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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distância

Evolução do Escape da zona costeira


2⁰ Grupo

Nome da estudante: Aurora António Artur Código: 708195109

Curso: Licenciatura em Gestão Ambiental


Disciplina: Gestão Costeira
Ano de Frequência: 3⁰ ano

Nampula, Junho, 2021


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Universidade Católica de Moçambique

Instituto de Educação à Distancia

Evolução do Escape da zona costeira

Trabalho de carácter avaliativo da cadeira de


Gestão Costeira: Ensino à Distância, 3º Ano,
Curso de Licenciatura em Gestão Ambiental.
Leccionada pelo Docente:
dr. Xamauna Ussene Chale
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Nampula, Junho, 2021


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Folha de Feedback

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Índice
Introdução...........................................................................................................................4

1. Evolução do Escopo da zona costeira.........................................................................5

1.1. Práticas na monitorização da evolução costeira......................................................5

1.2. Modelação da evolução costeira..............................................................................6

1.3. Estratégias de adaptação das zonas Costeiras..........................................................6

1.4. Evolução do Escopo.................................................................................................7

Conclusão............................................................................................................................8

Bibliografia.........................................................................................................................9

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Introdução

Moçambique possui uma costa de cerca de 2700 Km, banhada pelo Oceano Índico. A zona
costeira moçambicana vai do Rio Rovuma, a Norte, na fronteira com a República da
Tanzânia, até à Ponta do Ouro, no Sul, na fronteira com a República da África do Sul.

A zona costeira moçambicana abarca dez das onze províncias do país, a saber: Cabo Delgado,
Niassa, Nampula, Zambézia, Sofala, Inhambane, Gaza, Maputo Província, Maputo Cidade e
Tete. 40 dos 128 distritos e 10 das 23 cidades do país, estão localizados na zona costeira, o
que implica que cerca de 40% da população Moçambicana vive na zona costeira.

As zonas costeiras possuem uma cultura e um modo de vida com muitos séculos de
existência, servindo os interesses da humanidade, e desempenhando um papel estratégico na
resposta às necessidades e aspirações das actuais e futuras populações da Europa. Desde
sempre que as zonas costeiras estão relacionadas com a criação de postos de trabalho, com o
crescimento económico e a com a qualidade de vida.

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1. Evolução do Escopo da zona costeira

As zonas costeiras constituem ecossistemas únicos e irreconstituíveis à escala humana.


Correspondem à resultante de uma longa evolução, de muitos milhões de anos, mas em que
também são facilmente reconhecíveis os traços evolutivos correspondentes a escalas
temporais variadas, nomeadamente à escala milenar e secular.

Nestes termos, deve-se assumir que as características de qualquer litoral foram e são impostas
pela actuação dos processos de geodinâmica interna e externa ao longo do tempo geológico.
De certa forma pode dizer-se que o esqueleto das zonas costeiras foi constituído pela
evolução à escala dos milhões de anos, que a carne se formou através da escala milenar, e
que a pele se desenvolveu através da evolução secular. Qualquer trecho costeiro é, de
certa forma, um repositório da história da Terra, correspondendo, consequentemente, a um
monumento museológico insubstituível, ANTUNES (2001).

As zonas costeiras são sistemas altamente complexos, resultantes da intercepção da


hidrosfera, da geosfera, da atmosfera e da biosfera. É precisamente desta complexidade que
resultam não apenas a elevada variabilidade que apresentam, mas também as grandes
potencialidades que as caracterizam.

As complexidades sistémicas das zonas costeiras tornam-nas em sistemas altamente sensíveis


e vulneráveis. Com frequência, uma pequena alteração num dos parâmetros pode provocar
grandes modificações em todo o sistema. Acresce que são sistemas abertos, extremamente
dependentes dos forçamentos que lhe chegam do exterior, isto é, por exemplo, de
modificações ocorridas nas bacias hidrográficas drenantes, de mudanças surgidas na bacia
oceânica adjacente, e de alterações verificadas no sistema atmosférico, SILVA (2004).

1.1. Práticas na monitorização da evolução costeira

Segundo SILVA (2002), há necessidade de compreender os processos que norteiam a


evolução da linha da costa com especial os da erosão e o possível impacto da subida do nível
médio das águas do mar, como resultado das mudanças climáticas, aparecem como as
principais razões por detrás das acções de monitorização da linha da costa apresentadas.
Acções antrópicas são também citadas como estando a condicionar a evolução da costa,
contribuindo para o aparente incremento das taxas de erosão com causas naturais.

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1.2. Modelação da evolução costeira

Zona costeira de Moçambique tem sido nos últimos anos alvo de elevados investimentos,
com a construção e reabilitação de infra-estruturas portuárias e de protecção costeiras nas
grandes cidades que, em alguns casos, tem implicado mudanças na dinâmica sedimentar
costeira com efeitos notáveis a diferentes escalas temporais e espaciais. Esta comunicação
sintetiza as práticas adoptadas em diferentes estudos de monitorização e modelação da
evolução costeira realizados para Moçambique, documentando as diferentes metodologias
neles aplicados, avaliando a qualidade de informação e a sua utilidade para a compreensão e
previsão das alterações que se têm verificado na zona costeira, MANTOVANI (2002).

1.3. Estratégias de adaptação das zonas Costeiras

A adaptação é um processo de ajustamento ao clima actual e futuro e aos seus efeitos. Nos
sistemas humanos a adaptação procura moderar (ou eliminar, se possível) os impactes
gravosos e explorar as oportunidades benéficas, nos sistemas naturais a intervenção humana
pode facilitar o ajustamento ao clima futuro [IPCC, 2014], existem assim três tipos de
adaptação:

 Proactiva: Medidas tomadas antes dos impactes das alterações climáticas serem
observados;
 Espontânea: Medidas tomadas, não como resposta consciente a estímulos climáticos,
mas desencadeadas por alterações ecológicas em sistemas naturais e por alterações de
mercado e de bem-estar em sistemas humanos;
 Planeada: Medidas que resultam de decisão política deliberada, baseadas na
consciência de que as condições se alteraram ou estarão prestes a alterar-se, e que são
necessárias para regressar, ou manter, um estado desejado.

As zonas costeiras correspondem a áreas de transição entre o continente e o oceano, muitas


vezes estendendo-se desde as bacias hidrográficas até a plataforma continental e contém por
isso uma grande variedade de ambientes e ecossistemas. A mesma corresponde a área que se
estende de 100 Km para dentro da linha da costa até a profundidade de 200m.

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1.4. Evolução do Escopo

Segundo SILVA (2004), durante a década de 1980, assiste-se uma difusão de programas de
gestão costeira com o rápido desenvolvimento de novos instrumentos conceituais, o debate
cada vez mais intenso entre a comunidade científica, o estreitamento das relações entre esta e
a esfera política e o trabalho pioneiro das Nações Unidas.

As zonas costeiras desempenham relevante papel no desenvolvimento socioeconómico em


todos os continentes e por essa razão se observa cada vez mais o crescimento da pressão
antrópica nessas áreas. Esse crescimento, gradativo e ao mesmo desordenado, causa o
aumento na vulnerabilidade ambiental nessas áreas, colocando em risco tanto a preservação
do meio ambiente como das actividades de interesse socioeconómico ali instaladas. Isso
ocorre porque essas regiões comportam ecossistemas de alta sensibilidade ambiental que
estão sujeitas a modificações significativas em curtos intervalos de tempo. 

Para ANTUNES (2001), as zonas costeiras constituem ecossistemas únicos e irreconstituíveis


à escala humana, resultantes de uma longa evolução, de muitos milhões de anos. Se os
estuários e lagunas costeiras foram, desde sempre, objecto de intensa ocupação humana, já
nos litorais arenosos oceânicos, por serem inóspitos, essa ocupação apenas se processou
significativamente a partir de meados do século XIX, e com maior acuidade na segunda
metade do século XX. 

 A brusca intensificação da utilização das zonas costeiras ocorreu em simultâneo com o


desenvolvimento de várias intervenções nas bacias hidrográficas e no litoral cujos impactes
se traduzem, regra geral, em diminuição do abastecimento sedimentar e consequente erosão
costeira.

Estes dois fenómenos incompatíveis (ocupação das zonas costeiras e erosão costeira)
desenvolveram-se sem que os organismos de gestão estivessem para tal devidamente
preparados. A consciencialização da nova realidade e das suas consequências e a tentativa de
adaptação das estruturas de gestão demorou algumas décadas. Para tornar a ocupação e o
desenvolvimento sustentáveis, surgiu, nas décadas finais do século XX, o conceito de Gestão
Integrada da Zona Costeira. 

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Conclusão

Actualmente fala-se sobretudo de protecção das zonas costeiras e de redução e gestão dos
riscos costeiros, especialmente o risco de galgamento, inundação e erosão. No futuro, a
médio e longo prazo, quando os impactes das alterações climáticas nas zonas costeiras se
tornarem mais notórios, é muito provável que se utilize mais frequentemente a expressão
adaptação às alterações climáticas.

O trabalho identificou ser necessário a criação de mecanismos que facilitem a partilha de


informação recolhida por diferentes estudos e que possibilite a comparação de dados
provenientes de diferentes fontes. Tal pode ser possível a partir da adopção ou criação de
guias de boas práticas que podem também contribuir para elevar a qualidade da informação
fornecidas pelas diferentes iniciativas de monitorização e modelação da evolução costeira

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Bibliografia

ANTUNES, P; SANTOS, R. Integrated management of the oceans. Ecological Economics,


v. 31, n. 2, p. 215-226, 2001;

CANAVEIRA, P. e R. Papudo (2013). Zonas Costeiras In: “Relatório de Progresso da


Estratégia Nacional de Adaptação às Alterações Climáticas – Relatório Integrado”. Agência
Portuguesa do Ambiente, Amadora, Portugal, pp. 191-212;

MANTOVANI, W. A vegetação sobre a restinga em Caraguatatuba, SP. 2º Congresso


nacional sobre essências nativas. Instituto Florestal, São Paulo, 2000;

SILVA, I. F. T. Noções Básicas de Cartografia. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


IBGE. Rio de Janeiro, 2004. 127p;

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