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Teórica
NOÇÕES SOBRE PROA, POPA, VANTE, RÉ, BOMBORDO, ESTIBORDO, MEIA-NAU MEIO NAVIO E CASTELO .................. 6
NOÇÕES DE LINHA DE ÁGUA, OBRAS VIVAS, OBRAS MORTAS, BORDA FALSA, COSTADO, FUNDO, AMURAS, ALHETAS,
TRAVÉS E CALADO........................................................................................................................................................... 8
IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS ABERTURAS NO CASCO - ESCOVÉM, PORTAS DE MAR, EMBORNAIS, VIGIAS,
BUZINAS E ESCOTILHAS ................................................................................................................................................ 12
OSSADA ..................................................................................................................................................................... 18
Identificação do passo do hélice – hélice de passo direito, hélice de passo esquerdo e hélice de passo variável ...... 23
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NOMENCLATURA E DIMENSÕES DA EMBARCAÇÃO
É uma construção flutuante e habitável construída em madeira, alumínio, fibra ou aço que se
destina a navegar transportando pessoas e coisas (Fig.1).
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Flutuabilidade- Tendência para flutuar. Depende da relação volume/peso do navio. Quanto mais
volumoso e menos pesado é o navio, maior é a Flutuabilidade.
Estabilidade – Tendência para voltar à posição direita, quando por ação da ondulação ou do vento
se desvia da posição direita.
Fig. 3 - Tranquilidade
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Navegabilidade – Capacidade para navegar em segurança e de suportar o mau tempo. Inclui
muitos factores como a estabilidade, flutuabilidade, etc.
Mobilidade – É a capacidade que um navio tem em mover-se pelos seus próprios meios. Depende
da força propulsora, forma e dimensão do casco e da sua autonomia.
4 beliches 4 beliches
4 beliches
2 casas
banho
4 beliches
Cozinh messe
a
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NOÇÕES SOBRE PROA, POPA, VANTE, RÉ, BOMBORDO, ESTIBORDO, MEIA-NAU MEIO NAVIO E
CASTELO
BOMBORDO
PROA
POPA
VANTE
RÉ
ESTIBORDO
PROA
A região média longitudinal do navio / embarcação designa-se por meia-nau ou mediania. Meio-
navio é a região em que a distância até à proa e à popa é a mesma ou sensivelmente a mesma
(Fig.7).
NAVIO
MEIO
MEIA NAU
MEIA NAU
Fig.7- Meio Navio, Meia Nau
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Castelo é uma construção no prolongamento do costado. Presentemente as embarcações / navios
de pesca apenas têm um castelo e esse é o castelo de proa ou simplesmente castelo (Fig.18 a).
SUPERESTRUTURA
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CASTELO DA PROA (PONTE)
Dá-se o nome de casco ao invólucro exterior do navio / embarcação. É portanto o corpo que
lhe dá flutuabilidade nele se distinguindo o fundo, o encolamento e o costado (Fig. 8).
Costado
Encolamento
Fundo
Fig.8 – Constituição do casco
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O casco termina inferiormente pela quilha (Fig. 9). As faces internas do costado
denominam-se amuradas. Robaletes são peças colocadas na zona do encolamento
tendo como função reduzir o balanço Bombordo / Estibordo (Fig.9).
Amurrada
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Verdugo
Robaletes
Quilha
fig. 9- Quilha, Robaletes, Verdugo
NOÇÕES DE LINHA DE ÁGUA, OBRAS VIVAS, OBRAS MORTAS, BORDA FALSA, COSTADO,
FUNDO, AMURAS, ALHETAS, TRAVÉS E CALADO
A parte mergulhada do casco denomina-se obras vivas ou querena enquanto a outra parte, a que
fica fora de água, são as obras mortas (fig. 10).
À linha pintada no casco e que separa as obras vivas das obras mortas tem o nome de linha de
água ou linha de flutuação.
OBRAS MORTAS
OBRAS MORTAS
LINHA DE ÁGUA
OBRAS VIVAS
OBRAS VIVAS
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As duas partes curvas do costado, acima da linha de água, à proa, são as amuras (E.B. e B.B); às
duas partes curvas do costado, à popa, acima da linha de água denominam-se alhetas (E.B. e B.B.)
(Fig.11). Entre as amuras e as alhetas fica o Través (EB e BB), fazendo um ângulo de 90 com a
linha de proa.
AMURA BB
AMURA EB
ALHETA BB TRAVÉS EB
ALHETA EB
A secção transversal do casco, a meio – navio, onde ele atinge maior largura é a casa-mestra
(Fig.12).
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A borda é o limite superior do costado. Se for da
mesma altura em todo o comprimento
denomina-se borda corrida (Fig.13 a).
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Fig.13 a)- Navio com borda corrida
Borda falsa é o prolongamento do costado acima do convés e rematada com uma espécie de
corrimão designado por talabardão (Fig.13 b).
Talabardão
Borda
Falsa
Por vezes, esta é substituída pela Balaustrada, a qual se constitui por balaustres. (Fig. 14)
BALUSTRADA
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Calado é a altura que vai da linha de água à face inferior da quilha. À diferença de calados à proa e
à popa denomina-se caimento (Fig.15).
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Calado
avante
Calado a
ré Caimento
Fig. 15- Calado a vante e a ré, caimento Fig. 15 a)- Escalas de calado
Denomina-se convés o pavimento superior, completo de proa à popa, fechando o casco por altura
da borda (Fig. 16 e 17).
As cobertas são pavimentos inferiores ao convés e nomeiam-se por coberta de cima e coberta de
baixo. Poderá haver ainda uma terceira coberta que se denominará coberta do meio (Fig.16).
É também usual numerar as cobertas de cima para baixo tendo então 1ª coberta, 2ª coberta, etc.
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CONVÉ
S 1ª COBERTA
CCOBERTA
2ª COBERTA
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PORÃO
TOMBADILHO
CONVÉS
Escotilhas são aberturas nos pavimentos para passagem de carga e de pessoas, algumas existindo
apenas para arejamento de compartimentos (Fig.19). As escotilhas têm em toda a volta uma
proteção, (braçolas), bastante resistentes e que recebem pranchões de madeira denominados
quartéis, que depois de cobertos com tecido impermeável são apertados com cunhas de madeira,
tornando-as herméticas à entrada de água.
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ESCOLTILHA
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BRAÇOLA
Fig.19- Escotilha e Braçola
Escovéns são aberturas (tubos) existentes nas amuras do navio / embarcação por onde passa a
amarra quando a embarcação fundeia ou suspende (Fig. 20).
ESCOVEM
Na borda falsa existem umas aberturas protegidas por umas chapas que trabalham num eixo
horizontal (as portas de mar), e que permitem que a água embarcada pelo navio saia, mas não
deixam que a água entre de fora para dentro (Fig.21 a).
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Fig. 21 a)- Funcionamento da porta de mar Fig. 21 b)- Embarcação com portas de mar
Denominam-se buzinas às aberturas circulares ou ovais existentes nas amuras e nas alhetas, para
dar passagem aos cabos quando o navio / embarcação se encontra atracada (Fig.22).
BUZINAS
VIGIAS
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PORTA
VIGIA
DE MAR
VIGIA
PORTA DE MAR
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ESCOVEM
Existem pois dois tipos de anteparas: anteparas principais e anteparas secundárias sendo que as
primeiras criam compartimentos estanques e as segundas apenas criam divisórias não estanques
(Fig. 25). ANTEPARAS
SECUNDÁRIAS
ANTEPARAS SECUNDÁRIAS
ANTEPARAS PRINCIPAIS
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À proa existe um compartimento estanque formado por uma antepara principal, designada por
antepara de colisão; este compartimento é o pique de vante (Fig.26) que é um tanque de água de
lastro.
Da mesma forma existe à popa o pique tanque de ré. Esta antepara de colisão serve para limitar a
entrada de água, caso o navio sofra um rombo no casco, isolando o compartimento afetado.
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ANTEPARA DE
COLISÃO
PIQUE DE VANTE
Porões são compartimentos destinados a transportar cargas. No caso das embarcações destinam-
se a transportar o pescado. Para esse fim existem porões frigoríficos ou refrigerados (Fig.27).
Paióis são compartimentos onde se guardam os mantimentos e diversos artigos necessários aos
serviços do navio como os mantimentos, cabos, artes de pesca (paióis do mestre),amarra do navio
(paiol da amarra) (fig. 27).
Tanques são compartimentos ou reservatórios de grandes dimensões que servem para guardar c
combustível (tanques de combustível), a água doce (tanques de água doce) e o lastro liquido
(tanques de lastro) que serve para lastrar o navio (fig. 27).
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PAIOL DO MESTRE
PAIOL AMARRA
PONTE 17
TANQUE
CASA DA LASTRO
MÁQUINA
PORÃO
DESPENSAS COZINHA
REFEITÓRIO
CASAS DE BANHO
CAMAROTE
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IDENTIFICAÇÃO DAS PRINCIPAIS PARTES DA ESTRUTURA DA EMBARCAÇÃO
A ossada
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OSSADA
1- Quilha, que é uma peça longitudinal que fecha a ossada inferiormente, contribuindo
para a resistência longitudinal (fig.31).
2- Balizas (Fig.31) são peças curvas de dois ramos – as meias-balizas- que vão desde a
quilha até á borda.
À parte inferior de cada meia-baliza, no fundo, denomina-se caverna (Fig.31); a parte restante até
à borda designa-se por braço (fig. 31). O conjunto das balizas designa-se cavername. Ao espaço
entre balizas chama-se vãos de baliza.
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BALIZAS
BRAÇO DA
BALIZA
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CAVERNA
QUILHA
As balizas da proa e da popa cujos planos são oblíquos ao plano longitudinal do navio chamam-se
balizas reviradas, sendo as restantes, de planos normais à quilha designadas por balizas direitas.
3- Roda de Proa é a peça que fecha a ossada à proa, ligando-se pelo pé à extremidade anterior da
quilha (Fig.32). Existem diferentes formas de proa desde a proa direita até à proa com diferentes
ângulos de lançamento.
4- Cadaste (Fig.32) é uma peça que se monta na parte posterior da quilha para fechar a ossada e
servir de suporte ao leme.
RODA DE PROA
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5- Sobrequilha é uma peça longitudinal que assenta sobre as balizas a todo o comprimento do
navio / embarcação concorrendo com a quilha para a resistência longitudinal do casco e
consolidação do cavername (fig. 33).
6- Longarinas (dormentes, escoas e tabica (fig. 33) nas embarcações de madeira) são peças
colocadas longitudinalmente a um e outro bordo, servindo para aumentar a resistência
longitudinal e consolidar o cavername. À primeira longarina colocada a seguir à sobrequilha
chama-se escoa(fig. 33). As restantes designam-se pelo nome da região do casco onde se
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encontram.
7- Vaus - Os dois ramos de cada baliza são ligados entre si por cantoneiras ou traves de madeira
denominadas vaus (fig. 33) e que servem para travamento das balizas e para apoio dos
pavimentos.
8- Pés de Carneiro - Para fazer o escoramento dos vaus utilizam-se varões ou tubos de ferro ou
ainda barrotes que se denominam por pés de carneiro.
FORRO EXTERIOR
Ao invólucro exterior do casco constituído por fiadas de chapas ou de tábuas, chama-se forro
exterior (Fig.33). As fiadas de chapas ou de tábuas de maior espessura, denominadas cintas,
tomam o nome da zona em que estão situadas (por ex.: cinta da borda, cinta do encolamento,
etc.) (Fig.33).
TABICA
DORMENTES
CINTA
VAU
ESCOAS SOBREQUILHA
FORRO EXTERIOR
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DIMENSÕES DA EMBARCAÇÃO
Comprimento
Ao comprimento de uma embarcação / navio medido na flutuação, entre as linhas da roda de proa
e a do cadaste, denomina-se comprimento entre perpendiculares (c.p.p.) (fig. 34).
Comprimento de fora a fora (c.f.f.) ou total é o comprimento entre a parte mais saliente da roda
de proa e da popa (fig. 34). 21
COMPRIMENTO ENTRE
PERPENDICULARES PP AV
PP AR
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BOCA MÁXIMA
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PONTAL
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PASSO DO HÉLICE
O hélice de um navio em marcha AV acelerará uma quantidade de água de vante para a ré.
Poderemos assim dizer que há uma corrente se sucção por ante avante das pás do hélice e uma
corrente de descarga por ante a ré das mesmas pás. 23
Passo do hélice – Diz-se que um hélice é de passo direito quando ao rodar para a direita o navio
vai para vante, diz-se que é um hélice de passo esquerdo quando ao rodar para a esquerda o
navio vai igualmente para vante.
As construções mais modernas possuem hélices que rodam sempre no mesmo sentido, obtendo-
se a marcha a ré pela inversão, que varia de direito a esquerdo. Isto consegue-se com um conjunto
de engrenagens que fazem rodas as pás sobre o cubo.
Como estes hélices rodam sempre no mesmo sentido, a pressão lateral faz movimentar a popa no
sentido de rotação do hélice. Se o hélice rodar para a direita, a popa vai sempre para EB, quer em
marcha avante quer em marcha a ré. A este tipo de hélice denomina-se hélice de passo variável.
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