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Geotecnia ambiental

Aterros de resíduos sólidos urbanos;


O conceito de aterro de resíduos compreende um sistema devidamente reparado para a
deposição dos resíduos sólidos, englobando, sempre que necessário, determinados
componentes e práticas operacionais, tais como: divisão em células, compactação dos
resíduos, cobertura, sistema e impermeabilização, sistemas de drenagem e tratamento para
líquidos e gases, monitoramento geotécnico e ambiental, entre outros.
O termo aterro de resíduos refere-se, portanto, à instalação completa e às atividades que nela
se processam; ou seja, inclui o local, a massa de resíduos, as estruturas pertinentes e os
sistemas de implantação, operação e monitoramento (Boscov, 2012).
Comportamento hidromecânico de camadas de cobertura e de base de aterros de resíduos
sólidos urbanos;
 Camadas de cobertura
A camada de cobertura permite (USEPA, 2011):
o Contenção de resíduos
o Regulação do fluxo de água
o Limitar a fuga de gás para a atmosfera
o Melhorar a estabilidade mecânica do aterro
o Integrar o aterro como ambiente paisagístico

Arif (2011) cita como parâmetros usados para definição as características do sistema de
cobertura para preencher estas funções são inúmeras:
o A natureza dos resíduos (potencial de biodegradação, compressibilidade,
poluente característico, radioativo)
o A geometria da camada de cobertura (inclinação, espessura)
o A configuração do local (poço, aterro)
o Disponibilidade do material
o As condições do desenvolvimento do site e o futuro do site
o Condições climáticas (precipitação, evapotranspiração, erosão, geada, seca)

Na literatura há dois conceitos principais de revestimentos de cobertura que são


recomendados dependendo da natureza dos resíduos degradáveis ou não degradáveis por
baixo.
o Resíduos não biodegradáveis: A regulamentação exige, como parte da
implantação de um aterro para resíduos não degradáveis a implantação de um
forro impermeável para minimização de qualquer fenômeno de transporte
entre os resíduos e o ambiente externo. Na prática, um tipo de cobertura
impermeável é composto por uma geomembrana ou equivalente (com
permeabilidade menor ou igual a 10-11 m/s, ou espessura > 1,5 mm), em cima
uma camada de argila de espessura maior ou igual a um metro e permeabilidade
menor ou igual a 10-9 m / s. Essa camada atua em uma camada de interface
com a camada de resíduos. Muitas vezes, um geotêxtil é usado como camada
de proteção para evitar qualquer perfuração ou possível penetração na
geomembrana. A água da chuva infiltrada no sistema de cobertura é drenada
por uma camada de drenagem de permeabilidade maior ou igual a 10-4 m/s
colocada sobre a cobertura da barreira impermeável

o Resíduos degradáveis: Os resíduos degradáveis ou tratados requerem um teor


mínimo de umidade e somente a infiltração controlada é permitida. Dois tipos
de sistema de cobertura podem ser implementados para este tipo de resíduo:
 Semi-impermeável: É composta por materiais naturais alterados e solo
compactado de pelo menos um metro e permeabilidade máxima de 10-
6 m/s. Uma camada de drenagem permite a infiltração de água de maior
limite. Outra camada inferior pode drenar o biogás. As camadas de
drenagem são geralmente compostas por material granular ou
drenagem geocomposta.
 Sistema de cobertura impermeável “BIOREATOR”: camada
impermeável, semelhante à apresentada no caso de resíduos não
degradáveis, com um sistema de tubulação para recirculação de fluidos
para promover a atividade biológica e, assim, a degradação dos resíduos.
 Camada de base
O revestimento de fundo tem a função de reduzir o transporte de poluentes para a zona
não saturada ou aqüífero próximo. As concentrações poluentes não devem ser prejudiciais à
saúde humana/meio ambiente. Este é composto por camadas de impermeabilização (liners) e
drenagem.
Em relação aos sistemas de revestimento de fundo e talude de aterros sanitários, são
estabelecidos dois níveis de segurança:

 Barreira ativa: garante a autonomia hidráulica do corpo de resíduos para drenagem


e coleta de lixiviados, e evita o estresse da barreira passiva. Consiste em uma
combinação complexa de geossintéticos (geomembrana, geotêxtil) e materiais
naturais (camada de drenagem, solo).
 Barreira passiva: deve garantir a prevenção a longo prazo do solo, das águas
superficiais e subterrâneas da poluição de resíduos e lixiviados. No fundo do corpo
de resíduos, este revestimento pode ser constituído por material geológico natural
ou artificial; reconstituído e/ou tratado.
Para resíduos não perigosos: um metro de camada de argila com permeabilidade inferior a 10-
9 m/s sobreposta a cinco metros de camada de lodo com permeabilidade inferior a 10-6 m/s.
Para resíduos perigosos: cinco metros de camada de argila com permeabilidade inferior a 10-
9 m/s.
Geomecânica dos resíduos sólidos;
Para Singh, D. N. (2022) os RSU possuem uma composição extremamente variável,
constituindo um material extremamente complexo do ponto de vista da geotecnia. Em
projetos e operações de aterros sanitários é importante conhecer o comportamento mecânico,
hidráulico e bioquímico da massa de resíduos. A determinação das propriedades geomecânicas
é de difícil quantificação, por fatores tais como a heterogeneidade, dificuldade de obter
amostras representativas e variação de propriedades com o tempo.
 Composição gravimétrica
Esta é expressa em termos de percentual de cada componente em relação ao peso total da
amostra. Quanto maior for a quantidade de um componente, mais o comportamento do
maciço se assemelhará às características deste componente.
 Teor de umidade
O teor de umidade é importante pois influi na velocidade de degradação da matéria
orgânica e consequentemente no desenvolvimento de pressões neutras e recalques. É um
parâmetro de difícil determinação, pois os diversos componentes têm diferentes teores de
umidade.
 Peso específico
O peso específico depende da composição gravimétrica (elevados teores de material
putrescível acarretam pesos específicos menores), da distribuição granulométrica (resíduos
triturados são mais densos que “in natura”), do grau de compactação (compactados são mais
densos que soltos), da espessura da camada de cobertura diária (aplicação de uma sobre carga)
e do grau de degradação, onde a matéria sólida é transformada (em líquido e gás que são
drenados)
 Distribuição granulométrica
Dados experimentais indicam que a distribuição granulométrica do RSU depende da
idade do RSU, que passa de um material granular a material fino e pastoso, devido ao processo
de biodegradação do material putrescível (Boscov, 2008)
 Permeabilidade
A permeabilidade tem influência direta na eficiência da drenagem interna do maciço sanitário.
Valores baixos de permeabilidades no RSU podem conduzir a formação de bolsões de gases e
chorume, onde se desenvolvem pressões neutras que podem afetar a estabilidade do maciço
(diminuição da tensão efetiva).
 Resistência ao cisalhamento
A resistência ao cisalhamento do RSU é importante para projetos de estabilidade de taludes
de maciços sanitários. Projetos de aterro de resíduos devem dispor a maior quantidade de
resíduos na menor área possível, projetando taludes com declividades que garantam a
estabilidade do conjunto (FS > 1,5). O cálculo da estabilidade é feito com métodos de equilíbrio
limite, utilizando parâmetros de resistência do RSU (ângulo de atrito e intercepto coesivo),
levando em conta os componentes fibrosos que imprimem reforço ao conjunto. Os parâmetros
de resistência podem ser estimados por análise bibliográfica, retroanálise de rupturas e
ensaios de campo e laboratório.
 Compressibilidade (recalques)
Os recalques nos RSU são muito elevados quando comparados a maciços de solos. A estimativa
de velocidades dos recalques é particularmente importante para estimar a vida útil do aterro
sanitário. Dentre os mecanismos associados à compressão dos RSU pode-se citar:
o Solicitação mecânica → distorção, dobra, esmagamento, quebra e rearranjo;
o Ravinamento interno → erosão e migração de materiais finos para vazios
maiores
o Alterações fisico-químicas → corrosão, oxidação, combustão, etc
o Biodegradação → transformação da massa sólida em líquido e gases
o Dissipação das pressões neutras de líquidos e gases → expulsão de líquidos e
gases do interior do maciço com o tempo (semelhante ao adensamento)
o Creep → Deformação lenta sobre carga constante (fenômenos viscosos)
o Interação dos mecanismos.

Erosão;
Erosão é o processo de desgaste, transporte e sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas
como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e contaminantes. Com
o tempo, os resíduos sólidos se degradam e, à medida que a água da chuva e o escoamento
superficial percolam através dos resíduos, os contaminantes solúveis serão liberados em
lixiviado para o ambiente circundante (Kjeldsen et al., 2002).
Como o talude do aterro sanitário é facilmente erodido, é importante que medidas preventivas
sejam tomadas. As medidas preventivas contra a erosão pluvial incluem o plantio da encosta
com plantas e gramíneas.
O plano estratégico do Secretariat of the Pacific Regional Environment Programme (2017)
afirma que a instalação de um sistema de drenagem é o método mais eficaz de prevenção da
erosão. A água da chuva deve ser coletada e desviada de áreas íngremes e não deve ser deixada
em lagoas e infiltrar-se no aterro para formar chorume. Às vezes, nascentes podem se formar
ao lado de uma encosta de aterro. Esses vazamentos de líquido também devem ser coletados
como chorume. Pedras britadas podem ser colocadas no interior de um talude de aterro para
atuar como uma camada de drenagem e manter o líquido dentro do aterro para coleta pelo
sistema de coleta de chorume. Esta camada de drenagem é mais adequada se um sistema de
coleta de chorume foi instalado no aterro.
Transporte de poluentes em solos;
O movimento dos poluentes nos vazios do solo depende não somente do fluxo do fluido,
devido aos gradientes hidráulicos, mas também dos mecanismos atuantes, como processos
físicos, químicos e biológicos no local contaminado. (Soares, 2019)
De acordo com Boscov (2012) Os principais mecanismos envolvidos no transporte de um soluto
em um meio poroso são: a advecção, a dispersão mecânica, a difusão, as reações químicas
entre o soluto e os sólidos e as reações químicas do próprio soluto.
 Advecção (fluxo)
É o mecanismo de transporte ocasionado pelo fluxo de água (gradientes hidráulicos). Os
contaminantes (solutos) se movem em direção as linhas de fluxo, com concentração da solução
constante. A velocidade média (u) é igual à velocidade do fluxo de água, que é a velocidade
real de percolação, como pode ser visto na Figura 3. O fluxo químico causado por um gradiente
hidráulico.

 Dispersão mecânica ou hidráulica


É a mistura mecânica que ocorre durante o processo de advecção, causada pelo
movimento do fluido. É o espalhamento em relação ao fluxo médio pela variação da velocidade
em módulo e direção nos espaços vazios. A velocidade da água varia em módulo e direção em
qualquer seção transversal do vazio, como pode ser visto na Figura 4. Nota-se que a velocidade
é nula na superfície do grão e máxima na parte interna. Além disso, as velocidades são
diferentes nos diferentes vazios, pois os diâmetros dos vazios variam ao longo da linha de fluxo
ou diferentes segmentos longitudinais.

 Difusão
Denomina-se difusão o transporte de massa simultâneo a dispersão mecânica que ocorre
em decorrência do gradiente de concentração existente em um fluido. Neste caso, o soluto
desloca-se uma região de maior para uma de menor concentração. A difusão ocorre mesmo
na
ausência de qualquer movimento hidráulico, cessando quando os gradientes de concentração
deixam de existir, sendo que o coeficiente de difusão é proporcional ao gradiente de
concentração (Lei de Fick).
 Reações químicas
Por este mecanismo é representado por reações químicas que causam mudanças na
concentração da fase líquida ou pela transferência do soluto para outras fases (sólida ou
gasosa). Como exemplos de reações químicas e bioquímicas que podem alterar a concentração
pode-se citar a adsorção e de-adsorção, dissolução-precipitação, oxidação-redução, síntese
microbiana, etc. Dentre os exemplos acima citados o mecanismo mais estudado em problemas
geotécnicos é o da adsorção e des-adsorção na superfície das partículas dos materiais porosos.
Na Adsorção ocorre a adesão de moléculas do poluente na superfície sólida do solo, enquanto
na desadsorção ocorre a liberação das moléculas do poluente da superfície sólida.

A percolação de uma solução pelo solo pode alterar suas características e propriedades,
aumentando ou diminuindo sua plasticidade, permeabilidade, compressibilidade ou
resistência. Os produtos químicos podem atacar os minerais do solo ou modificar a estrutura
do solo. portanto deve-se haver uma compatibilidade entre solo e poluente com relação as
reações químicas cujos efeitos devem se relacionar à constância das propriedades geotécnicas.

Na formulação da equação de transporte de poluente são adotadas as seguintes hipóteses:


i) Solo saturado, meio poroso, homogêneo e isotrópico;
ii) Fluxo unidimensional e regime permanente;
iii) Soluto ideal dissolvido na água (substância química inerte e que não afete as propriedades
do líquido e soluções com baixas concentrações).

Dessa forma a equação de transporte de poluente é definida como:

Onde
ρ= massa específica seca do solo
Ddh = coeficiente de dispersão hidrodinâmica
n = porosidade
c= concentração
Kd c = adsorção linear
z = direção do fluxo
t=tempo

Pode também ser expressa utilizando-se o fator de retardamento Rd

Em que

Investigação e monitoramento geoambiental;


Monitoramento e investigação geoambiental são necessários para determinar a distribuição e
as concentrações dos contaminantes no solo. O monitoramento ambiental serve para detectar
problemas ou avaliar desempenhos, sendo mais eficiente quando os dados obtidos são
comparados previsões. Já a investigação e o monitoramento geotécnico englobam a
prospecção do subsolo e medições de parâmetros geotécnicos, tais como deformações,
deslocamento, poro-pressões, vazões, entre outros (Soares, 2019).

 Investigação geotécnica
A investigação geotécnica consiste na etapa de obtenção do perfil do subsolo, tendo como
objetivos:
i) Determinação da estratigrafia (delimitação das camadas);
ii) Determinação das propriedades geotécnicas mais apropriadas para a realização de
um projeto;
iii) Determinação do nível d`água (NA);
iv) Determinação de substâncias químicas orgânicas e inorgânicas presentes no solo
(contaminantes).

A investigação geotécnica compreende ensaios geotécnicos tradicionais cujos resultados


permitem determinar a estratigrafia e propriedades geotécnicas dos materiais que compõe o
subsolo. Englobam ensaios de campo para determinação de parâmetros de resistência,
deformabilidade e percolação, como sondagens de simples reconhecimento, com medida de
resistência à penetração (SPT – Standard Penetration Test), ensaio de cone (CPT – Cone
Penetration Test), ensaio de palheta (“Vane Test”), ensaio pressiométrico e ensaio
dilatométrico. Os Parâmetros do solo também podem ser obtidos pela retirada de amostras
deformadas e indeformadas com a realização de ensaios de laboratório como análise
granulométrica, permeabilidade, resistência ao cisalhamento e adensamento.

 Monitoramento geotécnico
O monitoramento geotécnico refere-se a medições feitas em obras geotécnicas e ambientais
(aterros de resíduos, barragens de rejeito e projetos de remediação ambiental), com a função
de fornecer informações sobre a estabilidade estrutural e impacto ambiental do local de
disposição. Consta de etapas tais como inspeção visual (erosões, trincas, cavidades), medição
de recalques e deslocamentos horizontais, pressões de percolado e gases, pluviometria, vazões
do percolado e análise química de amostras de água coletadas em poços de monitoramento.
No caso de projetos de remediação visa verificar a eficiência da solução de remediação.
A análise de estabilidade dos taludes do aterro sanitário, geralmente é determinada através da
obtenção do fator de segurança e da superfície crítica com métodos de equilíbrio limite, como
o de Bishop Simplificado ou de Spencer.

Apesar da norma ABNT NBR 13896/97 definir as condições mínimas para a apresentação de
projetos de aterros sanitários, a metodologia para a avaliação da estabilidade dos maciços
sanitários segue com base na proposta de (Kaimoto e Abreu, 1999) para o monitoramento
geotécnico e tem como procedimentos:
o estabelecimento de parâmetros iniciais de resistência, com base na observação
de eventos significativos;
o estabelecimento de um modelo inicial de comportamento mecânico,
considerando-se os processos e as etapas operacionais, e a geração e a
distribuição das pressões neutras;
o verificação das condições de estabilidade, mediante essas hipóteses;
o implantação sequencial de instrumentos de medição das pressões neutras e de
deslocamentos;
o inserção, iterativa e sequencial, dos dados de monitoramento ao modelo e às
análises efetuadas, procedendo-se ao reposicionamento e ajustes necessários;
o análise conjunta do comportamento teórico e de campo.

(Boscov, 2012) O monitoramento ambiental consiste geralmente no controle da qualidade da


água subterrânea, da qualidade de águas superficiais, da poluição do ar e da pluviometria. Para
o controle das águas subterrâneas, são coletadas amostras de poços de monitoramento,
mensalmente ou a cada dois ou três meses. Geralmente com a mesma frequência, são
coletadas amostras de corpos d'água a montante e a jusante do aterro. A pluviometria,
também importante para o monitoramento geotécnico, em geral, é medida diariamente.
Podem também fazer parte do monitoramento ambiental o controle dos vetores propagadores
de doenças, a análise físico-química do percolado e a caracterização da composição dos
resíduos.
Geossintético aplicado à obra de proteção ambiental;
Em alguns casos, um geossintético pode servir a múltiplas funções (por exemplo, uma camada
de geocompósito que serve como meio de drenagem e uma camada de proteção para uma
geomembrana subjacente).
Os revestimentos de argila geossintética fornecem uma alternativa conveniente e
potencialmente econômica de baixa permeabilidade aos revestimentos de argila compactada,
tanto em coberturas quanto em revestimentos de base em muitas situações. Por se tratar de
um produto manufaturado, tipicamente produzido com bentonita sódica em pó ou granulada,
pode-se obter um alto nível de controle de qualidade. As principais vantagens dos
Geossintéticos são sua espessura limitada, melhor resistência ao assentamento diferencial,
facilidade de instalação e baixo custo. O fato de que eles vêm em folhas finas que são
costuradas por sobreposição significa que é necessário um cuidado considerável durante a
construção para evitar rasgar as folhas ou abrir as costuras - especialmente quando o solo de
cobertura está sendo colocado.
Risco geológicogeotécnico.
Para CLARK (2006) o objetivo de uma avaliação de risco geológicogeotécnico é determinar o
risco para os seres humanos, a propriedade e o meio ambiente, de modo que um grau
apropriado de proteção possa ser incorporado ao projeto para um local ou aplicação específica,
em vez de depender de uma especificação padrão que pode ser totalmente inadequada para
fornecer o nível de proteção que é necessário ou pode ser desnecessariamente excessivo para
determinados sites.
Na geotécnica ambiental, as avaliações de risco podem ser aplicadas à migração de gases, saída
de lixiviados de um aterro sanitário e lixiviação de contaminantes de um local contaminado,
entre outros, juntamente com os efeitos potenciais desses processos.
Raymond Nen Yong, Hywel R. Thomas (2001) A metodologia de avaliação de risco começa por
identificar os três elementos do problema de gestão da contaminação: a Fonte, a Via e o
Receptor. O objetivo é relacionar eventos, como emissão de substâncias tóxicas ou outros
danos de um local contaminado, com seus efeitos em algum ponto sensível, ou ‘receptor’ no
ambiente. Esta relação é uma cadeia de sub-eventos, como lixiviação seguida de transporte
por águas subterrâneas e posterior captação como água potável, e é referido como o 'Caminho'
que liga a Fonte de risco ao Receptor onde seu impacto será sentido. Na metodologia geral, a
via será representada por funções matemáticas de transferência mais abstratas que o fluxo
físico de substâncias tóxicas.
REFERENCIAS
R. Clark (2006) ENVIRONMENTAL GEOTECHNICS. International Technical Committee No. 5
(ITC5)
Raymond Nen Yong, Hywel R. Thomas. (2001) Geoenvironmental Engineering:
Geoenvironmental Impact Management

Boscov Gimenez, Maria Eugenia Geotecnia Ambiental. São Paulo: Oficina de Textos, 2008.

Singh, D. N. (2022) ENVIRONMENTAL GEOTECHNICS


Secretariat of the Pacific Regional Environment Programme. Strategic Plan 2017–2026
Kiran Nousheen Arif. (2011) Determination of Hydro-Mechanical Characteristics of
Biodegradable WasteLaboratory and Landfill Site. Earth Sciences

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