Agrupamento de Escolas Gil Paes

Escola Secundária de Maria Lamas

Disciplina de Geografia

Cheias e Inundações

Maria Pilar Bugio Afoito, nº 29645, 9ºG

Professor Alexandre Gameiro

Torres Novas, 21 de dezembro de 2021

Índice

Introdução 3
Capítulo 1 - Riscos e Catástrofes Naturais 4
1.1 - Risco VS. Catástrofe Natural 4
1.1.1 - Os diversos riscos naturais quanto à sua natureza 4
1.2 – O aumento de catástrofes naturais nos últimos anos 4
Capítulo 2 – Cheias e Inundações 6
2.1 – Qual a diferença entre cheias e inundações? 6
2.1.1 – Causas das cheias e inundações 6
2.2 – Áreas mais suscetíveis à ocorrência de cheias e inundações e vulnerabilidade da
população 7
2.2.1 – No Mundo 7
2.2.1 – Em Portugal 8
2.3 – Consequências das cheias e inundações e medidas de prevenção 9
Conclusão 10
Referências Bibliográficas 11

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Introdução
O presente trabalho aborda o tema dos Riscos e Catástrofes Naturais, mais
concretamente o tema das Cheias e Inundações, no âmbito da disciplina de Geografia.

No primeiro capítulo, faz-se um breve resumo do que são riscos e catástrofes

naturais que, tal como pedido no enunciado da tarefa proposta pelo professor, se faz a
distinção destes dois conceitos e os diversos riscos naturais quanto à sua natureza e o
aumento da ocorrência dos mesmos.

No capítulo seguinte, aborda-se o tema principal do trabalho, cheias e

inundações, onde se irá referir as principais causas, fatores agravantes e consequências
destas catástrofes naturais, as áreas do globo, incluindo Portugal, mais suscetíveis à
ocorrência destas catástrofes naturais e algumas medidas de prevenção.

Nas conclusões finais, será feita uma síntese do tema abordado.

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Capítulo 1 – Riscos e Catástrofes Naturais
1.1 – Risco VS. Catástrofe Natural
O conceito de risco não é o mesmo de catástrofe natural:
- O risco caracteriza-se pela possibilidade de ocorrência de um
fenómeno natural catastrófico, cujas consequências podem ser graves e causar
vítimas humanas e danos materiais.
- Uma catástrofe natural é um fenómeno natural imprevisível,
também catastrófico, de origem natural ou antrópica, que pode provocar vítimas
mortais e danos em inúmeras infraestruturas.

1.1.1 – Os diversos riscos naturais quanto à sua natureza

Os riscos podem ser naturais, se apenas tiverem origem na

natureza, mistos, se forem resultado das ações antrópicas e naturais e
antrópicos, se forem apenas resultado da ação antrópica.

Os riscos naturais podem ter origem meteorológica (furacões e

tornados), hidrológica (cheias e inundações), climatológica (secas e ondas
de frio e de calor) e geológica (sismos, vulcões, movimentos de vertente e
avalanches).

1.2 – O aumento de catástrofes naturais nos últimos anos

Fig. 1 - Desastres naturais ocorridos entre 1990 e 2011

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 Tal como podemos atentar na Fig. 1, o número de catástrofes naturais tem vindo
a aumentar ao longo dos anos.

Apesar de o Homem não intervir diretamente na ocorrência destes fenómenos, a

ação deste pode contribuir para as alterações climáticas e aquecimento global que,
segundo alguns estudos, são uma possível causa do aumento dessa ocorrência.

Nos últimos anos, os fenómenos naturais perigosos mais recorrentes foram as

inundações e as tempestades, fazendo-se ainda uma previsão de que as vagas de calor
passem a ocorrer com mais frequência.

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Capítulo 2 – Cheias e Inundações
2.1 – Qual a diferença entre cheias e inundações?

Apesar dos conceitos de cheia e de inundação terem em comum o facto de serem

ambos fenómenos hidrológicos extremos, de frequência variável e que podem ter
origem na natureza ou devido à ação antrópica, estes não são sinónimos.

- As cheias consistem na subida das águas, estas que não conseguiram ser
absorvidas pelo solo, relativamente ao seu leito normal, originando o leito de cheia.

- As inundações consistem na submersão de uma área que já está,

normalmente, emersa.

Para além do mais, as cheias são fenómenos temporários e as inundações podem

ser definitivas, tal como acontece na subida do nível do mar.

2.1.1 – Causas das cheias e inundações

As inundações são consequência das cheias, porém, as inundações podem
ter outras causas para além das cheias.

A principais causas das cheias, estas que resultam em inundações, são as

condições meteorológicas das bacias hidrográficas, como os elevados níveis de
precipitação. As áreas do litoral são mais vulneráveis à subida do nível de mar e
ao galgamento das ondas na costa, tal que tem como consequência a maior
probabilidade de vir a ocorrer uma cheia.

A probabilidade de vir a ocorrer uma cheia pode ainda ser agravada pela
impermeabilização do solo e perda da cobertura vegetal. A impermeabilização
do solo deve-se à construção de estradas, edifícios e de outras infraestruturas e
irá resultar na acumulação de água que não conseguirá ser infiltrada no solo. No
caso da cobertura vegetal, a sua perda vai levar a que a água escorra a altas
velocidades, resultando no aumento do nível das águas e no arrastamento de
sedimentos que se irão acumular no fundo do leito do rio, provocando
inundações.
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 2.2 – Áreas mais suscetíveis à ocorrência de cheias e inundações e
a vulnerabilidade da população

2.2.1 – No Mundo

As condições meteorológicas extremas e certas características topográficas são

alguns fatores de perigo que influenciam a probabilidade de ocorrência de um fenómeno
natural perigoso.

Fig. 2 - Risco de inundações fluviais (cheias) no Mundo

Existem zonas do globo que apresentam uma maior suscetibilidade à ocorrência

de cheias (Fig. 2), ou seja, uma maior probabilidade de vir a ocorrer este fenómeno
numa determinada região. As regiões mais suscetíveis a cheias encontram-se em zonas
onde o clima tem uma estação de chuvas intensas, onde há condições para a formação
de chuvas convectivas e onde os rios recebem a água da fusão de neves e gelo das
montanhas (Mapa-Mundo 9ºano, pág.83).

No entanto, os impactos deste fenómeno irão também depender da

vulnerabilidade da população, ou seja, da condição de risco a que as pessoas e os seus
bens materiais estão expostos, e depende da capacidade de adaptação e de resistência da
população.

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 Fig. 3 - Índice de risco mundial como resultado da exposição e vulnerabilidade (Bundnis Entwicklung Hilft, 2018)

Tal como podemos concluir após a observação da Fig.3, a vulnerabilidade é

maior nos países ainda em desenvolvimento, tais como na maioria dos países do
continente africano e alguns do continente asiático. Isto, devido à pouca qualidade das
suas infraestruturas, à falta de um sistema de evacuação e de prevenção e à falta de
educação da população para a perceção de risco.

2.2.1 – Em Portugal

Tal como está representado na Fig.4, em

Portugal continental, “as zonas de risco mais elevado
são as planícies do curso final de rios, como o Douro e o
Tejo, e também no Algarve, devido ao regime torrencial
das ribeiras, que têm sobretudo no outono e inverno
cheias frequentes” (Mapa-Mundo 9ºano, pág. 83).

Fig. 4 - Áreas mais suscetíveis à ocorrência

de cheias em Portugal continental

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2.3 – Consequência das cheias e inundações e medidas de prevenção

Fig. 5 - Devastação provocada pelas inundações na Alemanha (Público, 2021)

As cheias e inundações trazem bastantes efeitos negativos, nos quais se destacam

a perda de vida humana, possíveis danos psicológicos devido ao medo de se voltar a
presenciar uma catástrofe natural, destruição de habitações e de outras infraestruturas
(Fig. 5), altos valores para a reconstrução das áreas atingidas, quebra no abastecimento
de alguns serviços, como a água e a luz e a interrupção das atividades económicas.
Porém, para além de efeitos negativos, as inundações também trazem efeitos positivos.
Existe a recarga dos aquíferos, ou seja, há a acumulação de água no subsolo, esta que
poderá ser usada pelo ser humano. Vai ainda haver o transporte de sedimentos, o que irá
influenciar a fertilidade e produtividade do solo.

Apesar da ocorrência destes fenómenos ser imprevisível, podem ser tomadas

algumas medidas de prevenção. Algumas dessas medidas são a construção de barragens,
o que ajuda no regulamento dos caudais dos rios, a proteção do coberto vegetal e a
reflorestação, visto que a vegetação ajuda na fixação do solo e na infiltração da água, a
construção e mantimento de sistemas de escoamento de água e a educação da população
para esta ter a perceção de risco e saber como se proteger destes.

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Conclusão
Ao longo deste trabalho, abordou-se o tema dos Riscos e Catástrofes Naturais,
mais precisamente das cheias e inundações, procurando-se saber mais sobre o tema,
nomeadamente como é que as catástrofes naturais ocorrem, como estas nos podem
afetar e como podemos agir em caso de ocorrência das mesmas.

A extensa pesquisa bibliográfica e os PowerPoints disponibilizados pelo

professor na plataforma Google Classroom permitiram que se cumprissem todos os
objetivos do trabalho.

Pode então concluir-se que este trabalho foi bastante importante para o
alargamento do meu conhecimento sobre este tema, para além de ter conseguido
melhorar a minha capacidade de organização e de pesquisa.

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Referências Bibliográficas
RODRIGUES, Arinda. Riscos, ambiente e sociedade: Cheias e inundações.
Mapa-Mundo. Local de publicação: TEXTO. Consultado a 20 de maio de 2022 e a 21
de maio de 2022.

GAMEIRO, Alexandre. Riscos Naturais - A Teoria do Risco. Local de

publicação: Google Classroom (8 de maio de 2022). Consultado a 20 de maio de 2022 e
a 21 de maio de 2022.

GAMEIRO, ALEXANDRE. Riscos Climáticos e Meteorológicos: Cheias e

Inundações – Riscos Naturais. Local de publicação: Google Classroom (8 de maio de
2022). Consultado a 20 de maio de 2022 e a 21 de maio de 2022.

#EstudoEmCasa (24 de fevereiro de 2021). Riscos e Catástrofes naturais:

tornados e tempestades tropicais [vídeo]. Acedido a 20 de maio de 2022.

#EstudoEmCasa (10 de março de 2021). Riscos e Catástrofes naturais: cheias,

inundações e deslizamentos de terra [vídeo]. Acedido a 20 de maio de 2022.

LEYA. Cheias e Inundações – Riscos Naturais. Local de publicação: Aula

Digital. Consultado a 20 de maio de 2022.

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em: https://www.wri.org/applications/aqueduct/water-risk-atlas/#/?
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TAVARES, Carlos Henrique. Riscos hidrológicos: Cheias e inundações -

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 Abarros. Riscos e Catástrofes Naturais. Local de publicação: Slide Share (25
de janeiro de 2011). Consultado a 20 de maio de 2022. Disponível em:
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Mayjo. Inundações. Local de publicação: Slide Share (2 de julho de 2015).

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