = x ∈ / x = + 2 hπ , h ∈
12 12 4
2
268 IME-ITA – Vol. 1
Trigonometria MATEMÁTICA IV
Assunto 1
3 π Funções trigonométricas
42 (AFA) Dado que sen x + cos x = , tem-se que cos x − vale:
3 4
49 Calcule arcsen (sen 150°).
−1 + 3 6
(A) . (C) . 50 Calcule:
2 3
2 6 1
(B) − . (D) . a. y = arcsen .
3 6 2
3
43 (AFA) O conjunto dos valores reais de x que tornam verdadeira a b. y = arctan 3 + arccos − .
2
desigualdade cos2 (x – ) ≥ é:
p
p
1
c. y = cot arcsen .
(A) { x ∈ / x ≤ – π ou x ≥ π } 3
(B) {x∈/– π ≤x≤ π} d. y = arcsen x + arccos x.
(C)
(D) ∅ 51 (EN) Seja x = arccos 3 , x ∈[0, ]. Então, sen(2x) é igual a:
5
1 2
44 (AFA) O conjunto solução da inequação ″≤ sen x · cos x < , para
4 2 (A) 24 . (D) 6.
0 ≤ x ≤ , é: 25 5
p
π π 5π 5π (B) 4. (E) 2.
(A) { x ∈ | ≤ x < }. (C) {x∈| ≤ x ≤ }. 5 5
12 6 12 6
(C) 16.
π 5π π 5π 25
(B) { x ∈ | <x< }. (D) { x ∈ | ≤x≤ }.
12 3 12 12
52 (AFA) O valor de cotg arcsen 2 2 é:
3
45 Resolva no intervalo (0, 2), a desigualdade 2 sen² x – 3sen x + 1 < 0.
1 2. 2.
46 Resolva: sen x + cos x < . (A) (C)
cos x 2
4
3 sec x − cos x (B) 2 2. (D) 3 2.
47 (EN) Se x ∈ [0,2π], o conjunto solução de ≤ < 1 é: 4
9 csc x − sen x
1
π π 7π 4 π
(A) x ∈ : x ∈ , ∪ , 53 (AFA) O valor de sen arc cos + arc sen 1 é:
2 3
6 3 6 3
π π 5π 4π (A) 2 2 − 1 . (C) 2 3 −1 .
(B) x ∈ : x ∈ , ∪ ,
2 3
4 3 4 3
−2 6 − 1
π π 7π 5π
(C) x ∈ : x ∈ , ∪ , (B) 2 6 + 1 . (D) .
6 6
6 4 6 4
π π 5π 4 π 54 (AFA) O valor real que satisfaz a equação arcsen x + arcsen 2x = /2,
(D) x ∈ : x ∈ , ∪ ,
4 3 4 3
p
para x pertencente ao intervalo (0,1), é:
π
48 (ITA) Para x no intervalo 0, ,o conjunto de todas as soluções da 1 1
2 (A) . (C) .
5 2
π
inequação sen (2 x ) − sen 3 x + > 0 é o intervalo definido por: 5. 2.
2 (B) (D)
5 2
π π
(A) <x< .
10 2 1− x 2
55 (EN) Seja f(x) = definida nos reais e seja g(x) = tan x definido
π π 1+ x 2
(B) <x< .
12 4 π π
no intervalo aberto − , . Se x ∈ ]– , [, então o valor da função
(C) π < x < π 2 2
p
p
6 3
x
π π composta ƒ(g(x)) no número é igual a:
(D) < x < . 2
4 2
(A) cos (2x). (C) sen x.
π π
(E) <x< . (B) tan x. (D) cos x.
4 3
IME-ITA – Vol. 1 269
MATEMÁTICA IV
Assunto 1
y 4 sen2 x + 5 sen x cos x é:
19 + 5 21
B y = k cos(wx) (A) 13 + 21. (C) .
10
A C x 17 + 3 21 21 + 2 21
(B) . (D) .
10 3
Supondo que o triângulo de vértices A, B e C tem 3 unidades de área e
04 Se a + b = 135º, mostre que (1 + cot a) (1 + cot b) = 2.
p
que k + w – 14 = 0, o valor de (k – w) é:
a b−a π
(A) –14. (C) 10. 05 Se tan x = e tan y = , mostre que x + y = k π + , k ∈ .
b+ a 4
b
Ζ
(B) –10. (D) 12.
57 (ITA) Sobre a função f(x) = sen2 x, podemos afirmar que: tan x + tan y = tan a
(A) é uma função periódica de período 4 . 06 Elimine x e y nas equações: cot x + cot y = cot b
p
(B) é uma função periódica de período 2 . π
x + y =
p
(C) é uma função periódica de período . 4
p
(D) é uma função periódica em que o período pertence ao intervalo ( , 2 ).
p
p
(E) não é uma função periódica. sen x + cos x π
07 Demonstrar que: = tan x + .
cos x − sen x 4
58 Determine o período das seguintes funções trigonométricas:
, C^ e D^ todos do primeiro quadrante, e tais
08 Dados os arcos Â, B
x
(A) y = sen . (D) y = sen2 x. = 1/5, tan C^ = 1/7 e tan D^ = 1/8, verificar
que tan  = 1/3, tan B
3
se  + B + C + D = π/4.
^ ^
2x π
(B) y = 3 tan ( − ). (E) y = tan2 x.
3 4
x 09 (ITA) Considere um triângulo ABC cujos ângulos internos A, B, C
(C) y = 4 – 3 sec (–πx). (F) y = cos3 .
2 B+C
verificam a relação sen A = tan . Então, podemos afirmar que:
2
59 (ITA) O conjunto imagem da função ƒ: [0,1] → [0, ],
p
3x − 1 (A) com os dados do problema, não podemos determinar A nem B nem C.
ƒ(x) = arccos é: (B) um desses ângulos é reto.
2
π 5π
(C) A = , B + C = .
π 2π 2π 6 6
(A) 0, , (D) 0,
4 3 3 π 5π 5π
(D) A = , B = , C = .
π 6 12 12
(B) [0, ] (E) 0, (E) n.d.a.
2
p
(C) π , 3π π π
4 4 10 (ITA) Se a e b são ângulos complementares, 0 < a < , 0 < b < e
2 2
sen a + sen b 3a
= 3 , então sen + cos ( 3 b ) é igual a:
sen a − sen b 5
2
Definições, relações básicas e adição de arcos (A) 3. (D) .
2
01 (EFOMM) As raízes da equação 2x2 + 3x – 1 = 0 são tg B e tg C, 3
(B) . (E) 1.
sendo B e C ângulos de um triângulo. O ângulo A desse triângulo vale: 3
(A) 30°. (D) 90°. (C) 2.
(B) 45°. (E) 120°.
(C) 60°. π
11 (ITA) Seja f: 0 , → ℜ definida por f ( x ) = sec2 x + csc2 x . Se
2
02 (AFA) O valor da expressão cos 35º (sen 25º + cos 55º) +
π a
tg 31º + tg 14º α ∈ 0, é tal que tan α = , então f(α) é igual a:
sen 35º (cos 25º – sen 55º) + é: 2 b
1− tg 31º ⋅ tg 14º
a+ b a2 + b2
(A) . (D) .
2 −3 2+ 3 2 ab
(A) . (C) .
2 2 1 2
(B) a + b2 . (E) nenhuma das anteriores.
2
3+ 2 2− 3
(B) . (D) . a2 − b2
2 3 (C) .
ab
270 IME-ITA – Vol. 1
Trigonometria MATEMÁTICA IV
Assunto 1
a
a+ b (A) 4 cos 4a cos 3a cos 2a. (D) 3 sen a cos 2a sen 2a.
e sec2 y = .
a (B) 3 cos 3a cos 2a cos a. (E) 2 sen 3a cos a.
a b (C) 2 cos 2a 2cos a.
13 Se = , calcule, em função de a e b, o valor de sen x · cos x.
sen x cos x
x 7 π
14 Determinar a condição que deve ser imposta a b para que seja possível 25 Calcule tan se sen x + cos x = e 0< x < .
2 2 6
tan x + tan y = 2
o sistema 2 2 27 Sendo sen x + sen y = a e cos x + cos y = b, calcule sen (x + y).
sec x + sec y = b
15 Calcule tan x em 7 cos2 x + 3 sen x · cos x – sen2 x = 5. A sen +sen C
B
28 Demonstrar que, em um triângulo ABC, cot = .
2 cos + cos C
B
16 Determine k de modo que os ângulos agudos de um triângulo retângulo
sejam raízes da equação 3 tan x + k2 cot x = 4k e calcule os dois ângulos
agudos. 29 Os ângulos agudos de um ABC verificam a relação 2 · tan A =
∆
tan B + tan C, mostre que:
sen x ⋅ cos y = a
17 Eliminar x e y entre as equações: sen x ⋅ sen y = b a. tan B · tan C = 3.
cos x = c
b. cos A = 2 · cos B · cos C.
a sen2 x + b cos2 x = m 30 Sendo a + b + c = 180°, calcular:
18 Eliminar x e y entre as equações: b sen2 y + a cos2 y = n
cos ( a − b) cos ( a − c) cos ( b − c)
a tan x = b tan y y= + +
sen a sen b sen a sen c sen b sen c
19 Sendo tan a e tan b as raízes da equação x2 + px + q = 0, calcule o
valor da expressão: 31 Sejam A, B, C os ângulos de um triângulo. Mostre que:
E = sen2 (a + b) + p · sen (a + b) cos (a + b) + q · cos2 (a + b) sen 2A + sen 2B + sen 2C = 4 sen A sen B sen C.
tan 1° ⋅ tan 2° ⋅ tan 3° ⋅ ⋅ tan 89° 32 (EN-1997) Sabendo-se que tan x = a, tan y = b, pode-se reescrever
20 Simplifique: .
cos 4° + cos 8° + cos 12° + + cos 356° sen ( 2 x ) + sen ( 2 y )
z= como:
sen ( 2 x ) − sen ( 2 y )
π
21 (ITA) Seja a real com 0 < a < .
2
1 − ab a − b
3π 3π π (A) ⋅ .
A expressão sen + a + sen − a ⋅ sen − a é idêntica a: 1 + ab a + b
4 4 2
1 + ab a + b
(B) ⋅ .
2 1 − ab a − b
2 cot a 1 + 3 cot a
(A) . (D) .
2 2 1 − ab a + b
1 + cot a (C) ⋅ .
1 + ab a − b
2 cot a 1 + 2 cot a 1 + ab a − b
(B) . (E) . (D) ⋅ .
2 1 + cot a 1 − ab a + b
1 + cot a
2 33 (2a lei dos cossenos) Sendo A, B e C ângulos de um ABC, mostre que:
(C) .
1 + cot 2 a
∆
cos2 A + cos2 B + cos2 C = 1 – 2cos A · cos B · cos C.
Transformações trigonométricas
34 (ITA-2003) Para todo x real, a expressão cos2 (2x) · sen2 (2x) · sen x
é igual a:
x
22 Mostre a expressão E ( x ) = cos x ⋅ 1+ tan x ⋅ tan tem valor constante,
2
(A) 2–4 [sen (2x) + sen (5x) + sen (7x)]
independente do arco x.
(B) 2–4 [2 sen (x) + sen (7x) + sen (9x)]
(C) 2–4 [–sen (2x) – sen (3x) + sen (7x)]
23 Se a + b = 45º, mostre que tan a + tan a · tan b + tan b = 1.
(D) 2–4 [–sen + 2 sen (5x) – sen (9x)]
(E) 2–4 [sen x + 2 sen (3x) + sen (5x)]
3 + cos 4 x
24 Demonstrar a identidade tan2 x + cot 2 x = 2 ⋅ .
1− cos 4 x
IME-ITA – Vol. 1 271
MATEMÁTICA IV
Assunto 1
C Â 5 20
B 1
35 Em um ABC, calcule tan , sabendo que tan = = e tan = . 47 (EN) O número de soluções reais da equação sen = x − 2 é igual
2 2 6 2 37 x
∆
a n; assim, pode-se concluir que:
36 Mostre que se em um triângulo ABC vale a relação:
(A) n = 0. (D) n =3.
cos ( B − C)
= tan B, então o triângulo é retângulo com ângulo reto (B) n = 1. (E) n > 3.
sen A + sen ( C − B)
(C) n = 2.
em A.
48 (ITA-1988) Sobre a equação tan x + cot x = 2 sen (6x), podemos
afirmar que:
37 Em um triângulo ABC, vale a relação 9BC + 9CA – 19AB = 0. Qual o
2 2 2
cot C π
valor de ? (A) apresenta uma raiz no intervalo 0 < x < .
cot A + cot B 4
π
(B) apresenta duas raízes no intervalo 0 < x < .
38 Sejam o lado de um polígono regular de n lados, r e R, respectivamente, 2
os raios dos círculos inscrito e circunscrito a este polígono. Prove que π
π. (C) apresenta uma raiz no intervalo < x < π.
2
r + R = cot
2 2n 3π
(D) apresenta uma raiz no intervalo π < x < .
2
39 Mostre que, se os ângulos de um triângulo ABC verificam a igualdade (E) não apresenta raízes reais.
sen 4A + sen 4B + sen 4C = 0, então o triângulo é retângulo.
1
tan2 x + tan2 y = 6 49 (ITA-1988) Seja a equação sen3 x ⋅ cos x − sen x ⋅ cos3 x = , em que
m
m é um número real não nulo. Podemos afirmar que:
40 Resolva o sistema tan x tan y
tan y + tan x = −6
(A) a equação admite solução qualquer que seja m não nulo.
41 (B) se |m| < 4, essa equação não apresenta solução real.
(C) se m > 1, essa equação não apresenta solução real.
a. Prove que: tan π − x · tan x · tan π + x = tan 3 x .
3 3 (D) se |m| > 2, essa equação sempre apresenta solução real.
(E) se m < 4, essa equação não apresenta solução real.
b. Usando (a), mostre que tan 20° · tan 30° · tan 40° = tan 10°.
50 (AFA-2000) Os valores de m ∈ para os quais a equação
42 Verifique as igualdades:
2 (sen x – cos x) = m2 – 2 admite soluções, são:
a. tan 50º + cot 50º = 2 · sec 10º.
(A) –1 ≤ m ≤ 1.
π 3π 3
b. cos4 + cos4 = . (B) –2 ≤ m ≤ 2.
8 8 4
(C) 0 ≤ m 2 .
c. tan 50º – tan 40º = 2 · tan 10º. (D) – 2 ≤ m ≤ 2 .
π 3π 7π 9π
43 Calcule o valor da expressão: E = tan − tan − tan + tan . 51 (EN) O produto das soluções da equação 2 sen3 x + 5 cos2 x + 4
20 20 20 20
π 5π
sen x + 2 tan2 x = 4 + 2 sec2 x no intervalo , é:
π 5π 7π 11π 12 6
44 Determine o valor de P = sen sen sen sen .
24 24 24 24 2
5π2 π
(A) (D)
12 6
45 (ITA) Se x, y e z são os ângulos internos de um triângulo ABC e
sen y + sen z π3 π
2
sen x = , prove que o triângulo ABC é retângulo. (B) (E)
cos y + cos z 12 12
5π3
(C)
Equações e inequações trigonométricas 72
46 (ITA) O número de raízes reais da equação sen2 x + sen4 x + sen6 x 52 (ITA) A respeito da solução da equação sen x + 3 cos x = 2, sendo
+ sen8 x + sen10 x = 5 é:
0 ≤ x < 2π, podemos afirmar que:
(A) um número maior do que 12. (A) existe apenas uma solução no primeiro quadrante.
(B) zero.
(B) existe apenas uma solução no segundo quadrante.
(C) 2.
(C) existe apenas uma solução no terceiro quadrante.
(D) 10.
(D) existe apenas uma solução no quarto quadrante.
(E) 1.
(E) existem duas soluções no intervalo.
272 IME-ITA – Vol. 1
Trigonometria MATEMÁTICA IV
Assunto 1
53 Resolva a equação: 4 · sen 2x + 3 · cos 2x = 3. 66 (ITA) Seja k uma constante real e considere a equação em x:
1+ x2
54 Resolva a equação: 5 sen2 x – 3 sen x cos x + 4 cos2 x = 3. arcsen = k, x ≠ 0. Podemos afirmar que:
2x
55 Resolva a equação cos 3x – 2 cos 2x + 1 = 0.
(A) para cada k real, a equação admite uma única solução.
(B) para cada k real, a equação admite duas soluções.
56 Resolva a equação: 2(sen x – cos x) + 2 sen x cos x = 1.
(C) existe k real tal que a equação admite uma infinidade de soluções.
(D) não existe k real tal que a equação admita solução.
57 Resolva a inequação: 4 sen² x − 2 (1 + 2 ) sen x + 2 < 0.
(E) existe k real tal que a equação admite uma única solução.
2 sen2 x + cos x − 1 67 (ITA) Seja f(t) = 4 + 3 cos ( t) + 4 sen ( t) a função definida nos
58 Resolva no intervalo [0,2π]; ≥ 0.
p
p
sen x − cos x − 2 reais. Sobre essa função, qual das alternativas abaixo é correta?
59
(A) f(t) é função par.
cos 2 x + cos x − 1
a. Resolva a seguinte desigualdade: ≥ 2 para 0 ≤ x ≤ π; (B) f(t) é função ímpar.
cos 2 x
(C) O maior valor que f(t) assume é 9.
(D) O maior valor que f(t) assume é –3.
2 cos x + 2 sen x + 2
b. Resolva a inequação < 0. (E) O maior valor que f(t) assume é –1/2.
cos x − sen x
68 (AFA) O gráfico que melhor representa a função y = |sen x + cos x|,
60 (AFA) Os valores de α, 0 ≤ α < 2π, que satisfazem a desigualdade com 0 ≤ x < 2 , é:
p
–x2 + 1 < sen α, para todo x real, pertencem ao intervalo:
y y
2 (A) (C)
2 2
π 5π
(A) 0 < α < . (C) < α < π.
2 6
1 1
π π 5
(B) 0 < α < . (D) < α < π.
6 6 6 x
x
2 2
Funções trigonométricas
p
p
p
p
1 1− x (B) y (D) y
61 Determine x na equação arctan x = arctan .
2 1+ x
2 2
1 1
62 Resolva a equação: arctan − arctan = arctan a.
x −1 x +1 1 1
63 Resolva o sistema: x x
arcsen xy − arcsen 1 − xy = π /6 2 2
p
p
p
p
arctan 2 x + arctan 2 y = arctan 2
69 (ITA-1981) Seja g uma função não nula dos reais nos reais que
x π satisfaz, para todo x e y, g(x + y) = g(x) + g(y). Se f real for definida por
64 (ITA) A solução da equação arctan x + arctan = definida no
x +1 4
f(x) = sen 2g( x ) , a ≠ 0, então podemos garantir que:
conjunto dos reais diferentes de –1 é:
a
(A) 1.
(A) f é periódica com período a.
(B) ½.
p
(B) para a = n, n natural, temos f(n) = 2 sen (g(1)).
(C) ½ e 1.
(C) se g(1) ≠ 0, então g(1) = f(0).
(D) 2.
(D) se g(t) = a, então t é período de f.
(E) 2 e 1.
p
(E) se g(t) = 2 , então t é período de f.
p
65 (ITA) Sendo z = cos (arctan (a2 + b2) + arccot (a2 + b2)), podemos
70 Determine o período e a amplitude da função: y = 12 sen x – 5 cos x.
afirmar que:
(A) z = 0. 71 Seja ƒ(x) = 5 sen2 x + 3 sen x cos x + 7 cos2 x, ƒ: → . Determine
o conjunto-imagem da função ƒ.
(B) z = 1.
3
(C) z = .
2
(D) cos (a + b2), se a2 + b2 ≤ 1.
2
(E) é impossível determinar o valor de z.
IME-ITA – Vol. 1 273
MATEMÁTICA IV
Assunto 1
72 (ITA) Seja a ∈ , 0 < a < 1 e f uma função real de variável real 75 (ITA) Considere os contradomínios das funções arco seno e arco
1 π π
(a x2
−a )
2 2 cosseno como sendo − , e [0, ], respectivamente. Com respeito à
2 2
p
definida por f ( x ) = . função f: [–1,1] → f(x) = acrsen x + arccos x, temos que:
cos ( 2π x) + 4 cos (π x)+ 3
(A) é não crescente e ímpar.
Sobre o domínio A dessa função, podemos afirmar que:
(B) não é par nem ímpar.
(C) é sobrejetora.
(A) (–∞, – 2) ∩ ⊂ A.
(D) é injetora.
(B) A = [– 2, 2] ∩ . (E) é constante.
(C) (– 2, 2) ⊂ A.
π π
(D) {x ∈ / x ∉ , x ≥ 2} ⊂ A. 76 (ITA) Encontre todos os valores de a ∈ − , para os quais a
2 2
(E) A ⊂ [– 2, 2]. equação na variável real x:
73 (AFA) Analise as alternativas seguintes e classifique-as como ex ex
verdadeiras (V) ou falsas (F). arctan 2 − 1 + + arctan 2 − 1− = a admite solução.
2 2
( ) O período e o conjunto-imagem da função f: → definida por
1 1 1
f(x) = sen x · cos x são, respectivamente, 2 e − , .
4 4 4
p
( ) A função y = 2 arccos 4x tem por domínio o conjunto de todos os
01 (ITA) Dados A, B e C ângulos internos de um triângulo, tais que 2B + C ≠
1
p
valores de x pertencentes a 0, 4, . α−C
sen A + sen B = sen 2
π π 4 π 5π 5π
e α ∈ , ∪ , 2π , o sistema
( ) Para todo x ∈ − , , o valor de (tg2 x + 1) · (sen2 x – 1) é –1. 3 3 3
2 2 − cos A + cos B = cos α − C
2
admite como solução:
A opção que corresponde à classificação anterior é:
α α 2π 2π
(A) F – V – F. (A) A = π − ,B = − eC= .
2 2 3 3
(B) V – V – F.
α α
(C) F – F – V. (B) A = π − , B = e C = 0.
(D) V – F – V. 2 2
2π α π α
(C) A = ,B = e C = − .
74 (EN) A função que melhor se adapta ao gráfico abaixo é: 3 2 3 2
α 2π α 2π
y (D) A = π − ,B = eC= − .
2 3 2 3
3 α α
(E) A = π, B = e C = − .
2 2
2 02 (ITA) Seja a uma constante real. Eliminando q das equações abaixo:
x ⋅ sen θ + y ⋅ cos θ = 2 a ⋅ sen 2θ
, obtemos:
x ⋅ cos θ − y ⋅ sen θ = a ⋅ cos 2θ
x
–3 – – 3 2 2 2
p
p
p
p
p
p
4 2 4 4 2 4
(A) ( x + y ) 3 + ( x − y ) 3 = 2 a 3 .
2 2 2
x (B) ( x + y ) 3 − ( x − y ) 3 = 2 a 3 .
(A) y + sen = 3.
2 2 2 2
x (C) ( x + y ) 3 + ( x − y ) 3 = a 3 .
(B) y + sen = 3 + 2/2. 2 2
2 a3
(D) ( x + y ) 3 + ( x − y ) 3 = .
2
(C) y + |cos 2x| = 4.
(E) n.d.a.
x
(D) y + sen = 3 – 2/2.
2
(E) y + |sen 2x| = 3.
274 IME-ITA – Vol. 1
Trigonometria MATEMÁTICA IV
Assunto 1
cos ( 2 x ) 11
03 (AFA) Considere a função real definida por y = e as a. Mostre que é possível expressar tan 3α em função de tan α = x.
1 + sen ( 2 x )
seguintes afirmações:
b. Utilize o item anterior para determinar as soluções da equação
x3 – 3mx2 – 3x + m = 0 em que m é um número real dado.
I. A função é decrescente em todo seu domínio
π
II. O gráfico da função apresenta assíntotas em arccos + k π, k ∈ . 12
2
π a. Resolva a equação m cos x – (m + 1)sen x = m, m ∈ .
III. A função é negativa em 0, .
∗
4 b. Determine m de modo que essa equação admita as raízes x’ e x” cuja
π diferença seja π/2.
IV. A função admite inversa em 0, .
2
13 Determine os valores de x e y que satisfazem as equações:
São verdadeiras somente as afirmações contidas nos itens: x + y = π/5
(A) I e II. 2 π
sen x + sen y = 1 − cos 5 .
2
(B) II e III.
(C) III e IV.
14 Sejam α, β e γ ângulos internos de um triângulo oposto aos lados a,
(D) I e IV.
b, c respectivamente.
π
04 Resolva a equação 2 sen2 cos2 x = 1 − cos (π sen 2 x). α a
2 a. Mostre que sen ≤ .
2 b+c
05 Calcule: sen 10° · sen 50° · sen 70°. α β γ 1
b. Mostre que sen · sen · sen ≤ .
2 2 2 8
06 Achar os valores de x que satisfazem a equação:
π2 − 4 x 2 = arcsen (cos x ). 15 Sejam , e ângulos internos de um triângulo.
a
b
g
kπ α β γ
07 Prove que os valores da expressão sen , k inteiro, são todos a. Mostre que cos α + cos β + cos γ = 1 + 4 sen ⋅ sen ⋅ sen .
2 2 2
7
diferentes.
3
b. Mostre que cos α + cos β + cos γ ≤ .
2
08
n
sen 2n a
a. Prove que: ∏ cos 2 k −1
a=
2n sen a
. 16 Resolva sen 18x + sen 10x + sen 2x = 3 + cos2 2x.
k =1
Cˆ
b. Usando (a), mostre que: =
17 Prove que um triângulo satisfaz a + b tan (
a tan A )
ˆ + b tan Bˆ é
2
1 1 1 1 1 1 1 1 1 2 isósceles.
⋅ + ⋅ ⋅ + ⋅ + = .
2 2 2 2 2 2 2 2 2 π
2π 3π π
18 Mostre que csc + csc = csc .
π 7 7 7
09 Dada a equação cos 2 x + − msen2 x = 0, determine a condição
6
19 Mostre que cos 1° é irracional.
que deve satisfazer m para que ela tenha pelo menos uma solução xo tal
que 0 < xo < 2π. 1+ xn
20 Considere uma sequência definida por x0 = 2.014 e x n +1 =
1− xn
1 1 1 para n > 0. Calcule x2.014.
10 Calcule + + ... + .
sen 1o ⋅ sen 2o sen 2o ⋅ sen 3o sen no ⋅ sen ( n + 1)o
IME-ITA – Vol. 1 275
MATEMÁTICA IV
Assunto 1
A
B
01 Prove que existem infinitas retas.
Solução:
Plano α Como existem infinitos pontos, sejam A e B dois deles. A partir deles,
definimos a reta AB. Como em uma reta existem infinitos pontos, bem
α como fora dela, tome fora dela o ponto X. A cada ponto P da reta AB,
seja a reta XP. Como X não pertence à reta AB, todas as retas XP são
diferentes de AB. Agora, dados dois pontos P e Q na reta AB, se XP e XQ
fossem uma mesma reta, então seriam a reta PQ, que é a reta AB, o que
é um absurdo, pois X não está na reta AB. Logo todas as retas do tipo
Apesar de não podermos defini-los, podemos estabelecer notações XP são diferentes entre si, variando P. Como são infinitos pontos P, são
e relações entre eles, por meio dos axiomas. Estes são como “regras do infinitas retas no plano.
jogo”, as verdades que não podemos provar, e que servem pra iniciar o
estudo desse sistema.
Existem cinco grupos principais de axioma na geometria euclidiana, 2. Outros objetos iniciais e definições
segundo a axiomatização de Hilbert. Seguem alguns dos principais axiomas
da geometria: Segmento de reta AB é o conjunto de pontos que estão entre os
pontos A e B. Chamamos A e B de extremidades do segmento. Todo ponto
• existem infinitos pontos; que está entre A e B está na reta AB, logo o segmento de reta AB está
• dois pontos distintos determinam uma reta que os contém; contido na reta AB . A cada segmento de reta, associamos uma medida,
• em uma reta existem infinitos pontos, fora dela também; que é um número real positivo. A união de dois segmentos adjacentes
• três pontos distintos que não estejam em uma mesma reta determinam tem por medida a soma das medidas de ambos.
um plano que os contém;
• dados uma reta e um ponto fora dela, existe e é única uma segunda Formalmente, dados dois pontos A e B, chamamos de semirreta AB
o conjunto dos pontos X que estão entre A e B ou são tais que B está
reta que contém o ponto dado e não intersecta a reta dada, embora
esteja no mesmo plano. [Ax. de Euclides] entre A e X. Para entender, pense em A dividindo a reta em dois conjuntos
infinitos em sentidos diferentes, um dos quais contém o ponto B. Esse
conjunto é a semirreta AB . O vértice (ou origem) dela é o ponto A. Quando
A essa reta, chamamos de paralela. Foram suprimidos alguns axiomas,
duas semirretas possuem o mesmo vértice e a sua união é a reta suporte
para facilitar o entendimento.
delas, dizemos que são semirretas opostas.
A B O ponto M entre A e B tal que os segmentos AM e MB têm a mesma
medida é chamado de ponto médio.
r Y B
β α
01 Sejam A, B e P pontos colineares tais que B está entre P e A. Sejam Segue a nomenclatura dos ângulos quanto às suas medidas:
M e N pontos médios dos segmentos AP e PB respectivamente. Calcule
a medida de MN, sabendo as medidas de AP = a, PB = b. • Ângulo agudo: ângulo maior que 0° e menor que 90°.
• Ângulo reto: ângulo de 90°.
Solução: •
Ângulo oblíquo ou obtuso: ângulo maior que 90° e menor que 180°.
Como AP = a, e M é médio de AP, então MP = a/2. Como PB = b, e • Ângulo raso: ângulo de 180°.
N é médio de PB, então NP = b/2. Agora, como N está entre M e P, • Ângulo côncavo ou reentrante: ângulo maior que 180° e menor que 360°.
tem-se que MN = MP – PN = (a – b)/2.
• Ângulos complementares: ângulos que somam 90°.
• Ângulos suplementares: ângulos que somam 180°.
3. Ângulos
• Ângulos replementares: ângulos que somam 360°.
• Ângulos explementares: ângulos cuja diferença é de 180°.
Quando duas semirretas OA e OB possuem mesmo vértice, elas
determinam uma região do plano que chamamos de ângulo (denotamos
AÔB), e as semirretas chamamos de lados do ângulo. Associamos a cada
4. Paralelismo e Teorema Angular de
ângulo uma medida, que é um número real. Quando dois ângulos têm por Tales
interseção apenas um lado em comum e um deles não está contido no outro,
dizemos que são adjacentes, e a medida da união é a soma das medidas. O Com o conteúdo de triângulos, e após a formalização de alguns
ângulo formado por duas semirretas opostas é associado à medida em graus teoremas, podemos concluir o seguinte teorema: na figura, se r//s, então
de 180°. Existem outras unidades de medida, como o radiano e o grado. os ângulos e são congruentes. Na verdade, vale a recíproca também,
a
b
Para converter, é só fazer uma regra de três com a seguinte equivalência: a qual servirá como um bom critério de paralelismo entre retas.
180° = πrad. = 200gr
Dado um ângulo AÔB, chamamos a semirreta interna a ele OX de
bissetriz, se, e somente se, os ângulos XÔA e XÔB são congruentes, isto α
é, têm a mesma medida. r
B
^ ^
AO X = XO B
^
OX é bissetriz de AO B
x
β
O s
A
Na figura, r//s ⇔ α = β
b
a
r 01 São dados os pontos A, B, C, D e E, nessa ordem, sobre uma reta.
c d Sabe-se que AB + CD = 3 · BC e DE = AB. Sendo M médio de BE, tem-se
que MD = 2 e AE = 16. Calcule MC:
(A) 2.
(B) 3.
(C) 4.
(D) 5.
f e
(E) 6.
s // r
02 São dados os pontos A, B, C e D, nessa ordem, sobre uma reta, de
g
h forma que AD = 20 e BC = 12, sendo AB menor que a metade de CD.
Calcule a distância entre os pontos médios de AB e CD.
03 Efetue:
Alguns pares de ângulos, como na figura anterior, recebem um nome
a. 23°45’19” + 37°32’43”
pela posição relativa às retas paralelas e à transversal. São eles:
b. 87°18’32” – 54°37’42”
c. 5°23’47” · 4
• Alternos internos: (c, e), (d, f)
d. 56°25’33” ÷ 3
• Alternos externos: (a, g),(b, h)
• Colaterais internos: (c, f),(d, e) 04 Sendo dado um ângulo de medida , escreva simplificadamente uma
• Colaterais externos: (a, h), (b, g)
a
fórmula que calcule:
• Correspondentes: (a, e),(b, f),(c, g),(d, h).
a. o suplemento de ;
a
Como consequência, tem-se o Teorema Angular de Tales: em b. o complemento da metade de ;
a
um triângulo, a soma dos ângulos internos é constante e igual a 180°. c. o replemento de um terço do suplemento de ;
a
Analogamente, podemos concluir a relação do ângulo externo: cada ângulo d. o suplemento do dobro do complemento da metade de .
a
externo de um triângulo mede a soma dos outros dois ângulos internos
não adjacentes a ele. 05 Um ângulo é igual ao dobro do complemento do seu quádruplo. Quanto
mede esse ângulo?
A
r // BC 06 Dois ângulos suplementares são tais que um é o triplo do complemento
Y
β do outro. Quanto vale a razão entre esses ângulos?
α
07 Dois ângulos AÔB e BÔC são adjacentes, e o ângulo AÔC mede 120°.
Calcule a medida do ângulo formado pelas bissetrizes de AÔB e BÔC.
B C x
Teorema do ângulo externo
β
Na figura, x = α + β
II. Existe um que é o dobro do outro.
III. Existem dois deles que são suplementares.
y Quais são verdadeiras?
(A) apenas I.
β
(B) apenas II.
(C) apenas III.
x (D) II e III.
(E) I e II.
Na figura, x + y = α + β
05 Pelo vértice de um ângulo AÔB reto, traça-se uma reta r qualquer,
11 (EPCAR) Considere as retas r e s (r//s) e os ângulos ê, î e â da figura
externa a ele. Calcule o ângulo formado pelas bissetrizes dos ângulos
abaixo: agudos que as semirretas OA e OB formam com a reta r.
r
â 06 Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes, sendo a medida do primeiro
igual a 70˚. Calcule o ângulo formado pelas bissetrizes dos ângulos AÔC
e BÔC.
î 07 Após ver um relógio de ponteiro às 13:00, o ponteiro das horas
ê percorreu um ângulo de 42°. Qual é o horário indicado pelo relógio após
s esse movimento?
Pode-se afirmar que: 08 Após as 15:00, qual é o primeiro horário em que os ponteiros das
horas e dos minutos formam um ângulo de 130°?
(A) ê + î + â = 270°
(B) ê + î + â = 180° 09 As semirretas OA, OB, OC e OD formam ângulos adjacentes AÔB, BÔC,
(C) ê+î=â CÔD e DÔA, nessa ordem, tais que os três primeiros são proporcionais a
(D) ê + î = â + 90° 1, 3 e 6 respectivamente. Sabe-se que OD é semirreta oposta à bissetriz
do ângulo BÔC. Calcule o ângulo AÔD.
12 Na figura, prove que vale a relação x = a + b + c.
10 Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes, sendo AÔC = 100°. Sendo
OX, OY e OZ semirretas bissetrizes, respectivamente, de AÔB, BÔC e XÔY,
e sendo BÔZ=10°, então o maior dentre AÔB e BÔC mede:
b
(A) 60°.
(B) 70°.
(C) 80°.
(D) 90°.
x
c (E) Faltam dados.
a
11 Dados os ângulos adjacentes AÔB, BÔC, CÔD e DÔA, traçam-se as
bissetrizes OX, OY e OZ dos ângulos AÔB, CÔD e XÔY, respectivamente. Sabe-se
que ZÔD – XÔZ = 40° e que BÔZ mede 50°. Calcule o ângulo CÔD:
(A) 10°.
(B) 20°.
01 São dados os pontos A, B, C e D, nessa ordem, sobre uma reta. (C) 40°.
Sabe-se que AB e CD são congruentes. Prove que o ponto médio de AD (D) 60°.
é também ponto médio de BC. (E) 80°.
02 Sobre uma reta marcam-se os pontos M, A e B. Sendo O o ponto 12 (OBM) Três quadrados são colados pelos seus vértices entre si e a
médio de AB, calcule k para que valha a seguinte relação: MA2 + MB2 = dois bastões verticais, como mostra a figura.
k · (MO2 + AO2)
A medida do ângulo x é:
(A) 39º.
(B) 41º. 01 Quantas vezes os ponteiros das horas e dos minutos são perpendiculares
(C) 43º.
em um dia de funcionamento?
(D) 44º.
(E) 46º. (A) 44.
(B) 46.
13 Na figura que segue, quanto vale a soma a + b + c + d + e?
(C) 48.
(D) 23.
(A) 180°.
(E) 24.
(B) 270°.
(C) 360°. 02 Os ângulos AÔB e BÔC são adjacentes. Sendo OX, OY, OZ e OW
(D) 540°.
semirretas bissetrizes, nessa ordem, de AÔB, BÔC, XÔY e AÔC, prove
(E) faltam dados. que OZ é bissetriz de BÔW.
03 Dê o valor numérico de x, em graus, na figura abaixo:
b
e r
d m k
m k
3α
x
a c 2α
n p
n p
s
14 Nas figuras, calcule a medida de x: 04 Na figura, quanto vale x?
r
α
α x
x
x
x
β
β
s // r
x
r
x 60°
b
b
a
x
a
50°
s // r
Polígonos
2
1. Introdução Obs.: É fácil provar que todo polígono simples é triângulorizável por
indução.
Neste bloco, você verá uma pequena introdução ao conceito de A H
Para polígonos convexos, a soma
polígonos. Aqui, será analisada, principalmente, a parte qualitativa de
de um ângulo interno com um externo
polígon1os. Mais adiante, com ferramentas mais avançadas, você poderá B
sempre será um ângulo raso. Logo, é G
deduzir as principais relações métricas e angulares envolvidas nas questões
possível concluir que, para polígonos C
mais comuns do assunto.
convexos, a soma dos ângulos D F
2. Definição e nomenclatura externos de cada vértice é constante
e igual a 360 graus. E
Chama-se de polígono a região delimitada pela união de segmentos
Pode-se ser ainda calcular o Octógono ABCDEFGH triângulo
não colineares consecutivamente, desde que tal linha seja fechada. Os
segmentos chamam-se lados, os extremos dos segmentos chamam-se número de diagonais de um polígono Seis triângulos ⇒ S = 1.080°
vértices, e o número de lados, que é igual ao número de vértices, chama- de gênero n, pela seguinte expressão:
se de gênero do polígono. Qualquer segmento com extremidades em dois
n( n − 3)
vértices é chamado de diagonal, desde que não seja um lado do polígono. D=
2
Diz-se que um polígono é C D
simples quando não existem Dem: De fato que de cada vértice do polígono partem n – 3 retas,
dois lados não consecutivos uma vez que um vértice não se liga a si mesmo, nem aos seus dois
A E
que se intersectem mutuamente. vizinhos(lados).
Caso existam dois lados não Como o polígono tem gênero n, teríamos n(n – 3) retas, porém cada
consecutivos com interseção, B H reta é contada duas vezes(uma em cada vértice).
diz-se que o polígono é complexo.
Caso seja simples, define-se
como ângulo interno qualquer G F 4. Polígonos regulares
ângulo formado por dois lados
Polígono ABCDEFGH Diz-se que um polígono convexo é equilátero quando todos os seus
consecutivos, definido na região
interna ao polígono. Observe que lados são congruentes.
o número de ângulos internos é igual ao gênero do polígono. A E
Se o polígono é simples, então podemos classificá-lo como convexo
ou não convexo. Caso seja convexo, chama-se de ângulo externo cada B F
menor ângulo formado por um lado e um prolongamento de outro lado
adjacente. Considere sempre que para cada vértice existe um ângulo
externo, já que na verdade são dois ângulos opostos pelo vértice, logo
são congruentes. Dessa maneira, o número de ângulos externos também C D
é igual ao gênero do polígono. ABCDFE é polígono equilátero
F E Solução:
ABC é um triângulo isósceles. Sendo x = BCA, tem-se que o ângulo
BCD mede x + 150° + x. Além disso, o ângulo externo do polígono é
G D dado por 2x. Como o ângulo interno é suplementar do externo, tem-se
O que (2x + 150°) + 2x = 180°, logo 2x = 15°. Sendo n o gênero, tem-
-se que n = 360° / 15° = 24. Logo D=24 · 21 / 2 = 252 diagonais.
H
C
A B
01 ABCD é um quadrado e ABP é um triângulo equilátero. Calcule o ângulo
Num polígono regular, todos os ângulos internos são iguais a CDP nos seguintes casos:
a. o triângulo é interno ao quadrado.
180o ( n − 2) 360o
αi = , e todos os ângulos externos são iguais a α e = . b. o triângulo é externo ao quadrado.
n n
Ao traçar as diagonais, cada ângulo interno fica dividido em partes 02 ABCDE é um pentágono regular, e ABIJK é outro pentágono regular.
congruentes, iguais à metade do ângulo externo. Calcule o ângulo AÎC.
medem 120° e 80°, respectivamente. Calcule o ângulo agudo formado
G E pelas bissetrizes internas nos vértices C e D:
(A) 60°.
20°
(B) 65°.
D
H (C) 70°.
(D) 75°.
(E) 80°.
C
I αi = 140° 04 Um polígono regular tem 20 diagonais. Quanto mede seu ângulo
interno?
A B αe = 140°
05 Aumentando o número de lados de um polígono em 3 unidades, seu
Eneágono regular
número de diagonais aumenta em 21. Determine o número de diagonais
do polígono.
No polígono regular de gênero n, tem-se ainda os seguintes fatos
conhecidos: 06 Calcule o número de diagonais que não passam pelo centro de um
polígono regular de 2n lados.
n
• n é par: o número de diagonais que passam pelo centro é e que
2
07 A soma dos gêneros de dois polígonos é 16. Se os seus números de
n ( n − 3)
n n( n − 4)
não passam é − = . diagonais diferem de 26, a diferença entre seus gêneros é:
2 2 2
• n é ímpar: nenhuma diagonal passa pelo centro. (A) 1.
(B) 2.
(C) 3.
(D) 4.
(E) 5.
01 ABCD é um quadrado, e ABP e BCQ são triângulos equiláteros, o
primeiro interno ao quadrado, e o segundo externo a ele. Prove que D, P 08 A soma dos ângulos internos de dois polígonos regulares é 1.980°,
e Q são colineares.
e a diferença entre seus gêneros é 3. Determine os polígonos.
Solução: 09 Dois polígonos regulares são tais que o gênero de um excede o do outro
Considerando que ABCD e ABP possuem o mesmo lado, então o
em 3 unidades, e o número de diagonais de um é o quádruplo do número de
triângulo APD é isósceles, e Â=30° implica PDA=75°. Logo PDC=15°. diagonais do outro. Determine os ângulos internos desses dois polígonos.
Analogamente, considerando ABCD e BCQ, tem-se que o triângulo QCD
é isósceles, com C=150°. Logo QDC=15°. Como PDC e QDC são iguais 10 Um polígono regular convexo tem o seu número de diagonais expresso
a 15°, então os pontos D, P e Q são colineares.
por n2 – 10n + 8, em que n é o seu número de lados. O seu ângulo interno
x é tal que:
02 Um polígono regular de gênero desconhecido ABCDEF é tal que o
ângulo ACE mede 150°. Calcule o número de diagonais do polígono. (A) x < 120º. (D) 140º < x <150º.
(B) 120º < x < 130º. (E) x > 150º.
(C) 130º < x < 140º.
expressam a quantidade de lados de cada um constituam uma progressão
aritmética. Sabe-se que o produto desses três números é igual a 585 e que
01 ABCDE é um pentágono regular, e ABI é um triângulo equilátero, sendo I a soma de todos os ângulos internos dos três polígonos é igual a 3.780o. O
interno ao pentágono. Calcule o ângulo CÎD. número total das diagonais nesses três polígonos é igual a:
(B) 69.
seus vértices, sem que haja dois consecutivos. Quantas são as diagonais
(C) 90.
que partem desses 4 vértices?
(D) 97.
(E) 106.
03 Em um polígono convexo, dois ângulos internos medem 130°, e todos
os outros medem 128°. Determine o gênero desse polígono. 12 (ITA-1998) Considere as afirmações sobre polígonos convexos:
04 Em um polígono regular, as mediatrizes de dois lados consecutivos I. Existe apenas um polígono cujo número de diagonais coincide com
o número de lados.
formam um ângulo de 20°. Calcule o ângulo formado entre as duas
diagonais menores que partem do mesmo vértice. II. Não existe polígono cujo número de diagonais seja o quádruplo do
número de lados.
III. Se a razão entre o número de diagonais e o de lados de um polígono
05 As diagonais de um polígono regular convexo são medidas, e apresentam
é um número natural, então o número de lados do polígono é ímpar.
os valores: {m1, m2, m3, ... , m14}. Calcule o ângulo externo desse polígono,
sabendo que, em graus, ele apresenta um valor inteiro. Então:
06 Em um polígono regular ABCDE..., as bissetrizes externas traçadas (A) Todas as afirmações são verdadeiras.
de A e C são perpendiculares. Qual é o gênero do polígono? (B) Apenas I e III são verdadeiras.
(C) Apenas I é verdadeira.
07 Dois polígonos regulares são tais que a razão entre seus ângulos internos (D) Apenas III é verdadeira.
é 5/4, e a razão entre seus ângulos externos é 1/2. Calcule o número de (E) Apenas II e III são verdadeiras.
diagonais do polígono com maior gênero.
13 Um hexágono ABCDEF convexo é tal que AB//DE, BC//EF e CD//AF.
08 Um ladrilho com formato de polígono regular é tal que, rotacionado em Prove que os ângulos internos nos vértices opostos são iguais.
torno do centro de 40° no sentido horário ou de 60° no sentido anti-horário,
fica encaixado perfeitamente no espaço vago deixado antes de rotacionar.
Determine o número mínimo de lados que tal ladrilho pode possuir.
01 (ITA – adaptado) Considere um polígono convexo não necessariamente
09 Dado um polígono convexo regular ABCDEF de gênero desconhecido,
regular de gênero x. Sabe-se dele que a soma de x – 1 ângulos internos
considere as bissetrizes de seus ângulos internos A e D. Sabendo que o ângulo desse polígono é 2.014°. Calcule o número de diagonais desse polígono.
3
formado por essas bissetrizes é igual a da soma de todos os ângulos
40 02 Prove que, em um polígono convexo, o número máximo de ângulos
internos do polígono, pede-se para calcular quantas diagonais ele possui.
internos agudos é 3.
10 O número de gêneros de polígonos regulares tais que quaisquer duas 03 Um hexágono ABCDEF é equiângulo. Sabendo que AB = 7, BC = 8,
de suas diagonais, que passam pelo seu centro, formam entre si ângulo CD = 6, DE = 10, calcule os lados EF e FA.
expresso em graus por um número inteiro, é:
04 Prove que em qualquer pentágono convexo, existem dois ângulos
(A) 17. (D) 23. internos consecutivos cuja soma é maior ou igual a 216°.
(B) 18. (E) 24.
(C) 21.
284 IME-ITA – Vol. 1
MATEMÁTICA V ASSUNTO
Triângulos
3
Além do mais, deduz-se o teorema da envolvente: se dois caminhos
1. Definição e propriedades iniciais convexos de A para B são tais que a região definida por um (o envolvente)
Triângulo é o polígono de gênero 3. Ele não possui diagonais e é contém a região definida pelo outro (o envolvido), então, o comprimento
sempre convexo. Possui, portanto, três lados, três vértices, três ângulos daquele será maior que o deste.
internos (que somam 180°) e três ângulos externos.
D J
Podemos classificar os triângulos quanto às medidas dos lados: K
G H
I. Escaleno – todos os seus lados são diferentes. C I
II Isósceles – possui pelo menos dois lados iguais.
A B E F
III Equilátero – possui todos os lados iguais.
Na figura, AC + BC < AD + DB Os caminhos são convexos.
Podemos classificá-los também quanto aos ângulos internos: m(EGHIF) < m(EJKF)
I. Acutângulo – todos os seus ângulos internos são agudos. Uma desigualdade muito útil é a seguinte: em um triângulo, o maior
II. Retângulo – possui um ângulo interno reto. lado é sempre oposto ao maior ângulo, e o menor lado é sempre oposto
III. Obtusângulo – possui um ângulo interno obtuso. ao menor ângulo.
Se um triângulo é retângulo, chamamos o lado oposto ao ângulo reto
de hipotenusa, e os outros dois lados, de catetos. 3. Congruência de triângulos
A Dizemos que dois triângulos são congruentes se, e somente se, os
F
lados e os ângulos internos de um são homologamente congruentes aos
α lados e ângulos internos do outro. Formalmente, dizemos:
60°
∆ABC ≡ ∆DEF ⇔ A = D, B = E, C = F, AB = DE, AC = DF e BC = EF.
β Pa r a d e m o n s t r a r A F E
γ C 60° 60° que dois triângulos são
B D E γ
β
congruentes, basta testar α
Triângulo ABC: α + β + γ = 180° O triângulo equilátero se vale um dos cinco
é sempre regular α
casos de congruência β γ
que seguem: B C D
2. Desigualdade triangular –
I. LAL – Lado/ângulo/lado: Triângulos com par de lados iguais formando
teorema da envolvente
ângulos congruentes são congruentes entre si.
A desigualdade triangular estabelece o seguinte: dados dois pontos, x
A e B, e um ponto X qualquer variável, sempre vale que AB ≤ AX + XB,
com igualdade se, e somente se, X está entre A e B. Essa desigualdade
a
pode ser estendida: dada uma poligonal fechada, um lado é menor que a y
soma de todos os outros lados.
II. ALA – Ângulo/lado/ângulo: Triângulos com par de ângulos iguais com
E os lados comuns a eles congruentes são congruentes entre si.
F
X x a
b
A B C D
III. LAAo – Lado/ângulo/ângulo oposto: Triângulos com lado, ângulo
Na figura, AB < AX + XB Na figura, CD < CE + EF + FD
adjacente ao lado e ângulo oposto a ele congruente um aos do outro
A partir disso, podemos concluir a condição de existência de um são congruentes.
triângulo: dados os lados de um possível triângulo, ele existe se, e
x a
somente se:
a < b + c b
b < c + a ⇔ a − b < c < a + b
c < a + b
IV. LLL – Triângulos com todos os lados congruentes um aos do outro c. Altura (e o ortocentro): Se D sobre a reta BC é tal que AD é
são congruentes. perpendicular a BC, dizemos que AD é altura relativa a BC. A altura pode
y ser uma ceviana externa ou até mesmo um lado, como nas figuras. As
três alturas traçadas a partir de cada vértice são concorrentes num
z ponto chamado ortocentro.
x A A
E
E
V. 90° HC – Caso especial para triângulos retângulos: Triângulos
F B
retângulos que possuam hipotenusas iguais e um cateto de um igual H D C
a um do outro são congruentes.
D C F
B H
a
b
ABC é triângulo acutângulo ABC é triângulo obtusângulo
AD, BE e CF são alturas AD, BE e CF são alturas
H é ortocentro interno ABC H é ortocentro externo a ABC
Obs.: LLA não é caso de congruência!
A d. Bissetriz externa (e o exincentro): Se o triângulo ABC é escaleno,
Os triângulos ABC e ABD possuem
então, existe D sobre a reta BC, tal que AD é bissetriz do ângulo externo
dois pares de lados em comum e os em A. Chamamos AD de bissetriz externa. São três bissetrizes externas,
ângulos opostos a um deles iguais. Eles uma para cada vértice. Duas retas bissetrizes externas e uma interna
não são congruentes: um está dentro do vértice remanescente são concorrentes em um ponto chamado
do outro B D C exincentro relativo àquele vértice. São três exincentros, e eles são
centros de círculos tangentes às retas-suportes dos lados do triângulo.
4. Cevianas notáveis – pontos notáveis e. Mediatriz
Dado um triângulo ABC, dizemos que o segmento AD é uma ceviana se A mediatriz de um segmento AB é A
o ponto D está sobre a reta suporte do lado BC. Caso D esteja sobre o lado a reta perpendicular a AB no seu
BC, dizemos que AD é ceviana interna. Caso contrário, AD é ceviana externa. ponto médio. Em um triângulo,
as mediatrizes dos lados nem L N
Algumas cevianas possuem propriedades impor tantes e têm O
sempre são cevianas, já que não
nomenclatura especial.
passam necessariamente pelo
vértice oposto. Porém, no caso M
A B C
a. Mediana (e o baricentro): Se M do triângulo, as mediatrizes dos
é ponto médio de BC, chamamos lados são concorrentes em um
AM de mediana relativa ao lado ponto chamado circuncentro, que As mediatrizes dos lados
BC. Cada triângulo possui três L 2X N equidista dos vértices e, portanto,
G encontram em O, o circuncentro
medianas, que são concorrentes é centro de uma circunferência do triângulo ABC
em um ponto chamado baricentro. X circunscrita ao triângulo.
O baricentro G divide uma mediana
B M C
AM na razão AG : GM = 2. Traçadas
as medianas, o triângulo original AM, BN e CL são medianas; 5. Triângulo isósceles
fica dividido em seis triângulos de G é baricentro Podemos provar que um triângulo tem uma das propriedades abaixo
áreas iguais.
se, e somente se, ele é isósceles. Seguem:
b. Bissetriz interna (e o incentro): Se D sobre o lado BC é tal que AD
bissecta o ângulo interno em A, chamamos AD de bissetriz interna • Os ângulos das bases são congruentes;
relativa ao vértice A, ou relativa ao lado BC. Cada triângulo possui três • a altura do vértice principal também é mediana;
bissetrizes internas, que são concorrrentes em um ponto chamado • a altura do vértice principal também é bissetriz;
incentro. O incentro equidista dos lados do triângulo, logo, é centro • a bissetriz do vértice principal também é mediana.
de uma circunferência inscrita no triângulo.
A A
A
6. Lugares geométricos iniciais P e B são colineares. Logo, o ponto P que minimiza a soma PA + PB
é a interseção do segmento A*B com a reta r.
Dada uma propriedade Ω, dizemos que certo conjunto é o lugar (A ideia do simétrico é muito útil em problemas de mínimos caminhos.)
geométrico (LG) de Ω se, e somente se, todos os pontos que satisfazem
a Ω estão no conjunto, e vice-versa. Inicialmente, podemos deduzir três 02 Seja P interno ao triângulo ABC. Prove que AP + PB < AC + CB.
importantes LG’s.
(Teorema da envolvente)
a. Par de retas bissetrizes: Dadas duas retas concorrentes r e s, o LG
dos pontos P que equidistam de r e s é o par de retas bissetrizes dos Solução: Considere prolongar o segmento AP até X sobre BC. Por
ângulos formados pelas retas. desigualdade triangular, temos:
No triângulo ACX: AP + PX < AC + CX.
No triângulo PXB: PB < PX + XB.
Somando e usando a lei do corte, tem-se a conclusão de que é um
s caso particular do teorema da envolvente. Usando a ideia de prolongar o
segmento, podem-se provar as versões poligonais generalizadas.
P
03 A, B e C são pontos colineares, com B entre A e C. Constroem-se, num
mesmo semiplano gerado por AB, os triângulos equiláteros ABX e BCY.
Sendo M e N médios de AY e CX, prove que o triângulo BMN é equilátero.
r
Solução: Observe que os triângulos ABY e XBC são congruentes pelo
caso LAL. (AB = XB, BY = BC e os ângulos B medem 120°). Logo, as
medianas relativas aos lados AY e XC são congruentes [ou seja, BM = BN].
b. Mediatriz: Dado um segmento AB, o LG dos pontos P que equidistam Além disso, o ângulo entre elas é de 60° [por argumento de rotação], logo
de A e B é a mediatriz de AB. o triângulo BMN é equilátero.
x
r Q’
01 Em um triângulo ABC, tomam-se sobre os lados AB e BC os pontos
P’
D e E, respectivamente, tais que BD = BE, e a medida dos ângulos BCD
x e BAE são iguais. Analise as afirmativas:
r” Q
I. Os triângulos BEA e BDC são congruentes.
II. Os ângulos BDC e BEA são congruentes.
P e Q pertencem a r’ e r” paralelas distando x de r.
III. Os segmentos BE e AD são congruentes.
dist(P, r) = PP’ = x = QQ’ = dist(Q, r)
IV. Os segmentos CD e AE são congruentes.
Quantas afirmativas são verdadeiras?
03 Sobre os lados AB e AC de um triângulo ABC, tomam-se os quadrados 12 Seja ABC um triângulo e AD, uma ceviana interna. Prove que AD é
ABDE e ACFG. Prove que os segmentos CE e BG são congruentes e menor que o semiperímetro do triângulo.
perpendiculares entre si.
13 Em um triângulo ABC, calcule, em função do ângulo interno em A, os
04 Prove que, num triângulo ABC, a reta suporte da mediana AM equidista ângulos formados:
dos vértices B e C.
(A) pelas bissetrizes internas em B e C.
05 Em um triângulo ABC, AD é bissetriz. Sobre a semirreta AD, tomam-se (B) pelas alturas traçadas de B e C.
(C) pelas bissetrizes externas de B e C.
os pontos E e F tais que AB = AE e AC = AF. Prove que BF = CE.
(D) pelas bissetrizes interna em B e externa em C.
06 Dadas as seguintes proposições, analise se são elas verdadeiras (V)
14 ABC é um triângulo isósceles tal que AB = AC = 13, BC = 10. Sobre
ou falsas (F):
o lado BC, toma-se um ponto P, e sobre os lados AB e AC tomam-se X e Y,
I. Dois triângulos retângulos são congruentes se possuem dois lados respectivamente, tais que PX // AC e PY // AB. Calcule a soma PX + PY.
congruentes.
II. Se em um quadrilátero ABCD, BC = CD, e BÂC = DÂC, então os 15 Na figura, tem-se AB = BC e AC = CD = DE = EF = FB. Calcule .
triângulos ABC e ADC são congruentes.
III. Se no quadrilátero ABCD, AC = BD e os ângulos ABD e ACD são retos, C
concluímos que AB = CD.
E
Então, tem-se:
(A) V – F – V.
α B
(B) F – V – V.
(C) V – V – V. A D F
(D) V – V – F.
(E) F – F – V. 16 ABC é um triângulo isósceles com AB = AC. Sobre os lados BC e
AC, tomam-se os pontos P e Q, de forma que AP = AQ. Calcule o ângulo
07 Em um triângulo ABC, prolongam-se as medianas BM e CN de QPC, sabendo que BÂP = 30°.
comprimentos iguais (MB’ = BM, NC’ = CN). Prove que A é ponto médio
de B’C’. (A) 10°.
(B) 15°.
08 No triângulo ABC, AB = 5, AC = 7, e os ângulos internos são (C) 20°.
(D) 25°.
crescentes na seguinte ordem: C < A < B. Diga quanto mede BC, dado
que é inteiro. (E) 30°.
(A) 4. 17 ABC é um triângulo no qual o ângulo interno em A é o dobro do em B.
Sejam X e Y pontos sobre BC e AC tais que AB = AX = XY = YC. Calcule
(B) 5.
os ângulos do triângulo ABC.
(C) 6.
(D) 7.
18 Dado um triângulo ABC, marca-se um ponto D sobre AC de forma que
(E) 8.
AB = AD. Sabendo que o ângulo interno em B excede o em C em 30°,
09 Em um triângulo ABC isósceles, dois lados medem 14 cm e 4 cm. calcule a medida do ângulo CBD.
Calcule o perímetro do triângulo.
(A) 18 cm.
(B) 22 cm.
(C) 32 cm. 01 Dado um triângulo ABC, sobre os lados AC e BC são marcados os
(D) Podem ser 22 cm ou 32 cm. pontos M e N, respectivamente, tais que AB = MC, MB = MN, e os ângulos
(E) Faltam dados. ABM e CMN são congruentes. Sabendo que BÂC = 50°, quanto vale o
ângulo ACB?
10 Prove que, em um quadrilátero convexo, a soma das medidas das
(A) 50°.
diagonais é maior que a soma das medidas de dois lados opostos.
(B) 40°.
11 Entre que valores está compreendido um dos lados de um quadrilátero (C) 60°.
(D) 25°.
que possui lados medindo 3 cm, 5 cm e 11 cm?
(E) 75°.
288 IME-ITA – Vol. 1
Triângulos MATEMÁTICA V
Assunto 3
02 Na figura, os triângulos ABC e CDE são congruentes, de forma que 07 Em um quadrilátero ABCD, no qual os ângulos ABC e ADC são retos,
AC = CD. Se EC = 5, EF = 2, então quanto mede AF? tem-se que o ângulo ACD é o dobro do ângulo ACB e também AB = 2.
Calcule a medida de AD, sabendo que é um valor inteiro.
B D
(A) 4.
E (B) 2.
(C) 3.
F
(D) 6.
(E) 5.
A C 08 Seja ABC um triângulo qualquer e P, um ponto interno qualquer. Prove
que a soma PA + PB + PC é maior que o semiperímetro e menor que o
(A) 2. perímetro do triângulo.
(B) 3.
09 Mostre que são menores que o perímetro de um triângulo:
(C) 4.
(D) 5. a. a soma das alturas;
(E) 7.
b. a soma das medianas.
03 Na figura, AB = BD e os triângulos ABC e BDE são congruentes.
10 Considere ABC um triângulo equilátero. Prolongando BC de um
Calcule a razão entre os ângulos BCA e DAC.
segmento CP qualquer, toma-se, sobre a altura de B no triângulo ABP,
B um ponto Q tal que QÂB = 30°. Calcule a medida do ângulo QPC.
(A) 15°.
(B) 20°.
A C (C) 30°.
(D) 35°.
E (E) 45°.
D
11 Em um triângulo isósceles ABC de base AC e ângulo interno em B =
(A) 1:1. 40°, traça-se a ceviana interna CM e marca-se o incentro I do triângulo
(B) 3:2. MCB. Os ângulos AMC e IAC são congruentes. Calcule BÂI.
(C) 1:2.
(D) 1:3. (A) 20°.
(E) 2:1. (B) 40°.
(C) 10°.
04 Considere os triângulos ABC e A’B’C’, sobre os quais são feitas as (D) 50°.
seguintes afirmações: (E) 30°.
I. Se AB = A’B’, BC = B’C’ e  = Â’, então os triângulos são 12 ABC é um triângulo equilátero. Prolonga-se BC de um segmento BP,
congruentes.
de forma que o ângulo APB meça 20°. Sobre o segmento AP, toma-se um
II. Se AB=A’B’, BC = B’C’ e B = B’, então os triângulos são congruentes. ponto Q tal que o triângulo PQC é isósceles. Calcule a medida do ângulo
III. Se AB = A’B’, BC = B’C’, Â = Â’, e BC > AB, então os triângulos QBA.
são congruentes.
13 Sobre os lados AB e AC de um triângulo ABC, tomam-se os pontos M
As afirmações verdadeiras são:
e N, tais que MN // BC e MN passa pelo incentro de ABC. Calcule a medida
de MN, sabendo que AB = 10, BC = 11 e AC = 12.
(A) apenas II.
(B) apenas I e II.
14 ABC é um triângulo equilátero, X é um ponto interno, e M, N e P estão
(C) apenas II e III.
sobre os lados AB, AC e BC, de forma que XM // AC, XN // BC e XP // AB.
(D) apenas I e III.
Sabendo que XM = 3, XN = 4 e XP = 5, calcule o lado do triângulo ABC.
(E) todas.
05 ABCD é um quadrilátero convexo, de perímetro 2p. Podemos garantir, 15 Em um triângulo ABC, AB = AC, e o ângulo  = 40°. Tomam-se os
pontos D e E sobre AB e AC, respectivamente, tais que os ângulos DCA e
então, que AC + BD está entre:
EBC medem 15° e 35°, nessa ordem. Calcule BÊD.
(A) 0 e p.
(B) p e 2p. 16 O triângulo ABC é equilátero de lado 3 cm. Toma-se sobre o lado BC o
(C) 2p e 3p. ponto P. Seja Q o pé da perpendicular de P a AB, R, o pé da perpendicular
(D) 3p e 4p. de Q a AC e S, o pé da perpendicular de R a BC. Calcule a distância PB
para que os pontos P e S coincidam.
06 Prove que a medida da mediana traçada de um vértice em um triângulo
qualquer está entre a semidiferença e a semissoma dos dois lados consecutivos 17 Prove que a soma das distâncias de um ponto qualquer da base de
a ela. (Dica: considere prolongar uma mediana AM de MA’ = MA.) um triângulo isósceles aos dois lados congruentes é constante e igual às
alturas iguais do triângulo.
gerado por r, determine os pontos B e C sobre r tais que BC = k, dado, e
o comprimento da linha poligonal AB + BC + CD seja mínimo.
01 Seja ABC um triângulo acutângulo, e BH e CJ alturas. Prolonga-se BH
04 No triângulo ABC, retângulo em A, a bissetriz interna de B intersecta a
de um segmento BX = AC, e prolonga-se CJ de um segmento CY = AB.
altura AH em E e o lado AC em M. A bissetriz interna de C intersecta AH em
Prove que o triângulo XAY é retângulo isósceles. F e o lado AB em N. Se AM = 2 cm, NA = 6 cm, o valor de EF, em cm, é:
pessoa B se, dentre todas, B for a mais próxima de A, e depois retorna ao (C) 4,5.
lugar de origem. Uma pessoa por vez sai do seu lugar, e depois retorna. (D) 5.
Qual é o número máximo de saudações de pessoas diferentes que alguém (E) 6.
pode receber?
05 Dadas duas retas concorrentes, determine o lugar geométrico dos
(A) 2. pontos P tais que a soma das distâncias de P a essas retas seja constante
e igual a k, dado.
(B) 3.
(C) 4. 06 Dadas duas retas concorrentes, determine o lugar geométrico dos pontos
(D) 5.
P tais que a diferença das distâncias de P a essas retas seja constante e
(E) 6. igual a k, dado.
290 IME-ITA – Vol. 1
MATEMÁTICA V ASSUNTO
Quadriláteros
4
1. Definições e propriedades iniciais De fato, também é possível provar que, se uma dessas propriedades
é satisfeita, então o quadrilátero é necessariamente um paralelogramo.
Quadrilátero é o polígono de gênero 4. Sempre possui duas diagonais. Além disso, vale que: se o quadrilátero convexo ABCD é tal que AB e CD
Pode ser polígono complexo, ou simples, convexo ou não convexo como nas são segmentos paralelos e congruentes, então ele é um paralelogramo.
figuras abaixo. Caso seja simples, a soma dos seus ângulos internos é 360°.
D C
E K
D
I
A M
G
H J L A
B C F B
ABCD é um EFGH é um IJKL é um Na figura, ABCD é um paralelogramo
quadrilátero simples quadrilátero simples quadrilátero
e convexo e não convexo autointersectante
4. Retângulo
Diferente dos triângulos, os quadriláteros possuem uma estrutura não
Diz-se que um quadrilátero é retângulo se for um quadrilátero
tão bem definida a partir de poucas informações (dessa maneira, é difícil
equiângulo. Dessa maneira, todos os seus ângulos serão retos. Como
inclusive estabelecer critérios de congruência de quadrilátero, de forma
todos os ângulos são congruentes, em particular os opostos são iguais;
que não discutiremos a respeito disso). Por outro lado, alguns quadriláteros
logo, todo retângulo é paralelogramo, herdando suas propriedades.
possuem definições interessantes que levam a propriedades bastante úteis,
e então recebem nomes especiais. Uma propriedade que o retângulo tem a mais, diferente dos
paralelogramos, é que suas diagonais são sempre congruentes.
D C
2. Trapézio
Diz-se que se o #ABCD é convexo tal que AB//CD, então o quadrilátero
O
é um trapézio de bases AB e CD. Caso os outros lados opostos não sejam
paralelos, a eles chamaremos lados oblíquos.
Existem 3 tipos especiais de trapézio: A B
→ Trapézio isósceles: os lados oblíquos são congruentes; ABCD é um retângulo de centro O, o ponto O equidista dos vértices
→ trapézio escaleno: os lados oblíquos não são congruentes;
→ trapézio retângulo: um lado oblíquo é perpendicular às bases [costuma Obs.: Todo triângulo retângulo pode ser obtido pelo traço de uma
ser chamado de altura]. diagonal em um retângulo. Logo, pode-se deduzir que a mediana relativa
à hipotenusa sempre mede a metade dela. (Na figura, o triângulo ABD é
B C E H I L retângulo, AO é mediana relativa à hipotenusa e vale a metade da diagonal,
ou seja, vale a metade de BD).
D F G
5. Losango
A J K
Diz-se que um quadrilátero é losango se for um quadrilátero equilátero.
ABCD é um trapézio isósceles, EFGH é um trapézio retângulo, Dessa maneira, todos os seus lados são congruentes. Em particular,
IJKL é um trapézio escaleno
tem-se que os lados opostos são congruentes; logo, todo losango é um
paralelogramo, herdando assim suas propriedades.
Uma estratégia comum em resolução de problemas com trapézio é
Uma propriedade que o losango tem a mais, diferente dos
traçar alguma paralela, normalmente a algum lado oblíquo, quebrando um
paralelogramos (e, portanto, também dos retângulos), é que suas diagonais
trapézio em um triângulo e um paralelogramo.
são perpendiculares. Também são bissetrizes dos ângulos internos.
3. Paralelogramo D C
6. Quadrado A B
02 ABCD é um paralelogramo tal que AB = 6 e AD = 8. A bissetriz 07 Seja ABCD um quadrilátero convexo, e M, N, P e Q pontos médios
do ângulo interno em A corta BC no ponto E. Calcule a medida do de AB, BC, CD e DA, respectivamente. Estabeleça condições sobre as
segmento CE. diagonais AC e BD para que o quadrilátero MNPQ seja um:
b. losango.
externamente a ABCD, triângulos equiláteros CDE e ADF. Prove que o
triângulo BEF também é equilátero. c. quadrado.
04 Prove que qualquer reta que passa pelo ponto I de interseção das 08 ABC é um triângulo acutângulo, H é pé da altura traçada de A a BC, e
M, N e P são os pontos médios de AB, AC e BC, respectivamente. Calcule o
diagonais de um paralelogramo intersecta os lados opostos em dois pontos
M e N tais que IM = IN. perímetro do quadrilátero MNPH, sabendo que AB = 8, BC = 12 e BH = 3.
05 Dado o retângulo ABCD cuja diagonal mede 10 cm, inscreve-se nele 09 No interior do triângulo ABC, toma-se um ponto I sobre a bissetriz de
A de forma que o ângulo AÎB é reto. Sendo M ponto médio de BC, calcule
um paralelogramo que possui os lados paralelos às diagonais do retângulo.
Qual é o perímetro do paralelogramo? IM, sabendo que AB = 15, AC = 19 e BC = 20.
06 Duas retas perpendiculares entre si cortam os lados AB, BC, CD e AD de 10 No quadrilátero convexo ABCD, AB e CD são congruentes. Prove
que a reta da mediana de Euler forma com esses lados ângulos também
um quadrado nos pontos X, Y, Z e W. Prove que XZ e YW são congruentes.
congruentes.
07 As bases de um trapézio escaleno medem 3 cm e 9 cm. Os segmentos
11 Em um triângulo ABC, AM é mediana. No triângulo ABM, traça-se a
determinados pelas diagonais do trapézio sobre a base média são
proporcionais aos números: mediana BP, que corta AC no ponto Q. Calcule a razão AQ : QC.
02 As bases de um trapézio medem 10 cm e 8 cm e os lados não paralelos 01 ABCD é um quadrado de lado 2. Sobre os lados BC e CD marcam-se
os pontos M e N de forma que MÂN = 45°. Calcule o perímetro do triângulo
medem 5 cm e x cm. Quais são os possíveis valores de x?
MCN.
03 As diagonais AC e BD de um quadrilátero convexo ABCD se cortam
02 ABCD é um quadrilátero convexo qualquer. Prove que os segmentos
em um ponto P. Os perímetros dos triângulos ABC e ABD são iguais, bem
como os dos triângulos ACD e BCD. Mostre que ABCD é um trapézio que unem os pontos médios dos lados opostos de ABCD e a mediana de
isósceles. Euler de ABCD são concorrentes no ponto médio deles.
04 ABCD é um paralelogramo de lados medindo 7 cm e 10 cm. Calcule 03 Seja ABCD um trapézio de bases AB e CD, com AB < CD. Sabe-se
que o segmento que une os pontos médios das bases e a mediana de
o comprimento das diagonais do quadrilátero formado pelas bissetrizes
dos ângulos internos de ABCD. Euler do trapézio são congruentes. Prove que os ângulos DAC e DBC são
obtusos.
05 Constroem-se quadrados sobre os lados de um paralelogramo,
04 Uma reta r contém o vértice A de um triângulo ABC. Sejam B’ e C’ as
externamente a ele. Prove que o quadrilátero formado pelos seus centros é
um quadrado, cujas diagonais são concorrentes com as do paralelogramo. projeções de B e C na reta r. Determine a posição de r que torna máxima
a soma BB’ + CC’.
06 Em um quadrado ABCD, as retas r e s passam pelo vértice A,
05 Seja ABC um triângulo, e sejam P, Q e R simétricos do circuncentro
intersectando os lados do quadrado. Perpendiculares BB’, BB’’, DD’ e
DD’’ são traçadas em relação a essas retas. Prove que B’B’’ e D’D’’ são do triângulo ABC em relação aos lados AB, AC e BC, respectivamente.
congruentes e perpendiculares entre si. Prove que os triângulos ABC e PQR são congruentes.
Círculos
5
1. Definição e nomenclatura Um teorema importante: se P é um ponto externo a um círculo, e PA e
PB são segmentos tangentes traçados de P ao círculo, então PA e PB são
Dizemos que a circunferência de centro O e raio r é o conjunto {P|OP = r}. congruentes. Além disso, o segmento OP, que une o centro do círculo ao
O círculo de centro O e raio r é o conjunto {P|OP ≤ r}. O círculo é a união da ponto P, é bissetriz do ângulo APB.
circunferência com a região interna a ela, que, prova-se, é uma região convexa.
O comprimento de uma circunferência de raio r é dado por 2πr, sendo π A
um número irracional, aproximado por 3.1415926535 (existem expressões
precisas para o cálculo de π).
B
O α P
β
O: centro;
C
OA: raio;
O r A AB: corda;
CD: diâmetro B
S: setor circular
D
AB: arco
S ∆OAP ≡ ∆ OBP, logo PA = PB e α = β
4. Ângulos no círculo
r
Uma vantagem dos círculos é a estrutura de transporte e cálculo
facilitado de ângulos que podemos deduzir a partir de algumas definições.
Para o que segue, seja um círculo de centro O.
Demonstra-se que a reta tangente
a um círculo é perpendicular ao Ângulo central
raio traçado no ponto de tangência. Se A e B são pontos sobre a circunferência,
Ou seja, se r é tangente a uma O
chamamos o ângulo AÔB de “ângulo central”.
circunferência de centro O no ponto Identificamos cada arco AB com seu respectivo O
T, então r é perpendicular a OT. ângulo central AÔB, de forma que diremos que a
medida do arco é igual à medida do ângulo. B α
T A
r
Consequências imediatas: B’
A’ F
• A circunferência mede 360˚. F’
• Um diâmetro define dois arcos de 180˚, que chamamos de P
E K
semicircunferência.
• Se uma corda tem medida igual ao raio da circunferência, então o arco G’ K’
correspondente a ela mede 60˚. A L J
B
• O comprimento de um arco é proporcional ao ângulo central que o G
determina. ^
Vejamos o caso em que A PB é excêntrico interno.
B 5. Arco capaz
A
Dado um segmento AB fixo, e um ângulo constante, o lugar
geométrico dos pontos P tais que o ângulo APB mede é o arco capaz
Vejamos o caso em que O é interno ao ângulo: de sobre AB. Ele é a únião de dois arcos de circunferência congruentes,
com extremidades em A e B, como na figura.
P Como OA = OP, temos OÂP = O PA.
^
^ ^ ^
P
Da figura, O PB = A PB – O PA e como OP = OB,
^ ^ ^ ^
temos: O BP = O PB = A PB – O PA.
A ^ ^ 30° O __
O Do bumerangue AÔB = OÂP + A PB + O BP =
^
2 · A PB. Arco capaz de 30° sobre AB
__.
Os pontos P e P’ “olham” AB
B A B
segundo um ângulo de 30°
Obs.: O caso em que O externo pode ser feito de modo similar.
Sendo O centro do arco capaz,
Ângulos excêntricos temos AÔB = 2α = 60°
Se duas cordas AC e BD se intersectam no ponto P, interno ao círculo,
30°
dizemos que o ângulo APB é ‘excêntrico interno’, e vale a semissoma
dos arcos AB e CD para os quais tal ângulo olha. Caso as retas AC e BD
se intersectem fora do círculo no ponto P, dizemos que o ângulo APB é P’
‘excêntrico externo’, e mede a semidiferença entre os arcos AB e CD, Observe que um círculo de diâmetro AB, excetuando os pontos A e B,
em módulo. é arco capaz de 90˚ sobre AB.
6. Quadrilátero inscritível
A partir dos resultados anteriores, podemos adquirir uma técnica para
incluir pontos em uma circunferência. Além do mais, essa ferramenta será 01 Fixam-se os pontos B e C, e faz-se variar um ponto A de forma que
útil para transportar ângulos. BÂC = 60°. Determine o lugar geométrico do incentro do triângulo ABC.
Primeiro, observe que um triângulo sempre determina uma
circunferência que passa pelos seus vértices (círculo circunscrito). Nem Solução:
sempre, porém, quatro pontos estão em uma circunferência por exemplo. Tem-se que, como  = 60°, então B + C = 120°, logo (B+C)/2 =
Veremos duas condições interessantes para que isso ocorra. 60°. Sendo I o incentro de ABC, no triângulo BIC, tem-se que BÎC = 180° –
(B+C)/2 = 120°. Como B e C são fixos, e o ângulo BÎC é constante e igual
Dizemos que o #ABCD é inscritível quando existe uma circunferência
a 120°, tem-se que I varia em um arco capaz de 120° sobre o segmento
que passa pelos vértices. Para isso, existem dois critérios angulares iniciais:
BC. (dado Â, tem-se BÎC=90° + A/2, como visto no bloco de triângulos).
I. Um quadrilátero é inscritível se, e somente se, a soma dos ângulos
02 O triângulo ABC está inscrito em um círculo, e uma corda KL corta
internos opostos vale 180˚.
os lados AB e AC nos pontos P e Q. Sabendo que o #PQCB é inscritível,
II. Um quadrilátero é inscritível se, e somente se, atende à “ideia do arco
prove que o triângulo AKL é isósceles.
capaz”, ou seja, #ABCD é inscritível se, e somente se, os ângulos
BAC e BDC são iguais.
Solução:
D D Já que o #PQCB é inscritível, então os ângulos APQ e ACB são
A A
congruentes. Por soma de arcos, tem-se que os arcos AK e AL são
β congruentes, portanto as cordas AK e AL são congruentes.
α α
equidistantes do vértice A. Se  = 140°, o ângulo C mede:
(B) 110°.
A internamente, e externamente entre si. Calcule o perímetro do triângulo
formado pelos centros dos círculos A, B e C. (C) 50°.
(D) 140°.
02 AB é diâmetro de um círculo de centro O e raio 9 cm. Prolonga-se AB (E) 70°.
de um segmento BP, e traça-se uma secante PMN, com M e N sobre o
círculo, de forma que PM = OA. Calcule o comprimento de NA, sabendo 13 Prove que entre cordas paralelas de uma circunferência estão arcos
que o ângulo BPM mede 20°. congruentes.
03 Um triângulo acutângulo ABC está inscrito em um círculo, de forma 14 Dois círculos são tangentes externamente em A. Traça-se uma secante
aos círculos por A, que intersecta cada círculo em B e C, respectivamente.
que AB é congruente ao lado do triângulo equilátero inscrito nesse círculo,
e BC é congruente ao lado do quadrado inscrito nesse círculo. Calcule o Prove que as tangentes em B e C são paralelas.
maior ângulo interno do triângulo ABC.
15 Em um triângulo ABC, une-se o ponto médio da base BC aos pés H e
04 O quadrilátero ABCD é convexo inscritível, e sua região interna contém H’ das alturas BH e CH’. Prove que o triângulo MHH’ é isósceles, e calcule
seus ângulos em função do ângulo Â.
o centro do círculo no qual está inscrito. Sabe-se que AB e CD têm medidas
iguais às do quadrado e do eneágono inscritos nesse círculo. Calcule o
ângulo formado pelas diagonais de ABCD. 16 ABC é um triângulo equilátero e BCD um triângulo retângulo e isósceles
em D, com D externo ao triângulo ABC. Sendo M médio de AB, determine
05 ABCDEFGHIJKL é um polígono regular. Calcule o ângulo formado: o ângulo DMB.
a. pelas diagonais AC e BD; 17 Sobre um círculo marcam-se dois arcos AB e AC menores que o
semicírculo e uma corda DE que liga os pontos médios D e E dos arcos
b. pelas diagonais BE e DH;
AB e AC, determinando-se sobre as respectivas cordas dois pontos F e
c. pelos prolongamentos dos lados CD e HI;
G. Prove que AF = AG.
d. pelos prolongamentos das diagonais BD e HK.
06 Um triângulo ABC está inscrito em um círculo de raio 6 cm, e seu 18 Dois círculos de centro O e O’ se intersectam em A e B. Se AOC e
AO’D são dois diâmetros desses círculos, prove que:
perímetro mede 16 cm. Sabendo que  = 30°, calcule a soma AB + AC:
05 É dada uma circunferência e um ponto P, externo ao círculo, a partir 11 Em uma circunferência de centro O, marcam-se os pontos P e Q, e
do qual se traçam os segmentos tangentes PC e PD. Marca-se sobre a traçam-se tangentes AP e AQ ao círculo. Por um ponto M do menor arco
circunferência um ponto A, e sobre AD um ponto B tal que AB = BC. Dessa PQ, traça-se a tangente, que corta AP e AQ nos pontos B e C. Prove que,
maneira, BÂC = 80°. Calcule o ângulo PBCˆ : variando M, não variam:
(B) 40°. b. o ângulo BÔC.
(C) 80°.
(D) 60°. 12 Em uma triângulo escaleno ABC, Â = 60°. Sejam H, I e O, respecti-
(E) 65°. vamente, ortocentro, incentro e circuncentro de ABC. Prove que:
06 No triângulo acutângulo ABC, H é pé da altura de A. Os pontos M e N são a. os pontos B, H, I, O e C estão em um arco de circunferência;
b. HI = IO.
as projeções de H sobre os lados AB e AC, e os pontos P e Q são as projeções
de M e N sobre os lados AC e AB, nessa ordem. Prove que PQ // BC.
M estão na circunferência de raio R, e P e N estão na circunferência de e N de forma que MÂN = 45°. Os pontos P e Q são os pés das alturas de
raio r. Sabe-se que AB é bissetriz do ângulo QBN. Assinale a proposição M e N no triângulo AMN. Prove que os pontos B, P, Q e D são colineares.
verdadeira:
02 Em um círculo de centro O, toma-se uma corda AB, e dentro dele traça-se
(A) se R > r, então PQ > MN. o triângulo ABC equilátero, com O interno ao triângulo. Sobre a circunferência
marca-se o ponto D, tal que AD = AB, e a reta CD corta o círculo novamente
(B) PQ = MN se, e somente se, R > r.
em E. Calcule o comprimento de EB em função do raio R do círculo.
(C) sempre PQ = MN.
(D) AQ = NA e AM = AP.
03 Reta de Simson-Wallace – Prove que as projeções de um ponto do
(E) N.R.A.
circuncírculo de um triângulo sobre as retas suportes dos lados desse
08 Dois círculos são tangentes no ponto A. O segmento BC é tangente triângulo são colineares.
comum aos círculos. Prove que o ângulo BÂC é reto.
04 (IME) Quatro retas concorrentes duas a duas determinam 4 triângulos.
09 A, B e C são três pontos de um círculo. A bissetriz do ângulo ABC Prove que os seus circuncírculos são concorrentes em um ponto. (Ponto
de Miquel)
intersecta o círculo em D. Do ponto D, traça-se uma corda paralela a AB que
intersecta o círculo em E. Se DE = 3 cm, quanto mede o segmento BC?
05 Seja ABC um triângulo e sejam P, Q e R pontos quaisquer nos lados
10 Os círculos inscrito e exinscrito relativo a BC tangenciam o lado BC BC, AC e AB, respectivamente. Prove que as circunferências circunscritas
aos triângulos ARQ, BPR e CPQ se encontram em um ponto.
do triângulo ABC nos pontos M e N. Prove que BM = BN.