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Universidade Federal do Ceará – UFC

Centro de Ciências
Departamento de Física
Disciplina de Física Experimental para Engenharia
Semestre 2018.1

PRÁTICA 04
SEGUNDA LEI DE NEWTON

Aluno (A): Messias Tayllan Teles Farias


Curso: Engenharia de Computação
Matrícula: 418127
Turma: 34
Professor: João Pedro
Data de realização da prática: 25 de abril de 2018
Horário de realização da prática: 14:00 às 16:00

16 de maio de 2018
1. Objetivos
- Estudar a variação da aceleração versus força resultante aplicada.
- Estudar a variação da aceleração em função da massa para uma dada força
resultante.
2. Material
- Trilho de ar com eletroímã.
- Cronômetro eletrônico digital.
- Unidade geradora de fluxo de ar.
- Balança digital.
- Carrinho com três pinos (pino preto, pino ferromagnético e um pino com gancho).
- Chave liga/desliga.
- Y de final de curso com roldana.
- Suporte para massa aferidas.
- Massas aferidas (3 de 10g; 6 de 20g; 2 de 50g).
- Cabos.
- Fotossensor.
- Fita métrica.
3. Introdução Teórica
A segunda lei de Newton, também conhecida como Princípio Fundamental da
Dinâmica, define que a força resultante externa sobre um corpo é proporcional a sua
aceleração, tem mesmo sentido e direção e seu módulo é dado pela multiplicação da
aceleração pela massa do corpo.

= Força Resultante dada em Newton(N).


= Massa dada em Quilograma (Kg).
= Aceleração dada em Metros/Segundo² (m/s²).
De acordo com Young e Freedman (2008), um Newton é o valor de uma força que
imprime a um corpo de um quilograma de massa uma aceleração um metro por segundo ao
quadrado e pode-se usar isso para calibrar um dinamômetro ou outros instrumentos para
medir forças. Além disso, pode-se notar, a partir dessa equação, que conforme maior a
massa de um corpo, mais “resistência” ele terá a ser acelerado.
Imagem 1 - Dinamômetro

Fonte: 3bscientific

Além disso, podemos relacionar a Segunda Lei de Newton em movimentos verticais,


chamando a Força Resultante de Força Peso. A aceleração nesses casos é a aceleração da
gravidade e é representada pela letra g.

Porém, é importante notar algumas limitações nessa Lei:


● A força resultante se refere a forças externas, ou seja, um corpo não pode
exercer força sobre si.
● A massa m deve ser constante.
● A lei só é válida para sistemas de referência inerciais, ou seja, um sistema em
que um corpo só altera seu movimento de estado se um força agir sobre ele.
Assim como em DIAS(2018), no experimento que realizado na parte dos
procedimentos deste relatório foi usado um trilho de ar, que será percorrido por um
carrinho com atrito desprezível. Assim, pode-se considerar as seguintes equações:
1
x=x 0 +v 0 t+ a t 2
2
v=v 0 + at

v 2=v 20 +2 a( x−x 0 )
Imagem 2 - Sistema de Trilho de Ar

Fonte: Ciência Mão


4. Procedimentos
Esta prática foi composta por dois procedimentos. Antes de executá-los, foi
necessário montar o equipamento de acordo com a figura abaixo:

PROCEDIMENTO 1: Relação entre Força Resultante e Aceleração (m = constante).


Neste procedimento foi aplicado diferentes forças peso P ao sistema e medido a
aceleração. Multiplicando a aceleração pela massa total do sistema foi verificado se o
mesmo obedece a Segunda Lei de Newton.
1. Ligou-se a unidade geradora de fluxo de ar regulando a intensidade para um
valor médio.
2. Verificou-se o nivelamento do trilho de ar; para isso, o carrinho foi colocado
parado no centro do trilho e observado se o mesmo se movimenta
significativamente em um sentido ou no outro. Caso positivo, foram ajustados
os pés do trilho de ar.
3. Fixa-se três pinos no carrinho. Um no furo superior, um na lateral para
conexão com o eletroímã e um do lado oposto com um gancho.
Determinando a massa do carrinho com os pinos temos m c = 218,0g.
4. Coloca-se o fotossensor a uma distância de 50cm do carrinho. A posição foi
medida com uma trena, que marcava do pino central do carrinho até o centro
do fotossensor estando o carrinho conectado ao eletroímã.
5. Pesou-se a massa do porta-peso e obteve-se m p= 8,5g.
6. Liga-se o carrinho ao porta-peso com uma linha, passando sobre a roldana
como na figura abaixo.

7. Acrescenta-se 80g ao carrinho (40g de cada lado). Anota-se na tabela 4.1 a


massa M = m c + 80g.
8. Acrescenta-se 20g ao carrinho (40g de cada lado). Anota-se na tabela 4.1 a
massa m = m p+ 20g.
9. Anota-se na Tabela 4.1 a massa total do sistema M t =M + m.
10. Fixa-se o carrinho no eletroímã ligando a chave liga-desliga e ajustando a
tensão aplicada de modo que o carrinho não fique muito preso.
11. Escolhe-se a função F2 no cronômetro pressionando “Função”. Zera-se o
cronômetro pressionando “Reset”.
12. O carrinho é liberado desligando o eletroímã através da chave liga-desliga.
13. Nesse momento, o carrinho se desloca e o cronômetro para quando o pino
superior passa pelo fotossensor.
14. Repete-se o processo de medir o tempo 3 vezes, e anota-se na Tabela 4.1.
15. Reduz-se a massa total do carrinho em 20g (10 de cada lado) e acrescenta-se
20g ao porta-peso de modo que o sistema continua com massa total
constante.
16. O processo é repetido e todos os valores são anotados na Tabela 4.1
2x
17. Para cada caso foi calculado a aceleração cm/s² através da equação a=
t2
Tabela 4.1. Resultados experimentais para massa total constante.

M(g) m(g) M t (g) t 1(s) t 2(s) t 3(s) Média de t(s) a (cm/s²)


298,0 28,5 365,5 1,102 1,089 1,116 1,102 82,34

278,0 48,5 365,5 0,842 0,866 0,861 0,8563 136,4

258,0 68,5 365,5 0,705 0,709 0,705 0,7063 200,5


PROCEDIMENTO 2: Relação entre Aceleração e Massa (F = constante).
Neste procedimento foi aplicado sempre a mesma força peso P ao sistema e
modificado a massa total para calcular a aceleração. Multiplicando a aceleração pela massa
total do sistema foi verificado se o sistema obedece a Segunda Lei de Newton.
1. O carrinho é mantido na mesma distância de 50cm em relação ao
fotossensor.
2. Inicialmente o carrinho terá duas massa de 10g (uma de cada lado). Anota-se
na Tabela 4.2 a massa M =m c + 20g.
3. Coloca-se duas massa de 20g no porta-peso. Anota-se na Tabela 4.2 a massa
m=m p+ 40g.
4. Anota-se na Tabela 4.2 a massa total do sistema M t =M + m.
5. O tempo é medido da mesma forma que no procedimento 1 e três vezes.
6. Repete-se o processo mais 4 vezes sempre acrescentando 20g ao carrinho e
mantendo o porta-peso com as 20g iniciais. Anota-se tudo na Tabela 4.2.
Tabela 4.2. Resultados experimentais para força aplicada constante.

M(g) m(g) M T (g) t 1(s) t 2(s) t 3(s) Média de t(s) a (cm/s²)

238,0 48,5 286,5 0,786 0,788 0,791 0,7883 160,9

258,0 48,5 306,5 0,812 0,815 0,823 0,8167 150,1

278,0 48,5 326,5 0,849 0,842 0,844 0,8450 140,1

298,0 48,5 346,5 0,873 0,873 0,870 0,8720 131,5

318,0 48,5 366,5 0,895 0,890 0,887 0,8907 126,0


5. Questionário
5.1. Baseado nos dados da Tabela 4.1 preencha o quadro abaixo. Anote a massa total
em kg, a aceleração em m/s², faça o produto da massa total pela aceleração. Anote
também a força aplicada (P = mg) em Newtons. Comente os resultados.
Usado g = 9,8m/s

M T (kg) a (m/s²) M T ⋅ a(N) F = P = mg (N)

0,3655 0,8234 0,3009 3,5819

0,3655 1,364 0,4985 3,5819

0,3655 2,005 0,7328 3,5819


Percebe-se que quando aumenta-se o valor da massa do porta-peso e diminui a
massa do carrinho, o carrinho iria ter uma aceleração maior, devido a força peso do
porta-peso aumentar, exercendo uma tração maior para puxar o carrinho através da
polia.

5.2. Baseado nos dados da Tabela 4.2 preencha o quadro abaixo. Anote a massa total
em kg, a aceleração em m/s², faça o produto da massa total pela aceleração. Anote
também a força aplicada (P = mg) em Newtons. Comente os resultados.

M T (kg) a (m/s²) M T ⋅ a(N) F = P = mg (N)

0,2865 1,609 0,4610 2,807

0,3065 1,501 0,4600 3,003

0,3265 1,401 0,4574 3,200

0,3465 1,315 0,4556 3,400

0,3665 1,260 0,4618 3,592


Nesse caso, percebe-se que, como vai aumentando a massa do carrinho, ele vai ter
uma resistência maior a ser puxado sempre pela mesma força peso do porta-peso e
consequentemente sua aceleração será reduzida.

5.3. Baseado na Tabela 4.2. preencha o quadro abaixo.

a(m/s²) 1,609 1,501 1,401 1,315 1,260

1/ M T (kg❑−1) 3,490 3,263 3,063 2,886 2,728


5.4. Faça o gráfico da aceleração em função de 1/M para os dados da questão
anterior.

5.5. Qual o significado físico da inclinação do gráfico da questão anterior? Justifique.


Significa que a massa é inversamente proporcional à aceleração, quando a massa
aumenta, a aceleração diminui e isso está de acordo com a lei, pois F = ma mostra
que, se mantermos uma força constante e diminuirmos a massa, a aceleração deve
aumentar e vice versa.
6. Conclusão
É notável que através da prática em laboratório e da pesquisa para a realização do
relatório, foi possível o aprendizado dos alunos sobre a Segunda Lei de Newton, tanto na
parte teórica, quanto observando seu funcionamento na prática. Ficou claro que a
relação F = ma é muito importante para compreender diversos fenômenos no cotidiano,
além de também poder ser relacionado com a força peso F = mg. Portanto, essa prática
foi muito importante para o conhecimento de conceitos muito vistos no dia a dia, mas
que muitas vezes não se sabe explicar o porquê desses acontecimentos.
7. Bibliografia

3B Scientific. Dinamômetro de precisão 20 N. Disponível em:


<https://www.3bscientific.com.br/dinamometro-de-precisao-20-n-1003108-
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Ciência Mão. Trilho de Ar Linear 1,2M com Cronômetro Multifunções. Disponível em:
<http://www.cienciamao.usp.br/tudo/exibir.php?
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DIAS, Nildo Loiola. Roteiros de aulas práticas de Física. Fortaleza. 2018.

Fato Curioso. Leis de Newton. Disponível em: <http://fatocurioso.com.br/leis-de-newton/>.


Acesso em: 12 mai. 2018.

GOUVEIA, Rosimar. Segunda Lei de Newton. Disponível em:


<https://www.todamateria.com.br/segunda-lei-de-newton/>. Acesso em: 12 mai. 2018.

SILVA, Domiciano. Referenciais inerciais. Disponível em:


<https://brasilescola.uol.com.br/fisica/referenciais-inerciais.htm/>. Acesso em: 13 mai. 2018
SILVA, Joabis. Segunda Lei de Newton. Disponível em:
<http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/segunda-lei-newton.htm/>. Acesso em: 12
mai. 2018.

Só Física. Força Peso. Disponível em:


<https://www.sofisica.com.br/conteudos/Mecanica/Dinamica/fp.php>. Acesso em: 13 mai.
2018.

YOUNG, Hugh D.; FREEDMAN, Roger A. Física 1. 12. ed. São Paulo: Pearson, 2008. 113-117 p.
v. 1.

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