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Organização do Estado

Democrático

A Nossa Democracia
A Constituição da
República Portuguesa
A Constituição da República Portuguesa

 A 25 de Abril de 1974, o Movimento das Forças


Armadas, coroando a longa resistência do povo
português e interpretando os seus sentimentos
profundos, derrubou o regime fascista.
A Constituição da República Portuguesa

Libertar Portugal da ditadura, da opressão e do


colonialismo representou uma transformação
revolucionária e o início de uma viragem histórica
da sociedade Portuguesa.
A Constituição da República Portuguesa

A Revolução restituiu aos Portugueses os direitos e


liberdades fundamentais. No exercício destes
direitos e liberdades, os legítimos representantes do
povo reúnem-se para elaborar uma Constituição
que corresponde às aspirações do país.
A Constituição da República Portuguesa

A atual CRP entrou em vigor no dia 25 de abril de


1976.

A Constituição é um documento onde estão


definidos os direitos e os deveres dos cidadãos, bem
como os mecanismos de funcionamento de um
estado de direito democrático.
A Constituição da República Portuguesa
PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS
Artigo 1.º
(República Portuguesa)
Portugal é uma República soberana, baseada na
dignidade da pessoa humana e na vontade popular e
empenhada na construção de uma sociedade livre,
justa e solidária.
A Constituição da República Portuguesa

Artigo 2.º
(Estado de direito democrático)
A República Portuguesa é um Estado de direito democrático,
baseado na soberania popular, no pluralismo de expressão e
organização política democráticas, no respeito e na garantia
de efetivação dos direitos e liberdades fundamentais e na
separação e interdependência de poderes, visando a
realização da democracia económica, social e cultural e o
aprofundamento da democracia participativa.
A Constituição da República Portuguesa
Artigo 11.º
(Símbolos nacionais e língua oficial)
1. A Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da
independência, unidade e integridade de Portugal, é a
adoptada pela República instaurada pela Revolução de 5 de
Outubro de 1910.
2. O Hino Nacional é “A Portuguesa”.
3. A língua oficial é o Português.
A Constituição da República Portuguesa
A Constituição da República Portuguesa

A cor branca representa "uma bela cor fraternal, em que


todas as outras se fundem, cor de singeleza, de harmonia e de
paz, e sob ela, "salpicada pelas quinas (...) se ferem as
primeiras rijas batalhas pela lusa nacionalidade (...)”.
A Constituição da República Portuguesa

O vermelho, defendeu a Comissão, "nela deve figurar


como uma das cores fundamentais por ser a cor
combativa, quente, viril, por excelência. É a cor da
conquista e do riso. Uma cor cantante, ardente, alegre (…).
Lembra o sangue e incita à vitória".

O verde é a cor da esperança.


A Constituição da República Portuguesa

Relativamente à esfera armilar, ela consagra "a epopeia


marítima portuguesa... feito culminante, essencial da nossa
vida coletiva".
A Constituição da República Portuguesa

Sobre a esfera armilar, entendeu a Comissão fazer assentar


o escudo branco com as quinas, perpetuando e
consagrando assim "o milagre humano da positiva bravura,
tenacidade, diplomacia e audácia que conseguiu atar os
primeiros elos da afirmação social e política da lusa
nacionalidade".
A Constituição da República Portuguesa

Finalmente, achou a Comissão "dever rodear o escudo branco


das quinas por uma larga faixa carmezim, com sete castelos",
considerando estes um dos símbolos "mais enérgicos da
integridade e independência nacional".
A Constituição da República Portuguesa

O Hino Nacional é executado oficialmente em cerimónias


nacionais civis e militares onde é rendida homenagem à
Pátria, à Bandeira Nacional ou ao Presidente da República.
Também é ouvido quando se trata de saudar oficialmente em
território nacional um chefe de Estado estrangeiro.
A Constituição da República Portuguesa

Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais
perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado,
privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em
razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem,
religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução,
situação económica, condição social ou orientação sexual.
A Constituição da República Portuguesa

Artigo 53.º
(Segurança no emprego)

É garantida aos trabalhadores a segurança no emprego, sendo


proibidos os despedimentos sem justa causa ou por motivos
políticos ou ideológicos.
Os Órgãos de Soberania:
1. Presidente da República
2. Assembleia da República
3. Governo
4. Tribunais
O Presidente da República

1974/1974 António de Spínola

1º Presidente da
República da nova
democracia – pós 25
de Abril
O Presidente da República

1976/1986 António Ramalho Eanes


O Presidente da República

1986/1996 Mário Soares


O Presidente da República

1996/2006 Jorge Sampaio


O Presidente da República
2006/2016 Aníbal Cavaco Silva
O Presidente da República

Quem é o atual Presidente da República?


O Presidente da República

O Presidente da República é eleito diretamente


pelos cidadãos e não através dos partidos políticos,
sendo sempre necessária uma maioria absoluta dos
votos.
O Mandato tem a duração de 5 anos e
só termina com a tomada de posse do
novo Presidente eleito.
O Presidente da República

Segundo a CRP, as PRINCIPAIS FUNÇÕES do


presidente são:
- Garantir a independência Nacional;
- Garantir a unidade do Estado;
- Garantir o bom funcionamento das Instituições
Democráticas.
O Presidente da República

COMPETÊNCIAS:

- Exercer as funções de Comandante Supremo das


Forças Armadas;
- Presidir ao Conselho de Estado;
- Convocar extraordinariamente a Assembleia da
República;
O Presidente da República

- Assinar as resoluções da Assembleia da República


que aprovem acordos internacionais e os restantes
decretos do Governo;
- Promulgar e mandar publicar as leis, os decretos-lei e
os decretos regulamentares;
- Demitir o Governo e convocar novas eleições.
A Assembleia da República
A Assembleia da República

 Tem sede no Palácio de Belém, em Lisboa.


 É atualmente composta por 230 deputados eleitos
pelos cidadãos por um período de 4 anos.
 Funciona em diferentes regimes:
- Plenário (reuniões públicas);
- Comissões permanentes especializadas;
- Comissões de Inquérito.
A Assembleia da República

Presidente da Assembleia da República


Eduardo Ferro Rodrigues
A Assembleia da República

 É o órgão representativo de todos os Portugueses.

 Reúne diariamente.

 A sua maior competência é legislar (“fazer leis”).

 Tem como função fiscalizar a ação governativa.


A Assembleia da República
Atualmente existem 7 grupos parlamentares :
• Partido Socialista (PS),
• Partido Social Democrata (PSD),
• Partido Popular (CDS-PP),
• Bloco de Esquerda (BE),
• Partido Comunista Português (PCP) e
• Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).
• Partido Pessoas, Animais, Natureza (PAN)
A Assembleia da República

Este Parlamento foi criado em 2006, por iniciativa


conjunta da Assembleia da República, Instituto
Português da Juventude, Ministério da Educação e
Secretarias de Estado dos Açores e da Madeira.

Podem participar todas as escolas do ensino básico e


secundário desde que se candidatem até ao dia 31 de
Outubro de cada ano.
A Assembleia da República
O Parlamento Jovem tem como objetivos:

a) Incentivar o interesse dos jovens pela participação


cívica nacional;
b) Fazer ouvir as suas propostas junto dos órgãos de
poder político;
c) Incentivar as capacidades de argumentação na
defesa das ideias, com respeito pelos valores
individuais.
O Governo

- É o órgão de soberania responsável pela condução


da política geral interna e externa do país;

- É o órgão supremo da Administração Pública;

- Segundo a CRP possui competências ao nível


legislativo, político e administrativo
O Governo
COMPOSIÇÃO DO XXII GOVERNO
CONSTITUCIONAL:

Primeiro-Ministro
António Costa

Ministro dos Negócios Estrangeiros


Augusto Santos Silva
O Governo
Ministro das Finanças
João Leão

Ministra de Estado e da
Presidência
Marina Vieira da Silva

Ministro da Defesa Nacional


João Gomes Cravinho
O Governo
Ministro da Administração Interna
Eduardo Cabrita

Ministro da Economia
Pedro Siza Vieira

Ministro da Agricultura, do
Desenvolvimento Rural e das Pescas
Luís Capoulas Santos
O Governo
Ministra do Trabalho, da
Solidariedade e da Segurança
Social
Ana Godinho

Ministro do Ambiente
João Pedro Matos Fernandes

Ministro do planeamento e das


infraestruturas
Pedro Nuno Santos
O Governo
Ministro da Educação
Tiago Brandão Rodrigues

Ministra da Saúde
Marta Temido

Ministro da Ciência, Tecnologia e


Ensino Superior
Manuel Heitor
O Governo
Ministra da Cultura
Graça Fonseca

Ministro do mar
Ricardo Serrão Santos

Ministra da Justiça
Francisca Van Dunem
O Governo
MPETÊNCIAS DO PRIMEIRO-MINISTRO:

 Dirigir a política geral do Governo;

 Orienta e coordena a ação dos Ministros;

 Informa o Presidente sobre os assuntos da


política interna e externa do país.
O Governo

COMPETÊNCIAS DOS MINISTROS:

 Executar as políticas definidas para os seus


Ministérios;

 Assegurar as relações entre o seu Ministério e


os restantes órgãos do Estado;
Os Tribunais

 São os órgãos de soberania com competência para


administrar a justiça em nome do povo.

São sua função garantir a defesa dos direitos e


interesses dos cidadãos

São independentes dos restantes órgãos de soberania,


de modo a poderem exercer livremente as suas
funções.
Os Tribunais
Dentro do Sistema Judicial existem
diferentes categorias de Tribunais:

1
TRIBUNAL CONSTITUCIONAL

- Compete apreciar a inconstitucionalidade e a


ilegalidade das matérias;
- É responsável pela fiscalização das leis e dos
decretos-lei.
Os Tribunais

2
SUPREMO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

- É o órgão superior da hierarquia dos tribunais


judicias em Portugal.

- Cabe ao Presidente do Supremo Tribunal de Justiça


exercer os poderes administrativos e financeiros.
Os Tribunais
3
TRIBUNAIS JUDICIAIS (DE 1ª E 2ª INSTÂNCIAS)

- São os tribunais comuns em matéria cível e criminal;

- Os de 1ª instância são, em regra, os de Comarca;

- Os de 2ª instância são, em regra, os da Relação.


Os Tribunais

4
SUPREMO TRIBUNAL ADMINISTRATIVO

- É o órgão superior da hierarquia dos tribunais


administrativos e fiscais;

- Compete julgar ações de âmbito administrativo e


fiscal.
Os Tribunais
5
TRIBUNAL MILITAR

- Estes tribunais são constituídos apenas durante a


vigência do estado de guerra e têm competência
para julgar crimes de natureza militar.
Os Tribunais

6
TRIBUNAL DE CONTAS

- É o órgão que fiscaliza a legalidade das contas e


das despesas públicas, quer do continente, quer das
Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
A Administração
Pública Central,
Regional e Local
Administração Pública Central

O órgão máximo da Administração Pública é o


Governo, que dispõe de vários Ministérios que
dirigem sectores específicos da Administração
Central, como por exemplo: área da Saúde, da
Educação, da Cultura, etc.
Administração Pública Central
Uma das principais preocupações do Estado
tem sido a tentativa de aproximação dos
serviços centrais aos cidadãos, de modo a
tornar os serviços menos burocráticos,
simplificando o seu funcionamento.

Ex: Lojas do Cidadão; Sites Governamentais;


Simplex; Cartão do Cidadão.
Administração Regional

Com as mudanças ocorridas a 25 de Abril de 1974,


o Estado iniciou um processo de descentralização,
com o objetivo de torná-la mais próxima dos
cidadãos, respeitando desta forma as
especificidades regionais.
Administração Regional
A CRP consagrou a autonomia dos arquipélagos
da Madeira e dos Açores, determinando para estas
regiões poderes e órgãos políticos próprios.

Presidente do Governo Presidente do Governo


Regional dos Açores Regional da Madeira
Vasco Cordeiro Miguel Albuquerque
Administração Local

O Poder Local é composto por:


- Câmara Municipal,
- Assembleia Municipal,
Câmara Municipal de
Leiria - Juntas de Freguesia.
As Autarquias têm como principal função satisfazer
as necessidades das comunidades locais em áreas
como: saúde, educação, transporte, habitação acção
social, cultura, desporto, etc.
Divergências entre o Poder
Central e o Poder Local

No atual contexto político, todos estão de acordo que


se deve dotar o poder autárquico de maiores
capacidades de forma a ter um poder real.
Contudo, as grandes divergências têm a ver com a
delimitação de competências e com as dotações
orçamentais necessárias à sua efectivação.

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