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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


Centro de Recursos de Pemba

TEMA: INTRUDUÇÃO A ECOSSISTEMA DA TERRA E BIODIVERSIDADE

Lúcia Alberto

Pemba, Maio de 2022


UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE
INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Centro de Recursos de Pemba

INTRODUÇÃO A ECOSSISTEMA DA TERRA E BIODIVERSIDADE

Nome : Lúcia Alberto, Nº do Cod. 708214120


Trabalho a ser apresentado na UCM,
Curso Licenciatura em Gestào
Ambiental, na cadeira de Ecossistema
da Terra

Pemba, Maio de 2022

Índice Pag.
INTRODUÇÃO...............................................................................................................................4

OBJETIVO GERAL....................................................................................................................4
OBJETIVOS ESPECÍFICOS.......................................................................................................4

ECOSSISTEMA TERRESTRE.......................................................................................................5

Desertos...................................................................................................................................6

Pradarias e Savanas...............................................................................................................7

Cadeia alimentar terrestre............................................................................................................7

Biomas.........................................................................................................................................8

HISTÓRIAS DA ECOLOGIA – Origem e Evoluçao.....................................................................8

Ecologia e evolução......................................................................................................................10

Níveis de organização em ecologia..........................................................................................11

....................................................................................................................................................11

Conceitos básicos da ecologia....................................................................................................12

RAMOS DA ECOLOGIA.............................................................................................................13

ORIGEM E DISSEMINAÇÃO DOS ORGANISMOS (origem da vida).....................................16

FACTORES ECOLOGICOS ABIÓTICOS..................................................................................17

Factores físicos..........................................................................................................................17

Fatores químicos........................................................................................................................18

Fatores físicos em um ecossistema............................................................................................18

Fatores químicos em um ecossistema........................................................................................18

CONCLUSÃO...............................................................................................................................20

BIBLIOGRAFIA...........................................................................................................................21

INTRODUÇÃO
O trabalho tem como tema: Introdução a Ecossistema Da Terra E Biodiversidade.Os seres
vivos - animais, as plantas e os microrganismos vivem nas florestas, nos desertos, nos oceanos,
nos polos, nas zonas húmidas e estabelecem relações entre si. Cada um deles é importante para
manter o equilíbrio do nosso planeta. Por exemplo, um elefante quando se deita dorme debaixo
de uma árvore e parte os galhos, permite que os animais mais pequenos, que gostam de ramos e
folhas, consigam alimentar-se mais facilmente destes alimentos.

A Terra é o planeta com condições específicas que permitem a vida. Possui a dose certa de luz e
calor, uma crusta sólida, água, massa rochosa e atmosfera. São sub-sistemas indispensáveis para
a criação de biodiversidade que se desenvolve em vários ecossistemas. Em ambientes terrestres
encontramos vários biomas como a tundra, o deserto, a savana ou as florestas tropicais. Já os
ambientes aquáticos diferem entre os de água salgada e de água doce, com características
próprias quer ao nível vegetal, quer animal. Este trabalho, estàorganizado de seguinte forma:
introdução, desenvolvimento, conclusão e bibliografia.

OBJETIVO GERAL
Compreender as condições de existência dos seres vivos e as interações entre eles e o seu meio,
bem como os efeitos das acções antrópicas no equilíbrio e na dinâmica de ecossistemas.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Identificar os princípios que regem os sistemas biológicos;
 Relacionar os pontos teóricos da ecologia com as atividades antrópicas;
 Entender as interações entre as populações e comunidades;
 Apontar caminhos para a atividades menos impactantes;
 Compreender o processo de regeneração e recuperação de áreas degradadas

ECOSSISTEMA TERRESTRE

Os ecossistemas terrestres são porções de terra habitadas por um conjunto de seres vivos que
interagem com as características ambientais próprias da região.
O ecossistema é o conjunto dos organismos vivos e seus ambientes físicos e químicos, ou seja, a
integração entre os fatores bióticos e abióticos.

Ricklefs (2010, p. 526), de forma mais sintética, define ecossistema como um conjunto de
organismos juntos incluindo seus ambientes físicos e químicos aproximando da perspectiva
apresentada por Odum. Contudo, a organização do conceito é distinta em sua obra, pois há uma
preocupação com a quantificação dos fatores abióticos e das relações entre os fatores vivos e não
vivos

Para Begon, Townsend e Harper (2007), comunidade, assim como ecossistema, também é um
conceito importante e, uma vez que eles integram esses dois conceitos, é preciso entender o que
os autores definem por comunidade. Para esses estudiosos, comunidade “é uma assembleia de
populações de espécies que ocorrem juntas no espaço e no tempo.” (BEGON; TOWNSEND;
HARPER, 2007, p. 498).

Talvez, de forma pontual, possamos pressupor a presença do discurso ambiental permeando


obras da Ecologia. Além disso, com exceção de Ricklefs (2010), tanto em Odum (1988) quanto
em Begon, Townsend e Harper (2007), o conceito de ecossistema é exposto de forma
fundamentalmente científica e, no que concerne à relação humanidade e natureza, há uma
aproximação do discurso político e preocupações de ordem ética.

Nesse âmbito, as versões organísmica, sistêmica e holística do conceito dão suporte ao discurso
conservacionista. Ao tocar no tema da conservação do ambiente, os autores se valem da ideia
sistêmica para reforçar o argumento de que é preciso identificar a insustentabilidade do uso de
recursos naturais pela humanidade e a necessidade de uma mudança de comportamento. Apesar
de serem livros de Ecologia para o ensino superior, percebe-se que há pontos convergentes com
o discurso ambiental, escapando ao gênero científico para um viés políticos dos enunciados

Em uma análise mais detalhada no capítulo “O ecossistema”, Eugene P. Odum (1988, p. 9)


afirma que: o grau em que os ecossistemas realmente operam como sistemas gerais, da mesma
forma que os sistemas físicos bem compreendidos, e se são ou não auto-organizadores, à maneira
dos organismos, ainda são assuntos de pesquisa e debate.
Os principais tipos de ecossistemas terrestres são as florestas, desertos, pradarias e
savanas.
Florestas

A fauna, flora e fatores abióticos das florestas tropicais formam complexos ecossistemas
As florestas são ambientes com grande quantidade de árvores, nos quais as copas se cruzam e
formam um "teto" verde.

As florestas tropicais são os ecossistemas terrestres mais ricos em biodiversidade do planeta. Por


isso, elas representam ecossistemas altamente complexos devido às inúmeras relações ecológicas
existentes.

Desertos

Os desertos abrigam diferentes formas de vida adaptadas ao ambiente seco


Os desertos são ambientes secos, com baixos índices de chuvas e de clima quente e árido.

A vegetação desse ecossistema consiste de gramíneas e arbustos, distribuídos espaçadamente.


Muitas plantas do deserto são xerófitas, adaptadas ao ambiente seco e com capacidade de evitar a
perda de água.

Entre os elementos da fauna encontram-se répteis, insetos e alguns roedores.

Pradarias e Savanas
A pradaria é um ambiente coberto por vegetação rasteira
As pradarias são ecossistemas existentes em planícies e cobertos por vegetação herbácea. As
plantas mais altas podem atingir até 2 metros de altura.

A fauna da pradaria é composta por aves, mamíferos, repteis e insetos.

No Brasil, um exemplo de pradaria é o Pampa que ocorre no Sul do país.

O Cerrado brasileiro representa um exemplo de savana


As savanas são ecossistemas que ocorrem em clima tropical, com uma estação seca e outra
úmida.

A vegetação é predominantemente herbácea e as árvores existentes encontram-se distantes uma


das outras.

Cadeia alimentar terrestre

A cadeia alimentar representa o percurso de matéria e energia no ecossistema.

Em uma cadeia alimentar terrestre temos a seguinte sequência: seres produtores, consumidores e
seres decompositores.

Produtor: seres fotossintetizantes, como a árvore.


Consumidor Primário: animais herbívoros, como os insetos.
Consumidor Secundário: animais que alimentam-se dos herbívoros, como o tamanduá.
Consumidor Terciário: animais de maior porte que alimentam-se de outros carnívoros, como a
onça.
Decompositores: seres que alimentam-se da matéria orgânica em decomposição, como os
fungos e bactérias
Biomas

Os biomas representam o conjunto de ecossistemas terrestres.

Em todo o mundo podemos encontrar sete tipos de biomas: Tundra, Taiga, Floresta Temperada,
Floresta Tropical, Savanas, Pradaria e Deserto.

O termo bioma não é aplicado para ecossistemas aquáticos.

HISTÓRIAS DA ECOLOGIA – Origem e Evoluçao


A ecologia não tem um início muito bem delineado. Encontra seus primeiros antecedentes na
história natural dos gregos, particularmente em um discípulo de Aristóteles, Teofrasto, que foi o
primeiro a descrever as relações dos organismos entre si e com o meio. As bases posteriores para
a ecologia moderna foram lançadas nos primeiros trabalhos dos fisiologistas sobre plantas e
animais. O aumento do interesse pela dinâmica das populações recebeu impulso especial no
início do século XIX e depois que Thomas Malthus chamou atenção para o conflito entre as
populações em expansão e a capacidade da Terra de fornecer alimento. Raymond Pearl (1920),
A. J. Lotka (1925), e Vito Volterra (1926) desenvolveram as bases matemáticas para o estudo
das populações, o que levou a experiências sobre a interação de predadorecomportamento sobre
as populações foi incentivado pelo reconhecimento, em 1920, da territorialidade dos pássaros.

Os conceitos de comportamento instintivo e agressivo foram lançados por Konrad Lorenz e


Nikolaas Tinbergen, enquanto V. C. Wynne-Edwards estudava o papel do comportamento social
no controle das populações. No início e em meados do século XX, dois grupos de botânicos, um
na Europa e outro nos Estados Unidos, estudaram comunidades vegetais de dois diferentes
pontos de vista. Os botânicos europeus se preocuparam em estudar a composição, a estrutura e a
distribuição das comunidades vegetais, enquanto os americanos estudaram o desenvolvimento
dessas comunidades, ou sua sucessão. As ecologias animal e vegetal se desenvolveram
separadamente até que os biólogos americanos deram ênfase à inter-relação de comunidades
vegetais e animais como um todo biótico.
Alguns ecologistas se detiveram na dinâmica das comunidades e populações, enquanto outros se
preocuparam com as reservas de energia. Em 1920, o biólogo alemão August Thienemann
introduziu o conceito de níveis tróficos, ou de alimentação, pelos quais a energia dos alimentos é
transferida, por uma série de organismos, das plantas verdes (produtoras) aos vários níveis de
animais (consumidores). Em 1927, C. S. Elton, ecologista inglês especializado em animais,
avançou nessa abordagem com o conceito de nichos ecológicos e pirâmides de números. Dois
biólogos americanos, E. Birge e C. Juday, na década de 1930, ao medir a reserva energética de
lagos, desenvolveram a idéia da produção primária, isto é, a proporção na qual a energia é
gerada, ou fixada, pela fotossíntese.

A ecologia moderna atingiu a maioridade em 1942 com o desenvolvimento, pelo americano R.


L. Lindeman, do conceito trófico-dinâmico de ecologia, que detalha o fluxo da energia através
do ecossistema. Esses estudos quantitativos foram aprofundados pelos americanos Eugene e
Howard Odum. Um trabalho semelhante sobre o ciclo dos nutrientes foi realizado pelo
australiano J. D. Ovington.

O estudo do fluxo de energia e do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de


novas técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, computação e matemática aplicada -- que
permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias
específicas através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um novo estágio
no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas, que estuda a estrutura e o
funcionamento dos ecossistemass e presas, as relações competitivas entre espécies e o controle
populacional.

O estudo da influência do ciclo de nutrientes foi estimulado pelo desenvolvimento de novas


técnicas -- radioisótopos, microcalorimetria, computação e matemática aplicada -- que
permitiram aos ecologistas rotular, rastrear e medir o movimento de nutrientes e energias
específicas através dos ecossistemas. Esses métodos modernos deram início a um novo estágio
no desenvolvimento dessa ciência -- a ecologia dos sistemas, que estuda a estrutura e o
funcionamento dos ecossistemas

A ecologia apresenta duas subdivisões: autoecologia e sinecologia. Na autoecologia, o objeto de


estudo é o indivíduo ou uma determinada espécie, sendo, nesse caso, por exemplo, estudado
como o meio pode influenciar no comportamento, fisiologia e morfologia de uma dada espécie.
A sinecologia, por sua vez, estuda as comunidades, sendo observado não apenas uma espécie,
mas sim diferentes organismos e como eles se associam.

Ecologia e evolução
Ecologia e evolução são consideradas disciplinas irmãs, sendo ramos da biologia. Seleção
Natural, Historia de vida, desenvolvimentos, adaptação, populações, e herança estão presentes
em teorias evolutivas e ecológicas.

Morfologia, comportamento e/ou traços genéticos, por exemplo, podem ser mapeados em
árvores evolutivas para estudar a desenvolvimento histórico da espécie e também organizar a
informação em relação a adaptações ecológicas. Em outras palavras, adaptação é explicada em
relação a origemhistórica de traços e condições ecológicas e que esta sujeita a forças da seleção
natural

Nesse quadro, ferramentas analíticas de ecólogos e evolucionistas se sobrepõem para organizar,


classificar e investigar a vida por meio de princípios sistemáticos comuns, como filogenéticos ou
taxonômicos de Lineu. As duas disciplinas frequentemente aparecem juntas como no título do
jornal Trends in Ecology and Evolution.

Não há uma fronteira nítida que separa a ecologia da evolução e que diferem suas áreas de
aplicação. Ambas as disciplinas descobrem e explicam emergentes e únicos processos que
operam em diferentes escalas espaciais e temporais da organização. Embora a fronteira entre a
ecologia e evolução nem sempre é clara, é lógico que os ecólogos estudam os fatores abióticos e
bióticos que influenciam o processo evolutivo.
A Ecologia Evolutiva é uma disciplina do ramo da biologia que floresceu nas últimas cinco
décadas e têm assimilado grande parte de outras subdisciplinas da ecologia.
Representa uma interação entre ecologia e biologia evolutiva. Aborda o estudo da ecologia
considerando as histórias evolutivas das espécies e suas interações. As principais ideias da
Ecologia Evolutiva são: a relação entre evolução e ecologia, o caráter da seleção natural, o
caminho para a adaptação e a extensão dos princípios evolutivos ao comportamento (Foley, R.
1993)
Segundo Pianka (1994), Ecologia é o estudo das relações entre os organismos e a totalidade dos
fatores físicos e químicos que os afetam ou que são influenciados por eles, ou seja, é o estudo das
inter-relações entre os organismos e seu ambiente.
Relações ecológicas
Essas relações podem ser extremamente variáveis, pois os componentes de um organismo e de
um meio ambiente não permanecem constantes. O que um indivíduo representa em um nível faz
parte do meio ambiente em outro; sendo assim, existem vários níveis de análise que podem
variar de um organismo individual a uma comunidade composta por várias espécies. Pianka
sugeriu o termo unidade organísmica para designar esses níveis.
Morcego Choeronycteris mexicana
Da mesma forma que um organismo é um conceito variável, o meio ambiente também o é.
Pianka (1982) define ambiente como “a soma total de todos os fatores físicos e biológicos que
atuam sobre uma unidade organísmica definida, desde a luz solar e a chuva até os solos e outros
organismos”.
Porém, deve-se levar em conta que o meio ambiente de um organismo também abrange outros
membros de uma mesma população ou espécie com os quais ele manterá interações genéticas e
sociais (Foley, 1993).

Níveis de organização em ecologia


Quando estudamos biologia, a divisão em níveis hierárquicos é importante para que o estudo seja
facilitado. Essa divisão apresenta, geralmente, 12 níveis: átomo,
molécula, organela, célula, tecido, órgão, sistema, organismo, população,
comunidade, ecossistema e biosfera.

Na ecologia, um organismo não será analisado em todos esses níveis, sendo alguns deles
exclusivos de outras áreas da biologia. Em ecologia, os níveis de organização tratados
são: organismo, populações, comunidades, ecossistemas e biosfera.

 Organismo: é um indivíduo de uma determinada espécie.


 População: é um termo usado para referir-se a indivíduos de uma mesma espécie, que
vivem num determinado local e num determinado tempo. Em uma população, há a troca
de material genético entre os indivíduos.
 Comunidade: é um termo utilizado para referir-se ao conjunto de populações que vivem
numa determinada área e num determinado tempo. Em uma comunidade, os indivíduos
de diferentes espécies interagem entre si.
 Ecossistema: refere-se ao conjunto formado pelos componentes abióticos (sem vida) e
bióticos (seres vivos) de uma região. Esses dois componentes interagem entre si e
garantem que ocorra o fluxo de energia e a reciclagem da matéria.
 Biosfera: conjunto de todos os ecossistemas do planeta, ou seja, todas as regiões da Terra
onde há seres vivos.

Conceitos básicos da ecologia


Para estudar-se ecologia, é importante ter-se conhecimento de alguns conceitos básicos. Além
dos já estudados quando falamos sobre níveis de organização, são conceitos importantes:

 Habitat: é onde uma determinada espécie vive. A zebra vive na savana africana, sendo
esta, portanto, seu habitat.
 Nicho ecológico: é o modo de vida de determinado organismo.
 Pirâmide ecológica: é a representação gráfica que reproduz os diferentes níveis
tróficos de um ecossistema. As pirâmides ecológicas podem ser de três tipos: número,
biomassa e energia.
 Relações ecológicas: são as interações estabelecidas entre os seres vivos. As relações
ecológicas podem ser intraespecíficas, quando envolvem indivíduos da mesma espécie, e
interespecíficas, quando ocorre entre indivíduos de espécies diferentes. As relações
ecológicas podem, ainda, ser classificadas em harmônicas e desarmônicas, considerando-
se os benefícios e malefícios advindos da interação.
 Cadeia alimentar: sequência linear pela qual a matéria e a energia são transferidas de
um nível trófico a outro. A cadeia alimentar mostra uma sequência de seres vivos que
servem de alimento para outros, iniciando-se com os organismos produtores.
 Teia alimentar: conjunto de várias cadeias alimentares interligadas. Nas teias
alimentares, um mesmo organismo pode estar em diferentes níveis tróficos.
 Nível trófico: conjunto de organismos de um ecossistema que apresentam o mesmo tipo
de nutrição. Todos os organismos que realizam fotossíntese, por exemplo, ocupam o
mesmo nível trófico: os produtores. Existem três níveis tróficos principais: produtores,
consumidores e decompositores.
 Produtores: são os organismos autotróficos, ou seja, aqueles capazes de sintetizar seu
próprio alimento. Plantas e algas são organismos produtores.
 Consumidores: são aqueles organismos heterotróficos, incapazes de sintetizar seu
próprio alimento, e, desse modo, precisam ingerir outros seres vivos. Os consumidores
primários são aqueles que se alimentam dos produtores, os secundários alimentam-se dos
consumidores primários, os terciários alimentam-se dos consumidores secundários, e
assim sucessivamente.
 Decompositores: são organismos que realizam a decomposição, processo por meio da
qual obtêm os nutrientes de que necessitam da matéria morta, e promovem a devolução
de alguns compostos químicos para o ambiente

RAMOS DA ECOLOGIA
 
Por se tratar de uma ciência ampla, a Ecologia apresenta vários ramos de estudo e pesquisa. Os
principais são: Autoecologia, Sinecologia (Ecologia Comunitária), Demoecologia (Dinâmica das
Populações), Macroecologia, Ecofisiologia (Ecologia Ambiental), Ecologia Humana e
Agroecologia.

As apropriações realizadas pelas ciências ecológicas podem ser divididas em várias áreas. As três
principais consideradas são a autoecologia, a sinecologia e demoecologia.

A especialização da ecologia nestes três grandes ramos de abordagem foi feita pelo botânico Carl
Schroter no começo do século passado.

A autoecologia estuda as espécies a partir de suas relações com o meio ambiente. Determina
como cada espécie animal ou vegetal reage diante de circunstâncias impostas por determinados
fatores ambientais como clima, vegetação e relevo. É considerado um ramo científico clássico e
seguido por poucos interessados.

O estudo de organismos individuais ou da mesma espécie, se destina a determinar quais as


características de um ser vivo considerado, que propiciam sua sobrevivência ou por que isto não
ocorre em determinados habitats. Além de dissecar a anatomia de um organismo, são também
utilizados sofisticados instrumentos para analisar as relações entre este ser vivo considerado e
seu meio ambiente, tanto nos níveis molecular quanto químico.
Um tema recorrente das abordagens, seria determinar como e por que um organismo, por
exemplo, vive na água doce, enquanto outro vive na água salgada. As apropriações mais recentes
resultaram na descoberta de que plantas em diferentes habitats, fazem diferentes tipos de
fotossíntese.

A sinecologia, também conhecida como ecologia comunitária, é voltada para o estudo das
comunidades de seres vivos no tocante às suas relações com os fatores ambientais intervenientes.
A Sinecologia foca a distribuição das populações, suas relações ecológicas, demografia,
deslocamento e quantidades.

A Sinecologia busca determinar as estruturas das cadeias alimentares, as sucessões ecológicas e


inter-relações entre predadores e presas dentro dos ecossistemas. Estuda as relações entre as
comunidades biológicas e os ecossistemas da Terra. Ou seja, a sinecologia analisa e examina as
relações existentes entre indivíduos pertencentes a diferentes espécies de um grupo e seu
ambiente.

A sinecologia se interessa pela variação de riquezas de espécies, que pode denotar variações nas
condições gerais dos ecossistemas, as estruturas e produtividades observadas nas cadeias
alimentares e nas dinâmicas populacionais onde interferem as inter-relações entre predadores e
presas num mesmo ecossistema.

Também busca definir como as comunidades se organizam, como ocorre a transferência de


matéria e energia dentro dos ecossistemas e como se desenvolvem as sequências dentro das
comunidades.

A sinecologia, portanto, estuda as comunidades. As relações formadas pelos conjuntos de


indivíduos de várias espécies e o meio em que eles vivem. Ao contrário da ecologia clássica que
é mais autoecológica, voltada para o estudo dos indivíduos e seres vivos sob o aspecto
individual, a sinecologia objetiva compreender a influência da dinâmica das populações por meio
do estudo das relações entre os indivíduos de uma espécie e os fatores ambientais intervenientes,
nos ecossistemas e nas próprias comunidades.

Com o surgimento da abordagem sistêmica e da concepção holística que culminou na Teoria


Geral dos Sistemas publicada por Ludwig Von Bertalanffy em 1968, houve nova definição de
paradigmas. Com as descobertas nas áreas de eletrônica e da física atômica, a sinecologia passa a
dispor dos instrumentos conceituais necessários para as abordagens dos sistemas complexos,
como são os ecossistemas.

Na prática a sinecologia atualmente divide-se em duas abordagens principais, que são


denominadas de estática e dinâmica. A sinecologia estática também chamada de sinecologia
descritiva, busca obter conhecimentos sobre a composição, frequência, distribuição e outras
características dos grupos. Isto é feito através do estudo descritivo destes grupos em um
ambiente determinado. Já a sinecologia dinâmica, ou sinecologia funcional, tem seu foco voltado
para a descrição dos grupos e de suas inter-relações, sob um aspecto dinâmico, podendo ainda
subdividir-se no estudo da composição das comunidades ou agrupamentos de indivíduos, ou no
estudo da estrutura destas comunidades.

A demoecologia também é conhecida como dinâmica das populações ou ecologia das populações
e faz o estudo de cada agrupamento de espécies dentro dos ecossistemas de forma separada. A
expressão população designa um conjunto de seres da mesma espécie que habitam a mesma área
durante determinado tempo.

Se denomina de potencial biótico, a capacidade potencial do crescimento de uma população em


condições ambientais favoráveis. A resistência ambiental exerce um controle natural sobre este
fenômeno, pois se opõe ao potencial biótico, gerando sua limitação. As curvas de crescimento
populacional em geral, exibem fase de crescimento lento, posteriormente rápido e finalmente a
denominada expansão retardada.

As colônias são constituídas por organismos da mesma espécie, que se mantêm anatomicamente
unidos. Podem ser homomórficas, polimórficas, heteromórficas ou diformes, conforma sua
funcionalidade e organização. Por fim, existem as sociedades, que são associações de indivíduos
da mesma espécie e formam uma organização social que se expressa através de variadas formas
de cooperativismo.

Sociedades altamente desenvolvidas são encontradas entre os chamados insetos sociais,


representados por cupins, vespas, formigas e abelhas. Mecanismos de proto cooperação,
mutualismo, comensalismo ou inquilinismo constituem também a demoecologia.

Mas não é preciso conhecer todos estes detalhes técnicos para respeitar o meio natural e procurar
padrões de equilíbrio ecossistêmico integrado e melhores condições de homeostase ambiental.
Realidades que permitirão melhor qualidade ambiental e qualidade de vida para todas as
populações consideradas.

ORIGEM E DISSEMINAÇÃO DOS ORGANISMOS (origem da vida)

A origem da vida na
superfície da Terra
ainda é uma incógnita

Acredita-se que o planeta Terra tenha se formado há aproximadamente 4,6 bilhões de anos, e que
naquela época a Terra não tinha condições de abrigar nenhum tipo de ser vivo.

À medida que o tempo foi passando, o planeta foi passando por várias transformações e criando
condições para o surgimento da vida, mas a pergunta que é feita desde a Antiguidade é: “Qual a
origem dos seres vivos?”.

Muitas pessoas acreditavam que um “princípio ativo” ou “vital” teria a capacidade de


transformar matéria bruta em seres vivos, e a partir dessa interpretação eles elaboraram a Teoria
da geração espontânea, também chamada de Teoria da abiogênese, na qual todos os seres
vivos originavam-se espontaneamente da matéria bruta.
Essa teoria foi contestada por muitos cientistas, que através de experimentos comprovaram que
um ser vivo só se origina de outro ser vivo pré-existente, nascendo então a Teoria da biogênese.
Assim, surgiram vários questionamentos de como teria surgido o primeiro ser vivo. Muitas são
as teorias e as hipóteses sobre esse assunto, mas as principais teorias modernas sobre a origem do
primeiro organismo vivo são a Panspermia e a Evolução química.

A panspermia defende que o surgimento da vida na Terra teve início a partir de seres vivos ou
substâncias precursoras da vida, provenientes de outros locais do universo. Em outras palavras, a
vida teria se originado em outros planetas e foram trazidas para a Terra através de esporos ou
formas de vida resistentes, aderidas a meteoritos que caíram sobre a Terra e que ainda continuam
caindo. Nos meteoritos que caem sobre a Terra foram encontradas algumas moléculas orgânicas,
indicando que a formação dessas moléculas é comum no Universo, e levando a crer que
realmente há vida em outros planetas e que o espaço interestelar não é um ambiente tão hostil à
vida como pensávamos.

Outra teoria muito defendida por cientistas é a Teoria da evolução química ou Teoria da


evolução molecular, proposta inicialmente pelo biólogo inglês Thomas Huxley e aprofundada
anos depois pelo também biólogo inglês John Burdon S. Haldane e pelo bioquímico russo
Aleksandr I. Oparin. Segundo essa teoria, a vida teria surgido a partir de um processo de
evolução química, onde compostos inorgânicos combinaram-se originando moléculas orgânicas
simples (açúcares, aminoácidos, bases nitrogenadas, ácidos graxos etc.), que se combinaram
produzindo moléculas mais complexas como proteínas, lipídeos, ácidos nucleicos etc., que
deram origem a estruturas com capacidade de autoduplicação e metabolismo, dando origem aos
primeiros seres vivos.

As duas teorias não entram em conflito, pois tanto os defensores da panspermia quanto os da
evolução química concordam que, onde quer que a vida tenha se originado, o processo deve ter
ocorrido por evolução molecular. Outro ponto que os defensores de ambas as teorias concordam
é que para que tenha surgido vida na Terra, as condições ambientais foram fundamentais, como
água em estado líquido, moléculas orgânicas e fonte de energia para as reações químicas.
FACTORES ECOLOGICOS ABIÓTICOS
Os fatores abióticos são os elementos não vivos do ambiente, porém que afetam os organismos
vivos da biota. Esses elementos podem ser físicos ou químicos.

Factores físicos 
são aqueles que constituem o clima do ecossistema, determinado principalmente pela radiação
solar que chega à Terra.
As radiações, além de proporcionarem a luz, fundamental para que ocorra fotossíntese (produção
de alimento pelos organismos autótrofos), também influenciam na temperatura, que é uma
condição ecológica decisiva para a vida na superfície terrestre

A temperatura influencia outros fatores climáticos tais como ventos, umidade relativa do ar e
pluviosidade.

Fatores químicos 
São representados pelos nutrientes existentes.
Destacam-se os sais minerais, nutrientes importantes e essenciais para garantir a sobrevivência
dos organismos. Outro exemplo são os fosfatos, que desempenham um importante papel para a
formação dos ácidos nucleicos, além do magnésio que participa da clorofila.

Os ciclos biogeoquímicos, do nitrogênio, do oxigênio e do carbono contribuem com a ciclagem


dos nutrientes e o fluxo de energia para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

Fatores físicos em um ecossistema


No caso do manguezal, a variação das marés é um fator que afeta bastante a vida dos organismos
que existem ali. Na alta da maré, os terrenos ficam alagados e com a maré mais baixa ficam
expostos.

As plantas que vivem no manguezal têm as raízes adaptadas para se fixar bem ao terreno
lamacento, são as raízes escoras que ficam expostas na maré baixa.

Fatores químicos em um ecossistema


Os fatores químicos são representados pelos nutrientes existentes.
Destacam-se os sais minerais, nutrientes importantes e essenciais para garantir a sobrevivência
dos organismos. Outro exemplo são os fosfatos, que desempenham um importante papel para a
formação dos ácidos nucleicos, além do magnésio que participa da clorofila.

Os ciclos biogeoquímicos, do nitrogênio, do oxigênio e do carbono contribuem com a ciclagem


dos nutrientes e o fluxo de energia para a manutenção do equilíbrio dos ecossistemas.

O manguezal é um ecossistema formado em locais onde há mistura de água doce com água
salgada. Nele, existe uma concentração maior dos sais, que varia bastante nesses ambientes.
Sendo assim, temos outro fator abiótico que influencia a vida da comunidade biótica.
CONCLUSÃO

Depois do estudo deste tema, concluimos que. os ecossistemas podem se formar em diferentes


situações e tamanhos. Sendo assim, não há uma escala para organizar o que é ou não é,
dependendo somente de suas características físicas, químicas e biológicas e como cada uma
dessas interage entre si. Assim, tanto uma poça de água, com microrganismos vivos, quanto
uma floresta tropical, com relações mais complexas, podem ser considerados um exemplo de
ecossistema.Todos os ecossistemas, ou os biomas, estão ligados entre si. Há troca de matérias e
de energia entre eles, independentemente do tamanho que cada sistema tenha. Sendo assim,
todos os ecossistemas são importantes para ajudar a manter o equilíbrio geral do nosso planeta,
assim como o fluxo de energia.
BIBLIOGRAFIA

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