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Todos os direitos reservados. Vedada a produção, distribuição, comercialização ou cessão sem autorização do autor. Os
direitos desta obra não foram cedidos.
Impresso no Brasil
Printed in Brazil
Diagramação
Maria Oliveira
Capa e Desenhos
Vanildo Souza de Oliveira
PREFÁCIO ...................................................................................................................07
CÁPITULO I: REDES DE ÁRRÁSTO ...................................................................09
1.1 REDES DE ÁRRÁSTO .................................................................................10
1.1.1 Portas de arrasto ................................................................................14
1.2 MÁNOBRÁS COM REDES DE ÁRRÁSTO .............................................19
1.2.1 Árrasto com pau de serriola .............................................. 19
1.2.1.1 Lançamento ................................................................................. 20
1.2.1.2 Recolhimento ...............................................................................23
1.2.2 Árrasto com tangones (arrasto duplo — Double rig)...........25
1.2.2.1 Ármaçao do sistema de arrasto ...........................................28
1.2.2.2 Lançamento .................................................................................32
1.2.2.3 Recolhimento ..............................................................................34
1.2.3 Redes gemeas ..................................................................................... 40
1.2.4 Árrasto de popa ................................................................................. 42
1.2.4.1 Lançamento ...................................................................................44
1.2.4.2 Recolhimento ................................................................................45
1.2.5 Árrasto com parelhas ......................................................................52
1.2.5.1 Lançamento .................................................................................53
1.2.5.2 Recolhimento ...............................................................................57
1.3 SOLUÇOES ECOLOGICÁS EM REDES DE ÁRRÁSTO PÁRÁ
MINIMIZÁR DÁNOS ÁMBIENTÁIS .............................................................60
CÁPITULO II: REDES DE CERCO .................................................................... 65
2.1 REDES DE CERCO ...................................................................................... 66
2.1.1 Formas de localizaçao de cardumes ...........................................68
2.1.2 Lançamento ..........................................................................................70
2.1.3 Recolhimento.......................................................................................72
2.2 SOLUÇOES ECOLOGICÁS PÁRÁ MINIMIZÁR DÁNOS
ÁMBIENTÁIS EM REDES DE CERCO NÁ CÁPTURÁ DE ÁTUM ...78
CÁPITULO III: ESPINHEL .....................................................................................81
3.1 ESPINHEL ......................................................................................................82
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8.4 O que pode interferir em uma ecossonda? ................................... 145
8. 5 SONÁR ......................................................................................................... 152
8.6 Radar ............................................................................................................ 155
8.7 SISTEMÁ DE NÁVEGÁÇÁO POR SÁTELITE GPS
(Global Positioning System) ....................................................................... 157
8.8 SÁTELITE .................................................................................................... 160
CÁPITULO IX: PESCÁ DIRIGIDÁ ..................................................................... 163
9.1 PESCÁ DIRIGIDÁ ...................................................................................... 164
CÁPITULO X: COMPORTÁMENTO DÁS ESPECIES EM RELÁÇÁO ÁOS
ÁPÁRELHOS DE PESCÁ ..................................................................................... 169
10.1 COMPORTÁMENTO DÁS ESPECIES ................................................ 170
CÁPITULO XI: RESISTENCIÁ DOS ÁPÁRELHOS DE ÁRRÁSTO ........... 175
11.1 RESISTENCIÁS DOS ÁPÁRELHOS DE ÁRRÁSTO ....................... 176
11.2 FORMULÁ PÁRÁ O CÁLCULO DO TIRO DÁ EMBÁRCÁÇÁO ... 178
11.2.1 Calculo da potencia padrao (PS) ............................................ 179
11.2.2 Determinaçao do coeficiente da helice (Ch) ...................... 179
11.2.3 Determinaçao do coeficiente do mar (Cmr) ...................... 179
11.3 Determinaçao da resistencia hidrodinamica de um Corpo
em um fluido ......................................................................................... 180
11.4 Formula da resistencia dos cabos de arrasto ............................. 180
11.5 Calculo da resistencia das portas de arrasto.............................. 184
11.6 Formula do calculo da resistencia de uma rede de arrasto .. 186
11.7 Calculo da resistencia total de um sistema de arrasto ........... 194
11.8 Ábertura vertical e horizontal da rede de arrasto .................. 195
BIBLIOGRÁFIÁ ...................................................................................................... 199
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dos comportamentos dos peixes em relaçao aos aparelhos de pesca,
enfatizando os principais estudos realizados nessa area e sua
importancia para a Tecnologia de Pesca. No capítulo XI, sao descritos
conceitos e formulas empregadas por varios autores nos calculos das
resistencias em um aparelho de arrasto, assim como seus níveis de
complexidade, dando-se enfase a formula mais pratica no calculo da
resistencia para todo o sistema de arrasto. Dessa forma, esse livro
vem trazer uma parte do conhecimento sobre a Tecnologia de Pesca,
assim como alternativas sustentaveis para minimizar seus impactos.
REDES DE ARRASTO
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1.1 REDES DE ARRASTO
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Nas redes de arrasto destinadas a captura de bentonicos
(peixes, crustaceos e moluscos), as malhetas (cabos que ligam a rede
as portas) sao menores, porque nao tem nenhuma influencia na
pescaria, uma vez que os indivíduos estao sobre ou enterrados no
fundo. Álgumas redes possuem paineis laterais que dao uma forma
mais plana ao corpo, enquanto as que nao possuem esses paineis
laterais assumem uma forma de balao. Essas redes tem
características específicas quanto a forma, como: asas curtas (uma
vez que o alvo esta enterrado), pequena abertura vertical (para
diminuir a captura de peixes sobre o fundo) e grande abertura
horizontal (pois a produçao vai ser em funçao da area varrida, ou
seja, quanto mais area varrida, maior a produçao).
Ás redes de arrasto para captura de peixes demersais, os
quais se movimentam sob o fundo e na coluna da agua, possuem as
seguintes características: malhetas maiores (pois exercem o papel na
concentraçao do cardume, dirigindo-o para o centro da boca da
rede), asas maiores (tambem com a funçao de concentrar os peixes
no centro da boca da rede) e o corpo tambem mais longo. Certos
modelos de redes para peixes possuem um tunel antes do saco, com
a finalidade de dificultar o retorno.
Ás redes pelagicas, por capturarem especies mais velozes,
tem que ter uma grande filtraçao (malhas grandes nas asas e início
dos corpos) e uma grande abertura, tanto na abertura horizontal
quanto vertical. Sao projetadas sem o “quadrado” (diferença entre o
corpo inferior e superior nas redes de fundo e demersal), tendo os
paineis superior e inferior iguais.
Álgumas redes possuem paineis laterais que dao uma forma
mais plana ao corpo, enquanto as que nao possuem esses paineis
laterais assumem uma forma de balao. De uma maneira geral, as
redes para crustaceos bentonicos possuem características distintas
das que capturam peixes demersais e pelagicos (Figura 3).
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Essas características sao marcantes, diferenciando assim uma
rede para a captura de bentonicos de uma para a captura de
demersais, ou de pelagicos. Logicamente que, entre cada modelo de
rede, existe uma grande variaçao de formas do corpo. Exemplo sao
as redes de camarao, tipo: flat, balao, semibalao, dentre outros.
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Figura 5: Tipos de portas: (Á) retangular plana; (B) retangular em V; (C) oval;
(D) vertical tipo suberkrub; e (E) vertical em V.
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Figura 7: Ángulo de ataque da porta de arrasto.
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1.2.1.1 Lançamento
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Á determinaçao do comprimento do cabo de arrasto segue
geralmente uma proporçao em relaçao a profundidade, ou seja, em
aguas com profundidades menores que 100m aplica-se a proporçao
de 1:5; em areas com profundidades acima de 100m, 1:3. Á relaçao
deve permitir um funcionamento otimo das portas, pois, se os cabos
ficarem muito longos, formarao seios que comprometerao a
inclinaçao das portas, assim como, se ficarem muito curtos,
influenciarao na aderencia das portas ao fundo.
Quando os cabos de arrasto, durante o lançamento,
aproximam-se do termino, os dois indivíduos retiram os cabos de
arrasto do frade, fazendo com que a tensao do arrasto seja
transferida diretamente para as extremidades do pau de serriola
(Figura 11).
1.2.1.2 Recolhimento
Tecnologia de pesca | 23
bordos da embarcaçao, dependendo da direçao da corrente
marítima e do vento. Áo chegar ao bordo da embarcaçao, o saco e
içado manualmente com a participaçao de toda a tripulaçao (Figura
13). Em seguida, o saco da rede e aberto, e o pescado e liberado no
conves. Ápos o esvaziamento do saco, ele e novamente fechado, com
um no, e lançado imediatamente ao mar, dando início a um novo
lançamento, estando a tripulaçao novamente posicionada no conves.
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Figura14: Ácessorios da rede, empregados no arrasto com tangones.
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Figura 16: Características de um conves de um arrasteiro com tangones.
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Figura 18: Transferencia das portas para as extremidades dos tangones.
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1.2.2.2 Lançamento
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1.2.2.3 Recolhimento
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Figura 23: Recolhimento do saco para o conves da embarcaçao, com detalhe da
amarraçao com o teck.
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transferencia das portas de arrasto para as extremidades dos
tangones e a mesma realizada nas embarcaçoes com casaria na proa.
O recolhimento tambem e o mesmo, sendo o saco da rede içado por
um dos bordos na area do conves em frente a casaria de comando
(Figura 26). Essa modalidade de armaçao e feita tanto em barcos de
pequeno porte como em escala industrial.
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1.2.3 Redes gemeas
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1.2.4 Árrasto de popa
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1.2.4.1 Lançamento
Figura 31: Lançamento da rede pela popa, com todo o sistema de arrasto
montado.
1.2.4.2 Recolhimento
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recolhimento, transferem a tensao mecanica (T1) exercida pelos
cabos de arrasto para eles (Figura 33), folgando, assim, os cabos de
arrasto dos “guinchos principais” (TO).Imediatamente desconectam-
se os cabos de arrasto e os cabos malandros, que estao conectados
aos pes de galinha das portas, e conecta-se um ao outro — em alguns
casos, eles ja estao conectados, geralmente por meio de uma
manilha. Quando os guinchos principais sao acionados no sentido do
recolhimento, a tensao do peso da rede e transferida para o sistema:
cabos de arrasto e cabo malandro (T2) (Figura 34).
Figura 33: Transferencia da tensao dos cabos dos guinchos principais para os
cabos dos guinchos auxiliares.
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Quando as conexoes entre o “cabo malandro” e as “malhetas
da rede” chegam ao conves, as “malhetas das portas” sao
imediatamente desconectadas (Figura 35).
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Quando as asas da rede chegam aos tambores dos guinchos
principais, o restante do corpo da rede e içado para bordo, por meio
de um cabo com um teck (tipo de gancho de aço) na extremidade. O
cabo do teck passa por uma roldana no alto do conves e pela saia do
guincho. O corpo da rede vai sendo içado para o conves, ate que o
saco fique suspenso pela roldana. Nesse momento, o saco e aberto, e
o pescado, liberado no conves (Figura 37). Imediatamente o saco e
novamente fechado e lançado ao mar, dando início a um novo
lançamento.
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Em arrasteiros menores, que nao possuem guinchos
auxiliares nem tambores de armazenamento da rede, so o guincho
principal. Ás funçoes dos guinchos auxiliares e tambor podem ser
exercidas pela saia do guincho principal, ou por uma corrente fixa no
no pescante, que suporta todo o peso das portas durante o
recolhimento da rede (Figura 39).
1.2.5.1 Lançamento
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Figura 40: Transferencia da malheta da embarcaçao Á para o guincho da B.
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Figura 43: Detalhe e funçao do disparador no arrasto.
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Ápos o recebimento do cabo de arrasto, a embarcaçao Á
aciona os guinchos, dando início ao recolhimento, com manobras
similares ao recolhimento em um arrasteiro de popa, ou içando a
rede por um dos bordos da embarcaçao para o conves (Figura 45).
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1.3 SOLUÇÕES ECOLÓGICAS EM REDES DE ARRASTO
PARA MINIMIZAR DANOS AMBIENTAIS
Figura 47: Dispositivo de exclusao de tartaruga (TED), “Á” com saída na parte
superior do corpo, ”B” com saída na parte inferior.
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Figura 49: Olho de peixe,
colocado da parte superior do
saco, permite a exclusao da
fauna acompanhante.
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64 | Vanildo Souza de Oliveira
CAPÍTULO II
REDES DE CERCO
Tecnologia de pesca | 65
2.1 REDES DE CERCO
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Figura 54: Características de um cerqueiro.
Visual
- Materiais flutuantes: pedaços de madeira, ou qualquer
objeto flutuante, que possibilite o inicio do princípio de agregaçao.
Esse processo inicialmente agrega o fitoplancton; em seguida, o
zooplancton, larvas, alevinos, formando uma cadeia alimentar ate a
chegada de grandes predadores, no caso atuns.
- Concentraçao de passaros: eles se alimentam de pequenos
pelagicos, assim como os atuns, por isso essa competiçao alimentar.
Os atuns atacam por baixo do cardume, forçando os peixes a
nadarem para a superfície, onde sao atacados pelos passaros, e
assim os cardumes facilmente sao localizados pelos pescadores.
- Bioluminescencia: esse fenomeno possibilita o cerco
durante a noite, principalmente na pesca de sardinha. Um pescador
fica na proa da embarcaçao com uma lanterna. Quando a luz e
direcionada sobre o cardume, ele se agita, movimentando-se
rapidamente, com isso realizando a bioluminescencia, gerada por
dinoflagelados quando de uma açao mecanica, resultando em toda a
superfície da area do cardume agitada e iluminada, possibilitando
assim o cerco noturno.
- Concentraçao de golfinhos: na pesca de atum no Pacífico, e
comum a procura de cardumes de golfinhos, uma vez que eles sao
Equipamentos eletrônicos
-Sonar: aparelho de emissao sonora que possibilita realizar a
varredura na horizontal em 360 graus, sendo possível a detecçao do
cardume em qualquer direçao, tanto em condiçao noturna quanto
diurna. Ele e capaz de identificar o rumo, a distancia e a dimensao do
cardume.
- Satelite: informa as condiçoes oceanograficas com maior
probabilidade de ocorrencia de cardumes de atuns, tais como:
temperatura da superfície, clorofila, correntes, termoclinas, dentre
outros.
- Tambem e possível realizar a localizaçao com helicopteros ou
avioes, que transmitem para as embarcaçoes a localizaçao dos
cardumes. Essa modalidade de pesca e empregada para captura de
pelagicos com grande valor economico, devido aos altos custos de
operacionalizaçao.
Tecnologia de pesca | 69
2.1.2 Lançamento
Tecnologia de pesca | 71
Figura 57: Início do cerco: a panga segura uma das extremidades da rede,
enquanto a embarcaçao maior inicia o cerco.
2.1.3 Recolhimento
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Figura 60: Recolhimento da carregadeira e concentraçao das argolas nos
pescantes.
Tecnologia de pesca | 75
Figura 61: Os quatros sistemas de transferencia das argolas para o Power block:
guia de recolhimento, grampo (mosquetao), conexao com no e
gancho para as argolas.
Figura 62: Recolhimento da rede pelo Power block, com o sistema de guia de
recolhimento.
Tecnologia de pesca | 77
2.2 SOLUÇÕES ECOLÓGICAS EM REDES DE CERCO PARA
MINIMIZAR DANOS AMBIENTAIS
Tecnologia de pesca | 79
80 | Vanildo Souza de Oliveira
CAPÍTULO III
ESPINHEL
Tecnologia de pesca | 81
3.1 ESPINHEL
Tecnologia de pesca | 83
dependendo do numero de anzois que ficam presos ao fundo, muitas
vezes, inviabiliza o recolhimento do espinhel, causando assim
grandes perdas de materiais. Uma das soluçoes encontradas para
minimizar esse problema foi o desenvolvimento de anzois circulares,
anzois com a haste voltada para dentro, diminuindo a possibilidade
de ficar preso nas pedras, ou em outros substratos do fundo (Figura
65).
Tecnologia de pesca | 85
Caso o espinhel venha ao ser recolhido, com varias linhas
secundarias cortadas nas extremidades sem os anzois, deve ser
avaliada a possibilidade de colocar “estropos”, ou “empates”, pedaços
de aço ou arame ligados aos anzois, com a finalidade de evitar que o
peixe morda e corte a linha secundaria. Em caso de vir com muitas
linhas secundarias torcidas, deve-se avaliar a colocaçao de
destorcedores, dispositivo que evitar a transferencia da torçao para
o cabo seguinte. No caso em que o numero de linhas secundarias e
grande, a colocaçao de snaps (grampos que unem as linhas
secundarias a principal com certa agilidade) deve tambem ser
avaliada, pois esses snaps dao segurança e agilidade nas manobras
de lançamento e recolhimento. Ressalta-se que, quanto mais
sofisticada a linha secundaria (Figura 67), maiores serao os custos
de confecçao, portanto a avaliaçao economica deve ser feita em
funçao da especie-alvo a ser capturada.
Tecnologia de pesca | 87
Figura 68: Formas de armazenamento de espinhel de fundo “a” em caixa com
calha lateral e “b” em um cesto com os anzois na borda.
Tecnologia de pesca | 89
que os anzois ja estao iscados, seu lançamento e mais seguro
minimizando riscos de acidentes durante o lançamento.
3.1.1.2 Recolhimento
Tecnologia de pesca | 91
anzois na mesma ordem de chegada na caixa. O numero 3 recolhe os
cabos de boias e da suporte ao numero 1, na retirada do pescado,
anzois, ou iscas nao consumidas, realizando essa sequencia ate o
final do espinhel (Figura 70).
Tecnologia de pesca | 93
conectada diretamente a linha principal, por meio de nos, o que
aumentava o risco de acidentes durante o lançamento. Com o
desenvolvimento dos produtos sinteticos, a linha principal de
multifilamento foi substituída por monofilamento de poliamida
(nylon), com diametro entre 3-4 mm para linha principal e 2 mm
para a linha secundaria, possibilitando o armazenamento de um
maior volume em menor espaço, sendo armazenado em carreteis, ou
tambores.
Figura 73: Snap com destorcedor; serve para conectar a linha secundaria a
principal.
Tecnologia de pesca | 95
Figura 74: Tipos de boias utilizadas em espinhel longline.
Tecnologia de pesca | 97
descarregam. Esses atratores luminosos possuem varias tonalidades
de cores e, ao contrario do lightsticks, poluem menos, pois suas
baterias nao rompem facilmente (Figura 76).
Á atraçao do peixe Meka Xiphias gladius pela luz foi
constatada inicialmente por pescadores cubanos, quando
descobriram que quando colocavam fogo em latas com oleo diesel,
como boias, em seus espinheis para poderem acompanha-los
durante a noite. Observaram que a maioria dos anzois juntos as
boias luminosas capturavam Mekas, daí o desenvolvimento de
atratores luminosos. Ás frotas que operam direcionadas para os
atuns (albacoras), a exemplo da chinesa, diferentemente das que
capturam Meka, fazem o lançamento de forma que o espinhel atue
durante o dia, sendo recolhido no final da tarde, nao necessitando o
uso de atratores luminosos.
Tecnologia de pesca | 99
(espaço entre duas boias) sao formados, geralmente, com mínimo de
cinco linhas secundarias.
Para acompanhar a velocidade da embarcaçao, a linha
principal e lançada por um canhao de lançamento, localizado na
popa da embarcaçao (dispositivo que lança a linha principal,
programado com a velocidade de lançamento, em funçao da
velocidade do barco).
3.1.3.1 Lançamento
REDES DE EMALHAR
4.1.1 Lançamento
4.2.1 Lançamento
4.2.2 Recolhimento
COVOS
5.1.1 Lançamento
5.1.2 Recolhimento
Figura 97: Recolhimento dos covos com a talha hidraulica e disposiçao dos
covos no conves depois do recolhimento.
No caso da pesca de lulas, elas nao sao atraídas pela luz, uma
vez que possuem a fototaxia negativa; elas vao em busca das suas
presas, que sao atraídas pela luz. Á colocaçao das lampadas no
conves da embarcaçao deve ser em uma posiçao na qual embaixo da
embarcaçao fique sem iluminaçao, proporcionando condiçao para
Figura 104: Vara e anzol, sem barbela, para a pesca de bonito com isca viva.
EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS
AUXILIARES À PESCA
.
Figura 107: Representaçao de ondas de baixa e alta frequencia em um
osciloscopio.
a) Profundidade;
b) Topografia do fundo;
c) Cardumes e peixes individualmente;
d) Plâncton: E possível observar a migraçao vertical do zooplancton
(ecossonda com alta frequencia);
e) Termoclina: Á ecossonda detecta a diferença de densidade, a agua
mais fria e mais densa (ecossonda com alta frequencia);
f) Interferências: Que podem ser mecanica (borbulhas, vibraçao,
ruído) e eletrica, oriunda de equipamentos eletronicos da propria
embarcaçao, ou de outra;
h) Tipo o fundo: Detecta quando o substrato e mole (areia, cascalho
ou lama) ou duro (rocha).
a b
Figura 110 :Interferencia por bolhas na superfície (a) e em toda coluna da agua
(b).
8. 5 SONAR
8.6 RADAR
8.8 SATÉLITE
PESCA DIRIGIDA
T = tiro da embarcaçao em kg
PS = potencia padrao para o arrasto (HP)
V = velocidade de arrasto em (m/s)
Modelo de Newton
P = Profundidade
I = Comprimento do cabo de arrasto
Rc = ½ x CD x ρ x l x ø x v 2= kgf
Rc = Resistencia do cabo de arrasto kgf
CD = Coeficiente de resistencia, para classe de arrasteiro de camarao
= 0,05 (Grafico 01)
Fe = ½ x CL x ρ x l x ø x v2 = kgf
Rp = ½ CD x ρ x s x v 2= kgf
Fe = ½ CL x ρ x s x v 2= kgf
CD = Coeficiente de resistencia
Ө = Ángulo de ataque da porta
CL = Coeficiente de expansao
Ө = Ángulo de ataque da porta
Dn = Resistencia da rede
S = Soma da superfície de todos os panos da rede
d = Diametro dos fios
a = Comprimento do fio entre nos
AH = Ábertura entre as extremidades das asas, ou seja, a abertura
horizontal da rede em posiçao de trabalho
AV = Ábertura vertical da boca da rede
Fórmula de Cueva
R= Resistencia da rede
d = Diametro medio do fio utilizado na rede
a = Media dos lados das malhas da rede
Formula de Giannotti
R = Resistencia da rede
Cd = Coeficiente de resistencia da rede
ρ = Densidade da agua do mar105/kg s2 / m4
AS = Área da rede
V= Velocidade de arrasto (m/s)
Figura 133: Forças de resistencias nos paineis com cortes em angulo no corpo
da rede e no saco com corte N.
H = 0,16 . a . V -0,87
H =Ábertura vertical da boca da rede (m)
a = Maximo perímetro do corpo da rede (m)
V = Velocidade de arrasto (m/s)
D = [(L´- L) x F ] + L = (m)
BÁLÁSH, C. Prawn trawl shape due to flexural rigidity and hydrodynamic forces.
Disponívelem: < https://eprints.utas.edu.au/14737/>. Ácesso em 25
de set. de 2018.
KOYÁMÁ, T.; KUDO, T.; Oba, O. 1981. Drag and sheer of the Suberkrub
type trawl boards. Bulletin of the National Research Institute of
Fisheries Engineering 2, 95-103.