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Felícia Salimo Gelane
Lucas Abel Pequenino Trato
Malquito Rafael Chapreca
Nelson Armando Chilaúle
Octávio André
Yaquibo Amisse Assane
Produtividade e Biomassa
Produtividade e Biomassa
Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução.............................................................................................................................. 4
Capitulo I: Contextualização .................................................................................................. 5
1. Produtividade ..................................................................................................................... 5
1.1. Produtividade Primária Bruta: ......................................................................................... 5
1.2. Produtividade Primária Líquida: ...................................................................................... 5
1.3. Produtividade Secundária: ............................................................................................... 6
Capitulo II: Definições gerais ................................................................................................. 7
2. Teias alimentares marinhas ................................................................................................ 7
2.2. Ecologia do ecossistema marinho .................................................................................... 8
2.2.1. Características gerais do meio marinho ......................................................................... 8
2.2.2. Propriedades físicas e químicas da água........................................................................ 8
2.2.2.1. Salinidade.................................................................................................................. 8
2.2.2.2. Nutrientes .................................................................................................................. 8
2.2.2.3. Oxigénio dissolvido ................................................................................................... 9
2.2.3. Noções de termoclina e picnoclina................................................................................ 9
2.2.4. Movimentos das massas de água .................................................................................. 9
2.2.5. Principais correntes marinhas ....................................................................................... 9
2.2.6. Relevo do fundo do oceano ........................................................................................ 10
2.2.7. Subdivisões do meio marinho ..................................................................................... 10
2.2.8. Ecologia do Bentos..................................................................................................... 12
2.2.9. Ecologia dos Mangais................................................................................................. 13
Espécies de mangal em Moçambique ................................................................................... 13
2.3. Recifes de corais ........................................................................................................... 15
2.4. Regiões de ressurgência ................................................................................................ 17
Conclusão ............................................................................................................................ 19
Referências Bibliográficas ................................................................................................... 20
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Introdução
A Ecologia Marinha é o estudo científico do habitat da vida marinha, populações e
interacções entre os organismos e o ambiente circundante, incluindo seus factores abióticos
(factores físicos e químicos não vivos que afectam a capacidade dos organismos de sobreviver
e se reproduzir) e os factores bióticos (seres vivos ou os materiais que afectam directa ou
indirectamente um organismo em seu ambiente). Sendo que o bioma marinho é basicamente o
meio ambiente dos oceanos do mundo e é uma forma de categorizar e compreender a vida e as
características gerais dos habitats submarinos.
Os biomas como um todo são zonas ou regiões ecológicas que os cientistas usam para
classificar plantas, animais e nutrientes minerais. O bioma marinho geralmente abrange a vida
oceânica. Na maioria das vezes, a água doce é sua própria categoria, e às vezes os recifes de
coral também, embora ocorram no oceano.
Normalmente existem cinco zonas principais no bioma, a saber, intertidal, pelágica, bentônica
e abissal, cada uma com suas próprias espécies animais e vegetais dominantes. A diversidade
de vida nessas zonas é geralmente bastante abundante, e muitos pesquisadores acreditam que
o habitat marinho é um dos mais ricos do mundo no que diz respeito ao número de diferentes
formas de vida que coexistem. É neste contexto que elabora o presente trabalho sobre o tema
“Produtividade e Biomassa”, com o objectivo principal de compreender a ecologia marinha
no geral. Para tal, o trabalho suporta os seguintes subtemas: <<Teias alimentares marinhas;
Ecologia do ecossistema marinho; Pelagil e seus habitantes; Bental e seus habitantes; Mangal
e seus habitantes Recifes de corais; Regiões de ressurgência>>.
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Capitulo I: Contextualização
1. Produtividade
A produtividade em um ecossistema pode ser conceituada como sendo a eficiência com que
os organismos de determinado nível trófico aproveitam a energia recebida para produzir
biomassa (Amabis & Martho, Biologia das Populações, v.3, p.343).
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Capitulo II: Definições gerais
2. Teias alimentares marinhas
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2.2. Ecologia do ecossistema marinho
A biologia marinha é um ramo da Biologia que irá se ocupar do estudo dos seres vivos que
habitam o meio marinho. Os organismos que formam as comunidades biológicas nos
ambientes marinhos estão submetidos a uma série de outros factores físicos (profundidade,
luminosidade, tipo de substrato, características das correntes, temperatura, iluminação,
pressão hidrostática.
O meio marinho constitui o maior meio aquático do planeta. Cerca de 71% da superfície do
planeta é ocupada pelos oceanos ou seja aproximadamente 361x106 km2. A profundidade
média dos oceanos é de cerca de 3.6 km e o seu volume médio é de aproximadamente
1370x106 km3. Os oceanos constituem o maior repositório de organismos do planeta uma vez
que existe vida em maior ou menor abundância em todos os domínios do meio marinho.
Altitude média das terras emersas 840m. Profundidade média dos oceanos 3795m. Maior
profundidade oceânica 11500m (fossa de Mariana, oceano Pacífico).
2.2.2.1. Salinidade
A água dos oceanos contém em solução uma quantidade variável de sólidos e de gases. 96,5%
da água salgada é constituída por água e 3,5% por substâncias dissolvidas. As substâncias
dissolvidas incluem sais inorgânicos, compostos orgânicos provenientes dos organismos
marinhos e gases dissolvidos.
2.2.2.2. Nutrientes
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2.2.2.3. Oxigénio dissolvido
A solubilidade dos gases na água salgada é função da temperatura. Quanto mais baixa for a
temperatura maior é solubilidade. O teor em oxigénio dissolvido diminui sensivelmente com a
profundidade.
Os movimentos das massas de água são: Movimentos periódicos e aperiódicos. Marés, Ondas
e vaga.
Movimentos periódicos os mais evidentes são as marés (oscilações verticais do nível
das águas). A sua origem é astronómica. Que resultam da atracção exercida sobre o
conjunto dos oceanos pela Lua e pelo Sol.
Movimentos aperiódicos os mais evidentes são as ondas e as vagas que são causadas
fundamentalmente pelos ventos. O seu carácter é periódico mas estas manifestam-se
de um modo episódico, ou seja a periodicamente.
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As correntes são movimentos aperiódicos das massas de água que têm por resultado o seu
transporte horizontal. As principais correntes marinhas são determinadas por ação dos ventos
de direcção persistente que se sucedem longitudinalmente.
Há, basicamente, dois tipos de correntes: as superficiais e as profundas.
As correntes superficiais são movidas pela força dos ventos e pela rotação da Terra.
As correntes profundas sofrem influência de massas de água superficiais que afundam ao se
tornarem mais densas, como ocorre nos pólos.
Os movimentos laterais das massas de água induzidos pelo vento, podem ser responsáveis
pelo afloramento costeiro ou "upwelling. Estes fenómenos de afloramento costeiro ou
"upwelling" (correntes ascendentes de águas frias e ricas em nutrientes) podem afectar
sobremaneira a produção de uma área costeira sendo numerosas as consequências biológicas.
O relevo do fundo dos oceanos não é simplesmente plano, como o fundo de uma piscina. Ao
contrário, possui diversos tipos de acidentes geográficos que afectam o percurso das correntes
marinhas e retratam a história geológica da Terra.
Nas margens das massas continentais os oceanos apresentam profundidades reduzidas. A
plataforma continental (a extensão imersa dos continentes) ocupa 7 a 8% da área total dos
oceanos.
Esta plataforma estende-se desde a superfície das águas até uma profundidade média de cerca
de 200m. No limite da plataforma continental existe um acidente abrupto dos fundos
marinhos, a vertente ou talude continental que se estende até uma profundidade máxima de
2500 a 3000m.
A planície abissal estendem se desde o limite inferior da planície abissal (6000/6500m) até às
maiores profundidades conhecidas (11000m).
O talude estende se por cerca de 9% dos fundos oceânicos.
O meio marinho constitui o maior meio aquático do planeta. Como tal torna-se necessário
subdividi-lo em diversas zonas tanto no domínio pelágico como no domínio bentônico.
A província nerítica é constituída pelas massas de água que ocorrem sobre os fundos
da plataforma continental.
A província oceânica inclui as restantes massas de água oceânicas.
O domínio pelágico é constituído pelas águas oceânicas longe das massas continentais.
Os organismos bentónicos são aqueles cuja vida está directamente relacionada com o fundo,
quer vivam fixos, quer sejam livres.
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c) Zonação do domínio bentónico (sistema litoral e sistema profundo)
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O sistema litoral ou fital engloba os andares em que ocorrem vegetais fotoautotróficos
(andares supralitoral, médiolitoral, infralitoral e circalitoral)
O sistema profundo ou afital onde se incluem os restantes andares do domínio bentónico
(andares batial, abissal e hadal).
Os mangais existem sobre condições extremas, tais como alta salinidade, forte acção das
correntes de maré, fortes ventos, altas temperaturas e solos lodosos e anaeróbios (Litulo et al.,
2005).
Avicennia marina
Ceriops tagal
Sonneratia alba
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Rhizophora mucronata
Bruguiera gymnorrhiza
Lumnitzera racemosa
Heritiera littoralis
Pemphis acidula
Os corais são animais cnidários da classe Anthozoa pequenos e muito frágeis que utilizam
carbonato de cálcio da água para construir um exoesqueleto duro. Podem ser solitários, mas
são principalmente coloniais e cada indivíduo em uma colônia de coral é chamado de pólipo.
Um recife de corais é coberto por milhares de pólipos de coral.
Quando os pólipos morrem, novos pólipos crescem por cima dos esqueletos que ficam. Por
isso, um recife de coral é composto por camadas muito finas de carbonato de cálcio resultante
da sobreposição dos esqueletos das sucessivas gerações de pólipos. Assim, quando vemos um
recife de corais, apenas a fina camada superficial é que é constituída por pólipos vivos.
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Uma associação extremamente importante para os recifes de corais é a simbiose que ocorre
entre as espécies de corais e microalgas conhecidas como zooxantelas. Essas algas vivem no
interior dos tecidos dos corais, realizando fotossíntese e liberando para os corais compostos
orgânicos. Em troca, as zooxantelas sobrevivem e crescem utilizando os produtos gerados
pelo metabolismo dos corais. Elas também estão envolvidas na formação dos esqueletos e são
responsáveis pelas cores dos corais.
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Os recifes de corais são ecossistemas muito ricos em biodiversidade, abrigando uma
infinidade de espécies de peixes, moluscos, crustáceos, cnidários e algas. Apesar de grande
importância, os recifes encontram-se ameaçados no mundo inteiro. Entre as principais
ameaças estão a sedimentação excessiva, a poluição e a pesca predatória.
Embora seja resultado da soma de vários factores, o deslocamento de massas de água pelos
ventos é um dos principais elementos que provoca o fenómeno da ressurgência. Vejamos: Os
ventos constantes, juntamente com o efeito Coriolis (resultante do movimento de rotação da
Terra) afastam grandes volumes de água superficial da costa. Em movimento e sentido
oposto, correntes subjacentes que até então circulavam em maior profundidade ascendem para
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a superfície. Como as águas mais profundas e frias são ricas em nutrientes, elas estimulam o
desenvolvimento de fitoplancton, que serve de alimento aos pequenos organismos e peixes,
que por sua vez, servirão de alimento aos peixes maiores e assim sucessivamente.
Fitoplâncton é o conjunto de organismos aquáticos microscópicos que vivem em suspensão
nas águas doces e oceânicas. Esses microrganismos, assim como as plantas das terras
emersas, possuem a capacidade de realizar fotossíntese, quando submetidos à condições
específicas. Situados na base da cadeia alimentar dos ecossistemas aquáticos, os fitoplânctons
servem de alimento aos peixes e animais maiores, constituindo-se assim, em fundamental
elemento para a manutenção da vida aquática. Nas regiões onde o fenómeno da ressurgência
ocorre, o afloramento de águas profundas cheias de fitoplâncton e outros nutrientes,
propiciam significativa elevação na quantidade de peixes e outros organismos marinhos.
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Conclusão
Findo o trabalho o grupo conclui que falar da biologia marinha é falar do ramo da Biologia
que ocupa-se pelo estudo dos seres vivos que habitam o meio marinho. Os organismos que
formam as comunidades biológicas nos ambientes marinhos estão submetidos a uma série de
outros factores físicos (profundidade, luminosidade, tipo de substrato, características das
correntes, temperatura, iluminação, pressão hidrostática. O ambiente marinho encontra se
subdividido em: Província nerítica e província oceânica (Organismos pelágicos e bentónicos,
Domínios pelágico e bentónico). Sendo a zona oligofótica limitada superiormente pela
profundidade de compensação e inferiormente pela profundidade máxima à qual a visão
humana tem percepção da luz quando o sol se encontra no ponto máximo da sua trajectória
aparente (valor médio 500m, varia entre 300 e 600m).
Dentro do ambiente marinho podemos encontrar os recifes corais que são animais cnidários
da classe Anthozoa pequenos e muito frágeis que utilizam carbonato de cálcio da água para
construir um exoesqueleto duro. Podem ser solitários, mas são principalmente coloniais e
cada indivíduo em uma colônia de coral é chamado de pólipo. Um recife de corais é coberto
por milhares de pólipos de coral.
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Referências Bibliográficas
FERREIRA, B. P. Maida, M. Monitoramento dos Recifes de Coral do Brasil: situação
actual e perspectivas. Brasília, DF: MMA, 2006. 120 p. (Série Biodiversidade, 18).
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. Conduta consciente em ambientes recifais. Brasília,
DF: MMA, 2011.
NERDPROFESSOR (2020) O fenómeno da ressurgência. Disponível em:
https://nerdprofessor.com.br/.
Hidrobiologia: significado. Dicionário Enciclopédico Vox 1. © 2009 Larousse Editorial, S.L.
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