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Universidade Federal do Triângulo Mineiro

Instituto de Ciências Tecnológicas e Exatas

Experimento 3 - Laboratório de Física 1

Ana Carolina Morais Oliveira Rizzo

Heloisa Monichetti Zamper de Lima

João Pedro da Silva e Andrade

Nicolas Rodrigues

Richelle de Grandi Firmino

Uberaba, Novembro de 2023

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SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO
………………………………………………………….………..(3)

2.DESENVOLVIMENTO………………………………………………………..…(3)

2.1 Objetivo……………………………………………………………………..….(3)

2.2 Metodologia……………………………………………………………………(4)

2.3 Procedimentos Experimentais……………………………………………….(4)

2.3.1 - Medição da distância entre os sensores……………………….(4)

2.3.2 - Tempo de Deslocamento do carrinho………...…………………(5)

2.3.3 - Cálculos…………………………………………………………… (6)

2.4 Resultados…………………………………………………….….……………(7)

3.CONCLUSÃO
……………………………………………………...……………(12)

4. REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS………..………………………………..(12)

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1.INTRODUÇÃO

O Movimento Uniformemente Variado, também conhecido como MUV, é uma


forma específica de deslocamento que se destaca pela variação constante na
velocidade, ou seja, sua velocidade altera-se ao longo do tempo. Esse tipo de
movimento é encontrado em diversas situações do dia a dia, como na descida de
um objeto livre sem a influência de forças externas ou na aceleração de um
automóvel. O propósito deste trabalho é examinar as características do MUV na
prática por meio de um experimento realizado em um "Trilho de Ar". Esse
equipamento possibilita a mensuração da posição, velocidade e aceleração de um
objeto em movimento, tornando-o ideal para experimentos envolvendo MUV. Neste
experimento específico, um "carrinho" foi solto no início do trilho de ar, e sua
trajetória foi meticulosamente medida e registrada ao longo do tempo. Com base
nas informações coletadas, foi possível conduzir uma análise detalhada e uma
comparação aprofundada entre as características do MUV observadas na prática e
as equações teóricas que delineiam esse tipo de movimento. Essa análise
proporcionou uma compreensão mais abrangente e precisa sobre como o MUV se
manifesta na realidade, em contraste com as previsões teóricas.

2.DESENVOLVIMENTO

2.1 Objetivo

Os objetivos gerais do experimento são:

- Desenvolver habilidades na utilização do "Trilho de Ar" e do "Digital Timer" como


instrumentos de medição;

- Realizar uma análise do movimento uniformemente variado;

- Investigar o comportamento da aceleração no contexto do movimento


uniformemente variado;

- Efetuar diversos cálculos, incluindo a formulação da equação do Movimento


Uniformemente Variado (MUV);

- Linearizar o gráfico do MUV por meio do método dos mínimos quadrados.

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2.2.Metodologia

A metodologia empregada varia entre a primeira etapa e as subsequentes.


Na etapa inicial, a abordagem consistiu na medição das distâncias de cada sensor a
partir da posição inicial, utilizando uma régua graduada com resolução de 1 mm, e
na medição do tempo que o objeto levou para atingir cada sensor desde o início de
seu movimento, utilizando um cronômetro. Nas etapas subsequentes, a metodologia
adotada foi baseada em cálculos para processar os dados coletados e,
posteriormente, gerar gráficos que descrevem o movimento do carrinho no trilho de
ar.

2.3.Procedimentos Experimentais

2.3.1 - Medição da distância entre os sensores

Considerando os parâmetros de medição utilizando os instrumentos


apresentados durante a aula, as medidas foram realizadas com uma régua
graduada, cuja resolução é de 0,1 cm, para verificar as distâncias entre o sensor do
carrinho e o sensor final (sensor 5), assim como os quatro sensores adicionais no
intervalo até o sensor final. É relevante salientar que, em cada medição, há a
presença do erro de escala. Nesse contexto, levando em consideração a resolução
do instrumento empregado para mensurar as distâncias e por se tratar de um

dispositivo analógico, o erro de escala será caracterizado por:


Portanto, o erro é de ± 0,05 cm.

A seguir, apresentam-se as medidas obtidas nas distâncias requeridas, já


contemplando o erro de escala e a quantidade apropriada de algarismos
significativos.

● Haste - Sensor 1 = 30,50cm ± 0,05 cm;

● Sensor 1 - Sensor 2 = 10,50 cm ± 0,05 cm;

● Sensor 2 - Sensor 3 = 9,50 cm ± 0,05 cm;

● Sensor 3 - Sensor 4 = 9,80 cm ± 0,05 cm;

● Sensor 4 - Sensor 5 = 10,0cm ± 0,05 cm.

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2.3.2 - Deslocamento do carrinho e Contagem do tempo

Figura 1 : Trilho de Ar Completo

Fonte : Autores 2023

Para a condução do experimento mencionado, foi empregado como


instrumento técnico crucial o Trilho de Ar (Figura 1), com o intuito de investigar o
movimento de corpos na ausência de forças de atrito. Este dispositivo é constituído
por um trilho longo e estreito, comumente confeccionado em metal, que é
eletricamente carregado. Um objeto condutor (denominado "carrinho") é posicionado
sobre o trilho e eletricamente carregado com a mesma carga do trilho. Ao ser
lançado ao longo do trilho, simultaneamente à queda do peso, o objeto é mantido no
ar por meio de uma força eletrostática controlada pelo sistema de controle do fluxo
de ar, gerando um fenômeno de levitação. A velocidade do objeto pode ser ajustada
manipulando a corrente elétrica no trilho, enquanto a resistência do ar pode ser
analisada variando a pressão do ar ao redor do objeto.

Para a gestão do tempo, empregou-se o Cronômetro Digital Timer AZB-10,(


também visto na Figura 1) destinado à mensuração de intervalos temporais por
meio de sensores fotoelétricos. Este dispositivo possibilita a utilização de até 5
sensores, os quais são conectados ao aparelho. A contagem tem início quando uma
corrente elétrica é acionada na bobina, promovendo, assim, o incremento da
velocidade do carrinho.

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Dados retirados do relatório do experimento 2. Levando em consideração
que , a única mudança está na posição do trilho de ar, que foi deslocado em cima da
mesa , de modo que após o deslocamento do carrinho o peso ligado a ponta do
cordão ligado ao carrinho , caia fora da mesa , ocasionando uma aceleração
uniforme.

2.3.3 . Cálculos

Durante o experimento, houve uma série de cálculos a serem feitos,


sendo eles: cálculo do tempo médio, cálculo de Σ𝑋, Σ𝑌, Σ𝑋𝑌, ∑x2, (∑x) 2,
cálculo para encontrar a equação que descreve o MUV e cálculos para
encontrar os erros nos parâmetros.

1. Cálculo para determinar o tempo médio (equação 1.1) : , onde

“n” é o número de medidas realizadas e é o valor médio a ser encontrado (em


segundos)

2. Cálculo dos equações Σ𝑋, Σ𝑌, Σ𝑋𝑌, ∑x2, (∑x)²

Σ𝑋 = 𝑇1 + 𝑇2 +𝑇3 + 𝑇4 + 𝑇5 (equação 2.1)

Σ𝑌 = 𝑎 𝑋1 + 𝑋2 + 𝑋3 + 𝑋4 + 𝑋5 (equação
2.2)

Σ𝑋𝑌 = 𝑇1𝑋1 +𝑇2𝑋2 +𝑇3𝑋3 +𝑇4𝑋4 +𝑇5𝑋5 (equação 2.3)

Σ𝑋² = 𝑇1² + 𝑇2² + 𝑇3² + 𝑇4² + 𝑇5² (equação 2.4)

(Σ𝑋)² = (𝑇1 + 𝑇2 + 𝑇3 + 𝑇4 + 𝑇5)² (equação 2.5)

3. Cálculo para encontrar a equação do Muv:

(equação 3.1)

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onde o coeficiente “A” é dado por : (equação 3.2)

o coeficiente “B” é dado por : (equação 3.3)

e a aceleração “ax” é dada por : ax = 2* B (equação 3.4)

4. Cálculo dos erros dos Parâmetros

(equação 4.1)

(equação 4.2)

(equação 4.3)

(equação 4.4)

(equação 4.5)

2.4.Resultados

Como desfecho da fase inicial, e , por meio de dez repetições, obteve-se a


distância entre cada sensor, o intervalo de tempo no qual o "carrinho" percorre cada
um dos sensores no trilho de ar, como também a média destes tempos. Esses
dados serão apresentados em formato tabular, visando facilitar a compreensão do
leitor, sendo denominados Tabela 1 ,Tabela 2 , e Tabela 3 , respectivamente.

Tabela 1 : Distância (em centímetros) entre cada um dos sensores a partir de 0 até
xn.

X1 (cm) X2 (cm) X3 (cm) X4 (cm) X5 (cm)

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50,00±0,05 60,50±0,05 70,00±0,05 79,80±0,05 89,80±0,05

Fonte: Autores, 2023.


X1/X2/X3/X4/X5 = Distância percorrida pelo "carrinho" do ponto 0 até o ponto Xn,
onde X representa cada sensor disposto sequencialmente no trilho de ar.

Tabela 2 - Intervalo de Tempo (em segundos) para a passagem do "carrinho" por


cada sensor ao longo do percurso, acompanhado do erro de escala correspondente.

Teste T1 (s) T2 (s) T3 (s) T4 (s) T5 (s)

1 0,5113±0,001 0,7099±0,001 0,8244±0,001 0,9267±0,001 1,0175±0,001

2 0,5695±0,001 0,7079±0,001 0,8225±0,001 0,9248±0,001 1,0155±0,001

3 0,5695±0,001 0,7075±0,001 0,8218±0,001 0,9239±0,001 1,0145±0,001

4 0,5686±0,001 0,7070±0,001 0,8217±0,001 0,9241±0,001 1,0149±0,001

5 0,5663±0,001 0,7447±0,001 0,8195±0,001 0,9218±0,001 1,0127±0,001

6 0,5647±0,001 0,7035±0,001 0,8182±0,001 0,9204±0,001 1,0112±0,001

7 0,5700±0,001 0,7085±0,001 0,8231±0,001 0,9254±0,001 1,0162±0,001

8 0,5677±0,001 0,7067±0,001 0,8215±0,001 0,9239±0,001 1,0148±0,001

9 0,5696±0,001 0,7083±0,001 0,8230±0,001 0,9254±0,001 1,0162±0,001

10 0,5694±0,001 0,7085±0,001 0,8233±0,001 0,9259±0,001 1,0167±0,001

Fonte: Autores, 2023.

T1/T2/T3/T4/T5 = tempo em que o "carrinho" atravessa cada um dos sensores (a


numeração segue a disposição sequencial dos sensores no trilho de ar)

Tabela 3 : Tempo médio (em segundos) em que o "carrinho" cruza cada sensor ao
longo do percurso.

𝑇1(s) 𝑇2(s) 𝑇3(s) 𝑇4(s) 𝑇5(s)


0,5686± 0,001 0,7108±0,001 0,8219±0,001 0,9252±0,001 1,0220±0,001

Fonte : Autores, 2023.

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Dados obtidos a partir da equação 1.1 do tópico cálculos.

Após a coleta destes dados, foram determinados os parâmetros "∑x", "∑y",


"∑xy", "∑x²", "(∑x)²", através das equações 2.1 ; 2.2 ; 2.3 ;2.4 e 2.5, com o objetivo
de obter os coeficientes "A" e "B" da equação do MUV e equação da reta . Cada
parâmetro foi calculado e, e os resultados numéricos estão apresentados na tabela
a seguir (tabela 4):

Tabela 4 : Parâmetros para obter “A” e “B”.

Σ𝑥 (𝑠) Σ𝑦 (𝑐𝑚) Σ𝑥𝑦 (𝑐𝑚 × 𝑠) 2 2 2 2


Σ𝑥 (𝑠 ) (Σ𝑥) (𝑠 )
4,049 350,100 295,590 3,405 16,380

Fonte : Autores, 2023.

Em seguida, foi possível aplicar esses parâmetros , e calcular os coeficientes


A e B, expressos nas equações 3.2 e 3.3.

Além disso, pode-se obter o erro dos parâmetros através dos seguintes cálculos
dispostos nas equações 4.1 ; 4.2 ; 4.3 ; 4.4 e 4.5 respectivamente.

● ΔY1 =(50,0cm) - (-1,092cm) - (85,88,34 *0,569s) = - 2,2262 cm


● ΔY2 = (60,5cm) - (-1,092cm) - (85,88 * 0,711s) = 0,5313 cm
● ΔY3 = (70,0cm) - (-1,092cm) - (85,88 * 0,822s) = 0,4886 cm
● ΔY4 = (79,8cm) - (-1,092cm) - (85,88 * 0,925s) = - 1,453 cm
● ΔY5 = (89,8cm) - (-1,092cm) - (85,88 * 1,022s) = 3,1226 cm
● ∑ΔYi = 0,4633 cm

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De modo que, o coeficiente A com seu erro assume o valor de ( -1,092 ± 0,7649)
cm e o coeficiente B com seu erro assume o valor de B = (85,88 ± 0,9270) cm/s e
considerando que a aceleração (ax) seja ax = 2*85,88 =171,76 cm/s , e com seu
devido erro seja ax=(171,76 ± 1,85 ) cm/s .

Com todos esses dados foi possível calcular a equação do MUV dada pela
equação 3.1 , como mostra a seguir:

Ademais, considerando x = t² e B = ax/2 , encontramos a equação da reta, dada por


: Y = -1,092 + 85,88 x

Para concluir o experimento, procedeu-se à elaboração de dois gráficos. O


primeiro deles (Gráfico 1) representa o movimento uniformemente variado,
enquanto o segundo (Gráfico 2) consiste na linearização do gráfico de MUV,
utilizando a equação da reta. No eixo x desses gráficos, encontram-se os
intervalos de tempo médio nos quais o "carrinho" atravessou cada sensor (em
segundos), enquanto o eixo y indica a distância (em cm) entre a posição inicial da
haste do "carrinho" e cada um dos sensores.

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Gráfico 1 - Gráfico de dispersão do Movimento Uniformemente Variado.

Fonte: Autores 2023.

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Gráfico 2 - Linearização do Gráfico de Movimento Uniformemente.

Fonte: Autores,2023

3.CONCLUSÃO
Com base nas informações e conclusões apresentadas neste relatório, é
possível inferir que houve uma manipulação adequada dos dispositivos do
laboratório, foram utilizados os dados para confirmar a natureza retilínea
uniformemente variada da velocidade no trilho de ar. Nesse contexto, a
aceleração permaneceu constante e direcionada no sentido do movimento. O
Gráfico 1 revela uma diminuição do tempo para o deslocamento de 10
centímetros ao longo do experimento, indicando uma aceleração do objeto
devido à força resultante da queda do peso. O Gráfico 2 realiza a linearização
do movimento conforme o método de mínimos quadrados.

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Adicionalmente, os parâmetros A e B demonstram concordância com as
expectativas teóricas. Ressalta-se a precisão evidenciada durante a execução
do experimento e na verificação dos dados . Esse aspecto destaca a
meticulosidade durante o experimento, evidenciando a exatidão nas medições
e nos cálculos realizados. Em síntese, as informações e conclusões
apresentadas reforçam a qualidade da execução experimental, ampliando a
compreensão do fenômeno físico em estudo.

4.REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MÉTODO dos mínimos quadrados. Disponível em :

https://pt.wikipedia.org/wiki/M%C3%A9todo_dos_m%C3%ADnimos_quadrados

REGRESSÃO Linear Simples aplicado na Física Experimental do Ensino


Médio. [S. l.]. Disponível em:
https://repositorio.bc.ufg.br/tede/bitstream/tede/7842/1/Dissertacao%20-%20W
ellington%20 Vieira%20Ferreira%20-%202017.pdf. Acesso em: 10 fev. 2023.

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