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2024
AULA 07
Equações Algébricas
Prof. Victor So
Prof. Victor So
Sumário
APRESENTAÇÃO 4
1. EQUAÇÕES ALGÉBRICAS 5
4. RELAÇÕES DE GIRARD 24
5. TRANSFORMAÇÕES 26
6. EQUAÇÕES RECÍPROCAS 30
7. QUESTÕES NÍVEL 1 35
GABARITO 40
RESOLUÇÃO 41
8. QUESTÕES NÍVEL 2 52
GABARITO 59
RESOLUÇÃO 60
9. QUESTÕES NÍVEL 3 77
GABARITO 85
RESOLUÇÃO 85
APRESENTAÇÃO
Olá,
Chegamos à última aula de álgebra do curso. Nesta aula, veremos os teoremas envolvendo
raízes de equações algébricas polinomiais. São diversos teoremas e, para conseguir internalizar
todos, o recomendado é resolver muitos exercícios!
Se você for um aluno que já possui alguma base, você pode passar rapidamente pela teoria
ou, se preferir, ir direto para a lista de questões. Tente resolver todas e, sempre que tiver dúvidas,
não hesite em nos procurar no fórum de dúvidas.
Então, vamos à aula.
Bons estudos.
1. EQUAÇÕES ALGÉBRICAS
Estudamos na aula passada que, se um número 𝛼 ∈ ℂ é raiz do polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 +
𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 , então 𝑃(𝛼) = 0. Vimos pelo Teorema de D’Alembert que isso é
equivalente a dizer que 𝑃(𝑥) é divisível pelo fator 𝑥 − 𝛼, isto é,
𝑃 (𝛼 ) = 0 ⇔ 𝑃 (𝑥 ) ⋮ (𝑥 − 𝛼 )
No estudo das equações algébricas, queremos encontrar todos os números 𝛼 ∈ ℂ que
resultam 𝑃(𝛼) = 0, ou seja, todas as raízes da equação polinomial 𝑃 (𝑥) = 0. Podemos encontrar
essas raízes através da tentativa e erro e usando o dispositivo prático de Briot-Ruffini para reduzir
o grau do polinômio, mas isso pode ser muito trabalhoso quando o polinômio possui grau elevado,
como 𝜕𝑃 = 10. Felizmente, temos diversos teoremas que podem auxiliar-nos a encontrar as
raízes de um polinômio. Vamos estudar um dos mais importantes, o Teorema Fundamental da
Álgebra.
Esse teorema diz que dado um polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 , ele
também pode ser escrito da seguinte forma:
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑛 )
Em que 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 são as raízes do polinômio 𝑃.
Demonstração
Seja o polinômio 𝑃 de grau 𝑛 ≥ 1 dado por
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
Pelo T.F.A., podemos afirmar que 𝑃 admite pelo menos uma raiz complexa. Então, ∃𝛼1 ∈
ℂ tal que 𝑃(𝛼1 ) = 0. Pelo Teorema de D’Alembert, P é divisível por 𝑥 − 𝛼1 , desse modo:
𝑃(𝑥) ≡ (𝑥 − 𝛼1 )𝑄1 (𝑥), 𝜕𝑄1 = 𝑛 − 1
Se 𝑛 = 1, temos que 𝜕𝑄1 = 1 − 1 = 0 e, assim, o polinômio 𝑄1 é um polinômio constante,
logo:
𝑛 = 1 ⇒ 𝑃(𝑥) = 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 ≡ (𝑥 − 𝛼1 )𝑄1
𝑎0
𝑎1 (𝑥 − ) ≡ (𝑥 − 𝛼1 )𝑄1 ∴ 𝑄1 ≡ 𝑎1
𝑎1
Se 𝑛 > 1, 𝑄1 não é um polinômio constante e possui grau 𝑛 − 1, então, podemos aplicar
o T.F.A. e afirmar que 𝑄1 possui uma raiz 𝛼2 ∈ ℂ tal que 𝑄1 (𝛼2 ) = 0, então:
𝑄1 (𝑥) ≡ (𝑥 − 𝛼2 )𝑄2 (𝑥), 𝜕𝑄2 = 𝑛 − 2
Seguindo da mesma forma para os polinômios 𝑄𝑖 , 𝑖 = {2, 3, 4, … , 𝑛}, resultantes, temos:
∃𝛼3 ∈ ℂ tal que 𝑄2 (𝛼3 ) = 0 ∴ 𝑄2 (𝑥) ≡ (𝑥 − 𝛼3 )𝑄3 (𝑥), 𝜕𝑄3 = 𝑛 − 3
∃𝛼4 ∈ ℂ tal que 𝑄3 (𝛼4 ) = 0 ∴ 𝑄3 (𝑥) ≡ (𝑥 − 𝛼4 )𝑄4 (𝑥), 𝜕𝑄4 = 𝑛 − 4
⋮
∃𝛼𝑛 ∈ ℂ tal que 𝑄𝑛−1 (𝛼𝑛 ) = 0 ∴ 𝑄𝑛−1 (𝑥) ≡ (𝑥 − 𝛼𝑛 )𝑄𝑛 (𝑥), 𝜕𝑄𝑛 = 𝑛 − 𝑛 = 0
Assim, temos que 𝜕𝑄𝑛 = 0 e pela identidade, podemos afirmar:
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 ≡ (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑛 )𝑄𝑛
𝑎𝑛−1 𝑛−1 𝑎1 𝑎0
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 𝑛 + 𝑥 + ⋯ + 𝑥 + ) ≡ (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑛 )𝑄𝑛
𝑎𝑛 𝑎𝑛 𝑎𝑛
∴ 𝑄𝑛 ≡ 𝑎𝑛
Portanto, 𝑃 pode ser escrito como
𝑃(𝑥) ≡ 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑛 )
Em que 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 ∈ ℂ são raízes do polinômio.
Vamos demonstrar que o produto dos 𝑛 fatores é único.
Suponha que 𝑃 admita duas decomposições em 𝑛 fatores:
𝑃(𝑥) ≡ 𝑎𝑛 (⏟𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑛 ) ≡ 𝑎𝑚 (⏟𝑥 − 𝛼′1 )(𝑥 − 𝛼′2 ) … (𝑥 − 𝛼′𝑛 )
𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑛 𝑔𝑟𝑎𝑢 𝑛
1.1.2. COROLÁRIO
Esse é o resultado mais importante dos teoremas vistos. Dado um polinômio de grau 𝑛,
podemos afirmar que ele possui exatamente 𝑛 raízes complexas, sendo que elas não precisam ser
distintas entre si. Na ocorrência de haver raízes repetidas, temos que se 𝛼𝑖 é uma raiz repetida
𝑚𝑖 vezes, dizemos que a raiz 𝛼𝑖 possui multiplicidade 𝑚𝑖 , ou seja, dado um polinômio 𝑃 de grau
𝑛 e de raízes 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑘 com multiplicidade 𝑚1 , 𝑚2 , … , 𝑚𝑘 , temos:
𝑃 (𝑥) ≡ 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝛼1 )𝑚1 (𝑥 − 𝛼2 )𝑚2 … (𝑥 − 𝛼𝑘 )𝑚𝑘
Em que 𝑚1 + 𝑚2 + ⋯ + 𝑚𝑘 = 𝑛.
Assim, podemos afirmar:
Exemplos:
1.1.2.a) 𝑃(𝑥) = 4𝑥 10 + 5𝑥 6 − 78𝑥 2 + 100
Pelo corolário, temos que 𝑃 admite 10 raízes.
1.1.2.b) 𝑃(𝑥) = 10(𝑥 − 2)3 (𝑥 − 4)7
Nesse caso, temos que o polinômio 𝑃 possui 3 + 7 = 10 raízes, sendo a raiz 2 de
multiplicidade 3 e a raiz 4 de multiplicidade 7.
3 1 −6 5 24 −36
3 1 −3 −4 12 0
1 0 −4 0
𝑧̅̅̅
𝑛 = 𝑧̅ 𝑛
Atenção nesse teorema! Se uma equação polinomial possui todos os coeficientes reais e
uma de suas raízes é complexa, então, o conjugado dessa raiz também é raiz! Por exemplo, se a
questão afirma que 𝑖 é raiz do polinômio 𝑃 de coeficiente reais, então, podemos afirmar que −𝑖
também é raiz, ou seja, 𝑃(𝑖) = 𝑃(−𝑖) = 0.
Demonstração
𝑧 é raiz ⇒ 𝑃(𝑧) = 0
Aplicando o conjugado nos dois lados da equação:
̅̅̅̅̅̅ = 0̅
𝑃(𝑧)
Como 0 é real, temos 0̅ = 0, logo:
̅̅̅̅̅̅ = 0
𝑃(𝑧)
Usando o que acabamos de provar:
̅̅̅̅̅̅ = 𝑃(𝑧̅)
𝑃(𝑧)
Portanto:
𝑃(𝑧̅) = 0
Demonstração
Suponha que a equação polinomial de coeficientes reais 𝑃(𝑥) = 0 admite como raízes 𝑎 +
𝑏𝑖 de multiplicidade 𝑚 e 𝑎 − 𝑏𝑖 de multiplicidade 𝑚′ tal que 𝑚 > 𝑚′. Então, podemos escrever:
′ ′
𝑃(𝑥) ≡ [𝑥 − (𝑎 + 𝑏𝑖)]𝑚 [𝑥 − (𝑎 − 𝑏𝑖)]𝑚 𝑄 (𝑥)
Como 𝑚 > 𝑚′, temos que 𝑄 (𝑥) possui 𝑚 − 𝑚′ fatores 𝑥 − (𝑎 + 𝑏𝑖) e nenhum fator 𝑥 −
(𝑎 − 𝑏𝑖). Logo, 𝑄 (𝑥) possui coeficientes complexos.
Multiplicando os fatores dos divisores acima, temos:
′ ′
𝑃(𝑥) ≡ [(𝑥 − 𝑎) + 𝑏𝑖]𝑚 [(𝑥 − 𝑎) − 𝑏𝑖]𝑚 𝑄 (𝑥)
′
𝑃(𝑥) ≡ [(𝑥 − 𝑎)2 − (𝑏𝑖)2 ]𝑚 𝑄(𝑥)
′
𝑃(𝑥) ≡ [(𝑥 − 𝑎)2 + 𝑏2 ]𝑚 𝑄(𝑥)
′
Sabemos que 𝑃(𝑥) possui apenas coeficientes reais e o fator [(𝑥 − 𝑎)2 + 𝑏2 ]𝑚 também
possui apenas coeficientes reais, logo 𝑄(𝑥) deve possuir apenas coeficientes reais. Isso é um
absurdo, dado que 𝑄(𝑥) possui coeficientes complexos. Portanto, 𝑚 = 𝑚′.
Logo:
𝑧 5 − 1 = 0 ⇒ 𝑧 5 = 1 = 𝑐𝑖𝑠(2𝑘𝜋), 𝑘 = 0,1,2, …
Aplicando a fórmula de Moivre:
2𝑘𝜋
𝑧 = 𝑐𝑖𝑠 ( )
5
Se uma equação polinomial de coeficientes racionais admite 𝑎 + 𝑏√𝑐 como raiz, com
𝑎 ∈ ℚ, 𝑏 ∈ ℚ∗ e 𝑐 ∈ ℚ∗+ , então 𝑎 − 𝑏√𝑐 também será raiz da equação.
Esse teorema é parecido com o teorema da raiz complexa conjugada. Vamos demonstrá-
la.
Demonstração
Seja 𝑃 um polinômio de coeficientes racionais que admite 𝑎 + 𝑏√𝑐 como raiz, com 𝑎 ∈
ℚ, 𝑏 ∈ ℚ∗ e 𝑐 ∈ ℚ∗+ . Então, vamos dividir 𝑃 pelos fatores 𝑥 − (𝑎 + 𝑏√𝑐) e 𝑥 − (𝑎 − 𝑏√𝑐). Pela
definição de divisão:
𝑃(𝑥) ≡ [𝑥
⏟ − (𝑎 + 𝑏√𝑐)][𝑥 − (𝑎 − 𝑏√𝑐)] 𝑄(𝑥) + 𝑅(𝑥)
𝑔𝑟𝑎𝑢 2
Como 𝑃(𝑥) e [(𝑥 − 𝑎)2 − 𝑏2 𝑐 ] possuem apenas coeficientes racionais, temos que 𝑄 (𝑥) e
𝛼𝑥 + 𝛽 também devem possuir apenas coeficientes racionais. Sabendo que 𝑎 + 𝑏√𝑐 é raiz,
temos:
𝑃(𝑎 + 𝑏√𝑐) = 0 ⇒ 𝑅(𝑎 + 𝑏√𝑐) = 0
𝛼(𝑎 + 𝑏√𝑐) + 𝛽 = 0
𝑎𝛼 + 𝛽 + 𝑏√𝑐𝛼 = 0
Para essa equação ser verdadeira, devemos ter:
𝑏√𝑐𝛼 = 0 𝑒 𝑎𝛼 + 𝛽 = 0
Como 𝑏√𝑐 ≠ 0, temos 𝛼 = 0, o que implica 𝛽 = 0. Logo, o resto da divisão de 𝑃 por
[(𝑥 − 𝑎) − 𝑏√𝑐][(𝑥 − 𝑎) + 𝑏√𝑐] é nulo.
𝑅 (𝑥 ) ≡ 0
Portanto, 𝑎 − 𝑏√𝑐 também é raiz de 𝑃.
A demonstração desse teorema é parecida com aquela realizada para a multiplicidade das
raízes complexas.
𝑎0 𝑞 𝑛 = − ⏟
(𝑎𝑛 𝑝𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑝𝑛−1 𝑞 + ⋯ + 𝑎1 𝑝𝑞𝑛−1 )
Esse teorema que acabamos de provar diz que, se um polinômio de coeficientes inteiros
admite um número racional 𝑝/𝑞 como raiz, então 𝑝 é um fator do número 𝑎0 e 𝑞 é um fator do
número 𝑎𝑛 . Vejamos na prática como usamos esse teorema.
1.4.a) Encontre todas as raízes do polinômio 𝑝(𝑥) = 3𝑥 3 − 5𝑥 2 − 4𝑥 + 4.
Como o polinômio possui apenas coeficientes inteiros, podemos aplicar o teorema das
raízes racionais. Então, se 𝑝/𝑞 for raiz do polinômio, temos que 𝑝 divide 𝑎0 = 4 e 𝑞 divide 𝑎3 =
3. Assim, analisemos os divisores de 𝑎0 = 4 e 𝑎3 = 3.
Divisores de 𝑎0 = 4:
4 = 1 ⋅ 2 ⋅ 2 ⇒ 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 (4) ∈ {1, 2, 4}
⏟
𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑝
Divisores de 𝑎3 = 3:
3 = 1 ⋅ 3 ⇒ 𝑑𝑖𝑣𝑖𝑠𝑜𝑟𝑒𝑠 (3) ∈ {1, 3}
⏟
𝑝𝑜𝑠𝑠í𝑣𝑒𝑖𝑠 𝑣𝑎𝑙𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑞
4 4 3 4 2 4 28
𝑝( ) = 3( ) − 5( ) − 4( ) + 4 = −
3 3 3 3 9
4 4 3 4 2 4 20
𝑝 (− ) = 3 (− ) − 5 (− ) − 4 (− ) + 4 = −
3 3 3 3 3
Portanto, as raízes de 𝑝 são os números −1, 2 e 2/3.
Demonstração
Seja 𝑃(𝑥) = 0 uma equação polinomial de coeficientes reais tal que grau de 𝑃 é igual a 𝑛.
Como o polinômio possui grau 𝑛, podemos afirmar que 𝑃 admite 𝑛 raízes complexas. Indiquemos
as raízes reais por 𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑘 e as raízes complexas por 𝑧1 , 𝑧2 , … , 𝑧𝑚 . Pelo teorema da raiz
complexa conjugada e pelo fato de o polinômio possuir apenas coeficientes reais, podemos
afirmar que 𝑧1 , 𝑧2 , … , 𝑧𝑞 também são raízes. Logo, pelo teorema da decomposição, podemos
escrever:
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑘 )(𝑥 − 𝑧1 )(𝑥 − 𝑧1 ) … (𝑥 − 𝑧𝑚 )(𝑥 − 𝑧𝑚 )
Consideremos o produto dos fatores complexos como um polinômio 𝑄(𝑥), desse modo:
𝑄(𝑥) = (𝑥 − 𝑧1 )(𝑥 − 𝑧1 ) … (𝑥 − 𝑧𝑚 )(𝑥 − 𝑧𝑚 )
Vamos analisar o produto de cada par de fatores (𝑥 − 𝑧𝑖 )(𝑥 − 𝑧𝑖 ) e usar a forma algébrica
dos complexos:
𝑧 = 𝛼 + 𝛽𝑖; 𝛼 ∈ ℝ e 𝛽 ∈ ℝ∗
(𝑥 − 𝑧)(𝑥 − 𝑧) = [(𝑥 − (𝛼 + 𝛽𝑖)][(𝑥 − (𝛼 − 𝛽𝑖 )] = [(𝑥 − 𝛼 ) − 𝛽𝑖][(𝑥 − 𝛼) + 𝛽𝑖]
∴ (𝑥 − 𝑧)(𝑥 − 𝑧) = (𝑥 − 𝛼)2 + 𝛽2 > 0; ∀𝑥 ∈ ℝ
Assim, cada par de fatores de raízes complexas conjugadas gera uma função em 𝑥 sempre
maior que zero para qualquer valor de 𝑥. Portanto, podemos afirmar que 𝑄 (𝑥) > 0, ∀𝑥 ∈ ℝ.
∴ 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 (𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 ) … (𝑥 − 𝛼𝑘 )𝑄(𝑥); 𝑄(𝑥) > 0 ∀𝑥 ∈ ℝ
Agora, vamos analisar os valores de 𝑃 no intervalo aberto ]𝑎; 𝑏[.
Note que para 𝛼𝑖 , 𝑖 ∈ {1, 2, … , 𝑘 }, temos:
• 𝑎 < 𝛼𝑖 < 𝑏 (𝛼𝑖 𝑒𝑠𝑡á 𝑑𝑒𝑛𝑡𝑟𝑜 𝑑𝑜 𝑖𝑛𝑡𝑒𝑟𝑣𝑎𝑙𝑜 ]𝑎; 𝑏[ )
𝑎 − 𝛼𝑖 < 0
{ ⇒ (𝑎 − 𝛼𝑖 )(𝑏 − 𝛼𝑖 ) < 0
𝑏 − 𝛼𝑖 > 0
𝑎 − 𝛼𝑖 < 0
𝑎 < 𝑏 < 𝛼𝑖 ⇒ { ⇒ (𝑎 − 𝛼𝑖 )(𝑏 − 𝛼𝑖 ) > 0
𝑏 − 𝛼𝑖 < 0
A equação acima nos permite inferir que o produto 𝑃(𝑎) ⋅ 𝑃 (𝑏) possui o mesmo sinal do
produto (𝑎 − 𝛼1 )(𝑏 − 𝛼1 )(𝑎 − 𝛼2 )(𝑏 − 𝛼2 ) … (𝑎 − 𝛼𝑘 )(𝑏 − 𝛼𝑘 ). Vimos que, se a raiz 𝛼𝑖 estiver
dentro do intervalo ]𝑎; 𝑏[, o produto (𝑎 − 𝛼𝑖 )(𝑏 − 𝛼𝑖 ) < 0, e se ela estiver fora do intervalo ]𝑎; 𝑏[
esse produto será positivo. Logo, devemos analisar apenas a quantidade de raízes dentro do
intervalo. Assim, temos as seguintes possibilidades:
• 𝑃 (𝑎 ) ⋅ 𝑃 (𝑏 ) > 0
Nesse caso, temos um número par de fatores negativos (𝑎 − 𝛼𝑖 )(𝑏 − 𝛼𝑖 ) e, portanto, um
número par de raízes no intervalo ]𝑎; 𝑏[.
• 𝑃 (𝑎 ) ⋅ 𝑃 (𝑏 ) < 0
Aqui, temos um número ímpar de fatores negativos (𝑎 − 𝛼𝑖 )(𝑏 − 𝛼𝑖 ) e,
consequentemente, um número ímpar de raízes no intervalo ]𝑎; 𝑏[.
Esse teorema afirma que se um polinômio admite uma raiz com multiplicidade 𝑚, então,
as derivadas de ordem 𝑘 desse polinômio, com 𝑘 ∈ {1, 2, 3, … , 𝑚 − 1}, também possuem a
mesma raiz.
Demonstração
Para demonstrar esse teorema, lembremos da derivada do produto de funções e da
derivada de um monômio:
𝑓 (𝑥 ) = 𝑔 (𝑥 ) ⋅ ℎ (𝑥 ) ⇒ 𝑓 ′ (𝑥 ) = 𝑔 ′ (𝑥 ) ⋅ ℎ (𝑥 ) + 𝑔 ( 𝑥 ) ⋅ ℎ ′ (𝑥 )
𝐹 (𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 ⇒ 𝐹 ′ (𝑥) = 𝑛𝑎𝑛 𝑥 𝑛−1
Assim, tomemos o polinômio 𝑃:
𝑃 (𝑥 ) = (𝑥 − 𝛼 ) 𝑚 ⋅ 𝑄 (𝑥 )
⇒ 𝑃′ (𝑥) = 𝑚(𝑥 − 𝛼)𝑚−1 ⋅ 𝑄(𝑥) + (𝑥 − 𝛼)𝑚 ⋅ 𝑄′ (𝑥)
Exemplo
2.a) Sabendo que a equação 𝑥 4 − 5𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 − 8 = 0 possui uma raiz de
multiplicidade 3, determine as raízes da equação.
Seja 𝑎, a raiz de multiplicidade 3. Então, para 𝑃(𝑥) = 𝑥 4 − 5𝑥 3 + 6𝑥 2 + 4𝑥 − 8, devemos
ter:
𝑃(𝑎) = 𝑃′ (𝑎) = 𝑃′′ (𝑎) = 0
Calculando as derivadas:
𝑃′ (𝑥) = 4𝑥 3 − 15𝑥 2 + 12𝑥 + 4
𝑃′′ (𝑥) = 12𝑥 2 − 30𝑥 + 12
Como 𝑎 é raiz de multiplicidade 3, temos:
𝑃′′ (𝑎) = 0 ⇒ 12𝑎2 − 30𝑎 + 12 = 0
15 ± √225 − 144 15 ± 9 1
𝑎= = = 2 𝑜𝑢
12 12 2
Encontramos duas possíveis raízes, uma delas é a raiz da equação polinomial 𝑃(𝑥) = 0.
Vamos testar os valores em 𝑃′ (𝑥) = 0:
1 1 3 1 2 1 27
𝑃′ ( ) = 4 ( ) − 15 ( ) + 12 ( ) + 4 =
2 2 2 2 4
′( ) 3 2
𝑃 2 = 4(2) − 15(2) + 12(2) + 4 = 0
Assim, verificamos que 2 é a raiz de multiplicidade 3 da equação, pois 𝑃′′ (2) = 𝑃′ (2) = 0.
Podemos testar a raiz no polinômio 𝑃:
𝑃 (2) = (2)4 − 5(2)3 + 6(2)2 + 4(2) − 8 = 0
Para determinar a última raiz, podemos aplicar o dispositivo prático de Briot-Ruffini:
2 1 −5 6 4 −8
2 1 −3 0 4 0
2 1 −1 −2 0
1 1 0
Exemplo
3.a) Se 𝐹 (𝑥) = (𝑥 + 2)3 (𝑥 − 3)2 (𝑥 − 5)5 e 𝐺 (𝑥) = (𝑥 + 2)(𝑥 − 3)3 (𝑥 + 10), então
𝑀𝐷𝐶(𝐹, 𝐺) = (𝑥 + 2)(𝑥 − 3)2 .
3.b) Se 𝐹 (𝑥) = (𝑥 + 2)2 (𝑥 − 1) e 𝐺 (𝑥) = (𝑥 + 5)𝑥, então 𝑀𝐷𝐶 (𝐹, 𝐺 ) = 1, ou seja, 𝐹 e
𝐺 são primos entre si.
Para determinar o MDC, podemos usar a divisão euclidiana entre polinômios.
Antes de proceder, devemos saber que se 𝐹 (𝑥) ≡ 𝐺 (𝑥)𝑄 (𝑥) + 𝑅(𝑥), então:
𝑀𝐷𝐶 (𝐹, 𝐺 ) = 𝑀𝐷𝐶 (𝐺, 𝑅)
Demonstração
Se 𝑀𝐷𝐶 (𝐹, 𝐺 ) = 𝐻, então 𝐻 é divisor de 𝐹 e 𝐺, logo:
𝐹 (𝑥) = 𝐻 (𝑥)𝑄1 (𝑥) (𝑖)
𝐺 (𝑥) = 𝐻 (𝑥)𝑄2 (𝑥) (𝑖𝑖)
Se 𝑅 é o resto da divisão de 𝐹 por 𝐺, então:
𝐹 (𝑥) = 𝐺 (𝑥)𝑄 (𝑥) + 𝑅 (𝑥) ⇒ 𝑅(𝑥) = 𝐹 (𝑥) − 𝐺 (𝑥)𝑄(𝑥) (𝑖𝑖𝑖)
Substituindo (𝑖) e (𝑖𝑖) em (𝑖𝑖𝑖):
𝑥4 −5x 2 +4 𝑥 3 − 7𝑥 − 6
−𝑥 4 +7x 2 +6𝑥 𝑥
2x 2 +6𝑥 +4
𝑥3 −7x −6 𝑥 2 + 3𝑥 + 2
−3𝑥 2 −9x −6
+3𝑥 2 +9x +6
0
Vamos tomar os polinômios do exemplo anterior e encontrar as raízes comuns entre eles.
3.1.a) Encontre as raízes comuns entre 𝐹 (𝑥) = 𝑥 4 − 5𝑥 2 + 4 e 𝐺 (𝑥) = 𝑥 3 − 7𝑥 − 6.
Como vimos, o máximo divisor comum entre 𝐹 e 𝐺 é
𝑀𝐷𝐶 (𝐹, 𝐺 ) = 𝑀𝐷𝐶 (𝑥 4 − 5𝑥 2 + 4; 𝑥 3 − 7𝑥 − 6) = 𝑥 2 + 3𝑥 + 2
Se 𝛼 é uma raiz de 𝐹 e 𝐺, então ele deve ser raiz do 𝑀𝐷𝐶 (𝐹, 𝐺 ). Assim, basta encontrar as
raízes da equação 𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = 0:
𝑥 2 + 3𝑥 + 2 = 0
−3 ± √1
𝑥= ⇒ 𝑥 = −2 𝑜𝑢 𝑥 = −1
2
Assim, as raízes comuns entre 𝐹 e 𝐺 são os números −2 e −1.
Há outro modo de encontrar as raízes comuns entre dois polinômios. Vejamos outro
exemplo.
𝛼 4 − 2𝛼 3 − 7𝛼 2 + 8𝛼 + 12 = 0
−𝛼 4 + 4𝛼 3 + 13𝛼 2 − 4𝛼 − 12 = 0
2𝛼 3 + 6𝛼 2 + 4𝛼 = 0
As candidatas às raízes comuns são também raízes de 2𝛼 3 + 6𝛼 2 + 4𝛼 = 0.
2𝛼 3 + 6𝛼 2 + 4𝛼 = 0
2𝛼(𝛼 2 + 3𝛼 + 2) = 0
2𝛼(𝛼 + 2)(𝛼 + 1) = 0
𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠: 0; −1; −2
Para saber quais são as raízes comuns, podemos substituir esses valores em cada equação
e verificar qual satisfaz a igualdade ou aplicar Briot-Ruffini e verificar qual resulta em resto nulo.
Vamos usar o segundo método. Perceba que 0 não é raiz de ambas equações, pois o coeficiente
independente deles é 12. Logo, basta testar −1 e −2. Fazendo a divisão das expressões de cada
equação por Briot-Ruffini:
𝑥 4 − 2𝑥 3 − 7𝑥 2 + 8𝑥 + 12 = 0
−1 1 −2 −7 8 12
−2 1 −3 −4 12 0
1 −5 6 0
⇒ (𝑥 + 1)(𝑥 + 2)(𝑥 2 − 5𝑥 + 6) = 0
𝑥 4 − 4𝑥 3 − 13𝑥 2 + 4𝑥 + 12 = 0
−1 1 −4 −13 4 12
−2 1 −5 −8 12 0
1 −7 6 0
⇒ (𝑥 + 1)(𝑥 + 2)(𝑥 2 − 7𝑥 + 6) = 0
Portanto, como as divisões são exatas, temos que −1 e −2 são as raízes comuns das
equações.
4. RELAÇÕES DE GIRARD
As relações de Girard nos permitem relacionar as raízes de uma equação polinomial com
seus coeficientes. Elas nos ajudam bastante na resolução de questões envolvendo polinômios.
Vejamos do que se trata.
Considere o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐, com 𝑎 ≠ 0, tal que suas raízes sejam 𝛼1 e
𝛼2 . Então, podemos escrever a seguinte identidade:
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≡ 𝑎(𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 )
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≡ 𝑎[𝑥 2 − (𝛼1 + 𝛼2 )𝑥 + 𝛼1 𝛼2 ]
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 ≡ 𝑎𝑥 2 − 𝑎(𝛼1 + 𝛼2 )𝑥 + 𝑎𝛼1 𝛼2
Para que a identidade seja satisfeita, devemos ter:
𝑏
𝑏 = −𝑎(𝛼1 + 𝛼2 ) 𝛼1 + 𝛼 2 = −
{ ⇒{ 𝑎
𝑐 = 𝑎𝛼1 𝛼2 𝑐
𝛼1 𝛼2 =
𝑎
Essas são as relações de Girard para uma equação algébrica do segundo grau.
Note que a soma das raízes é igual à razão −𝑏/𝑎 e o produto delas é igual à 𝑐/𝑎.
Vejamos o caso de um polinômio do terceiro grau.
Considere o polinômio 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑, com 𝑎 ≠ 0, tal que suas raízes sejam
𝛼1 , 𝛼2 e 𝛼3 . Então, escrevendo 𝑃 como produto de fatores, temos:
𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 ≡ 𝑎(𝑥 − 𝛼1 )(𝑥 − 𝛼2 )(𝑥 − 𝛼3 )
Desenvolvendo o membro à direita:
𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 ≡ 𝑎(𝑥 2 − (𝛼1 + 𝛼2 )𝑥 + 𝛼1 𝛼2 )(𝑥 − 𝛼3 )
𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 ≡ 𝑎[𝑥 3 − (𝛼1 + 𝛼2 )𝑥 2 + 𝛼1 𝛼2 𝑥 − 𝛼3 𝑥 2 + 𝛼3 (𝛼1 + 𝛼2 )𝑥 − 𝛼3 𝛼1 𝛼2 ]
𝑎𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 𝑑 ≡ 𝑎[𝑥 3 − (𝛼1 + 𝛼2 + 𝛼3 )𝑥 2 + (𝛼1 𝛼2 + 𝛼1 𝛼3 + 𝛼2 𝛼3 )𝑥 − 𝛼3 𝛼1 𝛼2 ]
Assim, pela identidade polinomial, temos:
𝑏
𝛼1 + 𝛼2 + 𝛼3 = −
𝑎
𝑐
𝛼1 𝛼2 + 𝛼1 𝛼3 + 𝛼2 𝛼3 =
𝑎
𝑑
{ 𝛼1 𝛼2 𝛼3 = −
𝑎
Essas são as relações de Girard para uma equação do terceiro grau. É possível generalizar
o resultado para uma equação algébrica de grau 𝑛.
Seja 𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 𝑥 𝑛−2 + ⋯ 𝑎𝑛−𝑘 𝑥 𝑘 + ⋯ + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 cujas raízes são
𝛼1 , 𝛼2 , … , 𝛼𝑛 , as relações de Girard são dadas por:
𝑎𝑛−1
𝛼1 + 𝛼2 + ⋯ + 𝛼𝑛 = − (𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠)
𝑎𝑛
𝑎𝑛−2
𝛼1 𝛼2 + 𝛼1 𝛼3 + ⋯ + 𝛼𝑛−1 𝛼𝑛 = (𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑑𝑜𝑖𝑠 𝑎 𝑑𝑜𝑖𝑠)
𝑎𝑛
⋮
𝑎 𝑛−𝑘
𝛼1 𝛼2 … 𝛼𝑘 + ⋯ = (−1)𝑘 (𝑠𝑜𝑚𝑎 𝑑𝑜 𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠 𝑘 𝑎 𝑘 )
𝑎𝑛
⋮
𝑛
𝑎0
𝛼1 𝛼2 … 𝛼𝑛 = (−1) (𝑝𝑟𝑜𝑑𝑢𝑡𝑜 𝑑𝑎𝑠 𝑛 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠)
{ 𝑎𝑛
A demonstração dessas relações pode ser feita por indução finita.
Vejamos alguns exemplos de aplicação.
4.a) Sabendo que as raízes da equação 𝑥 3 − 21𝑥 2 + 126𝑥 − 216 = 0 estão em
progressão geométrica, determine-as.
Resolução:
Sejam 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 as raízes da equação dada. Como estão em PG, temos:
(𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 ) = (𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 )
Pelas relações de Girard:
𝑥 3 − 21𝑥 2 + 126𝑥 − 216 = 0
−21
𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2 = − ⇒ 𝑎(1 + 𝑞 + 𝑞2 ) = 21 (𝐼)
1
−216
𝑎 ⋅ 𝑎𝑞 ⋅ 𝑎𝑞2 = − = 216 ⇒ 𝑎3 𝑞3 = 216 ⇒ 𝑎𝑞 = 6 (𝐼𝐼)
1
Fazendo a divisão de (𝐼) por (𝐼𝐼):
𝑎(1 + 𝑞 + 𝑞2 ) 21 7
= = ⇒ 2(1 + 𝑞 + 𝑞2 ) = 7𝑞 ⇒ 2𝑞2 − 5𝑞 + 2 = 0
𝑎𝑞 6 2
Raízes:
5 ± √9 1
𝑞= = 2 𝑜𝑢
4 2
Podemos escolher qualquer uma das raízes, pois o resultado das raízes será o mesmo.
Logo, para 𝑞 = 2, temos:
𝑎⋅2=6⇒𝑎 =3
Portanto, as raízes são:
𝑎 = 3; 𝑎𝑞 = 6; 𝑎𝑞2 = 12
4.b) Determine a soma do cubo raízes da equação 𝑥 3 + 𝑥 − 1 = 0.
Resolução:
Sejam 𝛼, 𝛽, 𝛾 as raízes da equação. Como elas são raízes, temos:
𝛼3 + 𝛼 − 1 = 0
{𝛽 3 + 𝛽 − 1 = 0
𝛾3 + 𝛾 − 1 = 0
Somando as três equações:
𝛼 3 + 𝛽3 + 𝛾 3 + 𝛼 + 𝛽 + 𝛾 − 3 = 0
⇒ 𝛼 3 + 𝛽 3 + 𝛾 3 = 3 − (𝛼 + 𝛽 + 𝛾 )
Pelas relações de Girard, podemos obter a soma das raízes:
𝛼+𝛽+𝛾 =0
Logo:
𝛼 3 + 𝛽3 + 𝛾 3 = 3
5. TRANSFORMAÇÕES
Ao longo do curso, resolvemos muitas equações algébricas e, em algumas delas, aplicamos
a transformação algébrica para simplificar a resolução. Um exemplo é a equação 𝑥 4 − 5𝑥 2 + 6 =
0. Nós sabemos como encontrar as raízes de uma equação quadrática e, observando a equação,
vemos que ela lembra muito uma equação desse tipo. Se fizermos 𝑦 = 𝑥 2 , obtemos:
𝑥 4 − 5𝑥 2 + 6 = 0 ⇒ 𝑦 2 − 5𝑦 + 6 = 0
E resolvendo a equação em 𝑦, encontramos as raízes 𝑦1 = 3 ou 𝑦2 = 2.
Para encontrar as soluções em 𝑥, usamos a relação que estabelecemos 𝑦 = 𝑥 2 :
𝑦1 = 𝑥12 ⇒ 𝑥12 = 3 ⇒ 𝑥1 = ±√3
𝑦2 = 𝑥22 ⇒ 𝑥22 = 2 ⇒ 𝑥2 = ±√2
O que fizemos foi mudar a aparência da equação inicial para recair em um problema
conhecido. Então, transformar uma equação algébrica 𝑃1 (𝑥) = 0 em uma outra 𝑃2 (𝑦) =
0 significa obter uma lei de transformação 𝑦 = 𝑓 (𝑥) tal que as raízes das equações estejam
relacionadas.
Definimos a equação original 𝑃1 (𝑥) = 0 como equação primitiva e a equação resultante
𝑃2 (𝑦) = 0 como equação transformada. Vamos estudar os principais tipos de transformações e
algumas propriedades relacionadas a elas.
−𝑎 𝑃1
−𝑎 𝑄1 𝑅1
−𝑎 𝑄2 𝑅2
𝑄𝑛 𝑅𝑛
Perceba que esse algoritmo é baseado nas divisões sucessivas. Para cada linha, obteremos
um resto 𝑅𝑖 e estes serão os coeficientes dos termos (𝑥 + 𝑎)𝑖−1 . O coeficiente do termo (𝑥 + 𝑎)𝑛
será o quociente da última divisão. Note que serão 𝑛 restos resultantes de 𝑛 divisões sucessivas.
Vejamos um exemplo.
6.1.1.a) Façamos a transformação do polinômio do exemplo anterior 𝑥 3 + 2𝑥 2 − 3𝑥 − 4
em potências crescentes de 𝑥 + 1.
Como o polinômio possui grau 3, devemos fazer 3 divisões sucessivas. Pelo algoritmo de
Horner-Ruffini:
−1 1 2 −3 −4
−1 1 1 −4 0 = 𝑅1
−1 1 0 −4 = 𝑅2
1 = 𝑄3 −1 = 𝑅3
6. EQUAÇÕES RECÍPROCAS
Dizemos que uma equação polinomial 𝑃(𝑥) = 0 é recíproca se, e somente se, a sua
1
transformada recíproca 𝑃 ( ) = 0 for equivalente à equação original.
𝑥
Exemplo:
6.a) 𝑃(𝑥) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0
1 1 4 1 3 1 2 1
𝑃( ) = ( ) − 2( ) + ( ) − 2( ) + 1 = 0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
1 1 2 1 2
𝑃( ) = 4 − 3 + 2 − +1 = 0
𝑥 𝑥 𝑥 𝑥 𝑥
Multiplicando a equação por 𝑥 4 :
1
𝑃 ( ) = 𝑥 4 − 2𝑥 3 + 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = 0
𝑥
1
𝑃(𝑥) = 0 e 𝑃 ( ) = 0 são equações equivalentes, logo 𝑃(𝑥) = 0 é uma equação recíproca.
𝑥
Exemplo:
6.1.a) 𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 3𝑥 2 − 3𝑥 + 2 é uma equação que admite 2 como raiz. Como ela é
recíproca, a outra raiz da equação é 1/2.
1
6.1.b) 𝑃(𝑥) = (𝑥 − 3) (𝑥 − ) (𝑥 − 1) é uma equação recíproca que admite 3 e 1/3 como
3
raízes.
Agora que sabemos o que é uma equação recíproca, vamos aprender a reconhecer quando
uma equação é recíproca.
Seja a equação polinomial dada por
𝑃(𝑥) = 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + ⋯ + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
A sua transformada recíproca é
1
𝑃 ( ) = 𝑎𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 + ⋯ + 𝑎2 𝑥 𝑛−2 + 𝑎1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎0 𝑥 𝑛
𝑥
1
Se 𝑃(𝑥) = 0 é uma equação recíproca, então 𝑃(𝑥) = 0 e 𝑃 ( ) = 0 são equações
𝑥
equivalentes, logo, os coeficientes dessas equações são proporcionais. Sendo 𝑘 a constante de
proporcionalidade, então, igualando-se os coeficientes das respectivas equações:
𝑎𝑛 = 𝑘𝑎0
𝑎𝑛−1 = 𝑘𝑎1
𝑎𝑛−2 = 𝑘𝑎2
⋮
𝑎𝑛−𝑚 = 𝑘𝑎𝑚
⋮
𝑎𝑚 = 𝑘𝑎𝑛−𝑚
⋮
{ 𝑎0 = 𝑘𝑎𝑛
Tomando-se, sem perda de generalidade, 𝑎𝑚 = 𝑘𝑎𝑛−𝑚 e 𝑎𝑛−𝑚 = 𝑘𝑎𝑚 , com 0 ≤ 𝑚 ≤ 𝑛,
temos:
𝑎𝑚 = 𝑘 (𝑘𝑎𝑚 ) ⇒ 𝑎𝑚 = 𝑘 2 𝑎𝑚 ⇒ 𝑘 2 = 1
Assim, obtemos 𝑘 = 1 ou 𝑘 = −1.
Essas são as únicas possibilidades de constantes para as equações recíprocas.
Para 𝒌 = 𝟏, temos que os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos da
equação recíproca 𝑃(𝑥) = 0 são iguais:
−1 𝑎 𝑏 𝑐 𝑐 𝑏 𝑎
−1 𝑎 𝑏 𝑐 0 −𝑐 −𝑏 −𝑎
𝑎 𝑏 𝑎+𝑐 𝑏 𝑎 0
Assim, basta resolver a equação recíproca 1ª espécie de grau par para encontrar as outras
raízes.
1 𝑎 𝑏 𝑐 −𝑐 −𝑏 −𝑎
Para encontrar as outras raízes, basta resolver a equação de 1ª espécie de grau par.
7. QUESTÕES NÍVEL 1
1. (EEAR/2016)
Dada a equação 𝟑𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟑 = 𝟎 e sabendo que 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são raízes dessa equação, o valor
do produto 𝒂 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄 é
a) 𝟏
b) −𝟏
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) − 𝟑
2. (EEAR/2015)
a) 12
b) 7
c) 5
d) 2
3. (EEAR/2012)
Seja a equação polinomial 𝟐𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟒 = 𝟎. Se 𝑺 e 𝑷 são, respectivamente, a soma e o
produto de suas raízes, então
a) 𝑺 = 𝑷
b) 𝑺 = 𝟐𝑷
c) 𝑺 = 𝟐 e 𝑷 = −𝟒
d) 𝑺 = −𝟐 e 𝑷 = 𝟒
4. (EEAR/2000)
a) 𝟐𝟎𝟎
b) −𝟐𝟎𝟎
c) 𝟒𝟎𝟎
d) −𝟒𝟎𝟎
5. (ESA/2006)
Seja 𝒙𝟐 + (𝒒 − 𝟑)𝒙 − 𝒒 − 𝟐 = 𝟎. O valor de 𝒒 que torna mínima a soma dos quadrados das raízes
da equação é:
a) 4
b) -2
c) -4
d) 2
e) 0
6. (ESA/2006)
𝒙𝟐 − 𝟐(𝜶 + 𝟏)𝒙 + (𝜶 + 𝟑) = 𝟎
é igual a 𝟒. Se nesta equação 𝜶 é constante, podemos afirmar que 𝜶𝟐 é:
a) 16
b) 1
c) 25
d) 9
e) 4
7. (EsPCEx/2011)
As medidas em centímetros das arestas de um bloco retangular são as raízes da equação polinomial
𝒙𝟑 − 𝟏𝟒𝒙𝟐 + 𝟔𝟒𝒙 − 𝟗𝟔 = 𝟎. Denominando-se 𝒓, 𝒔 e 𝒕 essas medidas, se for construído um novo
bloco retangular, com arestas medindo (𝒓 − 𝟏), (𝒔 − 𝟏) e (𝒕 − 𝟏), ou seja, cada aresta medindo
𝟏 𝒄𝒎 a menos que a do bloco anterior, a medida do volume desse novo bloco será
a) 𝟑𝟔 𝒄𝒎𝟑
b) 𝟒𝟓 𝒄𝒎𝟑
c) 𝟓𝟒 𝒄𝒎𝟑
d) 𝟔𝟎 𝒄𝒎𝟑
e) 𝟖𝟎 𝒄𝒎𝟑
8. (EEAR/2011)
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
9. (EEAR/2011)
Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números −𝟐, 𝟎, 𝟐 e 𝟏 + 𝒊. O
menor grau que essa equação pode ter é
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
10. (EEAR/2014)
a) 3
b) 2
c) 1
d) 0
11. (EEAR/2018)
a) 𝟒 + 𝟒𝒊
b) 𝟒 + 𝟑𝒊
c) 𝟑 + 𝟒𝒊
d) 𝟑 + 𝟑𝒊
12. (EEAR/2019)
Seja a equação polinomial 𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝟏𝟖 = 𝟎. Se −𝟐 e 𝟑 são suas raízes, sendo que a raiz 𝟑
tem multiplicidade 2, o valor de 𝒃 é
a) 8
b) 6
c) -3
d) -4
13. (EEAR/2003)
a) ±𝟐 e ±𝒊
b) ±√𝟐 e ±𝒊
c) ±𝟏 e 𝒊√𝟐
d) ±𝟏 e ±𝒊
14. (EEAR/2010)
Se a maior das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟏𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é igual à soma das outras duas, então
seu valor é divisor de
a) 10
b) 16
c) 18
d) 20
15. (EEAR/2006)
A equação, cujas raízes são −√𝟐, +√𝟐, −√𝟓 e +√𝟓, é 𝒙𝟒 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃 = 𝟎. O valor de |𝒂 + 𝒃| é
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
16. (EEAR/2001)
Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝟒𝒙 − 𝟒𝟖 = 𝟎 é a soma das outras duas. A maior raiz
dessa equação é
a) 7
b) 6
c) 4
d) 2
17. (EEAR/2003)
𝟑𝟓
Se a diferença entre os quadrados das raízes da equação 𝟑𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 + 𝒄 = 𝟎 é , então o valor de 𝒄
𝟗
é
𝟐
a) − 𝟑
b) −𝟐
𝟐
c) 𝟑
d) 𝟐
18. (ESA/2017)
Se 𝟐 + 𝟑𝒊 é raiz de uma equação algébrica 𝑷(𝒙) = 𝟎, de coeficientes reais, então podemos afirmar
que:
19. (EsPCEx/2011)
Seja a função complexa 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 − 𝟓. Sabendo-se que 𝟐 + 𝒊 é raiz de 𝑷, o intervalo
𝑰 de números reais que faz 𝑷(𝒙) < 𝟎, para todo 𝒙 ∈ 𝑰 é
𝟏
a) ] − ∞, [
𝟐
b) ]𝟎, 𝟏[
𝟏
c) ] 𝟒 , 𝟐[
d) ]𝟎, +∞[
𝟏 𝟑
e) ] − 𝟒 , [
𝟒
GABARITO
1. b
2. c
3. a
4. b
5. d
6. c
7. b
8. d
9. b
10. b
11. a
12. d
13. b
14. c
15. b
16. b
17. d
18. b
19. a
RESOLUÇÃO
1. (EEAR/2016)
Dada a equação 𝟑𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 − 𝒙 + 𝟑 = 𝟎 e sabendo que 𝒂, 𝒃 e 𝒄 são raízes dessa equação, o valor
do produto 𝒂 ⋅ 𝒃 ⋅ 𝒄 é
a) 𝟏
b) −𝟏
𝟏
c) 𝟑
𝟏
d) − 𝟑
Comentários
Utilizando as Relações de Girard, o produto das raízes da equação 𝟑𝑥 3 + 2𝑥 2 − 𝑥 + 𝟑 =
0 é dado por
𝟑
𝑎⋅𝑏⋅𝑐 =− = −1
𝟑
Gabarito: “b”.
2. (EEAR/2015)
b) 7
c) 5
d) 2
Comentários
Utilizando as Relações de Girard, a soma das raízes da equação 𝟏𝑥 3 − 𝟓𝑥 2 + 7𝑥 − 3 =
0 é dada por
(−𝟓)
𝑎+𝑏+𝑐 =− =5
𝟏
Gabarito: “c”.
3. (EEAR/2012)
a) 𝑺 = 𝑷
b) 𝑺 = 𝟐𝑷
c) 𝑺 = 𝟐 e 𝑷 = −𝟒
d) 𝑺 = −𝟐 e 𝑷 = 𝟒
Comentários
Utilizando as Relações de Girard, a soma das raízes da equação 𝟐𝑥 3 + 𝟒𝑥 2 − 2𝑥 + 4 =
0 é dada por
𝟒
𝑆 =𝑎+𝑏+𝑐 =− = −2
𝟐
E, o produto das raízes da equação 𝟐𝑥 3 + 4𝑥 2 − 2𝑥 + 𝟒 = 0 é dado por
𝟒
𝑃 =𝑎⋅𝑏⋅𝑐 =− = −2
𝟐
Logo, 𝑆 = 𝑃
Gabarito: “a”.
4. (EEAR/2000)
a) 𝟐𝟎𝟎
b) −𝟐𝟎𝟎
c) 𝟒𝟎𝟎
d) −𝟒𝟎𝟎
Comentários
𝑎2 𝑏𝑐 + 𝑎𝑏2 𝑐 + 𝑎𝑏𝑐 2 = (𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐 ) ⋅ (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )
Utilizando as Relações de Girard, a soma das raízes da equação 𝟏𝑥 3 − 𝟏𝟎𝑥 2 − 2𝑥 + 20 =
0 é dada por
(−𝟏𝟎)
𝑎+𝑏+𝑐 =− = 10
𝟏
E, o produto das raízes da equação 𝟏𝑥 3 − 10𝑥 2 − 2𝑥 + 𝟐𝟎 = 0 é dado por
𝟐𝟎
𝑎⋅𝑏⋅𝑐 =− = −20
𝟏
Portanto,
(𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 𝑐 ) ⋅ (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) = (−20) ⋅ (10) = −200
𝑎2 𝑏𝑐 + 𝑎𝑏2 𝑐 + 𝑎𝑏𝑐 2 = −200
Gabarito: “b”.
5. (ESA/2006)
Seja 𝒙𝟐 + (𝒒 − 𝟑)𝒙 − 𝒒 − 𝟐 = 𝟎. O valor de 𝒒 que torna mínima a soma dos quadrados das raízes
da equação é:
a) 4
b) -2
c) -4
d) 2
e) 0
Comentários
Utilizando as Relações De Girard. Sejam 𝑎 e 𝑏 raízes do polinômio:
𝑞−3
𝑎+𝑏 =− =3−𝑞
1
−𝑞 − 2
𝑎⋅𝑏 = = −2 − 𝑞
1
Sendo assim, vejamos agora o valor de 𝑎2 + 𝑏2
(𝑎 + 𝑏)2 = 𝑎2 + 2𝑎𝑏 + 𝑏2
⇒ 𝑎 2 + 𝑏 2 = ( 𝑎 + 𝑏 ) 2 − 2 ⋅ (𝑎 ⋅ 𝑏 )
𝑎2 + 𝑏2 = (3 − 𝑞)2 − 2 ⋅ (−2 − 𝑞)
= 9 − 6𝑞 + 𝑞2 + 4 + 2𝑞 =
⇒ 𝑎2 + 𝑏2 = 𝑓 (𝑞) = 𝑞2 − 4𝑞 + 13
Devemos encontrar o valor de 𝑞 tal que 𝑓(𝑞) seja mínimo. O valor da abcissa do vértice da
parábola é dado por:
𝑏
𝑞𝑚𝑖𝑛 = −
2𝑎
−4
𝑞𝑚𝑖𝑛 = − =2
2⋅1
𝑞𝑚𝑖𝑛 = 2
Gabarito: “d”.
6. (ESA/2006)
𝒙𝟐 − 𝟐(𝜶 + 𝟏)𝒙 + (𝜶 + 𝟑) = 𝟎
é igual a 𝟒. Se nesta equação 𝜶 é constante, podemos afirmar que 𝜶𝟐 é:
a) 16
b) 1
c) 25
d) 9
e) 4
Comentários
Utilizando as Relações De Girard. Sejam 𝑎 e 𝑏 raízes do polinômio:
−2(𝛼 + 1)
𝑎+𝑏 =− = 2(𝛼 + 1)
1
(𝛼 + 3)
𝑎⋅𝑏 = = (𝛼 + 3)
1
Sendo assim:
1 1 𝑏 + 𝑎 2(𝛼 + 1)
+ = = =4
𝑎 𝑏 𝑎𝑏 (𝛼 + 3)
2𝛼 + 2 = 4𝛼 + 12
2𝛼 + 10 = 0
𝛼 = −5
Portanto,
𝛼 2 = (−5)2 = 25
Gabarito: “c”.
7. (EsPCEx/2011)
As medidas em centímetros das arestas de um bloco retangular são as raízes da equação polinomial
𝒙𝟑 − 𝟏𝟒𝒙𝟐 + 𝟔𝟒𝒙 − 𝟗𝟔 = 𝟎. Denominando-se 𝒓, 𝒔 e 𝒕 essas medidas, se for construído um novo
bloco retangular, com arestas medindo (𝒓 − 𝟏), (𝒔 − 𝟏) e (𝒕 − 𝟏), ou seja, cada aresta medindo
𝟏 𝒄𝒎 a menos que a do bloco anterior, a medida do volume desse novo bloco será
a) 𝟑𝟔 𝒄𝒎𝟑
b) 𝟒𝟓 𝒄𝒎𝟑
c) 𝟓𝟒 𝒄𝒎𝟑
d) 𝟔𝟎 𝒄𝒎𝟑
e) 𝟖𝟎 𝒄𝒎𝟑
Comentários
Desenvolvendo o produto, obtemos:
𝑉 = (𝑟 − 1) ⋅ ( 𝑠 − 1) ⋅ (𝑡 − 1) =
𝑉 = (𝑟 ⋅ 𝑠 ⋅ 𝑡) − (𝑟𝑠 + 𝑟𝑡 + 𝑠𝑡 ) + (𝑟 + 𝑠 + 𝑡 ) − 1
Aplicando as Relações de Girard no polinômio, obtemos que:
−14
𝑟+𝑠+𝑡 =− = 14
1
64
𝑟𝑠 + 𝑟𝑡 + 𝑠𝑡 = = 64
1
−96
{ 𝑟𝑠𝑡 = − 1 = 96
Portanto:
𝑉 = (96) − (64) + (14) − 1 = 45
𝑉 = 45 𝑐𝑚3
Gabarito: “b”.
8. (EEAR/2011)
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
Comentários
O polinômio 𝑥 (𝑥 + 2)(𝑥 − 1)3 possui raízes:
0 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
{−2 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 1
1 𝑚𝑢𝑙𝑡𝑖𝑝𝑙𝑖𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 3
A maior das raízes é 𝑟 = 1, logo 𝑚 = 3
𝑟⋅𝑚 =1⋅3=3
Gabarito: “d”.
9. (EEAR/2011)
Uma equação polinomial de coeficientes reais admite como raízes os números −𝟐, 𝟎, 𝟐 e 𝟏 + 𝒊. O
menor grau que essa equação pode ter é
a) 6
b) 5
c) 4
d) 3
Comentários
Primeiramente, sendo os coeficientes reais, as raízes complexas veem aos pares. Sendo
assim, se 1 + 𝑖 é raiz, então (̅̅̅̅̅̅̅̅̅
1 + 𝑖) = 1 − 𝑖 também é raiz.
Portanto, temos um total de 5 raízes para o polinômio, o grau mínimo deste polinômio
deve ser 5.
Gabarito: “b”.
10. (EEAR/2014)
a) 3
b) 2
c) 1
d) 0
Comentários
Perceba que (𝑥 2 + 3) não fornece raízes reais, pois:
(𝑥 2 + 3)(𝑥 − 2)(𝑥 + 1) = 0
⇒ (𝑥 2 + 3) = 0 𝑜𝑢 𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = −1
𝑥2 + 3 = 0
𝑥 2 = −3
𝑥 = ±√3𝑖
Dentre as raízes apresentadas, apenas 2 delas são reais.
Gabarito: “b”.
11. (EEAR/2018)
b) 𝟒 + 𝟑𝒊
c) 𝟑 + 𝟒𝒊
d) 𝟑 + 𝟑𝒊
Comentários
Considere que os coeficientes do polinômio são números reais. Lembre-se que as raízes
complexas vêm aos pares. Se um complexo é raiz, o seu conjugado também é.
(̅̅̅̅̅̅̅̅̅
1 + 𝑖) = 1 − 𝑖
⇒{ 𝑠ã𝑜 𝑟𝑎í𝑧𝑒𝑠
(̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅̅
3 − 5𝑖) = 3 + 5𝑖
Portanto,
(1 − 𝑖) + (3 + 5𝑖) = 4 + 4𝑖
Gabarito: “a”.
12. (EEAR/2019)
Seja a equação polinomial 𝒙𝟑 + 𝒃𝒙𝟐 + 𝒄𝒙 + 𝟏𝟖 = 𝟎. Se −𝟐 e 𝟑 são suas raízes, sendo que a raiz 𝟑
tem multiplicidade 2, o valor de 𝒃 é
a) 8
b) 6
c) -3
d) -4
Comentários
Utilizaremos os conceitos de igualdade de polinômios:
𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 18 = (𝑥 + 2) ⋅ (𝑥 − 3)2 = 0
= (𝑥 + 2) ⋅ (𝑥 2 − 6𝑥 + 9) =
⇒ 𝑥 3 + 𝑏𝑥 2 + 𝑐𝑥 + 18 = 𝑥 3 − 4𝑥 2 − 3𝑥 + 18
𝑏 = −4
⇒ {
𝑐 = −3
Gabarito: “d”.
13. (EEAR/2003)
a) ±𝟐 e ±𝒊
b) ±√𝟐 e ±𝒊
c) ±𝟏 e 𝒊√𝟐
d) ±𝟏 e ±𝒊
Comentários
Considere 𝑦 = 𝑥 2
𝑥4 − 𝑥2 − 2 = 𝑦2 − 𝑦 − 2 = 0
Resolvendo a equação de 2º grau em 𝑦, obtemos:
𝑦1 = 2
{
𝑦2 = −1
2
⇒ { 𝑥2 = 2 ⇒ {𝑥 = ±√2
𝑥 = −1 𝑥 = ±𝑖
Portanto, as raízes são ±√2 e ±𝑖.
Gabarito: “b”.
14. (EEAR/2010)
Se a maior das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟔𝒙𝟐 + 𝟏𝟏𝒙 − 𝟔 = 𝟎 é igual à soma das outras duas, então
seu valor é divisor de
a) 10
b) 16
c) 18
d) 20
Comentários
Sejam as raízes 𝑎, 𝑏 e 𝑐, tal que 𝑐 = 𝑎 + 𝑏
Pelas Relações de Girard:
−6
𝑎+𝑏+𝑐 =− =6
1
𝑎 + 𝑏 + 𝑎 + 𝑏 = 2(𝑎 + 𝑏 ) = 6
2⋅𝑐 =6 ⇒ 𝑐 =3
Logo, a maior raiz vale 3 e, analisando as alternativas, obtemos que 3 é divisor de 18 (item
c)
Gabarito: “c”.
15. (EEAR/2006)
A equação, cujas raízes são −√𝟐, +√𝟐, −√𝟓 e +√𝟓, é 𝒙𝟒 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃 = 𝟎. O valor de |𝒂 + 𝒃| é
a) 2
b) 3
c) 4
d) 5
Comentários
𝑥 4 + 𝑎𝑥 2 + 𝑏 = (𝑥 + √2) ⋅ (𝑥 − √2) ⋅ (𝑥 + √5) ⋅ (𝑥 − √5) =
= (𝑥 2 − 2) ⋅ (𝑥 2 − 5) = 𝑥 4 − 7𝑥 2 + 10
⇒ 𝑥 4 + 𝑎𝑥 2 + 𝑏 = 𝑥 4 − 7𝑥 2 + 10
𝑎 = −7
⇒ {
𝑏 = 10
Então,
|𝑎 + 𝑏| = |−7 + 10| = |3| = 3
Gabarito: “b”.
16. (EEAR/2001)
Uma das raízes da equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝟒𝒙 − 𝟒𝟖 = 𝟎 é a soma das outras duas. A maior raiz
dessa equação é
a) 7
b) 6
c) 4
d) 2
Comentários
Sejam as raízes 𝑎, 𝑏 e 𝑐, tal que 𝑐 = 𝑎 + 𝑏
Pelas Relações de Girard:
−12
𝑎+𝑏+𝑐 =− = 12
1
𝑎 + 𝑏 + 𝑎 + 𝑏 = 2(𝑎 + 𝑏) = 12
2 ⋅ 𝑐 = 12 ⇒ 𝑐 = 6
⇒ 𝑎 + 𝑏 = 6 (𝑒𝑞. 1)
Também das relações de Girard:
−48
𝑎⋅𝑏⋅𝑐 =− = 48
1
𝑎 ⋅ 𝑏 ⋅ 6 = 48
⇒ 𝑎 ⋅ 𝑏 = 8 (𝑒𝑞. 2)
Isolando 𝑏 em 𝑒𝑞. 1 e substituindo em 𝑒𝑞. 2, obtemos:
𝑎 ⋅ (6 − 𝑎 ) = 8
𝑎2 − 6𝑎 + 8 = 0
Resolvendo a equação de 2º grau em 𝑎, obtemos:
𝑎1 = 2 𝑏1 = 6 − 2 = 4
{ ⇒ {
𝑎2 = 4 𝑏2 = 6 − 4 = 2
Posto isso, as raízes do polinômio são 6, 4 e 2. Portanto, a maior raiz vale 6.
Gabarito: “b”.
17. (EEAR/2003)
𝟑𝟓
Se a diferença entre os quadrados das raízes da equação 𝟑𝒙𝟐 − 𝟕𝒙 + 𝒄 = 𝟎 é , então o valor de 𝒄
𝟗
é
𝟐
a) − 𝟑
b) −𝟐
𝟐
c) 𝟑
d) 𝟐
Comentários
Sejam 𝑎 e 𝑏 raízes, com 𝑏 > 𝑎:
35
𝑏2 − 𝑎2 =
9
35
(𝑏 + 𝑎 ) ⋅ (𝑏 − 𝑎 ) =
9
Mas, decorre das Relações De Girard:
−7 7
𝑎+𝑏 =− =
3 3
𝑐
𝑎⋅𝑏 =
3
Então,
7 35 5
( ) ⋅ (𝑏 − 𝑎 ) = ⇒ 𝑏−𝑎 =
3 9 3
Sendo, assim, temos o seguinte sistema:
7
𝑏+𝑎 =
{ 3
5
𝑏−𝑎 =
3
1
Resolvendo o sistema, obtemos 𝑎 = e 𝑏 = 2. Mas sabemos que,
3
𝑐
𝑎⋅𝑏 =
3
1
𝑐 = 3 ⋅ ( ) ⋅ (2) = 2
3
Gabarito: “d”.
18. (ESA/2017)
Se 𝟐 + 𝟑𝒊 é raiz de uma equação algébrica 𝑷(𝒙) = 𝟎, de coeficientes reais, então podemos afirmar
que:
Seja a função complexa 𝑷(𝒙) = 𝟐𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟏𝟒𝒙 − 𝟓. Sabendo-se que 𝟐 + 𝒊 é raiz de 𝑷, o intervalo
𝑰 de números reais que faz 𝑷(𝒙) < 𝟎, para todo 𝒙 ∈ 𝑰 é
𝟏
a) ] − ∞, [
𝟐
b) ]𝟎, 𝟏[
𝟏
c) ] 𝟒 , 𝟐[
d) ]𝟎, +∞[
𝟏 𝟑
e) ] − 𝟒 , [
𝟒
Comentários
Sendo os coeficientes de 𝑃(𝑥) reais, temos que se 2 + 𝑖 é raiz, então 2 − 𝑖 também é raiz.
Portanto, 𝑃(𝑥) é divisível por (𝑥 − 2 − 𝑖) e por (𝑥 − 2 + 𝑖), logo, 𝑃(𝑥) é divisível por
(𝑥 − 2 − 𝑖) ⋅ (𝑥 − 2 + 𝑖) = ((𝑥 − 2)2 − (𝑖)2 ) =
= ((𝑥 2 − 4𝑥 + 4) + 1) = 𝑥 2 − 4𝑥 + 5
Logo,
𝑃(𝑥) = 2𝑥 3 − 9𝑥 2 + 14𝑥 − 5 = (𝑥 2 − 4𝑥 + 5) ⋅ (2𝑥 − 1) =
1
𝑃(𝑥) = 2(𝑥 2 − 4𝑥 + 5) ⋅ (𝑥 − )
2
1
Ou seja, a única raiz real de 𝑃(𝑥) é 𝑥 = , fazendo o estudo de sinal para 𝑃(𝑥) < 0,
2
obtemos:
1 1
Logo, 𝑃(𝑥) < 0 ⇒ 𝑥 < ∴ 𝑥 ∈ ] − ∞, [
2 2
Gabarito: “a”.
8. QUESTÕES NÍVEL 2
20. (AFA/2020)
𝑩(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏
Os gráficos de 𝑨(𝒙) e 𝑩(𝒙) possuem apenas um ponto comum sobre o eixo das abcissas.
c) as raízes de 𝑨(𝒙) possuem argumentos que NÃO formam uma Progressão Aritmética.
21. (AFA/2019)
𝒂
Considere 𝒂 ∈ ℝ e os polinômios 𝑷(𝒙) = 𝟐 𝒙𝟔 − 𝟐𝟔𝒙𝟑 − 𝟐𝟕 e 𝑨(𝒙) = 𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝒂, tais que seus
gráficos se intersectam em um único ponto de ordenada nula.
Sabendo também que, graficamente, 𝑨(𝒙) tangencia o eixo ⃡𝑶𝒙 analise as afirmativas abaixo e
escreva V para verdadeira e F para falsa.
⃡ em dois pontos.
( ) O gráfico de 𝑷(𝒙) corta o eixo 𝑶𝒙
( ) Os afixos das raízes de 𝑷(𝒙) que possuem menor módulo formam um triângulo cujo perímetro
mede 𝟑√𝟑 unidades de comprimento.
A sequência correta é
a) V-V-V
b) V-F-F
c) F-V-F
d) F-V-V
22. (AFA/2017)
a) 𝑷(𝒎) = 𝟎
b) 𝒎 − 𝒏 = −𝟏𝟑
c) 𝒎 ⋅ 𝒏 = 𝟐𝟎
d) 𝒏 − 𝟐𝒎 = −𝟕
23. (AFA/2014)
𝒎 𝒑 𝒒
A equação 𝒙𝟑 − 𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 + 𝟑 = 𝟎 possui as raízes 𝒎, 𝒑 e 𝒒. O valor da expressão 𝒑𝒒 + 𝒎𝒒 + 𝒎𝒑 é
a) −𝟐
𝒃) −3
𝒄) 𝟐
d) 3
24. (AFA/2013)
b) 𝟑
𝟑
c) − 𝟐
𝟏
d) − 𝟑
25. (AFA/2012)
a) 14
b) 18
c) 21
d) 24
26. (EFOMM/2017)
Considere a equação 𝒙𝟒 − 𝟐𝒂𝒙𝟑 + 𝟗𝒂𝒙𝟐 − 𝟔𝒂𝒙 + 𝟗𝒂 = 𝟎. Sabendo que 𝒂 é raiz dupla dessa
equação e não é nulo, determine o valor de 𝒂.
a) 𝒂 = −𝟏
b) 𝒂 = 𝟏
c) 𝒂 = 𝟐
d) 𝒂 = 𝟑
e) 𝒂 = 𝟒
27. (EFOMM/2017)
c) se um número complexo 𝒛 = 𝒂 + 𝒃𝒊, 𝒃 ≠ 𝟎 for raiz, então seu conjugado também o será.
28. (EFOMM/2016)
29. (EFOMM/2016)
A solução do sistema:
𝒙+𝒚+𝒛+𝒘=𝟕
𝒙𝒚 + 𝒙𝒛 + 𝒙𝒘 + 𝒚𝒛 + 𝒚𝒘 + 𝒛𝒘 = 𝟒
{
𝒘𝒚𝒛 + 𝒙𝒚𝒘 + 𝒙𝒛𝒘 + 𝒚𝒛𝒘 = 𝟔
𝒘𝒚𝒛𝒘 = 𝟏
pode ser representada pelas raízes do polinômio:
a) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟕
b) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 − 𝟕
e) 𝒙𝟒 + 𝟕𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝟔𝒙
30. (EFOMM/2015)
Assinale a alternativa que apresenta o polinômio 𝑷 de grau mínimo, com coeficiente reais, de modo
que 𝑷(𝒊) = 𝟐 e 𝑷(𝟏 + 𝒊) = 𝟎.
a) 𝟏/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐)
b) 𝟐/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐)
c) 𝟐/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟑)
e) 𝟐/𝟑 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟑)
31. (EFOMM/2013)
a) 𝟒.
b) −𝟐.
c) −𝟏𝟎.
d) 𝟏𝟎.
e) −𝟒𝟎.
32. (EFOMM/2009)
Após a determinação dos valores numéricos: 𝒑(−𝟏), 𝒑(𝟎) e 𝒑(𝟏), verifica-se que o polinômio
𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟎, 𝟓 tem
33. (EFOMM/2005)
Determine as raízes na equação 𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟐𝟔𝒙 − 𝟐𝟒 = 𝟎, sabendo que elas estão em P.A.
a) 𝑺 = {𝟏, 𝟐, 𝟑}
b) 𝑺 = {𝟏, 𝟑, 𝟓}
c) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟔}
d) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟒}
e) 𝑺 = {𝟑, 𝟓, 𝟕}
34. (EFOMM/2005)
Determine as raízes na equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝟔𝒙 − 𝟔𝟒 = 𝟎, sabendo que elas estão em P.G.
a) 𝑺 = {𝟏, 𝟐, 𝟒}
b) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟒}
c) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟔}
d) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟔}
e) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟖}
a) 𝒎 = 𝟒 e −𝟐 < 𝒌 < 𝟐
b) 𝒎 = −𝟒 e 𝒌 > 𝟐
c) 𝒎 = −𝟐 e −𝟐 < 𝒌 < 𝟐
d) 𝒎 = 𝟒 e |𝒌| > 𝟐
e) 𝒎 = −𝟐 e 𝒌 > −𝟐
Sabendo que 𝒊√𝟑 é uma das raízes da equação 𝒙𝟒 + 𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 − 𝟑 = 𝟎, a soma de todas as
raízes desta equação é
a) −𝟐𝒊√𝟑
b) 𝟒𝒊√𝟑
c) 𝟎
d) −𝟏
e) −𝟐
37. (EN/2013)
Sejam 𝐹 (𝑥) = 𝑥 3 + 𝑎𝑥 + 𝑏 e 𝐺 (𝑥) = 2𝑥 2 + 2𝑥 − 6 dois polinômios na variável real 𝑥, com
𝐹(𝑥)
𝑎 𝑒 𝑏 números reais. Qual valor de (𝑎 + 𝑏) para que a divisão seja exata?
𝐺(𝑥)
a) −2
b) −1
c) 0
d) 1
e) 2
38. (EN/2022)
39. (EN/2022)
GABARITO
20. c
21. a
22. d
23. a
24. d
25. b
26. d
27. Anulada
28. b
29. c
30. Anulada
31. e
32. e
33. d
34. e
35. a
36. d
37. b
38. a
39. a
RESOLUÇÃO
20. (AFA/2020)
𝑩(𝒙) = 𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟏
Os gráficos de 𝑨(𝒙) e 𝑩(𝒙) possuem apenas um ponto comum sobre o eixo das abcissas.
c) as raízes de 𝑨(𝒙) possuem argumentos que NÃO formam uma Progressão Aritmética.
Gabarito: “c”.
21. (AFA/2019)
𝒂
Considere 𝒂 ∈ ℝ e os polinômios 𝑷(𝒙) = 𝟐 𝒙𝟔 − 𝟐𝟔𝒙𝟑 − 𝟐𝟕 e 𝑨(𝒙) = 𝟐𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝒂, tais que seus
gráficos se intersectam em um único ponto de ordenada nula.
Sabendo também que, graficamente, 𝑨(𝒙) tangencia o eixo ⃡𝑶𝒙 analise as afirmativas abaixo e
escreva V para verdadeira e F para falsa.
⃡ em dois pontos.
( ) O gráfico de 𝑷(𝒙) corta o eixo 𝑶𝒙
( ) Os afixos das raízes de 𝑷(𝒙) que possuem menor módulo formam um triângulo cujo perímetro
mede 𝟑√𝟑 unidades de comprimento.
A sequência correta é
a) V-V-V
b) V-F-F
c) F-V-F
d) F-V-V
Comentários
Se 𝐴 𝑒 𝑃 tem um ponto em comum de ordenada nula, significa que esse ponto é (𝑥0 , 0).
Veja que, então esse ponto é raiz dos dois polinômios.
Mais que isso, como 𝐴(𝑥) graficamente tangencia o eixo 𝑂𝑋, isto é só, o toca em um único
ponto, então esse ponto só pode ser (𝑥0 , 0) e, portanto, 𝑥0 é raiz dupla de 𝐴(𝑥) = 0.
𝐴(𝑥0 ) = 0 ⇒ 2𝑥02 + 4𝑥0 + 𝑎 = 0
Como possui raiz dupla, entãp Δ = 0:
Δ = 42 − 4 ⋅ 2 ⋅ 𝑎 = 0 ⇒ 16 − 8𝑎 = 0 ⇒ 𝑎 = 2
−4
⇒ 𝑥0 = = −1
2⋅2
Assim, 𝑃(𝑥) = 𝑥 6 − 26𝑥 3 − 27. Chamando 𝑥 3 = 𝑦:
𝑦 2 − 26𝑦 − 27 = 0 ⇒ 𝑦 2 + 𝑦 − 27𝑦 − 27 = 0 ⇒ 𝑦(𝑦 + 1) − 27(𝑦 + 1) = 0
⇒ (𝑦 + 1)(𝑦 − 27) = 0 ⇒ (𝑥 3 + 1)(𝑥 3 − 27) = 0
Portanto, as raízes de 𝑃(𝑥) são tais que:
𝑥 3 = −1 𝑜𝑢 𝑥 3 = 27
Assim, raízes reais são apenas 𝑥 = −1 ou 𝑥 = 3 e as demais são raízes complexas (duas
são raízes cúbicas de -1 e outras duas são raízes cúbicas de 3). Portanto a primeira afirmação é
verdadeira, pois 𝑃(𝑥) tem duas raízes reais.
𝑖𝜋 𝑖5𝜋
3
As raízes de menor módulo são as 𝑥 = √−1 = 𝑒 3 𝑜𝑢 𝑒 𝑖𝜋 𝑜𝑢 𝑒 3 . Elas de fato formam um
triângulo equilátero no plano de Argand-Gauss. O módulo delas é igual à distância do incentro ao
vértice, que é dois terços da altura de um triângulo equilátero de lado 𝑙:
2 𝑙√3 𝑙√3
1= ⋅( )⇒1= ⇒ 𝑙 = √3
3 2 3
Portanto, se o lado mede √3, então o perímetro realmente mede 3𝑙 = 3√3. Assim, a
segunda informação é verdadeira.
Para saber a soma das raízes imaginárias de 𝑃(𝑥) vamos à sua fatoração já feita:
𝑃(𝑥) = (𝑥 3 + 1)(𝑥 3 − 27) = (𝑥 + 1)(𝑥 2 − 𝑥 + 1)(𝑥 − 3)(𝑥 2 + 3𝑥 + 9)
Assim, veja que a soma das raízes de (𝑥 2 − 𝑥 + 1) é 1, e a soma das raízes de 𝑥 2 + 3𝑥 + 9
é −3. Portanto, a soma de todas as raízes complexas é 1 − 3 = −2. Logo, todas as afirmativas
são verdadeiras.
Gabarito: “a”.
22. (AFA/2017)
a) 𝑷(𝒎) = 𝟎
b) 𝒎 − 𝒏 = −𝟏𝟑
c) 𝒎 ⋅ 𝒏 = 𝟐𝟎
d) 𝒏 − 𝟐𝒎 = −𝟕
Comentários
Sabemos pelas Relações de Girard que:
12
𝑥1 𝑥2 𝑥 3 = − ⇒ −3 ⋅ 𝑥3 = −12 ⇒ 𝑥3 = 4
1
É dado que 𝑥2 + 𝑥3 = 5 ⇒ 𝑥2 + 4 = 5 ⇒ 𝑥2 = 1
⇒ 𝑥1 𝑥2 = −3 ⇒ 𝑥1 = −3
Ainda, por Girard:
𝑚
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = − ⇒ −𝑚 = 2 ⇒ 𝑚 = −2
1
𝑛
𝑥1 𝑥2 + 𝑥1 𝑥3 + 𝑥2 𝑥3 =
⇒ 𝑛 = −3 − 12 + 4 ⇒ 𝑛 = −11
1
Portanto, 𝑚 − 2𝑚 = −11 − 2(−2) = −11 + 4 = −7.
Gabarito: “d”.
23. (AFA/2014)
𝒎 𝒑 𝒒
A equação 𝒙𝟑 − 𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝒙 + 𝟑 = 𝟎 possui as raízes 𝒎, 𝒑 e 𝒒. O valor da expressão 𝒑𝒒 + 𝒎𝒒 + 𝒎𝒑 é
a) −𝟐
𝒃) −3
𝒄) 𝟐
d) 3
Comentários
Antes de sair procurando as raízes da equação, vamos analisar a expressão pedida: dadas
as raízes 𝑚, 𝑝 𝑒 𝑞:
𝑚 𝑝 𝑞 𝑚2 + 𝑝2 + 𝑞²
+ + =
𝑝𝑞 𝑚𝑞 𝑚𝑝 𝑚𝑝𝑞
Lembrando que:
(𝑚 + 𝑝 + 𝑞)2 = 𝑚2 + 𝑝2 + 𝑞2 + 2(𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞)
⇒ 𝑚2 + 𝑝2 + 𝑞2 = (𝑚 + 𝑝 + 𝑞)2 − 2(𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞)
Portanto, a expressão pedida fica:
𝑚 𝑝 𝑞 𝑚2 + 𝑝2 + 𝑞² (𝑚 + 𝑝 + 𝑞)2 − 2(𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞)
+ + = =
𝑝𝑞 𝑚𝑞 𝑚𝑝 𝑚𝑝𝑞 𝑚𝑝𝑞
Podemos achar cada termo da expressão acima pelas relações de Girard:
𝑏 −4
𝑚+𝑝+𝑞 =− =− ⇒ 𝑚+𝑝+𝑞 =4
𝑎 1
𝑐 5
𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞 = = ⇒ 𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞 = 5
𝑎 1
𝑑 3
𝑚𝑝𝑞 = − = − ⇒ 𝑚𝑝𝑞 = −3
𝑎 1
Assim, a expressão pedida é:
𝑚 𝑝 𝑞 (𝑚 + 𝑝 + 𝑞)2 − 2(𝑚𝑝 + 𝑚𝑞 + 𝑝𝑞) 42 − 2 ⋅ 5 16 − 10 6
+ + = = = =−
𝑝𝑞 𝑚𝑞 𝑚𝑝 𝑚𝑝𝑞 −3 −3 3
𝑚 𝑝 𝑞
⇒ + + = −2
𝑝𝑞 𝑚𝑞 𝑚𝑝
Gabarito: “a”.
24. (AFA/2013)
b) 𝟑
𝟑
c) − 𝟐
𝟏
d) − 𝟑
Comentários
Se as raízes formam uma progressão geométrica, então elas podem ser representadas por:
𝑥, 𝑥𝑞, 𝑥𝑞2 , em que 𝑞 é a razão dessa PG. Pelas relações de Girard, o produto das raízes é:
𝑑 54 3
𝑥 ⋅ 𝑥𝑞 ⋅ 𝑥𝑞2 = − =− ⇒ 𝑥 3 𝑞3 = −27 ⇒ 𝑥𝑞 = √−27 = −3
𝑎 2
Ainda, por Girard:
𝑎
𝑥 + 𝑥𝑞 + 𝑥𝑞2 =
2
𝑏
𝑥 2 𝑞 + 𝑥 2 𝑞2 + 𝑥 2 𝑞3 =
2
Dividindo ambas equações acima:
𝑥 (1 + 𝑞 + 𝑞 2 ) 𝑎 𝑎 1 1
2 2
= ⇒ = =−
𝑥 𝑞 (1 + 𝑞 + 𝑞 ) 𝑏 𝑏 𝑥𝑞 3
Gabarito: “d”.
25. (AFA/2012)
a) 14
b) 18
c) 21
d) 24
Comentários
Do enunciado, temos 𝑟 = 2𝑞. Como a soma dos termos das duas sequências é igual, temos:
(1 + 𝑎4 )4
𝑃𝐴 → 𝑆𝑃𝐴 = = 2(1 + (1 + 3𝑟)) = 4 + 6𝑟 = 4 + 12𝑞
2
𝑎1 (𝑞4 − 1) (𝑞 − 1)(𝑞 + 1)(𝑞2 + 1)
𝑃𝐺 → 𝑆𝑃𝐺 = =
𝑞−1 𝑞−1
A fatoração acima foi feita usando diferença de quadrados.
Sendo ambas crescentes, temos 𝑞 ≠ 1, logo:
𝑆𝑃𝐺 = (𝑞 + 1)(𝑞2 + 1)
Para 𝑆𝑃𝐴 = 𝑆𝑃𝐺 :
4 + 12𝑞 = (𝑞 + 1)(𝑞2 + 1)
4 + 12𝑞 = 𝑞3 + 𝑞 + 𝑞2 + 1
𝑞3 + 𝑞2 − 11𝑞 − 3 = 0
Veja que, por inspeção, 𝑞 = 3 é razão da equação acima. Fatorando em busca do fator 𝑞 −
3:
𝑞3 − 3𝑞2 + 4𝑞2 − 12𝑞 + 𝑞 − 3 = 0 ⇒ 𝑞2 (𝑞 − 3) + 4𝑞(𝑞 − 3) + (𝑞 − 3) = 0
⇒ (𝑞 − 3)(𝑞2 + 4𝑞 + 1) = 0
Se resolvermos 𝑞2 + 4𝑞 + 1 = 0 ⇒ 𝑞2 + 4𝑞 + 4 = 3 ⇒ (𝑞 + 2)2 = 3 ⇒ 𝑞 = −2 ± √3
Veja que há apenas um valor de 𝑞 > 0 ⇒ 𝑞 = 3. Assim, 𝑟 = 2𝑞 = 6. Logo:
𝑟𝑞 = 6 ⋅ 3 = 18
Gabarito: “b”.
26. (EFOMM/2017)
Considere a equação 𝒙𝟒 − 𝟐𝒂𝒙𝟑 + 𝟗𝒂𝒙𝟐 − 𝟔𝒂𝒙 + 𝟗𝒂 = 𝟎. Sabendo que 𝒂 é raiz dupla dessa
equação e não é nulo, determine o valor de 𝒂.
a) 𝒂 = −𝟏
b) 𝒂 = 𝟏
c) 𝒂 = 𝟐
d) 𝒂 = 𝟑
e) 𝒂 = 𝟒
Comentários
Se 𝑎 é raiz dupla da equação acima, se as outras duas equações são 𝑚 𝑒 𝑛, então pelas
Relações de Girard:
−2𝑎
𝑎+𝑎+𝑚+𝑛 =− = 2𝑎 ⇒ 𝑚 + 𝑛 = 0 ⇒ 𝑛 = −𝑚
1
Assim, as raízes são 𝑎, 𝑎, 𝑚 𝑒 − 𝑚.
Ainda, por Girard, o produto das raízes:
−𝑚2 𝑎2 = 9𝑎 ⇒ −𝑚2 𝑎 = 9
O produto das raízes, 3 a 3 delas:
−6𝑎
𝑎2 𝑚 − 𝑎2 𝑚 − 2𝑚2 𝑎 = − = 6𝑎 ⇒ −2𝑚2 𝑎 = 6𝑎 ⇒ 6𝑎 = 18 ⇒ 𝑎 = 3
1
Gabarito: “d”.
27. (EFOMM/2017)
c) se um número complexo 𝒛 = 𝒂 + 𝒃𝒊, 𝒃 ≠ 𝟎 for raiz, então seu conjugado também o será.
A solução do sistema:
𝒙+𝒚+𝒛+𝒘=𝟕
𝒙𝒚 + 𝒙𝒛 + 𝒙𝒘 + 𝒚𝒛 + 𝒚𝒘 + 𝒛𝒘 = 𝟒
{
𝒘𝒚𝒛 + 𝒙𝒚𝒘 + 𝒙𝒛𝒘 + 𝒚𝒛𝒘 = 𝟔
𝒘𝒚𝒛𝒘 = 𝟏
a) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 + 𝟕
b) 𝒙𝟑 + 𝟔𝒙𝟐 + 𝟒𝒙 − 𝟕
e) 𝒙𝟒 + 𝟕𝒙𝟑 + 𝟒𝒙𝟐 + 𝟔𝒙
Comentários
Pelas relações de Girard, se 𝑥, 𝑦, 𝑧 𝑒 𝑤 são raízes da equação que buscamos, então ela
obedece às relações de Girard. A equação que buscamos é do quarto grau (4 raízes), da forma:
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑑𝑥 + 𝑒 = 0
É nos dado a soma das raízes, o produto das raízes duas a duas, três a três e o produto de
todas elas. Assim, por Girard, sabemos que:
𝑏
𝑥+𝑦+𝑧+𝑤 = 7=−
𝑎
Veja que a única alternativa que satisfaz isso é a letra 𝑐. Portanto, já dava para marcar até
aqui. Para motivos de verificação, vejamos as outras propriedades:
𝑐
𝑥𝑦 + 𝑥𝑧 + 𝑥𝑤 + 𝑦𝑧 + 𝑦𝑤 + 𝑤𝑧 = 4 =
𝑎
𝑑
𝑤𝑦𝑧 + 𝑥𝑦𝑤 + 𝑥𝑧𝑤 + 𝑦𝑧𝑤 = 6 = −
𝑎
𝑒
𝑤𝑦𝑧𝑤 = 1 =
𝑎
Veja que, para a letra 𝑐 todas essas condições são satisfeitas.
Gabarito: “c”.
30. (EFOMM/2015)
Assinale a alternativa que apresenta o polinômio 𝑷 de grau mínimo, com coeficiente reais, de modo
que 𝑷(𝒊) = 𝟐 e 𝑷(𝟏 + 𝒊) = 𝟎.
a) 𝟏/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐)
b) 𝟐/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟐)
c) 𝟐/𝟓 (𝒙𝟐 − 𝟐𝒙 + 𝟑)
Comentários
Veja que 1 + 𝑖 é raiz desse polinômio. Entretanto, sabemos que, se o polinômio é de
coeficientes reais, e um número complexo 𝑧 for raiz dele, então o conjugado de 𝑧 também é raiz
desse mesmo polinômio. Portanto 1 − 𝑖 também é raiz de 𝑃(𝑥).
Pelo princípio fundamental da álgebra, escrevemos 𝑃, por não sabermos seu grau, como:
𝑃(𝑥) = 𝑞 (𝑥)(𝑥 − 1 − 𝑖)(𝑥 − 1 + 𝑖) = (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)𝑞 (𝑥)
É dito que:
𝑃(𝑖) = 2 ⇒ 2 = (𝑖 2 − 2𝑖 + 2)𝑞 (𝑥) ⇒ (1 − 2𝑖)𝑞(𝑖) = 2
2 2 + 4𝑖 2
⇒ 𝑞 (𝑖 ) = = = (1 + 2𝑖)
1 − 2𝑖 1+4 5
Assim, para que 𝑃(𝑥) tenha o menor grau de coeficientes reais, devemos ter 𝑞 (𝑥) = 𝑎𝑥 +
𝑏, com 𝑎, 𝑏 ∈ ℝ:
2 4 4 2
𝑞(𝑥) = 𝑎𝑥 + 𝑏 ⇒ 𝑞(𝑖) = 𝑎𝑖 + 𝑏 = + 𝑖 ⇒ 𝑎 = ,𝑏 =
5 5 5 5
Portanto:
4𝑥 + 2
𝑃(𝑥) = 𝑞(𝑥)(𝑥 2 − 2𝑥 + 2) = ( ) (𝑥 2 − 2𝑥 + 2)
5
Veja que não temos alternativas do 3º grau e, portanto, a questão não possui alternativa
correta e foi anulada no ano de aplicação.
Gabarito: Anulada
31. (EFOMM/2013)
a) 𝟒.
b) −𝟐.
c) −𝟏𝟎.
d) 𝟏𝟎.
e) −𝟒𝟎.
Comentários
Sabemos que, se um polinômio é de coeficientes reais, e um número complexo 𝑧 for raiz
dele, então o conjugado de 𝑧 também é raiz desse mesmo polinômio. Assim:
𝑃(𝑖) = 0 ⇒ 𝑃(−𝑖) = 0
𝑃 (1 − 𝑖 ) = 0 ⇒ 𝑃 (1 + 𝑖 ) = 0
Desse modo, somado com a raiz 𝑟1 = 1, temos pelo menos 5 raízes em 𝑃(𝑥). Assim, como
queremos 𝑃(𝑥) de menor grau, basta tomarmos seu grau igual a 5:
𝑃(𝑥) = 𝑎(𝑥 − 1)(𝑥 + 𝑖)(𝑥 − 𝑖)(𝑥 − 1 + 𝑖)(𝑥 − 1 − 𝑖)
Ainda, queremos:
𝑃(0) = −4 ⇒ 𝑎(−1)(𝑖)(−𝑖)(−1 + 𝑖)(−1 − 𝑖) = −2𝑎 ⇒ −2𝑎 = 4 ⇒ 𝑎 = 2
Assim:
𝑃(−1) = 2(−1 − 1)(−1 + 𝑖)(−1 − 𝑖)(−2 + 𝑖)(−2 − 𝑖) = −4 ⋅ 2 ⋅ 5 = −40
Gabarito: “e”.
32. (EFOMM/2009)
Após a determinação dos valores numéricos: 𝒑(−𝟏), 𝒑(𝟎) e 𝒑(𝟏), verifica-se que o polinômio
𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒙𝟐 − 𝒙 − 𝟎, 𝟓 tem
também seria raiz, e o polinômio passaria a ter 4 raízes, o que é um absurdo. Assim, a terceira raiz
também tem que ser, necessariamente, real.
Para saber onde se localiza essa terceira raiz basta lembrarmos que:
lim 𝑥 3 + 𝑥 2 − 𝑥 − 0,5 = −∞
𝑥→−∞
Isto, é, a função tende para valores negativos quando 𝑥 fica muito negativo. Mas 𝑓 (−1) =
1
> 0! Isso implica que a função muda novamente de sinal para um 𝑥0 < −1, de modo que
2
𝑓 (𝑥0 ) = 0. Portanto essa terceira raiz deve ser menor que -1 e, portanto, é negativa.
Assim, 𝑝(𝑥) tem três raízes reais, duas negativas e uma positiva.
Gabarito: “e”.
33. (EFOMM/2005)
Determine as raízes na equação 𝒙𝟑 − 𝟗𝒙𝟐 + 𝟐𝟔𝒙 − 𝟐𝟒 = 𝟎, sabendo que elas estão em P.A.
a) 𝑺 = {𝟏, 𝟐, 𝟑}
b) 𝑺 = {𝟏, 𝟑, 𝟓}
c) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟔}
d) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟒}
e) 𝑺 = {𝟑, 𝟓, 𝟕}
Comentários
Sejam as raízes em PA 𝑎 − 𝑟, 𝑎 e 𝑎 + 𝑟. Por Girard, a soma das raízes é:
−9
(𝑎 − 𝑟 ) + 𝑎 + ( 𝑎 + 𝑟 ) = − =9
1
⇒ 3𝑎 = 9 ⇒ 𝑎 = 3
O produto das raízes, por Girard, é:
−24
(𝑎 − 𝑟)(𝑎 + 𝑟)𝑎 = − = 24
1
⇒ 3(3 + 𝑟)(3 − 𝑟) = 24 ⇒ 9 − 𝑟 2 = 8 ⇒ 𝑟 2 = 1 ⇒ 𝑟 = ±1
Portanto, se 𝑟 = 1, as raízes são: {2,3,4}. Se 𝑟 = −1 as raízes são {4, 3, 2}. Como são o
mesmo conjunto, então as raízes sempre vão ser {2,3.4}
Gabarito: “d”.
34. (EFOMM/2005)
Determine as raízes na equação 𝒙𝟑 − 𝟏𝟒𝒙𝟐 + 𝟓𝟔𝒙 − 𝟔𝟒 = 𝟎, sabendo que elas estão em P.G.
a) 𝑺 = {𝟏, 𝟐, 𝟒}
b) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟒}
c) 𝑺 = {𝟐, 𝟑, 𝟔}
d) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟔}
e) 𝑺 = {𝟐, 𝟒, 𝟖}
Comentários
As raízes estão em PG e são 𝑎, 𝑎𝑞, 𝑎𝑞2 . Pelas relações de Girard, o produto delas é:
−64
𝑎 ⋅ 𝑎𝑞 ⋅ 𝑎𝑞2 = − ⇒ 𝑎3 𝑞3 = 64 = 43 ⇒ 𝑎𝑞 = 4
1
Pela soma das raízes:
−14
𝑎 + 𝑎𝑞 + 𝑎𝑞2 = − = 14 ⇒ 𝑎 + 4 + 4𝑞 = 14 ⇒ 𝑎 + 4𝑞 = 10
1
Multiplicando a equação acima por 𝑞:
25 9
⇒ 𝑎𝑞 + 4𝑞2 = 10𝑞 ⇒ 4𝑞2 − 10𝑞 + 4 = 0 ⇒ 4𝑞2 − 10𝑞 + =
4 4
5 2 9 5 3 5 3
⇒ (2𝑞 − ) = ⇒ 2𝑞 − = ± ⇒ 2𝑞 = ± ⇒ 2𝑞 = 4 𝑜𝑢 2𝑞 = 1
2 4 2 2 2 2
1
⇒ 𝑞 = 2 𝑜𝑢 𝑞 =
2
1
Se 𝑞 = 2, as raízes são: {2, 4, 8}. Se 𝑞 = as raízes são {8, 4, 2}. Assim, formam o mesmo
2
conjunto de raízes. Portanto, para qualquer desses valores de 𝑞, as raízes são {2,4,8}.
Gabarito: “e”.
35. (Escola Naval/2014)
a) 𝒎 = 𝟒 e −𝟐 < 𝒌 < 𝟐
b) 𝒎 = −𝟒 e 𝒌 > 𝟐
c) 𝒎 = −𝟐 e −𝟐 < 𝒌 < 𝟐
d) 𝒎 = 𝟒 e |𝒌| > 𝟐
e) 𝒎 = −𝟐 e 𝒌 > −𝟐
Comentários
Se 𝑚 e 𝑘 são constantes reais, então o polinômio dado possui coeficientes reais. Portanto,
o número de raízes complexas dessa equação só pode ser par, pois dado um complexo sendo raiz,
seu conjugado também deve ser.
Queremos que todas as raízes do polinômio sejam complexas não reais, então o grau do
polinômio precisa ser par (para que haja um número par de raízes complexas não reais). Desse
modo, o coeficiente que multiplica 𝑥 5 deve ser nulo:
(𝑚 − 4)(𝑚2 + 4) = 0 ⇒ 𝑚 = 4
Veja que não há solução real para 𝑚2 + 4 = 0. Dessa maneira, o polinômio até então é da
forma:
𝑃(𝑥) = 𝑥 2 + 𝑘𝑥 + 1
Para que não possua raízes reais, o delta da função tem que ser negativo:
Δ = 𝑘 2 − 4 < 0 ⇒ 𝑘 2 < 4 ⇒ −2 < 𝑘 < 2
Gabarito: “a”.
36. (Escola Naval/2013)
Sabendo que 𝒊√𝟑 é uma das raízes da equação 𝒙𝟒 + 𝒙𝟑 + 𝟐𝒙𝟐 + 𝟑𝒙 − 𝟑 = 𝟎, a soma de todas as
raízes desta equação é
a) −𝟐𝒊√𝟑
b) 𝟒𝒊√𝟑
c) 𝟎
d) −𝟏
e) −𝟐
Comentários
Pelas relações de Girard, a soma das raízes de uma equação do tipo:
𝑎𝑛 𝑥 𝑛 + 𝑎𝑛−1 𝑥 𝑛−1 + 𝑎𝑛−2 𝑥 𝑛−2 + ⋯ + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
É igual a:
𝑎𝑛−1
𝑠𝑜𝑚𝑎 = −
𝑎𝑛
Assim, para a equação:
𝑥 4 + 𝑥 3 + 2𝑥 2 + 3𝑥 − 3 = 0
A soma de todas as suas raízes é:
1
𝑠𝑜𝑚𝑎 = − = −1
1
Gabarito: “d”.
37. (EN/2013)
a) −𝟐
b) −𝟏
c) 0
d) 1
e) 2
Comentários
Para que a divisão seja exata, devemos ter que as raízes de 𝐺(𝑥) também são raízes de
𝐹(𝑥).
Note que as duas raízes de 𝐺 (𝑥) são reais, pois:
Δ = 4 − 4 ∙ (−6) ∙ 2 > 0
Além disso, temos que 𝐹(𝑥) possui grau 3, logo, se ele possui duas raízes reais, a terceira
deve ser real, pois as raízes complexas vêm aos pares. Disso, seja 𝛼 a raiz real de 𝐹(𝑥) que não é
raiz de 𝐺(𝑥).
2
Sabemos, por Girard em 𝐺(𝑥), que a soma de suas raízes é dada por − = −1. Aplicando
2
Girard para a soma das raízes em 𝐹(𝑥), temos:
𝛼−1=0⇒𝛼 =1
Como 1 é raiz de 𝐹(𝑥):
𝐹 (1) = 1 + 𝑎 + 𝑏 = 0 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = −1
Gabarito: “b”.
38. (EN/2022)
Comentários
Note que a equação 𝑃(𝑥) = 0 possui as mesmas raízes da equação dada multiplicada por
5. Assim, podemos usar a equação dada para achar o polinômio, fazendo a seguinte
transformação:
𝑦
𝑦 = 5𝑥 ⇒ 𝑥 =
5
Assim, temos:
𝑦 3 𝑦 2 𝑦
𝑃 (𝑦 ) = 5 ( ) − 4 ( ) + 7 ( ) − 2
5 5 5
3 2
𝑦 4𝑦 7𝑦
𝑃 (𝑦 ) = − + −2
25 25 5
A soma dos coeficientes é dada por:
1 4 7 1 − 4 + 35 − 50 18
𝑃 (1 ) = − + −2= =−
25 25 5 25 25
Gabarito: A
39. (EN/2022)
Comentários
Substituindo a solução no sistema:
𝑏2 + 𝑐 2 + 𝑑 2 + 𝑒 2 = 4𝑎 − 1
𝑎2 + 𝑐 2 + 𝑑 2 + 𝑒 2 = 4𝑏 − 1
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑑 2 + 𝑒 2 = 4𝑐 − 1
𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 + 𝑒 2 = 4𝑑 − 1
{𝑎2 + 𝑏2 + 𝑐 2 + 𝑑 2 = 4𝑒 − 1
Note que 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒 são positivos, pois a expressão da esquerda é a soma de números reais
elevados ao quadrado. Assim, temos 𝑎, 𝑏, 𝑐, 𝑑, 𝑒 > 0. Devido à simetria do problema, vamos
somar todas as equações:
4(𝑎 2 + 𝑏 2 + 𝑐 2 + 𝑑 2 + 𝑒 2 ) = 4(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 ) − 5
5
⇒ 𝑎 2 + 𝑏 2 + 𝑐 2 + 𝑑 2 + 𝑒 2 = (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 ) −
(𝐼 )
4
Usando a primeira equação em (𝐼) e fazendo 𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 = 𝑆
5
𝑎2 + 4𝑎 − 1 = 𝑆 −
4
Completando o quadrado para 𝑎:
5
𝑎2 + 4𝑎 − 1 + 5 = 𝑆 − +5
4
15
𝑎2 + 4𝑎 + 4 = 𝑆 +
4
15
(𝑎 + 2) 2 = 𝑆 +
4
Como 𝑎 > 0, devemos ter:
15
⇒ 𝑎 + 2 = √𝑆 +
4
Analogamente, obtemos:
15
𝑏 + 2 = √𝑆 +
4
15
𝑐 + 2 = √𝑆 +
4
15
𝑑 + 2 = √𝑆 +
4
15
𝑒 + 2 = √𝑆 +
4
15
𝑎 + 𝑏 + 𝑐 + 𝑑 + 𝑒 + 10 = 5√𝑆 +
4
15
𝑆 + 10 = 5√𝑆 +
4
Elevando ao quadrado e resolvendo:
15
𝑆 2 + 20𝑆 + 100 = 25 (𝑆 + )
4
25
𝑆 2 − 5𝑆 + =0
4
4𝑆 2 − 20𝑆 + 25 = 0
20 ± √400 − 400 20 5
𝑆= = =
8 8 2
Gabarito: A
9. QUESTÕES NÍVEL 3
40. (ITA/2019)
Seja 𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 um polinômio cujas raízes são não negativas e estão em progressão
aritmética. Sabendo que a soma de seus coeficientes é igual a 10, podemos afirmar que a soma das
raízes de 𝒑(𝒙) é igual a
a) 𝟗
b) 𝟖
c) 𝟑
𝟗
d) 𝟐
e) 𝟏𝟎
41. (ITA/2019)
II. A soma dos cubos de três números inteiros consecutivos é divisível por 9.
𝟑+√𝟓 𝟏+√𝟓
III. √ =
𝟐 𝟐
É(são) VERDADEIRA(S)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
42. (ITA/2018)
1 𝑥 𝑥2 𝑥3
Considere a matriz [ 1 2 3 4 ], 𝑥 ∈ ℝ. Se o polinômio 𝑝(𝑥) é dado por 𝑝(𝑥) = 𝑑𝑒𝑡𝐴,
−1 3 4 5
−2 2 1 1
então o produto das raízes de 𝑝(𝑥) é
1
a)
2
1
b)
3
1
c)
5
1
d)
7
1
e)
11
43. (ITA/2016)
Seja 𝑝 o polinômio dado por 𝑝(𝑥) = 𝑥 8 + 𝑥 𝑚 − 2𝑥 𝑛 , em que os expoentes 8, 𝑚, 𝑛 formam,
nesta ordem, uma progressão geométrica cuja soma dos termos é igual a 14. Considere as
seguintes afirmações:
I. 𝑥 = 0 é uma raiz dupla de 𝑝.
II. 𝑥 = 1 é uma raiz dupla de 𝑝.
III. 𝑝 tem quatro raízes com parte imaginária não nula.
Destas, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
44. (ITA/2016)
Considere o polinômio 𝑝 com coeficientes complexos definido por
𝑝 (𝑧 ) = 𝑧 4 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 3 + ( 2 + 𝑖 ) 𝑧 2 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 + (1 + 𝑖 ) .
Podemos afirmar que
a) Nenhuma das raízes de 𝑝 é real.
b) Não existem raízes de 𝑝 que sejam complexas conjugadas.
c) A soma dos módulos de todas as raízes de 𝑝 é igual a 2 + √2.
d) O produto dos módulos de todas as raízes de 𝑝 é igual a 2√2.
e) O módulo de uma das raízes de 𝑝 é igual a √2.
45. (ITA/2014)
Considere os polinômios em 𝑥 ∈ ℝ da forma 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥. As raízes de
1
𝑝(𝑥) = 0 constituem uma progressão aritmética de razão quando (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) é igual a
2
1 5
a) ( , 0, ).
4 4
1 5
b) ( , 1, ).
4 4
1 5
c) ( , 0, − ).
4 4
5 1
d) ( , 0, ).
4 4
1 1
e) ( , −1, − ).
4 4
46. (ITA/2012)
As raízes 𝑥1 , 𝑥2 𝑒 𝑥3 do polinômio 𝑝(𝑥) = 16 + 𝑎𝑥 − (4 + √2)𝑥 2 + 𝑥 3 estão relacionadas
pelas equações:
𝑥3
𝑥1 + 2𝑥2 + = 2 𝑒 𝑥1 − 2𝑥2 − √2𝑥3 = 0
2
Então, o coeficiente 𝑎 é igual a
a) 2(1 − √2).
b) √2 − 4.
c) 2(2 + √2).
d) 4 + √2.
e) 4(√2 − 1).
47. (ITA/2010)
Sabe-se que o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 − 𝑎𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 − 1, 𝑎 ∈ ℝ, admite a raiz −𝑖. Considere
as seguintes afirmações sobre as raízes de 𝑝:
I. Quatro das raízes são imaginárias puras.
II. Uma das raízes tem multiplicidade dois.
III. Apenas uma das raízes é real.
Destas, é (são) verdadeira(s) apenas
a) I.
b) II.
c) III.
d) I e III.
e) II e III.
48. (ITA/2010)
Um polinômio real 𝑝(𝑥) = ∑5𝑛=0 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 , com 𝑎5 = 4, tem três raízes reais distintas, 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐,
que satisfazem o sistema
𝑎 + 2𝑏 + 5𝑐 = 0
{ 𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = 6
2𝑎 + 2𝑏 + 2𝑐 = 5
Sabendo que a maior das raízes é simples e as demais tem multiplicidade dois, pode-se
afirmar que 𝑝(1) é igual a
a) −4.
b) −2.
c) 2.
d) 4.
e) 6.
49. (ITA/2010)
Considere o polinômio 𝑝(𝑥) = ∑6𝑛=0 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 , com coeficientes reais, sendo 𝑎0 ≠ 0 e 𝑎6 = 1.
Sabe-se que se 𝑟 é raiz de 𝑝, −𝑟 também é raiz de 𝑝. Analise a veracidade ou falsidade das
afirmações:
I. Se 𝑟1 𝑒 𝑟2 , |𝑟1 | ≠ |𝑟2 |, são raízes reais e 𝑟3 é raiz não real de 𝑝, então 𝑟3 é imaginário
puro.
II. Se 𝑟 é raiz dupla de 𝑝, então 𝑟 é real ou imaginário puro.
III. 𝑎0 < 0.
50. (ITA/2009)
Considere as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 − 2𝑥 − 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1. A multiplicidade
das raízes não reais da função composta 𝑓 ∘ 𝑔 é igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
51. (ITA/2009)
O polinômio de grau 4
(𝑎 + 2𝑏 + 𝑐 )𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 3 − (𝑎 − 𝑏)𝑥 2 + (2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )𝑥 + 2(𝑎 + 𝑐 ),
Com 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ, é uma função par. Então, a soma dos módulos de suas raízes é igual a
a) 3 + √3.
b) 2 + 3√3.
c) 2 + √2.
d) 1 + 2√2.
e) 2 + 2√2.
52. (ITA/2006)
Sobre o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 − 5𝑥 3 + 4𝑥 2 − 3𝑥 − 2 podemos afirmar que
a) 𝑥 = 2 não é raiz de 𝑝.
b) 𝑝 só admite raízes reais, sendo uma delas inteira, duas racionais e duas irracionais.
c) 𝑝 admite uma única raiz real, sendo ela uma raiz inteira.
d) 𝑝 só admite raízes reais, sendo duas delas inteiras.
e) 𝑝 admite somente 3 raízes reais, sendo uma delas inteira e duas irracionais.
53. (ITA/2006)
Seja 𝑝 um polinômio com coeficientes reais, de grau 7, que admite 1 − 𝑖 como raiz de
multiplicidade 2. Sabe-se que a soma e o produto de todas as raízes de 𝑝 são,
respectivamente, 10 e −40. Sendo afirmado que três raízes de 𝑝 são reais e distintas e
formam uma progressão aritmética, então, tais raízes são
3 193 3 193
a) √ ,3, + √ .
2 6 2 6
b) 2 − 4√13, 2, 2 + 4√13.
c) −4, 2, 8.
d) −2, 3, 8.
e) −1, 2, 5.
54. (ITA/2005)
O número complexo 2 + 𝑖 é raiz do polinômio 𝑓 (𝑥) = 𝑥 4 + 𝑥 3 + 𝑝𝑥 2 + 𝑥 + 𝑞, com 𝑝, 𝑞 ∈
ℝ. Então, a alternativa que mais se aproxima da soma das raízes reais de 𝑓 é
a) 4.
b) −4.
c) 6.
d) 5.
e) −5.
55. (ITA/2004)
Para algum número real 𝑟, o polinômio 8𝑥 3 − 4𝑥 2 − 42𝑥 + 45 é divisível por (𝑥 − 𝑟)2 . Qual
dos números abaixo está mais próximo de 𝑟?
a) 1,62.
b) 1,52.
c) 1,42.
d) 1,32.
e) 1,22.
56. (ITA/2001)
O valor da soma 𝑎 + 𝑏 para que as raízes do polinômio 4𝑥 4 − 20𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 − 25𝑥 + 𝑏
estejam em progressão aritmética de razão 1/2 é:
a) 36.
b) 41.
c) 26.
d) -27.
e) -20.
57. (ITA/2001)
O polinômio com coeficientes reais 𝑃(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 tem duas
raízes distintas, cada uma delas com multiplicidade 2, e duas de suas raízes são 2 e 𝑖. Então
a soma dos coeficientes é igual a:
a) −4.
b) −6.
c) −1.
d) 1.
e) 4.
58. (ITA/1998)
Seja 𝑎 um número real tal que o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 6 + 2𝑥 5 + 𝑎𝑥 4 − 𝑎𝑥 2 − 2𝑥 − 1 admite
apenas raízes reais. Então:
a) 𝑎 ∈ [2, ∞[.
b) 𝑎 ∈ [−1,1].
c) 𝑎 ∈ ] − ∞, −7].
d) 𝑎 ∈ [−2, −1[.
e) 𝑎 ∈ ]1,2[.
59. (ITA/1996)
Considere o polinômio 𝑝(𝑧) = 𝑧 6 + 2𝑧 5 + 6𝑧 4 + 12𝑧 3 + 8𝑧 2 + 16𝑧.
60. (ITA/1994)
Seja 𝑃(𝑥) um polinômio de grau 5, com coeficientes reais, admitindo 2 e 𝑖 como raízes. Se
𝑃(1)𝑃(−1) < 0, então o número de raízes reais de 𝑃(𝑥) pertencentes ao intervalo ] − 1,1[
é:
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 4.
61. (IME/2019)
Seja a inequação:
a) 𝟐
b) 𝟏𝟑/𝟔
c) 𝟏/𝟑
d) 𝟓/𝟐
e) 𝟖/𝟑
62. (IME/2019)
a) 𝟑𝟐 − 𝒂
b) 𝟒𝟖 − 𝟐𝒂
c) 𝟒𝟖
d) 𝟒𝟖 + 𝟐𝒂
e) 𝟑𝟐 + 𝒂
GABARITO
40. a
41. e
42. d
43. 4
44. c
45. e
46. c
47. e
48. c
49. a
50. c
51. e
52. e
53. e
54. e
55. b
56. b
57. a
58. c
59. b
60. b
61. b
62. c
RESOLUÇÃO
40. (ITA/2019)
Seja 𝒑(𝒙) = 𝒙𝟑 + 𝒂𝒙𝟐 + 𝒃𝒙 um polinômio cujas raízes são não negativas e estão em progressão
aritmética. Sabendo que a soma de seus coeficientes é igual a 10, podemos afirmar que a soma das
raízes de 𝒑(𝒙) é igual a
a) 𝟗
b) 𝟖
c) 𝟑
𝟗
d) 𝟐
e) 𝟏𝟎
Comentários
Analisando o polinômio, podemos descobrir uma das raízes. Vamos colocar 𝑥 em
evidência:
𝑝(𝑥) = 𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 = 𝑥 (𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏) = 0
Logo, 𝑥 = 0 é raiz.
Como as raízes são não negativas e elas estão em progressão aritmética, a PA deve ser do
tipo:
(0, 𝑟, 2𝑟), com 𝑟 ≥ 0
Então, temos que encontrar o valor de 𝑟.
Ainda, do enunciado, temos que a soma dos coeficientes é igual a 10:
1 + 𝑎 + 𝑏 = 10 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 9 (𝐼)
Vamos usar as relações de Girard na seguinte equação:
𝑥 2 + 𝑎𝑥 + 𝑏 = 0 (𝐼𝐼)
Desse modo:
𝑥1 + 𝑥2 = 𝑟 + 2𝑟 = −𝑎 ⇒ 𝑎 = −3𝑟
De (𝐼), podemos encontrar o valor de 𝑏:
𝑎 + 𝑏 = 9 ⇒ 𝑏 = 9 + 3𝑟
Substituindo os valores encontrados em (𝐼𝐼) e fazendo 𝑥 = 𝑟:
𝑟 2 + (−3𝑟)𝑟 + 9 + 3𝑟 = 0
3
−2𝑟 2 + 3𝑟 + 9 = 0 ⇒ 𝑟1 = 3 𝑜𝑢 𝑟2 = −
2
Sendo as raízes não negativas, devemos ter 𝑟 = 3.
Portanto, a soma das raízes é dada por:
0 + 𝑟 + 2𝑟 = 3𝑟 = 9
Gabarito: “a”.
41. (ITA/2019)
II. A soma dos cubos de três números inteiros consecutivos é divisível por 9.
𝟑+√𝟓 𝟏+√𝟓
III. √ =
𝟐 𝟐
É(são) VERDADEIRA(S)
a) Apenas I.
b) Apenas II.
c) Apenas III.
d) Apenas II e III.
e) Todas.
Comentários
I. Verdadeira.
Utilizando as relações de Girard nas equações, temos:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 2
3 2
𝑥 − 2𝑥 + 𝑥 + 2 = 0 ⇒ { 1 2 + 𝑥2 𝑥3 + 𝑥1 𝑥3 = 1
𝑥 𝑥
𝑥1 𝑥2 𝑥3 = −2
𝑦1 + 𝑦2 + 𝑦3 = 1
3 2
𝑦 − 𝑦 − 4𝑦 − 4 = 0 ⇒ {𝑦1 𝑦2 + 𝑦2 𝑦3 + 𝑦1 𝑦3 = −4
𝑦1 𝑦2 𝑦3 = 4
Vamos verificar se as relações em 𝑦 são válidas, usando as relações em 𝑥. Para 𝑦1 =
𝑥2 𝑥3 , 𝑦2 = 𝑥1 𝑥3 e 𝑦3 = 𝑥1 𝑥2 :
𝑦1 + 𝑦2 + 𝑦3 = 𝑥2 𝑥3 + 𝑥1 𝑥3 + 𝑥1 𝑥2 = 1
𝑦1 𝑦2 + 𝑦2 𝑦3 + 𝑦1 𝑦3 = 𝑥2 𝑥3 𝑥1 𝑥3 + 𝑥1 𝑥3 𝑥1 𝑥2 + 𝑥2 𝑥3 𝑥1 𝑥2
= 𝑥1 𝑥2 𝑥3 (𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) = (−2) ⋅ 2 = −4
𝑦1 𝑦2 𝑦3 = (𝑥2 𝑥3 )(𝑥1 𝑥3 )(𝑥1 𝑥2 ) = (𝑥1 𝑥2 𝑥3 )2 = (−2)2 = 4
Portanto, todas as relações são válidas, logo, elas são raízes da equação.
II. Verdadeira.
Seja 𝑎 ∈ ℤ. Vamos tomar os inteiros consecutivos (𝑎 − 1, 𝑎, 𝑎 + 1), a soma dos seus cubos
resulta:
(𝑎 − 1)3 + 𝑎 3 + (𝑎 + 1)3
= 𝑎3 − 3𝑎2 + 3𝑎 − 1 + 𝑎3 + 𝑎3 + 3𝑎2 + 3𝑎 + 1
= 3𝑎3 + 6𝑎
= 3𝑎(𝑎2 + 2)
Devemos provar que, para qualquer 𝑎 ∈ ℤ, a expressão 3𝑎(𝑎2 + 2) é divisível por 9.
Vamos dividir o problema em todos os casos possíveis:
a) 𝑎 = 3𝑘, 𝑘 ∈ ℤ valores (0, ±3, ±6, ±9, … , ±3𝑘)
3𝑎(𝑎2 + 2) = 3(3𝑘 )((3𝑘 )2 + 2) = 9𝑘(9𝑘 2 + 2)
b) 𝑎 = 3𝑘 + 1 valores (1, 4, 7, 10, … ,3𝑘 + 1) e (−2, −5, −8, … , −3𝑘 + 1)
3𝑎(𝑎2 + 2) = 3(3𝑘 + 1)((3𝑘 + 1)2 + 2) = 3(3𝑘 + 1)(9𝑘 2 + 6𝑘 + 1 + 2)
= 9(3𝑘 + 1)(3𝑘 2 + 2𝑘 + 1)
c) 𝑎 = 3𝑘 + 2 valores (2, 5, 8, … ,3𝑘 + 1) e (−1, −4, −7, … , −3𝑘 + 1)
3𝑎(𝑎2 + 2) = 3(3𝑘 + 2)((3𝑘 + 2)2 + 2) = 3(3𝑘 + 2)(9𝑘 2 + 12𝑘 + 4 + 2)
= 9(3𝑘 + 2)(3𝑘 2 + 4𝑘 + 2)
Todos esses casos possuem o fator 9 na expressão, logo, para 𝑎 ∈ ℤ, 3𝑎(𝑎2 + 2) é divisível
por 9.
III. Verdadeira.
2
1 + √5 1 + √5 1 + 5 + 2√5 √6 + 2√5 √3 + √5
= √( ) =√ = =
2 2 4 4 2
Gabarito: “e”.
42. (ITA/2018)
1 𝑥 𝑥2 𝑥3
Considere a matriz [ 1 2 3 4 ], 𝑥 ∈ ℝ. Se o polinômio 𝑝(𝑥) é dado por 𝑝(𝑥) = 𝑑𝑒𝑡𝐴,
−1 3 4 5
−2 2 1 1
então o produto das raízes de 𝑝(𝑥) é
1
a)
2
1
b)
3
1
c)
5
1
d)
7
1
e)
11
Comentários
O polinômio 𝑝(𝑥) é dado por:
1 𝑥 𝑥2 𝑥3
𝑝 (𝑥 ) = | 1 2 3 4|
−1 3 4 5
−2 2 1 1
Vamos escrever 𝑝(𝑥) da seguinte forma:
𝑝(𝑥) = 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0
Aplicando Laplace à primeira linha do determinante, temos:
2 3 4
𝑎0 = (−1)1+1 |3 4 5| = −1
2 1 1
1 3 4
𝑎1 = (−1)1+2 |−1 4 5| = −1 ∙ 0 = 0
−2 1 1
1 2 4
1+3
𝑎2 = (−1) |−1 3 5| = −9
−2 2 1
1 2 3
1+4
𝑎3 = (−1) |−1 3 4| = −1 ∙ (−7) = 6
−2 2 1
Ou seja, 𝑝(𝑥) é dado por:
𝑝(𝑥) = 7𝑥 3 − 9𝑥 2 − 1
Das relações de Girard, sabemos que o produto das raízes de um polinômio do 3º grau é
dado por:
𝑎0 1 1
− = − (− ) =
𝑎3 7 7
Gabarito: “d”.
43. (ITA/2018)
Seja 𝑝(𝑥) um polinômio não nulo. Se 𝑥 3 − 4𝑥 2 + 5𝑥 − 2 e 𝑥 3 − 5𝑥 2 + 8𝑥 − 4 são divisores
de 𝑝(𝑥), determine o menor grau possível de 𝑝(𝑥).
Comentário
Se os polinômios dados dividem 𝑝(𝑥), podemos escrever:
𝑝(𝑥) = 𝑞1 (𝑥)(𝑥 3 − 4𝑥 2 + 5𝑥 − 2)
𝑝(𝑥) = 𝑞2 (𝑥)(𝑥 3 − 5𝑥 2 + 8𝑥 − 4 )
Ou seja, as raízes dos polinômios dados são raízes de 𝑝(𝑥). Então, vamos descobrir as raízes
dos polinômios dados. Para facilitar, vamos dar nomes aos polinômios:
𝑔1 (𝑥) = 𝑥 3 − 4𝑥 2 + 5𝑥 − 2
𝑔2 (𝑥) = 𝑥 3 − 5𝑥 2 + 8𝑥 − 4
Em polinômios de grau maior que 2 é sempre útil chutar que 1 é uma de suas raízes. Então,
vamos verificar:
𝑔1 (1) = 1 − 4 + 5 − 2 = 0
𝑔2 (1) = 1 − 5 + 8 − 4 = 0
Ou seja, 1 é raiz de 𝑔1 (𝑥) e de 𝑔2 (𝑥). Vamos usar o dispositivo de Briot-Ruffini para reduzir
o grau desses polinômios.
Para 𝑔1 (𝑥), temos:
1 1 −4 5 −2
1 −3 2 0
Ou seja:
𝑔1 (𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 3𝑥 + 2)
Logo, as outras raízes de 𝑔1 (𝑥) são as raízes de (𝑥 2 − 3𝑥 + 2), que são 1 e 2.
De outra forma:
𝑔1 (𝑥) = (𝑥 − 1)2 (𝑥 − 2)
Para 𝑔2 (𝑥), temos:
1 1 −5 8 −4
1 −4 4 0
Ou seja:
𝑔2 (𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 2 − 4𝑥 + 4)
Logo, as outras raízes de 𝑔2 (𝑥) são as raízes de (𝑥 2 − 4𝑥 + 4) = (𝑥 − 2)2 , ou seja, 2 com
multiplicidade 2.
De outra forma:
𝑔2 (𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 − 2)2
Conclusão:
O polinômio 𝑝(𝑥) deve possuir 1 como raiz como multiplicidade 2, de 𝑔1 (𝑥), e deve possuir
2 com multiplicidade 2, de 𝑔2 (𝑥). Ou seja, para atender ao enunciado, o polinômio 𝑝(𝑥) deve ser
da forma:
𝑝(𝑥) = 𝑔(𝑥)(𝑥 − 1)2 (𝑥 − 2)2
Logo, o menor grau possível para 𝑝(𝑥) é 4, que é quando 𝑔(𝑥) = 𝑐, 𝑐 ∈ ℝ.
Gabarito: 4.
44. (ITA/2016)
Seja 𝑝 o polinômio dado por 𝑝(𝑥) = 𝑥 8 + 𝑥 𝑚 − 2𝑥 𝑛 , em que os expoentes 8, 𝑚, 𝑛 formam,
nesta ordem, uma progressão geométrica cuja soma dos termos é igual a 14. Considere as
seguintes afirmações:
I. 𝑥 = 0 é uma raiz dupla de 𝑝.
II. 𝑥 = 1 é uma raiz dupla de 𝑝.
III. 𝑝 tem quatro raízes com parte imaginária não nula.
Destas, é (são) verdadeira(s)
a) Apenas I.
b) Apenas I e II.
c) Apenas I e III.
d) Apenas II e III.
e) I, II e III.
Comentários
O primeiro passo nessa questão é encontrar os valores de 𝑚 e 𝑛 usando o fato de que eles
pertencem a uma P.G. de primeiro termo 8. Seja 𝑞 a razão dessa progressão, podemos
representar essa progressão pela terna ordenada:
(8, 8𝑞, 8𝑞2 )
Sua soma é 14, do que temos:
8 + 8𝑞 + 8𝑞2 = 14 ⇒ 4𝑞2 + 4𝑞 − 3 = 0
Resolvendo para 𝑞, temos:
3 1
𝑞=−𝑜𝑢 𝑞 =
2 2
Como se trata de um polinômio, o expoente de 𝑥 deve ser, necessariamente, um número
inteiro não negativo.
3
Suponha que 𝑞 = − . Disso, teríamos que:
2
3
𝑚 = 8 ∙ (− ) = −12
2
Ou seja, 𝑚 seria negativo, o que não convém.
1
A conclusão é que 𝑞 = e a terna ordenada fica:
2
(8, 4, 2)
Do que segue que:
𝑝(𝑥) = 𝑥 8 + 𝑥 4 − 2𝑥 2
De posse do polinômio, podemos julgar as afirmações.
I. Verdadeira: Veja que 𝑝(𝑥) = 𝑥 8 + 𝑥 4 − 2𝑥 2 = 𝑥 2 (𝑥 6 + 𝑥 2 − 2), ou seja, 𝑝(𝑥)
apresenta o fator (𝑥 − 0) duas vezes, de onde temos que 0 é uma raiz dupla.
II. Falsa: Observe que
𝑥 6 + 𝑥 2 − 2 = 𝑥 6 − 1 + 𝑥 2 − 1 = (𝑥 2 − 1)(𝑥 4 + 𝑥 2 + 1) + (𝑥 2 − 1)
Ou ainda
𝑝(𝑥) = (𝑥 2 − 1)(𝑥 4 + 𝑥 2 + 2)
Disso, temos que 1 é raiz com multiplicidade 1, pois 𝑝(𝑥) somente apresenta uma
vez o fator (𝑥 − 1).
III. Verdadeira: Vamos mostrar que as raízes de (𝑥 4 + 𝑥 2 + 2) são complexas não
1 1 7 1 2 7
reais. Para isso, veja que 𝑥 4 + 𝑥 2 + 2 = (𝑥 2 )2 + 2 ∙ 𝑥 2 + + = (𝑥 2 + ) + .
2 4 4 2 4
2 1 2 7 7
Mas isso obedece (𝑥 + ) + ≥ para todo 𝑥 real. Logo, essa equação não
2 4 4
apresenta raízes reais.
Gabarito: “c”.
45. (ITA/2016)
Considere o polinômio 𝑝 com coeficientes complexos definido por
𝑝 (𝑧 ) = 𝑧 4 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 3 + ( 2 + 𝑖 ) 𝑧 2 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 + (1 + 𝑖 ) .
Podemos afirmar que
a) Nenhuma das raízes de 𝑝 é real.
b) Não existem raízes de 𝑝 que sejam complexas conjugadas.
c) A soma dos módulos de todas as raízes de 𝑝 é igual a 2 + √2.
d) O produto dos módulos de todas as raízes de 𝑝 é igual a 2√2.
e) O módulo de uma das raízes de 𝑝 é igual a √2.
Comentários
O polinômio fornecido assusta à primeira vista. Mas se você observar com calma, vai
perceber que:
𝑝 (𝑧 ) = 𝑧 4 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 3 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 2 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 + (1 + 𝑖 ) =
= 𝑧 4 − 1 + 1 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 2 + (2 + 𝑖 ) 𝑧 + (1 + 𝑖 ) =
= 𝑧 4 − 1 + (2 + 𝑖)(𝑧 3 + 𝑧 2 + 𝑧 + 1)
Isso é muito bom, pois 𝑝(1) ≠ 0, ou seja, para 𝑝(𝑧) = 0, podemos escrever:
4
(2 + 𝑖)(𝑧 4 − 1) 2+𝑖
𝑝 (𝑧 ) = 𝑧 − 1 + = (𝑧 4 − 1) (1 + )=0
𝑧−1 𝑧−1
Já que 𝑧 ≠ 1. Disso, temos que:
𝑧 4 − 1 = 0 ⇒ (𝑧 2 − 1)(𝑧 2 + 1) = 0
Resolvendo para 𝑧, vem:
𝑧 = ±1 𝑜𝑢 𝑧 = ±𝑖
Mas 𝑧 ≠ 1, do que segue que 1 não convém.
Ainda temos que:
2+𝑖 𝑧+1+𝑖
1+ =0⇒ = 0 ⇒ 𝑧 = −1 − 𝑖
𝑧−1 𝑧−1
Note que o módulo dessa última raiz de 𝑝(𝑧) é |𝑧| = √(−1)2 + (−1)2 = √2, do que segue
que a alternativa “e” é a correta.
Gabarito: “e”.
46. (ITA/2014)
Considere os polinômios em 𝑥 ∈ ℝ da forma 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥. As raízes de
1
𝑝(𝑥) = 0 constituem uma progressão aritmética de razão quando (𝑎1 , 𝑎2 , 𝑎3 ) é igual a
2
1 5
a) ( , 0, ).
4 4
1 5
b) ( , 1, ).
4 4
1 5
c) ( , 0, − ).
4 4
5 1
d) ( , 0, ).
4 4
1 1
e) ( , −1, − ).
4 4
Comentários
Note que o polinômio dado possui zero como uma de suas raízes, pois:
𝑝(0) = 05 + 𝑎3 03 + 𝑎2 02 + 𝑎1 0 = 0
Seja 𝑟 a “raiz central”, ou seja, tal que:
1 1
(𝑟 − 1, 𝑟 − , 𝑟, 𝑟 + , 𝑟 + 1)
2 2
d) 4 + √2.
e) 4(√2 − 1).
Comentários
Observe que temos três incógnitas, mas o enunciado só nos fornece duas equações.
Podemos obter mais uma equação usando as relações de Girard, pois a soma das raízes é
dada por:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 4 + √2
Assim, temos o sistema de equações:
𝑥3
𝑥1 + 2𝑥2 + =2
2
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 4 + √2
{ 𝑥1 − 2𝑥2 − √2𝑥3 = 0
Somando a primeira e a terceira equação, obtemos:
𝑥3
𝑥1 + 2𝑥2 + + (𝑥1 − 2𝑥2 − √2𝑥3 ) = 2 + 0
2
1 √2 1
2𝑥1 + ( − √2) 𝑥3 = 2 ⇒ 𝑥1 = ( − ) 𝑥3 + 1
2 2 4
Substituindo na segunda equação, vem:
√2 1 √2 3
( − ) 𝑥3 + 1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 4 + √2 ⇒ 𝑥2 = 3 + √2 − ( + ) 𝑥3
2 4 2 4
Por fim, substituindo 𝑥2 e 𝑥1 na terceira equação:
√2 1 √2 3
( − ) 𝑥3 + 1 − 2 [3 + √2 − ( + ) 𝑥3 ] − √2𝑥3 = 0 ⇒ 𝑥3 = 4
2 4 2 4
Assim, como 4 é raiz do polinômio, podemos escrever:
16 + 4𝑎 − 16(4 + √2) + 64 = 0 ⇒ 𝑎 = 4(√2 − 1)
Gabarito: “e”.
48. (ITA/2010)
Sabe-se que o polinômio 𝑝(𝑥) = 𝑥 5 − 𝑎𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 − 1, 𝑎 ∈ ℝ, admite a raiz −𝑖. Considere
as seguintes afirmações sobre as raízes de 𝑝:
I. Quatro das raízes são imaginárias puras.
II. Uma das raízes tem multiplicidade dois.
III. Apenas uma das raízes é real.
1 1 0 1 −1 0 −1
𝑖 1 1 2 1 1 0
−𝑖 1 1+𝑖 1+𝑖 𝑖 0
1 1 1 0
Ou seja:
𝑝(𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 − 𝑖)(𝑥 + 𝑖)(𝑥 2 + 𝑥 + 1)
−1±𝑖 √3
As raízes de 𝑥 2 + 𝑥 + 1 são 𝑥 = , pertencentes aos complexos.
2
Gabarito: “c”.
49. (ITA/2010)
Um polinômio real 𝑝(𝑥) = ∑5𝑛=0 𝑎𝑛 𝑥 𝑛 , com 𝑎5 = 4, tem três raízes reais distintas, 𝑎, 𝑏 𝑒 𝑐,
que satisfazem o sistema
𝑎 + 2𝑏 + 5𝑐 = 0
{ 𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 = 6
2𝑎 + 2𝑏 + 2𝑐 = 5
Sabendo que a maior das raízes é simples e as demais tem multiplicidade dois, pode-se
afirmar que 𝑝(1) é igual a
a) −4.
b) −2.
c) 2.
d) 4.
e) 6.
Comentários
O primeiro passo nessa questão é encontrar as raízes resolvendo o sistema linear
fornecido.
Subtraindo a primeira equação da segunda equação:
𝑎 + 4𝑏 + 2𝑐 − (𝑎 + 2𝑏 + 5𝑐 ) = 6 − 0 ⇒ 2𝑏 = 3𝑐 + 6
Substituindo 2𝑏 na primeira equação:
𝑎 + 3𝑐 + 6 + 5𝑐 = 0 ⇒ 𝑎 = −8𝑐 − 6
Substituindo 𝑎 e 2𝑏 na terceira equação, vem:
−16𝑐 − 12 + 3𝑐 + 6 + 2𝑐 = 5 ⇒ 𝑐 = −1
Assim, temos que:
3
2𝑏 = −3 + 6 = 3 ⇒ 𝑏 = 𝑒𝑎 =8−6=2
2
3
A maior das raízes encontradas é 2, do que segue que −1 e possuem multiplicidade 2.
2
Como 𝑎5 = 4, podemos escrever:
3 2
𝑝(𝑥) = 4(𝑥 − 2)(𝑥 + 1 )2 (𝑥 − )
2
Do que segue que 𝑝(1) é dado por:
3 2
𝑝(1) = 4(1 − 2)(1 + 1 )2 (1 − ) = −4
2
Gabarito: “a”.
50. (ITA/2009)
Considere as funções 𝑓(𝑥) = 𝑥 4 + 2𝑥 3 − 2𝑥 − 1 e 𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1. A multiplicidade
das raízes não reais da função composta 𝑓 ∘ 𝑔 é igual a
a) 1.
b) 2.
c) 3.
d) 4.
e) 5.
Comentários
Antes de escrevermos a função composta, vamos fazer algumas simplificações:
𝑔(𝑥) = 𝑥 2 − 2𝑥 + 1 = (𝑥 − 1)2
Vamos fatorar 𝑓(𝑥). Note primeiramente que 1 é raiz:
𝑓 (1) = 1 + 2 − 2 − 1 = 0
Vamos usar Briot-Ruffini para fatorar 𝑓(𝑥):
1 1 2 0 −2 −1
1 3 3 1 0
Ou seja:
𝑓(𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 3 + 3𝑥 2 + 3𝑥 + 1)
Observe que o segundo fator de 𝑓(𝑥) é uma expressão conhecida, se trata do cubo de (𝑥 +
1):
(𝑥 + 1)3 = 𝑥 3 + 3𝑥 2 + 3𝑥 + 1
Assim:
𝑓 (𝑥) = (𝑥 − 1)(𝑥 + 1)3
Agora vamos escrever 𝑓(𝑔(𝑥)):
𝑓 (𝑔(𝑥)) = [(𝑥 − 1)2 − 1][(𝑥 − 1)2 + 1]3
Queremos os valores de 𝑥 para 𝑓(𝑔(𝑥)) = 0, ou seja:
[(𝑥 − 1)2 − 1][(𝑥 − 1)2 + 1]3 = 0 ⇒ (𝑥 − 1)2 − 1 = 0 𝑜𝑢 [(𝑥 − 1)2 + 1]3 = 0
Do que segue que:
(𝑥 − 1)2 − 1 = 0 ⇒ 𝑥 − 1 = ±1 ⇒ 𝑥 = 2 𝑜𝑢 𝑥 = 0
E ainda:
(𝑥 − 1)2 + 1 = 0 ⇒ 𝑥 − 1 = ±𝑖 ⇒ 𝑥 = 1 ± 𝑖
Perceba que o fator (𝑥 − 1)2 + 1 se repete três vezes no polinômio 𝑓(𝑔(𝑥)), ou seja, suas
raízes têm multiplicidade 3 no polinômio composto.
Gabarito: “c”.
51. (ITA/2009)
O polinômio de grau 4
(𝑎 + 2𝑏 + 𝑐 )𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 3 − (𝑎 − 𝑏)𝑥 2 + (2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )𝑥 + 2(𝑎 + 𝑐 ),
Com 𝑎, 𝑏, 𝑐 ∈ ℝ, é uma função par. Então, a soma dos módulos de suas raízes é igual a
a) 3 + √3.
b) 2 + 3√3.
c) 2 + √2.
d) 1 + 2√2.
e) 2 + 2√2.
Comentários
Seja 𝑝(𝑥) o polinômio dado. Se ele é uma função par, então temos que:
𝑝(𝑥) = 𝑝(−𝑥)
Ou seja:
(𝑎 + 2𝑏 + 𝑐 )𝑥 4 + (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 3 − (𝑎 − 𝑏)𝑥 2 + (2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )𝑥 + 2(𝑎 + 𝑐 )
= (𝑎 + 2𝑏 + 𝑐 )𝑥 4 − (𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 3 − (𝑎 − 𝑏)𝑥 2 − (2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )𝑥 + 2(𝑎 + 𝑐 )
Que implica:
2(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 )𝑥 3 + 2(2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 )𝑥 = 0𝑥 3 + 0𝑥 = 0
Como vale para todo 𝑥, a igualdade polinomial nos permite escrever que:
(𝑎 + 𝑏 + 𝑐 ) = 0 𝑒 (2𝑎 − 𝑏 + 𝑐 ) = 0
Isolando 𝑎 𝑒 𝑐 em função de 𝑏, temos:
𝑎 = 2𝑏 𝑒 𝑐 = −3𝑏
Assim, o polinômio fica:
𝑝(𝑥) = 𝑏𝑥 4 − 𝑏𝑥 2 − 2𝑏 = 𝑏(𝑥 4 − 𝑥 2 − 2)
Queremos as soluções de 𝑥 4 − 𝑥 2 − 2 = 0. Faça 𝑥 2 = 𝑦. Do que temos:
𝑦2 − 𝑦 − 2 = 0
Resolvendo para 𝑦, obtemos 𝑦 = 2 ou 𝑦 = −1. Ou seja:
𝑥 2 = 2 ⇒ 𝑥 = ±√2
𝑥 2 = −1 ⇒ 𝑥 = ±𝑖
2 1 0 −5 4 −3 −2
1 2 −1 2 1 0
Do que temos:
𝑝(𝑥) = (𝑥 − 2)(𝑥 4 + 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 2𝑥 + 1)
Para investigar 𝑝(𝑥) = 0, devemos estudar 𝑥 4 + 2𝑥 3 − 𝑥 2 + 2𝑥 + 1 = 0.
Essa equação é do tipo:
𝑎𝑥 4 + 𝑏𝑥 3 + 𝑐𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑎
Existe um truque conhecido para resolvê-la. Divida a equação por 𝑥 2 , ou seja, o termo
“central”:
1 1
𝑎𝑥 2 + 𝑏𝑥 + 𝑐 + 𝑏 ( ) + 𝑎 ( 2 ) = 0
𝑥 𝑥
Agrupando os termos:
1 1
𝑎 (𝑥 2 +
) + 𝑏 (𝑥 + )+𝑐 =0
𝑥2 𝑥
Agora, faça a seguinte substituição de variável:
1
𝑦=𝑥+
𝑥
Perceba que:
1 2 1 1
𝑦 = (𝑥 + ) = 𝑥 2 + 2 + 2 ⇒ 𝑦 2 − 2 = 𝑥 2 + 2
2
𝑥 𝑥 𝑥
Substituindo na equação, vem:
𝑎(𝑦 2 − 2) + 𝑏𝑦 + 𝑐 = 0 𝑜𝑢 𝑎𝑦 2 + 𝑏𝑦 + 𝑐 − 2𝑎 = 0
No nosso caso, 𝑎 = 1, 𝑏 = 2 e 𝑐 = −1.
Ou seja:
𝑦 2 + 2𝑦 − 3 = 0
Resolvendo para 𝑦, temos 𝑦 = 1 𝑜𝑢 𝑦 = −3.
Assim:
1
= 1 ⇒ 𝑥2 − 𝑥 + 1 = 0
𝑥+
𝑥
Que resolvendo para 𝑥, temos:
1 ± 𝑖√3
𝑥=
2
E também temos que:
1
= −3 ⇒ 𝑥 2 + 3𝑥 + 1 = 0
𝑥+
𝑥
Que resolvendo para 𝑥, temos:
−3 ± √5
𝑥=
2
Dessa forma, observe que 𝑝(𝑥) admite três raízes reais, sendo uma delas o 2, inteira, e as
−3±√5
outras duas, , irracionais.
2
Gabarito: “e”.
53. (ITA/2006)
Seja 𝑝 um polinômio com coeficientes reais, de grau 7, que admite 1 − 𝑖 como raiz de
multiplicidade 2. Sabe-se que a soma e o produto de todas as raízes de 𝑝 são,
respectivamente, 10 e −40. Sendo afirmado que três raízes de 𝑝 são reais e distintas e
formam uma progressão aritmética, então, tais raízes são
3 193 3 193
a) √ ,3, + √ .
2 6 2 6
b) 2 − 4√13, 2, 2 + 4√13.
c) −4, 2, 8.
d) −2, 3, 8.
e) −1, 2, 5.
Comentários
Primeiramente, perceba que 𝑝(𝑥) possui coeficientes reais. Isso implica que, se 1 − 𝑖 é
uma de suas raízes, então seu conjugado, 1 + 𝑖, também é.
Além disso, 1 − 𝑖 possui multiplicidade 2, do que segue que 1 + 𝑖 também possui
multiplicidade 2.
Dessa forma, já temos 4 raízes do polinômio.
Sejam 𝑟1 , 𝑟2 𝑒 𝑟3 as outras raízes de 𝑝(𝑥), já que seu grau é 7. O enunciado nos diz que elas
estão em P.A. e são reais, do que podemos representá-las pela terna ordenada:
(𝑟2 − 𝑟, 𝑟2 , 𝑟2 + 𝑟)
Temos mais duas informações úteis para usar:
Informação 1: A soma de todas as raízes de 𝑝 é 10.
Ou seja:
(1 − 𝑖) + (1 − 𝑖) + (1 + 𝑖) + (1 + 𝑖) + 𝑟2 − 𝑟 + 𝑟2 + 𝑟2 + 𝑟 = 10
Que implica:
4 + 3𝑟2 = 10 ⇒ 𝑟2 = 2
Informação 2: O produto de todas as raízes de 𝑝 é −40.
Ou seja:
(1 − 𝑖)2 (1 + 𝑖)2 (2 − 𝑟)2(2 + 𝑟) = −40
Antes de continuar, veja que:
(1 − 𝑖)2 (1 + 𝑖)2 = [(1 − 𝑖)(1 + 𝑖)]2 = [1 + 𝑖 − 𝑖 + 1]2 = 4
Assim:
4(2 − 𝑟)2(2 + 𝑟) = −40 ⇒ (4 − 𝑟 2 ) = −5 ⇒ 𝑟 = ±3
Tomando 𝑟 = 3, temos:
(−1,2,5)
𝑦 = 2𝑥
Ou seja:
𝑝(𝑦) = 𝑦 3 − 𝑦 2 − 21𝑦 + 45
Uma ferramenta muito importante em questões onde não sabemos por onde começar a
resolução do polinômio é testar se ele possui raízes racionais.
𝑝
Lembre-se que se 𝑝(𝑦) possui raízes 𝑦 = , racionais, devemos ter:
𝑞
𝑝|45 𝑒 𝑞|1
Fatorando 45, vem:
45 = 1 ∙ 32 ∙ 5
Ou seja:
𝑝 ∈ {±1, ± 3, ±9, ± 5, ± 15, ± 45}
𝑞 ∈ {±1}
Do que temos que:
𝑝
∈ {±1, ± 3, ±9, ± 5, ± 15, ± 45}
𝑞
Vamos testar da menor positiva para a maior positiva:
𝑝
= 1 ⇒ 𝑝(1) = 1 − 1 − 21 + 45 = 24 ≠ 0
𝑞
𝑝
= 3 ⇒ 𝑝(3) = 33 − 32 − 21 ∙ 3 + 45 = 0
𝑞
Temos então que 𝑦 = 3 é raiz de 𝑝(𝑦). Vamos usar Brio-Ruffini para reduzir o grau do
polinômio:
3 1 −1 −21 45
1 2 −15 0
3 2 2(
3 2
( ) ( ) )
𝑝 𝑥 = 8𝑥 − 4𝑥 − 42 + 45 = 2𝑥 − 3 2𝑥 + 5 = 4 (𝑥 − ) (2𝑥 + 5)
2
3
Ou seja, 𝑟 = .
2
Gabarito: “b”.
56. (ITA/2001)
O valor da soma 𝑎 + 𝑏 para que as raízes do polinômio 4𝑥 4 − 20𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 − 25𝑥 + 𝑏
estejam em progressão aritmética de razão 1/2 é:
a) 36.
b) 41.
c) 26.
d) -27.
e) -20.
Comentários
Esse polinômio possui grau 4, logo, possui 4 raízes. Como elas estão em progressão
1
aritmética de razão , podemos escrever suas raízes como sendo a 4-tupla ordenada:
2
1 3
(𝑟, 𝑟 + , 𝑟 + 1, 𝑟 + )
2 2
Das relações de Girard, temos que:
1 3 −20 1
𝑟+𝑟+ + 𝑟+1+ 𝑟+ =− = 5 ⇒ 4𝑟 + 3 = 5 ⇒ 𝑟 =
2 2 4 2
Ou seja, suas raízes são:
1 3
( , 1, , 2)
2 2
Seja 𝑝(𝑥) = 4𝑥 4 − 20𝑥 3 + 𝑎𝑥 2 − 25𝑥 + 𝑏. Temos que:
𝑝(1) = 0 ⇒ 4 − 20 + 𝑎 − 25 + 𝑏 = 0 ⇒ 𝑎 + 𝑏 = 41
Gabarito: “b”.
57. (ITA/2001)
O polinômio com coeficientes reais 𝑃(𝑥) = 𝑥 5 + 𝑎4 𝑥 4 + 𝑎3 𝑥 3 + 𝑎2 𝑥 2 + 𝑎1 𝑥 + 𝑎0 tem duas
raízes distintas, cada uma delas com multiplicidade 2, e duas de suas raízes são 2 e 𝑖. Então
a soma dos coeficientes é igual a:
a) −4.
b) −6.
c) −1.
d) 1.
e) 4.
Comentários
1 1 2 𝑎 0 −𝑎 −2 −1
1 3 3+𝑎 3+𝑎 3 1 0
Ou seja:
1 1 2 𝑎 0 −𝑎 −2 −1
−1 1 3 3+𝑎 3+𝑎 3 1 0
1 2 𝑎+1 2 1 0
𝑦 2 − 2 + 2𝑦 + (𝑎 + 1) = 0 ⇒ 𝑦 2 + 2𝑦 + 𝑎 − 1 = 0 ⇒ 𝑦 2 + 2𝑦 + 1 + 𝑎 − 2 = 0
Ou seja:
(𝑦 + 1)2 + 𝑎 − 2 = 0 ⇒ 𝑦 = −1 ± √2 − 𝑎
1
Olhe agora para 𝑦 = 𝑥 + ⇒ 𝑥 2 − 𝑦𝑥 + 1 = 0. Seu discriminante é:
𝑥
Δ = 𝑦2 − 4
Queremos que suas raízes sejam reais, logo, Δ ≥ 0.
Ou ainda:
𝑦 2 − 4 ⇒ |𝑦| > 2 ⇒ 𝑦 ≥ 2 𝑜𝑢 𝑦 ≤ −2
Temos que 𝑦 = −1 − √2 − 𝑎 < 0, que gera a possibilidade:
−1 − √2 − 𝑎 ≤ −2 ⇒ √2 − 𝑎 ≥ 1 ⇒ 2 − 𝑎 ≥ 1 ⇒ 1 ≥ 𝑎
Note que isso implica:
−1 + √2 − 𝑎 ≥ 0
Que gera a possibilidade:
−1 + √2 − 𝑎 ≥ 2 ⇒ −7 ≥ 𝑎
Além disso, note que 2 − 𝑎 ≥ 0, pois 𝑦 ∈ ℝ.
Queremos então que:
𝑎 ≤ 1 𝑒 𝑎 ≤ 2 𝑒 𝑎 ≤ −7
Ou seja:
𝑎 ≤ −7
Gabarito: “c”.
59. (ITA/1996)
Considere o polinômio 𝑝(𝑧) = 𝑧 6 + 2𝑧 5 + 6𝑧 4 + 12𝑧 3 + 8𝑧 2 + 16𝑧.
Sobre as raízes da equação 𝑝(𝑧) = 0, podemos afirmar que:
a) Apenas uma é real.
b) Apenas duas raízes são reais e distintas.
c) Apenas duas raízes são reais e iguais.
d) Quatro raízes são reais, sendo duas a duas distintas.
e) Quatro raízes são reais, sendo apenas duas iguais.
Comentários
Veja, de início, que 𝑧 = 0 é raiz do polinômio.
Ou seja:
𝑝(𝑧) = 𝑧(𝑧 5 + 2𝑧 4 + 6𝑧 3 + 12𝑧 2 + 8𝑧 + 16)
Olhe para o fator 𝑧 5 + 2𝑧 4 + 6𝑧 3 + 12𝑧 2 + 8𝑧 + 16 e veja que:
𝑧 5 + 2𝑧 4 + 6𝑧 3 + 12𝑧 2 + 8𝑧 + 16 = 𝑧 4 (𝑧 + 2) + 6𝑧 2 (𝑧 + 2) + 8(𝑧 + 2)
Ou ainda:
(𝑧 + 2)(𝑧 4 + 6𝑧 2 + 8)
Do que resulta:
𝑝(𝑧) = 𝑧(𝑧 + 2)(𝑧 4 + 6𝑧 2 + 8)
Então perceba que:
𝑝(−2) = −2 ∙ (−2 + 2)((−2)4 + 6(−2)2 + 8) = 0
Ou seja, −2 é raiz de 𝑝(𝑧).
Por fim, queremos saber os valores de 𝑧 tais que:
𝑧 4 + 6𝑧 2 + 8 = 0
Faça 𝑧 2 = 𝑤:
𝑤 2 + 6𝑤 + 8 = 0
Que resolvendo para 𝑤, resulta em:
𝑤 = −2 𝑒 𝑤 = −4
Ou ainda:
𝑧 2 = −2 ⇒ 𝑧 = ±𝑖√2
𝑧 2 = −4 ⇒ 𝑧 = ±2𝑖
Suas raízes são:
0,2, ±𝑖√2, ±2𝑖
Gabarito: “b”.
60. (ITA/1994)
Seja 𝑃(𝑥) um polinômio de grau 5, com coeficientes reais, admitindo 2 e 𝑖 como raízes. Se
𝑃(1)𝑃(−1) < 0, então o número de raízes reais de 𝑃(𝑥) pertencentes ao intervalo ] − 1,1[
é:
a) 0.
b) 1.
c) 2.
d) 3.
e) 4.
Comentários
Se 𝑃(𝑥) possui coeficientes reais, podemos afirmar que −𝑖 também é raiz de 𝑃(𝑥). Temos
então 3 raízes de 𝑃(𝑥): 2, ±𝑖.
Somente nos restam duas raízes a determinar.
Suponha que ambas pertençam ao intervalo ] − 1,1[. Dessa forma, o gráfico de 𝑃(𝑥) seria
algo do tipo:
Seja a inequação:
a) 𝟐
b) 𝟏𝟑/𝟔
c) 𝟏/𝟑
d) 𝟓/𝟐
e) 𝟖/𝟑
Comentários
Inicialmente, devemos fatorar a expressão do polinômio:
𝑝(𝑥) = 6𝑥 4 − 5𝑥 3 − 29𝑥 2 + 10𝑥 = 𝑥 (6𝑥 3 − 5𝑥 2 − 29𝑥 + 10)
Para simplificar a expressão do terceiro grau podemos aplicar o teorema das raízes
racionais. Os números divisores do coeficiente 𝑎0 = 10 são {±1; ±2; ±5; ±10}, vamos verificar
se há alguma raiz inteira:
Para 𝑥 = 1:
6(1)3 − 5(1)2 − 29(1) + 10 = 6 − 5 − 29 + 10 = −18
Para 𝑥 = −1:
6(−1)3 − 5(−1)2 − 29(−1) + 10 = −6 − 5 + 29 + 10 = 28
Para 𝑥 = 2:
6(2)3 − 5(2)2 − 29(2) + 10 = 48 − 20 − 58 + 10 = −20
Para 𝑥 = −2:
6(−2)3 − 5(−2)2 − 29(−2) + 10 = −48 − 20 + 58 + 10 = 0
Portanto, 𝑥 = −2 é raiz. Podemos aplicar o algoritmo de Briot-Ruffini:
−2 6 −5 −29 10
6 −17 5 0
Assim, encontramos:
𝑝(𝑥) = 𝑥 (𝑥 + 2)(6𝑥 2 − 17𝑥 + 5)
Para simplificar a expressão do segundo grau, basta encontrar suas raízes:
17 ± √169 17 ± 13 5 1
6𝑥 2 − 17𝑥 + 5 = 0 ⇒ 𝑥 = = = 𝑜𝑢
12 12 2 3
5 1
𝑝(𝑥) = 6𝑥 (𝑥 + 2) (𝑥 − ) (𝑥 − )
2 3
Vamos fazer o estudo do sinal:
a) 𝟑𝟐 − 𝒂
b) 𝟒𝟖 − 𝟐𝒂
c) 𝟒𝟖
d) 𝟒𝟖 + 𝟐𝒂
e) 𝟑𝟐 + 𝒂
Comentários
A questão pede para calcular o valor da expressão 𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 , sendo 𝑥1 , 𝑥2 , 𝑥3 raízes da
equação 𝑥 3 − 𝑎𝑥 − 16 = 0. Notando a presença do termo cúbico na equação, podemos
substituir as raízes nessa equação e encontrar:
𝑥13 − 𝑎𝑥1 − 16 = 0
𝑥23 − 𝑎𝑥2 − 16 = 0
𝑥33 − 𝑎𝑥3 − 16 = 0
Somando as equações:
(𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 ) − 𝑎(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) − 48 = 0
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 𝑎(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) + 48
Pelas relações de Girard, obtemos:
𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 = 0
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 𝑎 ⏟
(𝑥1 + 𝑥2 + 𝑥3 ) + 48
0
Portanto:
𝑥13 + 𝑥23 + 𝑥33 = 48
Gabarito: “c”.