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FÍSICA
BÁSICA
VOLUME
ÚNICO
W Layer/AGE Fotostock/Grupo Keystone
24 Introdução ao estudo da
Óptica
| pág. 336
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25 Reflexão da luz. O estudo
dos espelhos planos
| pág. 344
26 Os espelhos esféricos
| pág. 355
27 Refração da luz
| pág. 367
28 Lentes esféricas
| pág. 390
unidade
5 ÓPTICA
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capítulo
Introdução ao estudo da
24 Óptica
Figura 3
fonte sombra
Princípio da Propagação
penumbra
Retilínea da Luz
Num meio homogêneo e transparente a luz se sombra projetada
propaga segundo trajetórias retilíneas. Figura 5
sombra da Terra
P sombra
Lua
Terra
sombra projetada Sol
Figura 4 Figura 7
O ano-luz
Define-se ano-luz como a distância que a luz percorre no vácuo em 1 ano. É uma unidade usada para medir
distâncias astronômicas. Vamos transformar 1 ano-luz em quilômetro. Sabemos que a velocidade de propagação
da luz no vácuo é c 5 3 · 105 km/s. Vamos, a seguir, calcular quantos segundos há em 1 ano:
1 ano 5 123
365 ? 1
24 7
23? 3 600
123 ⇒ 1 ano > 3,15 ? 10 s
dias horas segundos
do ano no dia na hora
Radius/Glow Images
Devido à turbulência da atmos-
fera, isto é, devido às correntes móveis
de ar quente e de ar frio, há uma
mudança contínua na direção dos
raios de luz emitidos pelas estrelas.
Temos a sensação de que elas mudam
rapidamente de posição, parecendo
cintilar.
Aplicação
A1. Estabeleça a diferença entre os seguintes conceitos: A4. No esquema, a Lua é representada em duas posições
a) fonte luminosa pontual e extensa; de sua órbita em torno da Terra, correspondentes a
b) meio transparente e meio opaco; instantes diferentes (I e II). Admitindo que a Lua esteja,
c) luz monocromática e luz policromática. em relação à Terra, do mesmo lado que o observador,
caracterize que tipo de eclipse ocorre para um obser-
A2. Entre as luzes monocromáticas, qual se propaga mais
vador nas regiões A, B e C.
rapidamente na água?
órbita da Lua
A3. Um prédio projeta no solo uma sombra de 15 m de B
extensão no mesmo instante em que uma pessoa de
I
1,80 m projeta uma sombra de 2,0 m. Determine a Terra
II Sol
altura do prédio.
Ilustrações: Walter Caldeira
A C
Revisão
R1. (FGV-SP) O porão de uma casa antiga possui uma R2. (PUC-RJ) A certa hora da manhã, a inclinação dos
estreita claraboia quadrada de 100 cm2 de área, que raios solares é tal que um muro de 4,0 m de altura
permite a entrada da luz do exterior, refletida difusa- projeta, no chão horizontal, uma sombra de com-
mente pelas construções que a cercam. primento de 6,0 m. Uma senhora de 1,6 m de altura,
caminhando na direção do muro, é totalmente
Ilustrações: Studio Caparroz
a) 2,0 b) 2,4 C) 1,5 d) 3,6 e) 1,1
d d) 7 ? 1021
o e) 9 ? 1023
Lua
Sol
O raio laser
A palavra laser é formada pelas iniciais de light amplification
APROFUNDANDO
Por que no fundo dos oceanos é sempre escuro, seja dia, seja noite, se a água é transparente?
F1 F2 F1 F2
r1 r2 r1
A A
(a) (b)
Figura 11
Figura 9
As leis da reflexão e da refração que estudare-
Para enxergar a imagem formada, o observa-
mos adiante são também princípios da Óptica Geo-
dor deverá estar dentro da câmara ou, no caso de
métrica. Uma consequência dos princípios da Óptica
isso ser impossível, a imagem poderá ser vista se
Geométrica é a Reversibilidade dos Raios de Luz, que
a parede posterior for substituída por uma folha de
afirma:
papel vegetal.
É possível relacionar os tamanhos da imagem
(i) e do objeto (o) com as suas distâncias em rela- A trajetória que um raio de luz segue permanece
ção à parede provida de orifício ( p9 e p), estabele- a mesma quando se inverte o seu sentido de
cendo a proporcionalidade dos lados e das alturas propagação.
dos triângulos semelhantes formados pelos raios
luminosos, como se mostra esquematicamente na A figura 12 ilustra a reversibilidade da luz emi-
figura 10: tida por uma fonte F e que sofre reflexão em dois
espelhos planos.
i p9
ⴝ
o p
Ilustrações: Luis Moura
o i
p p9
(a) (b)
Figura 10 Figura 12
Luis Moura
A8. Considere uma câmara escura com orifício numa face e E2
A
um anteparo de vidro fosco na face oposta. Um cartão,
onde está escrita a letra b, é fortemente iluminado e B
Figura a
encontra-se em frente da face com orifício. E1
Esboce a imagem vista pelo observador O. C D
O
E2
Luis Moura
Figura b
Verificação
V6. Uma câmara escura tem 50 cm de comprimento. V9. Considere os seguintes fatos experimentais:
Determine a dimensão vertical da imagem que se I. Nos palcos, durante os shows, holofotes emitem
forma na câmara quando um homem de 2,0 m de raios de luz que se cruzam e iluminam os artistas.
altura se coloca a 10 m da parede com orifício. II. Um motorista olhando para o espelho retrovisor
vê um passageiro sentado no banco de trás. O
V7. A imagem formada em uma câmara escura tem 6,0 cm
passageiro, ao olhar para o espelho, vê o motorista.
quando o objeto está situado a 30 m da parede com
III. Quando a Lua penetra na sombra da Terra, deter-
orifício. Determine o deslocamento do objeto para que
minada pelo Sol, ocorre eclipse lunar.
o tamanho dessa imagem se reduza para 2,0 cm.
Esses fatos podem ser explicados utilizando-se:
V8. Considere uma câmara escura com orifício numa face a) o Princípio da Propagação Retilínea da Luz.
e um anteparo de vidro fosco na face oposta. Um car- b) o Princípio da Independência dos Raios de Luz.
tão, bem iluminado, é colocado em frente da face com c) a Reversibilidade dos Raios de Luz.
orifício, conforme mostra a figura. Esboce a imagem Associe cada número à respectiva letra.
vista pelo observador O.
Lettera Studio
O
Luis Moura
Revisão
R7. (Etec-SP) A fotografia é uma modalidade de comuni- rior de uma latinha de ervilhas, faz um furo central no
cação. De suas origens até hoje, o princípio da captura fundo da lata e, do outro lado, onde havia a tampa,
de uma imagem é o mesmo, diferenciado apenas por cola um disco de papel translúcido.
melhorias como uso de lentes e de sensores de luz. Ao apontar sua câmara escura de orifício para uma
A forma mais primitiva de máquina fotográfica é vela acesa, distante 30 cm do orifício da latinha, vê a
conhecida por câmara escura de orifício. projeção da imagem da vela sobre o papel, conforme
Um estudante, curioso para observar como a imagem mostra a figura a seguir.
em uma dessas câmaras é obtida, escurece o inte-
Luiz Rubio
4 cm sentando furos e, assim, a luz da Lua atingia o chão do
orifício
o barraco, projetando pontos ou pequenas porções ilu-
papel minadas – as “estrelas” que a Lua “salpicava” no chão.
12 cm 30 cm
Considerando o cenário descrito pelos versos, assinale
Observando as dimensões da latinha, a distância da as proposições corretas que apresentam explicações
vela ao orifício e o tamanho da imagem obtida, pode- físicas possíveis para o fenômeno, e dê como res-
se determinar que o tamanho da vela utilizada é de posta a soma dos números que as precedem.
a) 2 cm b) 4 cm c) 8 cm d) 10 cm e) 12 cm (01) A Lua poderia ser, ao mesmo tempo, fonte lumi-
nosa e objeto cuja imagem seria projetada no
R8. (Fuvest-SP) Um aparelho fotográfico rudimentar é
chão do barraco.
constituído por uma câmara escura com um orifício em
(02) O barraco, com o seu telhado de zinco furado, se
uma face e um anteparo de vidro fosco na face oposta.
estivesse na penumbra, ou completamente no
Um objeto luminoso em forma de L encontra-se a 2 m
escuro, poderia comportar-se como uma câmara
do orifício e sua imagem no anteparo é 5 vezes menor
escura múltipla, e através de cada furo produzir-
que seu tamanho natural.
se-ia uma imagem da Lua no chão.
(04) A propagação retilínea da luz não explica as
Luis Moura
imagens luminosas no chão – porque elas
somente ocorreriam em consequência da difra-
ção da luz.
(08) Os furos da cobertura de zinco deveriam ser
d muito grandes, permitindo que a luz da Lua ilu-
minasse todo o chão do barraco.
a) Esboce a imagem vista pelo observador indi-
(16) Quanto menor fosse a largura dos furos no
cado na figura.
telhado, maior a nitidez das imagens luminosas
b) Determine a largura d da câmara.
no chão do barraco.
R9. (UF-SC) Leia com atenção os versos a seguir, de Chão (32) Para que as imagens da Lua no chão fossem
de estrelas, a mais importante criação poética de Ores- visíveis, o barraco deveria ser bem iluminado,
tes Barbosa que, com Sílvio Caldas, compôs uma das com lâmpadas, necessariamente.
mais belas obras da música popular brasileira:
R10. (UF-AM) Um homem de altura y está a uma distância
D de uma câmara de orifício de comprimento L. A
A porta do barraco era sem trinco
sua imagem formada no interior da câmara tem uma
Mas a Lua, furando o nosso zinco,
y
Salpicava de estrelas nosso chão... altura . Se duplicarmos a distância entre o homem
20
Tu pisavas nos astros distraída
e o orifício, a nova imagem terá altura:
Sem saber que a ventura desta vida
y y y y y
É a cabrocha, o luar e o violão... a) b) c) d) e)
120 80 60 2 40
Reflexão da luz.
25 O estudo dos espelhos planos
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um corpo, iluminado com luz branca, refletir difusa-
mente todas as luzes nele incidentes, ele se apre-
sentará branco. Um corpo negro não reflete difusa-
mente nenhuma luz que nele incide, absorvendo-a
totalmente.
Leis da reflexão
Para representar graficamente a luz que se
reflete numa superfície, individualizam-se o raio
Figura 1 incidente (RI) e o raio refletido (RR) e desenha-se
Se a superfície for plana e perfeitamente polida uma reta perpendicular à superfície no ponto de
a um feixe incidente de raios paralelos corresponderá incidência, denominada normal (N) (fig. 3).
um feixe refletido de raios também paralelos. Dizemos N
que ocorreu uma reflexão regular (fig. 2a). RI RR
A reflexão regular é responsável pela formação
de imagens. A superfície plana e polida, que reflete a
luz regularmente, é chamada espelho plano. i r
Caso a superfície apresente irregularidade, ao
feixe incidente de raios paralelos irá corresponder
luz refletida em todas as direções do espaço. A Figura 3
esse tipo de reflexão damos o nome de reflexão
difusa (fig. 2b). O ângulo que o raio incidente forma com a nor-
mal é denominado ângulo de incidência (i), e o ângulo
formado entre o raio refletido e a normal recebe o
nome de ângulo de reflexão (r).
A reflexão luminosa é regida por duas leis:
1ª lei: O raio incidente, o raio refletido e a normal
(a) Reflexão regular. (b) Reflexão difusa. são coplanares, isto é, pertencem ao mesmo
Figura 2 plano.
Os objetos de nosso ambiente, em sua maioria, 2ª lei: O ângulo de reflexão é igual ao ângulo de
refletem difusamente a luz. Assim, a reflexão difusa incidência:
é a responsável pela percepção dos objetos que nos
r5i
cercam.
Verificação
V1. Uma flor amarela, iluminada pela luz solar: V3. O raio refletido por uma superfície plana forma um
a) reflete todas as luzes. ângulo de 30° com ela. Determine o ângulo de inci-
b) absorve a luz amarela e reflete as demais. dência desse raio.
c) reflete a luz amarela e absorve as demais.
V4. O ângulo formado entre os raios incidente e refletido
d) absorve a luz amarela e, em seguida, a emite.
numa superfície S é de 60°. Determine os ângulos de
e) absorve todas as luzes e não reflete nenhuma.
incidência e de reflexão.
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60°
Revisão
R1. (UF-RN) Ana Maria, modelo profissional, costuma fazer d) vermelho, pois a cor do vestido independe da radia-
ensaios fotográficos e participar de desfiles de moda. ção incidente.
Em trabalho recente, ela usou um vestido que apresen-
R2. (Unirio-RJ) Durante a final da Copa do Mundo, um
tava cor vermelha quando iluminado pela luz do sol.
Ana Maria irá desfilar novamente usando o mesmo cinegrafista, desejando alguns efeitos especiais, gra-
vestido. Sabendo que a passarela onde Ana Maria vai vou cena em um estúdio completamente escuro, onde
desfilar será iluminada agora com luz monocromática existia uma bandeira da “Azzurra” (azul e branca) que
verde, podemos afirmar que o público perceberá seu foi iluminada por um feixe de luz amarela monocromá-
vestido como sendo: tica. Quando a cena foi exibida ao público, a bandeira
a) verde, pois é a cor que incidiu sobre o vestido. apareceu:
b) preto, porque o vestido só reflete a cor vermelha. a) verde e branca. d) preta e amarela.
c) de cor entre vermelha e verde devido à mistura das b) verde e amarela. e) azul e branca.
cores. c) preta e branca.
Marco A. Sismotto
horizontal, como mostra a figura a seguir. N
I R
30°
E
20s
Que ângulo formam entre si as seções E e E' dos dois
espelhos?
Quanto ao raio refletido pelo espelho, é correto afirmar
a) 15s c) 45s e) 75s
que ele:
b) 30s d) 60s
a) é vertical.
R5. (Mackenzie-SP) Dois espelhos a
b) forma um ângulo de 40s com raio incidente. E1
c) forma um ângulo de 20s com a direção normal ao planos (E1 e E2) formam entre
espelho. si 50s. Um raio de luz incide no
espelho E1, e, refletindo, incide E2
d) forma um ângulo de 20s com o plano do espelho.
no espelho E2. Emergindo do 50°
e) forma um ângulo de 20s com raio incidente.
sistema de espelhos, esse raio
R4. (UF-RS) A figura a seguir representa as seções E e E' refletido forma, com o raio que incide no espelho E1,
de dois espelhos planos. O raio de luz I incide obliqua- o ângulo F, nas condições da figura. O valor desse
mente no espelho E, formando um ângulo de 30s com ângulo F é:
a normal N a ele, e o raio refletido R incide perpendicu- a) 40s c) 60s e) 80s
larmente no espelho E'. b) 50s d) 70s
Alberto De Stefano
ele recebida tem origem no ponto P9, situado nos
prolongamentos dos raios refletidos.
o i
d d9
P P9
d d9
Figura 5. No espelho plano, objeto e
imagem mantêm as mesmas dimensões.
(b)
o I
(c)
Figura 7. No espelho plano, objeto (o)
o I e imagem (i) são figuras enantiomorfas.
(a)
Aplicação
A6. A distância de um ponto-objeto à imagem fornecida A8. Considere um ponto luminoso P, situado em frente de
por um espelho plano, medida sobre a perpendicular um espelho plano E, e o olho, O, de um observador.
ao espelho que contém os dois pontos, vale 40 cm. Desenhe o raio de luz que, emitido por P, incide no
Determine: espelho, sofre reflexão e atinge o olho, O, do observador.
a) a distância do objeto à superfície do espelho;
P
b) a nova distância que separa objeto e imagem, no
O
caso de o objeto se aproximar 5 cm do espelho;
c) a velocidade com que a imagem se afasta do espe- E
lho, quando o objeto dele se afasta com velocidade
10 m/s.
A7. Dois pontos, A e B, estão diante de um espelho plano,
conforme indica a figura. A que distância do ponto B
se forma a imagem do ponto A?
A9. Um observador segura à sua frente um livro, com
A 40 cm B a capa voltada para o espelho plano. No livro está
impresso a palavra FÍSICA. Olhando por sobre o livro,
20 cm para o espelho, o observador lê: FÍSICA
a) ACISÍF c) FÍSICA e)
FÍSICA
b) d) ACISÍF
Verificação
V6. Num espelho plano, os pontos objeto e imagem estão V8. Dois pontos, A e A
separados por uma distância de 10 m. Determine: B, estão diante de
a) a distância da imagem à superfície do espelho; um espelho plano, 60 cm
b) a que distância ficam um do outro, objeto e imagem, conforme indica a
quando o objeto é afastado 2,0 m do espelho. figura. A que dis- B
tância do ponto B 50 cm
V7. Uma pessoa corre para um espelho plano vertical com
se forma a imagem
a velocidade de 1,5 m/s. Com que velocidade a ima-
do ponto A?
gem da pessoa se aproxima do espelho?
Revisão
R6. (UES-PI) Uma bola vai do ponto A ao ponto B sobre dos a praticamente todos os aparelhos eletrônicos,
uma mesa horizontal, segundo a trajetória mostrada como aparelhos de som, televisores, micro-ondas e
na figura a seguir. Perpendicularmente à superfície da telemóveis*. (http://www.mundodosrelogios.com/
mesa existe um espelho plano. Pode-se afirmar que a tiposrelogios.htm)
distância do ponto A à imagem da bola quando ela se (*Nota do autor: telemóveis é como se chamam os
encontra no ponto B é igual a: telefones celulares em Portugal.)
a) 8 cm A figura representa a imagem produzida em um espe-
B 4 cm
b) 12 cm lho plano de um relógio digital.
c) 16 cm vista de cima
Hélio Senatore
d) 20 cm
12 cm
e) 32 cm
espelho plano
APROFUNDANDO
O
Portanto, se um espelho plano translada uma dis-
P
tância d, segundo uma direção perpendicular a seu plano,
a imagem de um objeto fixo translada 2d, no mesmo
Q sentido.
E1 E2
d
O9 o (fixo) i1 i2
Figura 8
O ponto P da figura 8 pertence ao campo visual.
O raio de luz que incide no espelho e cujo prolonga-
mento passa por O9 reflete-se e atinge o observador x x
O. Já o ponto Q não pertence ao campo visual. A reta
y y
definida por Q e O9 não intercepta o espelho.
Figura 9
Translação de um espelho
Como os deslocamentos são simultâneos,
plano podemos concluir que, se o espelho plano trans-
Considere um ponto-objeto o fixo e um espelho lada com velocidade v, a imagem de um objeto fixo
plano que ocupa a posição E1. Seja i1 a imagem de o. translada com velocidade 2v.
Aplicação
A10. Considere cinco pontos-objeto, A, B, C, D e F, um b) Determine a altura mínima do espelho que per-
espelho plano E e o olho O de um observador. mita à pessoa ver inteiramente sua imagem.
Quais pontos-objeto o observador vê por reflexão c) Nas condições do item anterior, determine a dis-
no espelho? tância do bordo inferior do espelho ao solo.
F
O A B A12. Um espelho plano vertical é afastado 2,0 m de uma
pessoa que permanece parada diante dele. Deter-
C D
mine a distância que separa a antiga e a nova ima-
E gem da pessoa.
A13. Uma pessoa está diante de um espelho plano vertical.
Em relação a um referencial ligado à Terra, a pessoa
A11. Uma pessoa de altura H e cujos olhos encontram- está em repouso e o espelho translada, numa direção
se a uma altura h do solo está em pé diante de um perpendicular a seu plano, com velocidade 2,0 m/s.
espelho plano vertical. Determine a velocidade da imagem da pessoa em
a) Faça um esquema dos raios que permitem ao relação a um referencial ligado:
observador ver o topo de sua cabeça e a ponta a) à Terra;
dos seus pés. b) ao espelho.
Revisão
R10. (Unicamp-SP) A figura abaixo mostra um espelho Reproduza o esquema ilustrado abaixo e desenhe
retrovisor plano na lateral esquerda de um carro. O raios luminosos apropriados que mostre como João-
espelho está disposto verticalmente e a altura do seu zinho consegue ver a imagem de Maria.
centro coincide com a altura dos olhos do motorista.
E
Os pontos da figura pertencem a um plano horizontal
que passa pelo centro do espelho. B A
Nesse caso, os pontos
Luiz Rubio
G 5 2F
De a e b: G 2F
RI RR1
Na figura 13, girando-se o espelho de um ângulo
F, a imagem P do ponto-objeto P passa para P,
i1 i1 descrevendo um arco de circunferência de ângulo
O I1 central , tal que 2 .
α i2 RR2
i2 P
β
C I2
Figura 10
O
De fato, no triângulo CI1I2, temos:
I1
Ĉ Î 1 Î 2 180° β α
2i1 180° 2i2 180° 2i1
2(i2 i1) a P9
180° 2 2i2 I2
b
P0
C
Figura 11 Figura 13
E1
i1 P
G
E2
Figura 15
i3 i2
O número de imagens pode ser calculado pela Figura 16
fórmula:
• Se o ângulo entre os espelhos for F 5 40°, tere-
360° 360° 360°
N5 21 mos: 5 5 9 (número ímpar). Nesse
F F 40°
caso, o número de imagens só poderá ser calculado
Essa fórmula vale em duas situações: pela fórmula se o objeto estiver no plano bissetor,
360° isto é, no plano que divide ao meio o ângulo for-
• Quando a relação é um número par, qual- mado pelos espelhos. Nessa situação:
F
quer que seja a posição do objeto entre os dois 360°
N5 2 1 5 9 2 1 N 5 8 imagens
espelhos; 0°
Aplicação
A14. Um raio de luz RI incide num espelho plano que b) Refaça a figura e represente os raios refletidos RR1
está na posição E1. Gira-se o espelho de um ângulo e RR2 relativos às posições E1 e E2.
igual a 20° em torno do eixo (O) pertencente ao RI
plano do espelho. O espelho passa a ocupar a posi-
ção E2. O E1
a) Determine o ângulo que o raio refletido girou. 20°
E2
Verificação
V15. Um raio de luz RI incide num espelho plano que está V17. Um objeto é colocado sobre o plano bissetor do
na posição E1. Seja RR1 o correspondente raio refle- ângulo diedro F formado por dois espelhos planos,
tido. Gira-se o espelho de um ângulo F, em torno do produzindo-se 14 imagens do referido objeto. Qual
eixo (O) pertencente ao plano do espelho. O espe- 360°
o ângulo F entre os espelhos? Sabe-se que
lho passa a ocupar a posição E2. Para o mesmo raio F
incidente RI corresponde um novo raio refletido RR2. é ímpar.
Sabendo que o raio refletido girou de 40°, determine
V18. Na figura temos dois espelhos planos, E1 e E2, cujas
o ângulo F.
superfícies refletoras formam entre si um ângulo de
RI
RR1 60°. Um raio de luz incide no espelho E1 e, após se
refletir, vai incidir em E2. Qual o ângulo com que o
O α E1 raio se reflete de E2?
40° RR2
E2
E2
Revisão
R15. (UFR-RJ) Considere a situação esquematizada abaixo, dois espelhos planos verticais A e B que fazem entre
na qual um pequeno espelho plano se encontra dis- si um ângulo de 60°. A figura 2 indica seis posições,
posto verticalmente, bem em frente ao rosto de uma 1, 2, 3, 4, 5 e 6, relativas aos espelhos. A criança se
pessoa. encontra na posição 1 e pode ver suas imagens nas
posições 2, 3, 4, 5 e 6.
Lettera Studio
Alberto De Stefano
30° 3 2
4 30° 1
30°
B
Para que essa pessoa consiga ver a imagem da lâm-
5 6
pada no teto, sem precisar se abaixar, o espelho deve
ser girado:
a) 60° c) 15° e) 45° Figura 1 Figura 2
b) 30° d) 90°
Em quais das cinco imagens a criança pode ver os
R16. (UF-RJ) Uma criança segura uma bandeira do Brasil dizeres ORDEM E PROGRESSO? Justifique a sua
como ilustrado na figura 1. A criança está diante de resposta.
Alberto De Stefano
mando um ângulo com o plano do espelho OB
de valor: O B
a) 0°
b) 15°
c) 55°
d) 35° α E2
raio
e) 65°
incidente
A
R18. (PUC-SP) Um aluno colocou um objeto O entre
as superfícies refletoras de dois espelhos planos
associados e que formavam entre si um ângulo , A respeito do periscópio e dos fenômenos lumi-
obtendo n imagens. Quando reduziu o ângulo entre nosos que a ele podem ser associados são feitas
afirmativas:
os espelhos para , passou a obter m imagens.
4 I. A colocação de espelhos planos, como indicada
A relação m e n é: na figura, permite que a luz proveniente da árvore
Marco A. Sismotto
APROFUNDANDO
Mark E. Gibson/Corbis/Latinstock
26 Os espelhos esféricos
C V
eixo
R principal
Figura 4
C
V V C
(a) (b)
Figura 6
Podemos enunciar:
C C
(a) (b)
As duas últimas propriedades são válidas para
Figura 7 todos os espelhos esféricos (de Gauss ou não).
A distância do foco principal F ao vértice V
do espelho é denominada distância focal e repre-
sentada por f. i V i V
O foco principal F está aproximadamente a meia C F r r F C
distância entre o vértice V e o centro de curvatura C
(fig. 8). Nessas condições, o raio de curvatura R é
praticamente o dobro da distância focal f:
(a) (b)
R 5 2f
Figura 10
Verificação
V1. Nos esquemas, V é o vértice, F é o foco e C é o centro b) Onde deve ser colocado o pavio da vela que se quer
de curvatura. Indique quais estão corretos. acender?
a) d) V3. Na figura, representamos dois espelhos esféricos, E1 e
E2, com eixos principais coincidentes. P é uma fonte de
luz puntiforme.
F V C F V
E1
E2
b) e)
P V2
β C F V1
V
β V
c)
Considerando-se os raios de luz emitidos por P e indi-
cados na figura, determine os raios de curvatura dos
espelhos E1 e E2. São dadas as distâncias: V1P 5 10 cm
V F
e V2P 5 2,0 cm.
Revisão
R1. (UF-AM) Um raio de luz, i, incide paralelamente ao eixo
Marco A. Sismotto
E1
E2
eixo óptico
P
P'
i
Q r V Q' F
C — Centro de curvatura
f — Foco principal
Figura 15
Figura 12. Imagem em um espelho convexo.
Para essa posição do objeto, a imagem que o espe-
Fotos: Edson Sato
Q
C Q' F V
P'
Figura 16
Figura 13
P
i`
Q' C F Figura 20
Q V
• Objeto PQ situado entre o foco principal F e o vér-
tice V
Observe que a imagem P'Q' é virtual, direita e maior
P'
do que o objeto (fig. 21).
Figura 18 P'
P
Fotos: Edson Sato
i
F Q r V Q'
Figura 21
Figura 19
Aplicação
A5. Construa graficamente a imagem do objeto c) e)
PQ, representado nos esquemas seguintes, clas-
sificando-a em real ou virtual, direita ou invertida P P
CQ F V C FQ V
e em maior, menor ou do mesmo tamanho que o
objeto. Nos esquemas, V é o vértice, F é o foco
principal e C é o centro de curvatura.
a) b) d) f)
P P P P
Q C F V Q C F V C QF V Q V F C
Verificação
V5. Encontre graficamente a imagem do boneco no espe-
lho esférico, ambos representados em escala. Sendo F
o foco do espelho, a imagem do boneco é (e está): o
a) real (à direita do boneco).
D A F B V C
b) real (à esquerda do boneco).
c) virtual (à direita do foco).
d) virtual (à esquerda do foco). d d
e) imprópria (no infinito).
V8. Se um objeto real se encontra entre o centro de cur-
vatura e o foco de um espelho esférico côncavo, a
sua imagem vai se formar:
a) no vértice do espelho.
b) no centro de curvatura do espelho.
c) antes do centro de curvatura.
V F d) entre o centro de curvatura e o foco do espelho.
e) entre o foco e o vértice do espelho.
Paulo Leminski
Nesse caso, o ponto em que, mais provavelmente, a
imagem da lâmpada será formada é o:
a) K c) M
b) L d) N
C F
(II) (V)
C F C F
(III)
Figura 1 Figura 2
C F
Observando-se as duas imagens, é correto afirmar:
a) o espelho da figura 1 é côncavo, o da figura 2 é con- a) nos casos I, IV e V. d) nos casos I e II.
vexo e o boneco está entre o foco e o vértice deste b) somente no caso I. e) nos casos I e III.
espelho. c) somente no caso II.
Para referir a posição do objeto e da imagem Nos espelhos esféricos, a distância focal f e o raio
em relação ao espelho esférico, adotamos o sistema de curvatura R são considerados abscissas do foco
de referência de Gauss, esquematizado na figura 23. principal F e do centro de curvatura C, respectiva-
mente. Sendo assim, o espelho côncavo tem distância
o, i o, i
luz luz focal e raio de curvatura positivos, enquanto o espelho
convexo os tem negativos.
p, p9 V p, p9 V Equação de Gauss
A Equação de Gauss relaciona as abscissas (p e p9)
com a distância focal f do espelho:
Figura 23
1 1 1
ⴝ ⴙ
Eixo Origem Direção Sentido f p p9
Figura 25
imagem real: p9 . 0
imagem virtual: p9 , 0 p9
Figura 26
Observe ainda que, admitindo p e o como sendo
sempre positivos (objeto real, acima do eixo principal), O sinal negativo é acrescido à relação geomé-
a abscissa da imagem p9 e sua ordenada i têm sempre trica, em vista de i e p9 terem sempre sinais opostos
sinais contrários. Assim: (para o e p positivos).
CAPÍTULO 26 - Os espelhos esféricos 363
Aplicação
A8. Um espelho esférico côncavo tem distância focal igual a Determine:
30 cm. Um objeto é colocado frontalmente a 50 cm do a)a distância focal do espelho;
espelho. Determine a posição e a natureza da imagem. b)a abscissa da imagem formada;
c)a altura (ordenada) da imagem;
A9. Um espelho esférico convexo tem distância focal d)a natureza da imagem.
de módulo igual a 20 cm. Um objeto luminoso é
colocado a 40 cm do vértice do espelho, perpen- A11. Um espelho esférico convexo tem distância focal de
dicular ao eixo principal. Determine a posição e a módulo igual a 30 cm. Um objeto luminoso é colo-
natureza da imagem. cado a 30 cm do vértice do espelho, perpendicular-
mente ao eixo principal.
A10. Um espelho côncavo tem 80 cm de raio de curvatura. Determine:
Um objeto com 10 cm de altura é colocado frontal- a) a posição e a natureza da imagem;
mente a 60 cm do espelho. b) o aumento linear transversal da imagem.
Verificação
V12. Um objeto está frontalmente colocado diante de um c) a natureza da imagem;
espelho esférico côncavo, de distância focal 20 cm, a d) o aumento linear transversal da imagem.
30 cm de seu vértice.
V14. Um objeto está frontalmente colocado diante de um
a) A que distância do vértice do espelho se forma a
espelho esférico convexo, cuja distância focal tem
imagem? Qual a sua natureza? módulo igual a 20 cm. A imagem se forma a 15 cm
b) Faça um esquema onde apareçam o espelho, o do espelho.
objeto e a correspondente imagem. Para obten- a) Determine a distância do objeto ao espelho.
ção da imagem, utilize dois raios de luz. b) Faça um esquema onde apareçam o espelho, o
V13. O raio de curvatura de um espelho côncavo é objeto e sua imagem. Para a obtenção da ima-
R 5 100 cm. À sua frente, situado perpendicular- gem, utilize dois raios de luz.
mente ao eixo principal e a 150 cm de seu vértice, V15. Um espelho esférico convexo apresenta raio de cur-
está um objeto. vatura cujo módulo é igual a 12 cm. Diante dele está
Determine: um objeto perpendicular ao eixo principal com 6,0 cm
a) a distância focal do espelho; de altura e a 3,0 cm do vértice do espelho. Determine
b) a abscissa da imagem formada; a posição, a altura e a natureza da imagem formada.
Revisão
R10. (Unifal-MG) Um objeto real, direito, situado no eixo
espelho
principal de um espelho esférico côncavo, 20 cm objeto
distante do vértice do espelho, forma uma imagem p
real situada a 60 cm do vértice do espelho. Assinale
a alternativa correta. p9
a) A imagem formada está entre o foco e o centro da
curvatura. 20 cm
b) A imagem formada é maior do que o objeto e
direita. imagem
c) A distância focal do espelho é de 30 cm.
d) A imagem é menor que o objeto e invertida.
As posições do objeto e da imagem são, respectiva-
e) O objeto está situado entre o foco e o centro de
mente:
curvatura do espelho.
a) 10 cm e 20 cm.
R11. (Unimontes-MG) A figura ao lado representa um b) 20 cm e 30 cm.
espelho esférico côncavo em que a imagem tem uma c) 10 cm e 30 cm.
altura três vezes maior que a do objeto. d) 30 cm e 40 cm.
Alex Argozino
entre o foco e o vértice de um espelho esférico
côncavo, de raio de curvatura igual a 30 cm, e H R
distante 10 cm do foco. Quando o objeto for repo-
sicionado para a posição correspondente ao cen- h
tro de curvatura do espelho, qual será a distância C
entre as posições das imagens formadas nessas
duas situações?
a) 37,5 cm
b) 22,5 cm 4,0 m
20 cm
c) 7,5 cm
d) 60 cm Em particular, espelhos convexos são úteis por
e) zero permitir o aumento do campo de visão e por essa
razão são frequentemente empregados em saídas
R13. (Unicamp-SP) Para espelhos esféricos nas condições de garagens e em corredores de supermercados.
de Gauss, a distância do objeto ao espelho, p, a dis- A figura acima mostra um espelho esférico con-
tância da imagem ao espelho, p⬘, e o raio de curva- vexo de raio de curvatura R. Quando uma pes-
tura do espelho, R, estão relacionados pela equação soa está a uma distância de 4,0 m da superfície
1 1 2 do espelho, sua imagem virtual se forma a 20 cm
⫹ ⫽ . O aumento linear transversal do
p p⬘ R deste, conforme mostra a figura. Usando as expres-
⫺p⬘ sões fornecidas acima, calcule o que se pede.
espelho esférico é dado por A ⫽ , onde o sinal
p a) O raio de curvatura do espelho.
de A representa a orientação da imagem, direita b) O tamanho h da imagem, se a pessoa tiver
quando positivo e invertida quando negativo. H ⫽ 1,60 m de altura.
APROFUNDANDO
Aplicação
A12. Mediante um espelho localizado a 1,0 m de um objeto b) a distância do espelho à parede.
luminoso frontal, deseja-se obter uma imagem direi-
A14. Uma pessoa diante de um espelho esférico de raio
2
ta cuja altura seja da do objeto. 120 cm vê sua imagem direita quatro vezes maior.
3
Determine sua distância ao espelho.
Determine o tipo de espelho que deve ser adotado e
sua distância focal. A15. Um espelho côncavo fornece de um objeto real uma
imagem invertida e quatro vezes maior. A distância
A13. Um espelho côncavo projeta sobre uma parede a
entre a imagem e o objeto é 45 cm. Determine as abs-
imagem vinte vezes maior de um objeto real colo-
cissas do objeto e da imagem e o raio de curvatura do
cado a 42 cm de seu vértice. Determine:
espelho.
a) a distância focal do espelho;
rotoGraphics/Kalium/
Grupo Keystone
Revisão
R14. (UFF-RJ) Um rapaz utiliza um espelho côncavo, de b) calcule o raio de curvatura do espelho, conside-
raio de curvatura igual a 40 cm, para barbear-se. rando a informação de que Afrodite costuma ficar
Quando o rosto do rapaz está a 10 cm do espelho, o a 50 cm do referido espelho.
aumento linear transversal da imagem produzida é:
R17. (U. F. Pelotas-RS) Um objeto de 6 cm de altura é
a) 1,3 c) 2,0 e) 40
colocado perpendicularmente ao eixo principal e a
b) 1,5 d) 4,0
24 cm do vértice de um espelho esférico côncavo, de
R15. (ITA-SP) Um objeto linear de altura h está assentado raio de curvatura 36 cm. Baseado em seus conheci-
perpendicularmente no eixo principal de um espelho mentos sobre óptica geométrica, a altura e natureza
esférico, a 15 cm de seu vértice. A imagem produzida da imagem são, respectivamente:
h a) 2 cm; virtual e direita. d) 18 cm; real e invertida.
é direita e tem altura de . Esse espelho é:
5 b) 12 cm; real e invertida. e) 2 cm; virtual e invertida.
a) côncavo, de raio 15 cm. c) 18 cm; virtual e direita.
b) côncavo, de raio 7,5 cm.
c) convexo, de raio 7,5 cm. R18. (Aman-RJ) Um fabricante de automóveis deseja
d) convexo, de raio 15 cm. colocar em seus veículos um espelho retrovisor que
e) convexo, de raio 10 cm. forneça ao motorista uma imagem do veículo que o
segue, reduzida à metade do seu tamanho natural,
R16. (UF-RN) A bela Afrodite adora maquiar-se. Entretanto, quando ele estiver a 5,0 m de distância do vértice do
não está satisfeita com o espelho plano que há em seu espelho. A opção que contém as características do
quarto, pois gostaria de se ver bem maior para poder espelho a ser utilizado é:
maquiar-se mais adequadamente. Com essa ideia, ela a) espelho esférico côncavo com raio de curvatura
procurou você, que é um fabricante de espelhos, e igual a 2,50 m.
encomendou um espelho em que pudesse ver-se com b) espelho esférico côncavo com distância focal de
o triplo do tamanho da imagem do espelho plano. 2,50 m.
Para as finalidades pretendidas pela jovem: c) espelho esférico côncavo com distância focal de
a) determine se o espelho deve ser côncavo ou con- 5,0 m.
vexo, bem como onde Afrodite deve se posicionar d) espelho esférico convexo com distância focal de
em relação ao vértice (V), ao foco (F) e ao centro (C) 2,50 m.
do espelho. Faça um diagrama representando a for- e) espelho esférico convexo com raio de curvatura
mação da imagem, conforme o desejo de Afrodite. igual a 10,0 m.
APROFUNDANDO
Faça uma pesquisa sobre as aplicações práticas dos espelhos esféricos: côncavos e convexos.
27 Refração da luz
luz Figura 3
refletida luz
incidente
ar
água
S
Índice de refração
luz Para caracterizar cada um dos meios envol-
refratada vidos no fenômeno da refração, definimos uma
grandeza adimensional denominada índice de refra-
Figura 1 ção absoluto (n), que corresponde a uma com-
paração entre a velocidade da luz no meio con-
Quando a incidência da luz na super fície
siderado (v) e a velocidade da luz no vácuo (c).
de separação é oblíqua, a refração ocorre com
Define-se índice de refração absoluto (n) de um
mudança de direção do feixe luminoso. No caso
meio pela relação entre a velocidade da luz no vácuo
de a incidência ser perpendicular, não há mudança
(c) e a velocidade (v) da luz monocromática que se
de direção. Na figura 2, representamos as duas
propaga no meio considerado:
situações, omitindo, como faremos daqui para a
frente, o raio refletido que sempre acompanha o c
n5
fenômeno da refração. v
Para o ar tem-se também, como boa aproxi- Entre os dois meios considerados na refração,
mação: diz-se mais refringente o que apresenta maior índice
de refração absoluto. O outro é, logicamente, o
nar 5 1
menos refringente.
Aplicação
A1. Certa luz monocromática apresenta num meio material A4. Usando feixes de luz monocromáticos de cores azul,
velocidade igual a 1,5 ⭈ 108 m/s. Sendo a velocidade da amarela e vermelha, mediu-se o índice de refração n
luz no vácuo 3,0 ⭈ 108 m/s, determine o índice de refra- de uma placa de vidro comum. Certamente, a relação
ção absoluto desse meio para a luz que se propaga. entre os valores obtidos foi:
a) nazul ⫽ namarelo ⫽ nvermelho
4
A2. O índice de refração absoluto da água é n ⫽ para b) nazul ⬎ nvermelho ⬎ namarelo
3
c) nvermelho ⬎ nazul ⬎ namarelo
certa luz monocromática.
d) nazul ⬎ namarelo ⬎ nvermelho
Qual a velocidade de propagação dessa luz na
e) nvermelho ⬎ namarelo ⬎ nazul
água, se no vácuo ela se propaga com velocidade
c ⫽ 3 ⭈ 105 km/s? 4
A5. O índice de refração absoluto da água é e o do vi-
A3. A velocidade da luz amarela num determinado meio é 3
3
dro é . Determine os índices de refração relativos da
4 2
da velocidade da luz no vácuo. Qual o índice de
5 água em relação ao vidro e do vidro em relação à
refração absoluto desse meio? água.
Verificação
V1. Determine o índice de refração absoluto de um V2. O índice de refração absoluto do vidro é 1,5 para certa
líquido onde a luz se propaga com a velocidade luz monocromática. Qual a velocidade de propagação
de 2,0 ⭈ 105 km/s. A velocidade da luz no vácuo é dessa luz no vidro, se no vácuo ela se propaga com
3,0 ⭈ 105 km/s. velocidade c ⫽ 3,0 ⭈ 108 m/s?
Revisão
R1. (UE-PB, adaptado) Para caracterizar os meios envolvi- ângulo de incidência da luz numa superfície plana de
dos no fenômeno da refração, define-se uma grandeza vidro transparente de índice de refração 1,5. A figura
adimensional denominada índice de refração absoluto 2 mostra três direções possíveis — I, II e III — pelas
(n) de um meio material como sendo a razão entre a quais o observador O olha para a vitrine plana de vidro
velocidade da luz no vácuo (c) e a velocidade (v) da transparente V.
luz que se propaga no meio considerado: Radiação refletida (R)
c ou transmitida (T)
n⫽
v
A tabela a seguir relaciona o índice de refração 100° T
para sete meios diferentes. Se necessário, adote
c ⫽ 3 ⭈ 108 m/s.
50°
Meio Índice de refração
Vácuo 1,0000 R
Ar 1,0003 0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 0 (graus)
figura 1
Água 1,3300
Álcool etílico 1,3600 O
Óleo 1,4800 O
Marco A. Sismotto
Vidro (crown) 1,5000
O I
Vidro (flint) 1,6600 II
Aplicação
A6. Um raio luminoso monocromático incide na super- A9. Um raio de luz monocromática se propaga de certo
fície que separa o meio A do meio B, formando um líquido para o ar (nar ⫽ 1).
ângulo de 60° com a normal no meio A. O ângulo
de refração vale 30° e o meio A é o ar, cujo índice N
1
de refração é nA ⫽ 1. Sabendo-se que sen 30° ⫽ r
2 ar
3
e sen 60° ⫽ , determine o índice de refração do
2 líquido
meio B (nB). i
Lettera Studio
Determine o índice de refração da substância. O índice
de refração do vácuo é 1.
Revisão
R5. (UF-RS) No diagrama abaixo, i representa um raio 2m
luminoso, propagando-se no ar, que incide e atravessa
um bloco triangular de material transparente desco- 3m
ar
nhecido.
líquido
i
3m
Marco A. Sismotto
30°
1m
ur (graus)
R9. (UF-PE) Um raio de luz incide na parte curva de um
cilindro de plástico de seção semicircular formando
um ângulo i com o eixo de simetria. O raio emerge na 30
face plana formando um ângulo r com mesmo eixo.
Um estudante fez medidas do ângulo r em função 0
do ângulo Vi e o resultado está mostrado no gráfico r 0 5 10 15 20 25 30 35
versus Vi. Determine o índice de refração desse plástico. ui (graus)
Aplicação
A10. A figura representa um raio de luz se propagando
de um meio A para outro meio B. Sejam nA e nB
os índices de refração absolutos e vA e vB as velo- 1
cidades de propagação da luz nos meios A e B,
ar 2
respectivamente.
3
4 vidro
5
A
B
A12. Um raio luminoso incide na superfície de separação
Tem-se: entre dois meios A e B, formando com a normal à
a) nA ⫽ nB e vA ⫽ vB. d) nA ⬍ nB e vA ⬍ vB. superfície um ângulo de 60°. Os índices de refração
b) nA ⬎ nB e vA ⬎ vB. e) nA ⬍ nB e vA ⬎ vB. absolutos dos meios A e B valem, respectivamente,
c) nA ⬎ nB e vA ⬍ vB. 1 2
2 e 3, e são dados: sen 30° ⫽ , sen 45° ⫽ e
2 2
A11. Um raio de luz monocromática propagando-se no ar 3
sen 60° ⫽ .
incide na face de um bloco de vidro. Dos raios apresen- 2
tados, qual é o raio refratado que corresponde ao raio a) Faça um esquema da refração.
incidente? b) Determine o ângulo de refração.
Verificação
V10. Um raio de luz monocromática atravessa três meios Estão de acordo com a situação descrita:
homogêneos e transparentes, A, B e C, conforme a) somente o esquema II.
indica a figura abaixo. b) somente o esquema III.
c) os esquemas I e II.
75°
d) os esquemas I e III.
A
e) somente o esquema I.
Revisão
R10. (UE-CE) Um raio luminoso monocromático propaga- R11. (Mackenzie-SP) Um raio de luz monocromático que
se através de quatro meios materiais com índices de se propaga no ar (índice de refração ⫽ 1) atinge a
refração n0, n1, n2 e n3, conforme mostra a figura a superfície de separação com um meio homogêneo e
seguir: transparente, sob determinado ângulo de incidência,
diferente de 0s.
n3
Água 1,33
Álcool 1,66
n2 Diamante 2,42
Glicerina 1,47
n1
Vidro comum 1,52
n0
Nessas condições, é correto afirmar que: Considerando os meios da tabela acima, aquele para
a) n0 ⬎ n1 ⬎ n2 ⬎ n3 o qual o raio luminoso tem o menor desvio é:
b) n0 ⫽ n1 ⬎ n2 ⬎ n3 a) Água. d) Glicerina.
c) n0 ⫽ n1 ⬍ n2 ⬍ n3 b) Álcool etílico. e) Vidro comum.
d) n0 ⬍ n1 ⬍ n2 ⬍ n3 c) Diamante.
Ângulo limite nA
i 5 90°
nB
Consideremos inicialmente um raio de luz
monocromática propagando-se do meio menos
refringente (A) para o meio mais refringente (B), r5L
como indica a figura 7. Figura 8
Aplicação
A14. São dados os índices de refração nA 5 3 e nB 5 2 30°
de dois meios homogêneos e transparentes A e B,
respectivamente. Esses meios são separados por uma A
superfície plana. B
60°
a) Determine o ângulo limite para esse par de meios.
b) Para haver reflexão total, a luz deve se propagar
no sentido de A para B ou de B para A? A17. No fundo de um recipiente cilíndrico está uma fonte
3 luminosa pontual F. O líquido, que ocupa o recipiente
Dado: sen 60° 5 .
2 até a altura de 10 cm, tem índice de refração igual a
2. Determine o diâmetro da região circular através
A15. O maior ângulo de incidência que permite
da qual a luz emitida pela fonte emerge no ar. Dado:
à luz passar de um líquido para certo cristal é 30°.
2
1 sen 45° 5 cos 45° 5 .
Sabendo-se que sen 30° 5 , determine o índice de 2
2
refração do cristal em relação ao líquido.
A16. A figura mostra um raio de luz monocromática propa-
L L
gando-se entre dois meios transparentes, A e B.
1 3
Sabendo-se que sen 30° 5 e sen 60° 5 , deter-
2 2
F
mine o seno do ângulo limite para esse par de meios.
Verificação
V14. Considere dois meios homogêneos e transparentes, V15. O ângulo limite para certo par de meios é 30°. Se um
A e B, de índices de refração nA 5 1 e nB 5 2. Dos dos meios tem índice de refração igual a 1,2, qual o
raios de luz indicados e que são emitidos pela fonte índice de refração do outro?
F, quais os que sofrem reflexão total? Dado: sen 30° 5 0,50.
1 V16. Quando um raio luminoso incide por um ângulo de
Dado: sen 30° 5 .
2 incidência 45°, ele se refrata por um ângulo de refra-
ção 30°, ao passar de um meio A para um meio B.
A 2 1
Dado que sen 45° 5 e sen 30° 5 , determine
B 2 2
10° 30° 45° 60° o ângulo limite para esses dois meios.
1 2
V17. No interior de um líquido transparente de índice de
3 5
4
refração , a uma profundidade de 40 cm, se en-
4
5 contra uma fonte luminosa pontual. Indique o diâme-
tro da região circular determinada na superfície livre
F do líquido através da qual a luz emerge no ar.
Revisão
R14. (UF-MA) Quando um raio de luz passa para um meio Na situação ilustrada na figura, o ângulo limite vale:
menos refringente se refrata, afastando-se da nor- a)25° N
mal. Em determinado ângulo de incidência, o raio b)30°
vidro
emerge na superfície de separação entre os meios. c)35° L n5√ 2
Nessa situação, o ângulo de refração atinge seu valor d)40°
máximo e o ângulo de incidência é denominado e)45°
ar
ângulo limite L. n51
Marco A. Sismotto
sobre a casca seja de 84°, isto é, ui 5 84°, e que o
índice de refração do núcleo seja de 1,010 (n1 5 1,010).
Adote sen 84° 5 0,995.
a) Qual deve ser o mínimo valor de n2 para que a luz
permaneça no interior da fibra? Dê sua resposta
com 3 casas decimais.
b) Em qual das partes, núcleo ou casca, a velocidade
da luz é maior? Justifique sua resposta.
Supondo que uma fibra óptica encontre-se imersa
R16. (UF-ES)
no ar e que o índice de refração da fibra óptica é
3
Thinkstock/Getty Images
Para que ocorra reflexão total em uma fibra óptica, Uma pessoa, colocada fora do líquido, não conse-
é necessário que: guirá ler completamente a palavra pintada na placa
a) o índice de reflexão do núcleo seja igual ao do devido à presença da boia e também devido ao
revestimento. fenômeno da reflexão total da luz. Indique a alter-
b) o índice de refração do núcleo seja igual ao do nativa que melhor representa o trecho da placa que
revestimento. poderá ser visto pela pessoa fora do líquido. Adote
c) o índice de reflexão do núcleo seja maior que o do nar 5 1.
revestimento.
a) F b) S c) C d) F e) F
d) o índice de refração do núcleo seja maior que o do
revestimento. Í I A Í Í
e) o índice de refração do núcleo seja menor que o S C S
do revestimento. I A
As fibras ópticas
Atualmente, nas telecomunicações, utilizam-se “fios de vidro”, em vez dos tradicionais cabos metálicos,
geralmente de cobre. O funcionamento desses “fios de vidro”, chamados fibras ópticas, é simples. Cada filamento
constituinte de uma fibra óptica é formado basicamente de um núcleo central de vidro com índice de refração
elevado e de uma casca envolvente feita de vidro com índice de refração menor.
Kord.com/AGE Fotostock/
Grupo Keystone
casca núcleo
Studio Caparroz
As fibras ópticas transportam luz.
O feixe de luz que penetra no filamento sofre sucessivas reflexões totais na superfície de separação entre os
dois tipos de vidro e assim vai caminhando, podendo percorrer dessa forma até milhares de quilômetros, pois a
perda de energia nas reflexões não é apreciável. Por isso, de modo conveniente, essa luz pode ser transformada
em sinal elétrico, sonoro ou luminoso, conforme a informação transmitida.
As fibras ópticas têm muitas vantagens em relação aos cabos metálicos:
• elas multiplicam por mil, ou mais, a capacidade de transportar informações;
• sua matéria-prima (sílica) é muito mais abundante que os metais, baixando o custo de produção e eliminando
o perigo de escassez;
• elas não sofrem interferências elétricas nem magnéticas, o que dificulta os “grampeamentos” e as linhas
cruzadas;
• são imunes a falhas, tornando as comunicações mais confiáveis;
• os fios de vidro são mais resistentes à ação do ambiente: não enferrujam, não se oxidam e não são atacados
pela maioria dos agentes químicos.
Refração atmosférica
A atmosfera não é um meio homogêneo, tornando-se cada vez mais rarefeita e, portanto, menos densa, à medida
que se afasta da superfície da Terra. Sabe-se que, quanto menor é a densidade, menor é o índice de refração. Como
Alex Argozino
uma direção tangente à trajetória descrita na atmos- luz branca
fera (fig. 11).
luz
luz violeta vermelha
Alex Argozino
total numa camada próxima ao solo. A partir daí, os
raios sobem e podem atingir um observador, que terá
luz violeta
a impressão de que existe uma imagem especular do
objeto (fig. 12), como se no solo tivesse uma poça
d’água. luz vermelha
Paulo César Pereira
Figura 14
vermelho
Alex Argozino
a1
alaranjado
amarelo
verde
Figura 12. Miragem numa estrada asfaltada. azul
anil
Dispersão luminosa. a2
violeta
Arco-íris
a1 . a2
Se um feixe de luz branca incidir na superfície
(vermelho) (violeta)
de separação entre dois meios, como por exemplo
na superfície livre da água, ao se refratar, o feixe se Figura 15
Verificação
V18. Os fenômenos miragem e posição aparente dos quentes, são menos refringentes que as camadas
astros são consequências diretas: superiores.
a) da dispersão da luz pela atmosfera. c) reflexão da luz no próprio leito da estrada, que é
b) da grande distância em que se encontram os uma superfície plana e polida.
objetos. d) existência real de água sobre a estrada.
c) da variação do índice de refração do ar com a sua e) condições psicológicas desfavoráveis do obser-
densidade. vador, cansado da viagem, com sono ou mesmo
d) da forma esférica da Terra. doente.
e) do fato de a luz não se propagar em linha reta,
V20. Um raio de luz branca se propaga no ar e, ao pene-
nos meios homogêneos e transparentes.
trar no vidro, desvia-se conforme as diferentes luzes
V19. A visão de manchas brilhantes semelhantes a poças monocromáticas componentes, dando lugar à for-
d9água em estradas asfaltadas, nos dias quentes, é mação de um espectro. Neste, a ordem correta das
explicada como sendo determinada por: cores, conforme o grau de diminuição do desvio, é:
a) reflexão total da luz nas camadas de ar próximas a) vermelho, azul, amarelo.
ao solo, cujo índice de refração é superior ao das b) amarelo, azul, vermelho.
camadas superiores, por estarem mais quentes. c) azul, vermelho, amarelo.
b) reflexão total da luz nas camadas de ar próximas d) azul, amarelo, vermelho.
ao leito da estrada, as quais, por estarem mais e) amarelo, vermelho, azul.
Revisão
R19. (UF-RJ) A figura mostra uma estrela localizada no
Índice de refração do vidro crown para algumas cores
ponto O, emitindo um raio de luz que se propaga até
a Terra. Ao atingir a atmosfera, o raio desvia-se da tra- Cor n
jetória retilínea original, fazendo com que um obser- Vermelha 1,51
vador na Terra veja a imagem da estrela na posição I.
O desvio do raio de luz deve-se ao fato de o índice de Verde 1,52
refração absoluto da atmosfera variar com a altitude. Violeta 1,53
Walter Caldeira
I
Nesse esquema, o feixe refratado 3 corresponde à cor:
atmosfera
ar
Marco A. Sismotto
vidro
Terra
1
3 2
As cores do céu
O fato de, no decorrer do dia, o céu se apresentar azul e, no alvorecer e no entardecer, com coloração aver-
melhada deve-se a um mesmo fenômeno: o espalhamento da luz solar.
As moléculas do ar, ao serem atingidas pela luz do Sol, espalham com maior intensidade as luzes azul e violeta,
em todas as direções. Enquanto a posição do Sol for tal que a distância percorrida pela luz não seja muito grande, a luz
espalhada será recebida por nossos olhos e tornará o céu azul (nossa retina é pouco sensível à luz violeta).
No entardecer e no alvorecer, a distância que a luz
Alex Argozino
percorre na atmosfera é muito grande, pois os raios sola- céu azul céu avermelhado
res incidem sobre a Terra muito inclinados. Por serem
espalhadas mais intensamente pelo ar, as luzes azul e
violeta vão sendo eliminadas da luz que chega aos olhos do
observador. Predominam, então, as luzes do lado oposto
do espectro — o alaranjado e o vermelho —, e o céu se
tinge desses tons.
APROFUNDANDO
Por que, para um astronauta na Lua, o céu se apresenta negro, e não azul, como quando é visto da Terra?
LEIA MAIS
Paulo Toledo Soares. O mundo das cores. São Paulo: Moderna, 1991. (Coleção Desafios)
Israel Pedrosa. Da cor à cor inexistente. Rio de Janeiro: Léo Christiano, 2002.
. O universo da cor. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2004.
P9
nar
P d9 r
ar I1 S
ar d I2
ar S r
S água d9
água
água d9 i P9 d nágua
P9 d d . d9 i
P
d . d9
P d9 . d
Considerando os raios que definem a imagem
(a) (b) pouco inclinados em relação à perpendicular à super-
Figura 17 fície, podemos fazer a aproximação: sen i > tg i e
sen r > tg r. Logo:
Quando os raios que definem a imagem são II II
nágua ⭈ tg i ⫽ nar ⭈ tg r ⇒ nágua ⭈ 1 2 ⫽ nar ⭈ 1 2
pouco inclinados em relação à perpendicular, as d d⬘
distâncias do objeto à superfície (d) e da imagem
d nágua
à superfície (d⬘) são proporcionais aos índices de 5
d⬘ nar
refração dos dois meios.
No caso de o objeto estar na água (fig. 17a): Para o objeto P no ar, temos analogamente:
d nágua d n
5 , com d ⬎ d⬘ e nágua ⬎ nar 5 ar
d⬘ nar d⬘ nágua
Aplicação
A22. Suponhamos que um pescador queira fisgar de fora A23. Um mergulhador dentro d⬘água olha um pássaro
da água um peixe com um arpão. Se o pescador que sobrevoa a região onde ele se encontra. Para o
jogar o arpão obliquamente, ele deve visar: mergulhador, o pássaro parece estar:
a) uma posição acima daquela em que vê o peixe. a) mais afastado da superfície da água.
b) na posição em que realmente se encontra.
b) diretamente a posição em que vê o peixe.
c) mais próximo da superfície da água.
c) uma posição abaixo daquela em que vê o peixe.
d) dentro da água.
d) uma posição abaixo da posição real do peixe. e) invisível.
e) uma posição acima da posição real do peixe.
A24. Qual a profundidade em que é vista, por um obser-
vador no ar, uma moeda situada no fundo de uma
Lettera Studio
b
ar
água
a
Revisão
R23. (Fuvest-SP) Dois esquemas ópticos, D1 e D2, são uti- c) o pássaro somente poderá ver a pedra enquanto
lizados para analisar uma lâmina de tecido biológico estiver voando sobre a superfície da água.
a partir de direções diferentes. Em uma análise, a luz d) o pássaro, ao passar sobre a piscina, verá a pedra
fluorescente, emitida por um indicador incorporado numa posição mais profunda do que aquela em
a uma pequena estrutura, presente no tecido, é cap- que ela realmente se encontra.
tada, simultaneamente, pelos dois sistemas, ao longo e) o pássaro nunca poderá ver a pedra.
das direções tracejadas. Levando-se em conta o des- R25. (Unifesp-SP) Na figura, P representa um peixinho no
vio da luz pela refração, dentre as posições indicadas, interior de um aquário a 13 cm de profundidade em
aquela que poderia corresponder à localização real relação à superfície da água. Um garoto vê esse pei-
dessa estrutura no tecido é: xinho através da superfície livre do aquário, olhando
a) A D1 de duas posições: O1 e O2.
Marco A. Sismotto
b) B
ar O1 O2
c) C
D2
d) D
Alex Argozino
e) E
A lâmina de
P
tecido biológico
E D B
C
Suponha que o tecido biológico seja transparente à
luz e que tenha índice de refração uniforme, seme-
lhante ao da água. Sendo nágua 5 1,3 o índice de refração da água, pode-
se afirmar que o garoto vê o peixinho a uma profun-
R24. (Fuvest-SP) Um pássaro sobrevoa em linha reta e a didade de:
baixa altitude uma piscina em cujo fundo se encontra a) 10 cm, de ambas as posições.
uma pedra. Podemos afirmar que: b) 17 cm, de ambas as posições.
a) com a piscina cheia, o pássaro poderá ver a pedra c) 10 cm em O1 e 17 cm em O2.
durante um intervalo de tempo maior do que se a d) 10 cm em O1 e a uma profundidade maior que
piscina estivesse vazia. 10 cm em O2.
b) com a piscina cheia ou vazia, o pássaro poderá ver e) 10 cm em O1 e a uma profundidade menor que
a pedra durante o mesmo intervalo de tempo. 10 cm em O2.
Lettera Studio
parede P, enquanto o peixinho observa o olho do
cão mais próximo do aquário.
c) O cão observa o olho do peixinho mais próximo
da parede P, enquanto o peixinho observa o olho
do cão mais próximo do aquário.
d) O cão observa o olho do peixinho mais distante da
parede P, enquanto o peixinho observa o olho do
Ao mesmo tempo, o peixinho também observa o cão. cão também mais distante do aquário.
Em relação à parede P do aquário e às distâncias reais, e) O cão e o peixinho observam o olho um do outro,
podemos afirmar que as imagens observadas por cada em relação à parede P, em distâncias iguais às
um dos animais obedecem às seguintes relações: distâncias reais que eles ocupam na figura.
ar
n1 ⭈ sen i1 ⫽ n2 ⭈ sen r1
n2 ⭈ sen r2 ⫽ n1 ⭈ sen i2
vidro
Figura 18
i1 5 i2
Portanto, uma lâmina de faces paralelas é cons-
tituída por três meios homogêneos e transparentes, Concluímos, assim, que na lâmina de faces
separados por duas superfícies planas e paralelas. paralelas, sendo iguais os meios externos, o raio
Só nos interessa o caso em que os meios extre- emergente é paralelo ao raio incidente, ocorrendo ape-
mos são idênticos e o meio intermediário é o mais
nas um desvio lateral (translação) do raio luminoso
refringente. É a situação correspondente ao exemplo
apresentado. ao atravessar a lâmina (fig. 20).
Na figura 19, representamos o trajeto de um raio
luminoso que incide obliquamente numa das faces
i
de uma lâmina de faces paralelas, sendo n2 e n1 os a
A
índices de refração, com n2 ⬎ n1. b
D
i2r
r
i1 e
a r d
b
r1 C B a
i
r2
i1 5 i2 5 i
a r1 5 r2 5 r
i2 d 5 desvio lateral
n2 . n1 e 5 espessura da lâmina
Figura 19 Figura 20
Aplicação
A26. Dois raios de luz, emitidos por uma fonte F, incidem Determine:
numa lâmina de vidro, de faces paralelas e imersa no ar. a) o índice de refração relativo do meio que constitui
Refaça a figura dada e complete as trajetórias dos a lâmina em relação ao meio que a envolve;
raios de luz, atravessando a lâmina. b) o desvio lateral sofrido pelo raio luminoso ao atra-
F vessar a lâmina.
Dados: sen 30° 5 cos 60° 5 0,50;
sen 60° 5 cos 30° 5 0,87.
ar
A29. Uma pessoa A observa um inseto B através de uma
placa de vidro de faces paralelas, como mostra a
vidro
figura.
ar A
B
A27. Numa lâmina de faces paralelas de vidro (n 5 1,5)
colocada no ar (n 5 1) incide um raio de luz mono-
cromática por um ângulo de incidência i 5 60°. Qual
o ângulo que o raio emergente da lâmina forma com
A imagem desse inseto, nessas condições, será:
a normal à segunda face?
a) virtual e mais afastada do vidro.
A28. Numa lâmina de faces paralelas de espessura 1,5 cm, b) real e mais próxima do vidro.
um raio luminoso incide numa das faces por um c) virtual e mais próxima do vidro.
ângulo de 60° com a normal e se refrata por d) real e mais afastada do vidro.
um ângulo de 30° com a normal. e) real e à mesma distância do vidro.
Verificação
Revisão
R27. (UF-PB) Em um laboratório de óptica, um estudante Sabendo-se que a linha AC é o prolongamento do
faz incidir, sobre uma placa retangular de vidro de raio incidente, d ⫽ 4 cm e BC ⫽ 1 cm, assinale a
espessura d, um raio de luz monocromática. Sabendo alternativa que contém o valor de n.
que essa placa encontra-se em uma câmara de vácuo 3 3
a) 2 3 c)
e que o ângulo formado entre o raio de luz e a nor- 2
mal à placa é de 30°, identifique as afirmativas cor- 5 2
b) d) 1,5
retas: 6
I. O ângulo entre o raio refletido e a normal à placa
R29. (Fuvest-SP) Um raio luminoso proveniente do ar
é maior do que 30°.
atinge uma lâmina de vidro de faces paralelas com
II. A velocidade da luz no interior da placa será a
8,0 cm de espessura e 1,5 de índice de refração. Esse
mesma que no vácuo.
raio sofre refração e reflexão ao atingir a primeira
III. O ângulo de refração do raio independe da cor da
superfície; refração e reflexão ao atingir a segunda
luz incidente.
superfície (interna).
IV. O ângulo que o raio de luz faz com a normal, no
a) Trace as trajetórias dos raios: incidente, refratado
interior da placa, é menor do que 30°.
e refletido.
V. O raio de luz, após atravessar a placa, seguirá uma
b) Determine o tempo para o raio refratado atraves-
trajetória paralela à direção de incidência.
sar a lâmina, sendo o seno do ângulo de incidên-
R28. (UE-CE) Um raio de luz propagando-se no ar incide, cia 0,9.
com um ângulo de incidência igual a 45°, em uma Dado: c ⫽ 3 ⭈ 108 m/s (no vácuo).
das faces de uma lâmina feita com um material
R30. (Inatel-MG) Um raio de luz monocromática incide,
transparente de índice de refração n, como mostra a
segundo um ângulo de 60° com a normal, em
figura.
uma lâmina de faces paralelas de espessura 6 cm.
Sabendo que a lâmina está imersa no ar e o índice de
refração absoluto do material de que é constituído é
ar A 3, o desvio lateral do raio de luz incidente é de:
a) 8 3 cm d) 3 5 cm
n d b) 7 5 cm e) 2 3 cm
c) 5 3 cm
C 1 3
ar O B Dados: sen 30° ⫽ ; sen 60° ⫽ .
2 2
Prisma
O sistema óptico constituído por três meios homogêneos e transparentes, separados por duas superfícies
planas não paralelas, é denominado prisma. O ângulo entre as superfícies de separação é denominado ângulo
de refringência (A). Só estudaremos o caso em que os meios extremos são idênticos e o meio intermediário
é o mais refringente.
Aplicação
A30. Um raio luminoso monocromático se propaga no b) o ângulo de emergência;
ar e incide por um ângulo de incidência igual a 38° c) o desvio angular.
6 6 1
num prisma de índice de refração e ângulo de Dados: sen 38° 5 ; sen 30° 5 ;
2 4 2
refringência 75°. Determine:
2 3
a) o ângulo de refração na primeira face e o ângulo sen 45° 5 ; sen 60° 5 .
2 2
de incidência na segunda face;
Verificação
V30. Um raio de luz monocromática que se propaga no tangenciando a face oposta (emergência rasante).
ar incide, como mostra a figura, num prisma de 2
Dado que sen 45° 5 , determine o índice de re-
3 2
índice de refração 3. Sabendo que sen 60° 5 e
2 fração do prisma.
1
sen 30° 5 , determine, para esse raio de luz: V32. Em um prisma cujo ângulo de refringência é 60°, o
2
menor desvio que sofre um raio de luz monocromática
é 30°. Estando o prisma imerso no ar, determine seu
60° índice de refração para a luz incidente.
60° 2 1
Dados: sen 45° 5 ; sen 30° 5 e nar 5 1.
2 2
V33. Os dois prismas associa-
a) o ângulo de refração na primeira face;
dos no ar, como indica o
b) o ângulo de incidência na segunda face;
esquema, têm índice de
c) o ângulo de emergência;
refração maior que 2 e
d) o desvio angular.
suas seções são triângulos
V31. Um raio de luz monocromática incide perpendicular- retângulos isósceles. Esque-
mente em uma das faces de um prisma, cujo ângulo matize a trajetória do raio
de refringência é 45°, colocado no ar, e emerge indicado.
Revisão
R31. (Puccamp-SP) Um prisma de vidro, cujo ângulo de 1 2 3
refringência é 70°, está imerso no ar. Um raio de luz Dados: sen 30° 5 ; sen 45° 5 ; sen 60° 5 .
2 2 2
monocromática incide em uma das faces do prisma
sob ângulo de 45° e, em seguida, na segunda face sob R32. (Unimontes-MG) Um raio
ângulo de 40°, como está representado no esquema. luminoso, vindo do ar, cujo
índice de refração é igual 30°
N
a 1, incide perpendicular-
70° N
mente sobre uma das faces
45° de um prisma de ângulo
40° de refringência 30° (veja a
ar
ar figura).
vidro
O valor máximo do índice de refração, para que o
Nessas condições, o índice de refração do vidro em raio possa emergir na outra face, é:
relação ao ar para essa luz monocromática vale: 1 4 3
a) b) c) d) 2
3 2 2 3 2 3 2
a) c) 2 e)
2 3 1 3
3 Dados: sen 30° 5 ; sen 60° 5 .
b) 3 d) 2 2
2
Marco A. Sismotto
de refração absoluto de um prisma de seção trans- ar 45° ar 45°
versal triangular equilátera. Para tanto, faz-se incidir ar
ar
um raio luminoso monocromático numa das faces do ° 45°
45°
prisma, de tal modo que a incidência corresponda à B C B C
(v) (v) (a)
do desvio mínimo, no caso igual a 60°. Sabendo que
o prisma encontra-se num meio onde o módulo da
velocidade da luz é o mesmo que no vácuo, o índice
b) A e) A
de refração absoluto procurado é:
ar 45° ar 45° (v)
3 (v)
a) 3 d) ar ar
2 (a) 45°
45°
3 1 B C B C
b) e)
2 3 (a)
2
c) c) A
2
ar 45° (v)
R34. (UF-GO) Com a finalidade de obter um efeito visual,
ar
através da propagação da luz em meios homogê- 45°
neos, colocou-se dentro de um aquário um prisma
B C
triangular feito de vidro crown, conforme mostra a
(a)
figura abaixo.
Paulo César Pereira
Luis Moura
e 1,33, conclui-se que o efeito obtido foi um feixe de prisma filme vista frontal
luz emergindo da face: do filme
a) B, por causa da refração em B.
b) C, por causa da reflexão total em B. A V
c) B, por causa da reflexão total em B e C. V
V A
d) C, por causa da reflexão em B seguida de refração O O O O O
em C. V A
e) A, por causa das reflexões em B e C e refração A V A
em A.
1 2 3 4 5
R35. (Unifesp-SP) Dois raios de luz, um vermelho (v) e
outro azul (a), incidem perpendicularmente em pon-
tos diferentes da face AB de um prisma transparente Sabendo que o índice de refração do vidro é maior
imerso no ar. No interior do prisma, o ângulo limite para a luz azul do que para a vermelha, a figura que
de incidência na face AC é 44s para o raio azul e 46s melhor representa o filme depois de revelado é:
para o vermelho. A figura que mostra corretamente a) 1 c) 3 e) 5
as trajetórias desses dois raios é: b) 2 d) 4
28 Lentes esféricas
a c
b
(d) Bicôncava. (e) Plano-côncava. (f) Convexo-côncava.
Figura 2
O2 eixo O1
principal As três primeiras são chamadas lentes de bordas
finas e as três últimas, lentes de bordas espessas.
(a)
Comportamento óptico
Existem dois grupos de lentes: o das lentes con-
vergentes, que fazem convergir um feixe luminoso
a c incidente paralelo ao eixo principal, e o das lentes
divergentes, que fazem divergir um feixe luminoso inci-
b
dente paralelo ao eixo principal.
Sendo n1 o índice de refração absoluto do meio
eixo O a, isto é, do meio onde a lente está imersa, e n2 o
principal índice de refração absoluto do meio b, isto é, da lente
propriamente dita, temos:
Figura 3. Lentes de bordas finas: convergentes se n2 . n1 e Figura 6. Representação das lentes delgadas.
divergentes se n2 , n1.
O ponto em que a lente delgada corta o eixo
Na figura 4, vamos considerar um raio de luz principal constitui o centro óptico O da lente. Seja a
que incide numa lente plano-côncava, paralelamente lente convergente ou divergente, vale a seguinte pro-
ao eixo principal. priedade representada na figura 7:
raio emergente
(afasta da normal Todo raio de luz que atravessa a lente delgada,
raio incidente se n2 . n1)
passando pelo centro óptico, não sofre nenhum
raio emergente desvio.
eixo normal (aproxima da
principal normal se n2 , n1)
n2 n1
(a) (b)
Lente esférica delgada
Figura 7
Quando a espessura e de uma lente for despre-
zível, quando comparada com seus raios de curvatura,
R1 e R2 (fig. 5), a lente será chamada lente delgada. A Focos principais da lente
lente delgada pode ser de bordas finas ou de bordas
espessas. esférica delgada
O ponto F' do eixo principal é denominado foco
principal imagem da lente. Nele convergem os raios
emergentes da lente convergente, quando nela incide
R1
um feixe luminoso paralelo ao eixo principal (fig. 8a),
e e por ela passam os prolongamentos dos raios que
divergem ao atravessar a lente divergente, quando
R2 nela incide um feixe luminoso paralelo ao eixo prin-
cipal (fig. 8b).
APROFUNDANDO
Um explorador, perdido na Antártida, conseguiu acender uma fogueira usando um bloco de gelo que obteve
congelando água num pires. Como ele procedeu?
Aplicação
A1. Há três lentes de vidro imersas no ar: biconvexa, bicôn- d) na água, a lente é divergente e no outro líquido,
cava e convexo-côncava. Indique o comportamento convergente.
óptico de cada lente, isto é, classifique-as em conver- e) a lente é de bordas espessas.
gente ou divergente.
A3. É possível acender um palito de fósforo com uma
A2. Uma lente plano-convexa é feita de um material cujo lente no sol. Que tipo de lente se deve usar e onde
índice de refração é 1,50. A lente é colocada sucessi- deve estar a ponta do palito? Esquematize.
vamente na água, cujo índice de refração é 1,33 e num
A4. Se um ponto luminoso for colocado a 25 cm de uma
líquido de índice de refração 1,72. Pode-se afirmar que:
lente convergente, sobre o eixo principal, o feixe
a) nos dois meios a lente é convergente.
emergente é paralelo ao eixo principal da lente.
b) nos dois meios a lente é divergente.
Determine a distância focal dessa lente.
c) na água, a lente é convergente e no outro líquido,
divergente.
Verificação
V1. São lentes de vidro divergentes no ar: situado a 40 cm do centro óptico da lente, sobre o
a) a biconvexa e a plano-côncava. eixo principal. Se o feixe incidente era constituído de
b) a biconvexa e a plano-convexa. raios paralelos ao eixo principal, qual a distância focal
c) a plano-côncava e a plano-convexa. da lente? Faça um esquema explicativo.
d) a plano-côncava e a bicôncava.
V5. Nos esquemas abaixo, a lente L1 tem distância focal
e) a biconvexa e a bicôncava.
f1 5 25 cm. Determine a distância focal das lentes L2
V2. Uma lente feita de um material cujo índice de refração e L3.
é 1,5 é convergente no ar. Quando mergulhada num
líquido transparente cujo índice de refração é 1,7: L1 L2
a) ela será convergente.
b) ela será divergente.
c) ela passa a se comportar como um prisma.
d) ela passa a se comportar como uma lâmina de faces
paralelas.
d 5 35 cm
e) ela não produzirá nenhum efeito sobre os raios
luminosos.
L1 L3
V3. Um feixe de raios paralelos ao eixo principal de uma
lente, após atravessá-la, converge num ponto situado a
10 cm do centro óptico da lente. Determine a distância
focal da lente. Faça um esquema explicativo.
V4. Ao atravessar uma lente divergente, os prolonga-
d 5 20 cm
mentos dos raios emergentes passam por um ponto
Revisão
R1. (UF-MG) Na figura chida com um líquido, também
Alberto De Stefano
Marco A. Sismotto
Q P'
sulfeto Figura a
ar de carbono
acrílico acrílico P
caixa B Q'
Edson Sato
à sua frente, projeta sobre o filme uma imagem real,
invertida e menor.
O globo ocular funciona, opticamente, de modo
semelhante à máquina fotográfica. Seus vários
constituintes transparentes (córnea, cristalino,
etc.) funcionam como uma lente convergente que
forma sobre a retina uma imagem real, invertida e
menor de um objeto real. Figura 17
• Objeto PQ situado sobre o ponto antiprincipal A O projetor cinematográfico e o projetor de slides são
A imagem P'Q' é real, invertida e do mesmo tamanho constituídos, opticamente, de uma lente conver-
que o objeto e situa-se em A' (fig. 14). gente, simples ou composta (associação de len-
tes), que fornece de um objeto real (filme ou slide)
P
uma imagem real, invertida e maior que o objeto,
Q F' A' projetada sobre uma tela.
A F O Q'
• Objeto PQ situado sobre o foco principal objeto F
P' Neste caso, a imagem é imprópria (imagem no
Figura 14 infinito), como mostra a figura 18.
P
Edson Sato
Q
F O F'
Figura 18
P' observador
Figura 16 Figura 19
Aplicação
A6. Nos esquemas, F e F' são os focos principais, O é o
centro óptico e A e A' os pontos antiprincipais. Cons- o
c)
trua a imagem do objeto (o) e classifique-a. A F O F' A'
A' o F' O F A
a) Ao F O F' A'
d)
Verificação
V6. Uma lente divergente de um objeto real fornece sem- V8. Qual dos instrumentos ópticos a seguir fornece ima-
pre uma imagem: gem virtual?
a) real, invertida e ampliada. a) projetor de cinema.
b) real, invertida e diminuída. b) máquina fotográfica.
c) virtual, direita e ampliada. c) projetor de slides.
d) virtual, direita e diminuída. d) ampliador de fotografias.
e) real, direita e diminuída. e) lente de aumento simples.
V7. Um objeto real é colocado entre o foco objeto e o V9. Dados o objeto real o e sua imagem i fornecida por
centro óptico de uma lente delgada convergente. Esta uma lente delgada de eixo principal xx', determine
fornece uma imagem: graficamente o centro óptico e os focos objeto e ima-
a) direita, virtual e maior. gem da lente.
b) direita, real e maior.
c) invertida, real e menor. o
x x'
d) direita, virtual e menor. i
e) invertida, real e maior.
Revisão
R5. (PUC-SP) Na figura a seguir, em relação ao instru- c) virtual, formada por uma lente divergente, com o
mento óptico utilizado e às características da imagem objeto (livro) colocado entre o foco objeto e a lente.
nele formada, é possível afirmar que é uma imagem: d) real, formada por uma lente convergente, com o
objeto (livro) colocado entre o foco objeto e o
ponto antiprincipal objeto da lente.
Fernando Favoretto/Criar Imagem
FL
A B
A F O F' A'
Admitindo que p e o são sempre positivos Da figura 23, pela semelhança dos triângulos
sombreados, obtemos:
(objeto real, acima do eixo principal), a abscissa da
imagem p' e sua ordenada i têm sempre sinais con-
i p' p'
trários. Assim: ⴝ ⴚ ⇒ A ⴝ ⴚ
o p p
1 1 1 f
ⴝ ⴙ Aⴝ
f p p' fⴚp
Aplicação
A9. Uma fonte luminosa está a 30 cm de uma lente con- b) Classifique a imagem formada.
vergente de distância focal 20 cm. c) Calcule o aumento linear transversal da ima-
a) Determine a que distância da lente deve ser colo- gem.
cado um anteparo a fim de obter sobre ele a ima-
A12. Num laboratório, utilizando-se um banco óptico,
gem real nítida do objeto.
coloca-se uma pequena lâmpada a 90 cm de uma
b) Classifique a imagem formada.
tela de projeção. Entre a lâmpada e a tela é disposta
c) Calcule o aumento linear transversal da imagem.
uma lente delgada, numa posição tal que a imagem
A10. Para que se possa obter uma fotocópia em obtida na tela é duas vezes maior do que o objeto
tamanho natural de um documento, este é foto- (lâmpada).
grafado a uma distância de 20 cm da objetiva da a) A lente é convergente ou divergente?
máquina fotográfica. Determine a distância focal b) Qual é a distância focal da lente?
da lente.
A13. Uma lente delgada divergente fornece de um objeto
A11. Uma lupa tem 20 cm de distância focal. situado a 60 cm de seu centro óptico uma imagem
a) Determine a abscissa da imagem produzida por quatro vezes menor. Determine:
essa lente quando um objeto real é colocado a a) a distância entre a imagem e a lente;
4 cm de seu centro óptico. b) a distância focal da lente.
Revisão
R9. (Unifesp-SP) A figura abaixo representa um banco em função da distância do objeto para uma deter-
óptico didático: coloca-se uma lente no suporte e minada lente. Aproximadamente, a que distância
varia-se a sua posição até que se forme no ante- (p) da lente deve ficar o objeto para produzir uma
paro uma imagem nítida da fonte (em geral uma imagem virtual, direita e com ampliação (m) de 4,0
seta luminosa vertical). As abscissas do anteparo, vezes?
da lente e do objeto são medidas na escala, que tem
p' (cm)
uma origem única. 50 1 1 1
⫽ ⫹
40 f p p'
Luis Moura
anteparo 30 p'
m⫽⫺
20 p
suporte da lente
10
fonte de luz 0
(objeto) ⫺10 0 10 20 30 40 50 60
p (cm)
⫺20
⫺30
escala ⫺40
⫺50
a) 10 cm c) 8,0 cm e) 5,5 cm
a) Represente graficamente no caderno de respostas b) 20 cm d) 7,5 cm
(sem valores numéricos) a situação correspon- R11. (U. F. Triângulo Mineiro-MG) As figuras mostram um
dente ao esquema da figura, em que apareçam: mesmo texto visto de duas formas: na figura 1 a olho
o objeto (seta luminosa da fonte); a lente e seus
nu, e na figura 2 com auxílio de uma lente esférica.
dois focos; a imagem e pelo menos dois raios de
As medidas nas figuras mostram as dimensões das
luz que emergem do objeto, atravessem a lente e
letras nas duas situações.
formem a imagem no anteparo.
b) Nessa condição, determine a distância focal da
lente, sendo dadas as posições dos seguintes
componentes, medidas na escala do banco óptico:
Lettera Studio
A lente tela
B
objeto
M N
1 cm
1 cm
D
L
V 5 2 di
1
V5 No caso de a lente ser divergente, a vergência
f
será negativa, como a distância focal.
OBSERVE
A vergência e a distância focal de uma lente podem ser calculadas em função dos raios de curvatura de suas
faces R1 e R2 e dos índices de refração da lente (n2) e do meio que a envolve (n1) pela equação dos fabricantes de
lentes:
1 n 1 1
V5
f 1
5 2 21
n1 21
R1
2
R2 2
P
O
Qual das lentes, L1 ou L2, possui maior vergência?
L E
A15. A imagem fornecida por uma lente convergente de
vergência 10 di é real, invertida e quatro vezes menor A17. Uma lente biconvexa tem faces com raios de curva-
que o objeto real, frontal à lente. Determine: tura iguais a 10 cm cada uma. O índice de refração
a) a distância focal da lente; da lente é 1,5 e ela se encontra imersa no ar, cujo
b) a distância da imagem e do objeto ao centro índice de refração é 1,0. Determine a distância focal e
óptico da lente. a vergência dessa lente.
A16. O arranjo da figura consiste numa lente conver- A18. Tem-se uma lente plano-convexa de índice de
gente L e num espelho plano E, perpendicular ao refração 1,5 e imersa no ar, cujo índice de refração é
eixo principal da lente. Uma fonte pontual P é colo- igual a 1,0. O raio da face convexa é de 5,0 cm. Um
cada sobre o eixo principal da lente a 50 cm de seu objeto luminoso é colocado a 20 cm da lente. A que
centro óptico. A luz emitida pela fonte atravessa distância da lente se forma a imagem correspon-
a lente, reflete-se no espelho, volta a atravessar a dente?
Verificação
V15. Utilizando-se uma lente convergente de vergência a lente e volte a convergir no ponto P, qualquer que
10 di é possível concentrar a luz do sol num ponto seja a distância entre o espelho e a lente.
do eixo principal. Qual a distância desse ponto à
lente?
P
V16. Um objeto real de altura o ⫽ 20 cm está colocado
O
frontalmente e à distância p ⫽ 25 cm de uma lente
divergente de vergência V ⫽ ⫺4,0 di. Determine: x
a) a distância focal da lente;
b) a posição e a natureza (real ou virtual) da imagem V18. Os raios das faces de uma lente bicôncava têm
formada; módulo 50 cm cada um. O índice de refração da
n2
c) a altura da imagem formada, classificando-a em
direita ou invertida relativamente ao objeto.
lente em relação ao meio que a envolve 1 2
n1
vale 2,0. Determine a vergência e a distância focal
V17. Uma lente convergente de vergência 5,0 dioptrias é da lente.
colocada diante de um espelho plano perpendicu-
lar ao eixo principal da lente, como indica a figura. V19. Uma lente esférica de vidro, delgada, plano-côncava,
Determine a que distância x do centro óptico da tem o raio da superfície côncava de módulo igual a
lente deve ser colocada uma fonte luminosa pon- 10 cm. O índice de refração do vidro é 1,5 e o do ar,
tual P, para que a luz emitida, após atravessar a onde a lente está imersa, é 1,0. Um objeto luminoso
lente, se reflita no espelho, atravesse novamente é colocado a 20 cm da lente. Qual o aumento linear
transversal da imagem formada?
Revisão
R14. (Mackenzie-SP) Uma lente esférica delgada de da lente, para se obter uma imagem invertida de
convergência 10 di é utilizada para obter a ima- 3 cm de altura, é de:
gem de um objeto de 15 cm de altura. A distân- a) 60 cm c) 42 cm e) 12 cm
cia, a que o objeto deve estar do centro óptico b) 50 cm d) 24 cm
Marco A. Sismotto
refração n 5 1,8 (figura I). Essa lente é partida dando
objeto origem a duas lentes plano-convexas iguais (figura II).
p p'
15 30
20 20
30 15 P
(I) (II)
Com base nas informações dadas, julgue as alterna-
tivas abaixo como Verdadeira (V), Falsa (F) ou Sem A distância focal de cada uma das novas lentes é:
opção (SO). 1
a) f c) f e) 2f
2
1. Para as posições do objeto (p) à esquerda da
lente, indicadas na tabela acima, a imagem irá se 4 9
b) f d) f
formar em um anteparo à direita da lente, pois se 5 5
trata de uma imagem real. R18. (UF-MG) Usando uma lente convergente, José
2. A distância focal obtida pelo grupo de alunos é Geraldo construiu uma câmera fotográfica simpli-
igual a 20 cm. ficada, cuja parte óptica está esboçada nesta figura:
3. Ao se colocar o objeto em uma posição (p) menor
do que 10 cm, a imagem desse objeto deixará de
se formar em um anteparo. x
Luis Moura
4. Se o experimento fosse realizado dentro da água
(nágua 5 1,3) para o mesmo conjunto de posições
do objeto (p), as posições das imagens (p') seriam lente
maiores, resultando em um maior valor da distân-
cia focal para a mesma lente.
filme
R16. (Unifesp-SP) Um estudante observa uma gota de Ele deseja instalar um mecanismo para mover a lente
água em repouso sobre sua régua de acrílico, como
ao longo de um intervalo de comprimento x, de
ilustrado na figura.
modo que possa aproximá-la ou afastá-la do filme e,
Marco A. Sismotto
L1 L2
observador
Lentes justapostas
O F'OB FOC O eixo Dificilmente a objetiva e a ocular dos instru-
A FOB O i1 F'OC mentos ópticos são constituídas por uma única
lente. Se assim consideramos no item anterior, foi
i2 apenas visando à simplificação do esquema de for-
mação da imagem.
Figura 24. L1 é a objetiva e L2 é a ocular do microscópio Geralmente, cada objetiva e cada ocular de um
composto.
aparelho óptico são formados por um conjunto de
A imagem final i2 obtida no microscópio com- lentes delgadas, sem separação entre elas, ou seja,
posto de um objeto situado entre o foco FOB e o são constituídas por lentes justapostas.
ponto antiprincipal A da objetiva é virtual, invertida Cada conjunto de lentes justapostas funciona
e maior que o objeto. O trajeto dos raios luminosos opticamente como uma única lente delgada, cuja
que determinam a formação dessa imagem está vergência V é dada pela soma das vergências das
esquematizado na figura 24. Observe que a imagem lentes associadas, qualquer que seja o número
intermediária i1 (real, invertida e maior que o objeto) dessas:
fornecida pela objetiva funciona como objeto para a
ocular (que funciona como lupa). V 5 V1 1 V2 1 ... 1 Vn
O aumento linear transversal A do microscópio é
dado pelo produto dos aumentos lineares da objetiva
Como a vergência é dada pelo inverso da distân-
(AOB) e da ocular (AOC):
cia focal, podemos escrever, para a distância focal f
A 5 AOB ? AOC da associação, a expressão seguinte:
L1 L2
observador
objeto 1 1 1 1
muito 5 1 1 ... 1
FOC F'OB F'OC f f1 f2 fn
afastado O
O i1 eixo
Thinkstock/Getty Images
tempo ele ficará em órbita.
Aplicação
A19. No microscópio composto: Analise as seguintes afirmações referentes a esse
I. a imagem fornecida pela objetiva é real, invertida aparelho.
e maior que o objeto; I. A imagem fornecida pela objetiva se forma no
II. a imagem final fornecida pelo microscópio é vir- plano focal dessa lente.
tual, invertida e maior que o objeto; II. A ocular é uma lente convergente de vergência
III. a distância focal da objetiva é maior do que a da maior que a da objetiva.
ocular. III. A imagem final fornecida pela luneta é real e
Tem-se: invertida.
a) Só I é correta. Dessas afirmações:
b) Só I e II são corretas. a) todas são corretas.
c) Só I e III são corretas. b) apenas a I e a III são corretas.
d) Todas são corretas. c) apenas a II e a III são corretas.
e) Só III é correta. d) apenas a I e a II são corretas.
e) apenas uma é correta.
A20. Um microscópio composto consta de duas lentes
convergentes. A lente localizada próximo do objeto A22. Justapõem-se duas lentes delgadas convergentes
é a objetiva, e aquela através da qual se observa a de vergências 5 dioptrias e 15 dioptrias, respectiva-
imagem é a ocular. Considere uma situação na qual a mente. Determine a vergência e a distância focal da
objetiva amplia 40 vezes o objeto e a ampliação total associação.
do microscópio é de 500 vezes. Qual a ampliação
A23. Justapõem-se duas lentes delgadas, uma convergen-
devida à ocular?
te de distância focal f1 ⫽ 10 cm e outra divergente de
A21. A luneta astronômica é um instrumento óptico uti- distância focal f2 ⫽ ⫺20 cm. Determine a vergência
lizado para a observação de objetos a distância. e a distância focal da associação.
Verificação
V20. Um microscópio composto é constituído por V21. A distância entre a objetiva e a ocular, numa luneta
duas lentes convergentes: a objetiva, de distân- astronômica, é 105 cm. A distância focal da obje-
cia focal f1 ⫽ 0,5 cm, e a ocular, de distância focal tiva é 100 cm e a da ocular, 6,0 cm. A que distância
f2 ⫽ 2,5 cm. Colocando-se um objeto a 0,51 cm da da ocular se forma a imagem de um objeto muito
objetiva, forma-se uma imagem final a 30 cm da afastado que está sendo observado através da
ocular. Determine: luneta?
a) os aumentos lineares transversais da objetiva, da V22. Responda às seguintes perguntas de acordo com
ocular e do microscópio; as características de quatro lentes apresentadas na
b) a distância entre as duas lentes. tabela.
L2 convergente 10 cm
L3 convergente 100 cm
L4 convergente ⫺10 cm
Revisão
R19. (Udesc-SC) Você, como aluno do curso de Física, Numa certa luneta, as distâncias focais da objetiva
construirá dois instrumentos ópticos que serão e da ocular são de 60 cm e 30 cm, respectiva-
usados em experiências demonstrativas em sala de mente, e a distância entre elas é de 80 cm. Nessa
aula. luneta, a imagem final de um astro distante se for-
a) Primeiramente, faça o esquema óptico de uma mará a:
lupa, ou seja, uma única lente convergente que a) 30 cm da objetiva. d) 60 cm da objetiva.
produz uma imagem virtual, maior e direita. Use b) 30 cm da ocular. e) 60 cm da ocular.
os raios principais em seu esquema. c) 40 cm da objetiva.
b) Depois, faça o esquema de um microscópio
R22. (U. E. Ponta Grossa-PR) Têm-se duas lentes, uma
óptico, um instrumento que tem como objetivo plano côncava e outra plano convexa, conforme é
ampliar um objeto. A imagem fornecida por ele mostrado abaixo, designadas por lente A e lente B.
deve ser virtual, maior e invertida. Construa o Sobre a associação dessas lentes, assinale o que for
microscópio utilizando 2 lentes convergentes. A correto.
1ª lente fornecerá uma imagem real, invertida e
ampliada, e será objeto da 2ª lente. Use os raios
Marco A. Sismotto
principais em seu esquema.
R20. (UF-PI) Um microscópio óptico composto é um
instrumento constituído basicamente de dois
sistemas convergentes de lentes associadas coa-
xialmente: o primeiro é a objetiva e o segundo
é a ocular. Considere um microscópio óptico
composto com as distâncias focais da obje- A B
tiva e da ocular, respectivamente, 4 mm e 5 cm.
Nesse microscópio, um objeto posicionado a (01) Se a lente B for associada à lente A pelas partes
5 mm da objetiva conjuga uma imagem virtual a planas, estando essas imersas no ar, a associação
80 cm do olho, que está junto à ocular. A distân- será convergente.
cia de separação dos dois sistemas de lentes e a (02) A convergência da associação é dada em diop-
distância da imagem final ao objeto, valem em cm, trias e é igual à soma dos inversos das distâncias
respectivamente: focais das lentes tomadas em metros.
a) 2,5 e 79,5 d) 6,7 e 79,5 (04) Se os raios das lentes forem de valores diferen-
b) 6,7 e 75,3 e) 6,7 e 72,8 tes, a associação funcionará como se fosse uma
c) 2,0 e 72,8 lâmina de faces paralelas.
(08) Associadas as lentes de forma a torná-las diver-
R21. (Puccamp-SP) O esquema a seguir mostra a forma- gentes, tanto o foco como a imagem serão reais.
ção da imagem em uma luneta astronômica. (16) Se a lente A for associada à lente B de tal
maneira que as curvas se encaixem perfeita-
objeto mente, nelas incidindo um raio luminoso for-
distante F2 F'1 O F2' mando um ângulo qualquer com a normal e que
O I1 não seja perpendicular à face [...], o raio emer-
gente sofrerá um desvio e o ângulo com que o
I2 raio luminoso emerge será igual ao ângulo com
objetiva (1) ocular (2) que o raio incide.
L
Figura 29
o
Figura 28 Figura 31
Astigmatismo
Figura 33
Devido a uma imperfeição do olho, principal-
Como o hipermetrope já começa a realizar mente da córnea, o astigmata recebe na retina uma
esforço de acomodação para ver ao longe, seu ponto imagem sem nitidez.
próximo se afasta. Realmente, a pessoa vai estar reali- A correção do astigmatismo é feita com lente
zando esforço máximo de acomodação para uma cilíndrica.
Aplicação
A24. Na figura, a mulher A é vista pelo homem B, repre- a) o raio de curvatura do cristalino aumenta para
sentado pelo seu olho em corte. À medida que A se aumentar a distância focal.
aproxima de B e supondo que o olho seja normal: b) o raio de curvatura do cristalino diminui para dimi-
nuir a distância focal.
Lettera Studio
Verificação
V25. À medida que um objeto se aproxima de uma pes- a) divergente e divergente.
soa, é realizado esforço de acomodação, para que a b) divergente e convergente.
imagem se forme sempre sobre a retina. Esse esforço c) convergente e convergente.
produz: d) convergente e divergente.
a) aumento da distância focal do globo ocular. e) cilíndrica e prismática.
b) aumento da vergência do globo ocular. V27. Qual a vergência das lentes dos óculos de uma pes-
c) modificação na posição da retina. soa míope cujo ponto remoto está situado a 25 cm
d) alteração na transparência dos meios que cons- de seus olhos?
tituem o globo ocular.
V28. Uma pessoa hipermetrope tem seu ponto próximo
e) aumento da pressão arterial.
a 50 cm de seus olhos. Qual a vergência das lentes
V26. A correção da miopia e a correção da hipermetropia de seus óculos para que a pessoa possa ver, nitida-
são feitas com lentes, respectivamente: mente, um objeto situado a 25 cm de distância?
Revisão
R23. (U. F. São Carlos-SP) “... Pince-nez é coisa que usei Supondo que Machado, míope, só conseguisse ver
por largos anos, sem desdouro. Um dia, porém, nitidamente objetos à sua frente desde que esses se
queixando-me do enfraquecimento da vista, alguém encontrassem a até 2 m de seus olhos, e que ambos
me disse que talvez o mal viesse da fábrica. ...” os olhos tivessem o mesmo grau de miopia, as lentes
(Machado de Assis. Bons Dias, 1888.) corretivas de seu pince-nez deveriam ser de vergên-
cias, em dioptrias,
Machado de Assis via-se obrigado a usar lentes cor- a) 12,0 d) 21,5
retivas que, em sua época, apoiavam-se em arma- b) 20,5 e) 22,0
ções conhecidas como pince-nez ou lorgnon, que c) 21,0
se mantinham fixas ao rosto pela ação de uma débil
força elástica sobre o nariz. R24. (U. F. Pelotas-RS) O olho humano é um sofisticado
sistema óptico que pode sofrer pequenas variações
na sua estrutura, ocasionando os defeitos da visão.
Com base em seus conhecimentos, analise as afir-
mativas a seguir.
I. No olho míope, a imagem nítida de um objeto
distante se forma atrás da retina, e esse defeito
da visão é corrigido usando uma lente diver-
gente.
Hélio Senatore
APROFUNDANDO
• Além da miopia, da hipermetropia e da presbiopia, há outros defeitos da visão. Faça uma pesquisa a esse
respeito.
• Pesquise e estabeleça uma correspondência entre o olho humano e os diferentes componentes de uma
câmara fotográfica.
• Como a moderna cirurgia ocular, principalmente a que usa raios laser, pode corrigir os defeitos da visão?
• Para ler sem óculos, uma pessoa muito míope quase encosta o livro no rosto, enquanto um hipermetrope
estica ao máximo os braços para afastar o livro. Por que isso acontece?
1. (OPF-SP) Durante um eclipse lunar total, qual é a posi- d) a imagem é real e você se encontra entre o vértice e
ção correta dos astros envolvidos nesse fenômeno o foco do espelho.
astronômico? e) a imagem é virtual e você se encontra exatamente
a) O Sol está entre a Terra e a Lua. no centro de curvatura do espelho.
b) A Terra está entre a Lua e o Sol.
c) A Lua está entre a Terra e o Sol. 5. (OBF-Brasil) Na figura abaixo são mostrados um
d) Todos os planetas do sistema solar estão ali- espelho esférico, um objeto e sua imagem. Deter-
nhados. mine a distância focal f e o raio de curvatura R do
e) Impossível de se prever. espelho.
5 30 10
60 50 40 20 distâncias
3 (em centímetros)
imagem
1
Alberto De Stefano
M
2 4 a) f 5 20 cm e R 5 40 cm
b) f 5 30 cm e R 5 60 cm
c) f 5 60 cm e R 5 120 cm
face espelhada d) f 5 20 cm e R 5 20 cm
A B e) f 5 20 cm e R 5 30 cm
Desafio Olímpico
incidir normalmente à superfície curva de uma peça
semicilíndrica feita de um material transparente e
considerado opticamente homogêneo e isótropo. O 135° 90°
trajeto do raio luminoso que caracteriza o feixe está 90°
representado no desenho.
ar
c)
37°
135° 90°
90°
135° 90°
O V P
90°
40 cm 10 cm
412 RESPOSTAS
V6. c A8. 1,5 V14. raios 4 e 5
V7. d A9. 1,33 V15. 2,4
V8. c A10. c V16. 45°
V9. b A11. Raio 2 V17. d ⬵ 106,7 cm
V10. B' A12. a) b) 45° V18. c
i
B V19. b
i A
B V20. d
o V
C
F
r V21. d
V22. Esquema III
A13. a) V23. 0,5 m
B" r V24. a' ⫽ 9 cm; b' ⫽ 20 cm
V11. d ar
V25. b
V12. a) 60 cm; real b) Ver teoria. meio
V26. raio emergente I
V13. a) 50 cm c) real, invertida e menor i
paralelo ao raio
b) 75 cm d) ⫺0,5
b) sen r ⫽ 0,75 incidente:
V14. a) 60 cm b) Ver teoria.
A14. a) 60°
V15. ⫺2,0 cm; 2,0 cm; imagem vir tual,
b) Para haver reflexão total, a luz deve
direita e menor E
V16. convexo; ⫺40 cm se propagar de B para A.
V27. r ⫽ 30°; i' ⫽ 45° (raio emergente para-
V17. a) 16 cm b) 60 cm 1
A15. lelo ao incidente)
V18. 30 cm 2
V28. 1 cm
V19. 30 cm
E3
A16. V29. Ver teoria.
V20. 3 3
A17. 20 cm V30. a) 30° b) 30° c) 60° d) 60°
A18. c V31.
E2
Revisão V32.
E2
A19. e
R1. a A20. d V33.
R2. c A21. d
R3. b A22. c
R4. c A23. a
R5. b
A24. 1,35 m
R6. a
A25. 13 m
R7. c
A26. F
R8. e
R9. a
R10. e
Revisão
R11. c
R12. a R1. e
R13. a) ⫺42 cm (o sinal (⫺) indica que o R2. b
espelho é convexo) R3. a) 2,5 ⭈ 10⫺8 s
A27. i2 ⫽ i1 ⫽ 60°
b) 8,0 cm b) v (105 km/s)
A28. a) 1,74 b) ⬵ 0,86 cm 3,0
R14. c A29. c 2,0
R15. c A30. a) 30°; 45° b) 60° c) 23° 1,0
R16. a) Espelho côncavo A31. 2 0 1 2 3 4 5 6 7 s (m)
A32. 60°
R4. b
i A33. n⬎ E2
o R5. c
V F R6. b
Verificação R7. 60° e 30°
b) 1,5 m V1. 1,5 R8. b
R17. d V2. 2,0 ⭈ 108 m/s R9. 2
R18. e V3. 1,5 R10. c
V4. a) vermelho b) violeta R11. a
V5. a) 1,20 b) 1,50 c) 0,80 d) 1,25 R12. 25 (01 ⫹ 08 ⫹ 16)
Capítulo 27 V6.
E3 R13. a) esquerda b) 1,532
E3 R14. e
V7.
3 R15. a) ⬵ 1,005
Aplicação
V8. 2 b) maior velocidade na casca
A1. 2 V9. 0,75 R16. d
A2. 2,25 ⭈ 105 km/s V10. a) nB ⬎ nC ⬎ nA b) vA ⬎ vC ⬎ vB R17. 45°
A3. 1,25 V11. c R18. c
A4. d V12. a) O raio aproxima-se da normal. R19. Ver teoria.
8 9 b) 30° R20. b
A5. ;
9 8 V13. a) r b) sen r ⫽ 0,6 R21. b
A6.
E3 vácuo R22. 37 (01 ⫹ 04 ⫹ 32)
vidro
E2 R23. c
A7. i
2 R24. a
RESPOSTAS 413
R25. e Verificação b) L1 L2
R26. a P
V1. d
R27. Corretas: IV e V. F Q'
V2. b
R28. b P'
V3. f ⫽ 10 cm Q
R29. a) i
F'L > FL
1 2
r f
F9 R5. b
o
R6. a) 3 cm b) 2 cm
r
R7. 74 (02 ⫹ 08 ⫹ 64)
V4. f ⫽ ⫺40 cm R8. c
i R9. a)
anteparo
b) 5,0 ⭈ 10⫺10 s F' f
o o
R30. e A' F'
R31. c F A
R32. d V5. f2 ⫽ 10 cm; f3 ⫽ ⫺5 cm
R33. a V6. d
R34. a V7. a 0 15 35 95 cm
R35. e V8. e
R36. d b) 15 cm
V9. B
R10. d
O F' R11. d
X O X'
Capítulo 28 A F i R12. a) ⫺3,0 cm b) 1,0 cm; ⫺2,0 cm
B' R13. 40 cm
R14. a
V10. i ⫽ ⫺5,0 cm; p⬘ ⫽ 15 cm
Aplicação i R15. V; F; V; V
⫽ ⫺0,50 (imagem real, invertida e R16. a) 140 di b) 7 mm
A1. biconvexa: convergente o
R17. e
bicôncava: divergente menor)
R18. a) 1 cm b) menor do que D.
convexo-côncava: divergente V11. 50 cm
R19. a) Lupa (ou lente de aumento)
A2. c V12. a) p > 0,0802 m > 8,02 cm
A3. Lente convergente, ponta do palito no i
foco. b) > ⫺312 i
o A F o F' A'
A4. 25 cm V13. a) ⫺90 cm b) 45 cm 0
A5. a) 32 cm b) 8 cm V14. a) ⫺20 cm (imagem virtual)
A6. Ver teoria. b) 5,0 cm (imagem direita)
A7. c Objeto entre F e O.
V15. f ⫽ 10 cm; a luz do sol se concentra no
A8. a) e b) B A imagem: virtual, direita e maior do
foco da lente
que o objeto.
O V16. a) ⫺25 cm
O F' b) Microscópio óptico composto
b) ⫺12,5 cm (imagem virtual)
i objetiva ocular (lupa)
c) 10 cm (imagem direita)
B' V17. x ⫽ f ⫽ 20 cm
O: foi obtido unindo B e B'. V18. V ⫽ ⫺4,0 di; f ⫽ ⫺0,25 m o F'ob Foc F'oc
i1
c) 3 cm V19. 0,50 Aob Fob
i2
A9. a) 60 cm V20. a) ⫺50; 13; ⫺650
b) imagem real, invertida e maior b) 27,8 cm
c) ⫺2 V21. ⫺30 cm R20. e
A10. 10 cm V22. a) Microscópio composto: R21. e
A11. a) ⫺5 cm L1 é objetiva e L2 é ocular R22. 18 (02 ⫹ 16)
b) imagem virtual, direita e maior b) Luneta astronômica: R23. b
c) 1,25 L3 é objetiva e L2 é ocular R24. d
A12. a) convergente b) 20 cm V23. V ⫽ 5 di; f ⫽ 0,2 m R25. a
A13. a) ⫺15 cm b) ⫺20 cm V24. 6,0 di R26. a
A14. L1 possui maior vergência. R27. d
V25. b
A15. a) 0,10 m b) 0,50 m; 0,125 m
V26. b
A16. f ⫽ 0,50 m; V ⫽ 2,0 di
V27. ⫺4,0 di
A17. f ⫽ 0,10 m; V ⫽ 10 di Desafio Olímpico
V28. 2,0 di
A18. 20 cm
A19. b 1. b
A20. 12,5 Revisão 2. a
A21. d R1. c 3. e
A22. V ⫽ 20 di; f ⫽ 5 cm R2. b 4. c
A23. V ⫽ ⫺5,0 di; f ⫽ 0,20 m R3. d 5. a
A24. b R4. a) P 6. d
Q'
A25. c F' 7. a
A26. a) Lente divergente. 8. e
b) f ⫽ ⫺0,50 m; V ⫽ ⫺2,0 di Q
P' 9. c
A27. a) Lente convergente. b) 3,5 di 10. f ⫽ ⫺75 cm
414 RESPOSTAS
Image Source/Latinstock
29 Introdução ao estudo
das ondas
| pág. 416
30 Os fenômenos
ondulatórios
| pág. 431
31 As ondas sonoras
| pág. 447
32 As ondas
eletromagnéticas
| pág. 468
6 ONDAS
Introdução ao estudo
29 das ondas
Movimento harmônico
Ilustrações:
Marco A. Sismotto
simples (MHS)
A' ⫺ ⫹ A
Imagebroker/Alamy/Glow Images
x ⫽ ⫺a 0 x⫽ a x
Figura 4
O máximo valor da elongação corresponde à posi-
ção mais afastada do corpo em relação à origem no
sentido positivo do eixo e é denominado amplitude (a):
x5a
Observe que os valores extremos da elongação
são x ⫽ a e x ⫽ ⫺a, que correspondem às posições
do móvel nas extremidades de sua trajetória.
A função horária do MHS, isto é, a função que
relaciona a elongação x do móvel com o correspon-
dente instante t é:
x 5 a cos (\t 1 O0)
Figura 1
cuja demonstração se encontra no quadro a seguir:
Consideremos um corpo de massa m preso à
extremidade de uma mola de constante elástica k,
como mostra a figura 2.
OBSERVE
O MHS e o MCU
Quando um móvel descreve um movimento cir-
Figura 2 cular uniforme (MCU) com velocidade angular \,
Se o corpo for deslocado de sua posição de equi- sua projeção sobre um dos diâmetros descreve um
líbrio, distendendo-se a mola, e a seguir libertado, movimento harmônico simples (MHS).
desprezados os atritos e as resistências, o corpo P
vai oscilar em torno da posição de equilíbrio inicial
P0
(fig. 3), descrevendo um movimento retilíneo e perió-
w
dico ao qual damos o nome de movimento harmônico w0
simples (MHS). A' O Q A
x
a
Aplicação
A1. Dada a função horária de um MHS em unidades SI, A3. Um corpo preso a uma mola oscila entre os pontos A
e B indicados na figura, em torno da posição de equi-
x ⫽ 2 cos 1
2
t ⫹
22:
líbrio O.
a) determine a amplitude, a pulsação, a fase inicial, o
Marco A. Sismotto
período e a frequência do movimento;
b) construa o gráfico da elongação x, em função do
tempo t. A O B
x
A2. Um corpo preso a uma mola oscila com amplitude
0,50 m, tendo fase inicial de rad. Sendo o perío- Não há resistência ao movimento e no instante t ⫽ 0
do de oscilação desse corpo igual a 4 ⭈ 10⫺2 s, o corpo se encontra na posição A. Determine a fase
escreva a função horária da elongação desse mo- inicial desse MHS.
vimento.
A4. No exercício anterior, sendo a distância AB igual a
2 m e percorrida pelo corpo em 2 segundos, escreva
a função horária do MHS.
Verificação
V1. A função horária de um movimento harmônico simples V2. Um corpo realiza MHS com amplitude 1 m, fre-
é: x ⫽ 3 cos (t ⫹ ), sendo x medido em metros e t,
quência 2 Hz e fase inicial rad. Determine a
2
em segundos. função horária desse movimento.
a) Determine a amplitude, a pulsação, a fase inicial, o
período e a frequência do movimento. V3. A amplitude de um MHS é 5 m. Seu período é de
b) Construa o gráfico da elongação x em função do 2 s e sua fase inicial é nula. Determine a função horária
tempo t. desse movimento.
Ilustrações:
Marco A. Sismotto
MHS de período 2 s entre os pontos P e Q, dis- b) a função horária desse MHS.
tantes 0,50 m, em torno da posição de equilí-
brio O. No instante t ⫽ 0, o corpo está na posição O
indicada. Determine:
P O Q
Revisão
R1. (Unicamp-SP) Enquanto o ponto P se move sobre uma a) 0,125 s d) 1,00 s
circunferência, em movimento circular uniforme com b) 0,250 s e) 2,00 s
velocidade angular \ ⫽ 2 rad/s, o ponto M (projeção c) 0,500 s
de P sobre o eixo x) executa um movimento harmônico
R4. (UPE–PE) O gráfico abaixo mostra o movimento osci-
simples entre os pontos A e A'.
latório de um bloco de massa m ⫽ 2,0 kg acoplado a
P uma mola de constante elástica k ⫽ 18 N/m.
x(t) (m)
A' C D BM A x
5
0 t (s)
a) Qual é a frequência do MHS executado por M? p
b) Determine o tempo necessário para o ponto M des- 6
locar-se do ponto B ao ponto C.
–5
Nota: B e C são os pontos médios de AD e DA', res-
pectivamente.
R2. (U. F. Lavras-MG) Um corpo executa um movimento har-
Analise as afirmações a seguir:
mônico simples descrito pela equação x ⫽ 4 cos (4t),
com x dado em metros e t em segundos. I. A função horária do movimento oscilatório do
a) Identifique a amplitude, a frequência e o período do
movimento.
bloco é dada por x(t) ⫽ 5 cos 3t ⫺
6 1 2
b) Em que instante, após o início do movimento, o II. A frequência angular é dada por 3 rad/s.
corpo passará pela posição x ⫽ 0?
III. Em t ⫽ s, a posição atingida pelo bloco é de 5 m.
R3. (E. Naval-RJ) Uma partícula realiza um MHS (mo- 6
vimento harmônico simples) segundo a equação 2
IV. O período é s.
3
1
x ⫽ 2,0 cos 4t ⫹
2 2
, no SI. A partir da posição Está incorreto o que se afirma em
de elongação máxima, o menor intervalo de tempo a) III e IV. d) I.
que essa partícula gastará para passar pela posição b) IV. e) I, II, III e IV.
de equilíbrio é: c) II, III e IV.
Velocidade e aceleração aos instantes em que sen (t ⫹ O0) ⫽ ⫺1, valendo,
portanto:
no MHS vmáx ⴝ \a
A velocidade escalar no movimento harmônico
simples varia com o tempo, segundo a função: A figura 6 indica os valores da velocidade nos
pontos extremos e no ponto médio do MHS.
v ⴝ ⴚ\a sen (\t ⴙ O0)
Marco A. Sismotto
Fⴝ
Aplicação
A5. Um móvel realiza um MHS obedecendo à função horá- b) os valores máximos da velocidade e da aceleração.
ria, expressa em unidades SI:
A7. A função horária do MHS de um corpo é
1
x ⫽ 0,3 cos t ⫹
2 2 x ⫽ 6 cos (5t ⫹ ) em unidades SI. Escreva as fun-
ções horárias da velocidade e da aceleração desse
Escreva as funções horárias da velocidade e da acele- movimento.
ração desse movimento.
A8. Para o MHS do exercício anterior, determine:
A6. No exercício anterior, determine: a) o período e a frequência;
a) o período e a frequência do movimento; b) os valores máximos da velocidade e da aceleração.
Verificação
V5. A função horária da elongação de um MHS é V7. Um móvel realiza MHS obedecendo à função horá-
3
x ⫽ 2 cos (2t ⫹ ), sendo x medido em metros e t
em segundos. 1
ria (em unidades SI) x ⫽ 4 cos 3t ⫹
2
. 2
Escreva as funções horárias da velocidade e da acele- Escreva as funções horárias da velocidade e da acele-
ração desse movimento. ração desse movimento.
V6. No exercício anterior, determine: V8. Para o MHS do exercício anterior, determine:
a) o período e a frequência do movimento; a) o período e a frequência;
b) os valores máximos da velocidade e da acele- b) os valores máximos da velocidade e da acele-
ração. ração.
Revisão
R5. (UF-RS) Uma massa M executa um movimento har- a) A velocidade é nula; a aceleração é nula.
mônico simples entre as posições x ⫽ ⫺A e x ⫽ A, con- b) A velocidade é máxima e aponta para a direita; a
aceleração é nula.
forme representa a figura.
c) A velocidade é nula; a aceleração é máxima e
esquerda direita aponta para a direita.
2A 0 A x d) A velocidade é nula; a aceleração é máxima e
Qual a alternativa que se refere corretamente aos aponta para a esquerda.
módulos e aos sentidos das grandezas velocidade e e) A velocidade é máxima e aponta para a esquerda;
aceleração da massa M na posição x ⫽ ⫺A? a aceleração é máxima e aponta para a direita.
Aplicação
A9. Um corpo de massa 0,50 kg, preso a uma mola de a) Determine o período dessa oscilação.
constante elástica 12,5 N/m, realiza MHS em torno da b) O mesmo sistema é levado à Lua, onde a ace-
posição de equilíbrio O, pela qual passa com veloci- 1
leração da gravidade é da terrestre. Qual o
dade 2,0 m/s. 6
período de oscilação do corpo, se for colocado em
oscilação na Lua?
A11. Um pêndulo simples, de comprimento 40 cm, rea-
liza oscilações de pequena abertura num local onde
a) Determine a energia mecânica total do sistema. g ⫽ 10 m/s2.
b) Determine a amplitude e o período desse MHS. a) Determine o período dessas oscilações.
c) Esboce o gráfico das energias potencial, cinética b) Se o pêndulo for levado a um planeta onde a
e total do sistema, em função da elongação. aceleração da gravidade é dezesseis vezes maior
que a da Terra, qual será o período das osci-
A10. Um corpo de massa 2,0 kg oscila preso à extremi- lações de pequena abertura realizadas pelo
dade de uma mola de constante elástica 32 N/m. pêndulo?
Revisão
R9. (U. F. Juiz de Fora-MG) Considere um sistema osci- Sendo T1 o período da mola de constante k1 e T2 o
lante, composto por uma massa presa a uma mola. período da mola de constante k2, é correto afirmar:
Na posição de afastamento máximo do ponto de
T1 T1
1 2
k 2
equilíbrio, a velocidade da massa e a intensidade da a) ⫽1 d) ⫽ 2
T2 T2 k1
força sobre a massa são, respectivamente:
a) nula, nula. T1 T1
k2
1 2
k 2
b) máxima, máxima. b) ⫽ e) ⫽ 1
T2 k1 T2 k2
c) máxima, nula.
d) nula, máxima. T1 k1
c) ⫽
e) são iguais, mas não nulas nem máximas. T2 k2
R10. (PUC-MG) Uma partícula de massa 0,50 kg move-
se sob a ação de apenas uma força, à qual está R12. (U. F. Juiz de Fora-MG) A figura abaixo mostra
associada uma energia potencial EP , cujo gráfico em três massas penduradas por fios presos ao teto.
função de x está representado na figura abaixo: As massas serão postas para oscilar e se movi-
mentarão como pêndulos simples. No pêndulo 1,
EP (J)
da esquerda, o comprimento do fio é L e a massa
1,0 é m. No pêndulo 2, do meio, o comprimento é L,
mas a massa é 2 m. No pêndulo 3, da direita, o
comprimento é 2 L e a massa é 2 m. Assinale a
alternativa correta, quanto ao período de cada
21,0 0 1,0 x (m) pêndulo:
a) Os três períodos serão distintos entre si.
Esse gráfico consiste em uma parábola passando
b) Os períodos dos pêndulos 1 e 2 serão iguais, e
pela origem. A partícula inicia o movimento a partir
diferentes do período do pêndulo 3.
do repouso, em x ⫽ ⫺2,0 m. Sobre essa situação, é
c) Os períodos dos pêndulos 1 e 3 serão iguais, e
falso afirmar que:
diferentes do período do pêndulo 2.
a) a energia mecânica dessa partícula é 8,0 J.
d) Os períodos dos pêndulos 2 e 3 serão iguais, e
b) a velocidade da partícula, ao passar por x ⫽ 0, é
4,0 m/s. diferentes do período do pêndulo 1.
c) em x ⫽ 0, a aceleração da partícula é zero. e) Todos os pêndulos terão o mesmo período.
d) quando a partícula passar por x ⫽ 1,0 m, sua ener-
Ilustrações: Marco A. Sismotto
2m
Studio Caparroz
tranquilas de um lago, o ponto atingido sofrerá uma
perturbação (fig. 14a). A partir de então notaremos a
formação de uma linha circular, com centro no ponto (b)
perturbado, cujo raio vai crescer à medida que o
tempo passa (figs. 14b e 14c). Estaremos observando
uma onda se propagando. É possível observar que o
ponto perturbado logo volta ao repouso inicial (cessa (c)
a causa), mas a perturbação continua a se propagar
(não cessa o efeito).
(d)
Lettera Studio
raio de onda
Figura 14
Aplicação
A12. Conceitue perturbação e onda. Dê exemplos. propaga uma onda. O intervalo de tempo entre as
duas fotografias foi de 2 s. A marcação das distân-
A13. Explique por que um pequeno barco de papel flu-
cias foi feita posteriormente sobre as fotos reveladas.
tuando na água apenas sobe e desce quando atin-
Determine a velocidade de propagação da onda ao
gido por ondas que se propagam na superfície do
longo da corda.
líquido.
A14. Deixa-se cair uma pequena pedra num tanque con-
tendo água. Considere t 5 0 no instante em que
a pedra atinge a superfície da água. Observa-se 15 cm
uma onda circular (frente de onda) de raio 30 cm em
t 5 1 s; em t 5 3 s, o raio da onda circular é 90 cm.
Determine a velocidade de propagação da onda.
A15. A figura a seguir representa duas fotografias instan-
10 cm
tâneas de uma mesma corda ao longo da qual se
Verificação
V13. Conceitue frente de onda. Como podem ser classifi- V14. “Durante a propagação da onda não há transporte de
cadas as ondas de acordo com a forma da frente de matéria, mas sim transporte de energia.”
onda? Dê exemplos que comprovem essa afirmação.
Revisão
R13. (UF-MA) Um estudante de Física vai passear na
A B
Lagoa da Jansen. Ao apreciar a superfície da
água, ele percebe as ondas causadas pelo vento e t50s
0
resolve, então, classificá-las quanto à natureza e
quanto à direção de propagação, respectivamente.
Como resultado, ele encontrou que essas ondas t 5 2,0 s
são: 0
10 cm 10 cm 10 cm
a) mecânicas e tridimensionais.
a) Qual a velocidade de propagação do pulso?
b) eletromagnéticas e tridimensionais.
b) Indique, em uma figura, a direção e o sentido das
c) eletromagnéticas e bidimensionais.
velocidades dos pontos materiais A e B no ins-
d) mecânicas e bidimensionais.
tante t ⫽ 0 s.
e) mecânicas e unidimensionais.
R16. (UF-RJ) A figura representa a fotografia, em um
R14. (U. F. Juiz de Fora-MG) Qual a propriedade que
determinado instante, de uma corda na qual se pro-
caracteriza a diferença entre ondas mecânicas lon-
paga um pulso assimétrico para a direita. Seja tA o
gitudinais e transversais?
intervalo de tempo necessário para que o ponto A
a) a velocidade de propagação
da corda chegue ao topo do pulso; seja tB o intervalo
b) a direção de propagação
de tempo necessário para que o ponto B da corda
c) a frequência
retorne à sua posição horizontal de equilíbrio. Tendo
d) a direção de vibração do meio de propagação em
em conta as distâncias indicadas na figura, calcule a
relação à direção de propagação da onda t v
e) o período razão A .
tB B
R15. (Fuvest-SP) A figura representa, nos instantes t ⫽ 0 s
e t ⫽ 2,0 s, configurações de uma corda sob tensão
A
constante, na qual se propaga um pulso cuja forma
não varia. 60 cm 20 cm
Studio Caparroz
A B C A B C
x
A B C
y
λ
Figura 21
Logo:
)s )s 5 Q Q
v5 冧
)t )t 5 T
⇒ v5
T
OBSERVE
• A frequência de uma onda é sempre igual à frequência da fonte que a emitiu. Assim, qualquer que seja o meio
em que a onda se propague, sua frequência não se modificará.
• A velocidade das ondas mecânicas, como as que se propagam ao longo de uma corda tensa, na superfície de
um líquido, as ondas sonoras, etc., não depende da frequência das ondas que se propagam. Depende apenas
das características do meio.
• Sendo frente de onda o conjunto de pontos do meio atingidos simultaneamente pela perturbação, esses
pontos estão em fase.
É costume representar, nas ondas bi e tridimensionais, as frentes de onda separadas duas a duas por uma
distância igual ao comprimento de onda Q, como se mostra nas figuras a e b. Portanto, os pontos dessas frentes
de onda estão sempre vibrando em fase.
λ
λ P
λ λ λ λ
Figura a. Onda reta ou plana. Figura b. Onda circular ou esférica.
• As grandezas v, Q e f não dependem da energia transportada pela onda. A maior ou menor energia determina
maior ou menor amplitude (a) da onda, que corresponde à amplitude do MHS realizado pela fonte.
Aplicação
A16. “Comprimento de onda é a distância que a onda per- b) Qual a amplitude das ondas?
corre em um intervalo de tempo igual ao período.” c) Sabendo que o ponto A da corda foi atingido
Partindo dessa definição, estabeleça a relação mate- 9 s após o início das oscilações da fonte, deter-
mática entre comprimento de onda, velocidade de mine o período e a velocidade de propagação das
propagação e período da onda. ondas ao longo da corda.
A17. Uma fonte F presa à extremidade de uma corda tensa A18. Certa onda eletromagnética tem comprimento de
produz as ondas representadas na figura. onda igual a 6,0 · 10–7 m. Expresse esse comprimento
de onda em angstrons.
A
2 cm F A19. Uma onda luminosa de frequência 1,5 · 1015 Hz
propaga-se no vácuo, onde sua velocidade é
6 cm 3,0 · 108 m/s. Determine seu comprimento de onda
a) Qual o comprimento de onda das ondas produzi- em angstrons.
das pela fonte?
Verificação
V17. “Período de uma onda é o intervalo de tempo em A figura representa ondas propagando-se numa
que a onda percorre uma distância igual ao seu com- corda tensa 8 s após o início das oscilações da
primento de onda; frequência de uma onda é igual ao fonte F que as produz. Determine para essas ondas:
inverso do período.” a) a amplitude;
Partindo das definições acima, estabeleça a relação b) o comprimento de onda;
matemática entre comprimento de onda, velocidade c) o período e a frequência;
de propagação e frequência da onda. d) a velocidade de propagação.
Revisão
R17. (U. F. de Ponta Grossa-PR) Estão presentes, no nosso (04) Ondas transversais são aquelas em que as par-
cotidiano, fenômenos tais como o som, a luz, os ter- tículas do meio oscilam paralelamente à direção
remotos, os sinais de rádio e de televisão, os quais, de propagação da onda.
aparentemente nada têm em comum, entretanto, (08) A frequência de uma onda corresponde ao
todos eles são ondas. Com relação às características número de oscilações que ela realiza numa uni-
fundamentais do movimento ondulatório, assinale o dade de tempo.
que for correto. (16) Comprimento de onda corresponde à distância
(01) Onda é uma perturbação que se propaga no percorrida pela onda em um período.
espaço transportando matéria e energia.
(02) Ondas, dependendo da sua natureza, podem se
propagar somente no vácuo.
Variação da pressão
cuja forma, em certo instante, está mostrada na
figura I.
Na figura II, está representado o deslocamento ver-
tical de um ponto dessa corda em função do tempo.
y (cm)
5ms tempo (3 1026 s)
20
A tabela a seguir representa os intervalos de frequên-
10 cia audíveis para diferentes seres vivos.
50
0 25 75 100 x (cm)
210 Ser vivo Intervalo de frequência
220 Cachorro 15 Hz – 45 000 Hz
(I)
Ser humano 20 Hz – 20 000 Hz
y (cm)
Gato 60 Hz – 65 000 Hz
Exercícios complementares
Como vimos anteriormente, a velocidade v de uma onda periódica que se propaga em dado meio, seu com-
primento de onda Q, seu período T e sua frequência f relacionam-se pelas fórmulas:
Q
v5 e v 5 Q f
T
A seguir, são apresentados mais alguns exercícios cuja resolução envolve a utilização dessas fórmulas.
Aplicação
A20. Numa corda tensa, propaga-se uma onda de com- fonte
primento de onda 20 cm com velocidade igual a
8,0 m/s. Determine a frequência e o período dessa
onda. Determine:
a) o período e a frequência da fonte;
A21. Em 25 s, uma fonte de ondas periódicas determina b) o comprimento de onda das ondas que se propa-
numa corda tensa o aspecto apresentado na figura. gam na corda com velocidade igual a 8 cm/s.
30
Verificação
V21. Numa corda tensa, qualquer onda que se propague Determine, para essa onda:
nela tem velocidade igual a 20 cm/s. Se essa corda a) a amplitude;
for posta em vibração por meio de uma fonte de b) o comprimento de onda;
frequência 5,0 Hz, qual o comprimento de onda das c) a frequência;
ondas que se estabelecem na corda? d) o período.
V22. A figura representa ondas periódicas propagando-se V24. Um rapaz está num barco ancorado no meio de um
ao longo de uma corda tensa. Os pontos A e E distam lago e percebe que por ele passa uma crista de onda
40 cm um do outro. a cada 0,50 s. Ao recolher a âncora e se mover com
velocidade de 12 m/s em sentido contrário ao de
fonte propagação das ondas, o rapaz registra a passagem
de uma crista de onda a cada 0,20 s.
A B C D E
Lettera Studio
Determine:
a) o comprimento de onda;
v 5 12 m/s
b) o período e a frequência das ondas, sabendo que
o instante figurado foi obtido 4 s após o início da
vibração da fonte;
c) a velocidade de propagação das ondas ao longo
da corda.
V23. A figura representa, num dado instante, a forma de
uma corda tensa ao longo da qual se propaga uma
onda periódica com a velocidade de 2 cm/s.
1 cm
1 cm
Determine:
a) o comprimento de onda das ondas que se propa-
gam na superfície da água do lago.
b) a velocidade de propagação dessas ondas.
Studio Caparroz
a superfície da água do lago a cada 10 segundos. 0,4 m
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3,6 m
Sabendo que o período de oscilação dos pontos
dessa onda é de 0,5 s e que a amplitude das ondas
vale 0,4 m, calcule:
a) a velocidade média do ponto A da corda em seu
deslocamento até o ponto B, em um intervalo de
Considerando que a distância entre duas cristas tempo menor do que seu período de oscilação.
sucessivas dessas ondas seja de 20 cm, pode-se afir- b) a velocidade de propagação V das ondas por essa
mar que a velocidade de propagação das ondas na corda.
água, em cm/s, é igual a:
R25. (Vunesp-SP) A figura reproduz duas fotografias
a) 8 c) 16 e) 25
instantâneas de uma onda que se deslocou para a
b) 12 d) 20
direita numa corda.
R22. (Unifev-SP) O eletrocardiograma registra a varia- y
ção da tensão elétrica (ddp) em pontos do corpo 40 80
humano em função do tempo. A figura representa 0 20 60 x (cm)
de forma simplificada o registro da onda de pulso de
y
um paciente obtido em um eletrocardiograma.
Na figura, a grade quadriculada apresenta, na ver-
0 20 40 60 80 x (cm)
tical, intervalos de tensão elétrica de 1,0 mV e, na
horizontal, intervalos de tempo de 0,1 s.
a) Qual o comprimento de onda dessa onda?
b) Sabendo que, no intervalo de tempo entre as duas
1 mV
fotos,
1 s, a onda se deslocou menos de um
10
comprimento de onda, determine a velocidade de
Studio Caparroz
30 Os fenômenos ondulatórios
N
que, agindo sobre a corda, produziu a onda refletida
o
“invertida”. inci ndas as
A
den
tes ond tidas B
fl e
Se, na extremidade P, a corda for livre, ocorrerá re
uma reflexão sem inversão de fase. Na figura 2a, uma
onda se propaga numa corda tensa cuja extremidade i r
P termina num anel, que se pode mover livremente i r
Aplicação
A1. Uma onda é produzida na extremidade A de uma 45°. No instante t 5 0, uma frente AB ocupa a posição
corda tensa, como mostra a figura, e, após percorrer indicada na figura.
a corda, reflete-se na extremidade B presa a uma
parede.
A
45°
1m
A B
P
B 2m
Verificação
V1. A figura representa um “pulso” produzido na extremi- numa parede na extremidade B. A partir do instante
dade A de uma corda tensa. Desenhe o “pulso” refle- representado na figura, a onda leva 2 s para atingir o
tido na extremidade B, que pode movimentar-se livre- ponto B.
mente por estar presa a um anel que se movimenta ao
longo de uma haste.
A C B
A B
corda 6m 8m 10 m
Revisão
R1. (FEI-SP) As figuras representam dois pulsos que se R2. (FGV-SP) A figura mostra um pulso que se aproxima
propagam em duas cordas I e II. Uma das extremida- de uma parede rígida onde está fixada a corda.
des da corda I é fixa e uma das extremidades da corda
II é livre. v
v v
v b)
b) v v
c)
v v
c) v v
d)
v
d)
e)
v
v v
90° 90°
b) e)
b) e)
90° 90°
c)
c)
90°
Studio Caparroz
onda Q. No entanto, a frequência f permanece cons-
F a b
tante.
Como é indicado na figura 4a, duas cordas,
a e b , de mesmo material, mas de diferentes (a)
seções transversais, são ligadas, estando o con-
junto submetido a uma força de tração F. Se uma
v1 v2
onda for produzida na extremidade livre do con-
a b
junto (fig. 4b), ela se propagará com uma veloci-
dade dada por: F
F
v5
dS λ1 λ2
(b)
onde d é a densidade do material da corda e S a área
da seção transversal da corda. Como a corda b tem Figura 4
maior área de seção transversal que a corda a, a
onda refratada tem velocidade menor que a onda Portanto, a onda refratada tem menor compri-
incidente: mento de onda que a onda incidente:
S2 . S1 ⇒ v2 , v1 Q2 , Q1
m
Chama-se densidade linear (R) da corda ao quociente da massa da corda pelo seu comprimento L: R ⫽ .
L
m m m
Sendo V o volume da corda, dado por V 5 S ⭈ L , vem: d ⭈ S ⫽ ⭈S⫽ ⭈S⫽ ⫽R
V S⭈L L
F F
Nessas condições, a fórmula v ⫽ fica: v5
dS R
incidente.
No caso de ondas bi e tridimensionais, geral- a i
A r B'
mente ocorre mudança de direção da onda ao ocorrer b
a refração. Na figura 5, representamos uma onda bi A'
ou tridimensional (e os respectivos raios de onda),
ao passar de um meio, a, onde sua velocidade é v1, (b)
para outro meio, b, onde a velocidade é v2, de modo
Figura 6
que v2 ⬍ v1. Observe que há mudança de direção e o
comprimento de onda (distância entre as frentes de Observe que, no intervalo de tempo )t ⫽ t ⫺ t0, o
onda) diminui. ponto B percorre a distância BB' com velocidade v1 no
meio a, enquanto o ponto A percorre a distância AA'
v1 λ1 com velocidade v2 no meio b. Como os movimentos
são uniformes:
a
BB' ⫽ v1 ⭈ )t e AA' ⫽ v2 ⭈ )t
b
λ2 Nos triângulos retângulos ABB' e AA'B', temos:
v2 AB' sen i ⫽ v1 )t I
AB' sen r ⫽ v2 )t II
Figura 5
Dividindo membro a membro I e II :
Consideremos uma frente de onda em dois ins-
tantes diferentes de sua propagação. No instante t0, o sen i v
5 1
ponto A dessa frente de onda atinge a superfície de sen r v2
separação entre os meios, enquanto um outro ponto Portanto, na refração, a relação entre os senos
(B) ainda não o fez (fig. 6a). No instante t posterior, dos ângulos de incidência (i) e de refração (r) é igual
esse outro ponto atinge a superfície (B'), enquanto o à relação entre as velocidades. Considerando que a
primeiro já está na posição A' dentro do meio b (fig. frequência da onda não se modifica, essa relação é
6b). Seja i o ângulo que a frente forma com a superfí- também igual à relação entre os comprimentos da
cie de separação no meio a (ângulo de incidência) e onda.
r o ângulo que a frente forma com a mesma superfície Realmente, como v1 ⫽ Q1f e v2 ⫽ Q2f, vem:
no meio b (ângulo de refração).
sen i Qf sen i Q
⫽ 1 ⇒ 5 1
B sen r Q2f sen r Q2
i λ1
S v1 S
v2
r λ2
Figura 7 Figura 8
OBSERVE
sen i v
No caso das ondas luminosas, a partir da fórmula ⫽ 1 , podemos chegar à Lei de Snell-Descartes,
sen r v2
vista no estudo da refração da luz, em Óptica. Realmente, sendo n1 o índice de refração do meio a e n2 o
índice de refração do meio b, temos:
c c c c
n1 ⫽ ⇒ v1 ⫽ e n2 ⫽ ⇒ v2 ⫽
v1 n1 v2 n2
Na fórmula anterior:
c
sen i n1 sen i n2
⫽ ⇒ ⫽
sen r c sen r n1
n2
Logo: n1 ? sen i 5 n2 ? sen r
Aplicação
A5. Um fio de aço é esticado por uma força de inten- a) a velocidade de propagação da onda nas cordas
sidade 288 N. O fio tem seção constante de área 1 e 2;
2,5 ⭈ 10–4 m2 e a densidade do aço é 8,0 ⭈ 103 kg/m3. b) a frequência da onda na corda 2;
Determine a velocidade com que uma onda trans- c) o comprimento de onda na corda 2.
versal se propaga ao longo dessa corda.
parede
A7. Uma onda periódica propaga-se na superfície de um
líquido, como é mostrado na figura.
F aço
λ1 5 4,0 cm
a
b
λ2 5 2,0 cm
A6. Considerando as duas cordas esquematizadas na fi-
gura, verifica-se que a velocidade da onda na corda 2
é um terço da que apresenta na corda 1.
parede
a e b são regiões de diferentes profundidades e
onde, em consequência, a onda apresenta diferentes
velocidades. Os comprimentos de onda Q1 e Q2 nas
corda 1 corda 2
diferentes regiões estão indicados na figura.
Se a velocidade da onda no meio a é 36 cm/s,
Considerando que a onda tem frequência igual a determine:
30 Hz e comprimento de onda igual a 0,30 m, quando a) a frequência da onda;
se propaga na corda 1, determine: b) a velocidade de propagação na região b.
Verificação
V5. Uma corda tem seção transversal igual a 0,02 m2 2 cm
e a densidade do material de que é feita é igual a
2,5 ⭈ 103 kg/m3. A
Determine com que velocidade se propagam ondas B
transversais nessa corda quando ela é submetida a
uma força de tração de intensidade 450 N.
água
V6. Uma onda tem sua velocidade quadruplicada ao pas- 1 cm
sar da corda 1 para a corda 2, como se representa na
O comprimento de onda antes e depois do fenômeno
figura. Se a frequência da onda na corda 1 é 50 Hz,
está indicado. Se a frequência dessas ondas é 5 Hz,
determine:
determine a velocidade de propagação nos dois meios.
a) a velocidade de propagação dessa onda nas cordas
1 e 2; V8. Ondas que se propagam num meio a atingem
b) a frequência da onda na corda 2; a superfície que separa esse meio do meio b e se
c) o comprimento de onda na corda 2. refratam, como mostra a figura. Os ângulos F e G são
sen F
2,0 cm tais que ⫽ 0,8. A frequência da onda é 100 Hz e
sen G
no meio b sua velocidade é 250 m/s. Determine:
a) a velocidade da onda
corda 1 corda 2
no meio a ;
α
b) o comprimento de a
onda no meio a ; b
V7. Ondas que se propagam na superfície da água sofrem c) o comprimento de β
refração, como indica a figura a seguir. onda no meio b .
Revisão
R5. (U. F. Uberlândia-MG) Sabe-se que a velocidade v de Fazendo oscilar a extremidade da corda quatro vezes
propagação de uma onda em uma corda é dada por por segundo, Clara produz uma onda que se propaga
F em direção à corda fina. Na sua brincadeira, ela mantém
v⫽ , em que F é a tensão na corda e R, a densi- constante a tensão na corda. A densidade linear da
R
dade linear de massa da corda (massa por unidade de corda grossa é quatro vezes maior que a da corda fina.
comprimento). Considere que as duas cordas são muito longas.
Uma corda grossa tem uma das suas extremidades Com base nessas informações:
unida à extremidade de uma corda fina. A outra extre- a) determine a razão entre as frequências das ondas
midade da corda fina está amarrada a uma árvore. nas duas cordas e justifique sua resposta;
Clara segura a extremidade livre da corda grossa, b) determine a razão entre os comprimentos de onda
como mostrado nesta figura: das ondas nas duas cordas.
Lettera Studio
Studio Caparroz
meio I
µ2 v2 λ2 30°
fonte de meio II
vibração P µ1 Q R
Alberto De Stefano
5 ; sen 45° 5 cos 45° 5 e 2 5 1,4.
2 2
R9. (UF-PB)
fio 1 fio 2 meio I
45° √
2
sen 45° =
2
1
sen 30° =
2
30°
Antes de começarem a conversar, quando os fios esta- meio II
vam esticados, uma delas provocou uma perturbação
no fio 1, produzindo um pulso transversal que se pro-
Uma onda plana atravessa a superfície de separação
pagou por ele com velocidade v1. Considerando que
entre dois meios, como se mostra na figura. Sabe-se
quando o pulso refratou para o fio 2, se propagou por
que no meio I a frequência da onda é 10 Hz e seu com-
Q
ele com velocidade v2 e que v1 5 1,5 · v2, a razão 1 primento de onda é 28 cm. Os valores do índice de
Q2
refração relativo, do comprimento de onda e da velo-
entre os comprimentos de onda dos pulsos nos fios
cidade de propagação no meio II são, respectivamente:
1 e 2 é igual a:
a) 1,4; 14 cm; 140 cm/s
a) 2,0 c) 1,5 e) 3,0
b) 1,4; 20 cm; 200 cm/s
b) 3,5 d) 2,5
c) 1,4; 20 cm; 140 cm/s
R8. (Unirio-RJ) Um vibrador produz ondas planas na d) 2,8; 14 cm; 200 cm/s
superfície de um líquido com frequência f 5 10 Hz e) 2,8; 20 cm; 200 cm/s
e comprimento de onda Q 5 28 cm. Ao passarem do Dado: 2 5 1,4.
Aplicação
A9. Duas ondas propagam-se ao longo de um fio homo-
gêneo, como se indica na figura abaixo. Quando as
ondas estiverem exatamente superpostas, qual será
a amplitude da “onda” resultante no ponto P?
Sendo a amplitude de cada onda a 5 2,0 cm,
1 cm quando ambas estiverem exatamente superpostas,
1 cm isto é, crista com crista e depressão com depressão,
P que tipo de interferência estará ocorrendo e qual o
aspecto da figura de interferência resultante?
A12. As ondas a e b representadas na figura propa-
gam-se ao longo de uma corda tensa com velocidade
A10. As ondas representadas na figura propagam-se ao
v1 e v2 em sentidos opostos. A frequência da onda
longo de uma corda tensa, com velocidade 5 m/s e
a é 20 Hz e o comprimento da onda b é 2,0 m.
apresentando as amplitudes indicadas.
As amplitudes são iguais: a1 5 a2 5 4,0 cm.
a b
12 cm
8 cm
A B
v1 v2
P
a) Faça um esquema mostrando a figura de interferên-
a) Qual a amplitude da “onda” resultante no ponto P?
cia quando as ondas estiverem exatamente super-
b) Qual a velocidade das ondas após a superposição?
postas de modo que o ponto A da onda a coincida
c) Faça um esquema da “onda” resultante no ponto P.
com o ponto B da onda b.
A11. A figura representa duas ondas unidimensionais b) Determine as velocidades v1 e v2 das duas ondas
de mesma frequência, mesma amplitude e mesmo antes e depois da superposição.
comprimento de onda, propagando-se em sentidos c) Determine a frequência da onda b e o compri-
opostos num mesmo meio. mento da onda a após a superposição.
Verificação
V9. As ondas indicadas têm a mesma amplitude e se pro-
pagam num mesmo meio, com velocidade de 10 m/s. No 4 cm
ponto P elas se superpõem. Determine a amplitude da
P
“onda” resultante no ponto P e a velocidade das ondas
após a superposição.
A B C D
6 cm
Analise as características da figura de interferência
que se estabelece quando as duas ondas estão exa-
P tamente superpostas, isto é, o ponto A da primeira
3 cm
onda coincidindo com o ponto C da segunda. Que
tipo de interferência estará ocorrendo?
a) Faça um esquema representando a “onda” resul-
tante quando essas ondas se superpõem no pon- V12. No exercício anterior, a velocidade das ondas que se
to P. superpõem é, antes da superposição, igual a 5 m/s.
b) Determine a amplitude da “onda” resultante. a) Qual a velocidade das ondas após a superposição?
c) Qual a velocidade das ondas após a superposição? b) Determine a amplitude de cada uma das ondas
d) Qual a amplitude de cada uma das ondas após a após a superposição.
superposição em P? c) O que acontece com as frequências e os compri-
V11. Duas ondas periódicas unidimensionais propagam-se mentos de onda das duas ondas após a superpo-
em sentidos opostos ao longo de um mesmo meio, sição?
Revisão
R10. (UF-MG) Duas pessoas esticam uma corda, puxando (02) Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição
por suas extremidades, e cada uma envia um pulso dos pulsos e a amplitude será máxima nesse
na direção da outra. Os pulsos têm o mesmo formato, instante e igual a 2,0 cm.
mas estão invertidos como mostra a figura. Pode-se (04) Decorridos 2,0 segundos, haverá sobreposição
afirmar que os pulsos: dos pulsos e a amplitude será nula nesse instante.
a) passarão um pelo outro, cada qual chegando à (08) Decorridos 8,0 segundos, os pulsos continua-
outra extremidade. rão com a mesma velocidade e forma de onda,
b) se destruirão, de modo que nenhum deles chegará independentemente um do outro.
às extremidades. (16) Inicialmente as amplitudes dos pulsos são idên-
c) serão refletidos, ao se encontrarem, cada um ticas e iguais a 2,0 cm.
mantendo-se no mesmo lado em que estava com Dê como resposta a soma dos números que prece-
relação à horizontal. dem as proposições corretas.
d) serão refletidos ao se encontrarem, porém inver-
tendo seus lados com relação à horizontal. R12. (U. F. São Carlos-SP) A figura mostra dois pulsos numa
corda tensionada no instante t 5 0 s, propagando-se
Alberto De Stefano
b)
2,0 cm
6,0 cm 2,0 cm
2,0 cm c)
2,0 cm
d)
v
Considerando a situação descrita, assinale as propo-
e)
sições corretas:
(01) Quando os pulsos se encontrarem, haverá inter-
ferência de um sobre o outro e não mais haverá
propagação dos mesmos. Dado: 1 ms 5 10–3 s.
A C E B D A E 2
C B D Igualmente, a distância entre dois ventres consecuti-
D A E
B C
vos (entre B e D, na figura 12b) é igual a meio com-
(a)
B
A E
D C
primento de onda Q .冢 冣
2
Richard Megna/Fundamental
Photographs
A C E A E B D
B D C B D
D A E
(b) C B
B D A C E
C B C D C B C D B D
A E A E A E A E
(a) (b)
Figura 12
A14. A velocidade das ondas que se propagam numa A16. Numa corda de 8,0 m de comprimento, estabele-
corda tensa é 20 m/s. Na corda formam-se ondas cem-se ondas estacionárias, sendo possível verificar
estacionárias, nas quais os nós consecutivos ficam a formação, ao todo, de cinco ventres e seis nós. A
distanciados 4,0 cm, e sua amplitude vale 5,0 cm. amplitude das ondas estacionárias é de 2,0 m. Nessa
Determine: corda, as ondas apresentam velocidade de 6,4 m/s.
a) o comprimento de onda das ondas que se super- Para as ondas que se superpõem e dão origem às
põem; ondas estacionárias, calcule:
b) a frequência das ondas que se superpõem; a) a amplitude;
c) a amplitude das ondas que se superpõem. b) o comprimento de onda;
c) a frequência.
A15. A figura a seguir representa o perfil de uma onda
estacionária. Determine: A17. Uma corda de comprimento L 5 1,5 m com extre-
a) o comprimento de onda das ondas que se super- mos fixos é posta a vibrar com frequência de
põem originando a situação esquematizada; 60 Hz. Formam-se ondas estacionárias com 3 ven-
b) a frequência das ondas que se superpõem, sabendo tres. Determine a velocidade de propagação das
que sua velocidade de propagação é 10 m/s. ondas na corda.
Verificação
V13. A figura representa o estado estacionário numa corda Determine:
tensa, onde as ondas se propagam com velocidade igual a) o comprimento de onda das ondas que se super-
a 10 m/s. Determine, para as ondas que se superpõem: põem;
a) a amplitude; c) a frequência. b) a velocidade de propagação das ondas na corda.
b) o comprimento de onda;
V15. Ao longo de uma corda tensa formam-se ondas esta-
cionárias, sendo possível reconhecer cinco ventres.
Sendo o comprimento da corda 2,0 m, determine
0,40 m o comprimento de onda das ondas que se super-
puseram.
V16. Considerando a situação do exercício anterior,
0,20 m determine a frequência das ondas, sabendo que na
corda as ondas se propagam com a velocidade de
V14. Uma corda de comprimento L 5 1,2 m vibra com fre-
5,0 m/s.
quência de 150 Hz no estado estacionário esquemati-
zado abaixo. V17. Uma corda tensa com extremos fixos tem com-
primento de 4,0 m. Ao vibrar com frequência de
100 Hz, estabelecem-se ondas estacionárias com 5
ventres. Determine a velocidade de propagação das
L 5 1,2 m
ondas na corda.
Revisão
R14. (Urca-CE) Em uma onda sonora estacionária de um b) Depende da amplitude da onda.
instrumento musical, qual é a distância entre dois nós c) Metade do comprimento de onda.
consecutivos? d) Um comprimento de onda.
a) Faltam dados para responder. e) Um quarto do comprimento de onda.
90 cm
A frequência das ondas componentes, cuja superpo-
sição causa esta vibração, é:
Nessas condições, a relação entre o comprimento da a) 100 Hz c) 300 Hz e) 500 Hz
corda e o comprimento de onda das ondas formadas b) 200 Hz d) 400 Hz
na corda vale:
R18. (F. M. Jundiaí-SP) A figura mostra uma montagem
a)
5 c)
5 e)
4 para obtenção de ondas estacionárias numa corda
2 8 5 mantida tracionada entre uma haste vibrante, presa
b)
5 d)
1 a um alto-falante, e uma barra B. Para oscilar adequa-
4 5 damente, a corda passa por uma ranhura existente na
R16. (Unimontes-MG) Num tubo fechado barra A.
Studio Caparroz
de comprimento L 5 1,5 m, observa- haste
vibrante A B
Studio Caparroz
se a formação de uma onda esta-
cionária representada na figura. O
comprimento da onda é igual a:
a) 1,0 m L
b) 4,0 m
c) 3,0 m Se a distância entre as barras A e B é igual a 1,8 m e
d) 2,0 m a velocidade de propagação das ondas na corda é
de 60 m/s, a frequência de vibração do alto-falante
será, em Hz, igual a:
R17. (Mackenzie-SP) Uma corda feita de um material cuja a) 33 c) 60 e) 108
densidade linear é 10 g/m está sob tensão provo- b) 50 d) 72
Library of Congress/SPL/Latinstock
frequências naturais.
No entanto, quando um sistema vibrante é subme-
tido a uma série periódica de impulsos cuja frequência
coincide com uma das frequências naturais do sistema,
a amplitude de suas oscilações cresce gradativamente,
pois a energia recebida vai sendo armazenada. A esse
fenômeno dá-se o nome de ressonância.
O aumento contínuo da amplitude das oscila-
ções do sistema, na ressonância, pode ocasionar o
seu rompimento. Nos Estados Unidos, em julho de
1940, a Ponte de Tacoma, no estado de Washington,
rompeu-se ao entrar em ressonância com rajadas do
vento que soprava periodicamente na região (fig. 14).
Ao empurrarmos um balanço, podemos pro-
duzir uma ressonância mecânica, se a frequência
AP Photo/Glow Images
dos empurrões periódicos aplicados coincidir com a
frequência natural do balanço, que depende do seu
comprimento. Nesse caso, a amplitude das oscilações
aumentará gradativamente.
Ao tangermos a corda de um violão, o ar contido
na sua “caixa de ressonância” ressoa com a mesma
frequência, produzindo o som que ouvimos. Esse é
um exemplo de ressonância sonora.
Ao sintonizar uma emissora de rádio, fazemos
com que a frequência das oscilações elétricas no
receptor se torne igual à frequência das ondas ele-
tromagnéticas emitidas pela estação. Dizemos que
ocorreu uma ressonância eletrônica.
Uma ressonância luminosa pode ocorrer quando
uma ampola contendo vapores de mercúrio é colo- Figura 14. As imagens mostram o rompimento da Ponte
cada em presença de uma lâmpada de mercúrio de Tacoma ocorrido em julho de 1940.
Aplicação
A18. Marta consegue conversar com seu namorado, apesar e) ocorrem fenômenos de dispersão da luz ao con-
de um muro de dois metros e meio de altura estar tornar a lâmina.
entre eles. Explique como é possível que isso acon-
A20. Quando um carro se aproxima de uma esquina, ouve-
teça.
se o som de uma buzina, embora o carro não possa
A19. Se uma lâmina for colocada diante de uma fonte ser visto, porque:
luminosa pontual, a sombra que se projeta num ante- a) o som se difrata mais dificilmente que a luz.
paro colocado do lado oposto não tem contornos b) o som sofre difração, enquanto a luz não se
nítidos porque: difrata.
a) a luz se propaga rigorosamente em linha reta, não c) a difração do som é mais acentuada que a da
contornando obstáculos. luz, uma vez que as ondas luminosas apresentam
b) as ondas luminosas sofrem difração nas bordas da menores comprimentos de onda.
lâmina. d) a difração do som e da luz ocorre com a mesma
c) em volta da região de sombra forma-se a região intensidade.
de penumbra. e) apenas a luz se difrata, não ocorrendo difração
d) a luz não tem natureza ondulatória. do som.
Verificação
V18. Difração é o fenômeno pelo qual: V22. Se aproximarmos um diapasão (fonte sonora) da
a) duas ondas se superpõem, ocorrendo ampliação borda de um recipiente contendo água até uma certa
ou redução na onda resultante. altura, como indica a figura, o som será ampliado,
b) um sistema vibra com a mesma frequência de ocorrendo ressonância, se a frequência da fonte for:
uma fonte.
c) uma onda contorna um obstáculo cujas dimen-
Studio Caparroz
sões são da ordem de grandeza do seu com-
primento de onda.
d) uma onda muda seu meio de propagação.
e) a energia transportada por uma onda converte-se
em energia térmica.
V19. Alice está conversando com sua mãe, embora um
muro de 3 metros de altura esteja entre elas. Isso é a) igual à frequência natural da coluna de ar dentro
possível graças ao fenômeno de: do recipiente.
a) refração. d) interferência. b) igual a 435 Hz.
b) difração. e) absorção. c) menor que a frequência natural da coluna de ar
c) reflexão. dentro do recipiente.
V20. As ondas luminosas também podem sofrer difração, d) maior que a frequência natural da coluna de ar
como as ondas sonoras. Explique por que é mais dentro do recipiente.
fácil perceber a difração sonora do que a difração e) maior que 435 Hz.
luminosa. V23. Conta-se que na Primeira Guerra Mundial uma
V21. Ao ligar um aparelho de TV, imediatamente surge na ponte de concreto desabou quando soldados, em
tela uma imagem. Como se pode explicar fisicamente marcha cadenciada, passaram sobre ela. Como é
essa recepção? possível explicar essa ocorrência?
Revisão
R19. (UF-MG) O muro de uma casa separa Laila de sua mostram uma fenda de dimensões próximas ao com-
gatinha. Laila ouve o miado da gata, embora não primento de onda das ondas propagadas, por onde
consiga enxergá-la. Nessa situação, Laila pode ouvir, parte do pulso pode atravessar.
mas não pode ver sua gata, porque: Posicionamento das cristas das ondas produzidas
a) a onda sonora é uma onda longitudinal e a luz é em determinado instante:
uma onda transversal.
b) a velocidade da onda sonora é menor que a velo-
Studio Caparroz
cidade da luz.
c) a frequência da onda sonora é maior que a fre-
quência da luz visível.
d) o comprimento de onda do som é maior que o
comprimento de onda da luz visível.
R20. (UEA-AM) Um fruto desprende-se da árvore e cai
sobre as águas tranquilas e de profundidade cons-
tante de uma região alagada, produzindo ondas cir-
culares concêntricas. Próximo ao centro das ondas,
dois troncos caídos, dispostos como indica a figura,
Studio Caparroz
b) Difração e interferência.
c) Polarização e interferência.
d) Reflexão e interferência.
máx.
onda máx.
incidente máx.
S2 máx.
máx.
S0 máx.
máx. R24. (Unip-SP) A ponte de Tacoma, nos Estados Unidos,
máx. ao receber impulsos periódicos do vento, entrou em
S1
máx. vibração e foi totalmente destruída. O fenômeno que
máx. melhor explica esse fato é:
máx. a) o efeito Doppler. d) a difração.
máx. b) a ressonância. e) a refração.
A B C c) a interferência.
31 As ondas sonoras
Verificação
V1. Uma onda sonora de frequência 250 Hz propaga-se na V3. A velocidade de propagação do som no ar é 340 m/s.
água e apresenta comprimento de onda igual a 5,8 m. Uma onda sonora de comprimento de onda no ar igual
Determine: a 34 m é audível pelo homem? Justifique a resposta.
a) a velocidade dessa onda na água;
b) o comprimento de onda de outra onda sonora de
V4. Em um filme americano de faroeste, um índio colou
frequência 1 000 Hz que se propaga no mesmo meio. seu ouvido ao chão para verificar se a cavalaria estava
se aproximando. Há uma justificativa física para esse
V2. Ultrassons são ondas sonoras de frequência superior procedimento? Explique.
a 20 000 Hz e infrassons são ondas sonoras de fre-
quência inferior a 20 Hz. Estabeleça os limites para os V5. Se uma pessoa ouve o som da explosão de um
comprimentos de onda dessas ondas ao se propaga- rojão 1,5 s após tê-lo visto explodir, qual a distân-
rem num líquido onde a velocidade de propagação do cia entre o ouvinte e o local da explosão? Considere
som é 2 000 m/s. vsom ⫽ 3,0 ⭈ 102 m/s.
Revisão
R1. (UC-MG) Uma cena comum em filmes de ficção cientí- c) aumentará 29,3%. d) diminuirá 29,3%.
fica é a passagem de uma nave espacial em alta veloci- e) será mantida a mesma.
dade, no espaço vazio, fazendo manobras com a ajuda
R3. (UF-ES) Os morcegos emitem ultrassons (movimento
de foguetes laterais, tudo isso acompanhado de um
vibratório, cuja frequência é superior a 20 000 Hz).
forte ruído. Assinale a alternativa verdadeira.
Considere-se que o menor comprimento de onda
a) A cena é correta, pois não há problema com o fato
emitido por um morcego é de 3,4 ⭈ 10⫺3 m. Supondo-
de uma nave voar no espaço vazio.
se que a velocidade do som no ar é de 340 m/s, a
b) A cena é correta, porque é perfeitamente perceptí-
frequência mais alta que um morcego emite é de:
vel o ruído de uma nave no espaço vazio.
a) 104 Hz c) 106 Hz e) 108 Hz
c) A cena não é correta, pois o som não se propaga no
5
b) 10 Hz 7
d) 10 Hz
vácuo.
d) A cena não é correta, pois não é possível que uma R4. (UF-MG) Mariana pode ouvir sons na faixa de 20 Hz
nave voe no espaço vazio. a 20 kHz. Suponha que, próximo a ela, um morcego
e) A cena não é correta, pois não é possível fazer emite um som de 40 kHz.
manobras no espaço vazio. Assim sendo, Mariana não ouve o som emitido pelo
R2. (Mackenzie-SP) As ondas sonoras são ondas mecâ- morcego, porque esse som tem:
nicas e, a 16 °C de temperatura, propagam-se no a) um comprimento de onda maior que o daquele que
ar com uma velocidade aproximadamente igual a ela consegue ouvir.
341 m/s. Se a temperatura desse ar diminuir até b) um comprimento de onda menor que o daquele
0 °C, a velocidade de propagação dessas ondas que ela consegue ouvir.
sonoras será aproximadamente 331 m/s. Nesta c) uma velocidade de propagação maior que a
redução de temperatura, a frequência das referidas daquele que ela consegue ouvir.
ondas: d) uma velocidade de propagação menor que a
a) aumentará 2,93%. b) diminuirá 2,93%. daquele que ela consegue ouvir.
R6. (UF-PA) Um terremoto é um dos fenômenos natu- Considerando o texto e o gráfico representados acima,
rais mais marcantes envolvidos com a propagação de analise as seguintes afirmações:
ondas mecânicas. Em um ponto denominado foco (o I. As ondas P são registradas na estação sismológica
epicentro é o ponto na superfície da Terra situado na antes que as ondas S.
vertical do foco), há uma grande liberação de energia II. A energia de uma onda sísmica ao se propagar no
que se afasta pelo interior da Terra, propagando-se ar, sob forma de ondas sonoras, é transportada
através de ondas sísmicas tanto longitudinais (ondas através de ondas P.
P) quanto transversais (ondas S). A velocidade de uma III. As ondas S podem propagar-se tanto em meios
onda sísmica depende do meio onde ela se propaga sólidos como em meios líquidos ou em meios
e parte da sua energia pode ser transmitida ao ar, sob gasosos.
forma de ondas sonoras, quando ela atinge a superfí- IV. Quanto à direção de vibração, uma onda P se com-
cie da Terra. O gráfico abaixo representa as medidas porta de forma análoga a uma onda que é produ-
realizadas em uma estação sismológica, para o tempo zida em uma corda de violão posta a vibrar.
de percurso (t) em função da distância percorrida (d) Estão corretas apenas:
desde o epicentro para as ondas P e ondas S, produzi- a) I e II c) I, II e III e) II, III e IV
das por um terremoto. b) I e III d) II e IV
APROFUNDANDO
• Quando passa um avião voando a grande altitude, temos a impressão de que o som que ele produz vem de
um ponto situado atrás dele, e não da posição que ocupa quando o vemos. Por quê?
• Por que os soldados que estão na retaguarda de um desfile militar, com a banda à frente, não marcham no
mesmo passo dos que vão nas primeiras fileiras?
Altura
A altura é a qualidade que nos permite classificar os sons em graves e agudos, estando relacionada com a
frequência do som.
Tristram Kenton/Lebrecht Music & Arts/Diomedia
Figura 3. Os cantores de
ópera apresentam vozes com
frequências diferentes: uma
voz soprano varia aproxima-
damente de 240 a 1 000 Hz;
uma voz contralto, de 200 a
750 Hz; uma voz tenor, de 160
a 500 Hz e uma voz barítono,
de 120 a 380 Hz.
Proteção auditiva
O Ministério do Trabalho e Emprego estabelece o tempo
Nível sonoro Tempo máximo
máximo diário que um trabalhador pode ficar exposto a ruído con-
(dB) de exposição (h)
tínuo ou intermitente a fim de evitar lesões irreversíveis, segundo
a tabela ao lado. 85 8
Observe, portanto, que a cada aumento de 5 dB no nível sonoro, 90 4
o tempo máximo de exposição cai para a metade.
95 2
(Dados extraídos do site www.mtb.gov.br/Temas/SegSau/Legislacao/ 100 1
Normas/conteudo/nr15/default.asp. Acesso em 5/8/2004.)
Aplicação
A6. Três ondas sonoras, A, B e C, apresentam as seguintes A9. Sabe-se que a intensidade física de 10216 W/cm2 de um
características: som corresponde a um nível sonoro nulo. Determine o nível
A – amplitude 1 cm, frequência 800 Hz sonoro de um som cuja intensidade física é 10210 W/cm2.
B – amplitude 0,8 cm; frequência 1000 Hz
A10. Numa estação do metrô de São Paulo, o nível sonoro
C – amplitude 0,6 cm; frequência 800 Hz
é de 80 dB. Sendo o limiar de audibilidade igual a
Qual dos sons, A ou C, é o mais forte? E o mais
1026 mW/m2, determine a intensidade física do som
agudo?
no interior da estação.
A7. Determine o intervalo entre os sons A e B do exercício
A11. Num curso de Música, um piano e um violão emi-
anterior.
tem a mesma nota musical. Um aluno consegue
A8. Um som A está uma oitava acima de um som B cuja distinguir perfeitamente as notas emitidas pelos
frequência é 200 Hz. Qual a frequência do som A? dois instrumentos. Explique como isso é possível.
Revisão
R7. (F. M. Jundiaí-SP) A figura do teclado mostra uma R9. (Vunesp-SP) Atualmente, há uma preocupação cada
escala de frequências, em Hz, associadas à sua exten- vez maior com a poluição sonora. Suponha que uma
são. lei penalize quem produza ruídos que ultrapassem os
níveis de intensidade sonora, estabelecidos na tabela
Studio Caparroz
a seguir.
Diurno Noturno
Áreas residenciais 50 dB 45 dB
Áreas industriais 70 dB 60 dB
R8. (PUC-MG) Em linguagem técnica, um som que se Considere os seguintes grupos de pessoas que utilizas-
propaga no ar pode ser caracterizado, entre outros sem, nas áreas residencial e industrial:
aspectos, por sua altura e por sua intensidade. Os I. Um cortador de grama no período diurno;
parâmetros físicos da onda sonora que correspondem II. Um carro silencioso no período noturno;
às características mencionadas são, respectivamente: III. Um aspirador de pó no período noturno.
a) comprimento de onda e velocidade. Se não houver nenhum outro atenuante na lei, seriam
b) amplitude e velocidade. considerados infratores o(s) grupo(s)
c) velocidade e amplitude. a) I, apenas. d) I, II e III.
d) amplitude e frequência. b) I e II, apenas. e) I e III, apenas.
e) frequência e amplitude. c) II e III, apenas.
APROFUNDANDO
• Pesquise a respeito da incidência da surdez nos profissionais expostos a sons de alta intensidade e as leis
existentes para a sua proteção.
• Pesquise as escalas musicais e os intervalos entre as notas que as compõem.
• Procure informações a respeito dos termos: harmonia musical, acorde, sustenido, bemol, clave.
Aplicação
A12. Qual(is) das seguintes afirmações é (são) correta(s)? A14. Se a velocidade do som no ar fosse igual a 800 m/s,
I. O tempo de persistência auditiva é de 0,1 s. qual a distância mínima a que deveria se situar um
II. Eco e reverberação são consequências da refle- obstáculo refletor para que o eco pudesse ser ouvido?
xão das ondas sonoras.
A15. O esquema a seguir ilustra o funcionamento do “eco-
III. Para que uma pessoa ouça o eco de seu grito,
batímetro”, instrumento que se destina a medir a
no ar, a distância entre ela e o obstáculo refletor
profundidade do mar por meio de som.
deve ser igual a 34 m, admitindo que no ar o som
tenha velocidade de 340 m/s.
IV. Ocorre reverberação sonora quando o intervalo
de tempo entre a percepção do som direto e do
som refletido é menor que 0,1 s.
emissor receptor
A13. Num stand de tiro ao alvo, o atirador ouve o eco do tiro
que ele dispara 0,6 s após o disparo. Sendo a veloci-
dade do som no ar igual a 340 m/s, determine a dis-
tância entre o atirador e o obstáculo que reflete o som.
Verificação
V12. Para que a acústica de um auditório seja boa, não V14. O som se propaga na água com velocidade igual
deve haver nem excesso nem carência de reverbera- a 1 450 m/s. Qual a distância entre uma pessoa e a
ção dos sons. Explique por que e sugira soluções que barreira refletora, para que ela possa perceber o eco
possam melhorar a acústica de um ambiente. nesse meio?
V13. Num passeio ao “vale do eco”, um turista percebe V15. Com o “sonar”, verifica-se, numa dada região do oceano
que o primeiro eco de seu grito é ouvido 4 s após Atlântico, que o intervalo de tempo entre a emissão
a emissão. Sendo a velocidade do som no ar igual a de um pulso sonoro e sua posterior recepção é de 2 s.
340 m/s, determine a que distância dele se encontra Se a velocidade do som na água do mar é 1 500 m/s,
o obstáculo refletor. qual a profundidade da região pesquisada?
Revisão
R13. (Unirio-RJ) Em recente espetáculo em São Paulo, a) Determine a distância x para a qual o eco é ouvido
diversos artistas reclamaram do eco refletido pela 3,0 s após a emissão da voz.
arquitetura da sala de concertos que os incomodava b) Determine a menor distância para que a pessoa
e, em tese, atrapalharia o público que apreciava o possa distinguir a sua voz e o eco.
espetáculo. Considerando a natureza das ondas
R15. (PUC-SP) Para determinar a profundidade de um
sonoras e o fato de o espetáculo se dar em um
poço de petróleo, um cientista emitiu com uma fonte,
recinto fechado, indique a opção que apresenta uma
possível explicação para o acontecido: na abertura do poço, ondas sonoras de frequência
a) Os materiais usados na construção da sala de espe- 220 Hz. Sabendo-se que o comprimento de onda,
táculos não são suficientemente absorvedores de durante o percurso, é de 1,5 m e que o cientista
ondas sonoras para evitar o eco. recebe como resposta um eco após 8 s, a profundi-
b) Os materiais são adequados, mas devido à super- dade do poço é:
posição das ondas sonoras sempre haverá eco. a) 2 640 m c) 2 880 m e) 330 m
c) Os materiais são adequados, mas as ondas esta- b) 1 440 m d) 1 320 m
cionárias formadas na sala não podem ser elimi- R16. (Fatec-SP) Os morcegos são cegos. Para se guiarem
nadas, e assim, não podemos eliminar o eco. eles emitem um som na faixa de frequências ultras-
d) A reclamação dos artistas é infundada porque não sônicas que é refletido pelos objetos, no fenômeno
existe eco em ambientes fechados. conhecido como eco, e processado, permitindo a
e) A reclamação dos artistas é infundada porque
determinação da distância do objeto. Considerando-
o que eles ouvem é o retorno do som que eles
se que a velocidade do som no ar é de 340 m/s e
mesmos produzem e que lhes permite avaliar o
sabendo que o intervalo temporal entre a emissão
que estão tocando.
do grito e o seu retorno é de 1,0 ⭈ 10⫺2 s, a distância
R14. (Unicamp-SP) O menor intervalo de tempo entre na qual um objeto se encontra do morcego é de:
dois sons percebidos pelo ouvido humano é de a) 3,4 m c) 17 m e) 340 m
0,10 s. Considere uma pessoa defronte a uma parede b) 34 m d) 1,7 m
em um local onde a velocidade do som é de 340 m/s.
R17. (UE-PB) O sonar (sound navigation and ranging)
é um dispositivo que, instalado em navios e sub-
Lettera Studio
Studio Caparroz
para o navio onde é detectado por um hidrofone.
(Adaptado de JUNIOR, F. R. Os Fundamentos da
Física. 8. ed. Vol. 2. São Paulo: Moderna, 2003, p. 417)
Acerca do assunto tratado no texto, analise a
seguinte situação-problema:
Um submarino é equipado com um aparelho denomi-
h nado sonar, que emite ondas sonoras de frequência
4,00 ? 104 Hz. A velocidade de propagação do som
na água é de 1,60 ? 103 m/s. Esse submarino, quando
em repouso na superfície, emite um sinal na direção
vertical através do oceano e o eco é recebido após
0,80 s. A profundidade do oceano nesse local e o
comprimento de ondas do som na água, em metros,
são, respectivamente:
a) 610 e 3,5 ? 1022 d) 640 e 4 ? 1022
Inicialmente, é emitido um impulso sonoro por um b) 620 e 4 ? 10 22 e) 600 e 3 ? 1022
dispositivo instalado no navio. A sua frequência c) 630 e 4,5 ? 1022
APROFUNDANDO
ar
X
água
r
Figura 10
i,r
A interferência no ponto X será destrutiva (silên-
Figura 9
cio ou som muito fraco), se a diferença de caminhos
A interferência de ondas sonoras ocorre quando das ondas for múltiplo ímpar de meio comprimento
um ponto do meio é atingido, ao mesmo tempo, por de onda:
mais de uma perturbação de natureza sonora (fig. 10).
Consideremos duas fontes sonoras F1 e F2 emi- Q
F1X 2 F2X 5 i (i 5 1, 3, 5, 7...)
tindo em fase ondas de mesma amplitude e de mesmo 2
Aplicação
A17. Uma onda sonora que se propaga no ar apresenta No meio a, a velocidade é 1 200 m/s. Sabendo-se
velocidade v1, comprimento de onda Q1 e frequência 1 3
f1. Ao passar para a água, como mostra a figura, os que sen 30° ⫽ e sen 60° ⫽ , determine a velo-
2 2
valores daquelas grandezas tornam-se, respectiva- cidade da onda no meio b .
mente, v2, Q2 e f2.
Indique como variam as grandezas consideradas. A19. A figura representa dois pequenos alto-falantes, A1 e
A2, que emitem ondas sonoras em fase de frequência
50 Hz. A velocidade dessas ondas no meio em ques-
(v1, λ1, f1)
tão é 400 m/s.
ar 50 m
A1 X
água
A2
Verificação
V16. Uma onda sonora sofre refração, como indica a
figura, passando de um meio A, onde tem velo-
cidade vA, frequência fA e comprimento de onda A
QA, para um meio B, onde a velocidade é vB, a B
frequência é fB e o comprimento de onda é QB.
Indique como variam essas grandezas carac te-
rísticas da onda.
ar 60°
líquido 45°
r
1 2
Sabendo-se que sen 30° ⫽ ; sen 45° ⫽ e
2 2
3
sen 60° ⫽ , e que, no ar, a velocidade de propa-
2
P
gação é 340 m/s, determine a velocidade de pro-
pagação da onda no líquido.
V19. Ouvem-se 3 batimentos por segundo quando uma
V18. As fontes sonoras F1 e F2 emitem ondas em fase de fonte sonora de frequência 700 Hz vibra nas proxi-
frequência 400 Hz. O ponto P do meio, em que a midades de outra de frequência menor. Determine a
velocidade das ondas é 800 m/s, está situado a 10 m frequência da segunda fonte.
Revisão
R18. (PUC-PR) Assim como os humanos, as baleias tam- propagação do som no ar é de 355 m/s, enquanto,
bém se comunicam entre si. A maioria das espécies na água, é de 1 500 m/s.
de baleia produz uma vasta gama de sons. Embora A figura mostra o raio incidente, e as linhas 1 e 2 repre-
isso não possa ser comparado com a linguagem sentam possíveis raios da onda sonora refratados na
humana, é, contudo, um articulado sistema de comu- água. Considere que as leis de refração para ondas
nicação, no qual cada som é modulado em tons e sonoras sejam as mesmas para a luz. Com fundamento
frequências e repetido constantemente durante nessas afirmações, assinale a alternativa correta.
específicos atos e situações particulares. Uma baleia a) A linha que representa corretamente o raio refra-
emite um som de 50,0 Hz para dizer ao seu descui- tado na água é a linha 1, e o ângulo de refração
dado filhote que deve voltar ao grupo. A velocidade com a normal é menor que 10°.
do som na água é de cerca de 1 500 m/s. b) A linha que representa corretamente o raio refra-
Considerando que a baleia e o filhote estão em tado é a linha 2, e o ângulo de refração com a
repouso, marque a alternativa correta. normal é maior que 46°.
a) O comprimento de onda desse som na água é de c) A frequência da onda sonora que se propaga na
60 m. água é maior que a frequência da onda sonora
b) O tempo que o som leva para chegar ao filhote se que se propaga no ar.
ele está afastado 1,2 km é de 0,80 s. d) O comprimento de onda do som que se propaga
c) Se as baleias estão próximas da superfície parte no ar é maior que o comprimento de onda do som
da energia pode refratar para o ar. A frequência que se propaga na água.
do som no ar é maior que na água. e) Se o meio ar não é dispersivo para a onda sonora,
d) O comprimento de onda do som emitido quando então a velocidade do som depende da frequên-
passa para o ar é igual ao comprimento de onda cia nesse meio.
do som na água. Dados: sen 10° > 0,173; sen 46° > 0,719.
e) O som emitido pela baleia é um tipo de onda
R20. (UF-PE) Duas fontes sonoras F1 e F2, separadas entre
eletromagnética.
si de 4,0 m, emitem em fase e na mesma frequência.
R19. (UF-MS) Um alto-falante emite ondas sonoras com Um observador, se afastando lentamente da fonte
uma frequência constante, próximo à superfície F1, ao longo do eixo x, detecta o primeiro mínimo de
plana de um lago sereno, onde os raios das fren- intensidade sonora, devido à interferência das ondas
tes de ondas geradas por F1 e F2, na posição x ⫽ 3,0 m. Sabendo-
incidem obli- normal se que a velocidade do som é 340 m/s, qual a fre-
quamente 10° quência das ondas sonoras emitidas, em Hz?
à superfície y
do lago com ar F2
um ângulo
água primeiro mínimo
de incidên- θ2 4,0 m
cia V1 ⫽ 10°.
Sabe-se que a θ1 2
F1 x
velocidade de 1 3,0 m
Luiz Rubio
2. Responda: Se a frequência emitida pelos alto-fa-
lantes aumentar, o ponto M estará mais distante
ou mais próximo do ponto O?
Justifique sua resposta.
8,0 m 10,0 m
R22. (UF-MT) Na questão a seguir julgue os itens como V,
se for verdadeiro, ou F, se for falso.
I. O batimento é um fenômeno decorrente da inter-
ferência ou superposição de duas ondas periódi-
M O cas com frequências próximas.
1,0 m II. Caso ocorra batimento com ondas periódicas
Igor está posicionado no ponto O, equidistante sonoras de mesma amplitude A, notaremos
dos dois alto-falantes, e escuta o som com grande reforço no som somente quando a onda resul-
intensidade. Ele começa a andar ao longo da linha tante da superposição apresentar amplitude
paralela aos alto-falantes e percebe que o som vai máxima positiva 2A.
diminuindo de intensidade, passa por um mínimo III. A frequência dos batimentos, quando há super-
e, depois, aumenta novamente. Quando Igor chega posição de duas ondas periódicas com frequên-
ao ponto M, a 1,0 m do ponto O, a intensidade do cias próximas, é dada pela diferença entre as
som alcança, de novo, o valor máximo. Em seguida, frequências das duas ondas superpostas.
APROFUNDANDO
OBSERVE
Como já foi visto no estudo dos fenômenos ondulatórios, sendo F a intensidade da força que traciona
a corda de comprimento L, de seção transversal com área S e constituída de um material de densidade d
como na figura abaixo, a velocidade de propagação v das ondas na corda é dada por:
Conceitograf
L
F F F
v⫽
dS S
Substituindo as frequências naturais na corda na expressão anterior, obtemos a denominada Fórmula
de Lagrange:
N F
f5
2L dS
Aplicação
A21. Uma corda de violão apresenta comprimento A22. Ondas transversais se propagam numa corda tensa
L ⫽ 0,60 m. Determine os três maiores com- de comprimento 1,0 m, com velocidade 10 m/s. Deter-
primentos de ondas estacionárias que se podem mine a frequência do som fundamental, do segundo
estabelecer nessa corda. e do terceiro harmônico emitidos por essa corda.
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Revisão
R23. (UF-PB) A superposição de ondas incidentes e refle-
Studio Caparroz
tidas com mesmas amplitudes, dá origem a uma
figura de interferência denominada onda estacioná-
X
ria. Nesse sentido, considere uma situação em que
uma corda tem uma das suas extremidades fixa a Y
uma parede e a outra extremidade conectada a um A
oscilador (fonte de vibração) que vibra com uma
frequência de 80 Hz. A distância entre o vibrador e a
parede é de 8 m.
Sabendo que as velocidades de propagação das
ondas na corda são de 320 m/s, a onda estacionária
na corda está melhor representada na figura: Assinale a alternativa que preenche, correta e res-
pectivamente, as lacunas do texto que descreve esse
Studio Caparroz
e) Fonte e
Tubos sonoros L Q f5
v
Q
Basicamente, um tubo sonoro é uma coluna de
ar na qual se estabelecem ondas estacionárias longi- Q v
tudinais, determinadas pela superposição de ondas 1º modo de vibração 2L
2 2L
de pressão geradas numa extremidade com as ondas
refletidas na outra extremidade. Q 2L v
2º modo de vibração 2 2
A produção da onda de pressão numa extremi- 2 2 2L
dade é devida a um dispositivo denominado embo- Q 2L v
cadura. Um jato de ar dirigido contra a embocadura 3º modo de vibração 3 3
2 3 2L
é afunilado e determina a vibração que dá origem
às ondas. Q 2L v
Nº modo de vibração N N
Conforme a extremidade oposta à embocadura, 2 N 2L
seja aberta ou fechada, podemos ter dois tipos de
tubos sonoros: os tubos abertos e os tubos fechados. Assim, num tubo aberto, as frequências naturais
Nas figuras seguintes, só representamos a coluna de vibração são dadas pela fórmula:
gasosa vibrante, omitindo a embocadura.
v
f 5 N (N 5 1, 2, 3...)
2L
Tubos abertos
A onda estacionária longitudinal que se forma Para N ⫽ 1, temos a frequência fundamental; para
apresenta um ventre em ambas as extremidades. O N ⫽ 2, o segundo harmônico; para N ⫽ 3, o terceiro
modo mais simples de vibrar corresponde a um nó no harmônico; e assim por diante.
ponto central. A cada novo modo de vibração, surge
mais um nó intermediário, como mostra a figura 13. Tubos fechados
A onda estacionária longitudinal que se estabe-
L
lece apresenta um ventre na extremidade da embo-
cadura e um nó na extremidade fechada. Em todos
os modos de vibração, essa situação se mantém,
aumentando apenas o número de nós intermediários,
como se nota na figura 14.
L
Figura 13
Aplicação
A25. Um tubo sonoro aberto mede 1,20 m de compri- A27. Determine o menor comprimento de um tubo aberto e
mento. Determine o comprimento de onda do som de outro fechado para que entrem em ressonância no
fundamental que ele emite e a sua frequência, ar com um diapasão de frequência 330 Hz. A veloci-
sabendo que no seu interior foi colocado um gás no dade do som no ar é 330 m/s. Compare os resultados.
qual o som se propaga com velocidade de 360 m/s.
A28. Dois tubos sonoros, o primeiro fechado e de com-
A26. Num tubo fechado de 1,20 m de comprimento, o som primento L1, o segundo aberto e de comprimento L2,
se propaga com velocidade 360 m/s. Determine o emitem a mesma frequência fundamental.
comprimento de onda e a frequência do som funda- L
Determine a relação 2 .
mental e do 3º harmônico. Esquematize esses modos L1
de vibração.
Verificação
V24. Um tubo aberto apresenta 1,70 m de comprimento A velocidade do som no ar do tubo é 300 m/s.
e emite um som fundamental de frequência 100 Hz. Determine o comprimento de onda e a frequência
Determine o comprimento de onda do som emitido do som que esse tubo emite.
e a velocidade com que se propaga no ar do tubo.
V26. Determine o menor comprimento de um tubo fechado
V25. Na figura está esquematizada uma onda estacionária e de outro aberto para que entrem em ressonância
que se forma num tubo fechado de comprimento com uma fonte de frequência 680 Hz. A velocidade do
L ⫽ 2,40 m. som no ar é 340 m/s. Compare os resultados obtidos.
V27. Um tubo fechado de comprimento L emite um som
fundamental de frequência dupla do som fundamen-
tal emitido por um tubo aberto. Determine o compri-
mento do tubo aberto.
Revisão
R29. (UF-CE) Considere um tubo sonoro aberto de R30. (Mackenzie-SP) Considere a velocidade do som no
40 cm de comprimento, cheio de ar, onde as ondas ar igual a 330 m/s. O menor comprimento de um
sonoras se propagam com velocidade de 340 m/s. tubo sonoro aberto que entra em ressonância com
Sabendo que a capacidade de audição de uma pes- um diapasão de frequência 440 Hz é aproximada-
soa vai de 20 Hz a 20 000 Hz, determine quantos mente:
harmônicos esta pessoa pode ouvir, produzidos no a) 19 cm c) 38 cm e) 75 cm
tubo considerado. b) 33 cm d) 67 cm
Studio Caparroz
lando em sua frequência fundamental. Essa situação
fez com que a coluna de ar no buraco, por ressonân-
pavilhão meato membrana
cia, vibrasse na mesma frequência do fio condutor. auricular acústico timpânica
As paredes do buraco têm um revestimento ade-
quado, de modo que ele age como um tubo sonoro As ondas sonoras que atingem o pavilhão auricular
fechado na base e aberto no topo. Considerando formam ondas estacionárias no canal auditivo e
que a velocidade do som no ar seja de 330 m/s e fazem o tímpano vibrar com a mesma frequência.
que o ar no buraco oscile no modo fundamental, Esse canal pode ser comparado a um tubo sonoro
assinale a alternativa que apresenta corretamente a semifechado que apresenta frequência fundamental
profundidade do buraco. correspondente à frequência de uma onda sonora
de menor nível de intensidade que pode ser ouvida
Luiz Rubio
limiar da dor
nível de intensidade sonora (dB)
muro 120
buraco 100
80
60
a) 0,525 m d) 1,250 m
40 limiar da
b) 0,650 m e) 1,500 m
audição
c) 0,825 m
20
R33. (UF-PI) Um tubo sonoro de 2 m de comprimento
emite um som de várias frequências, entre elas, a 10 20 40 100 200 400 1 000 4 000 10 000 20 000
frequência de 297,5 Hz. Considere a velocidade do
frequência (Hz)
som no ar igual a 340 m/s. Analise as afirmativas a
seguir em V (verdadeira) ou F (falsa). O limiar da dor é apresentado pela linha vermelha
a) O tubo sonoro é aberto nas duas extremi- superior e o limiar da audição é representado pela
dades. linha verde inferior.
b) O tubo sonoro é aberto em uma extremidade e Com base nessas informações e considerando que
fechado na outra. as ondas sonoras se propagam no ar com velocidade
c) A frequência correspondente ao harmônico fun- de 340 m/s, estima-se que o comprimento do canal
damental deste tubo sonoro é 42,5 Hz. auditivo vale, em cm, aproximadamente:
d) O harmônico de maior ordem na faixa do audível a) 0,4 d) 2,8
(20 Hz a 20 000 Hz), produzido por este tubo, é b) 1,7 e) 4,2
o harmônico de número 469. c) 2,1
As notas musicais
Os nomes usados hoje para as notas musicais
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foram estabelecidos no século XI pelo monge bene-
ditino Guido de Arezzo, a partir das letras iniciais dos
versos de um hino latino em homenagem a São João:
Ut queant laxis
Resonare fibris
Mira gestorum
Famuli tuorum
Solve polluti
Labii reatum
Sancte Ioannes
Avelino Guedes
xima, o som ouvido vai se tornando mais agudo e, à
medida que se afasta, o som ouvido vai se tornando
mais grave.
Esse fenômeno, segundo o qual o observador Figura 16
ouve um som de frequência diferente da que foi emi- Se a velocidade relativa de aproximação ou
tida pela fonte, em virtude do movimento relativo afastamento entre fonte e observador se mantiver
entre a fonte e o observador, é denominado efeito constante no decorrer do tempo, a frequência ouvida
Doppler. (maior ou menor que a frequência real emitida) se
Explica-se o aumento da frequência ouvida em manterá constante.
relação à emitida quando há aproximação entre fonte Nesse caso, sendo f a frequência real emitida, vF
e observador, pelo fato de o ouvinte receber maior a velocidade da fonte, vO a velocidade do observador
número de frentes de onda na unidade de tempo. A e vS a velocidade do som, a frequência ƒ⬘ouvida pelo
figura 15 mostra como as frentes de onda se aproxi- observador será expressa pela fórmula:
mam umas das outras, na situação em que a fonte
sonora se aproxima de um observador parado. vS t vO
f’ 5 f ?
vS t vF
Avelino Guedes
Aplicação
A29. A frequência do som emitido por uma fonte é de
4 000 Hz. Se a fonte se aproxima de um observador
com velocidade de 70 m/s em relação à Terra, e este
se aproxima da fonte com velocidade de 5,0 m/s em
relação à Terra, qual a frequência por ele ouvida? A
velocidade do som no ar é 340 m/s.
A30. Quando uma ambulância passou por uma pessoa
parada, o som que ela ouvia teve sua frequência A31. Quando um observador se desloca entre duas
diminuída de 1 000 Hz para 800 Hz. Sendo a velo- fontes paradas que emitem sons de mesma fre-
cidade do som no ar igual a 340 m/s, determine quência, ele percebe que as frequências ouvidas
a velocidade da ambulância e a frequência real 4
estão na razão de . Sendo a velocidade do som no
emitida. 3
ar 340 m/s, determine a velocidade do observador.
Verificação
V28. Uma fonte sonora se aproxima de um observador Determine a velocidade desenvolvida pela viatura
com velocidade absoluta de 72 km/h, enquanto e a frequência emitida por sua sirene. A velocidade
este se afasta da fonte com velocidade absoluta de do som no ar, no caso, é igual a 350 m/s.
18 km/h. A velocidade do som no ar é 340 m/s e a
V30. Dois alto-falantes estão emitindo sons com mesma
frequência emitida pela fonte é de 12 000 Hz. Deter-
frequência. Um observador se desloca ao longo da
mine a frequência ouvida pelo observador.
reta comum aos dois, aproximando-se de um e afas-
V29. A frequência do som que um indivíduo parado ouve tando-se do outro. Determine a velocidade desse
quando passa por ele uma viatura oficial com a sirene observador, a fim de que a relação entre as frequên-
ligada diminui de 600 Hz para 500 Hz. cias ouvidas seja 1,5. A velocidade do som no ar, nas
condições da experiência, é 340 m/s.
Revisão
R35. (UF-MG) Este diagrama representa cristas consecuti- b) Considere duas pessoas, uma situada em M e a
vas de uma onda sonora emitida por uma fonte que outra em N. Indique se a pessoa em M vai ouvir
se move em uma trajetória retilínea MN. o som com frequência maior, menor ou igual à
frequência ouvida pela pessoa em N. Justifique
sua resposta.
M N R36. (UnB-DF) Um indivíduo percebe que o som da buzina
de um carro muda de tom à medida que o veículo se
aproxima ou se afasta dele. Na aproximação, a sen-
sação é de que o som é mais agudo, no afastamento,
a) Indique o sentido do movimento da fonte sonora, mais grave. Esse fenômeno é conhecido em Física
se de M para N ou de N para M. Justifique sua como efeito Doppler. Considerando a situação des-
resposta. crita, julgue os itens que se seguem.
Studio Caparroz
onda A observador é de 20 Hz a 20 000 Hz. Qual é o mínimo
valor de vO para que o infrassom se transforme em
som audível para o observador?
onda B
a) 60 m/s c) 60 km/h e) 30 km/h
b) 110 m/s d) 30 m/s
APROFUNDANDO
• Faça uma pesquisa a respeito de instrumentos musicais que se baseiam em tubos sonoros.
• Você conhece marimba? Marimba é um instrumento musical que você mesmo pode construir. Ponha
água dentro de várias garrafas iguais: na primeira, pouca água, na segunda, um pouco mais, e assim por
diante. Batendo nelas com uma vareta, você vai obter diferentes sons; então, controlando as quantidades
de água, estabeleça uma escala musical.
• Qual o princípio de funcionamento do silenciador do automóvel? E o do silenciador de uma arma de
fogo?
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32 As ondas eletromagnéticas
de Maxwell E
Marco A. Sismotto
raio de onda
Vimos que as ondas sonoras são produzidas
por sistemas mecânicos que oscilam. De modo B
análogo, cargas elétricas oscilantes dão origem às
Figura 1
ondas eletromagnéticas.
De acordo com a teoria eletromagnética esta- Sendo determinadas pela variação de campo elé-
belecida pelo físico escocês Maxwell (1831-1879) trico e de campo magnético, as ondas eletromagnéticas
em meados do século XIX, quando uma carga elé- podem se propagar no vácuo. Nesse meio, a velocidade
trica oscila há produção de um campo elétrico, de propagação das ondas eletromagnéticas é máxima
caracterizado pelo vetor campo elétrico E, e de e vale 300 000 km/s. Nos meios materiais, as ondas
um campo magnético, caracterizado pelo vetor eletromagnéticas se propagam com velocidades infe-
indução magnética B. Esses campos são variáveis riores a esse valor.
e essa variação determina uma perturbação que De um modo geral, qualquer carga elétrica que
se propaga através do espaço, constituindo a onda esteja acelerada (isto é, que possui aceleração), emite
eletromagnética. onda eletromagnética. A carga elétrica oscilante é um
Uma onda eletromagnética é determinada pela exemplo de carga elétrica acelerada.
variação periódica do vetor campo elétrico E e do A seguir, apresentamos vários tipos de ondas
vetor indução magnética B, sendo representada como eletromagnéticas, em ordem crescente de frequência
se mostra na figura 1. Observe que as direções dos e decrescente de comprimento de onda no vácuo.
vetores E e B são perpendiculares. Observe que diferentes tipos de fontes geram os dife-
rentes tipos de ondas eletromagnéticas.
direção de aumento de frequência
Studio Caparroz
direção de diminuição de período
luz visível raios
ondas de rádio micro-ondas raios infravermelhos raios ultravioleta raios X gama
ondas AM
longas FM radar
TV
ondas
curtas lâmpada ampola
comum de raios X
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101 103 105 107 109 1011 1013 1015 1017 1019 1021 1023 1025
f (Hz)
107 105 103 101 1021 1023 1025 1027 1029 10211 10213 10215 10217
λ (m)
luz visível
λ (nm)
700 650 600 550 500 450 400
Figura 2
OBSERVE
Os comprimentos de onda da luz visível, por serem muito pequenos, costumam ser expressos nos submúl-
tiplos do metro:
angstrom (A): 1 A ⫽ 10⫺10 m
nanômetro (nm): 1 nm ⫽ 10⫺9 m
P
luz natural luz
polarizador polarizada
Figura 4
Verificação
V1. As substâncias radioativas apresentam três tipos de c) Azul, violeta, vermelha.
emissão, indicados pelas três primeiras letras do alfa- d) Verde, vermelha, azul.
beto grego: alfa, beta e gama. De que são constituídas e) Violeta, verde, vermelha.
essas três emissões? Qual delas é a mais prejudicial
V4. Justifique os nomes infravermelho e ultravioleta dados
aos seres vivos?
às ondas eletromagnéticas limítrofes com a faixa de luz
V2. Determine a frequência dos raios X que apresen- visível.
tam comprimento de onda 0,1 Å no vácuo. A velo-
V5. A principal diferença entre o comportamento das
cidade das ondas eletromagnéticas no vácuo é
ondas longitudinais e das ondas transversais é que as
3 ⭈ 108 m/s.
primeiras:
V3. Entre as radiações monocromáticas visíveis apresenta- a) não sofrem interferência.
das a seguir, qual a sequência em ordem crescente de b) não se propagam no vácuo.
comprimento de onda? c) não sofrem polarização.
a) Amarela, vermelha, azul. d) não sofrem difração.
b) Vermelha, verde, violeta. e) não apresentam ressonância.
Revisão
R1. (Fatec-SP) Estabelecer uma ligação no celular, sintonizar músicas no rádio ou assistir a um jogo da Copa do Mundo com
transmissão ao vivo são fenômenos decorrentes da utilização de ondas eletromagnéticas que podem ser representadas
pelo espectro eletromagnético a seguir.
Luz visível
Luiz Rubio
Infravermelho Raios X
Raios
Ondas de rádio Micro-ondas Ultravioleta gama (γ)
10 kHz 1 MHz 100 MHz 10 GHz 103 GHz 105 GHz 107 GHz 109 GHz Frequência
R2. (Vunesp-SP) A luz visível é uma onda eletromagné- A cor depende basicamente do elemento químico
tica, que na natureza pode ser produzida de diver- em maior abundância no material que está sendo
sas maneiras. Uma delas é a bioluminescência, um queimado. A mais comum, vista em incêndios e em
fenômeno químico que ocorre no organismo de simples velas, é a chama amarelada, resultado da
alguns seres vivos, como algumas espécies de pei- combustão do sódio, que emite luz amarela quando
xes e alguns insetos, em que um pigmento chamado aquecido a altas temperaturas. Quando, durante a
luciferina, em contato com o oxigênio e com uma combustão, são liberados átomos de cobre ou bário,
enzima chamada luciferase, produz luzes de várias como em incêndio de fiação elétrica, a cor da chama
cores, como verde, amarela e vermelha. Isso é que fica esverdeada.
permite ao vaga-lume macho avisar para a fêmea (Superinteressante, março de 1996. Adaptado.)
que está chegando, e à fêmea indicar onde está, A luz é uma onda eletromagnética. Dependendo
além de servir de instrumento de defesa ou de atra- da frequência dessa onda, ela terá uma coloração
ção para presas. diferente. O valor do comprimento da onda da luz
é relacionado com a sua frequência e com a energia
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APROFUNDANDO
• O que vem a ser “luz laser”? Quais suas principais aplicações no mundo atual?
• Uma pessoa não consegue se bronzear se o Sol atingi-la através de uma placa de vidro transparente.
Por quê?
• Pesquise as aplicações da polarização da luz.
F2
a
F1
P Figura 9
O
F
Nessa fórmula, N representa o número de ordem
F2 da interferência, podendo ser par (p) ou ímpar (i),
conforme a interferência seja construtiva (franja
clara) ou destrutiva (franja escura).
Figura 7 A1 A2 A3 Se a luz utilizada for branca, a figura de inter-
Na figura de interferência obtida no anteparo A3, ferência vai apresentar uma faixa central branca
a região central será sempre clara, pois a diferença (interferência construtiva para todas as cores),
de caminhos percorridos pelas ondas provenientes apresentando-se coloridas as demais faixas, pois
de F1 e F2 é nula, ocorrendo interferência construtiva: a interferência será, em cada ponto, construtiva
F2O ⫺ F1O ⫽ 0. para algumas cores e destrutiva para outras.
Ao lado dessa região central alternam-se faixas Uma película de óleo sobre o solo ou sobre a
(ou franjas) claras e escuras, conforme a diferença de água e as bolhas de sabão (fig. 10) apresentam-se
caminhos seja múltiplo par ou ímpar de meio com- coloridas pela ocorrência de interferência entre as
primento de onda (fig. 8). ondas que se refletem em suas superfícies internas
e externas.
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A2 A3
X Triângulo F1 XA:
F1 2
1F1X2 ⫽ 1y ⫺ d 2 ⫹ a2 a
2
A y
d
2
2
d
d O
2 Triângulo F2 XB:
B 2
F2
1F2X2 ⫽ 1y ⫹ d 2 ⫹ a2 b
2
a
2
2 2
b ⫺ a: 1F2X2 ⫺ 1F1X2 ⫽ y ⫹ d ⫺ y ⫺ d
2 2
12 2 2 1 2
1F2X ⫺ F1X2 1F2X ⫹ F1X2 ⫽ 2yd
Considerando d e y muito menores do que a, podemos escrever: F2X ⫹ F1X ⫽ 2a
Portanto:
yd
1F2X ⫺ F1X22a ⫽ 2yd ⇒ F2X 2 F1X 5
a
Mas, F2X ⫺ F1X ⫽ N ⭈ Q , sendo N par ou N ímpar, conforme a interferência seja construtiva ou destrutiva.
2
Logo:
Q yd 2yd
N ⭈ ⫽ ⇒ Q5
2 a Na
Aplicação
A6. Duas fontes luminosas coerentes emitem ondas que se A7. Num dispositivo de Young, as fendas estão situadas a
superpõem no ponto P, como indica a figura, situado 1,0 ⭈ 10⫺3 m uma da outra, os anteparos estão sepa-
a 5,2 Rm de F1 e a 5,8 Rm de F2. Se o comprimento de rados por 5,0 ⭈ 10⫺1 m e a distância entre a faixa clara
onda da luz emitida é igual a 0,6 Rm, determine se a central e a primeira faixa clara vizinha, que se observa
interferência em P é construtiva ou destrutiva. na figura de interferência, vale 2,3 ⭈ 10⫺4 m. Determine
P o comprimento de onda da luz utilizada, expresso em
angstrons.
F1
A8. Como explicar o fato de as bolhas de sabão apresen-
tarem-se coloridas?
F2
Verificação
V6. Duas fontes luminosas coerentes emitem luz de com- V7. No arranjo experimental proposto por Young, as fai-
primento de onda igual a 4 000 A. xas claras, na figura de interferência obtida, distam
Determine se a interferência é construtiva ou destru- 6,0 mm uma da outra. As fendas estão separadas por
tiva: 1,0 mm e os anteparos por 10 m. Sendo 3,0 ⭈ 108 m/s
a) num ponto equidistante das fontes; a velocidade da luz no meio onde se realiza a expe-
b) num ponto situado a uma distância tal das fontes riência, determine a frequência da luz monocromática
que a diferença de caminhos entre as ondas que se utilizada.
superpõem seja 2,0 ⭈ 10⫺7 m.
V8. Explique por que manchas de óleo no asfalto apresen-
tam-se coloridas quando iluminadas pelo Sol.
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seja, ondas coerentes, condição necessária para que
ocorra a interferência.
Em seguida, a uma distância d do obstáculo B, o cien-
tista colocou um anteparo C (alvo, película fotográ-
fica), de tal modo que a separação d entre as fendas S1
e S2 é muito menor que a distância entre o obstáculo
B e a tela C.
Então ele observou na tela C uma figura de interfe-
rência formada por franjas brilhantes coloridas (inter-
ferência construtiva) alternadas por franjas escuras
(interferência destrutiva). O padrão de faixas de luz
projetado na tela é chamado franjas de interferência.
B D
A chamada rede Wi-Fi é uma rede sem fio (também
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tema Internacional, a diferença entre os percursos
ópticos, a e b, dos raios que partem de F1 e F2 e atin-
gem o ponto P.
R9. (UE-CE) Através de franjas de interferência é possível
determinar características da radiação luminosa, como,
por exemplo, o comprimento de onda. Considere uma
figura de interferência devida a duas fendas separadas
de d ⫽ 0,1 mm. Esse efeito ocorre nos CDs devido à
a) difração dos raios refratados nos sulcos do CD,
que funcionam como uma rede de difração.
b) interferência dos raios refletidos nos sulcos do CD,
5
que funcionam como uma rede de difração.
y
c) interferência dos raios refletidos nos sulcos do CD,
d5 que funcionam como um prisma.
d) polarização dos raios refletidos nos sulcos do CD,
que funcionam como um polarizador.
e) refração dos raios refletidos nos sulcos do CD, que
a
funcionam como uma rede de prismas.
Paulo Cunha, Valdir Montanari. Nas ondas da luz. São Paulo: Moderna, 1996.
LEIA MAIS
A propagação retilínea da luz e a reflexão da luz já eram conhecidas pelos antigos gregos. A lei que estabe-
lece que o ângulo de reflexão é igual ao ângulo de incidência foi descoberta experimentalmente por Heron de
Alexandria, que viveu na Grécia, século II.
Século XVII
• René Descartes (1596-1650), filósofo e mate-
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mático francês, apresenta em sua obra Dioptrica,
publicada em 1637, a lei que relaciona os ângulos de
incidência e de refração, descoberta pelo matemático
holandês Willebrord Snell (1580-1626).
• O cientista inglês Isaac Newton (1642-1727) formula a
primeira teoria científica sobre a natureza da luz, conhe-
cida como “teoria corpuscular”. Segundo essa teoria,
uma fonte luminosa emite pequeníssimos corpúsculos
em todas as direções, com velocidade muito elevada,
atravessando os meios transparentes. Newton fez as
primeiras experiências sobre a decomposição da luz
solar por um prisma, estabeleceu a teoria das cores
e construiu um telescópio cuja objetiva é um espelho
côncavo.
• O cientista holandês Christian Huygens (1629-1695),
na mesma época de Newton, estabelece outra teo-
ria sobre a natureza da luz, a “teoria ondulatória”,
segundo a qual a luz se propaga no espaço por meio
de ondas, de modo análogo ao som. Em virtude do
prestígio que Newton desfrutava no meio científico, a
teoria corpuscular prevalece sobre a teoria ondulatória
praticamente durante todo o século XVIII. Newton em experimento com raios de luz.
Século XIX
• O físico escocês James Clerk Maxwell (1831-1879) apresenta, em 1860, a “teoria ondulatória eletromagnética”,
segundo a qual a luz é uma onda eletromagnética.
• Em 1887, o físico alemão Heinrich Rudolf Hertz (1847-1894) descobre o “efeito fotoelétrico”: quando a luz
incide na superfície de determinados metais, elétrons são expulsos dessa superfície. Esse fenômeno não é
explicado pela teoria ondulatória.
• Carl Friedrich Gauss (1777-1855), matemático, físico e astrônomo alemão, estabelece, em 1840, a teoria das
lentes.
Século XX
• Em 1905, o físico alemão Albert Einstein (1879-1955) explica o efeito fotoelétrico, retomando o aspecto cor-
puscular, diferente porém do caráter mecânico proposto por Newton. Segundo Einstein, a luz, e toda onda
eletromagnética, não é emitida ou absorvida de modo contínuo, mas sim em porções descontínuas, na forma
de “corpúsculos” que transportam uma quantidade de energia bem definida. Esses “corpúsculos energéticos”
são denominados fótons. A energia de um fóton é chamada quantum.
Atualmente, as duas teorias são aceitas, admitindo-se que a luz apresenta dupla natureza: corpuscular e
ondulatória.
1. (OBF-Brasil) Uma partícula executa um movimento 5. (OBF-Brasil) As ondas podem ser divididas em longi-
harmônico simples descrito pela função horária tudinais e transversais. Qual dos itens abaixo melhor
descreve a luz (onda eletromagnética) e o som (onda
2 3 4
x ⫽ 2 cos t , em unidades do S.I.
acústica se propagando no ar)?
A amplitude e o período desse movimento são, res- a) ambas são ondas longitudinais.
pectivamente: b) ambas são ondas transversais.
2 c) a luz é transversal e o som é longitudinal.
a) 2 m e 4 s d) 1 m e s
d) o som é transversal e a luz é longitudinal.
e) nenhuma das alternativas anteriores é correta
b) 1 m e 4 s e) 2 m e s
2 porque a luz e o som se propagam de forma dife-
2 rente.
c) 2 m e s
6. (OBF-Brasil) O menor intervalo de tempo entre dois
2. (OBF-Brasil) Num certo local, um pêndulo simples de sinais sonoros consecutivos para que uma pessoa
comprimento L oscila com um período T. Aumentando consiga distingui-los é de 0,1 s. Considere uma pes-
quatro vezes o comprimento do pêndulo, seu período soa à frente de uma parede num local onde a veloci-
de oscilação ficará igual a: dade do som é de 340 m/s.
1
a) T d) T
Lettera Studio
4 Ah!
Ah!
1
b) T e) 2T
2
c) 4T
I
20,1 sonar
20,2
20,3 IV
0 1 2 3 4 5 6 7 som
original eco
tempo (s)
a) I, III e V d) I, IV e V
b) II e IV e) III
c) I e V
9. (OBF-Brasil) Na figura a seguir você vê um objeto Qual dos itens abaixo melhor representa as afir-
movendo-se da sua esquerda para a sua direita, ao mações?
mesmo tempo em que produz ondas superficiais cir- a) somente as afirmativas I e III estão corretas.
culares na água. Esta imagem pode representar uma b) somente as afirmativas I, II e III estão corretas.
ambulância com a sirene funcionando. c) somente as afirmativas II e IV estão corretas.
d) todas as afirmativas estão corretas.
Paulo César Pereira
V22. a) Q 20 cm c) v 10 cm/s V
A20. f 40 Hz; T 0,025 s Q P
b) T 2 s; f 0,5 Hz B9
A21. a) T 5 s; f 0,2 Hz b) Q 0,4 m
V23. a) a 2 cm c) f 0,25 Hz B
A22. a) a 2 cm c) f 1 Hz b) Q 8 cm d) T 4 s A9
b) Q 12 cm d) T 1 s A4.
V24. Q 4,0 m v 8,0 m/s
A23. v 240 m/s
P P'
A24. a) T 4,0 s b) T ⬵ 0,92 s Revisão
1
Verificação R1. a) 1 Hz b) s
6
V1. a) a 3 m; rad/s; f 0,5 Hz R2. a) a 4 m; f 2 Hz; T 0,5 s 25 cm 50 cm
O0 rad; T 2 s b) 0,125 s 50 cm
480 RESPOSTAS
R24. b
A5. v ⫽ 12 m/s V8. a) v1 ⫽ 200 m/s c) Q2 ⫽ 2,5 m Capítulo 31
A6. a) v1 ⫽ 9,0 m/s; v2 ⫽ 3,0 m/s
b) Q1 ⫽ 2 m
b) f ⫽ 30 Hz V9. ar ⫽ 8 cm; v ⫽ 10 m/s
Aplicação
c) Q2 ⫽ 0,10 m V10. a) 3 cm
A7. a) f ⫽ 9,0 Hz b) v2 ⫽ 18 cm/s A1. Não. Porque o som não se propaga no
b) a ⫽ 3 cm vácuo.
A8. a) v1 ⫽ 240 cm/s
b) v2 ⫽ 120 2 cm/s c) v ⫽ 4 m/s v1
d) Não se alteram. A2. ⫽1
c) Q2 ⫽ 2 cm v2
A9. a ⫽ 2 cm V11. As ondas se aniquilam mutuamente; Q2
interferência destrutiva. A3. ⫽ 10⫺3
A10. a) a ⫽ 20 cm Q1
b) v ⫽ 5 m/s V12. a) v ⫽ 5 m/s A4. Não; frequência acima da máxima
c) b) a1 ⫽ a2 ⫽ 8 cm audível.
20 cm c) Voltam a ser os mesmos de antes
A5. d ⫽ 6,8 ⭈ 102 m
da interferência.
A11. interferência construtiva A6. A é mais forte; B é mais agudo (alto).
V13. a) a ⫽ 0,10 m
4,0 cm
b) Q ⫽ 0,40 m A7. i ⫽ 1,25
c) f ⫽ 25 Hz A8. fA ⫽ 400 Hz
V14. a) Q ⫽ 0,80 m b) v ⫽ 120 m/s
A12. a) interferência destrutiva A9. NS ⫽ 60 dB
A V15. Q ⫽ 0,80 m
W
B A10. I ⫽ 102 R
V16. f ⫽ 6,25 Hz m2
b) v1 ⫽ v2 ⫽ 40 m/s
V17. v ⫽ 160 m/s A11. Pelo timbre.
c) f2 ⫽ 20 Hz; Q1 ⫽ 2,0 m
V18. c A12. I, II, IV
A13. a ⫽ 2,0 cm; d ⫽ 1,0 cm
V19. b A13. d ⫽ 102 m
A14. a) Q ⫽ 8,0 cm c) a ⫽ 2,5 cm
b) f ⫽ 250 Hz V20. Porque as ondas sonoras possuem A14. d ⫽ 40 m
maior comprimento de onda.
A15. a) Q ⫽ 5,0 m b) f ⫽ 2,0 Hz A15. d ⫽ 3,0 km
V21. Há ressonância eletrônica.
A16. a) a ⫽ 1,0 m c) f ⫽ 2,0 Hz A16. O morcego emite ultrassons que são
b) Q ⫽ 3,2 m V22. a refletidos pelos obstáculos e nova-
A17. v ⫽ 60 m/s V23. Ressonância da cadência da marcha mente recebidos pelo animal.
com a frequência natural da ponte. A17. v2 ⬎ v1; Q2 ⬎ Q1; f2 ⫽ f1
A18. As ondas sonoras difratam contor-
nando o muro. A18. v2 ⫽ 400 3 m/s
A19. b Revisão A19. Enfraquecimento. N ímpar.
A20. c R1. b A20. N ⫽ 4 Hz
A21. b R2. d A21. Q1 ⫽ 1,20 m; Q2 ⫽ 0,60 m; Q3 ⫽ 0,40 m
A22. A frequência da onda sonora da voz R3. d A22. f1 ⫽ 5,0 Hz; f2 ⫽ 10 Hz; f3 ⫽ 15 Hz
do cantor coincidiu com a frequência R4. b A23. f ⫽ 200 Hz
natural de vibração do copo, entrando,
f1 Q1 1 A24. f ⫽ 1 000 Hz
assim, em ressonância. R5. a) ⫽1 b) ⫽
f2 Q2 2 A25. Q ⫽ 2,40 m; f ⫽ 150 Hz
R6. 10 Hz; 0,60 m A26. som fundamental: Q1 ⫽ 4,80 m;
Verificação
R7. c f ⫽ 75 Hz
V1.
R8. b 3º harmônico: Q3 ⫽ 1,60 m;
A B
f3 ⫽ 225 Hz
R9. b
A27. LA ⫽ 0,50 m; LF ⫽ 0,25 m
R10. a
V2. a) v ⫽ 5 m/s O tubo fechado deve ter comprimento
b) A C B R11. 28 (04 ⫹ 08 ⫹ 16) igual à metade do comprimento do
R12. d tubo aberto.
14 m 8m 2m R13. a
A28.
L2 ⫽ 2
V3. a) I R14. c L1
λ não varia. R15. a
60° 60° P' A29. f' > 5 111 Hz
P λ
λ λ R16. d A30. vf > 37,8 m/s; f > 888,8 Hz
λ
b) Não variam. c) 5,0 m R17. e A31. vO > 48,6 m/s
V4. x y R18. b
R19. d Verificação
R20. a
V5. v ⫽ 3 m/s V1. a) v ⫽ 1 450 m/s b) Q ⫽ 1,45 m
R21. b
V6. a) v1 ⫽ 100 cm/s; v2 ⫽ 400 cm/s V2. ultrassom: Q ⫽ 0,1 m
b) f2 ⫽ 50 Hz R22. d infrassom: Q ⫽ 100 m
c) Q2 ⫽ 8,0 cm R23. c V3. Não; frequência abaixo da audível pelo
V7. vA ⫽ 10 cm/s; vB ⫽ 5 cm/s R24. b homem.
RESPOSTAS 481
V4. Sim. A velocidade do som no solo é R10. turbina e amplificador A8. Há interferência das ondas que se refle-
maior que a velocidade do som no ar. R11. a) 10 m tem nas superfícies internas e externas
V5. d ⫽ 4,5 ⭈ 102 m b) 3,4 m das bolhas.
V6. II é mais agudo; IV é mais forte W
c) 10⫺5 2
V7. a) f2 é o mais agudo; f1 é o mais grave m Verificação
b) i ⫽ 1,5 R12. e V1. De ondas eletromagnéticas; os raios
V8. fx ⫽ 300 Hz gama.
R13. a
V9. NS ⫽ 90 dB V2. f ⫽ 3,0 ⭈ 1019 Hz
R14. a) 510 m
V10. I ⫽ 10–2 W/cm2 b) 17 m V3. e
V11. jardim silencioso: NS ⫽ 20 dB R15. d V4. Infravermelho: ondas com frequência
restaurante: NS ⫽ 50 dB abaixo da luz vermelha, que é a luz visí-
R16. d
estádio de futebol: NS ⫽ 90 dB vel de menor frequência.
R17. d
V12. Excesso de reverberação: prolonga- Ultravioleta: ondas com frequência
mento do som ouvido; superposição R18. b acima da luz violeta, que é a luz visível
do som direto com o refletido. Falta R19. b com maior frequência.
de reverberação: o ouvinte só conta V5. c
R20. 85 Hz
com o som direto, que se extingue
R21. 2,0 m. Mais próximo. V6. a) Interferência construtiva.
rapidamente. Solução: equilíbrio entre
superfícies lisas que refletem o som e b) Interferência destrutiva.
R22. V ⫺ F ⫺ V
superfícies forradas que o absorvem. V7. f ⫽ 5,0 ⭈ 1014 Hz
R23. d
V13. d ⫽ 680 m V8. Há interferência das ondas que se refle-
R24. c
V14. d ⫽ 72,5 m tem nas superfícies interna e externa
R25. 1) 476 m/s 2) 0,50 m das camadas das manchas.
V15. d ⫽ 1 500 m
R26. b
V16. vB ⬍ vA; QB ⬍ QA; fB ⫽ fA
R27. a) f ⫽ 300 Hz Revisão
V17. v2 ⫽ 340 2 m/s b) f1 ⫽ 100 Hz; f2 ⫽ 200 Hz
V18. Interferência construtiva. R1. d
R28. Quatro vezes
V19. fB ⫽ 697 Hz R2. c
R29. 47 harmônicos
V20. Qmáx ⫽ 2L R3. c
R30. c
V21. Q1 ⫽ 1,0 m R4. d
R31. f ⫽ 85 Hz
Q2 ⫽ 0,50 m R5. d
R32. c
V22. Q ⫽ 0,25 m; f ⫽ 20 Hz R6. c
R33. F ⫺ V ⫺ V ⫺ V
V23. F ⫽ 4 000 N R7. a
R34. d
V24. Q ⫽ 3,40 m; v ⫽ 340 m/s R8. 7,5 ⭈ 10⫺7 m
R35. a) de M para N
V25. Q ⫽ 3,20 m; f ⫽ 93,75 Hz R9. c
b) fM ⬍ fN
V26. LA ⫽ 0,25 m; LF ⫽ 0,125 m. O tubo R10. c
fechado deve ter comprimento igual R36. Apenas III é correta.
R37. b R11. b
à metade do comprimento do tubo
aberto. R38. f' > 763,2 Hz
V27. LA ⫽ 4L R39. a
Desafio Olímpico
V28. f' ⫽ 12 562,5 Hz R40. d
V29. vF > 31,8 m/s; f > 545,5 Hz 1. a
V30. vO ⫽ 68 m/s 2. e
Capítulo 32 3. b
Revisão 4. a
R1. c Aplicação 5. c
R2. e A1. b 6. a) 17 m
R3. b A2. c b) 680 m
R4. b A3. 4 ⭈ 10⫺7 m 7. 750 m
R5. b A4. Raios ultravioleta. Podem causar quei- 8. e
R6. a maduras e câncer de pele. 9. d
R7. b A5. Polarização da luz. 10. b
R8. e A6. Interferência construtiva. 11. a
R9. d A7. Q ⫽ 4,6 ⭈ 103 A 12. b
482 RESPOSTAS