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Nampula 2020
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Chale Abudo
Nampula 2020
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Índice
Introdução........................................................................................................................................4
Conceitos de cheia e de inundação..................................................................................................5
Causas das inundações.....................................................................................................................6
Processos de inundações..................................................................................................................6
Factores de Inundaçõe.....................................................................................................................9
Efeitos de inundações sobre a saúde e medidas de solução...........................................................10
Efeitos de inundações sobre a saúde..........................................................................................10
Medidas de solução........................................................................................................................12
Medidas Estruturais....................................................................................................................13
Medidas Não Estruturais............................................................................................................13
Conclusão......................................................................................................................................15
Bibliografia....................................................................................................................................16
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Introdução
O principal objectivo da gestão e da prevenção das crises provocadas pelas inundações deverá
ser o desenvolvimento de acções e de regras práticas para a gestão dos riscos e das suas causas.
As cheias são a principal causa das inundações. As características das cheias, nos seus aspectos
hidrológicos e hidráulicos, e o controlo estrutural das ondas de cheia, foram estudados durante as
últimas décadas nos seus pontos de vista científico e técnico. Poder-se-á atingir facilmente um
acordo europeu sobre a tecnologia a utilizar nas situações de risco.
Para a gestão das crises provocadas pelas inundações é necessário desenvolver uma tipologia das
cheias, e dos riscos a elas associados, tendo em consideração as características que determinam a
vulnerabilidade às inundações das pessoas e dos sistemas socio-económicos. É também
necessário desenvolver as metodologias para a avaliação da vulnerabilidade relativa das
diferentes ocupações do território aos diferentes tipos de inundação, identificando as zonas onde
o risco pode ser aumentado pela intervenção humana, ou pela alteração climática, bem como as
taxas de variação esperadas.
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Conceitos de cheia e de inundação
V.T. Chow (1956) refere-se que inundações são fenómenos hidrológicos extremos, de frequência
variável, naturais ou induzidos pela acção humana, que consistem na submersão de uma área
usualmente emersa enquanto as inundações (na sua maioria temporária) podem ser definitivas (à
escala de vida humana), como é o caso, por exemplo, da subida eustática do nível do mar, devido
ao aquecimento global que está a submergir terrenos costeiros.
As chuvas são um bem essencial para a sociedade, uma vez que a seca afeta os terrenos agrícolas
e obviamente os seres humanos. No entanto, em certas ocasiões, a chuva ocorre de forma
excessiva. O excesso e a intensidade geram o transbordamento dos rios e assim ocorre a
inundação. Esta situação faz com que as águas invadam locais específicos como ruas, casas, lojas
e empresas. As inundações causam grandes danos e prejuízos à população.
As inundações em áreas urbanas são fenômenos condicionados por Fatores naturais, que podem
ser agravados devido a fatores antrópicos. Tucci (1999) apresenta tal afirmação e assinala
também que processos naturais e antrópicos podem atuar de forma integrada nas inundações em
áreas urbanas. Christofoletti (1980) afirma que a planície de inundação pode ser definida e
delimitada por critérios diversos, conforme a perspectiva e os objetivos dos pesquisadores. O
conceito de inundação apresentado por Oliveira (1998, p.11) foi adotado como referência neste
trabalho.
Inundações fluviais São inundações que ocorrem em cursos de água, submergindo uma área
usualmente emersa.
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Inundações costeiras São causadas devido a factores meteorológicos (vento e precipitação) que
provocam a elevação eustática do nível do mar e o aumento da intensidade da ondulação.
Existem fatores naturais e antrópicos que podem originar e agravar a propagação de uma
inundaçao. De entre os fatores naturais, para além da natureza meteorológica (ocorrência de
precipitação), destacam-se os que estão essencialmente associados às características da bacia
hidrográfica, nomeadamente: a existência de um solo e subsolo de permeabilidade reduzida, o
que implica a existência de um aumento substancial do escoamento superficial da água; as
características do relevo, como por exemplo o declive e o desnível; as características da rede de
drenagem (densidade, hierarquização e sinuosidade); a densidade e tipo de coberto vegetal; o
tipo de revestimento e o grau de cobertura, também se revelam fatores essenciais, pois
normalmente, quanto maior for o grau de cobertura de dado coberto vegetal, implica uma
diminuição da velocidade de escoamento da água à superfície, aumentando deste modo os níveis
de infiltração de água no solo (Campos, 2013).
Assim, é também de referir que normalmente, quanto menor a dimensão e maior o declive da
bacia hidrográfica, estão reúnem-se as condições para que cheias ocorram mais facilmente,
principalmente devido à elevada concentração de água nos vales, a jusante (Marafuz, 2011).
Processos de inundações
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destacam-se a temperatura e os deslocamentos de massas de ar como fatores fundamentais na
determinação dos tipos de precipitação, sendo que alguns desses são mais propícios às
inundações.
Esse processo promove a destruição da infraestrutura das cidades afetadas, perdas agrícolas,
propagação de doenças, gera desabrigados, feridos, mortos, etc. Essas inundações podem ser
desencadeadas em áreas ribeirinhas, em consequência do mau planejamento urbano, além de
inundações localizadas.
O tipo frontal de precipitação decorre da convergência entre grandes massas polares e massas
de ar quente e úmido. Esses choques ocasionam, no verão, chuvas intensas e de menor duração,
e, no inverno, chuvas mais longas e de menor intensidade. As inundações associadas a este tipo
de precipitação ocorrem em grandes bacias hidrográficas.
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Os mecanismos convectivo e orográfico podem se sobrepor aos efeitos das precipitações
frontais, e a eles se devem as principais variações quantitativas das chuvas que ocorrem num
determinado local.
Além desses fatores meteorológicos, há outras condições que podem interferir sobre a
possibilidade de ocorrências de inundações, as quais estão compreendidas num determinado tipo
de sistema - a bacia de drenagem. Segundo COELHO NETTO, a bacia de drenagem corresponde
a "uma área da superfície terrestre que drena água, sedimentos e materiais dissolvidos para uma
saída comum, num determinado ponto de um canal fluvial". Neste sentido, ela é composta por
várias unidades espaciais que servem de condutos à água: encostas, topos, fundos de vale, canais,
corpos de água subterrânea, áreas irrigadas, sistemas de drenagem urbana, entre outras.
Da água precipitada sobre uma bacia de drenagem, uma parcela retorna à atmosfera através de
processos de evaporação da água superficial, ainda durante a chuva, e de evapotranspiração do
solo e plantas. O restante participará do escoamento fluvial, por meio do escoamento superficial
e da infiltração no solo.
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subsuperficiais e subterrâneos, onde permanece armazenada e/ou converge lentamente para os
fluxos fluviais (exfiltração).
Por fim, há o escoamento superficial constituído pela parcela de água que excede à capacidade
de infiltração. O escoamento superficial é o principal responsável pela alimentação dos fluxos
fluviais, durante e imediatamente após as chuvas. Essas águas alcançam mais rapidamente os
canais de drenagem e, também, saem rapidamente da bacia; a alimentação dos fluxos fluviais
passa então a depender, durante a estiagem, dos depósitos subterrâneos.
Factores de Inundaçõe
São muitas vezes causadas pela cheia de um rio, fazendo com que as suas águas elevem-se acima
do normal em tempos de fortes chuvas. Assim, suas águas acabam “invadindo” o espaço de
moradia de muitas pessoas, além de ruas e empreendimentos comerciais. As causas das
enchentes estão relacionadas com fatores naturais e também com ações humanas ou até mesmo
pela combinação dos dois fatores.
Mas as causas mais comuns das enchentes nas cidades estão relacionadas com os efeitos nocivos
de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente. A primeira delas é a poluição excessiva,
que entope bueiros e galerias construídas para reter e impedir o acúmulo de água das chuvas nas
ruas. Essa poluição também aumenta o volume dos rios e faz com que eles inundem uma área
maior do que o normal.
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encostas, de forma que, quando não existem árvores no local, caem muitos sedimentos
(partículas de rochas) e terra no leito do rio, tornando-o mais volumoso e também o alargando, o
que provoca as inundações.
Outra causa para as enchentes é a ocorrência de uma quantidade não comum de chuvas, que
podem manifestar-se em níveis muito acima do previsto pelos meteorologistas. Isso pode
acontecer por causa de um problema na atmosfera, por causa do Aquecimento Global ou de uma
catástrofe climática natural.
Inundações urbanas podem ocorrer por diversos fatores, sendo os principais a ineficácia do
sistema de drenagem e a construção de centros urbanos em terrenos que naturalmente são
afetados pelas enchentes.
A interferência humana sobre os cursos d'água, provocando enchentes e inundações, ocorre das
mais diversas formas. Em casos extremos, porém menos comuns tais situações podem estar
relacionadas com rompimentos de diques e barragens, o que pode causar sérios danos à
sociedade. Mas, quase sempre, essa questão está ligada ao mau uso do espaço urbano.
Um problema que parece não ter uma solução rápida é o elevado índice de poluição, causado
tanto pela ausência de consciência por parte da população quanto por sistemas ineficientes de
coleta de lixo ou de distribuição de lixeiras pela cidade. Além do mais, há problemas causados
pela poluição gerada por empresas e outros órgãos. Com isso, ocorre o entupimento dos bueiros,
que seriam responsáveis por conter parte da água que eleva o nível dos rios. Além disso, o lixo
gerado é levado pelas enxurradas e contribui ainda mais para elevar o volume das águas.
Alguns estudos sobre impactos dos desastres naturais na saúde humana destacam que estes
afetam as comunidades de forma desigual e de maneiras diferentes, direta e indiretamente, com
efeitos que variam de curto a longo prazo, a depender da característica do evento e da
vulnerabilidade socioeconômica e ambiental do território (ALDERMAN e col., 2012).
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Diversos são os impactos que as inundações podem causar à saúde, tanto de efeito imediato,
quanto de médio e longo prazo. Entre os principais impactos sobre a saúde, é esperado:
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Aumentar a escassez de alimentos, podendo ocasionar problemas nutricionais,
especialmente nos casos de inundações prolongadas.
Causar agravos aos profissionais envolvidos em alguma etapa do processo (resgate,
atendimento, acolhimento, planejamento.) decorrentes do desastre, como, por exemplo:
transtornos mentais, intoxicações, acidentes com materiais biológicos e outros.
Aumentar a ocorrência de doenças de pele, como fungos, foliculite, melasma, alergia e
até mesmo câncer de pele.
Os impactos das inundações podem reduzir, ou até inviabilizar, a prestação dos serviços de
saúde, tanto pelos danos causados à infraestrutura e aos profissionais que prestam esse serviço
quanto pelo aumento da demanda pelos serviços de saúde, o que pode superar a capacidade de
atendimento local.
Jogue fora medicamentos e alimentos (frutas, legumes, verduras, carnes, grãos, leites e
derivados, enlatados etc.) que entraram em contato com as águas da enchente, mesmo que
estejam embalados com plásticos ou fechados, pois, ainda assim, podem estar contaminados.
Lave bem as mãos antes de preparar alimentos e ao se alimentar. Procure beber sempre água
potável, que não tenha tido contato algum com as enchentes, e a utilize no preparo dos alimentos,
especialmente das crianças menores de um ano. Para garantir que a água é segura para consumo,
ferva-a por ao menos um minuto, ou adicione duas gotas de hipoclorito de sódio com
concentração de 2,5% (água sanitária) para cada litro de água.
Medidas de solução
Aluísio Canholi (2008) define medidas em duas partes, medidas estruturais e medidas não
estruturais:
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solo, a implementação de sistemas de alerta e a conscientização da população para a manutenção
dos dispositivos de drenagem.
Medidas Estruturais
As medidas intensivas, de acordo com seu objetivo, podem ser de quatro tipos:
Por sua vez, as medidas extensivas correspondem aos pequenos armazenamentos disseminados
na bacia, a recomposição de cobertura vegetal e ao controle de erosão do solo, ao longo da bacia
de drenagem.
Em contraposição as medidas estruturais, que podem criar uma sensação de falsa segurança e até
induzir a ampliação da ocupação das áreas inundáveis, as ações não estruturais podem ser
eficazes a custos mais baixos e com horizontes mais longos de atuação.
Considerando aquelas mais adotadas, as medidas não estruturais podem ser agrupadas em:
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Por meio da delimitação das áreas sujeitas a inundações em função do risco, é possível
estabelecer um zoneamento e a respectiva regulamentação para a construção, ou ainda para
eventuais obras de proteção individuais (como a instalação de comportas, portas-estanques e
outras) a serem incluídas nas construções existentes.
Se sua casa for atingida pela enchente, após o recuo da água providencie a limpeza e desinfecção
dos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos. Usando luvas, botas de borrachas ou outro
tipo de proteção para as pernas e braços (como sacos plásticos duplos), descarte para a coleta
pública tudo o que não puder ser recuperado e remova – com escova, sabão e água limpa – a
lama que restou nos ambientes, utensílios, móveis e outros objetos da casa.
No caso dos utensílios domésticos (panelas, copos, pratos e objetos lisos e laváveis), lave-os
normalmente com água e sabão.
Depois, prepare uma solução desinfetante, diluindo um copo (200 ml) de água sanitária
(hipoclorito de sódio a 2,5%) em quatro copos de água (800 ml). Mergulhe na solução os objetos
lavados, deixando-os ali por, pelo menos, uma hora.
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Conclusão
Os principais factores para a caracterização das cheias e suas inundações deverão ser a dimensão
do problema, S, (área da bacia hidrográfica, área da inundação), a causa meteorológica das
cheias, M, os tipos de ocupação das zonas inundáveis, V, e os socioeconómicos, E. Estes factores
determinam a vulnerabilidade das pessoas e das comunidades.
Mas as causas mais comuns das enchentes nas cidades estão relacionadas com os efeitos nocivos
de algumas práticas humanas sobre o meio ambiente. A primeira delas é a poluição excessiva,
que entope bueiros e galerias construídas para reter e impedir o acúmulo de água das chuvas nas
ruas. Essa poluição também aumenta o volume dos rios e faz com que eles inundem uma área
maior do que o normal.
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Bibliografia
Brum Ferreira (coord.), (2005) - Geografia de Portugal, vol.I – O Ambiente Físico, Círculo de
Leitores, Lisboa. ISBN: 972-42-3519-X.
http://www.prociv.pt/Documents/guia_metodologico_SIG.pdf
V.T. Chow (1956) - Hydrologic Studies of Floods in the United States. Inter. Assoc. Sci
Hydrol., Publ. nº 42, 134-170.
REZENDE, B. e TUCCI, C. E. M., 1979. Análise das Inundações em Estrela: relatório técnico.
Estrela: Prefeitura Municipal de Estrela, 30p.
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