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Intr odução às E q u a ç õ e s
Di fer enciais
1
Objetivos
A
Ao término deste capítulo, você será
diferença entre as equações algébricas e as diferenciais está no fato de que
capaz de:
estas envolvem derivadas em suas funções. Como o estudo das equações
jj Reconhecer a importância das equações
diferenciais requer um bom entendimento de cálculo, o estudante deverá
diferenciais e entender como elas se
revisar alguns tópicos importantes, como variáveis dependentes e independentes,
originam nas ciências e na engenharia.
funções contínuas e descontínuas, derivadas ordinárias e parciais, diferenciais e
jj Identificar funções contínuas e
incrementos, e integração.
descontínuas.
Neste capítulo, abordam-se a importância das equações diferenciais e o valor
jj Realizar operações básicas de cálculo,
do modelamento matemático para resolver problemas do mundo real. Serão apre-
tais como diferenciação e integração.
sentados exemplos de como equações diferenciais são originadas a partir de pro-
blemas práticos e suas soluções. Depois de uma breve revisão sobre alguns jj Classificar as equações diferenciais de
conceitos de cálculo, apresentaremos a classificação das equações diferenciais e acordo com: a ordem, a linearidade, o tipo
do coeficiente e a homogeneidade.
trataremos das equações lineares e não lineares, e daquelas com coeficientes cons-
tantes ou variáveis. Apresentaremos a solução de algumas equações diferenciais jj Classificar as soluções da equação
simples por meio de integração direta. Finalmente, alguns programas de computa- diferencial como geral, particular,
explícita ou implícita.
dor serão utilizados para resolver equações diferenciais simples e traçar gráficos.
jj Resolver equações diferenciais simples
por integração direta.
jj Usar programas de computador para
resolver equações diferenciais simples de
primeira ordem e representar suas
soluções por meio de gráficos.
é a formulação de um modelo matemático desse processo (em que se devem utili- Forno
zar todas as leis físicas relevantes), que deve ser resolvido em função da variável
de interesse – nesse caso, o tempo de queda. Quanto mais realista for o modelo Ideal Real
matemático construído, mais exatos serão os resultados obtidos. Como o leitor 175 ºC
deve se lembrar, a queda livre de um corpo é governada pela lei da gravidade, e o Água Batata
tempo de queda é facilmente determinável pela equação ∆t = 2h / g , onde h é a
distância vertical e g, a aceleração gravitacional local.
Muitos resultados para problemas práticos relevantes podem ser obtidos com
boa exatidão ao se utilizarem modelos matemáticos apropriados e realísticos. Por Figura 1–3 O modelo matemático é
uma ferramenta poderosa que possibilita
exemplo, na análise da resposta da temperatura de uma batata em um forno, po-
uma boa percepção e simplificação do
dem-se aplicar as propriedades térmicas da água (Fig. 1–3). Além de bom senso, a problema à custa de uma perda parcial
preparação desses modelos requer um conhecimento adequado dos fenômenos da exatidão.
naturais envolvidos e das leis relevantes. Um modelo não realístico irá produzir,
obviamente, resultados inexatos e, portanto, inaceitáveis.
Em geral, o analista deve escolher entre um modelo muito exato (porém
complexo) e um mais simples (porém não tão exato). A escolha correta depen-
derá da situação, o que significa que o analista optará por um modelo simples
que forneça resultados adequados. A preparação de modelos complexos que for-
necem resultados muito exatos geralmente não é tão difícil. Entretanto, esses
modelos não serão de grande utilidade se forem difíceis de resolver. No mínimo,
o modelo matemático deve refletir as características essenciais do problema que
representa.
O processo de queda livre, abordado neste capítulo, será formulado com
base apenas no efeito da gravidade, e não se considerará a resistência do ar e a
variação da aceleração da gravidade g com a altura. Essas simplificações são
bastante razoáveis para a maioria dos objetos em queda, pois permitem a obten-
ção de uma resposta bastante simples para o problema. Porém, elas são obvia-
mente inaceitáveis para objetos em queda submetidos a uma grande resistência
do ar, como um paraquedas.
Há muitos problemas relevantes do mundo real que podem ser analisados com
modelos matemáticos simples. Deve-se sempre ter em mente que os resultados
obtidos da análise desses modelos são totalmente dependentes das suposições fei-
tas para simplificar o problema. Dessa forma, as soluções obtidas não devem ser
aplicadas a situações não cobertas pelas suposições adotadas.
As soluções que não são consistentes com a natureza do problema indicam
que o modelo matemático usado carece de refinamento. Na elaboração de um
modelo mais realístico, uma ou mais das suposições questionáveis devem ser
eliminadas, o que resultará em uma equação mais complexa, que será obvia-
mente mais difícil de resolver. Qualquer solução de uma equação diferencial
deve, então, ser interpretada no contexto em que a equação foi originada.
Revisão
Os problemas marcados com a letra C são conceituais para discussão
1–1C Por que as equações diferenciais são utilizadas no lugar de equações algébricas
para modelar problemas significativos do mundo real?
1–2C Descreva o processo de preparação de modelos matemáticos práticos para aplica-
ções em problemas do mundo real.
figura 1–4 Esquema para o sOluçãO A segunda lei de Newton do movimento é uma relação entre variá-
Exemplo 1–1. veis que possuem módulo, direção e sentido, corretamente expressas por meio de
vetores. Entretanto, a simplificação aplicada ao problema, com a força sendo apli-
cada na direção do movimento retilíneo, como mostra a Fig. 1–4, permite que as
variáveis envolvidas sejam expressas na forma escalar, usando somente o módulo
delas. Nesse caso, as grandezas com direções opostas são indicadas por sinais
contrários.
A velocidade V e a aceleração a são definidas como:
ds
V
dt
e
dV d ds d 2s
a
dt dt a dt a dt2
d 2s (1–1)
F(t) ma((t)
ma m
dt 2
Quando se rearranjam os termos, temos
d 2s F(t)
dt 2 m (1–2)
que é a equação diferencial desejada. Observe que, em geral, não é usada a notação
que indica explicitamente a dependência de uma função em relação à variável inde-
pendente. Para obtermos uma simplificação, F pode ser adotado no lugar de F(t).
Aqui, F(t) é a função dada que descreve a variação da força com o tempo.
Como um caso especial, considere uma queda livre de um corpo sobre a in-
fluência da gravidade. Quando se descarta a resistência do ar, a única força a atuar
sobre esse corpo é a força da gravidade. Considerando o sentido para cima como
positivo, em relação a um eixo cartesiano adotado (como um eixo z), a força gravi-
tacional pode ser expressa como F = –mg, onde g é a aceleração gravitacional local
(o sinal negativo se deve ao sentido da atuação da força, que, nesse caso, está
agindo para baixo). Ao substituirmos s por z e F(t) por –mg, e realizarmos algumas
simplificações na Eq. 1–2, obtemos a Eq. 1–3
2
dz
g (1–3
1–3))
dt 2
Q hA (T0 T) (1–– 4)
(1 4)
onde:
Q = razão de transferência de calor para a esfera em um tempo t;
A = área superficial da esfera;
h = coeficiente de transferência de calor entre a esfera e o ambiente;
T = temperatura em um dado tempo t;
T0 = temperatura do ambiente.
O princípio de conservação de energia estabelece que a energia não pode ser
criada ou destruída. Dessa forma, o aumento da quantidade de energia na esfera
deve ser igual à quantidade total de calor transferida para a esfera. Durante o inter-
valo de tempo Δt, a temperatura da esfera será elevada a uma quantidade ΔT, onde
m é a massa da esfera e c, o calor específico do cobre. O total de calor transferido
para a esfera durante Δt pode ser calculado simplesmente pelo uso da expressão
QΔt, pois Q é a razão de transferência de calor (calor transferido por unidade de
tempo). Dessa forma:
( (( (
Aumento da Transferência
Transferência total
quantidade de = de calor para a
energia
energia da esfera esfera durante Δt
durante Δt
dT hA
(T T) (1–5)
dt mc 0
dA
rA (1–6))
(1–6
dt
A A0 e rt (1–7)
sOluçãO Quando a luz ou outra radiação percorre um meio homogêneo, pode- Feixe de
-se observar que uma fração constante de energia é absorvida por unidade de com- radiação
primento na direção de propagação, como ilustra a Fig. 1–6. Essa é outra forma de 0 100
unidades
dizer que a absorção da radiação por unidade de comprimento é proporcional à α = 0,1 Lago
magnitude da radiação. Dessa forma, adotando-se as mesmas premissas dadas no 10
1m
Exemplo 1–3, a equação diferencial que rege o processo de absorção pode ser ex- 90
pressa por: 2m 9
81
dE 3m
8,1
αE (1–8)
ds s
72,9
onde α é a fração de radiação absorvida por unidade de comprimento denominado figura 1–6 Absorção da radiação de
coeficiente de absorção, cuja unidade é metro–1. A variável independente s é a luz na medida em que esta se propaga
distância percorrida pela luz na direção de propagação, e E, a energia radiante do através de um lago.
feixe em estudo. Por analogia com o Prob. 1–3, a solução da equação diferencial é
dada por
αs
E E0 e (1–9))
dC
Razão da mudança da concentração química = – kCn
dt
(CH
H3 ) 3CBr H2O → (C
(CH
H3 ) 3CO
COHH HBr
dC
05377 C
0,053
0,
dt
Essa equação é idêntica à apresentada na Eq. 1–8. Por analogia, pode-se chegar à
solução C(t) = C0e–kt ou C(t) = 0,1e–0,0537t.
Substituindo t = 2 horas nessa equação, obtemos C(2) = 0,1e–0,0537(2) = 0,0892 mol/L.
t
1
v1 ( t ) i ( t ) dt
C 0
dv1 1
i
dt C
V v1
i
R
dv1
RC v1 V (1–10))
(1–10
dt
Trata-se de uma equação diferencial linear ordinária de primeira ordem, cuja solu-
ção pode ser obtida aplicando os métodos que serão apresentados no Cap. 2.
sOluçãO Por volta de 1640, Torricelli descobriu que o fluxo volumétrico atra-
vés de um orifício é proporcional à raiz quadrada da diferença das pressões. Usando h
o princípio de conservação de massa e assumindo uma densidade da massa do lí- h1
quido ρ, nota-se que a razão de mudança de massa no tanque, dada por ρAh1, deve
A
ser igual à diferença entre a injeção de massa do líquido qmi (líquido despejado pela L
bomba) e a fuga qmo (mensurada pela quantidade perdida pelo vazamento). Dessa
igualdade, obtém-se figura 1–8 Tanque contendo um
orifício.
d ( ρA
ρAhh1 )
qmi qmo
dt
dh
ρA ρqvi qmo
dt
qmo k ! ρg
ρgh
h
dh
ρA ρ qvi k ! ρg
ρghh (1–11))
(1–11
dt
revisão
1–3C O que é necessário para se obter uma equação diferencial exata?
1–4C Por que realizamos premissas para simplificar os modelos que se utilizam de equa-
ções diferenciais?
1–5 Considere um paraquedas descendo com uma velocidade constante V0. Com base
na segunda lei de Newton do movimento, obtenha a equação diferencial que descreve a
posição do paraquedas em relação ao solo em função do tempo. Considere como positiva a
direção para cima.
d 2Z
(Resposta: dt 2 z″ 0, com as condições iniciais z′(0) = V(0) = –V0.)
1–6 Uma pessoa deposita uma quantia A em um banco com taxa de remuneração anual r
composta continuamente e, ao mesmo tempo, retira o dinheiro a uma taxa constante a.
Obtenha a equação diferencial que descreve a quantia no banco em função do tempo.
(Resposta: dA
dt iA a.)
1
Esta seção foi incluída para revisar os conceitos já conhecidos pelos estudantes e pode ser ignorada sem
prejuízo de continuidade.
Derivadas e diferenciais a b c x
As derivadas e diferenciais são os tijolos usados para construir as equações dife- Figura 1–10 Função com
descontinuidades em a, b e c.
renciais, por isso serão revistas brevemente. A derivada de uma função y(x) em
um ponto é equivalente à inclinação da reta tangente ao gráfico da função naquele
ponto e é definida como (Fig. 1–11)
y(x ∆ x) y(x )
y′ (x) lim (1–13) y
∆x→0 ∆x
y (x)
Uma função é denominada diferenciável em x se existe limite da função no
ponto x. Uma função é denominada diferenciável em um intervalo fechado se é y (x + Δx)
Δy
diferenciável em cada número desse intervalo. Não podemos associar continui- y (x)
dade com diferenciabilidade. Uma função não é diferenciável em um ponto que Δx
apresenta uma mudança abrupta de inclinação (que pode ser vista pelo apareci- Linha
tangente
mento de uma “quina” no gráfico). Por exemplo, o gráfico apresentado na Fig. x
x x + Δx
1–12 não é diferenciável em a, já que a inclinação da função, quando é feita de a
pela direita, é diferente da inclinação quando da aproximação feita pela esquerda. Figura 1–11 A derivada de uma
Pela definição dada, Δx representa uma variação (pequena) na variável inde- função em um ponto específico
representa a inclinação dessa função
pendente e é denominado incremento de x. A mudança correspondente na função y
naquele ponto.
é denominada incremento de y e representada por Δy. Ela é expressa como
Inclinação de y
Usando a notação de incremento, a derivada de uma função pode ser expressa y quando é feita a aproximação
como de a pela direita
dy
y′(x ) (1–17)
dx
x
x x + Δx
que é uma outra notação bastante usada para derivadas, na qual se utilizam termos
Figura 1–13 Representação gráfica de
um incremento Δy e uma diferencial dy
de diferenciais. Essa notação é originada dos trabalhos de Leibniz, que a usou em
de uma função y(x). meados do século XVII.
Quando uma função complexa se deriva como
é conveniente definir uma nova variável, como u = 2x2 – 3x, de forma que y = y(u)
ou y = y[u(x)]. Uma derivada de uma função desse tipo pode ser determinada pela
aplicação da regra da cadeia, expressa da seguinte forma: se y = y(u), u = u(x) e
ambas as derivadas dy/du e du/dx existirem, então a derivada da função y em rela-
ção a x pode ser dada como
dy dy du
(1–19)
dx du dx
Dada a função
y = u3 + 5 e u = 2x2 – 3x No exemplo apresentado, y = u3 + 5 e u = 2x2 – 3x. Com isso, a aplicação da regra
Encontre da cadeia resulta em (Fig. 1–14)
dy
=?
dx dy dy du
(3u2 ) (4x 3) 3(2x2 3x ) 2 (4x 3) (1–20)
Solução: dx du dx
dy dy du
=
dx du dx
A maioria dos problemas encontrados na prática envolve variáveis que sofrem
= (3u2) (4x – 3) variação em função do tempo t, e as primeiras derivadas representam a razão
= 3(2x2 – 3x)2 (4x – 3) de mudança dessas variáveis. Por exemplo, se N(t) representa a população de
uma colônia de bactérias em um determinado tempo, então a derivada primeira
N′ = dN/dt representa a razão da mudança da população, denotando o incre-
mento ou decremento da população por unidade de tempo.
A derivada da derivada primeira de uma função, caso ela exista, é denominada
derivada segunda de y e é representada por y″. Da mesma forma, a derivada
da derivada segunda de y é denominada derivada terceira e é representada por y‴.
Figura 1–14 Aplicação da regra da Em geral, a derivada da derivada (n – 1) de y é denominada derivada n-ésima e é
cadeia para a solução da derivada de uma representada por y(n). Derivadas de ordem superior são, também, representadas
função y que depende de u, que, por sua usando a notação diferencial, como
vez, depende de x.
d 2y d 3y … (n) d ny
y″ 2
, y‴ , , y (1–21)
dx dx 3 dx n
( (
uma variável independente, mesmo quando uma função depende de duas ou mais y
∂y
variáveis (como x e t). Para tanto, deve-se utilizar a derivada da função em relação à ∂x t
variável de interesse e manter todas as demais como constantes. Tais derivadas são
denominadas derivadas parciais. As primeiras derivadas parciais da função y(x, t)
em relação a x e t são representadas, respectivamente, por yx e yr, e definidas como:
y(x ∆ x, t) y(x, t ) 0y
yx (x, t) lim (1–22)
∆x→0 ∆x 0x
t
Integração
A integração pode ser vista como o processo inverso da diferenciação (Fig. 1–16).
A integração é comumente usada na resolução de equações diferenciais, pois a
trar o resultado de 1y′(x)dx quando y′(x) é dada. A integral dessa derivada é ex-
resolução de uma equação diferencial é essencialmente um processo de encon-
pressa por
Figura 1–16 Diferenciação e
ˇ ˇ
Isso pode ser provado pela definição de uma nova variável u(x) = y′(x). Nesse
Figura 1–17 Algumas integrais processo, estabelece-se uma diferenciação para obter u′(x) = y″(x) e, então, aplica-
indefinidas que envolvem diferenciais
e derivadas.
-se a Eq. 1–25. Em termos gerais
Dessa forma, reduz-se a ordem de uma equação diferencial sempre que a ordem é
submetida a uma integral.
Nesta seção, foram revistos rapidamente alguns aspectos importantes do
cálculo, de forma a preparar o terreno para as equações diferenciais. Solicita-
-se ao leitor a realização de estudos mais profundos para obter um bom enten-
dimento desses conceitos e a capacidade de usá-los. A experiência mostra que
a maioria das dificuldades enfrentadas pelos estudantes no estudo das equa-
ções diferenciais advém de um conhecimento deficiente de cálculo. Por exem-
plo, a equação
x2
xdx C (1–28)
2
y2
ydy C (1–29)
2
No entanto, a equação
y2
ydx C (1–30)
2
está incorreta. Se a Eq. 1–30 estivesse correta, não precisaríamos mais das
tabelas contendo as integrais das funções. Basta elevar ao quadrado a integral de
uma função, dividir o resultado por 2 e acrescentar uma constante arbitrária. Nem
sempre os estudantes conseguem perceber esses detalhes e, por isso, cometem al-
guns erros.
Revisão
1–7C O que é uma variável? Em um problema, como distinguir uma variável dependente
de uma independente?
1–8C Como identificar uma função descontínua?
1–9C Qual é a diferença entre as derivadas ordinárias e as parciais?
1–10C Qual é a diferença entre o grau e a ordem de uma derivada?
1–11C Considerando uma função y(x) e sua derivada dy/dx, pode-se determinar a derivada
pelo cálculo de dx/dy e depois inverter o resultado?
1–12 Determine os intervalos em que as seguintes funções são contínuas:
(a) x 2 (b) (x 1) ln x
1 ex
(c) (d)
x x2 1
(Respostas: (a) Contínuas para todo x. (b) Contínuas para todo x positivo. (c) Contínuas
para todo x, com exceção de x = 0. (d) Contínuas para todo x, com exceção de x = ±1.)
1–13 Determine a derivada das seguintes funções:
3x
(a) x ln 2x (b) e sen x
2 3 ln x
(c) (x 1) e (d) sen 2 (x!x )
3x
(Respostas: (a) ln(2x ) 1. (b) e (3 sen x cos x). (c) (x2 1) 2 (7x2 1).
3!x
(d) sen(2x!x ).)
2
(a) 3x2 e 3x
sen 5x 4dx
5
5
(b) cln 3x d dx
1
x
x3 e 3x
cos 5 x
(Respostas: (a) C. (b) 4 ln 3 4 ln 5.)
3 3 5
que possui uma única variável independente. Nesse exemplo, y é a variável depen- Figura 1–18 Equação diferencial
dente (função desconhecida) e x é a variável independente. ordinária e equação diferencial parcial.
dh
ρA ρqvi k!ρgh (1–11)
dt
Uma equação diferencial linear de ordem n pode ser expressa, de forma geral,
(a) Equação linear não homogênea: como
yʺ + 3yʹ – 8x2y = 6e–2x – 5
Diferente de zero y (n) f1 (x ) y (n 1) … fn 1 (x ) y′ fn (x ) y R(x) (1–32)
Uma equação linear homogênea de ordem n pode ser expressa, de forma geral, como
1. y″ 3y 0
2. y″ 3y 2x 5
3. y″ 3 yy
yy′′ 0
4. y‴ 2 ((yy ′ )2 3 y 5
5. y ″ 3 x4 y 0
6. y ″ 3 xy4 e 2 x
7. y ‴ y ′ se senn y 0,2
0, 2
variável independente. A maioria das equações diferenciais aqui estudadas tem, (b) Com coeficientes variáveis:
também, uma única variável dependente ou função desconhecida. Entretanto, às 2
yʺ – 6x2yʹ – y = xe–2x
vezes nos deparamos com duas ou mais funções desconhecidas, em duas ou mais x–1
equações relacionadas. Essas equações são denominadas sistemas de equações
diferenciais e normalmente resolvidas usando álgebra linear. Por exemplo, Variável
y″ 3y′ 5z 0
z″ 2y 2z sen x 0
Revisão
1–15C Qual é a diferença entre uma equação algébrica e uma diferencial?
1–16C Qual é a diferença entre uma equação diferencial ordinária e uma diferencial?
1–17C Como é determinada a ordem de uma equação diferencial?
1–18C Como pode ser diferenciada uma equação diferencial linear de uma diferencial não
linear?
1–19 Determine a ordem de cada uma das equações diferenciais dadas, indique se elas
são lineares ou não lineares e se possuem coeficientes constantes ou variáveis.
(Respostas: (a) Terceira ordem, linear, coeficiente constante. (b) Segunda ordem, li-
near, coeficiente variável. (c) Segunda ordem, linear, coeficiente variável. (d) Terceira
ordem, não linear, coeficiente constante.)
e
y ″1 2 Ce2 x 2 C (e2 x 2 xe2 x ) 4 Ce2 x Cxee2 x
4 Cx
y″ 4y ′ 4y Ce2x
(4Ce
(4 Cxee2x )
4Cx Ce2x
4(Ce
4( Cxee2x
2Cx 2) Cxee2x
4(Cx
4( 2x 3)
2x 2x 2x 2x 2x
4Ce 4Cx
Cxee 4Ce 8Cx
Cxee 8 4Cx
Cxee 8x 12
8x 20
onde C é uma constante arbitrária. Pode ser facilmente demonstrado, por substi-
tuição direta, que essa solução satisfaz a Eq. 1–15, independentemente do valor
assumido pela constante C. Em outras palavras, a Eq. 1–15, como qualquer outra
equação diferencial, tem um número infinito de soluções, já que a constante arbi-
T0
T(t)
Incrementando Ti
0
t
(a)
T0
m
EXEMPLO 1–11 queda livre de um corpo
Quando a resistência do ar é desprezível, a queda livre de um corpo é governada
pela lei da gravidade. Considere um objeto que está inicialmente em uma elevação
z = h e, então, inicia uma queda livre em um tempo igual a zero, como mostra a
Fig. 1–25. Escreva a formulação matemática para o problema e determine se se
trata de um problema de valor inicial ou de condição de contorno.
h
sOluçãO A formulação matemática para o problema envolve tanto a equação di-
ferencial apropriada quanto as condições iniciais e de contorno apropriadas. A equa- m
ção diferencial desse problema foi determinada no Exemplo 1–1 como (Eq. 1–3)
z
d 2z
g Solo
dt 2 0
onde z representa a distância vertical (altura) a partir de uma referência, como o figura 1–25 Esquema para o
solo, e g representa a aceleração da gravidade. No tempo t = 0, o objeto está esta- Exemplo 1–11.
cionário (velocidade V(0) = 0) em uma elevação h. Dessa forma, as condições ini-
ciais desse problema podem ser expressas como
dz
V (0 ) ` 0 (1–36)
dt t 0
z (0
(0)) h
Esta é a formulação completa para o problema e, como será visto na próxima seção,
resultará em uma solução única para a função desconhecida z.
Esse problema é facilmente identificado como um problema de valor inicial, já
que ambas as condições são especificadas para um mesmo valor da variável inde-
pendente (t = 0).
Caso a velocidade tivesse sido especificada em um tempo diferente (como t = 15 s)
e a posição ainda fosse especificada em t = 0, seria um problema de condição de
contorno.
fechada, como será visto nos capítulos seguintes. Porém, a maioria das equações
diferenciais não pode ser resolvida por meio dos métodos disponíveis, por isso um
tratamento aproximado se torna necessário. Esses problemas podem ser solucio-
nados com razoável exatidão usando métodos numéricos apropriados, que serão
discutidos no Cap. 9. Quando um método numérico é usado, a solução é obtida em
pontos discretos, em vez de uma função contínua sobre todo o domínio.
É importante notar que qualquer relação que satisfaça a equação diferencial e en-
volva somente a função desconhecida e a variável independente (sem derivadas) é
uma solução da equação. Caso a função desconhecida possa ser escrita somente em
termos da variável independente, a solução é denominada explícita, caso contrário ela
é denominada implícita. A relação g(x, y) = 0 define y implicitamente como uma fun-
ção de x. Por exemplo, uma solução como y = 3x2 + cos x + 5 é explícita, mas a
solução y = e2xy + 3xy2 + 5 é implícita, já que não é possível expressar y explicita-
mente em termos somente de x.
Revisão
1–20C O que são condições de contorno? Qual é o seu valor na solução de equações
diferenciais?
1–21C Quando um problema é de valor inicial e quando é de valor de contorno?
Mostre que as funções são soluções das respectivas equações diferenciais dadas em cada
um dos problemas apresentados a seguir.
1–22 y″ 0, y1 5x, e y2 2x 1
3x 3x
1–23 y′ 3y 0, y1 e , e y2 5e
1–24 y″ 4y 0, y1 e2x, e y2 3e 2x
pode ser resolvida por integração direta, pois possui um termo único com uma
derivada de y e nenhum termo contendo y. Porém, a equação
y‴ 3xy x2e 6x
0 (1–38)
não pode ser resolvida por integração direta, pois possui um termo contendo a
função desconhecida y.
(a) y ′ 5 y 3 0
(b) y ″ 6 x2 0
(c) 2 yy
yy′′ 4 0
sOluçãO (a) Essa equação diferencial não pode ser resolvida por integração
direta, pois o segundo termo envolve a função desconhecida y. Se tentássemos re-
solver essa equação por integração direta, obteríamos (a) Função integrável:
yʺ = 12x
y 5 y dx 3x C1 Integrando,
yʹ = 6x2 + C1
y = 2x3 + C1x + C2
que não envolve nenhuma derivada. Porém, apesar da aparência de solução, ela
Solução
envolve a integral da função desconhecida, que também não se conhece. Foi obtida
por meio da integração apenas a conversão de uma equação diferencial para uma (b) Função não integrável:
equação integral (Fig. 1–26). yʺ + y = 12x
(b) Essa equação é linear, envolve um único termo com derivadas e não possui Integrando,
outro termo contendo a função desconhecida y. Portanto, pode ser solucionada por
integração direta. Quando se integra uma vez, obtém-se y′ – 2x3 = C1; quando se yʹ + #ydx = 6x2 + C1
integra mais uma vez, obtém-se y – 0,5x4 = C1x + C2 ou y = 0,5x4 + C1x + C2, que é Equação
a solução desejada dessa equação diferencial. integral
(c) Essa equação diferencial é não linear e, à primeira vista, não pode ser solu-
cionada por integração direta. Porém, um exame mais detalhado nos revela que o
termo 2yy′ não é nada mais que a derivada de y2. Dessa forma, o resultado da integral figura 1–26 Algumas equações
do primeiro termo é y2, já que a integração é o processo inverso da diferenciação. diferenciais podem ser resolvidas pela
Isso implica que cada termo da equação diferencial pode ser integrado, resultando integração de cada termo, repetidamente,
em y2 – 4x = C1 ou y = ± √4x + C1, que é a solução da equação diferencial dada. até que a equação não tenha mais
derivadas.
d 2z
g
dt2
h = 100 m
uma equação diferencial linear, de segunda ordem e não homogênea. Uma breve
z análise dessa equação revela que ela possui um único termo que envolve derivadas
e nenhum outro termo que envolve a função desconhecida z. Com isso, essa equa-
ção pode ser solucionada por integração direta, e, já que se trata de uma equação de
Solo
segunda ordem, a solução será obtida por duas integrações sucessivas, que introdu-
0
zirão duas constantes arbitrárias.
figura 1–27 Ilustração para o Integrando cada termo da equação diferencial, obtém-se
Exemplo 1–13. dz
gt C1 (1–39))
(1–39
dt
z (0 ) 100
dz
gt C1
dt
dz
P g 0 C1
dt t 0
0 0 C1 → C1 0
A segunda condição pode ser implementada pela substituição de todos os termos t´s
por zero e z(t) por 100 na solução geral. Isto é (Fig. 1–29)
1 2
z (t ) gt C1 t C2
2
1
z (0 ) g 0 2 C1 0 C2
2
100 0 0 C2 → C2 100
Mesmo quando uma equação diferencial não pode ser resolvida por integração
figura 1–29 Na aplicação de uma
direta, ainda é possível reduzir sua ordem por meio de integrações sucessivas. A
condição inicial ou de contorno, todas as
redução da ordem de uma equação diferencial é uma importante ferramenta para ocorrências da variável dependente e
sua solução, já que a solução de equações diferenciais de ordem inferior é geral- independente devem ser substituídas
mente muito mais fácil que a solução das equações de ordem superior. Quando pelos valores especificados dessas
uma equação diferencial linear envolve derivadas da função desconhecida, mas condições.
não especificamente a função desconhecida, sua ordem pode ser reduzida por m,
que é a ordem da derivada de menor ordem da equação. Por exemplo, a equação
diferencial de terceira ordem
y‴ 3y″ 12x 0 (1–42)
pode ser reduzida a uma equação diferencial de primeira ordem por meio de duas
integrações sucessivas, o que resultará em
y″ 3y′ 6x2 C1
Essa equação não pode ser resolvida por integração direta, já que o segundo termo
envolve a função desconhecida y.
dh
ρA ρqvi k ! ρg
ρghh
dt
Resolva essa equação para h(t) com a condição do fluxo de entrada qvi igual a zero.
dh
ρA k ! ρg
ρghh
dt
Essa equação pode ser simplificada pela combinação das constantes, como
b ! h, b
dh k g 1 dh
AÄ ! h dt
, ou b (1–44))
(1–44
dt ρ
Reconhecendo que
1 dh d( !h )
2 b
! h dt dt
b b
!h C t ! h (0
(0)) t
2 2
b 2
h(t ) a!h (0
(0)) tb (1–45))
(1–45
2
nível no qual o reservatório era mantido constante pela torneira e os novos níveis
foram estabelecidos em 12, 9 e 6 xícaras. Os dados resultantes desses experimentos
estão nas duas primeiras colunas da tabela apresentada a seguir. O fluxo de saída
foi calculado na terceira coluna.
1 dh
b
" h dt
1 dV
b ! ρA c (1–46))
(1–46
! V dt
dV
0,043
0, 043 (6 ) 0,25
0, 2588
dt
Dessa forma, o tempo para que uma xícara fique cheia é de 1/0,258 = 3,88 s. De
fato, o fabricante construiu um reservatório para 36 xícaras e o tempo para encher
uma xícara foi de 4 s!
(b) Seguindo o mesmo procedimento do Exemplo 1–14, podemos obter a seguinte
solução para a Eq. 1–46
O tempo para que o reservatório fique vazio pode ser encontrado fazendo V(t) = 0,
para obter t = √V(0)/0,0215 = √36/0,0215 = 279 s.
Revisão
1–26C Que tipo de equação diferencial pode ser resolvido por integração direta?
1–27C Considere uma equação diferencial linear e homogênea que pode ser resolvida por
integração direta. Quantas constantes arbitrárias possui a solução particular?
1–28 Determine quais das equações diferenciais apresentadas a seguir podem ser resol-
vidas por integração direta e obtenha a solução geral delas.
(a) y′ 0 (b) y′ x 0
x 3x
(c) y′ y 0 (d) e y″ xe 0
(e) 2yy″ sen 3x 0
x2
(Respostas: Observação: C é uma constante arbitrária. (a) y = C. (b) y 2 C.
e2x
(c) y(t) = eC–t. (d) y 4 (2x 1) C . (e) y = ±√C – (cos 3x)/3).)
TABELA 1–1
Gráficos gerados por computador da Eq. 1–47
MATLAB
t = linspace(0, 2, 300);
T1 = 50 -(50 - 10)*exp(-2*t);
T2 = 50 -(50 - 30)*exp(-2*t);
plot(t,T1,t,T2,'--'),xlabel('Time (s)'),...
ylabel('Temperature (^oC)'),legend('T1','T2')
MuPAD
T1 := 50 - (50 - 10)*exp(-2*t):
T2 := 50 - (50 - 30)*exp(-2*t):
F1 := plot::Function2d(T1, t = 0 .. 2):F2 := plot::Function2d
(T2, t = 0 .. 2):
plot(F1,F2, AxesTitles = ["Time (s)", "Temperature (C)"]):
Maple
T1 := t->50 - (50-10)*exp(-2*t):
T2 := t->50 - (50-30)*exp(-2*t):
plot({T1,T2},0..2)
Mathematica
T1 := 50 -(50-10)*Exp[-2*t]
T2 := 50-(50-30)*Exp[-2*t]
Plot[{T1,T2},{t,0,2}]
50
45 T1
T2
40
Temperatura (oC)
35
30
25
20
15
10
0 0,5 1 1,5 2
Tempo (s)
Integração simbólica
Processamento simbólico descreve como um programa gera uma solução de um
problema na forma simbólica, também chamada de forma fechada (ou seja, com o
uso de uma fórmula matemática). Esses programas podem, por exemplo, realizar
manipulações algébricas e trigonométricas, solucionar equações algébricas e dife-
renciais, bem como avaliar integrais. Os programas que possuem processamento
simbólico mais conhecidos são: MATLAB, Mathematica, MATLAB Symbolic
Math Toolbox e MuPAD.
O programa de processamento simbólico pode ser usado para o auxílio na ob-
tenção de soluções por integração direta. Por exemplo, considere a equação
dy
x2e 2x
(1–48)
dx
1 1
x
y(x ) u2e 2u
du y(0 ) e 2x
(1 2x 2x2 ) y(0) (1–49)
0
4 4
A Tab. 1–2 mostra como essa integral pode ser obtida com alguns programas de
computador.
TABELA 1–2
Avaliação computacional da integral definida x2e 2x
z
px2
C(z) cos dx (1–50)
0
2
Essa integral deve ser calculada numericamente para que seja possível resolver a
equação diferencial dy/dx = cos x2 por meio de integração direta. Na condição
y(0) = 0, a solução em termos de C(z) é
1 !2 x
y(t ) "2p C a b (1–51)
2 !p
A Tab. 1–3 mostra como obter a integral indefinida da Eq. 1–51 utilizando alguns
programas.
A função fresnelC(x) é a função da integral do cosseno de Fresnel utilizada nos
programas MATLAB e Maple. As funções C(x) e FresnelC(x) são as funções cor-
respondentes, utilizadas no MuPAD e no Mathematica.
Os programas de computador usam séries para representar funções especiais e
então calculá-las numericamente. A Tab. 1–4 mostra como se calcula a integral
definida em y(√2π) utilizando alguns desses programas. O resultado obtido com
seis casas decimais, utilizando todos os programas listados, é y(√2π) = 0,611935.
TABELA 1–3
Avaliação computacional da integral indefinida do cosseno de Fresnel
MATLAB
syms x
int(cos(x^2),x)
Result
!2 x
!2p fresnelC a b
1
2 !p
MuPAD
int(cos(x^2), x)
Result
!2 x
!2pC a b
1
2 !p
Maple
int(cos(x^2), x)
Result
!2 x
!2p fresnelC a b
1
2 !p
Mathematica
Integrate[cos[x^2],x]
Result
fresnelC a xb
2
Å2 Äp
p
TABELA 1–4
Avaliação computacional da integral definida do cosseno de Fresnel em x !2p
MATLAB
int(cos(x^2),x, 0, sqrt(2*pi));
double(ans)
MuPAD
int(cos(x^2), x):
subs(%, x = sqrt(2*PI)):
float(%)
Maple
evalf(int(cos(x^2),t=0..sqrt(2*pi))
Mathematica
Integrate[cos[x^2],{x,0,Sqrt[2*Pi]}]//N
Integração numérica
Vimos vários exemplos de aplicação da integração direta para resolver equa-
ções diferenciais da forma dy/dx = f(x). Essa solução pode ser expressa formal-
mente como
x
y(x) f (u )du y(x0 ) (1–52)
x0
Há situações em que a integral não pode ser expressa na sua forma fechada ou
por uma função especial, e devemos recorrer à sua avaliação numérica. Abor-
daremos algumas formas de realizar essa estratégia. Lembre-se disso: uma in-
tegral representa a área sob a curva, e a forma mais simples de calcular essa
área é dividi-la em retângulos e somar as áreas individuais desses (Fig. 1–32a).
Caso a largura dos retângulos seja suficientemente pequena, a soma de suas
áreas resultará no valor aproximado da integral. Esse método é denominado
integração retangular.
y y
Retangular Trapezoidal
y = f(x) y = f(x)
••• •••
x x
a ••• b a ••• b
(a) (b)
y′ x tan
tan(( x ) (1–53))
(1–53
Infelizmente, essa integral não possui uma solução na forma fechada (um programa
de computador irá expressar a resposta em função de uma série infinita). Dessa
forma, um método numérico deve ser usado. Demonstraremos duas formas de usar
a função quad.
1. Para usar um arquivo de funções, defina o integrando usando a função “user-de- TABELA 1–5
fined function”, como mostra a Tab. 1–5. Função do MATLAB para x tan (x)
A função quad pode ser usada assim: quad(@xtan,0,1). O resultado é
y(1) = 0,4281. function xt = xtan(x)
xt = x.*tan(x);
2. Usando uma função anônima, o programa é quad(@(x)x.*tan(x),0,1)
O resultado é y(1) = 0,4281. Quando usamos uma função anônima, a criação e o
salvamento do arquivo da função são desnecessários, o que é uma vantagem. Po-
rém, para funções integrando complexas, é aconselhável o uso do arquivo função.
TABELA 1–6
Avaliação computacional da integral definida dada na Eq. 1–54
MATLAB Symbolic Math Toolbox
syms x
int(x*tan(x),x, 0, 1);
double(ans)
MuPAD
int(x*tan(x), x):
subs(%, x = 1):
float(%)
Maple
evalf(Int(x*tan(x),x=0..1))
Mathematica
Integrate[x*Tan[x],{x,0,1}]//N
Result for all programs:
0.4281
1 Ae 2ct y(0) c
y(t) c A (1–55)
1 – Ae 2ct
y(0) c
3. Caso seja necessária uma solução da forma fechada e a equação não possua
solução (como no caso de várias equações não lineares), considere a substitui-
ção da equação não linear por uma equação linear por meio da aproximação
adequada para o termo não linear. Por exemplo, considere a equação y′ + y + 4
Revisão
1–29C Qualquer integral pode ser encontrada em uma longa tabela de integrais? Por quê?
1–30C Defina processamento simbólico.
1–31C Qualquer equação diferencial ordinária, de primeira ordem e linear pode ser resol-
vida na forma fechada? Por quê?
1–8 RESUMO
Uma equação que envolve derivadas ou diferenciais de uma ou representado por dx, que é denominado diferencial da variável in-
mais funções é denominada equação diferencial. dependente. Então, a diferencial da variável dependente dy é defi-
nida como dy = y′(x)dx.
Variáveis e funções Uma quantidade que pode assumir vários valores
durante um estudo é denominada variável. Uma variável cujo valor Quando uma função depende de duas ou mais variáveis, é possí-
pode mudar de maneira arbitrária é denominada variável indepen- vel derivar a função em relação a uma variável de interesse, man-
dente ou argumento. Uma variável cujo valor depende dos valores de tendo todas as demais como constantes. Tais derivadas são
outras variáveis e, por isso, não pode variar independentemente é de- denominadas derivadas parciais e representadas pelo símbolo 0.
nominada variável dependente ou função. O conjunto de valores no Para as funções que dependem apenas de uma variável, as deriva-
qual a variável pode excursionar constitui o intervalo da variável. das ordinárias e parciais são idênticas. O processo inverso da di-
ferenciação é integração. Reduz-se uma ordem da derivada a
Origem das equações diferenciais A descrição da maioria dos
cada integração feita.
problemas científicos envolve razões (taxas) que relacionam mu-
danças entre variáveis-chave. Geralmente, quanto for menor o in- Equações diferenciais Uma equação diferencial que envolve ape-
cremento utilizado da variável independente, mais geral será a nas derivadas ordinárias, de uma ou mais variáveis dependentes em
aplicação do modelo e mais exata será a descrição do problema. No relação a uma única variável independente, é denominada equação
caso-limite de mudanças infinitesimais nessas variáveis, são obtidas diferencial ordinária, e a equação diferencial que envolve deriva-
equações diferenciais que proporcionam formulações matemáticas das parciais em relação a duas ou mais variáveis independentes é
precisas para as leis e os princípios físicos, por meio da representa- denominada equação diferencial parcial. Dessa forma, conclui-se
ção das razões das mudanças como derivadas. que problemas que envolvem uma única variável independente re-
sultam em equações diferenciais ordinárias, e problemas que envol-
Continuidade Uma função é chamada de contínua em um número
vam duas ou mais variáveis independentes resultam em equações
a quando três condições são obedecidas: (1) a função é definida
diferenciais parciais.
nesse número, isto é, y(a) é um número finito, (2) existe o limite
lim y(x) e (3) esse limite é igual ao valor da função no ponto a Classificação das equações diferenciais ordinárias A ordem da
x→a
(lim y(x) = y(a)). Caso uma função seja não contínua em a, dize- derivada mais alta de uma equação diferencial é a denominada
x→a
mos que ela é descontínua ou possui uma descontinuidade em a. A ordem da equação. Uma equação diferencial estará na sua forma-
função é denominada contínua em um intervalo se é contínua para -padrão quando o coeficiente da derivada de mais alta ordem for
cada número desse intervalo igual a um. Uma equação diferencial será chamada linear se a vari-
ável dependente e suas derivadas forem do primeiro grau e se seus
Derivadas A derivada de uma função y em um ponto é equivalente coeficientes dependerem apenas da variável independente. Ou seja,
à inclinação da reta tangente ao gráfico da função nesse ponto e é uma equação diferencial será linear se puder ser escrita de uma
definida como forma que não envolva (1) qualquer potência na variável depen-
dente e em suas derivadas; (2) qualquer produto das variáveis de-
y(x ∆x) y(x) ∆y dy
y′ (x ) lim lim pendentes e de suas derivadas; e (3) qualquer outra função não
∆x→0 ∆x ∆x→0 ∆ x dx linear da variável dependente. Caso contrário, a equação diferencial
é não linear. Uma equação linear de ordem n pode ser expressa na
Uma função é denominada diferenciável em x se existe limite da sua forma mais geral como
função no ponto x. Uma função é denominada diferenciável em um
intervalo fechado se é diferenciável em cada número desse inter- y(n) f1 (x )y(n 1) … fn 1 (x )y fn (x ) y R(x)
valo. O incremento Δx da variável independente x pode também ser
Uma equação diferencial que não pode ser colocada dessa forma é cial que possui um termo único envolvendo derivadas e não tem ter-
não linear. mos que envolvam a função desconhecida pode ser resolvida por
Uma equação diferencial linear em y é denominada homogênea se integração direta, assumindo que a integração pode ser realizada.
R(x) = 0. Caso contrário, ela é não homogênea. Uma equação dife- Quando se resolve uma equação diferencial por integração direta,
rencial será denominada coeficientes constantes se os coeficientes todos os termos da equação são integrados, um a um, usando as re-
de todos os termos que envolvam as variáveis dependentes ou suas gras de integração. Ao final do processo de integração, é adicionada
derivadas forem constantes. Se após a simplificação, para elimina- uma constante de integração. Mesmo quando não é possível solu-
ção de termos comuns, qualquer termo das variáveis dependentes cionar uma equação diferencial por meio de integração direta, ainda
ou de suas derivadas contiver um coeficiente com variável indepen- é possível reduzir sua ordem por meio de integrações sucessivas.
dente, a equação será denomina coeficientes variáveis. Modelos de
Métodos computacionais Programas de computador são úteis para
equações diferenciais que envolvam duas ou mais funções desco- resolver problemas idênticos aos encontrados neste capítulo. Esses
nhecidas em duas ou mais equações diferenciais relacionadas são programas podem gerar gráficos de soluções, realizar avaliações sim-
chamados sistemas de equações diferenciais. bólicas das integrais necessárias para a solução das equações pelo mé-
Classificação de soluções Equações diferencias podem ter múltiplas todo de integração direta, interpretar soluções em termos de funções
soluções. Qualquer função que satisfaça uma equação diferencial em matemáticas especiais e avaliar numericamente as integrais. O proces-
um intervalo é chamada de solução da equação diferencial. Uma so- samento simbólico descreve como um programa gera, de forma sim-
lução que envolve uma ou mais constantes arbitrárias representa uma bólica ou fechada, a solução de um problema, isto é, a fórmula
família de funções que satisfazem a equação diferencial e é chamada matemática. Programas com processamento simbólico podem, por
de solução geral da equação. Uma solução geral pode ainda ser clas- exemplo, realizar manipulações algébricas e trigonométricas, solucio-
sificada como solução completa se todas as soluções da equação di- nar equações algébricas e diferenciais, bem como avaliar integrais.
ferencial podem ser obtidas da mesma pela atribuição de valores Algumas integrais não podem ser avaliadas na sua forma fechada,
particulares às constantes arbitrárias. Essas soluções são chamadas porém são aproximadas por meio de séries infinitas. As funções
soluções particulares ou específicas. Uma solução que não pode ser resultantes são denominadas funções matemáticas especiais, para
obtida pelo processo de atribuição de valores particulares para as cons- distingui-las das funções elementares (como funções exponenciais,
tantes arbitrárias na solução geral é denominada solução singular. logarítmicas e trigonométricas). Elas podem ser avaliadas com pro-
Quando solucionamos uma equação diferencial é interessante que gramas de computador conhecidos. Há situações em que a integral
obtenhamos uma solução em forma fechada da mesma. Se a função não pode ser expressa na sua forma fechada ou por uma função es-
puder ser expressa em termos da variável independente, então, a pecial, e quando isso ocorre, devemos recorrer à avaliação numé-
solução é denominada explícita, caso contrário, ela é implícita rica. Os programas de computador fornecem várias estratégias para
realizar essa tarefa.
Condições iniciais e de contorno Para obter uma solução única
para o problema, é necessária a especificação de algumas condições Escolha do método de solução O melhor método a ser utilizado
em adição à equação diferencial regente. Essas condições serão de- para resolver uma equação diferencial depende de várias considera-
nominadas condições iniciais se todas elas forem especificadas ções. É necessária uma solução da forma fechada (simbólica) ou
para o mesmo valor da variável independente e serão denominadas uma solução numérica é aceitável em um único ponto do gráfico?
condições de contorno se forem especificadas em dois ou mais va- Caso seja necessária uma solução da forma fechada, as condições
iniciais e de contorno ou as constantes da equação serão dadas com
lores da variável independente. Uma equação diferencial acompa-
números específicos ou na forma geral?
nhada por um conjunto de condições iniciais é denominada
A solução de algumas equações diferenciais tem diferentes formas
problema de valor inicial, enquanto uma equação diferencial acom-
para diferentes condições iniciais e de contorno, ou diferentes valores
panhada por um conjunto de condições de contorno é denominada
de parâmetros. Caso seja necessária uma solução da forma fechada,
problema de valor de contorno.
mas a equação não possua solução (como no caso de várias equações
Solução por integração direta Uma equação diferencial envolve de- não lineares), considere a substituição da equação não linear por uma
rivadas de uma função de várias ordens, e, dessa forma, a integração equação linear, por meio da aproximação adequada para o termo não
é geralmente usada na solução dessa equação. Uma equação diferen- linear, como sen θ ≈ θ para valores pequenos de θ.
Problemas
descreve a posição x de massa m relativa ao ponto-limite impertur- Determine o intervalo no qual as funções apresentadas a seguir
bável da mola (x = 0) em função do tempo. são contínuas.
1–35 Considere um pequeno objeto de metal quente que inicial- 1–47 (a) x2 1 (b) !x
mente (t = 0) está a uma temperatura Ti = 200 °C. O objeto é colo- x e2x
cado para resfriar em um ambiente com temperatura T0 = 25 oC. O (c) (d)
sen 2x x(x 1)
calor específico do objeto é c = 0,45 kJ/kg oC e o coeficiente de
3x
transferência de calor por convecção é h = 0,01 kW/m2 oC. Encon- 1–48 (a) 2 (b) xe
tre a equação diferencial que descreve a temperatura do objeto em cos x x2
função do tempo. (c) (d) x
x 2 e 4
1–36 Observa-se que (em certos períodos de tempo) a razão de
mudança da população de sociedades humanas, espécies animais, 1–49 Considere um gás que obedece à equação de estado de van
insetos e colônias de bactérias aumenta em uma taxa proporcional à der Waals dada como (P + a/v2) (v – b) = RT, onde P é a pressão
própria população. Adotando N(t) como a população em um tempo absoluta; v, o volume específico (ou inverso da densidade); T, a
t e k como a constante de proporcionalidade, obtenha a equação temperatura absoluta; R, a constante dos gases; e a e b são duas
diferencial que descreve a mudança na população com o tempo. constantes. Derive uma relação para a inclinação das retas traçadas,
1–37 Foi observado que materiais radioativos (como plutônio, considerando v = constante, em um gráfico T-P para esse gás.
radio e isótopo do carbono C14) naturalmente decaem para formar 1–50 Faça um gráfico da função f(x) no intervalo 0 < x < 5, tal
outro elemento ou isótopo do mesmo elemento em uma razão que (a) sua derivada primeira seja sempre negativa, (b) suas deriva-
(taxa) proporcional à quantidade de material presente. Adotando das primeira e segunda sejam sempre positivas, e (c) suas derivadas
M(t) como a quantidade de material radioativo no tempo t e k como primeira e segunda sejam sempre positivas (com exceção do ponto
a constante positiva que representa a fração que decai por unidade x =3, quando as duas derivadas são iguais a zero).
de tempo, obtenha a equação diferencial que descreve a mudança
em M com o tempo. 1–51 Faça um gráfico da função f(x) no intervalo 0 < x < 5, tal
que (a) sua derivada primeira seja sempre positiva, (b) suas deriva-
Revisão dos conceitos básicos das primeira e segunda sejam sempre negativas, e (c) suas deriva-
1–38C Uma equação pode envolver mais de uma variável inde- das primeira e segunda sejam sempre negativas (com exceção do
pendente? Pode envolver mais de uma variável dependente? Dê ponto x =3, quando as duas derivadas são iguais a zero).
exemplos. 1–52 Determine as derivadas ordinárias e parciais da função
1–39C Qual a interpretação geométrica da derivada? f = 5x2 sen t2t + xe–2x – 4t em relação a x.
1–40C Considere uma função f(x) na qual a linha tangente se 1–53 Determine as derivadas das funções apresentadas a seguir
torna paralela ao eixo x no ponto x = 5. O que pode ser dito sobre a em relação a x.
derivada primeira dessa função nesse ponto? (a) f1 7x4 sen 3x3 2e 3x
1–41C Considere uma função f(x) na qual a linha tangente forma (b) f2 7x4 t sen 3x3 t2e 3x
um ângulo de 45o com o eixo x no ponto x = 0. O que pode ser dito (c) f3 7x4 x sen 3t3 t2e 3t
sobre a derivada primeira dessa função nesse ponto?
1–54 Determine as derivadas das funções do Prob. 1–53 em rela-
1–42C Considere uma função f(x) na qual a linha tangente se ção a t.
torna perpendicular ao eixo x no ponto x = 2. O que pode ser dito
sobre a derivada primeira dessa função nesse ponto? Determine as derivadas das seguintes funções.
1–43C Considere a função f(x, y) e sua derivada parcial (0f/0y)x. 1–55 (a) ln (x2 1) (b) x4 cos 2x
Sob quais condições essa derivada parcial é igual à derivada total 5x
(c) 3 (d) ln (e2x )
df/dy? 2x sen x
1–44C Considere a função f(x) e sua derivada df/dy. O resultado 1–56 (a) e2x (2x 1) 2 (b) xe3x sen 2x
dessa derivada ainda estará em função de x? x2 x cos 2x
(c) (d)
1–45C Um gás ideal é definido como um gás que obedece à rela- ln x2 " ln x2
ção Pv = RT, onde P é a pressão absoluta; v, o volume específico
(ou inverso da densidade); T, a temperatura absoluta; e R, a cons- Resolva as seguintes integrações.
tante dos gases. Para um gás ideal, mostre que (a) as curvas traça- 3
das, considerando P constante, em um gráfico T-v são linhas retas e 1–57 (a) [x2t sen 2vt 3t2x ]dx
que (b) as linhas resultantes de valores de pressão mais elevados 1
x
(c) 3y′ (x) t ln 2x4dx
3
onde z é a distância do paraquedas em relação ao nível do solo, t, x = L é mantida a uma temperatura de 30 °C. A condutividade tér-
a variável independente, e a, uma constante. Sabendo que o para- mica da parede é k = 30 W/m °C e o calor é gerado na parede com
quedas atingiu o solo em um tempo t0 = 8 s, determine o valor de uma taxa g(x) = g0 e0,02x, onde g0 = 7 × 104 W/m3. A temperatura na
a e obtenha a função de z(t) pela solução da equação diferencial parede varia somente na direção do eixo x e é regida pela equação
regente. diferencial
1–106 Considere um material homogêneo, esférico e radioativo,
com raio R = 0,04 m, que está gerando calor a uma taxa constante d 2T(x) g(x)
0
de g0 = 4 × 107 W/m3. O calor gerado é dissipado no ambiente ins- dx2 k
tantaneamente. A superfície externa da esfera é mantida a uma tem-
peratura uniforme de 80 °C e a condutividade térmica da esfera é Desenvolva uma relação para a distribuição de temperatura T(x), no
k = 15 W/m °C. A distribuição de temperatura da esfera é regida
estado permanente, para a parede e determine a temperatura na su-
pela equação diferencial
perfície isolada. (Nota: em uma superfície isolada, o gradiente de
1d dT(r ) g0 temperatura dT/dx é zero.)
a r2 b 0
r2dr dr k 1–110 Químicos e engenheiros devem ser capazes de predizer as
mudanças na concentração química de uma reação. Um modelo
usado para vários processos de reagente único é
Resolva essa equação e aplique as condições de contorno apropria-
dC
das, a fim de obter a relação da distribuição de temperatura T(r) na Taxa de mudança na concentração química kCn
dt
esfera. Determine também a temperatura no centro da esfera.
onde C é a concentração química, e k, a constante de reação. A or-
1–107 Um fio de resistência longo e homogêneo, de raio R = 5 mm, dem da reação é dada pelo expoente n.
está sendo usado para aquecer o ar em um quarto, por meio da con- (a) Suponha que n = 2. Nessa condição, a equação diferencial em
dução de corrente elétrica. O calor é uniformemente gerado como função de C é não linear. Algumas vezes, podemos obter solu-
resultado do aquecimento da resistência a uma taxa de g0 = 4 × 107 ções mais facilmente pela substituição de variáveis. Utilize a
W/m3. Sabendo que a temperatura da superfície externa do fio se
substituição y(t) = 1/C(t) para converter a equação diferencial
mantém em 180 °C, determine a temperatura em um raio r = 2,5 mm
em uma equação linear, solucione a equação em função de y e,
depois que as condições permanentes de funcionamento forem al-
depois, encontre a solução em função de C.
cançadas. Considere a condutividade térmica do fio k = 8 W/m °C.
A distribuição de temperatura no fio é regida pela equação (b) Obtenha a solução por outro método.
(c) A seguinte fórmula descreve a decomposição de dióxido de ni-
1 d dT(r) g0 trogênio em óxido nítrico e oxigênio, em uma temperatura de
ar b 0 300 °C, a qual é uma reação de segunda ordem (n = 2).
r dr dr k
2NO2 → 2NO O2
1–108 Considere uma parede longa e plana de espessura L = 0,2 m.
As superfícies da parede são mantidas nas temperaturas T1 = 80 °C A partir de dados experimentais, o valor de k foi estimado em
e T2 = 10 °C em x = 0 e x = L, respectivamente. Não há geração de k = 0,5444/s. Determine a concentração após 5 s se C(0) = 0,01 mol/L.
calor pela parede. A temperatura na parede varia somente na dire-
1–111 Um modelo utilizado para vários processos de terceira or-
ção x e é regida pela equação diferencial
dem com reagente único é dado por
d 2T(x) dC
Taxa de mudança na concentração química kC3
2
0 dt
dx
onde C é a concentração química, e k, a constante de reação. Trata-
-se de uma equação não linear.
Desenvolva uma relação para a distribuição de temperatura T(x) no (a) Para obter uma equação linear, use a substituição y(t) = 1/C2,
estado permanente, considerando apenas a parede. resolva a equação em função de y e, então, obtenha a solução
1–109 Considere uma parede longa e plana de espessura L = 0,5 m. em função de C.
A superfície da parede em x = 0 é isolada, enquanto a superfície em (b) Obtenha a solução por outro método.