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DESENVOLVIMENTO DE CONCRETO PERMEÁVEL COM DIFERENTES

TEORES DE ARGAMASSA

DEVELOPMENT OF PERMEABLE CONCRETE WITH DIFFERENT MORTAR CONTENT

Luize Friederich(1); Jardel Richter(2); Camila Simonetti(3), Fernanda Pacheco(4); Roberto Christ(5);
Hinoel Zamis Enrenbring(6)

(1; 2) Engenheiro(a) Civil – Egressos do curso de graduação em Engenharia Civil da Unisinos


(3) Doutora em Engenheira Civil – Egressa do curso de Pós-graduação em Engenharia Civil da Unisinos
(4; 5; 6) Professores Dr. Pesquisadores do itt Performance – Unisinos

Resumo
O desenvolvimento urbano acelerado, sem o devido planejamento, acabou trazendo consequências como o
alto volume de águas pluviais que se tornam escoamento; e assim, acabam prejudicando os sistemas de
drenagem que ficam sobrecarregados. Tecnologias de gestão de águas pluviais surgem nesse contexto,
como por exemplo, o concreto drenante para mitigar alagamentos em lotes. O presente trabalho tem por
objetivo analisar a dosagem do concreto permeável para ser utilizado como pavimento, com três teores de
argamassa diferentes para análise de suas propriedades de resistência mecânica, índice de vazios e
coeficiente de permeabilidade. Desta forma, foram moldados os corpos de prova cilíndrico com teores de
argamassa de 37%, 42% e 47%. Os resultados de permeabilidade no permeâmetro foram satisfatórios e a
comprovação de que quanto maior o valor do teor de argamassa, menor a permeabilidade do concreto,
menor o índice de vazios e maior a densidade. O ensaio de coeficiente de permeabilidade realizado no
equipamento permeâmetro com corpo de prova cilíndrico resultou em um valor que possui três vezes mais a
capacidade de infiltrar que o ensaio de permeabilidade realizado em campo, com a placa de revestimento
sobre o solo. Para justificar tal apontamento, foram realizadas análises referentes ao modo de compactação
das amostras serem diferentes e a influência que o solo possui por estar abaixo da placa de concreto devido
a sua taxa de infiltração ser muito inferior ao revestimento, e assim não absorver a quantidade de água ao
mesmo tempo. A resistência mecânica à compressão não atingiu valor satisfatório para suportar o tráfego,
devido à falta de coesão entre os agregados e a pasta de cimento.
Palavra-Chave: Concreto Permeável. Resistência. Teores de argamassa. Drenagem. Infiltração.

Abstract
The urban development without proper planning has brought consequences such as the high volume of
rainwater that becomes drainage and thus, end up damaging the drainage systems that are overloaded.
Rainwater management technologies arise as an alternative, for example, pervious concrete to mitigate
flooding in batches. The objective of this work is to analyze pervious concrete dosage to be used as
pavement, with three different mortar contents (37%, 42% and 47%) for the analysis of its properties of
mechanical resistance, voids index and permeability coefficient by the Neithalath permeameter method
(2006) and by NBR 16416 (ABNT, 2015). Permeability results were higher than the minimum established by
NBR 16416 (ABNT, 2015), and it was obtained the proof that the higher the mortar content, the lower the
permeability of the void index and the higher the density. The permeability coefficient test performed on the
permeameter equipment resulted in a value that has three times more the infiltration capacity than the field
permeability test with the coating plate on the ground. In order to justify this behavior, analyzes were
performed regarding the compaction mode of the samples being different and the soil influence on the site.
The compressive strength did not reach the planned value to support the traffic, due to the lack of cohesion
between the aggregates and the cement paste.
Keywords: Pervious Concrete. Resistance. Mortar contents. Drainage. Infiltration.

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1 Introdução
A velocidade com que a urbanização aumentou ao longo do século XX fez com que
cidades perdessem o controle dos habitantes sobre o meio ambiente, pois quanto mais a
população crescia, mais recursos naturais utilizava, sem o devido cuidado e devida
racionalização. Assim, grande parte do ambiente natural foi degradado. (TUCCI, 2008).
Esse desenvolvimento urbano acelerado acaba trazendo consequências, como o alto
volume de águas pluviais que se tornam escoamento; e assim, acabam prejudicando os
sistemas de drenagem que ficam descomedidos.
O percentual apresentado por Marchioni e Silva (2010) é de que apenas 5 % das
precipitações na superfície passam para o interior do solo em regiões com pavimentos
impermeáveis, aumentando o nível dos rios que recebem 95% das águas pluviais que
viram escoamento. (CAPIELLA; BROWN, 2001). A infraestrutura fica sobrecarregada,
então realizar apenas correções em canais e retificações não é suficiente para resolver as
consequências do alto volume de escoamento. (JAVAID, 2012). Nesse contexto, surge o
concreto permeável como uma alternativa para aumento da drenagem em pavimentos.
O American Concrete Institute (ACI), no relatório 522R-10 (ACI, 2010), define o concreto
permeável como um concreto de cimento hidráulico com poros interconectados entre os
seus agregados que resultam em um material permeável, permitindo que a água infiltre.
Este deve suportar a carga de tráfego pretendida em sua utilização e demais incidentes.
(ACI, 2010). Entre as características deste material, pode-se citar a menor densidade, que
permite a percolação da água.
O concreto permeável possui alta porosidade, permitindo a infiltração da água para
camadas subjacentes, agindo como uma bacia de retenção de águas pluviais, facilitando
a recarga subterrânea. (OBLA, 2010). As aplicações principais deste concreto são em
pavimentos de estacionamento, calçadas, áreas com tráfego leve. (ONG et al., 2016). O
agregado fino pode ser adicionado na composição do concreto variando os diferentes
teores de argamassa, a composição da matéria e seu comportamento. Como a maioria
dos concretos permeáveis possuem menor resistência para resistir ao tráfego pesado e
correm assim, grande risco de deterioração, o uso de uma determinada quantidade de
agregados finos pode ser beneficente por apresentar maior coesão, maior resistência à
abrasão e à compressão, preenchendo os vazios e diminuindo a permeabilidade.
(SCHAEFER et al., 2006). A porosidade e a resistência possuem relação inversa. A
relação água/cimento/porosidade é fundamental para a resistência, pois influi na pasta de
cimento e na zona de transição entre a pasta e o agregado. (MEHTA; MONTEIRO, 2014).
Um fator de essencial importância para a instalação e a execução das camadas do
pavimento é o tipo de solo que há no local, pois segundo Leming, Malcom e Tennis (2007)
os solos arenosos possuem maior capacidade de infiltrar do que solos argilosos. A
importância da caracterização do solo é fundamental no momento de executar as bases e
sub-base do pavimento. Logo Eisenberg, Lindow e Smith (2015) afirmam que, para solos
com baixa capacidade de absorver a taxa de infiltração, as camadas de sub-base e base
devem ser mais espessas, com maior profundidade para serem mais resistentes e
suportarem o tráfego. Podem ainda, funcionar como reservatório para armazenar maior
quantidade de água. Ressalta-se que o concreto permeável é caracterizado por
propriedades físicas como resistência à compressão, estrutura de vazios e
permeabilidade à água. (ONG et al., 2016).
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A NBR 16416 (ABNT, 2015) define concreto permeável como “concreto com vazios
interligados que permitem a percolação de água por ação da gravidade”. Possui alta
porosidade e pouca quantidade de agregados finos na sua dosagem permitindo assim
que a água seja drenada. As principais características são fluidez nula, e consistência
rígida ou seca. É constituído por cimento Portland, agregado graúdo, pouco ou nenhum
agregado fino, aditivos e água. Após a mistura dos materiais aparecem vazios
interconectados com tamanhos entre 2 a 8 mm. (ACI, 2010). É cerca de 70 % o peso
unitário da combinação do concreto permeável em relação ao concreto convencional,
podendo variar de 1600 kg/m³ a 2000 kg/m³. (TENNIS; LEMING; AKERS, 2004). A taxa
de infiltração do concreto fica entre 80 a 720 l/min/m². (OBLA, 2010).
Segundo Tennis, Leming e Akers (2004) a resistência à compressão do concreto
permeável resulta em valores em torno de 17 MPa. Conforme a NBR 16416 (ABNT, 2015)
o revestimento de concreto permeável moldado no local necessita apresentar resistência
mecânica característica equivalente ou superior a 1 MPa para tráfego de pedestres e 2
MPa para tráfego leve e para peças de concreto permeável maior ou igual a 20 MPa. Já
a norma NBR 9781 (ABNT, 2013) especifica que a resistência à compressão deve ser
maior ou igual a 35 MPa para tráfegos de pedestre e veículos leves, e para veículos
especiais maior ou igual a 50 MPa. O concreto permeável é adequado na execução de
pavimentos de estacionamento de baixa carga, ruas residenciais, calçadas, áreas com
tráfego leve, áreas recreativas. (SABNIS, 2016). Além da aplicação no revestimento dos
pavimentos, o concreto permeável pode também proporcionar estabilidade estrutural na
base dos pavimentos para resistir a esforços de maior carga. (BALLARD et al., 2015).
Desta forma, estradas de maior volume e rodovias também foram construídas de concreto
permeável na Europa, Japão e Austrália com sucesso. (EISENBERG; LINDOW; SMITH,
2015).
Dada essa apresentação inicial em relação ao concreto permeável e suas vantagens, o
presente trabalho tem por objetivo analisar a dosagem do concreto permeável para ser
utilizado como pavimento, com três teores de argamassa diferentes para análise de suas
propriedades de resistência mecânica, índice de vazios e coeficiente de permeabilidade.

1.1 Sistemas de infiltração


De acordo com a NBR 16416 (ABNT, 2015) há três sistemas de infiltração abaixo da
superfície dos pavimentos, conforme se descreve: sistemas A, B e C.
No sistema A, a infiltração é total, toda a água que chegar sobre o pavimento irá penetrar
passando pelas camadas e podendo chegar até o solo abaixo, conforme a No sistema B,
a infiltração é parcial, na qual há uma quantidade de água que atinge o subleito e infiltra-
se e outra parte que fica armazenada na sub-base e é drenada através de tubos de saída
ou drenos implementados à sub-base e que irão transportar esse restante para outros
dispositivos de drenagem. (INTERPAVE, 2010; ABNT, 2015). Assim impedindo
concentração de água sobre a camada de subleito diminuindo o perigo de desestabilizar o
solo, conforme a Figura 1. (BALLARD et al., 2007). . (INTERPAVE, 2010; ABNT, 2015).
No sistema B, a infiltração é parcial, na qual há uma quantidade de água que atinge o
subleito e infiltra-se e outra parte que fica armazenada na sub-base e é drenada através
de tubos de saída ou drenos implementados à sub-base e que irão transportar esse
restante para outros dispositivos de drenagem. (INTERPAVE, 2010; ABNT, 2015). Assim
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impedindo concentração de água sobre a camada de subleito diminuindo o perigo de
desestabilizar o solo, conforme a Figura 1. (BALLARD et al., 2007).

Sistema de infiltração A Sistema de infiltração B

Figura 1 - Sistema de infiltração A e B


Fonte: Adaptado de Ballard et al. (2007).

No sistema C não há infiltração. Há a implementação no entorno de membrana


impermeável e flexível acima do subleito para compor um tanque de armazenamento
capturando a água. A água fica retida na estrutura permeável de acordo com a NBR
16416 (ABNT, 2015). Os tubos de saída são construídos a partir da membrana para
transportar a água para outros dispositivos de drenagem. (INTERPAVE, 2010). É utilizado
em locais onde o solo possui baixa permeabilidade ou baixa resistência, e que se a água
o atingir causaria mais prejuízos, conforme Figura 2. (BALLARD et al., 2007).

Figura 2 – Sistema de Infiltração C


Fonte: Adapatado de Ballard et al. (2007).

As limitações no uso do pavimento, segundo Tucci e Bertoni (2003), referente ao concreto


permeável e sua utilização em pavimentos é que a água infiltrada nas camadas
subjacentes que vai em direção ao lençol freático pode estar carregada de poluentes que
não foram totalmente eliminados nas camadas anteriores e, assim poluir o lençol freático.
Outra limitação é referente a sua instalação devido ao solo do local que se possui mais
que 30 % de argila ou mais de 40 % de silte não é recomendado devido a sua reduzida
permeabilidade. Outros autores como Leming, Malcom e Tennis (2007) afirmam que os
solos argilosos podem sim receber pavimento permeável desde que as camadas dos
pavimentos sejam planejadas com maior profundidade. A colmatação também é uma
limitação, ao qual o pavimento fica exposto aos sedimentos que se sobrepõem, entupindo
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os poros, reduzindo a infiltração e sendo necessário a manutenção do pavimento. (TONG,
2011; EISENBERG; LINDOW; SMITH, 2015).
Segundo Ballard et al. (2007), as limitações que se referem ao pavimento permeável são
em relação a utilização em tráfego leve; e ao desenvolvimento de ervas daninhas devido
as inspeções não realizadas no local e assim estas ervas se desenvolvem e causam o
entupimento de poros. Outra limitação é referente a inclinações do pavimento que não
devem ser superiores a 5 %, segundo a NBR 16416. (ABNT, 2015). E as áreas no
entorno que contribuem, a declividade não deve ultrapassar 20 %. (MARCHIONI; SILVA,
2010). Assim a percolação da quantidade de água irá fluir a jusante do sistema podendo
causar danos e perda de eficiência, pois irá saturar a parte inferior que irá receber maior
quantidade precipitação e irá transbordar para o exterior. (LEMING; MALCOM; TENNIS,
2007). Uma solução é criar tubulações para que levem a água para outro local por meio
das inclinações. (TENNIS; LEMING; AKERS, 2004).
A quantidade de escoamento e de infiltração possuem relação com o tipo de solo nas
camadas inferiores do pavimento. O solo arenoso propende a ter maior infiltração e menor
escoamento, já o solo argiloso propende a ser ao contrário, possui maior escoamento e
menor infiltração. (LEMING; MALCOM; TENNIS, 2007). Isso ocorre pois o solo argiloso
apresenta partículas muito finas, de dimensões menores que a areia, possuindo assim
menos poros. A percolação ocorre melhor em solos secos que tem melhor percolação que
em solos úmidos, pois a infiltração depende das características como granulometria,
estado de umidade da camada do solo. Porém, solos argilosos também podem compor
pavimentos permeáveis, apenas terão uma taxa de infiltração reduzida. (LEMING;
MALCOM; TENNIS, 2007). Segundo Dreelin, Fowler e Caroll (2006), estudos realizados
com a implantação do pavimento permeável sobre o solo com teor de 30 a 65 % de argila
obtiveram taxas de infiltração satisfatórias. Já Tucci e Bertoni (2003) solicitam que seja
feita a sondagem nos solos e que se este possuir 30 % de argila ou 40 % de argila e silte
juntos, não é recomendado a instalação do pavimento permeável. Afirmam ainda que
para viabilizar a utilização de pavimentos permeáveis a taxa de infiltração deve ser maior
que 7 mm/h.

1.2 Mecanismo de colmatação


Materiais como solos, folhas são trazidos do entorno do local e ficam depositados sobre o
pavimento permeável, ocorrendo de infiltrarem nos poros, ocasionando muitas vezes o
entupimento e reduzindo sua função hidráulica. (TONG, 2011). Kayhanian et al. (2012)
analisaram a permeabilidade in loco e constataram que a quantidade de partículas
menores que 38 micrômetros era inferior a 25 %, e que a maioria das partículas eram
maiores que 38 micrômetros e tinham como referência as áreas circundantes, galhos de
árvores que caem e causam a obstrução dos poros. Segundo Mata e Leming (2012)
partículas que possuem dimensões maiores que os poros ficam detidas sobre a superfície
do piso. Já as partículas mais finas se infiltram dentro do concreto. Partículas finas como
silte e argila podem entrar e ficar sobre os poros ou entre o solo e a sub-base. (MATA;
LEMING, 2012).
A durabilidade do pavimento refere-se ao suportar as cargas do tráfego, a umidade, a
temperatura e o sol ao qual estão expostos. (SMITH; HOERNER; PESHKIN, 2008). Como
a estrutura do concreto permeável possui muitos vazios, acaba ficando suscetível ao
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congelamento, degelo e ao desgaste à abrasão. (TENNIS; LEMING; AKERS, 2004). A
água que é absorvida pelos agregados quando congelada tende a expandir podendo
fazer com que o agregado sofra deterioração deixando a camada de revestimento mais
frágil. (DAM et al., 2012). Chopra et al. (2007) afirmam que lugares onde possuíam
pavimento de concreto permeável foram realizados testes para verificar a taxa de
infiltração e, assim obtiveram o tempo de vida útil de serviço do material que varia de 6 a
20 anos.
As manutenções têm como objetivo prolongar a vida útil do pavimento. (DAM et al., 2012).
Evitam a ocorrência do entupimento dos vazios que há na estrutura do pavimento,
permitindo a infiltração de águas pluviais. (TENNIS; LEMING; AKERS, 2004). Quando o
pavimento diminui cerca de 25 % da sua capacidade de infiltrar é necessário executar
uma limpeza profunda, como por exemplo, a lavagem de pressão e aspiração para
recuperar a estrutura dos poros corretamente. (NRMCA, 2015).
Alguns exemplos de manutenção preventiva são drenos de borda adaptados, vedação de
fissuras. As manutenções de rotina também são serviços proativos realizados no dia a dia
com o intuito de preservar o pavimento. Já a manutenção corretiva são serviços reativos
que são executados quando há problemas que atingem as operações e a estrutura do
pavimento de forma negativa. (SMITH; HOERNER; PESHKIN, 2008). Como por exemplo,
métodos para restaurar o atrito da superfície do pavimento. (DELATTE, 2014).
Assim que a camada de revestimento de concreto permeável for instalada e curada, o
teste para verificar a capacidade de permear será realizado conforme a ASTM C1701
(ASTM, 2017) ou NBR 16416 (ABNT, 2015). Com este ensaio realizado se tem o valor da
taxa de infiltração do pavimento podendo comparar a taxa inicial com as taxas realizadas
ao longo dos anos de uso para verificar como está a eficiência da permeabilidade.
(NRMCA, 2015). Conforme o anexo A da NBR 16416 (ABNT, 2015), caso a medição do
coeficiente de permeabilidade, resulte em valor inferior ou igual a 10-5 m/s é necessária a
realização da limpeza para readquirir a capacidade permeável.

2 Materiais e métodos
No programa experimental desta pesquisa, foram preparadas dosagens dos corpos de
prova com traço de 1:5 possuindo três teores de argamassas diferentes, baseados em
estudos realizados por Mariano (2014) e por Lian e Zhuge (2010). Para complementar, foi
realizada a análise da influência das características do solo no processo da placa de
concreto permeável sobre o solo. Os materiais que foram utilizados para execução dos
ensaios foram caracterizados quanto a sua granulometria, massa específica e massa
unitária para fins de obter melhor conhecimento do material utilizado na execução dos
ensaios e são apresentados na sequência.
Os materiais utilizados na pesquisa foram, cimento Portland CP IV-32, areia natural, de rio
com massa específica 2,58 g/m3 e a massa unitária de 2,48 g/m3. A curva granulométrica
da areia é apresentada na Figura 3. A brita utilizada é de origem basáltica, com massa
específica de 2,75 g/m3 e a massa unitária de 1,42 g/m3. A Figura 4 apresenta a curva
granulométrica obtida para a brita.

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Figura 3 – Curva granulométrica do agregado miúdo
Fonte: Elaborado pelos autores.

Figura 4 – Curva granulométrica do agregado graúdo


Fonte: Elaborado pelos autores.

2.1 Definição dos traços


O método de dosagem dos traçosfoi realizado com base em pesquisas bibliográficas,
visto que não há um procedimento normativo ou específico para executar o concreto
permeável. Desta forma, buscou-se a ACI 522R-10 (ACI, 2010) e a NBR 16416 (ABNT,
2015). A escolha da relação a/c é de 0,35, sendo este valor fixado em todos os teores de
argamassa. Alguns estudos utilizaram diferentes teores de argamassa para verificar as
mudanças ocorridas nos parâmetros de resistência à compressão e permeabilidade,
visando obter maior resistência e o valor de permeabilidade exigido de acordo com a
norma. Deste modo, foi executado o traço 1:5 com três teores diferentes de argamassa
utilizados, possuindo como base os estudos realizados por Mariano (2014) com 37%,
42% e 47% de teor de argamassa. Na Tabela 1 apresentam-se os traços.

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Tabela 1 - Traços unitários utilizados no programa experimental.
Traço 1 Traço 2 Traço 3 Traço 1 Traço 2 Traço 3
Material
Traço unitário Consumo dos materiais (kg)
Cimento CP IV -32 1 1 1 15,46 15,46 15,46
Areia Natural 1,22 1,52 1,82 18,86 23,49 28,13
Brita 0 3,78 3,48 3,18 58,43 53,79 49,15
Água 0,35 0,35 0,35 5,41 5,41 5,41
Fonte: Elaborado pelos autores.

A base de cálculo da quantidade materiais foi realizada conforme a densidade do


concreto permeável presente em pesquisas bibliográficas arbitrando-se 2000 kg/m³. Para
realizar a mistura, primeiro colocou-se todo o agregado graúdo, em seguida 1/3 da
quantidade total de água do traço específico, cimento, em sequência mais 1/3 da água,
areia e o restante do 1/3 da água. O processo de mistura durou cerca de 10 minutos.
Salientando que, antes da concretagem, foi realizada o método da frigideira para os
agregados com o objetivo de verificar o teor de umidade e assim a realização da correção
da quantidade de água adicionada, e também dos agregados adicionados conforme o teor
de umidade.

2.2 Moldagem dos corpos de prova


As moldagens dos corpos de prova foram realizadas de acordo com a norma NBR 5738
(ABNT, 2016). Além das amostras cilíndricas, foram confeccionadas amostras de
pavimentos intertravados, com dimensões de 240x100x80 mm, adensadas manualmente.
As placas com dimensões de 500x500x60 mm foram adensadas de forma manual, tendo
sido confeccionadas com fôrmas de madeira. Todos os prismas foram desmoldados 24 h
após a concretagem, sendo levados para a sala de cura úmida, onde a umidade é
superior a 95 % e a temperatura é de (23 ± 2) °C. Para cada traço foram moldados os
corpos de prova cilíndricos para ensaios de resistência à compressão axial, seguindo
NBR 5739 (ABNT, 2018) aos 7 dias, e aos 28 dias, e a NBR 16416 (ABNT, 2015), e em
formato PAVS para a resistência à compressão aos 28 dias; índice de vazios, seguindo
NBR 9778 (ABNT, 2009) e densidade; e os ensaio de permeabilidade, seguindo o método
de Neithalath (2006). Corpos de prova prismáticos foram moldados para realizar o teste
de permeabilidade segundo o ASTM 1701 (ASTM, 2017). No estado fresco, todos os
traços foram testados quanto ao abatimento de tronco de cone através da NBR 16889
(ABNT, 2020).

2.3 Caracterização do solo


A caracterização do solo foi realizada por Ramos et al. (2014) identificando o tipo de solo
e a sua capacidade de permeabilidade e quanto esta pode influenciar no ensaio de
coeficiente de permeabilidade in situ seguindo a NBR 16416 (ABNT, 2015). A amostra de
solo foi recolhida nas proximidades dos Institutos tecnológicos da Unisinos. (RAMOS et
al., 2014). Para a caracterização do tipo de solo foram considerados os ensaios de limite
de liquidez (LL) e limite de plasticidade (LP) e a quantidade de passagem de material na
peneira n° 200 para caracterizar quanto ao tipo de solo que há no local por meio dos
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gráficos de plasticidade de Casagrande, gráfico do sistema de HRB (Highwaw Research
Board), gráfico do Sistema Unificado de Classificação de Solos (S.U.C.S). Foram
utilizadas as normas NBR 9895 (ABNT, 2017) e NBR 13292 (ABNT, 1995).

3 Resultados
3.1 Caracterização do solo
O solo foi considerado argila de baixa compressibilidade. O índice de suporte Califórnia
(ISC) apresentou o valor de 8,87% e expansão 0,149% estando estes valores de acordo
com os requisitos apresentados em norma para subleito em que exige ISC > 2% e
expansão menor que 2%, portanto o solo pode aceitar a instalação do pavimento
permeável. O resultado do coeficiente de permeabilidade é C = 6,7379x10-5 m/s, sendo
considerado um solo de médio grau de permeabilidade. Apesar do solo ser caracterizado
como argila, parece ter condições suficientes de permeabilidade e de suporte. Conforme
foi apresentado nas referências bibliográficas por Dreelin, Fowler e Caroll (2006), a
pesquisa que foi realizada com a instalação do pavimento permeável em solos com teor
de até 65 % de argila obtém resultados positivos referente as taxas de infiltração.

3.2 Abatimento do concreto


No estado fresco, o ensaio de abatimento do concreto foi realizado para cada traço, todos
tiveram como resultado o abatimento igual a 0 mm. Segundo Tennis, Leming e Akers
(2004) o concreto permeável apresenta abatimento menor que 20 mm, desta forma os
resultados dos traços 1, 2 e 3 estão em conformidade com a bibliografia. O abatimento
deve ser nulo, por sua consistência rígida.

3.3 Resistência à compressão


Os resultados da resistência à compressão aos 7 e aos 28 dias dos corpos de prova
cilíndricos (CPs), que caracterizam a resistência do concreto, estão apresentados na
Figura 5. Os resultados estão dentro dos limites da ACI 522R-10 (ACI, 2010),
apresentando valores de 2,8 a 28 MPa, no caso, os valores obtidos ficaram mais próximo
do valor inferior. Foi adicionada areia para que a resistência fosse mais elevada, o que
não ocorreu, a justificativa seria que a relação a/c adotada de 0,35 foi baixa, pois com a
adição de areia a mistura ficou menos fluída e pode ter tido danos de segregação.
Analisando comparativamente os traços, o que obteve maior resistência foi o traço 2 com
42 % de teor de argamassa, sendo cerca de 6 % superior ao traço 1 e cerca de 28 %
superior ao traço 3. O traço 2 acaba sendo semelhante ao apresentado por Mariano
(2014).

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Figura 5 - Resistência à compressão aos 7 e aos 28 dias dos CPs
Fonte: Elaborado pelos autores.

Foi verificada uma pequena evolução entre o ensaio realizado aos 7 dias e aos 28 dias.
Esta pequena variação de resistência não era esperada, devido a utilização do CP IV,
pois com a utilização deste cimento a resistência aos 28 dias deveria ter adquirido maior
porcentagem de diferença de resistência. De acordo com a ACI 522R-10 (ACI, 2010),
aditivos retardadores de pega podem ser utilizados para evitar a perda rápida de água e
aditivos plastificantes em concreto com relação água/cimento baixa pode melhorar a
trabalhabilidade.
Os resultados obtidos de resistência à compressão axial das peças de pavimento
intertravado (PAVs), são apresentados na Figura 6.

Figura 6 - Resistência à compressão aos 28 dias do PAVs


Fonte: Elaborado pelos autores.
A NBR 9781 (ABNT, 2013) indica que o valor da resistência à compressão para peças de
concreto permeável, conforme descrito no item 2.3, visando a utilização de tráfego leve ou
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de pedestres deve ser maior ou igual a 35 MPa aos 28 dias. Percebe-se que os
resultados obtidos não atingiram a resistência mínima. Os resultados tiveram como maior
resistência à compressão, o teor de argamassa de 42 %, seguindo a mesma linha que os
corpos de prova cilíndrico. Em comparação com os valores obtidos pelos CPs e pelos
PAVs, foi verificado que os resultados do ensaio de resistência à compressão executados
por estes são muito semelhantes.

3.4 Índice de vazios e densidade


Os resultados dos índices de vazios foram de 24,37% para o teor de argamassa de 37%;
21,98% para o teor de 42% e de 17,12 para o teor de 47%. Segundo o ACI 522 R-10
(ACI, 2010), o valor de índice de vazios pode variar de 15 % a 25 %. Visto que os
resultados obtidos variam entre 17,12 % e 25 %, estão dentro deste intervalo. E estão de
acordo com as bibliografias estudadas de que quanto maior o teor de argamassa, menor
o índice de vazios. Schaefer et al. (2006) concluíram que quanto maior o índice de vazios,
maior a permeabilidade e menor a resistência à compressão. Dando continuidade aos
resultados, a Tabela 2 apresenta os resultados obtidos da densidade.
Tabela 2 – Resultados de ensaio de densidade.
Densidade (kg/m³)
Granulometria Traço 1 - α = 37% Traço 2 - α = 42% Traço 3 - α = 47%
CP 1 1.733,69 1.738,22 1.797,71
CP2 1.733,63 1.788,54 1.795,61
Média 1.733,66 1.763,38 1.796,66
Fonte: Elaborado pelos autores.

A densidade obtida para esta pesquisa ficou em média 1.765 kg/m³ estando incluída no
intervalo de 1600 kg/m3 a 2000 kg/m3 descritos na bibliografia. Ainda, os valores conferem
com a bibliografia apresentada, pois quanto maior a densidade maior o teor de
argamassa.

3.5 Permeabilidade
Os resultados do ensaio de permeabilidade executados no equipamento permeâmetro
estão apresentados na Figura 7.

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Figura 7 – Resultados do ensaio de permeabilidade
Fonte: Elaborado pelos autores.
Com os resultados obtidos, pode ser constatado que quanto maior o teor de argamassa
menor o coeficiente de permeabilidade, ou seja, a areia adicionada acaba diminuindo os
poros do concreto e o deixando menos permeável. Conforme o que Schaefer et al. (2006)
analisaram, permeabilidade diminuiu cerca de 60 % da amostra em relação a que não
havia utilizado agregado miúdo. Segundo a ACI 522 R-10 (ACI, 2010), o valor do
coeficiente de permeabilidade mínimo é k≥1,4 x 10-3 m/s, e pela NBR 16416 (ABNT, 2015)
o valor mínimo é 10-3 m/s, assim todos os resultados estão de acordo, pois apresentam
valores maiores que o mínimo estabelecido pelas normas. A média da permeabilidade
dos três traços estudados é cerca de 12 vezes maior que o valor estabelecido na norma,
possuindo grande capacidade permeável.

3.6 Coeficiente de permeabilidade in situ


Quanto aos resultados da etapa do tempo de pré-molhagem, pode-se verificar que o
único traço que adquiriu tempo de pré-molhagem maior que 30s foi o traço 3, então de
acordo com a NBR 16416 (ABNT, 2015) utilizou-se 3,6 L para o ensaio e o traço 1 e 2 que
atingiram valores inferiores a 30 s, a quantidade de água utilizada para o ensaio foi de 18
L. Em relação ao tempo de ensaio, analisando comparativamente os traços, tem-se que
quanto maior o teor de argamassa maior o tempo de percolação a água levou para passar
pela placa de revestimento. Na Figura 8 estão os valores adquiridos do ensaio e o valor
mínimo da NBR 16416 (ABNT, 2015) que corresponde a 10-3 m/s.

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Figura 8 – Resultados para o ensaio de permeabilidade in situ
Fonte: Elaborado pelos autores.
Com relação aos valores obtidos, o traço 3 com maior teor de argamassa obteve um valor
inferior ao mínimo que a norma prescreve, assim não pode ser utilizado como permeável,
com base neste ensaio. O traço 1 obteve o maior coeficiente de permeabilidade, visto que
possui menor teor de argamassa, seguido do traço 2 que obteve o coeficiente maior que o
valor mínimo das normas ACI 522R-10 (ACI, 2010) e da NBR 16416 (ABNT, 2015).
Houve diferenças no ensaio realizado in situ e no ensaio realizado em corpos de prova
cilíndricos. O resultado para ensaio nos CPs cilíndricos com relação ao traço 2, por
exemplo, foi aproximadamente três vezes maior que o realizado em campo. Uma
justificativa é que possui métodos de compactação diferentes e o ensaio realizado em
campo conta com outros fatores externos, incluindo a presença do solo, justamente
visando uma análise de aplicação real.
No momento do ensaio a água infiltrou por dentro da placa que seria o revestimento, mas
devido as irregularidades do terreno, uma parte da quantidade de água se espalhou pelo
solo até ser infiltrada. Foi verificado que a água infiltrava no solo com um tempo maior do
que foi contabilizado no ensaio do revestimento permeável, até porque o coeficiente de
permeabilidade do pavimento permeável é cerca de 98% maior que o coeficiente do solo.
As taxas de infiltração do pavimento permeável chegam a ser 10.000 vezes maiores que
as taxa de infiltração do solo arenoso e 100.000 vezes maior que o solo argiloso. Os
valores obtidos do coeficiente de permeabilidade estão de acordo com outros trabalhos de
pesquisa entre eles o trabalho de Silva e Passos (2015) em que utilizaram o traço 1:4 com
variações de porcentagem de areia, o coeficiente resultou valores entre 0,0049 m/s e
0,021 m/s. Afirma-se ainda, que estes valores de permeabilidade são bastante elevados.

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4 Conclusão
Sobre o estado fresco, pode-se constatar que o abatimento do tronco de cone apontou
resultados de acordo com as referências bibliográficas, com abatimento nulo. Esse pe um
resultado esperado e característico de concretos permeáveis.
Os valores de resistência à compressão para cada teor de argamassa destoaram do
esperado, pois como foi adicionada areia na mistura, previu-se que os poros iriam diminuir
e aumentar a resistência. Porém, talvez por possíveis danos na coesão da mistura, e a
reduzida relação a/c empregada, não foi constatado tal aumento. O ensaio de resistência
à compressão realizados nos PAVs também não adquiriu o valor mínimo de resistência
para utilização como pavimento. Já os resultados de densidade das amostras concordam
com a bibliografia pesquisada.
Os ensaios de permeabilidade no equipamento permeâmetro ocorreram de acordo com
as bibliografias estudadas, quanto maior o teor de argamassa menor a taxa de
permeabilidade, concluindo que a amostra com maior quantidade de agregados,
apresenta maior dificuldade da água infiltrar, devido à compactação da mistura. Verificou-
se que quanto maior o teor de argamassa menor o índice de vazios, o que é esperado, já
que o maior teor de argamassa acusou menor taxa permeável e maior densidade.
Conclui-se que quanto maior a quantidade de agregados finos a quantidade de vazios
diminui; e com isso a capacidade de permeabilidade também reduz. O solo foi
caracterizado como argila e apresentou características satisfatórias como ISC maior que
2%, este valor é importante para fins de resistência do solo. O coeficiente de
permeabilidade do solo foi satisfatório. Porém, estudos mais aprofundados para
confirmação da possibilidade real de instalação do pavimento devem ser realizados como
sondagem dos pontos onde pretende-se instalar o pavimento e com isso a verificação da
profundidade do lençol freático.
O teste de coeficiente de permeabilidade no campo obteve resultados de acordo com o
teste de permeabilidade do permeâmetro, no sentido de que quanto maior o teor de
argamassa menor a permeabilidade. Porém, os valores dos resultados das amostras
cilíndricas apresentaram uma capacidade de ser três vezes mais permeável, em relação
ao ensaio realizado da placa no solo. Pode-se concluir que o método de compactação é
diferente, podendo assim a placa ter ficado mais compacta e com menos capacidade de
permeabilidade no ensaio realizado em campo. Outra consideração é referente ao solo
que poderia estar com poros preenchidos, e ainda, por este possuir menores vazios do
que a placa, a umidade presente no solo pode ser verificada realizando ensaios antes do
teste de coeficiente de permeabilidade do conjunto concreto solo. No uso do
permeâmetro, a água é lançada sobre o cilindro, sem nenhuma interferência abaixo da
amostra, pois a água percola e tem escape no cano de saída.
De acordo com os resultados apresentados, confirma-se a importância do concreto
permeável aplicado em pavimentos com a principal meta de funcionar como o sistema de
drenagem, como microdrenagem que encaminha o volume de água dos lotes para
tubulações que vão em direção a outros dispositivos de drenagem para destinação final,
reduzindo e até mesmo extinguindo o escoamento. De maneira geral, perceberam-se
vantagens no emprego da técnica, principalmente em relação ao potencial drenante,

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devendo ser aprimorada a resistência à compressão dos traços empregados nesse
estudo experimental.

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