Você está na página 1de 44

&

apetrechos

REALIZAÇÃO: APOIO:

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


1
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
2
Uma publicação da REDES, iniciativa da Federação das

apetrechos & Indústrias do Estado do Pará - FIEPA.


Trav. Quintino Bocaiúva, 1588 – Bloco A – 3° Andar - CEP:
66035-190 - Belém – Pará
www.redesfiepa.org.br / + 55 091 4009-4860

Executivo de Gestão
Produto oriundo do convênio PR-C-135/2019 - REDES/FIEPA -
Marcel Souza NORTE ENERGIA - Desenvolvimento e Fortalecimento da Cadeia
do Pescado
Coordenação REDES/FIEPA Altamira
Eurípedes Amorim
Coordenação Técnica
Paulo Amorim
Edição
Rita de Sousa
Texto
André Luiz Oliveira Nascimento
Daniela Barbosa de Sousa
Gustavo Fernandes do Nascimento
Isadora Ribeiro da Silva Lobato Bahia
Jennifer Ellen Ferreira Petronílio
José Ananias da Silva Junior
Liliane Campos Ferreira
Luiz Carlos Piacentini
Miguel dos Santos Bentes da Gama
Paulo Amorim da Silva
Pedro Henrique Campos Sousa
Fotografia
Charlyngton S. Silva
Liliane Campos Ferreira
Projeto Gráfico - Diagramação, Editoração
Eletrônica e Tratamentos de Imagens
Charlyngton S. Silva

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


3
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Nascimento, André Luiz Oliveira; Souza, Daniela Barbosa de; Nascimento,


Gustavo Fernandes; Bahia, Isadora Ribeiro da Silva Lobato; Silva Júnior, José
Ananias da; Ferreira, Liliane Campos; Piacentini, Luiz Carlos; Gama, Miguel
dos Santos Bentes da; Petronílio, Jennifer Ellen Ferreira; Amorim, Paulo da
Silva; Sousa, Pedro Henrique Campos. Fevereiro, 2022.

Pesca e Apetrechos no Médio e Baixo Xingu / Nascimento, André Luiz


Oliveira; Souza, Daniela Barbosa de; Nascimento, Gustavo Fernandes; Bahia,
Isadora Ribeiro da Silva Lobato; Silva Júnior, José Ananias da; Ferreira, Liliane
Campos; Piacentini, Luiz Carlos; Gama, Miguel dos Santos Bentes da;
Petronílio, Jennifer Ellen Ferreira; Amorim, Paulo da Silva; Sousa, Pedro
Henrique Campos. Cartilha. Altamira, REDES/ Federação da Indústria do
Pará – FIEPA, 2022.

40p. il.; 30 x 30 cm.

1. Pescado – Pesca – peixe; 2. Pescado – Pesca – Apetrecho; 3. Pescado –


Pesca – Embarcação; 4. Pescado – Pesca – Defeso; 5. Pescado – Pesca –
Impactos; 6. Pescado – Pesca – Proibições; 7. Pescado – Pesca – Tecnologias
Sociais.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


4
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

atividade onde os
1 pesqueira
no Xingu apetrechos 3 apetrechos

2
são armados
de pesca no
Xingu

apetrechos de
5
fatores prejudiciais
4 pesca utilizados
no período do
defeso
das pescarias no
meio ambiente

iniciativas
impactos
relacionados
ao descarte de 6 7 sustentáveis de
apetrechos de
pesca
apetrechos de
pesca

8 referências
bibliográficas

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


5
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

A
pesca artesanal ou comercial é uma atividade
tradicional muito importante nos municípios que
fazem parte da área de influência da Usina
Hidrelétrica de Belo Monte (Altamira, Anapu, Brasil Novo,
Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José
Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu).
O pescado é ao mesmo tempo fonte de renda e
nutrição para as comunidades ribeirinhas, que têm na
pesca mais que uma profissão, mas um modo de vida.
Assim também é com o equipamento utilizado para a
pesca: mais que uma ferramenta, trata-se de uma arte
estratégica que alia o bem fazer com equilíbrio da natureza.
Esta cartilha foi elaborada levando em conta as
peculiaridades das pescarias da região e a variedade de
apetrechos utilizada e buscou trazer tecnologias sociais,
sustentáveis, para sua confecção.
Trata-se de uma publicação voltada para o fortalecimento
da cadeia do pescado na região do Xingu, uma parceria
REDES/FIEPA e Norte Energia S.A.
* Para deixar a leitura mais fluida, os nomes científicos
de peixes e plantas mencionados ao longo do texto foram
reunidos na página 38.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


6
atividade
1 pesqueira
no Xingu
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
7
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

A
diversidade de peixes na bacia do rio Xingu demostra seu grande potencial para a exploração pesqueira,
tanto por espécies de interesse comerciais, quanto por espécies ornamentais, e são destaques nos
municípios de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Medicilândia, Pacajá, Placas, Porto de Moz, Senador José
Porfírio, Uruará e Vitória do Xingu. Com base na complexidade das pescarias, apresenta-se a seguir as principais artes
de pescas que ocorrem na região.

¹De acordo com a Lei nº 11.959, de 29 de


julho de 2009, a pesca artesanal é a
atividade praticada diretamente por
pescador profissional, de forma
autônoma ou em regime de economia
familiar, com meios de produção
próprios ou mediante contrato de
parceria, podendo atuar de forma
desembarcada ou utilizar embarcações
de pequeno porte.

A
pesca artesanal¹ trata da exploração comercial informal, por um grande número de pescadores, que
de recursos pesqueiros por pescadores que explora amplas áreas utilizando modalidades de pesca
empenham a atividade através de embarcações variadas e que desembarcam em pequenos locais
de pequeno e médio porte e aplicam técnicas simples e geralmente de difícil acesso.
variadas. Esse perfil da pesca reflete as características Assim, destaca-se na região quatro modalidades de
hidrológicas do rio, com muitas cachoeiras, corredeiras pesca, sendo elas: 1) pesca de subsistência, para o
que dificultam os deslocamentos de longas distâncias consumo das famílias das comunidades do rio; 2) A
ao longo do rio. A pesca na região do Xingu é uma pesca comercial destinada para abastecimento do
atividade tradicional de fundamental importância social, consumo da população local e regional; 3) pesca
econômica e cultural para as populações. A região se comercial de peixes ornamentais para o mercado
destaca por apresentar características peculiares dessas aquarista, principalmente internacional e 4) pesca
pescarias, exercidas na maior parte das vezes de maneira esportiva, com a finalidade de lazer.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


8
apetrechos
2
de pesca no
Xingu
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
9
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

As embarcações utilizadas na pesca artesanal da 2. Canoa com motor: Confeccionada de madeira, com cerca
Amazônia possuem características bastante variadas de sete metros, é utilizada para deslocamentos mais longos
em relação ao comprimento, capacidade de carga,
por usar como meio de propulsão o motor de popa do tipo
ambiente onde atuam e estoques pesqueiros que
exploram. No rio Xingu as embarcações são rabeta.
caracterizadas pela força de impulso (propulsão),
onde são divididas em três categorias listadas a
seguir:

1. Canoa a remo: É utilizada para a pesca de curta


distância e para acessar locais de difícil acesso como
igarapés, áreas alagadas e lagos. É confeccionada
geralmente por diversos tipos de madeiras da região
amazônica, podendo variar de tamanho de acordo com 3. Barco a motor: As embarcações são construídas de
a área de pesca, tendo comprimento médio de quatro materiais mais resistentes como o alumínio, e pode apresentar
metros ou mais, o que ajuda no deslocamento. motor de popa e rabeta. As medidas das embarcações de
alumínio variam entre sete a 10 metros e os barcos com
motores de centro ultrapassam mais de 10 metros de
comprimento.

Dentre os três tipos de embarcação, a canoa (motor rabeta) e o barco (motores rabeta e popa) são encontrados em
maior parte distribuídos no médio e baixo rio Xingu. Porém, os barcos acima de 10 metros de comprimentos são
encontrados com mais frequência próximos a foz do rio Amazonas e em pequena quantidade no rio Iriri, que é o
maior afluente do rio Xingu.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


10
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

A pesca artesanal na Amazônia tem características peculiares, e apresenta técnicas para


capturas diferenciadas de acordo com os habitats explorados e quanto aos estoques
pesqueiros disponíveis para captura.
As artes ou instrumentos utilizados para captura são subdivididos em artes passivas e
ativas.

Artes passivas: são movidas ativamente pelo homem, Artes ativas: métodos ou artes que usam redes ou
envolve captura de peixes ou outros animais aquáticos apetrechos que se movimentam na captura de peixes.
por enredamento, aprisionamento ou pescaria com Ex: tarrafa, arpão, zagaia.
anzol. Ex: linha de mão com anzóis, malhadeira,
espinhel, matapi.

ARTES
PASSIVAS São simples no design, É o organismo que se
construção e utilização move para dentro da
armadilha.

ARTES Atuam por aproximação Há movimento na


ATIVAS ou varredura. captura do
organismo.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


11
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

S
ão redes retangulares que
operam de forma vertical na Nome Tradicional: redes ou malhadeira;
Composição: os materiais das panagens das redes são
coluna d'água, e se estendem ao
geralmente como fios de nylon (poliamida PA,
longo do canal do rio, nos pontos de monofilamento ou multifilamento) e polietileno (PE);
passagem de peixes e também dos Materiais de confecção: constituído por panagens,
cabos de chumbo e de boias;
cardumes. Costumam ser colocadas
Ambientes: são dispostas em áreas de superfície, meia-
presas com pesos ou âncoras com água e de fundo;
tempo de imersão de até 24 horas, com Durabilidade de decomposição: mais de 50 anos;
Espécies capturadas: dourada, surubim, acaris de
malhas de tamanho menor que a
grande porte e bagres.
dimensão dos peixes que se pretendem
capturar.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


12
Rede circular no formato cônico, com
chumbos nas suas bordas. A arte é
lançada sobre os cardumes de peixes,
formando um grande círculo. É disposta
de modo a formar uma bolsa que servirá
para reter o peixe durante a captura.

Nome Tradicional: tarrafa ou rede de arremesso;


Composição: nylon multifilamento ou nylon
monofilamento;
Materiais de confecção: constituída de chumbos nas
bordas;
Ambientes: lançada nas margens, meio para captura
de peixes menores ou cardumes;
Durabilidade de decomposição: mais de 50 anos;
Espécies capturadas: curimatã, jaraqui, ariduia, piaba e
espécies para isca.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


13
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

anzóis de diversos tamanhos. Os


números e tamanhos de anzóis
utilizados dependem da espécie alvo a
Linha principal, compostas por linhas ser capturada. Podem ser usadas iscas
secundárias, onde são pendurados mortas ou vivas.

Espinhel de superfície Espinhel de meia água Espinhel de fundo

Nome Tradicional: espinhel ;


Composição: linha de nylon monofilamento;
Materiais de confecção: linha, anzóis, boias e chumbos; Sinalização
Ambientes: é armado no canal do rio, em três
diferentes posições na coluna d'água: na superfície,
meia-água e fundo. Ambientes lênticos e lóticos;
Durabilidade de decomposição: mais de 50 anos;
Espécies capturadas: arraia, barba-chata, dourada,
piraíba, pintado, piramutaba, pirarara. Imagem: José Claro da Fonseca Neto

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


14
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Tridente de ferro formado com


dentes pontiagudos, preso a uma
Lança de madeira com ponta
haste de madeira “vara” (2 a 3 m
feita de metal presa com uma
de comprimento) normalmente
corda.
fixa a uma corda e lançada sobre o
alvo, com duas, três ou mais
pontas com farpas, utilizada na
captura de peixes de médio e
Nome Tradicional: arpão;
pequeno porte. O pescador lança a
Composição: politereftalato de etileno
zagaia sobre o alvo avistado.
(PET, é um polímero termoplástico);
Materiais de confecção: madeira, haste
metálica e corda;
Nome Tradicional: zagaia; Ambientes: lênticos (igarapés, lagos);
Composição: haste de ferro e vara de madeira; Durabilidade de decomposição: corda
Materiais de confecção: a lança normalmente (Politereftalato de etileno) – 400 a 750
é confeccionada com bambu, ipê ou taboca;
anos, madeira – 6 meses; metal – mais de
Ambientes: utilizada em pescarias noturnas,
100 anos;
na beira de rios e igarapés, ao longo de todo o
Espécies capturadas: piraíba.
ano, mas preferencialmente na seca. Com o
auxílio de lanterna, farol ou outro tipo de
atração luminosa;
Durabilidade de decomposição: entre 2 e 10
anos;
Espécies capturadas: aracu, ariduia, acará,
curimatã, pacu, piranha-preta, pirapitinga,
surubim, traíra, tucunaré.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


15
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Vara de pesca produzida com bambu, Cesto cilíndrico confeccionado com talas
taboca. Uma linha de nylon, anzol e finas de taboca ou miriti. As varetas são
chumbada são atrelados a vara. amarradas com cipó, no seu interior a
abertura afunila para a captura de
camarões.

Nome Tradicional: matapi;


Composição: talas de taboca, talas de miriti;
Materiais de confecção: taboca e miriti;
Nome Tradicional: caniço;
Ambientes: armada em lagos;
Composição: bambu, taboca;
Durabilidade de decomposição: três meses;
Materiais de confecção: linha de nylon, anzol e
Espécies capturadas: camarão.
chumbada;

Ambientes: geralmente lançada em igarapés,


lagos e ambientes de corredeiras;

Durabilidade de decomposição: madeira – 6


meses; metal – cerca de 450 anos;

Espécies capturadas: pacu e piau.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


16
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Para a captura de peixes ornamentais, especificamente


acaris ou cascudos, os apetrechos de pesca utilizados
são: um pedaço de madeira resistente com ponta fina,
também conhecida como “vaqueta”, que geralmente
Vaqueta
possui 40 a 70 cm de comprimento e 2 a 4 cm de
largura. Esse apetrecho é utilizado para retirar os acaris
dos abrigos formados por rochas.
Com o auxílio de um compressor de ar alimentado por
energia através de motor de baixa potência, juntamente Foto: Carvalho Júnior et. al. 2011.

com uma mangueira para sucção do ar, o pescador Tarrafinha


(acarizeiro) mergulha com uma lanterna para auxiliar na
iluminação e uma garrafa plástica presa na cintura para Outro apetrecho que pode ser
armazenar os peixes. Destaca-se que os apetrechos utilizado é a “tarrafinha”, que
podem ser utilizados em ambientes de corredeiras ou os pescadores colocam sobre
água com pouco movimento. blocos rochosos com fendas.

Mascareta e
Lanterna mangueiras
Compressor
de ar

Foto: Carvalho Júnior et. al. 2011. Garrafa Plástica para Foto: Leandro Sousa

armazenamento

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


17
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Acari-pão

Acari-amarelinho
Fotos: Leandro Sousa

Acari-zebra

A captura da espécie, bem como a


comercialização, foi considerada proibida
em 21 de maio de 2004 pela Instrução
Assacu-pirarara Normativa Nº 5 do Ministério do Meio
Ambiente (BRASIL, 2004), que classificou
a espécie como criticamente ameaçada
de extinção.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


18
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

De acordo com a Portaria do Ministério da Agricultura,


Pecuária e Abastecimento (MAPA) e a Secretária de
Aquicultura e Pesca n° 17, de 26 de janeiro de 2021:

sabia
Estabelece normas, critérios e padrões para o uso
sustentável de peixes nativos de águas continentais,
marinhas e estuarinas, com finalidade ornamental e de
aquariofilia.

Que a coleta e captura de espécies Art. 2º Para efeito desta Portaria, considera-se:
I - Finalidade Ornamental: uso de organismos aquáticos
ornamentais da região do baixo e vivos ou não, para fins decorativos, ilustrativos ou
médio Xingu é permitida desde que estéticos;

obedeça às legislações ambientais II - Finalidade de Aquariofilia: manutenção ou


vigentes? comercialização, para fins de lazer ou de
entretenimento, dos indivíduos vivos em aquários,
tanques, lagos ou reservatórios destinados para este fim;

O que diz III - Explotação: ato de retirar, extrair ou obter um


a legislação: recurso natural, para fins de aproveitamento
econômico.

De acordo com a Lei nº 6.713, de 25 de janeiro de 2005


Art. 12:
A coleta, a captura e o transporte intermunicipal de
peixes ornamentais serão realizados através de Guia de
Art. 3º Fica permitida a captura, o
Autorização de Transporte Estadual, que deverá conter transporte e a comercialização de
a quantidade, o peso, a espécie, a origem e o destino exemplares vivos de peixes nativos de
dos mesmos, conforme modelo estabelecido pela
á g u a s co n t i n e n t a i s , m a r i n h a s e
Secretaria Executiva de Estado de Ciência,
Tecnologia e Meio Ambiente - SECTAM, e da Guia de
estuarinas, exceto aqueles:
Trânsito Animal, expedida pela Agência de Defesa • Espécies ameaçadas de extinção ou
Agropecuária do Estado do Pará - ADEPARÁ. que não possam ser comercializadas.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


19
onde os
3 apetrechos
são armados
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
20
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Emalhes de superfície

Os apetrechos de pesca que se encontram


em diferentes níveis d'água são métodos de
pesca passivos comumente utilizados na
Emalhes de meia água
região do rio Xingu. Dentre eles pode-se
destacar a rede de emalhe e espinhel, com
três tipos de posicionamento no ambiente:

3.1 De superfície: São artes que não são ancoradas e


que ficam à deriva na água, e as principais capturas são Emalhes de fundo
espécies pelágicas (espécies de peixes que habitam os
ambientes próximos a superfície). São sinalizadas por
boias ou garrafas PET e a outra extremidade amarrada
em galhos de árvores ou também em boias.

3.2 De meia-água: São artes que ficam fundeadas e


sinalizadas por boias ou garrafas PET, para ficar em Espinhel
meia água, e as principais capturas são espécies
pelágicas.
superfície meia água fundo

3.3 De fundo: É armado com boias perpendiculares


com chumbos que ficam fundeadas e sinalizadas por
boias ou garrafas PET, e as principais capturas são de
espécies bentônicas (espécies de peixes que habitam o
fundo).
As espécies alvo a serem capturadas são as que definem se o espinhel
vai atuar na superfície, meia água ou no fundo.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


21
apetrechos de
4 pesca utilizados
no período do
defeso

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


22
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

No período de defeso no rio Xingu a captura Com base nos apetrechos de pesca que podem ser
das espécies alvos, como pirapitinga, utilizados no defeso, os pescadores voltados para
curimatá, aracu, pacu, jatuarana, fura calça, subsistência das populações ribeirinhas e tradicionais
branquinha. Com isso, os apetrechos de sem fins comerciais e os pescadores amadores
pesca utilizados passam a ser mais seletivos, devidamente licenciado² só podem capturar cerca de
ou seja, as espécies capturadas se tornam 10 e 5 quilos de peixe por dia, respectivamente.
menos vulneráveis a captura.

Dentre os apetrechos de pesca


mais seletivos, tem-se:

Vara de pesca
²Segundo o Art. 29, do Decreto lei nº 221, de 28 de
Linha de mão e anzol fevereiro de 1967, com redação dada pelas Leis nº
6.585, de 24 de outubro de 1978 e Lei no 9.059, de 13
de junho de 1995.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


23
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

5
fatores prejudiciais
das pescarias no
meio ambiente

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


24
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

A fauna acompanhante é o resultado da O descarte de pescado contribui com perdas


baixa seletividade do apetrecho de pesca efetivas em termos de produção, ou seja, diversas

utilizado nas pescarias. O descarte de espécies descartadas pelos pescadores artesanais


podem apresentar perdas em oportunidades
pescado é uma parcela grande durante a
econômicas, pois poderiam ser aproveitadas para
pescaria, com espécies capturadas que não
outros fins. Estudos relatam que dentre as espécies
são aproveitadas, mortas ou seriamente mais descartadas nesse processo, estão os bagres e
danificadas por não apresentarem peixes com placas ósseas (acaris), entre outros.
interesse comercial. Com isso, diversos
pesquisadores relatam que as redes de
pesca são apontadas como uma ameaça
aos recursos pesqueiros, podendo
comprometer a biodiversidade e
ecossistema aquático.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


25
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Nesse cenário, a pesca artesanal acaba gerando uma


grande quantidade de resíduos que são descartados de
forma irregular, abandonados ou até mesmo perdidos
no meio aquático. Os principais itens encontrados são
anzóis, boias, cordas, fios, nylon, isopores entre outros, e
além das problemáticas ambientais causadas, também
geram acidentes em áreas de lazer e turismo, como as
Outro fator limitante que afeta o praias, ao passo que os usuários podem se ferir ao
entrar em contato com esse tipo de material.
ambiente aquático é a pesca fantasma,
caracterizada por equipamentos de Com isso, o impacto das redes de pesca sobre os
pesca como malhadeiras, linhas, anzóis, ecossistemas aquáticos varia de acordo com as
isopores e outros apetrechos, características físicas e operacionais dos apetrechos, de
forma que, quando bem armados podem reduzir as
abandonados, descartados ou
implicações aos ambientes e ainda permitem uma
esquecidos nos rios ou oceanos.
melhor conservação.

De acordo com a Organização das Nações


Unidas (FAO, 2016), dependendo do apetrecho
de pesca perdido, a busca ou resgate do
material é descartada pelo pescador em virtude
da redução do tempo de pesca e custo
adicional com combustível.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


26
impactos
relacionados
ao descarte de
apetrechos de
pesca
6
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
27
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Em relação aos resíduos da atividade da pesca, estima-se que começam a ser


gerados antes mesmo do pescador iniciar suas atividades práticas nos rios, lagos e
mares, e são intensificados a medida que a vida útil dos seus materiais é diminuída
pelo esforço de pesca empregado, e que a praticidade em comprar novos
apetrechos, ao invés de consertá-los, destinar de forma correta ou promover o
reaproveitamento vão sendo escassos.

De acordo com o Ministério do


Meio Ambiente (MMA):
“A Política Nacional de Resíduos
Sólidos (PNRS)¹ prevê a prevenção
e a redução na geração de
resíduos, tendo como proposta a
prática de hábitos de consumo
sustentável e um conjunto de
instrumentos para propiciar o
aumento da reciclagem.”

Tome A PNRS visa incentivar o


desenvolvimento de tecnologias

Nota limpas para atenuar os efeitos da


poluição nos ambientes.

¹ Lei n° 12.305 de 02 de agosto de 2010.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


28
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Os impactos gerados pelos descartes dos apetrechos de pesca ocasionam prejuízos a


fauna aquática, pois esse material pode aprisionar as espécies, fazendo com que elas se
machuquem ou sejam predadas com mais facilidade, além de outras problemáticas
voltadas a biologia reprodutiva. O descarte inadequado também afeta diretamente na
cadeia alimentar, assim como a degradação ambiental. Com o aumento dos resíduos
sólidos no ambiente aquático, pode ocorrer a redução da concentração de oxigênio
dissolvido, escurecimento da água e consequentemente morte de peixes e de outros
organismos aquáticos

Amputação Ferimentos
Animais têm parte do corpo Redes cortam, estrangulam e
dolorosamente amputadas ao machucam os animais de diversas
Afogamento tentar se soltar ou quando a rede formas dolorosas, podendo levar a
Mamíferos, répteis e aves corta a circulação sanguínea. infecções sérias e até à morte.
emaranhadas agonizam até a
morte, sem conseguir voltar para
a superfície para respirar.

Predação
Animais aprisionados por redes de
Fome Pesca Cíclica pesca fantasma não conseguem se
Algumas redes dificultam a Animais emaranhados podem atrair esconder e ficam suscetíveis a
locomoção ou aprisionam o animal, predadores, que também acabam presos. predadores.
que sofre por não conseguir buscar
comida e pode morrer.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


29
iniciativas
7 sustentáveis de
apetrechos de
pesca

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


30
É importante que seja
feito um descarte
consciente de resíduos de
pesca ou
reaproveitamento de
outros materiais para
utilizar em pescarias,
uma vez que afetam
diretamente os
organismos aquáticos, e
até mesmo à alteração da
qualidade hídrica.
Algumas tecnologias
podem ser utilizadas para
a confecção de
apetrechos de pesca com
reaproveitamento de
resíduos.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


31
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

As Tecnologias Sociais podem ser


consideradas como agentes de
transformações sociais, pois nascem de Tome
construções comunitárias que têm
como objetivo a solução de problemas
sociais, econômicos, ambientais, dentre
Nota
outros. Surge como uma ferramenta Considera-se tecnologia social todo o produto,
oposta à tecnologia convencional, pois método, processo ou técnica criada para
não visa lucro e promove a inclusão solucionar algum tipo de problema social,
social, de forma coletiva e através do atendendo quesitos de simplicidade, baixo
desenvolvimento sustentável. custo, fácil aplicabilidade e impacto social
comprovado.

Algumas tecnologias sociais já vêm sendo


empregadas na prática da atividade pesqueira
na região do Xingu, através da transformação
de resíduos e utilização de materiais
Foto: Miguel Gama

recicláveis, são elas:

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


32
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Algumas alternativas sustentáveis


já estão sendo desenvolvidas na
região norte para captura de
camarão, inclusive na região do
médio e baixo Xingu. A partir da
proposta de armadilhas
construídas com garrafas PET
recicladas, acredita-se ter uma
adequada destinação para o
manejo do material descartado
nos rios.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


33
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Outra alternativa que pode otimizar a

Foto e ilusrações: Lima et. al. 2016.


captura de camarões e reciclar
materiais é o matapi confeccionado
com PVC, telas plásticas, barbantes de
nylon e anéis de fixação. Essa armadilha,
que é um protótipo produzido pela
EMBRAPA em Macapá, tem sua
durabilidade estimada superior a cinco
anos. Além de reutilizar, o matapi de
PVC visa capturar indivíduos maiores e
Materiais necessários e datelhes de confecção da armadilha em pvc para captura de
reduzir o impacto nos estoques camarões: anéis de fixação (A); tela semicircular para construção dos funis de
entrada (B); tela de cobertura (C ); hastes de fixação (D); nylon multifilamento (E);
naturais. abraçadeiras plásticas (F); funis de entrada (G); armadilha montada (H).

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


34
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Na região do Xingu, principalmente na capturados, uma garrafa pet, com


área denominada como Volta Grande do apenas um corte na estrutura para
Xingu (VGX) pescadores de peixes realizar a abertura e fechamento do
ornamentais utilizam como “bolsa” de recipiente, que vai amarrada a cintura
armazenamento dos indivíduos do pescador durante a atividade.
Foto: Leandro Sousa

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


35
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Outro item utilizado pelos pescadores é


a agulha feita de madeira para tecer e
remendar redes de pescas. Por ser de
material biodegradável e de fácil
reaproveitamento através do uso de
pequenos pedaços de galhos, troncos,
material de refuga e outros encontrados
nos ambientes, é considerado uma
tecnologia social para as populações
tradicionais principalmente.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


36
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Refletir sobre a atividade pesqueira e o da atividade. Cabe a compreensão de que


meio ambiente atualmente é repensar o maus hábitos contribuem
modo de uso dos recursos naturais, de significativamente para a crise ambiental,
forma a adaptar as tecnologias para a nova compromete a vida do planeta, que inclui
realidade e proporcionar o a fauna aquática, através da destruição e
desenvolvimento de ferramentas para uso contaminação do meio ambiente, e
comunitário através da reciclagem ou compromete os modos de vidas das
reaproveitamento de materiais oriundos populações locais e de gerações futuras.

além do pensamento acima mencionado,


vale destacar medidas mitigadoras como:

Sensibilizar o pescador a Incentivar iniciativas de


Promover a fazer o descarte adequado políticas públicas que
educação dos seus apetrechos de contribuam para o fomento da
ambiental. pesca, como rede, linha, pesca artesanal, e que sejam

+ +
anzol e entre outros. voltadas ao desenvolvimento
regional e local.

=
Dessa forma, a sobre-exploração do sobre-exploração
ambiente e fauna aquícola pode ser Excesso de captura que ultrapassa
atenuada, além de proporcionar a capacidade de reposição da
melhor qualidade de uso dos recursos espécie no meio ambiente.
pela população.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


37
apetrechos & NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Nome popular Nome cien fico


Acará Geophagus sp.
Acari-pão Hypancistrus sp.
Acari-amarelinho Baryancistrus xanthellus
Acari-boi-de-bota Panaque nigrolineatus
Acari-onça Leporacanthicus heterodon
Acaris de grande porte Família Loricariidae
Acari-zebra Hypancistrus zebra
Aracu Família Anostomidae
Ariduia Semaprochilodus brama
Arraia Potamotrygon leopoldi
Assacu-pirarara Pseudacanthicus pirarara
Bagres Ordem Siluriformes
Peixes

Barba-chata Família Pimelodidae


Branquinha
Camarão
Família Curima dae
Ordem Decapoda
Plantas
Curimatá Prochilodus nigricans
Dourada Brachyplatystoma sp.
Fura-calça Pimelodina flavipinnis Nome Popular Nome Cien fico
Jaraqui Semaprochilodus sp.
bambu Bambuseidae
Jatuarana Brycon sp.
Pacu Myleus sp.; Mylossoma sp. ipê Tabebuia spp.
Piaba Moenkhausia sp.; Astyanax sp.; e Bryconops sp. miri Mauri a flexuosa
Piau Leporinus sp.
taboca Guadua weberbaueri
Pintado Pseudoplatystoma sp.
Piraíba Brachyplatystoma filamentosum
Piramutaba Brachyplatystoma vaillan i
Piranha-preta Serrasalmus rhombeus
Pirapi nga Piaractus brachypomus
Pirarara Phractocephalus hemioliopterus
Surubim Pseudoplatystoma punc fer
Traíra Hoplias malabaricus
Tucunaré Cichla sp.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


38
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Almeida, M. C. 2018. Pesca, consumo de proteínas e Carvalho Júnior, J. R., et al. 2011. Apetrechos de pesca
economia no rio Xingu, Amazônia brasileira. Tese de ornamental utilizados pelos Juruna da Terra indígena
doutorado em Ecologia Aquática e Pesca do Paquiçamba (Pará, Brasil). Bol. Téc. Cient. Cepnor, v. 11, n.
Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal 1, p. 71-79.
do Pará, UFPA. Belém, PA, Brasil. Cintra, I. H. A. et al. 2009. Apetrechos de pesca utilizados
Batista, V. S.; Barbosa, W. B. 2008. Descarte de peixes na no reservatório da usina hidrelétrica de Tucuruí (Pará,
pesca comercial em Tefé, médio Solimões, Amazônia Brasil). Boletim Técnico-Científico do CEPNOR, v. 9, n. 1, p.
Central Amazônia Central. Acta Scientiarum. Biological 67-79.
Sciences. Maringá, v. 30, n. 1, p. 97-105. Dias-Neto, J.; Dias, J. F. O. 2015. O uso da biodiversidade
Batista, V. S.; Barbosa, W. B. 2008. Descarte de peixes na aquática no Brasil: uma avaliação com foco na pesca.
pesca comercial em Tefé, médio Solimões, Amazônia Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos
Central. Acta Scientiarum. Biological Sciences, v. 30, n. 1, p. Naturais Renováveis (IBAMA), Brasília, DF, Brasil.
97-105. Fonseca, A. F.; Souza, R. A. L. 2013. Relações morfométricas
Brasil. 2004. Instrução Normativa Nº 5, de 21 de Maio de de algumas espécies de peixes da fauna acompanhante
2004, Ministério de Meio Ambiente. Diário Oficial. Brasília, capturada nas pescarias artesanais do camarão em região
28 de maio 2004.p. 136-142. estuarina do rio Taperaçu (Bragança-PA-Brasil). Boletim

Brasil. Portaria Nº 48, de 5 de novembro De 2007. Técnico Científico do CEPNOR, v. 6, n. 1, p. 79-87.

Disponível em: <https://www.gov.br/agricultura/pt- Francesco, A.; Carneiro, C. 2015. Atlas dos impactos da
br/assuntos/aquicultura-e-pesca/legislacao/defesos/ UHE Belo Monte sobre a pesca. Instituto Socioambiental.
portaria-ibama-no-48_11_2007.pdf/view>. Acessado em São Paulo, SP, Brasil.
23 de jan. de 2022. Fraxe, T. J.; Pereira, H. S.; Witkoski, A. C. 2011. Comunidades
Camargo, M.; Carvalho Júnior, J.; Estupiñan, R. A. 2012. ribeirinhas amazônicas: modos de vida e uso dos recursos
Peixes comerciais da ecorregião aquática Xingu-Tapajós. naturais. 1aed., EDUA. Manaus, AM, Brasil.
Centro de Tecnologia Mineral (CETEM), Rio de Janeiro, RJ, Gulland, J. A. 1971. Manual de métodos para la evaluación
Brasil. de las poblaciones de peces. FAO. Zaragoza: Acribia.

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


39
&
apetrechos
NO MÉDIO E BAIXO XINGU

Isaac, V. J., et al. 2015. Artisanal fisheries of the Xingu River escala na região estuarina do rio Caeté, município de
basin in Brazilian Amazon. Brazilian Journal of Biology 75. Bragança-Pará-Brasil. Dissertação de Mestrado.

Lima, J. F.; Bastos, A. M.; Montagner, D. 2016. Armadilha Universidade federal do Pará, Bragança, PA, Brasil.

em PVC para pesca comercial de camarões de água doce. Siqueira, J. M. et al. 2017. The Middle and Lower Xingu: the
Embrapa Amapá-Comunicado Técnico (INFOTECA-E). response to the crystallization of different temporalities in
Amapá, AP, Brasil. the production of regional space. Revista Brasileira de

Lins, P. M. O. 2011. Técnico em pesca e aquicultura: tecno- Estudos Urbanos e Regionais (RBEUR), v. 19, n. 1, p. 148-

logia pesqueira. Instituto Federal do Pará (IFPA) e 163.

Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Sousa, R. G. C.; Florentino, A. C.; Piñeyro, J. I. G.. 2014.

Mesquita, E. M. C.; Nahum, V. J. I. 2015. Etnoconhecimento Inovação de artefatos e caracterização da pesca do cama-

e tecnologia da pesca artesanal no Rio Xingu, Pará, Brasil. rão Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) na comu-

Brazilian Journal of Biology, 75(3), 138-157. nidade São Sebastião da Brasília-Parintins/AM. Biota
Amazônia (Biote Amazonie, Biota Amazonia, Amazonian
Oliveira Neto, F. M. 1981. Tecnologia de pesca. Noções
Biota), v. 4, n. 3, p. 83-87.
básicas. ACARPESC, Florianópolis, SC, Brasil.
Zacardi, D. M., Ponte, S. C. S., Silva, A. J. S. 2014.
Organização para a Alimentação e Agricultura [FAO].
Caracterização da pesca e perfil dos pescadores artesana-
2016. Abandoned, lost or otherwise discarded gillnets
is de uma Comunidade as margens do rio Tapajós, Estado
and trammel nets: methods to estimate ghost fishing
do Pará. Amazônia: Ciência & Desenvolvimento, 10(19),
mortality, and the status of regional monitoring and
129-148.
management. Rome, Italy: Fisheries and Aquaculture
Technical Paper, v. 600

Pensamento Verde. 2013. Você sabe o que é politereftala-


to de etileno? Revista Pensamento Verde. Disponível em:
https://www.pensamentoverde.com.br/reciclagem/voce-
sabe-o-que-e-politereftalato-de-etileno/. Acesso em: 02
de dez. de 2021.

Proteção Animal Mundial. 2018. Maré Fantasma. Situação


atual, desafios e soluções para a pesca fantasma no Brasil.
Relatório da ONG Proteção Animal Mundial, ONU Meio
Ambiente, Instituto Baleia Jubarte e WWF-Brasil. São
Paulo, SP, Brasil.

Santo, R. V. E. 2002. Caracterização da atividade de


desembarque da frota pesqueira artesanal de pequena

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


40
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
41
pesca e apetrechos no baixo e médio xingu
42
&
apetrechos

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


43
&
apetrechos

REALIZAÇÃO: APOIO:

pesca e apetrechos no baixo e médio xingu


44

Você também pode gostar