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Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Ciências
Departamento de Física
Disciplina de Física Experimental para Engenharia
Semestre 2019.1

PRÁTICA 04
SEGUNDA LEI DE NEWTON

Aluno: Maurício Júnior Rodrigues da Silva


Curso: Engenharia Civil
Matricula: 478145
Turma: 06A
Professor: Matheus Nilthon
Data de realização da prática: 16/05/2019
Horário de realização da prática: 14 Horas

28 de Maio de 2019
1. Objetivos
- Estudar a variação da aceleração versus força resultante aplicada.
- Estudar a variação da aceleração em função da massa para uma dada força
resultante.

2. Material
- Trilho de ar com eletroímã.
- Cronômetro eletrônico digital.
- Unidade geradora de fluxo de ar.
- Balança digital.
- Carrinho com três pinos (pino preto, pino ferromagnético e um pino com gancho).
- Chave liga/desliga.
- Y de final de curso com roldana.
- Suporte para massas aferidas.
- Massas aferidas (3 de 10g; 6 de 20g; 2 de 50g).
- Cabos.
- Fotossensor.
- Fita métrica.
3. Introdução
Antes de tudo, é necessário definirmos o que é a segunda lei de Newton. A segunda
lei de Newton afirma que um corpo sob a ação de uma força F, não nula, em um
referencial inercial, adquire uma aceleração a na mesma direção e sentido da força
resultante, com magnitude proporcional à intensidade da força F e inversamente
proporcional à massa m do corpo:
𝐹
𝐴=𝑀 (3.1)

É conhecida como o princípio fundamental da dinâmica. Se for o caso de uma força


F constante, o corpo de massa m terá uma aceleração a constante, e o movimento
descrito pelo corpo será um movimento retilíneo uniformemente variado (MRUV).
Nesse experimento, para produzirmos o movimento falado anteriormente, foi usado
um trilho de ar, figura 4.1, que será percorrido por um carrinho em movimento com
atrito desprezível. Desse modo podemos validar as seguintes equações:
1
𝑋 = 𝑋𝑜 + 𝑉𝑖 ∗ 𝑇 + 2 𝐴 ∗ 𝑇² (3.2)

𝑉 = 𝑉o + A*T (3.3)
𝑉 2 = 𝑉𝑜 + 2𝐴(𝑋 − 𝑋𝑜) (3.4)

Fazendo Xo na equação 3.2 e sabendo que o carrinho parte do repouso (Vo = 0), a
equação se reduz a:

1
𝑋 = 2 𝐴 ∗ 𝑇2 (3.5)

Explicitando a aceleração, temos:

2𝑋
𝐴= (3.6)
𝑇2

Com a equação 3.6, pode-se determinar a aceleração conhecendo o deslocamento, X,


e o tempo, T, transcorrido durante o deslocamento.

Nesse sistema considera-se que o carrinho de massa M se desloca sobre o trilho de ar


praticamente sem atrito. Que o mesmo está ligado por um fio inextensível e sem massa
ao corpo de massa M. Com o atrito da roldana sendo desprezado. Nesta situação, a
aceleração dos corpos pode ser determinada resolvendo o sistema de equações:

𝑇=𝑚∗𝐴 (3.7)

𝑃−𝑇 =𝑀∗𝐴 (3.8)


Somando as equações:

𝑃 = (𝑀 + 𝑚 ) ∗ 𝐴 → 𝑃 = 𝑀𝑡 ∗ 𝐴 (3.9)

Dessa maneira a força peso do corpo suspenso (P) é igual a massa total do sistema (M+m)
vezes a aceleração dos corpos, sintetizando assim a segunda lei de Newton.

4. Procedimentos.
Procedimento 01: Relação entre forças resultante e aceleração (M = constante).
Neste procedimento aplicaremos diferentes forças peso P ao sistema e mediremos a
aceleração. Multiplicaremos a aceleração pela massa total do sistema e verificaremos
se o sistema obedece a segunda lei de Newton.
4.1 Monte o equipamento conforme a figura.

Figura 4.1 Montagem do trilho de ar. Disponível em:< https://image.slideshar


ecdn.com/relatoriofisica-1405011 8 0359-phpapp01/95/rel atorio-6-638.jpg?cb=
1398967454>.
4.2 Ligue a unidade geradora de fluxo de ar regulando a intensidade para um valor
médio.
4.3 Verifique se o trilho de ar está nivelado, coloque o carrinho no meio do trilho
parado e verifique se o mesmo se movimenta. Se for necessário faça os ajustes
nos pés do trilho de ar.
4.4 Fixe no carrinho três pinos como mostra a figura 4.2. Fixe o pino central no furo
superior; fixe no furo lateral superior, um pino para a conexão com o eletroímã e
do lado oposto um pino com gancho. Determine com uma balança a massa do
carrinho com os pinos: Mc = 219,1 g.
Figura 4.2 Carrinho que recebera os pinos. Disponível em:< http://www.fep.if.usp.br
/~fisfoto/translacao/trilhoDeAr/imagens/carrinho.jpg>.

4.5 acrescentar 80 g ao carrinho (40 g de cada lado). Anote na tabela 4.1 a massa M
total do carrinho mais 80 g dos pinos.
4.6 Coloque o fotossensor com uma distancia de 40 cm do carrinho. A posição do
mesmo deve ser medida, com uma trena, do pino central do carrinho até o centro
do fotossensor, estando o carrinho na posição inicial junto ao eletroímã.
4.7 Ligue com uma linha o carrinho ao porta-peso, passando sobre a roldada.
4.8 Determine com uma balança a massa do porta-peso, Mp = 9,1 g e acrescente 20 g
ao mesmo. Anote na tabela 4.1, m = a massa total do porta-peso mais 20 g dos
pinos.
4.9 Anote na tabela 4.1 a massa total do sistema: Mt = M + m.

4.10 Fixe o carrinho no eletroímã ligando a chave liga-desliga e ajuste a tensão


aplicada pelo cronômetro digital de modo que o carrinho não fique muito preso.

4. 11 Escolha o cronômetro a função F2 pressionando ‘Função’. Zere o


cronômetro pressionando ‘Reset’.

4.12 Libere o carrinho do eletroímã desligando-o através da chave liga-desliga.

4.13 Faça pelo menos três medidas de tempo para cada peso (força) indicada
na tabela 4.1.

4.14 Reduza a massa total do carrinho em 20 g (10 g de cada lado) e acrescente


g ao porta peso de modo que a massa total do sistema permaneça constante.
Repita o procedimento anterior e anote os valores obtidos na tabela 4.1. Faça isso três
vezes anotando os valores.

4.15 Para cada caso calcule a aceleração em cm/s² substituindo os valores


apropriados na equação 3.6 e anote na tabela 4.1.
Tabela 4.1 Resultados experimentais para a massa total constante.

M(g) m(g) Mt(g) T1(s) T2(s) T3(s) Média T(s) A (cm/s²)

299,1 29,1 328,2 1,650 1,483 1,542 1,558 32,5

328,2
279,1 49,1 1,148 1,165 1,135 1,149 60,6

328,2
259,1 69,1 0,955 0,955 0,952 0,954 87,9

Procedimento 02: Relação entre aceleração e massas (F = constante). Aplicaremos


sempre a mesma força peso P ao sistema, aumentamos a massa total e mediremos
a aceleração. E verificaremos se o sistema obedece a segunda lei de Newton.

2.1 Mantendo a mesma distância do procedimento 01. Utilize inicialmente o


carrinho com duas massas de 10 g. Uma de cada lado. Anote na tabela 4.2, M a
massa total do carrinho com mais 20 g dos pinos.

2.2 Coloque no porta-peso duas massas de 20 g. Anote na tabela 4.2, m a massa


total do porta-peso mais 40 g dos pinos. Anote na tabela 4.2, a massa total do
sistema: Mt = M + m. E Faça três medidas de tempo, calcule o tempo médio e a
aceleração. Acrescentando a cada sistema 20 g no carrinho até completar-la.

Tabela 4.2 Resultados experimentais para força aplicada constante.

M(g) m(g) Mt(g) T1(s) T2(s) T3(s) Média T(s) A (cm/s²)

239,1 49,1 288,2 1,106 1,110 1.104 1,105 65,40

259,1 49,1 308,2 1,155 1,149 1,154 1,152 60,28

279,1 49,1 328,2 1,162 1,193 1,184 1,179 57,55

299,1 49,1 348,2 1,294 1,282 1,212 1,262 50,23

319,1 49,1 368,2 1,333 1,334 1,304 1,323 45,70


5. Questionário

5.1 Baseando-se nos dados da tabela 4.1 preencha o quadro abaixo. Anote a massa
total em Kg, a aceleração em m/s², faça o produto da massa total pela aceleração. Anote
também a força aplicada (P = m * g) em newtons. Comente os resultados.

Mt (Kg) A (m/s²) Mt * A (N) F = P = m * g (N)

0,3282 0,3255 0,1068 0,2851

0,3282 0,6059 0,1988 0,4811

0,3282 0,8790 0,2885 0,6772

R: após a análise ficou claro que a quando maior a força peso maior a aceleração, ou
seja a aceleração é diretamente proporcional a força peso.

5.2 Baseando-se nos dados da tabela 4.2 preencha o quadro abaixo. Anote a massa
total em kg, a aceleração em m/s², faça o produto da massa total pela aceleração. Anote
também a força aplicada (P=m*g) em newtons. Comente os resultados.

Mt (Kg) A (m/s²) Mt * A (N) F=P=m*g (N)

0,2882 0,6540 0,1885 0,4812

0,3082 0,6028 0,1858 0,4812

0,3282 0,5755 0,1888 0,4812

0,3482 0,5023 0,1749 0,4812

0,3682 0,4570 0,1682 0,4812

R: feito a observação da tabela pode-se concluir que em quanto mais a massa do


carrinho aumentava menor era a aceleração ou seja a massa é inversamente proporcional
a aceleração.
5.3 Baseado na tabela 4.2 preencha o quadro abaixo.

A (m/s²) 0,6540 0,6028 0,5755 0,5023 0,4570

1/Mt (Kg-1) 3,469 3,245 3,047 2,872 2,716

5.4 Faça o gráfico da aceleração em função de 1/M para os dados da questão


anterior.
6. Conclusão
Dessa forma conclui-se que há uma relação entre as 3 grandezas vetoriais -
deslocamento, velocidade e aceleração - regem o Movimento Retilíneo
Uniformemente Variado. E ao ser aplicado em um sistema levando a massa em
consideração há mudança tanto da velocidade como da aceleração. Observou-se ainda
que no sistema quando maior a força resultante maior a aceleração, ou seja, são
diretamente proporcionais. E também ficou nítido que quando maior a massa do
carrinho menor era aceleração, sendo assim inversamente proporcionais, isso quando
a força peso é constante.
7. Bibliografia
1. DIAS, N. L. Roteiro de aulas Práticas de Física. Fortaleza: UFC, 2019.
2. NUNO.M. Movimento Retilíneo Uniformemente Variado. Aulas de Física e
Química. Disponível em: < http://www.aulas-fisica-quimica.com/9f_09.html >.
Acesso em: 28 de Maio de 2019.
3. Autor desconhecido. Movimento Retilíneo Unifromemente Variado. InfoEscola.
Disponível em: < http://www.infoescola.com/fisica/movimento-retilineo-
uniformemente-variado/ >. Acesso em: 28 de maio de 2019.

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