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5º.

Grupo
Felícia Salimo Gelane
Lucas Abel Pequenino Trato
Malquito Rafael Chapreca
Nelson Armando Chilaúle
Octávio André
Yaquibo Amisse Assane

Megabioma Limnico

Licenciatura em Ensino de Biologia – 3º. Ano

Nampula, Outubro de 2022


5º. Grupo
Felícia Salimo Gelane
Lucas Abel Pequenino Trato
Malquito Rafael Chapreca
Nelson Armando Chilaúle
Octávio André
Yaquibo Amisse Assane

Megabioma Limnico

Trabalho em grupo de carácter


avaliativo pertencente a cadeira de
Hidrobiologia, a ser entregue no
Departamento das Ciências Naturais,
Matemática e Estatística, leccionada
por:
Docente: Artimicia Cumpensar

Universidade Rovuma
Nampula
2022
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Índice
Introdução.............................................................................................................................. 4
Capitulo I: Contextualização .................................................................................................. 5
1. Conceito e breve historial de limnologia. ............................................................................ 5
1.1. Ecossistemas das águas doces (límnicos) ......................................................................... 5
a) Ambientes lênticos ............................................................................................................. 6
b) Ambientes Lóticos (córregos e rios .................................................................................... 6
Capitulo II: Características gerais ........................................................................................... 7
2. Conceito de lagos ............................................................................................................... 7
2.1. Processos de formação dos lagos ..................................................................................... 7
2.1.1. Origem tectónica .......................................................................................................... 7
2.1.2. Origem vulcânica ......................................................................................................... 7
2.1.3. Origem glacial .............................................................................................................. 8
a) Lagos de dissolução ........................................................................................................... 8
b) Lagos formados por processos fluviais ............................................................................... 8
c) Formados pela acção do vento ............................................................................................ 9
d) Formados por acção biológica ............................................................................................ 9
2.1.4. Origem meteorítica ..................................................................................................... 10
2.1.5. Resumo do capítulo II: ............................................................................................... 11
Capitulo III: Ecologia do ecossistema Límnico .................................................................... 12
3. Ecologia do ecossistema Limnico ou ecossistema das águas doce .................................... 12
3.1. Ambientes do ecossistema da água doce ou limnico ...................................................... 12
3.2. Lagos e seus habitantes ................................................................................................. 12
3.3. Tipos especiais de lagos ................................................................................................ 13
3.3.1. Albufeiras .................................................................................................................. 14
3.4. Habitantes da água doce ................................................................................................ 15
3.5. Poluição limnica ............................................................................................................ 16
3.6. Eutrofização .................................................................................................................. 18
3.6.1. Consequência da eutrofização..................................................................................... 19
3.7. Protecção de ecossistema límnico. ................................................................................. 19
Conclusão ............................................................................................................................ 20
Referências Bibliográficas ................................................................................................... 21

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Introdução

Na actualidade, a água é um recurso mineral ameaçado, colocando em risco a sobrevivência


da espécie humana (Tundisi, 1999). Além disso, o desenvolvimento económico e social de
qualquer país está fundamentado na disponibilidade de água de boa qualidade e na capacidade
de conservação e protecção dos recursos hídricos. No entanto, para garantir conservação e
protecção aos mananciais é necessário estender acções de monitoramento e manejo para toda
bacia hidrográfica, em função dos seus usos e ocupações, que em primeira instância define a
quantidade e qualidade da água (Tundisi & Matsumura-Tundisi, 2008).

É neste contexto que se elabora o presente trabalho com o objectivo de classificar e


caracterizar o megabioma limnico desde aos conceitos, ecologia até a entrofização. Este
trabalho é da cadeira de hidrobiologia, curso de biologia e tem como tema “Megabioma
Límnico”. A palavra Bioma provém do grego (Bio = vida e Oma = grupo ou massa), já o
termo límnico do grego (límne, «pântano» +-ico = que ocorre ou se desenvolve em ambiente
de lago continental de água doce). Para o efeito, o trabalho tem os seguintes subtemas:

“Características gerais; Processo de formação dos lagos; Factores físicos; Factores químicos;
Divisão e composição dos lagos; Ecologia do ecossistema límnico; Lagos e seus habitantes;
Outros Ecossistemas Límnicos e Eutrofização”.

Para tanto, realizou-se uma pesquisa bibliográfica que, segundo Marconi e Lakatos (2002),
coloca o pesquisador em contacto directo com o material já publicado em relação ao
megabioma limnico. A bibliografia consultada foi composta de livros, dissertações, teses e
artigos científicos, publicados nas áreas de ecologia de ecossistema limnico, sem delimitação
do período de publicação. Inicialmente foi feita uma leitura exploratória, que determinou qual
material tinha relevância para a pesquisa, seguida por uma leitura analítica que foi
fundamental para a ordenação das informações obtidas, de forma que viessem a responder os
problemas da pesquisa (GIL, 2010). Os dados obtidos na análise do material foram utilizados
para a construção de uma narrativa que caracteriza e explicar a relação entre o ambiente
aquático (lagos) e o ambiente terrestre.

Com esta obra, o grupo opera que o caro leitor aprenda algo e venha contribuir sua opinião
para o melhoramento do grupo.

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Capitulo I: Contextualização
1. Conceito e breve historial de limnologia.

A Limnologia é o estudo das reacções funcionais e produtividade das comunidades bióticas de


lagos, rios, reservatórios e região costeira em relação aos parâmetros físicos, químicos e
bióticos ambientais, independente de seus teores salinos. Os estudos dos ecossistemas
aquáticos remontam a Grécia Antiga, sendo inicialmente listagens de organismos. Apenas no
final do século XIX os ecossistemas aquáticos passaram a ser sistematicamente estudados
com um estruturado ferramental teórico e metodológico. Pode ser considerada uma ciência
multidisciplinar por aglutinar profissionais de diversas áreas do conhecimento: engenharia,
biologia, física, química, matemática, estatística, etc.

Apresenta ilimitado campo de actuação na pesquisa básica (estrutura e função dos


ecossistemas aquáticos) e aplicada (controle da qualidade e quantidade da água, usos
múltiplos de lagos e reservatórios, etc). Também tem importante papel no monitoramento e
recuperação dos corpos de água. Na actualidade, uma das actuações mais significativas do
limnólogo diz respeito ao controle da eutrofização (processo decorrente do excesso de
nutrientes básicos adicionados ao corpo de água). Tanto a Limnologia como a Ecologia, da
qual se derivou, são ciências recentes e têm uma história teórica e metodológica muito
estreita. Importante conceito em Ecologia, o nicho ecológico, foi desenvolvido por G.E.
Hutchinson, um dos mais proeminentes limnólogos do século XX. A Limnologia como
ciência básica e aplicada, desenvolveu-se de forma sistemática a partir de 1970 no Brasil, com
o surgimento de grupos de pesquisas por todo território nacional, culminando com a abertura
de vários cursos de pós-graduação. Hoje pode ser considerada uma das mais importantes áreas
da pesquisa em Ecologia no Brasil.

1.1. Ecossistemas das águas doces (límnicos)

Os límnicos ou limnociclo correspondem aos ecossistemas das águas doces, que são os rios,
riachos, lagos, lagoas, represas e outros. É o menor dos ecossistemas aquáticos e possuem
alguns caracteres como: pequena profundidade em relação aos mares em geral, cerca de
apenas 350 metros; com temperatura bem mais variável se comparada aos oceanos e mares;
possuem baixa salinidade, em média 18g/l e menor penetração de luz solar. A sua flora é
formada por Angiospermas e pelas algas verdes. A fauna é representada por anfíbios, peixes,
vermes, etc.

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O límnico pode ser dividido em dois grupos chamados de Províncias ou ambientes Lênticos e
Províncias ou ambientes Lóticos.

a) Ambientes lênticos

Ecossistemas com água em movimento lento (lagos e reservatórios): vazão muito mais lenta,
fundo coberto por silte, argila ou matéria orgânica.

Uma lagoa pode se formar quando um canal se enche de água, ou em áreas de antigos cursos
d'água, ou ainda, um canal de água pode sair à superfície em uma região de terreno que
possua uma depressão. Uma geleira também pode derreter-se e criar uma depressão.
Finalmente, o homem pode criar uma região com água parada. Normalmente os lagos e lagoas
apresentam três regiões distintas: uma região junto à margem, onde há grande incidência de
luz e chegada de nutrientes da orla. Boa para alimentação e reprodução (zona litoral); a região
correspondente à parte central do lago, a "água aberta" onde chega a luz (zona limnética); a
zona profunda, que se localiza abaixo da zona limnética.

b) Ambientes Lóticos (córregos e rios

Ecossistemas com água em rápido movimento: vazão (fluxo), turgidez e temperatura têm
efeito directo e indirecto sobre a flora e fauna.

Na região inicial as águas são mais velozes e os leitos pouco profundos. No curso final as
águas são mais lentas e os leitos menos profundos. Na parte inicial há grande concentração de
algas responsáveis pela fotossíntese e que absorvem os nutrientes provenientes de resíduos
como pedaços de madeira, folhas, restos de seres vivos, etc. Vindos da terra. As algas são
consumidas por microrganismos. Muitos insectos de água doce passam a maior parte de suas
vidas como larvas, na água. Alguns peixes que vivem nos rios reproduzem-se no mar
(salmonete e enguias). Outros peixes saem do mar para reproduzir-se nos rios (salmão).
Existem muitos tipos de cursos de água: cursos de pântanos.

Existe também um tipo de ecossistema chamado de fitolimno que é formado pela água que
fica retida nas bromélias ou no interior de troncos de árvores. Essas águas paradas formam um
ecossistema onde vivem pequenos crustáceos, larvas de insectos, algas, fungos, liquens e
planárias.
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Capitulo II: Características gerais

2. Conceito de lagos

Lagos: podem ser definidos como um acidente geográfico em forma de depressão, abrangem
um grande volume de água que não secam. Suas águas são oriundas de muitas fontes, dentre
elas: chuva, nascente própria, rios e derretimento de geleiras.

Os lagos podem apresentar tamanhos e profundidades variados, grandes ou muito pequenos,


rasos ou extremamente profundos. Existem lagos que possuem água salgada; há também os
que não são naturais, constituídos a partir da construção humana, servem como reservatório
de água.

2.1. Processos de formação dos lagos

Os processos de formação dos lagos podem ser:

2.1.1. Origem tectónica

São lagos formados por movimentos na crosta terrestre, que pode acabar criando uma
depressão onde a água se acumula ao longo dos anos. São normalmente formados a partir de
fossas tectónicas (sendo chamados de graben) ou a partir da elevação ou depressão de áreas
(horst).

2.1.2. Origem vulcânica

Esses lagos podem se formar na cratera de um vulcão inativo, que ao longo dos anos acumula
água da chuva. Podem também ser formados quando um rio é barrado por lava.

Figura 1: Lago Crater, lago vulcânico localizado em Oregon, Estados Unidos.

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2.1.3. Origem glacial

Em ambientes frios também existem lagos. Esses lagos são criados a partir do movimento de
placas de gelo e podem ser classificados basicamente em dois grupos:

A) Lagos formados por geleiras existentes (podem ser formados de 3 formas distintas)

 Formados na superfície de geleiras. Estes são normalmente pequenos e rasos, uma vez
que a água apenas se acumula em porções mais profundas da geleira;
 Formados quando a geleira forma uma represa. O gelo pode barrar alguma área ou um
rio e formar esses lagos;
 Formados abaixo de glaciares em bacias erodidas por actividade glacial. Nesse caso,
ao longo de anos uma bacia hidrográfica existente foi erodida e superficialmente
formou-se gelo, entretanto, o lago continua intacto, mas com componentes químicos e
nutrientes diferentes dos da superfície glacial. Esses lagos podem ser chamados de
lagos subglaciais.

B) Lagos formados por geleiras do passado (podem se formar a partir de 2 maneiras)

 Lagos Cirque: ocorrem quando a geleira esculpe uma área. Ou seja, a geleira pré
existente forma uma área que pode acumular água depois de muitos anos.
 Lagos Kettle: formados quando ocorre a retração de geleiras, ou seja, a temperatura
média do planeta aumenta, por exemplo, e um bloco de gelo é retido por uma
depressão.

a) Lagos de dissolução

São lagos criados a partir da reacção química entre água e rocha calcária, como os de Lagoa
Santa, em Minas Gerais.

b) Lagos formados por processos fluviais

Esses lagos podem ser formados de duas formas. Podem ser formados pela acção erosiva e de
deposição dos rios. Ao longo do seu curso, nas curvas que fazem, os rios erodem um lado da
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margem e depositam sedimentos na outra margem. Outra forma de origem de lagos pela ação
fluvial é lagos formados nas quedas de cachoeiras. São lagos formados pelo acúmulo de água
do rio, ou seja, formados por processos fluviais.

Figura 2: Lagos formados por processos fluviais

c) Formados pela acção do vento

A formação de depressões formadas pela acção dos ventos ou o acúmulo de dunas podem
acumular água, formando lagos. Normalmente, podem originar lagos endorreicos. São esses
lagos nos quais a única forma de saída de água é através da evaporação. Portanto, não
possuem saída de água dando continuidade a um rio ou curso d’água. Podem ser abastecidos
por um rio ou pela água da chuva.

d) Formados por acção biológica

Nesse grupo estão lagos formados por barragens de animais ou acúmulo de matéria orgânica.
Por exemplo, lagos formados por barragens construídas por castores ou pelo homem.
Também pode ser criado pelo barramento de pequenos rios por acúmulo de plantas e detritos,
que se acumulam em alguma região mais estreita do curso d’água.

Figura 3: Formados por acção biológica

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e) Deslizamentos

Podem ser formados a partir do deslizamento de rochas e solo, que acabam barrando rios e
formando lagos.

Figura 4: Lago Sarez, Tajiquistão

f) Lagoas costeiras

A deposição de sedimento na costa, onde existem baías e reentrâncias, pode barrar uma área
aquática e levar à formação de lagos costeiros.

Figura 5: Lagoa dos Patos, Rio Grande do Sul

2.1.4. Origem meteorítica

Uma depressão formada pela queda de um meteorito pode acumular água ao longo de anos e
dar origem a um lago. Esse tipo de formação é bastante raro, uma vez que a queda de
meteoritos não é tão frequente. Vale lembrar que um lago pode ser formado pelo conjunto de
vários desses processos anteriormente citados. Além do que a maioria desses processos
favorece o surgimento de lagos ao longo de milhares de anos. Não é uma formação que
acontece da noite para o dia.

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Ou seja, aquele lago ou lagoa que você está acostumado a nadar nas férias, já existe ali há
bastante tempo. Claro que ele pode sofrer modificações na área, volume e composição
química e biológica ao longo da vida de uma pessoa, mas para que um grande lago se forme
inicialmente, se requer muitos anos.
A partir de agora, você nunca mais olhará para um lago da mesma forma. Sem tentar imaginar
como ele foi formado.

2.1.5. Resumo do capítulo II.

Lagos são massas de água rodeadas por terra . Um lago pode conter frescas ou
salgadas águas . Apresentam águas que se denominam ” de curta duração “, pois podem ser
absorvidas pelos terrenos que os rodeiam ou evaporar. Existem lagos que se formaram no
centro ou na cratera de um vulcão extinto.

Eles são divididos em 5 grupos:


 Lagos tectónicos. Eles ocorrem quando a crosta terrestre afunda e esse afundamento

é completado com água.


 Lagos vulcânicos. Eles foram formados no centro ou cratera de um vulcão extinto.

 Lagos glaciares. Como seu nome indica, eles estão localizados na encosta de
uma montanha e são formados pelo derretimento de geleiras.
 Lagos clássicos. Eles são formados como resultado de escavações ou pelo surgimento

de águas subterrâneas.
 Lagos de resíduos de mares antigos. Frequentemente, os mares antigos foram
envoltos em terra secos e as chamadas lagoas de água salgada foram formadas.

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Capitulo III: Ecologia do ecossistema Límnico

3. Ecologia do ecossistema Limnico ou ecossistema das águas doce

É o estudo das reacções funcionais e produtividade das comunidades bióticas de lagos, rios,
reservatórios e regiões costeiras em relação aos parâmetros físicos, químicos e bióticos
ambientais.

3.1. Ambientes do ecossistema da água doce ou limnico

São divididos em sistema lóticos (são águas correntes dos rios, riachos e córregos.) e lenticos
(são as águas paradas, que estão sempre sendo renovadas. exemplo: poça de água, lagoas,
lagos, mar cáspio)

3.2. Lagos e seus habitantes

Lagos são corpos da água interiores sem comunicação directos com o mar e suas águas teme
geral baixo teor de iões dissolvidos.

Hutchinson (1957) na sua monografia treatise onlimnilogy firma: os lagos parecem, á escala
de anos ou da duração da vida humana, traços permanentes da paisagem, embora sejam
geologicamente transitórios, nascem geralmente de catástrofes, para amadurecerem e morrer
lenta e imperceptivelmente.

A intervenção dos lagos realizada por toda parte, revelou que possuem uma grande variedade
de combinações de propriedades, tornando défices seleccionar uma base para uma
classificação natural. Hutchinson, na sua monografia refere nada menos do que 75tipos de
lagos baseados na geomorfologia e origem. no entanto, pode-se conseguir uma boa introdução
ao fascinante assunto da ecologia mundial dos lagos, considerando três categorias:

 A série oligotrófica-eutrofica dos vulgares lagos de água límpida, baseada na


produtividade
 Tipos especiais de lagos
 Albufeiras

Série oligotrófica-eutrofica – os lagos podem ser classificadas em, qualquer região, de


acordo com a produtividade primária, como foi proposto pelo limnologista pioneiro alemão

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Thienemann. a produtividade ou fertilidade de um lago depende dos nutrientes recebidos
a partir do escoamento local, da ideia geográfica e da profundidade.
Os lagos oligotróficos típicos (pobres em alimentos) são fundos com o hipolimmnion
maior do que o epilimnion e tem uma produtividade primária baixa. As plantas litorais são
escassas e a densidade de plâncton é pequena, embora o número de espécies poça ser grande.

3.3. Tipos especiais de lagos

Podem ser mencionados sete tipos especiais de lagos:


1) Lagos distróficos, de água castanha, húmicos e turfosos: geralmente tem
altaconcentração de ácido húmico na água, os lagos turfosos tem margens em que
surgemmassas de turfa (onde o pH é em geral baixo) e acabam em se transformar em
turfeira.

2) Lagos fundos e antigos, com fauna endémica: o lago Baikal na Rússia é o


mais famosodos lagos antigos. é o mais fundo do mundo, e foi originado por
movimento da crostaterrestre durante a era Mesozoica.

3) Lagos salgados dos desertos: encontra-se em áreas sedimentares de drenagem em


climasáridos, onde a evaporação excede a precipitação (donde resulta a concentração
de sais). Exemplo: lado Great salt.

4) Lagos alcalinos dos desertos: ocorrem em áreas ígneas de drenagem em climas


áridos: pH e concentração de carbonatos elevados. Exemplo; lago pyramed, nevada.

5) Lagos vulcânicos: são lagos ácidos ou alcalinos associados a regiões vulcânicas


activas (e recebendo águas do magno); condições químicas estremam, biota restrito.
Exemplos: alguns lagos japoneses e filipinos.

6) Lagos Meromícticos (parcialmente misturados), quimicamente estratificados: em


contraste com a maioria dos lagos, em que as águas do fundo e da superfície se
misturam periodicamente (isto é, lagos holomícticos ou totalmente misturados) alguns
lagosapresentam-se permanentemente estratificados pela extracção de água salina ou

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de sais libertados dos sedimentos, que criam uma diferença de densidade permanente
entre as águas de superfície e de fundo.

7) Lagos polares: as temperaturas da superfície mantem-se abaixo de 4ºC, ou


ultrapassameste nível apenas durante um breve período instável em que não há
gelamos e se pode verificar circulação. As populações de plâncton crescem
rapidamente durante este período muitas vezes acumulando gordura para o longo
inverno.

3.3.1. Albufeiras

É um lago de origem artificial, localizado a jusante de uma barragem ou represa, normalmente


concebido para armazenar água numa régia seca, para dar mais vida a um ambiente ou que
resulta da construção de uma hidroeléctrica.

Figura 6: Albufeira

Os lagos artificiais variam, naturalmente de acordo com a região e a natureza da drenagem.


Geralmente são caracterizados pelo nível variável da água e pela forte turvação. A produção
de benton é, em, geral menor na albufeiras do que nos lagos naturais. O balanço de calor, nas
albufeiras, podem definir grandemente daquele que ocorre nos lagos naturais e depende do
tipo de barragem se a água for descarregada pelo fundo, o que será o caso de barragens
destinadas a produção de energia hidráulica eléctrica, então transfere se para jusante a água
fria, rica em nutrientes mas pobre em oxigénio, ao mesmo tempo que a água quente fica retida
na albufeira.

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3.4. Habitantes da água doce

Como os seres vivos da água doce (ou em qualquer outro habitante) não estão dispostas numa
ordem taxinómica, é útil uma classificação com base ecológica. em primeiro lugar, podem ser
classificados segundo os nichos principais, com base na sua posição na cadeia de energia ou
de alimentos, como se segue:
 Atróficos – plantas verdes e microrganismos sintéticos.
 Fotógrafos (Macroconsumidores) – primários, secundários, etc; herbívoros,
perdedores, parasita, etc.
 Saprótrofos (Microconsumidores ou decompositores) – subclassificados de acordo
com a natureza do estrato orgânico decomposto.

Dentre estes níveis tróficos, é em geral instrutivo reconhecer as espécies que actuam como
dominantes primário. Acessoriamente, os organismos aquáticos podem ser classificados de
acordo com a sua forma de vida ou hábito de vida, com base no seu modo de vida, podem ser:

a) Bentos – Seres vivos fixos assentem sobre o fundo ou vivendo nos sedimentos do
fundo. Os animais bentos podem ser divididos, de acordo com o seu modo de
alimentação, em filtradores e comedores de sedimentos (uma amêijoa e um caracol
aquático).

b) Perifiton – Seres vivos (animal ou plantas) fixados ou ligados a caule e folhas de


plantas com raiz, ou a outras superfícies situadas acima do fundo.

c) Plâncton – Organismos flutuantes cujos movimentos são mais ou menos dependentes


das correntes. Enquanto alguns componentes do zooplâncton possuem movimentos
natatórios activos que os ajudam a manter a posição vertical, o plâncton no seu
conjunto é incapaz de se deslocar contra a corrente.

d) Nécton – Seres vivos nadadores que se deslocam a vontade (e portanto são capazes de
evitar as redes para plâncton, frascos de colheita, etc). Peixe, anfíbios, grandes
insectos aquáticos e outros.

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e) Neuston – Seres vivos mantendo-se ou nadando na superfície. Finalmente
os organismos podem ser classificados de acordo com a região ou sub-habitat. Nas
lagoas e lagos, são em geral evidentes cinco zonas, nomeadamente:

 Zona litoral – A zona de águas pouco profundas, em que a luz penetra até ao fundo;
tipicamente ocupada por plantas com raízes nos lagos e lagoas naturais,
mas nãonecessariamente em tanques de terra.

 Zona limnética – A zona de água profunda até a profundidade de efectiva penetração


da luz, chamado o nível de compensação que a profundidade em que a fotossíntese
compensa a respiração. a comunidade desta zona é composta unicamente por plâncton,
nécton e por vezes neuston.

 Zona profunda – A área do fundo e das águas profundas abaixo do nível de


penetração da luz. Nos cursos de água são, no geral, evidentes duas zonas principais:

 Zona dos rápidos – águas baixas onde a velocidade da corrente ‘e suficientemente


grande para deixar o fundo livre de sedimentos ou vasas de matérias soltos. Esta zona
é ocupadaespecialmente por organismos béticos ou periféricos que permanecem
aderentes ou fixos aosubstrato firme, assim como nadadores vigorosos como os peixes
rápidos (tratas, por exemplo).

 Zona de remanso – Constituída por águas mais profunda, onde a velocidade da


corrente é pequena e a vasa e outras matérias soltos tendem a sedimentar no fundo,
dando origem a um estrato brando, desfavorável para os bentos de superfície, mas
favoráveis aos organismos escavadores, ao nécton e, em alguns casos, ao plâncton.

3.5. Poluição limnica

A Poluição das Águas é definida como sendo o lançamento ou infiltração de substâncias


nocivas na água, causada pelas actividades industriais, mineradores, esgotos, porém
o principal agente poluidor das águas são as actividades agrícolas.

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Acredita-se que os metais talvez sejam os agentes tóxicos mais conhecidos pelo homem.
Grandes quantidades de chumbo eram obtidas de mineiros, como subproduto da fusão da
prata e isso provavelmente tenha sido o início da utilização desse metal pelo homem. O
elevado desenvolvimento industrial ocorrido nas últimas décadas, tem sido um dos principais
responsáveis pela contaminação da água, seja pela negligência no seu tratamento antes de
despeja-las nos rios ou por acidentes e descuidos cada vez mais frequentes, que propiciam o
lançamento de muitos poluentes nos ambientes aquáticos. Dentre estes poluentes podem citar
os metais pesados, outro grande problema para a saúde humana. Metais pesados são
elementos químicos metálicos, de peso atómico relativamente alto, que em concentrações
elevadas são mais tóxicos á vida. as actividades industriais, tem introduzido metais pesados
nas águas numa quantidade muito maior duque aquela que seria natural, causando grandes
poluições. Os metais pesados mais poluente podem ser:
 Chumbo (Pb): Polui o solo, a água e o ar, desta forma contamina os organismos
vivos, devido a seu efeito bio acumulativo, em toda a cadeia alimentar (trófica).O
chumbo é utilizado na fabricação de reciclagem de baterias de automóveis, indústria
de tintas, pintura em cerâmica e soldagem.
 Mercúrio (Hg): É absorvido pelos organismos vivos e vai-se acumulando de forma
contínua durante toda a vida. Pela contaminação da água ou do solo, entra com
facilidade na cadeia alimentar, representando um perigo para o homem que se
alimenta de peixes. O mercúrio é utilizado no molde industrial, certas indústrias de
cloro-soda, garimpo de poro lâmpadas florescentes.
 Cádmio (Cd): Contamina a água, o ar e o solo, é bio cumulativo em toda a cadeia
alimentar (trófica), provocando intoxicação nos seres humanos quando ingerem peixes
contaminados com cádmio. O cádmio é utilizado na soldadura, tabaco e nas baterias
e pilhas. Sobretudo o grupo notou que as pilhas, bactérias e lâmpadas contém metais
pesados, no entanto após o uso estas matérias devem ser depositadas no local
apropriado, para que poça abaixar a poluição das matérias pesadas.
 Pesticidas: Os pesticidas também chamados por agro-tóxicos contaminam as águas ao
infiltrarem no solo. Os agro-tóxicos podem alcançar os ambientes aquáticos através da
aplicação intencional, deriva e escoamento superficial a partir de áreas onde ocorreram
aplicações. A agricultura irrigada é um dos factores que mais contribuem com a
degradação da qualidade da água de rios e açudes. As práticas agrícolas são
antiquadas, como as plantações seguindo as líneas descendentes das águas e não as

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curvas de nível, o que permitiria uma maior penetração da água no solo e provocaria
um menor arrasto de solo com o escoamento superficial. Destaca-se ainda que a
fragilidade de numerosos estudos de irrigação não tem propiciado a preservação
ambiental. Pelo contrário, tem favorecido a salinização dos solo se a desertificação,
além do assoreamento dos corpos d’água. Neste contexto, merecem revisão a
inúmeros projectos de irrigação implantados nas diferentes bacias do Estado. Outro
factor é o desmatamento de grandes áreas para a agricultura irrigada, que, no geral, são
destinadas à monocultura. Destas áreas, escoam águas carregadas de agro-tóxicos e
nutrientes que aceleram a eutrofização dos corpos d’água e causam seu assoreamento,
a perda de oxigénio dissolvido e a mortalidade de peixes. Estes efeitos, no seu
conjunto, alteram a qualidade e impedem seu uso para consumo humano e industrial
(REDE, 2007).

3.6. Eutrofização

Eutrofização, do grego eutrophos, que significa bem nutrido, é um processo observado em


diferentes corpos d'água e que se caracteriza pelo aumento de nutrientes, especialmente
fósforo e nitrogénio, o que provoca surgimento excessivo de organismos como algas e
cianobactérias. Um ambiente eutrofizado acaba adquirindo uma coloração turva e a
quantidade de oxigénio diminui, o que causa a morte de várias espécies.

A eutrofização é o excesso de material orgânica na água (nitratos, fosfatos, sulfatos etc),


causando o aumento das bactérias e consumo de oxigénio. As mesmas liberam o dióxido de
carbono para água.
As algas capturam energia solar e dióxido de carbono dissolvido realizado afotossíntese e
aumento de seu número. Sem o oxigénio os animais aquáticos aeróbicos morrem.

Figura 7: As algas capturam energia solar e dióxido de


carbono dissolvido realizado a fotossíntese e aumento de seu número
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3.6.1. Consequência da eutrofização

 A morte das algas e plantas enraizadas (falta da luz para a fotossíntese);


 A morte de peixes e outros animais (falta de oxigénio);
 Proliferação excessiva de algas e cia bactérias;
 "Há alterações no pH da água;
 Há redução da biodiversidade da área afectada;
 Há aumento exagerado de algas e outras plantas aquáticas;
 Ocorre liberação de gases com odores desagradáveis;
 Surgem toxinas no ambiente aquático, as quais são produzidas por algumas
espécies de cianobactérias. Essas toxinas podem afectar a saúde humana, podendo
desencadear até mesmo a morte;
 Reduz-se o potencial recreativo do ambiente aquático;
 Reduz-se a pesca no local;
 Reduz-se a navegação e a capacidade de transporte na área;
 Há perda financeira em decorrência dos altos custos para o tratamento da água.

3.7. Protecção de ecossistema límnico.

A protecção do ecossistema da água doce é algo muito relevante e preocupante, visto que, o
falar da protecção inclui o não colocar lixos em rios, lagos e outros ambientes aquáticos e,
principalmente preservar a mata envolta desses locais. Essa mata protege contra erosão e
assoreamento. Ao logo do trabalho abordamos assunto relacionado a poluição da águas,
porem, o acto da protecção, existe muitos materiais que usamos nas casas cujo contem
matérias pesadas, nomeadamente, pilhas, bactérias, lâmpadas. Esses recursos após ser usados
não se pode se jogar no ambiente aquático sobretudo poderá provocar a morte dos organismos
daquela região.

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Conclusão

Findo o trabalho o grupo conclui:

Lagos são formados pelo preenchimento de água em depressões no solo que podem ser
causadas por diversos motivos. As águas normalmente são tranquilas, mas isso pode variar de
acordo com a extensão do lago. Com formas, profundidades e extensões variáveis, os lagos
normalmente são mantidos por um ou mais rios afluentes. O transbordamento não acontece
devido os rios emissários, que funcionam como drenos naturais que ajudam na manutenção do
volume de água do lago. Os lagos, normalmente, são encontrados em regiões montanhosas e
no hemisfério norte. Eles são divididos em 5 grupos: Lagos tectónicos. Eles ocorrem quando a
crosta terrestre afunda e esse afundamento é completado com água; Lagos vulcânicos. Eles
foram formados no centro ou cratera de um vulcão extinto; Lagos glaciares. Como seu nome
indica, eles estão localizados na encosta de uma montanha e são formados pelo derretimento
de geleiras; Lagos clássicos. Eles são formados como resultado de escavações ou pelo
surgimento de águas subterrâneas; Lagos de resíduos de mares antigos. Frequentemente, os
mares antigos foram envoltos em terra secos e as chamadas lagoas de água salgada foram
formadas.

Salientar que a eutrofização é processo observado em diferentes corpos d'água e que se


caracteriza pelo aumento de nutrientes, especialmente fósforo e nitrogénio, o que provoca
surgimento excessivo de organismos como algas e cianobactérias. Um ambiente eutrofizado
acaba adquirindo uma coloração turva e a quantidade de oxigénio diminui, o que causa a
morte de várias espécies.

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Referências Bibliográficas
DODDS, W. K. Freshwater Ecology: Concepts and Eviromental Applications. 1ed. Academic
Press, 2002. 569p. (Aquatic Ecology Series).
TUNDISI, J. G. & TUNDISI, T. M. Limnologia. 1ed. Oficina de Textos, 2008. 632p.
SANTOS, Vanessa Sardinha dos. "Eutrofização"; Brasil Escola. Disponível em:
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/eutrofizacao.htm. Acesso em 28 de outubro de 2022.

Outras fontes:
Ecologia do ecossistema Limnico | PDF | Água | Eutrofização (scribd.com);
Eutrofização: o que é, etapas, consequências - Brasil Escola (uol.com.br);
Biomas aquáticos: Características dos lagos, rios e mares - UOL Educação

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