Roteiro do Experimento 3 - MRUV

Prof. Demétrio A. da Silva Filho - II/2023

 12 de novembro de 2023

Conteúdo

1 Introdução Teórica 3

2 Material Necessário ao Experimento 5

3 Procedimentos e Dados Experimentais 6

4 Análise de Dados 8
4.1 Estimativa do valor da aceleração utilizando o ajuste da função S t() . . . . . . . 9
4.2 Estimativa do valor da aceleração utilizando o ajuste da função V (t) . . . . . . . 9
4.3 Estimativa do valor da aceleração utilizando o ajuste da função V 2 (
S ) . . . . . 9

5 Conclusão 10

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1 INTRODUÇÃO TEÓRICA

A Figura 1 mostra um carrinho com massa m1 deslizando sobre um trilho de ar horizontal sem
atrito. Ele está ligado a um peso de massa m2 através de um fio leve, flexível e não deformável
que passa sobre uma pequena polia sem atrito.

Figura 1: Diagrama do experimento.

Se o fio não estica, os dois corpos percorrem a mesma distância em intervalos de tempos
iguais, e sendo assim eles possuem a mesma velocidade escalar em todos os instantes.
Quando eles mudam de velocidade, elas variam em intervalos de tempos iguais, ou seja os
corpos se deslocam com acelerações de mesmo módulo a. Aplicando a Segunda Lei de Newton
para cada corpo, temos um sistema de duas equações:

• = m1a (carrinho); e
T
• P2 T = m2 a (peso suspenso).

onde T é a força aplicada pelo fio em cada corpo, e P2 = m2g é o peso da massa m2.
Somando-se essas equações, podemos eliminar T e obtemos:

m2 g = (m1 + m2)a (1)

Essa equação mostra que o peso do corpo suspenso é responsável pela aceleração do con-
junto “massa suspensa + carrinho”. Ou seja:

a = m m+2m g (2)
1 2

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Essa equação mostra que o carrinho deve se movimentar com aceleração constante, por-
tanto, é de se esperar que a cinemática do movimento possa ser descrita pelas equações de um
MRUV, ou seja:

S t( ) = S0 + V0t + at2 2
(3)

V (t) = V0 + at (4)

V2 (
S ) = V02 + 2a
S (5)

Para verificar experimentalmente se essas equações descrevem corretamente o movi-

mento do carro acelerado sobre o trilho de ar primeiro, faz-se a coleta de dados de di-
ferentes tempos para diferentes deslocamentos. Em seguida, usa-se o computador para
construir os gráficos e obter regressões que vão gerar as equações que traduzem a rela-
ção entre as variáveis grafadas.

A partir da tabela de dados de deslocamento em função do tempo constrói-se um gráfico

de deslocamento vs tempo e a partir da análise deste gráfico obtém-se a equação S t ()
(lê-se: posição em função do tempo).

Da tabela de velocidade em função do tempo constrói-se um gráfico de velocidade vs

()
tempo e da análise do gráfico obtém-se a equação V t (lê-se: velocidade em função do
tempo).

Finalmente, para completar o estudo, pode-se construir um gráfico de velocidade versus

deslocamento e da análise deste gráfico obtém-se a equação V (
S ) (lê-se: velocidade
em função do deslocamento).

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2 MATERIAL NECESSÁRIO AO EXPERIMENTO

• 01 trilho de 120 cm conectado a uma unidade de fluxo de ar;

• 01 cronômetro digital multifunções com fonte DC 12V;

• 01 sensor fotoelétrico com suporte fixador;

• 01 eletroímã com bornes e haste;

• 01 fixador de eletroímã com manipulo;

• 01 chave liga-desliga;

• 01 Y de final de curso com roldana raiada;

• 01 suporte para massas;

• 01 massa de  10g com furo central de diâmetro 2,5mm; 01 massa de  20g com furo
central de diâmetro 2,5mm;

• 01 pino para carrinho com fixador para eletroímã;

• 01 carrinho para trilho cor preta;

• 01 pino para carrinho para interrupção de sensor;

• 01 pino para carrinho com gancho;

• Cabos de ligação e cabos de força;

• 01 balança digital; e

• 01 micrômetro.

eletroimã carrinho

P
e
s
o

Figura 2: Esquema da montagem.

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3 PROCEDIMENTOS E DADOS EXPERIMENTAIS

1. Verifique se no trilho que se encontra na bancada do laboratório tem um eletroímã, um

sensor, a chave liga-desliga e o cronômetro. Selecione a função F2. Nessa função, quando
a chave for desligada o carrinho será liberado e o cronômetro acionado. O cronômetro
irá medir o intervalo de tempo entre a soltura do carrinho e o sensor. Ligue o cronôme-
tro verifique e anote a precisão desse instrumento digital;

2. Verifique se o kit que você recebeu tem um pedaço de linha, um carrinho com três pinos
(um pino para fixar o carrinho no eletroímã, um pino para interrupção do sensor, um pino
com gancho), um paquímetro, um suporte para massas, e as massas;

3. Utilize a balança digital disponível no laboratório para medir a massa do carrinho, do su-
porte e das outras duas massas que serão adicionadas ao suporte. Anote a precisão da
balança e registre os dados solicitados na Tabela 1.

Massas Utilizadas
Erro Instrumental
Massa do carrinho
Massa do suporte + Massa adicional(20g)
Massa do suporte + Massa adicional(30g)

Tabela 1: Massas utilizadas.

4. Utilize o paquímetro para medir o diâmetro do pino (
L) para interrupção do sensor.
Anote a medida na Tabela 2.

Pino
Erro Instrumental

L
Tabela 2: Diâmetro do pino.

5. Ligue o compressor que está sob a bancada, coloque o carrinho sobre o trilho de ar e
verifique se o mesmo permanece em repouso. Às vezes é necessário dar ao trilho uma
inclinação tal que o atrito seja compensado.

6. Fixe o carrinho no eletroímã ligando a chave. Anote a posição inicial do carrinho (S0 ).
Tome como referência o centro do carrinho. Não esqueça de anotar a precisão da medida
da posição.

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( )
Erro da Posição Inicial S0
Erro Instrumental

( )
7. Coloque o sensor numa posição S a 10,00 cm da posição inicial do carrinho. A medida
de 10,00 cm deve ser feita entre o centro do carrinho e o meio do sensor.

8. Monte o equipamento como mostra a Figura 1 colocando as massas no suporte e ajuste

o comprimento da linha na montagem, para garantir que o suporte (com as massas) não
venha a tocar o chão no final do deslocamento estudado. Preste atenção na fixação da
linha com o suporte para massas para que o deslocamento acelerado não se modifique,
pois a linha pode enrolar no suporte modificando o deslocamento durante o experimento.

9. Faça um teste desligando a chave para verificar se o carrinho é solto facilmente do ele-
troímã. Se necessário, ajuste a tensão aplicada ao eletroímã para que o carrinho não fique
muito fixo.

10. Inicie a coleta de dados com o carrinho fixo no eletroímã e o cronômetro na função F2.
Desligue a chave para liberar o carrinho e anote na Tabela 3 o tempo indicado pelo cronô-
()
metro t . Zere o cronômetro e repita a medida colhendo no mínimo cinco valores de
tempo para o mesmo deslocamento. Anote os dados na tabela.

11. Mude a função do cronômetro para F3. Nessa função, o cronômetro irá medir o inter-
valo de tempo de interrupção do sensor (
t). A razão entre o diâmetro do pino (
L) e
o intervalo de tempo de interrupção (
t) fornece o valor da velocidade instantânea do
carrinho na posição em que se encontra o sensor. Coloque o carrinho em contato com o
eletroímã, libere o carrinho e anote na Tabela 4 o intervalo de tempo indicado pelo cronô-
metro. Repita 10 vezes a medida para a mesma posição.

12. Mude a posição do sensor e repita os passos 10 e 11 até completar as Tabelas 3 e 4.

S (cm) t1 t2 t3 t4 t5
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0

Tabela 3: Valores de t.

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S (cm)
t1
t2
t3
t4
t5

10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0

Tabela 4: Valores de
t.

4 ANÁLISE DE DADOS

Para auxiliá-los nos gráficos a seguir, monte a seguinte tabela adicional: distância vs veloci-
dades instantâneas para as diferentes medidas. Lembre-se de que a velocidade instantânea
pode ser obtida pela divisão do diâmetro do pino pela variação de tempo de passagem do
pino pelo sensor (V =
L=
t). Lembre-se de estimar o erro aleatório, experimental e total
para esta velocidade.

S (cm) V1 V2 V3 V4 V5
10,0
20,0
30,0
40,0
50,0
60,0
70,0
80,0

Tabela 5: valores de
t.

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4.1 ESTIMATIVA DO VALOR DA ACELERAÇÃO UTILIZANDO O AJUSTE

DA FUNÇÃO S (T )
1. Construa o gráfico de deslocamento versus tempo e obtenha a equação de S t ; ()
2. Teste a regressão quadrática e atribua o significado físico correto ao(s) parâmetro(s);

3. Escreva um pequeno texto de análise do gráfico. Nele você deve apresentar a equação
resultante, dar significado físico aos parâmetros da equação, e comentar se o resultado
é o esperado;

4. Determine o valor da aceleração do conjunto usando o valor do parâmetro correspon-

dente na equação da regressão e compare com o valor que foi obtido usando a Segunda
Lei de Newton. Verifique se há discrepância entre os valores e justifique se for o caso.

4.2 ESTIMATIVA DO VALOR DA ACELERAÇÃO UTILIZANDO O AJUSTE

DA FUNÇÃO V (T )
1. Construa o gráfico de velocidade versus tempo e obtenha a equação de V t . ()
2. Escreva um pequeno texto de análise do gráfico. Nele você deve apresentar a equação
resultante, dar significado físico aos parâmetros da equação, e comentar se o resultado
é o esperado.

3. Compare o valor de aceleração obtido na análise desse gráfico com os valores obtidos
anteriormente. Justifique as possíveis diferenças.

4.3 ESTIMATIVA DO VALOR DA ACELERAÇÃO UTILIZANDO O AJUSTE

DA FUNÇÃO V 2 (
S )
1. Escolha a regressão que melhor ajusta os dados e atribua significado físico aos parâme-
tros da equação.

2. Escreva um pequeno texto de análise do gráfico. Nele você deve apresentar a equação
resultante, dar significado físico aos parâmetros da equação, e comentar se o resultado
é o esperado.

3. Determine o valor da aceleração do conjunto usando o valor do parâmetro correspon-

dente na equação da regressão e compare com os valores obtidos anteriormente. Verifi-
que se há discrepância entre os valores e justifique se for o caso.

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5 CONCLUSÃO

( ) ()
• Apresente as equações de S T , V t e V 2 (
S ) obtidas da análise dos gráficos; e
• Diga o que as equações revelam sobre o movimento do carro. Escreva o valor encon-
trado para a aceleração do carrinho através dos ajustes das equações do ponto anterior,
e explique porque escolheu esse valor como o mais confiável.

Este roteiro foi baseado no roteiro proposto pela Profa. Letícia Coelho, no segundo semes-
tre de 2020.

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