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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE

INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA


Centro de Recursos de Pemba

TEMA: BIODIVERSIDADE

Lúcia Alberto

Pemba, Maio de 2022

UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MOÇAMBIQUE


INSTITUTO DE EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA
Centro de Recursos de Pemba

BIODIVERSIDADE

Nome : Lúcia Alberto, Nº do Cod.


Trabalho a ser apresentado na UCM,
Curso Licenciatura em Gestào
Ambiental, na cadeira de Ecossistema
da Terra

Pemba, Maio de 2022

ÍNDICE Pag.
1.INTRODUÇÃO.......................................................................................................................4
1.1.OBJECTIVOS...................................................................................................................4
1.1.1.OBJECTIVO GERAL................................................................................................4
1.1.2.OBJECTIVOS ESPECÍFICOS...................................................................................4
2.PIRÂMIDES ECOLÓGICAS..................................................................................................5
2.1.OS TIPOS DE PIRÂMIDES ECOLÓGICAS EXISTENTES..........................................5
2.1.1.PIRAMIDE DE NUMEROS......................................................................................5
2.1.2.PIRÂMIDE DE BIOMASSA.....................................................................................6
2.1.3.PIRÂMIDE DE ENERGIA........................................................................................7
3.CICLOS BIOGEOQUIMICOS...............................................................................................7
3.1.CLASSIFICAÇÃO............................................................................................................8
3.1.2.CICLO SEDIMENTAR...........................................................................................10
4.PRODUTIVIDADE DOS ECOSSISTEMAS.......................................................................11
4.1.PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA.....................................................................11
4.2.PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA..................................................................11
4.3.PRODUTIVIDADE SECUNDÁRIA.............................................................................11
5.TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS..............................................12
6.BIODIVERSIDADE NO MUNDO.......................................................................................15
7.ECOSSISTEMAS TERRESTRES........................................................................................16
7.1.CARACTERÍSTICAS DE UM ECOSSISTEMA TERRESTRE.......................................17
7.2.TIPOS DE ECOSSISTEMAS TERRESTRES...............................................................17
8.CONCLUSÃO.......................................................................................................................19
9.BIBLIOGRAFIA...................................................................................................................20

1. INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como tema: Biodiversidade. Até recentemente, a preservação da


diversidade biológica (biodiversidade) era deixada, em sua maior parte, nas mãos de órgãos
do governo e organizações de preservação da natureza. Nas empresas, esse tema é, de modo
geral, ignorado. Apenas algumas empresas pioneiras vêm abordando de forma sistemática a
gestão da biodiversidade para reduzir riscos e tirar partido de oportunidades de negócio.

O trabalho está estruturado de seguinte maneira: Introdução, desenvolvimento, conclusão e


bibliografia.
1.1. OBJECTIVOS

1.1.1. OBJECTIVO GERAL

 Compreender os processos geradores, mantenedores e impactantes da biodiversidade.

1.1.2. OBJECTIVOS ESPECÍFICOS

 Avaliar a efetividade do esforço de Conservação;


 Produzir estimativas de perda de biodiversidade em diferentes escalas espaciais e
temporais;
 Desenvolver bases metodológicas e padrões de referência para estudos de impacto
ambiental,

2. PIRÂMIDES ECOLÓGICAS

As pirâmides ecológicas são úteis na representação dos níveis tróficos de um ecossistema,


sendo que os decompositores não são incluídos nas pirâmides. Nelas, cada nível trófico é
representado por um retângulo, no qual o comprimento é proporcional ao número de
indivíduos na pirâmide de números; à biomassa, na pirâmide de biomassa; e à energia, na
pirâmide de energia.

2.1. OS TIPOS DE PIRÂMIDES ECOLÓGICAS EXISTENTES

Os tipos de pirâmides ecológicas podem ser divididos em: números, biomassa e energia.
Retângulos ou paralelepípedos são utilizados para representar cada nível trófico. O
comprimento de cada representação é determinado pela quantidade de indivíduos na pirâmide
de números, pela biomassa na pirâmide ecológica de biomassa e pela produção na pirâmide
de energia. A altura dessas formas gráficas é sempre a mesma para os diversos níveis tróficos.

2.1.1. PIRAMIDE DE NUMEROS


A pirâmide de números indica a quantidade de organismos que há em cada nível trófico.
Dependendo do ecossistema, a pirâmide de números poderá ter o seu ápice voltado para cima
(pirâmide direta) ou voltado para baixo (pirâmide invertida).

Quando em um ecossistema são necessários muitos produtores para alimentar poucos


gafanhotos, que servirão de alimento para um número menor ainda de pássaros, utilizamos a
pirâmide com o ápice para cima.

A pirâmide com o ápice para baixo será utilizada quando, em uma floresta, uma única árvore
sustentar um grande número de pulgões, que são comidos por um número menor de pássaros.

2.1.2.PIRÂMIDE DE BIOMASSA

A pirâmide de biomassa é construída a partir da avaliação das biomassas nos níveis tróficos
de uma cadeia. Geralmente é expressa em peso seco (pois a água presente nesse material não
é matéria orgânica, portanto não é utilizada como energia), por unidade de área (g/m 2 ou
kg/m2). A forma da pirâmide de biomassa pode variar de acordo com o ecossistema. Podemos
ver na figura um exemplo de pirâmide direta de biomassa. Nessa figura podemos ver que oito
toneladas de alfafa sustentam uma tonelada de bezerros em um ano e esses bezerros
alimentam nesse período um adolescente de 47 kg. .
Como na pirâmide de número, a pirâmide de biomassa também pode ser invertida. Podemos
exemplificar com os ecossistemas aquáticos. Nesses ecossistemas, a biomassa de fitoplâncton
pode ser menor que a de zooplâncton. A inversão da pirâmide ocorre porque a biomassa é
relativa apenas àquele momento, não considerando a velocidade de reprodução do
fitoplâncton, que é maior que a do zooplâncton, o que permite a sua rápida renovação. Se for
medida a média de um ano inteiro, poderemos observar que a quantidade média de
fitoplâncton foi maior que a de zooplâncton.

2.1.3. PIRÂMIDE DE ENERGIA


A pirâmide de energia indica a produtividade do ecossistema, considerando sempre o fator
tempo. Por esse motivo, a pirâmide de energia nunca é invertida. Nessa pirâmide há a
representação, em cada nível trófico, da quantidade de energia acumulada em determinada
área (ou volume) por unidade de tempo.

O primeiro nível trófico da pirâmide representa a quantidade de alimento produzida pelos


produtores do ecossistema em uma determinada área (biomassa), durante um certo intervalo
de tempo. Chamamos isso de produção primária bruta (PPB). Uma parte da PPB é utilizada
pelo próprio produtor em seu metabolismo, outra parte é liberada sob a forma de calor. A
matéria orgânica não utilizada pelos produtores é incorporada aos seus tecidos, ficando
disponível para os níveis tróficos seguintes. A essa matéria orgânica damos o nome de
produção primária líquida (PPL).
Sendo assim, a PPL é a energia disponível para o segundo nível trófico, representado pelos
herbívoros. Dos alimentos que os herbívoros ingerem, parte é utilizada em seu metabolismo, e
a outra parte é eliminada nas fezes e urina e na forma de calor. O que resta é incorporado aos
tecidos do animal, e essa matéria orgânica incorporada é o que ficará disponível para o
próximo nível trófico. Com os carnívoros ocorre o mesmo processo

3. CICLOS BIOGEOQUIMICOS

Ciclos Biogeoquímicos é o termo usado para denominar os movimentos cíclicos dos


elementos que formam os organismos vivos (bio) e o ambiente (geo). 
A principal características dos ciclos biogeoquímicos é a interligação íntima entre
os componente abióticos e os ciclos bióticos. Todos os ecossistemas são dotados desses
ciclos.  

O funcionamento dos ciclos biogeoquímicos se dá a partir da existência de um


reservatório do elemento químico. Na terra, dois dos principais reservatórios são a atmosfera
e a crosta terrestre. É necessário também que os seres vivos auxiliem no movimento dos
elementos a partir do uso e da devolução desses elementos para a natureza. Dessa forma, o
ciclo se fecha e recomeça fazendo com que toda a vida seja recriada a partir dos mesmos
átomos. 

3.1. CLASSIFICAÇÃO 

Existem dois tipos básicos de ciclo biogeoquímicos. Sua diferenciação ocorre pela natureza
do seu reservatório abiótico:

 Ciclo Gasoso: O ciclo gasoso tem como reservatório a atmosfera. O ciclo do


Oxigênio, o ciclo do Nitrogênio e o ciclo do Carbono os três mais importantes ciclos
gasosos. 
 Ciclo Sedimentar: O ciclo sedimentar conta com a crosta terrestre como reservatório.
O ciclo do fósforo. Possuem como reservatório a crosta terrestre. Exemplo: Ciclo do
fósforo e Ciclo da Água.
3.1.1. CICLO GASOSO

3.1.1.1. CICLO DO NITROGÊNIO

Na atmosfera terrestre, o elemento químico mais abundante é o nitrogênio, que representa


aproximadamente 78% de todo o volume de ar atmosférico.

Porém, o nitrogênio não é um elemento assimilado por todos os seres vivos, grande parte
deles é incapaz de fazer essa assimilação. Mas existem na natureza bactérias capazes de fixar
o nitrogênio. 

Essas bactérias são divididas em quatro tipos de bactérias que participam do ciclo do
nitrogênio:

 Bactérias Fixadoras: são as bactérias que absorvem o nitrogênio da atmosfera e


depois os transformam em amônia.
 Bactérias Nitrificantes:  As bactérias nitrificantes são bactérias quimiossintetizantes
capazes de oxidar a amônia e transformar em nitrito e depois em nitrato, forma
assimilada pelas plantas. Quando as plantas assimilam o nitrato, e os animais se
alimentam delas, eles conseguem ter acesso ao nitrogênio. 
 Bactérias Decompositoras: As bactérias decompositoras são bactérias que atuam
quando ocorre a decomposição de matéria orgânica.
 Bactérias Desnitrificantes: As bactérias desnitrificantes são bactérias capazes de
degradar de forma anaeróbica os composto nitrogenados (nitratos e amônia) liberando
para a atmosfera gás nitrogênio. 

3.1.1.2. CICLO DO OXIGÊNIO

No ciclo do oxigênio ocorre a liberação e o consumo do oxigênio pelos seres vivos. Porém
ambas as etapas ocorrem em diferentes formas físicas, o que faz com que esse ciclo seja mais
complexo. 

A principal responsável pela produção de oxigênio é a fotossíntese, enquanto o principal


reservatório de oxigênio para os seres vivos é a atmosfera. Nela são encontradas o oxigênio na
forma de O2O2 e CO2CO2. 
O O2O2 é usado na respiração aeróbica de plantas e animais. Nela, a combinação de oxigênio
e hidrogênio formam as moléculas de água. Já o CO2CO2 atmosférico é utilizado
na fotossíntese e os átomos de oxigênio passam a ser parte da matéria orgânica das plantas.
Quando ocorre a respiração celular e a decomposição da matéria orgânica, o oxigênio é
devolvido para a atmosfera, fazendo parte das moléculas de gás carbônico e das moléculas de
água. 

3.1.1.3. CICLO DO CARBONO

O carbono é um elemento bastante importante já que é o principal constituinte das moléculas


orgânicas. 

O ciclo do carbono é baseado na fotossíntese e na respiração. Isso porque esse ciclo consiste
na fixação do oxigênio pelos autótrofos, a partir da fotossíntese ou da quimiossíntese. 

Os seres autótrofos são aqueles capazes de fixar carbono na forma de compostos orgânicos.
Graças a essa fixação o carbono fica disponível para os seres produtores, para os
consumidores e os decompositores.

Para retornar para o meio ambiente, o CO2CO2 é liberado através da queima de combustíveis
fósseis, decomposição ou mesmo da respiração. 

3.1.2. CICLO SEDIMENTAR

3.1.2.1. CICLO DA ÁGUA

O ciclo da água é um ciclo bastante simples. A água líquida proveniente de rios, lagos,
oceanos e geleiras, sofre evaporação e forma vapor d'água. 

Nas regiões altas da atmosfera, as baixas temperaturas fazem com que o vapor de água
se condense, o que origina as nuvens. Pode ocorrer também a solidificação desse vapor que
formam pedras de gelo ou mesmo neve. 

Depois de ocorrida a condensação do vapor d'água, as nuvens que se formaram se precipitam


e devolvem a superfície terrestre a água em forma líquida, ou em chuva de granizo ou em
neve. 

Além das etapas naturais do ciclo da água é possível considerar também algumas etapas a
mais devido a participação dos seres vivos a partir do consumo da água, e de outros
processos que a envolvem como a respiração e da decomposição.
Dentro dos seres vivos, a água é utilizada em processos de síntese das substâncias orgânicas,
além de atuar como reagente ou solvente de diversas reações químicas celulares. 

3.1.2.2. CICLO DO FÓSFORO

O Ciclo do fósforo é responsável pela atuação do elemento fósforo na natureza. Esse elemento
é encontrado principalmente na forma de fosfato. Sua obtenção se dá através da degradação
de minerais. 

É a partir da absorção do fósforo que os vegetais conseguem sintetizar compostos orgânicos


complexos, podendo assim repassá-los aos outros componentes bióticos pelo fluxo da matéria
e da energia.  

Quando os agentes decompositores atuam em animais e plantas mortas, os detritos orgânicos


voltam ao solo. Esse processo também ocorre a partir das excreções dos organismos vivos.

Aos poucos, o fosfato é drenado para o mar e passa por processos de sedimentação sendo
incorporado novamente as rochas. Assim, o fósforo poderá retornar ao ecossistema terrestre a
partir de processos geológicos, como o rebaixamento do nível das águas. 

4. PRODUTIVIDADE DOS ECOSSISTEMAS

A produtividade em um ecossistema pode ser conceituada como sendo a eficiência com que
os organismos de determinado nível trófico aproveitam a energia recebida para produzir
biomassa (Amabis & Martho, Biologia das Populações, v.3, p.343).

4.1. PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA BRUTA

Corresponde ao total da energia luminosa absorvida pelos autótrofos e convertida em


biomassa, em um determinado intervalo de tempo (corresponde ao total de biomassa
produzida pela fotossíntese em um intervalo de tempo). A produtividade bruta é elevada em
grandes formações vegetais (elevada taxa fotossintética).

4.2. PRODUTIVIDADE PRIMÁRIA LÍQUIDA

Corresponde à parcela da energia armazenada disponível para o nível trófico seguinte. É


importante enaltecer que parte da biomassa sintetizada pelos autótrofos é utilizada pelo
próprio organismo para a sua sobrevivência (respiração celular). Nas grandes formações
vegetais, a produtividade primária líquida é muito baixa, uma vez que a taxa respiratória é
elevada.
Então:
PPL = PPB – R

4.3. PRODUTIVIDADE SECUNDÁRIA

A quantidade de matéria orgânica absorvida por um herbívoro durante certo intervalo de


tempo corresponde à produtividade secundária bruta (PSB). Usando o mesmo raciocínio
anterior, a quantidade de energia acumulada nos herbívoros, disponível para o nível trófico
seguinte (já descontando o que o animal gastou para suas atividades) constitui a produtividade
secundária líquida.
Observe que o fator tempo é considerado. Dessa forma, o tempo necessário para se obter 500
quilos de carne (a partir de um bezerro) é maior que o tempo necessário para obter 500 Kg de
carne de frango, utilizando-se a mesma quantidade de milho. Diz-se, assim, que a
produtividade secundária líquida do frango é maior que a do bezerro.

5. TRANSFERÊNCIA DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS

Os seres vivos somente têm condições favoráveis de sobrevivência em seu habitat quando
conseguem obter a matéria e a energia de que necessitam. Como, então, os seres vivos obtêm
a matéria e a energia necessária para sua sobrevivência?

A matéria e a energia são obtidas através dos nutrientes orgânicos, numa sequência em que
um ser vivo serve de alimento para outro. Essa sequência é chamada cadeia alimentar, como a
representada a seguir:

Gramíneas à Vaca à Ser humano

Obs: A “à” significa serve de alimento para.

Ao identificar uma cadeia alimentar, estamos considerando os indivíduos isoladamente, com a


finalidade de estudar as relações de transferência de matéria e de energia entre eles. Como
veremos mais adiante, na natureza cada espécie pode participar de diversas cadeias
alimentares; um sapo, por exemplo, alimenta-se de outros animais além do gafanhoto.

O primeiro nível alimentar dessa cadeia, também chamado primeiro nível trófico (trophus =
refere-se à alimentação) está representado pelas plantas. Delas dependem direta ou
indiretamente os demais níveis tróficos dessa cadeia. O segundo nível trófico é representado
pelo gafanhoto; o terceiro, pelo sapo; e o quarto, pela ave de rapina. Ao longo da cadeia
alimentar ocorre, portanto, transferência de matéria e de energia para os seres vivos.

Como, então, o primeiro nível trófico, no caso representado pelas plantas, obtém energia para
sua sobrevivência e a dos demais?

As plantas são capazes de realizar fotossíntese. Nesse processo, conseguem captar energia da
luz solar por meio do pigmento verde clorofila e transformar essa energia em energia química,
que fica armazenada nas moléculas orgânicas, sintetizadas a partir da água e do gás carbônico.
Como produto da fotossíntese, há também formação de gás oxigênio. A matéria orgânica
formada a partir da fotossíntese tem diferentes destinos na planta, sendo parte armazenada
como substância de reserva, parte modificada em outras substâncias orgânicas que também
vão compor o corpo das plantas e parte é usada como fonte de energia. As plantas somente
existem, portanto, em lugares que recebem luz.

As plantas não precisam receber luz permanentemente, mas não podem viver em lugares onde
a luz não chega. A matéria orgânica sintetizada na fotossíntese é suficiente para fornecer
energia para as plantas realizarem suas funções durante todo o dia e durante a noite.

Mas como a energia é liberada das moléculas orgânicas?

O principal processo através do qual a maioria dos seres vivos obtém energia a partir dos
alimentos é a respiração aeróbia. Esse processo independe da luz. Vamos analisar a respiração
aeróbia tomando como exemplo a quebra da molécula de glicose em presença de oxigênio,
processo que ocorre no interior das células que realizam esse processo.

Pela respiração aeróbia, formam-se água e gás carbônico, ocorrendo liberação de energia.
Na fotossíntese, são consumidos água e gás carbônico, substâncias que são produzidas por
respiração aeróbia. Na respiração aeróbia, os seres vivos utilizam gás oxigênio e glicose (ou
outra substância orgânica), compostos que são produzidos na fotossíntese.

Como se pode notar, a energia solar é transformada em energia química na fotossíntese. Essa
energia fica armazenada nas ligações químicas das moléculas orgânicas produzidas e é
liberada no processo de respiração celular. Na fotossíntese há, portanto, incorporação de
energia, e na respiração há liberação de energia. Por isso, fala-se que a fotossíntese é uma
reação endotérmica, ou seja, uma reação em que ocorre incorporação de energia na matéria
orgânica formada; a respiração aeróbia, ao contrário, é uma reação exotérmica, pois por meio
dela ocorre liberação da energia contida na matéria orgânica.

As plantas, ao servirem de alimento aos animais herbívoros, transferem por meio da matéria
orgânica que compõe seus corpos, a matéria e a energia que os herbívoros necessitam para a
sua sobrevivência. Parte da matéria orgânica ingerida é, após passar pelo trato digestivo,
eliminada nas fezes; parte é digerida e absorvida pelo corpo, sendo usada no metabolismo
celular, participando dos processos de construção do corpo do animal e da reparação de
perdas.

Quando animais carnívoros ingerem os herbívoros ou quando os carnívoros comem outros


animais carnívoros, esses processos se repetem. Ao longo da cadeia alimentar há, portanto,
transferência de matéria e de energia.

Os seres capazes de produzir seu próprio alimento a partir de substâncias inorgânicas simples
são chamados autótrofos (trofus = nutrição, alimento; auto = próprio, de si mesmo). Os
organismos fotossintetizantes são os principais seres autótrofos, mas não são os únicos, pois
também são autótrofos os seres quimiossintetizantes. Como os autótrofos são capazes de
sintetizar o próprio alimento orgânico, são denominados produtores, em uma cadeia
alimentar.

Os seres incapazes de produzir seu próprio alimento são chamados heterótrofos, isto é, não
são capazes de produzir matéria orgânica a partir substâncias inorgânicas. Esses organismos
são chamados consumidores.
Os consumidores que se alimentam de produtores são considerados consumidores primários.
Eles pertencem, portanto, ao segundo nível trófico de uma cadeia alimentar. É o caso dos
animais que se alimentam de plantas (herbívoros). Os consumidores que se alimentam de
consumidores primários, são chamados consumidores secundários. Eles pertencem ao terceiro
nível trófico. É o caso dos animais carnívoros que se alimentam de herbívoros. Os carnívoros
que se alimentam de outros carnívoros pertencem ao quarto nível trófico e são chamados
consumidores terciários, e assim por diante. Há ainda um grupo de consumidores que se
alimentam tanto de produtores quanto de consumidores. Eles são considerados onívoros e
podem ocupar níveis tróficos distintos.

Os decompositores formam um grupo particular de organismos heterótrofos. Estão


representados por certas bactérias e certos fungos capazes de decompor a matéria orgânica do
corpo de organismos mortos. Em sua atividade de decomposição, utilizam alguns produtos
como alimento e liberam minerais e outras substâncias inorgânicas que podem ser utilizadas
pelos produtores. Propiciam, assim, a reciclagem da matéria orgânica presente no

corpo de organismos mortos. Como podem se alimentar de elementos provenientes de todos


os níveis tróficos, para incluirmos os decompositores na cadeia alimentar, teremos que indicá-
los atuando sobre todos os níveis tróficos.

Entre os resíduos da decomposição de matéria animal, bactérias liberam substâncias como


amônia, cadaverina e diversos gases. Essas substâncias alteram a cor do organismo e são
percebidas como fortes odores, que atraem os animais detritívoros.

Os animais detritívoros cortam o corpo em pedaços menores, o que acelera o processo de


decomposição pelos micro-organismos. Besouros e formigas, por exemplo, cortam folhas que
caem no solo em fragmentos. Animais mortos também sofrem a ação de urubus e outros
comedores de carniça.

6. BIODIVERSIDADE NO MUNDO

A biodiversidade ou diversidade biológica é resultante da evolução biológica no planeta. A


riqueza da Natureza e as condições favoráveis à vida derivam da estabilidade e instabilidade
da Ecologia Global, a exemplo das variações climáticas, vulcanismo, movimentação de placas
tectônicas, entre outros fatores.

A vida está sempre impulsionando os seres a se ajustarem as constantes mudanças globais,


conquistando novas áreas e oportunidades favoráveis à sobrevivência. A difusão dos seres
vivos pela variedade de hábitats confere ao planeta a riqueza de vida conhecida hoje

A biodiversidade atual é estimada em cerca de 1% de toda quantidade de espécies que já


viveram na Terra, ou seja, aproximadamente 99% dos seres vivos originados ao longo da
evolução foram extintos. Nas últimas décadas, a estimativa do total de espécies do planeta
ainda tem sido incerta: na década de 70, estimava-se 5 milhões de espécies, na década de 80,
subiu a 15 milhões, em 90, para 30 milhões, no início do Século XXI, chegou a 100 milhões.
Atualmente as avaliações conservadoras mantêm-se em torno dos 30 milhões, no entanto, as
especulações sobre números próximos dos 100 milhões permanecem.

A extinção representa a perda natural de espécies ao longo do tempo, sendo estimada por
volta de 1 espécie extinta por ano,  entretanto quando ocorrem grandes catástrofes naturais, a
exemplo do vulcanismo, queda de meteoros ou mudanças climáticas globais, este número
cresce radicalmente, elevando a extinção a mais de 50% de toda a diversidade, resultando nas
extinções em massa. As taxas naturais de extinção têm sofrido mudanças progressivas nas
últimas décadas. As extinções originadas pelas atividades humanas têm elevado as taxas
naturais para números próximos das extinções em massa, variando de 100 a 1000 vezes acima
do ritmo natural de extinção de 1 espécie por ano.

A valorização da biodiversidade ocorre comumente em virtude dela representar os recursos


naturais necessários ao consumo da sociedade. As práticas da Educação Ambiental tem
realizado uma avanço na cultura do bom trato com os ecossistemas. No entanto, o hábito
predominante ainda é de uso e exploração da Natureza, consumismo e utilitarismo, mantendo
a sociedade distante de valorizar a biodiversidade e o direito à vida dos demais seres vivos.

7. ECOSSISTEMAS TERRESTRES

O ecossistema consiste em uma comunidade formada por uma série de seres vivos que
interagem entre si e pelo ambiente que vivem, no entanto, o ecossistema terrestre é
caracterizado por ser aquele que se encontra na superfície terrestre.
Isto é, o ecossistema terrestre está localizado em uma porção de terra particular por onde
convivem seres vivos que necessitam de terra e ar para poder sobreviver e desenvolver-se.

Existem diversos ecossistemas terrestres que expressam a biodiversidade, por exemplo, a


floresta é o local que a melhor expressa, sendo contrastado pelo deserto que impossibilita
encontrar esse tipo de característica por causa da aridez e falta de água, bem como complica a
sobrevivência da fauna e da flora.

Outro tipo de ecossistema terrestre é a tundra, que se encontra próxima às latitudes polares e
nas zonas mais altas. Sua temperatura é muito baixa quase que durante todo ano e isso torna
praticamente impossível a existência de árvores.

Em compensação, na taiga, apesar das condições climáticas serem as mesmas da tundra,


permite o crescimento de árvores coníferas.

Vale destacar que tanto as espécies de animais como de plantas presentes em cada
ecossistema terrestre apresentam características que lhes permitem sua sobrevivência.
Entretanto, essas espécies podem morrer quando ocorrem mudanças inesperadas e não existe
a possibilidade de adaptação.

7.1. CARACTERÍSTICAS DE UM ECOSSISTEMA TERRESTRE

A água é um fator de capital importância para a vida nos ecossistemas terrestres, pois eles só a
recebem de parte da chuva, que em alguns ambientes pode ser muito escassa.

No entanto, a vida na terra tem outras vantagens como a maior presença de luz e a limpeza
do ambiente , assim como enormes plataformas sobre as quais a vida vegetal cresce às alturas
e uma grande diversidade climática e topográfica.
Ao mesmo tempo, nos ecossistemas terrestres o vento é o principal agente de erosão , bem
como do transporte de certas espécies , e nelas a vida vegetal convive com a vida animal,
fúngica, microbiológica e anfíbia. Nas florestas tropicais, por exemplo, a biodiversidade
atinge alguns de seus maiores limites conhecidos.

7.2. TIPOS DE ECOSSISTEMAS TERRESTRES

Os ecossistemas terrestres são abundantes e podem ser classificados de acordo com suas
características climáticas e os fatores abióticos presentes neles:

 Agregados. Aquelas com baixa incidência de precipitação e, portanto, enorme seca,


com altas temperaturas durante o dia e baixas à noite (ou baixas e mais baixas ainda,
como o deserto polar da Antártica) e condições difíceis de vida. Normalmente há
pouca vegetação e vida muito especializada para as condições.
 Pradarias . Ecossistemas de vegetação rasteira e geralmente em planícies, alagados
ou não durante a estação chuvosa, em que abundam a vida animal e geralmente há
grande variação climática durante as estações.
 Selva . Geralmente possuem grandes acúmulos de vegetação densa, de grande porte,
com sub-bosque muito baixo e enormes acúmulos de matéria orgânica . São focos de
vida, com milhares de espécies de todos os tipos e ciclos climáticos quentes e úmidos,
comuns no equador.
 Montanhoso .  Geralmente misto, combinando outros ecossistemas, mas tendendo
para o árido à medida que se sobe na montanha, dada a queda do oxigênio e das
temperaturas .
8. CONCLUSÃO

Depois da nossa investigação, concluimos que, os ecossistemas são a base para todas as
formas de vida, e seus serviços são imprescindíveis para toda a humanidade. Contudo, a
diversidade biológica do nosso mundo está desaparecendo a um ritmo frenético. Se
continuarmos a destruir o meio ambiente, eliminaremos não apenas a base da nossa existência
no futuro, mas também da nossa economia
9. BIBLIOGRAFIA

WILSON, Edward O. Diversidade da Vida. São Paulo: Cia das Letras, 1994. WILSON,
Edward O. (Org.). Biodiversidade. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997.

EHRLICH, Paul R. O Mecanismo da Natureza: O mundo vivo a nossa volta e como funciona.
Rio de Janeiro: Campus, 1993.

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(2006a). Global Biodiversity Outlook 2. www.cbd.int/doc/gbo/gbo2/cbd-gbo2-en.pdf
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