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Universidade Federal de Santa Maria Curso de Engenharia de Produção

FSC1024 – Física Geral e Experimental I / Parte experimental

SEGUNDA LEI DE NEWTON

Experimento 4

Isaias Dias

Matrícula: 2022520121

Prof. Sandro Barboza Rembold

Semestre: 2022/2

Santa maria, RS 05/01/2023


1.Resumo
Este experimento busca verificar a aplicação da 2a. Lei de Newton ao movimento de um
corpo sob a ação de uma força constante.

2.Introdução.
Segundo a 2ª Lei de Newton, é possível medir a aceleração de um corpo se deste
mesmo for conhecida a massa e a força resultante aplicada seguindo a expressão:

𝐹𝑟 = 𝑚 × 𝑎

Onde m é a massa do corpo e a é a aceleração. Note que quando a força resultante


é nula então não há aceleração e o corpo está em um movimento retilíneo uniforme sem
a ação de forças (1º Lei de Newton Lei da Inércia). A relação entre essas variáveis pode
ser usada para explicar a mecânica envolvida em muitas colisões, de pessoas jogando
futebol a acidentes automobilísticos. Também é muito útil quando queremos
saber como acelerar rapidamente ou como criar bastante força com o menor
esforço
possível.
Nesta atividade experimental, a verificação da 2a lei de Newton é feita a partir da
determinação da aceleração do sistema de massa constante para vários valores da força
resultante.

3. Material
(a) Trilho de ar, (b) cronômetro eletrônico, (c) carrinho deslizador, (d) suporte de
massas, (e) cilindros de massa aferida, (f) barbante, (g) bobina de retenção, (h) sensores,
(i) balança.
4.Procedimento experimental e Resultados
Certificamos de que o aparato experimental estava montado de acordo com a
figura a seguir.

Figura 1: Ilustração do experimento


Posicionamos os dois sensores em duas posições distintas x1 e x2 ao longo do
trilho de ar, de forma que ∆x = x2 − x1 =50, 0 cm.
Acionamos o trilho de ar e o cronômetro.
Liberamos o carrinho a partir do repouso, desligando a bobina de retenção.
Ao passar por cada sensor, o carrinho interrompe a passagem do sinal entre os
elementos do respectivo sensor.
O intervalo de tempo ∆t (em segundos) em que esse sinal foi bloqueado foi
indicado no cronômetro. Anotamos os intervalos de tempo obtidos, para cada um dos
sensores, como segue na tabela 1.

X(cm) M(g) ∆t1 ∆t2 ∆t3 ∆t4 ∆t5 <∆t> V(m/s)


1 8,71 0,417 0,416 0,416 0,416 0,417 0,4164 0,2401
2 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164 0,164 0,6097
1 18,43 0,290 0,290 0,288 0,290 0,291 0,2898 0,3450
2 0,113 0,113 0,113 0,113 0,113 0,113 0,8849
1 28,58 0,237 0,239 0,235 0,237 0,230 0,2356 0,4243
2 0,092 0,093 0,092 0,092 0,092 0,0922 1,0845
1 38,27 0,209 0,208 0,206 0,210 0,210 0,2086 0,4793
2 0,081 0,081 0,081 0,081 0,081 0,081 1,2345
1 47,89 0,191 0,203 0,201 0,190 0,203 0,1976 0,5060
2 0,074 0,073 0,074 0,073 0,073 0,0734 1,3624
Tabela 1: Dados experimentais obtidos para as posições x1 e x2.
Medimos a massa do suporte utilizando a balança, e anotamos o resultado na
segunda coluna da tabela 1.
Repetimos as etapas um total de 5 vezes, preenchendo as duas primeiras linhas
da tabela 1.
Acrescentamos ao suporte um cilindro de massa aferida de 10 g, e repita as
etapas. Continuamos aumentando a massa total acoplada ao suporte de 10 em 10 g,
terminando de preencher as linhas restantes da tabela 1. Antes de acoplar um cilindro ao
suporte, confirmamos sua massa utilizando a balança.
Calculamos os valores médios de ∆t, h∆ti ao longo de cada linha da tabela 1, e
colocamos o resultado na penúltima coluna.
Medimoos o comprimento da placa sobre o carrinho. Com essa medida, calcule
a velocidade do carrinho nas posições x1 e x2, terminando de preencher a tabela 1.
Considerando que o comprimento da placa sobre o carrinho é d, o valor médio
aproximado da velocidade v do carrinho ao passar por cada placa é dado por

O valor experimental ae do módulo da aceleração sofrida pelo carrinho pode ser


obtida via equação de Torricelli,

Calculamos essa aceleração para cada uma das combinações de massa acoplada
ao barbante, e incluímos os resultados na primeira coluna da tabela 2.
Medimos a massa do carrinho, utilizando a balança, 228,3 gramas.
Se o fio é inextensível, o carrinho e o suporte de massas adquirem acelerações
de mesmo módulo. Se, além disso, a massa do fio, a massa da roldana e as forças de
atrito são desprezíveis, a segunda lei de Newton permite obter o módulo do valor
esperado (teórico) para essa aceleração, at, através de

onde M é a massa do carrinho e m a massa acoplada ao barbante (suporte + cilindros de


massa acoplados). Calculamos esse valor teórico para cada combinação de massa
acoplada, utilizando o valor obtido para a massa M do carrinho e considerando g = 9, 80
m/s2. Inserimos os resultados na segunda coluna da tabela 2.
Calculamos a diferença percentual e entre os valores experimental e teórico da
aceleração sofrida pelo carrinho, fazendo
Incluímos os valores de e obtidos na tabela 2, terminando de preenchê-la.

m(g) ae(m/s) At(m/s²) E(%)


8,71 0,3140 0,3605 -12,89
18,43 0,6640 0,7324 -9,33
28,58 0,9961 1,090 -8,61
38,27 1,2942 1,4083 -8,10
47,89 1,6001 1,7010 -5,937
Tabela 2: Acelerações teórica e experimental, e diferenças percentuais.

5.CONCLUSÃO
Com base nos dados e nos resultados obtidos no experimento, pode-se verificar
que a aceleração de um corpo depende da força resultante aplicada sobre ele, sendo a
Segunda Lei de Newton fundamental para a Mecânica, pois a partir dela e através de
métodos matemáticos, podemos fazer previsões (velocidade e posição, por exemplo)
sobre o movimento dos corpos. Qualquer alteração da velocidade de uma partícula é
atribuída, sempre, a um agente denominado força. Basicamente, o que produz mudanças
na velocidade são forças que agem sobre a partícula. Como a variação de velocidade
indica a existência de aceleração, é de se esperar que haja uma relação entre a força e a
aceleração. Portanto, Isaac Newton percebeu que existe uma relação muito simples
entre força e aceleração, isto é, a força é sempre diretamente proporcional à aceleração
que ela provoca, comprovando sua lei.
Sobre os erros, eles se dão devido a existência de forças, como a de atrito, a
resistência do ar, atrito com a polia, massa da corda, entre outros causadores deste erro.

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