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MACAPÁ-AP
2024
UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS
CURSO DE ENGENHARIA CIVIL
MACAPÁ-AP
2024
Sumário
1. Apresentação
2. Objetivo
3. Referencial Teórico
3.1 Paralelepípedo
3.1.1 Vantagens e desvantagens dos pavimentos em Pedra
3.1.2 Materiais
3.1.3 Durabilidade
3.1.4 Estudos Topográficos e Geotécnicos
3.1.5 Manutenção
3.1.5 Dimensionamento do pavimento em paralelepípedo
3.2 Pavimentação com Alvenaria Poliédrica
3.2.1 Vantagens da utilização da alvenaria Poliédrica na pavimentação
3.2.2 Materiais utilizados
3.3 Sistema de Pavimento de concreto Intertravado
3.4 Microrevestimento e Lama Asfáltica
3.4.1 Ensaios mecânicos
3.4.2 Dosagem de microrrevestimento
3.4.3 Dosagem de lama asfáltica
3.4.4 Limite do teor de emulsão para faixas
3.4.5 Granulometria do projeto e faixa de trabalho
3.5 Tratamentos superficial
3.6 Reuso de Pavimento Asfáltico
3.6.1 Métodos Trad. de Restauração e/ou Recuperação de Pavimentos
3.6.2 Reuso (Reciclagem) de Pavimento
3.6.3 Tipos de Técnicas de Reciclagem
3.6.4 Vantagens Amb. Associados à Téc de Reciclagem de Pavimentos
3.6.5 Considerações
Referências
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1. Apresentação
“uma estrutura de múltiplas camadas com espessuras finitas, construída sobre a superfície
final de terraplenagem, destinada técnica e economicamente a resistir aos esforços oriundos
do tráfego de veículos e do clima [...]”.
reforçadas por telas ou barras d e aço usadas para elevar o espaçamento entre as juntas
utilizadas para realizar um reforço estrutural. O pavimento rígido é composto por uma
camada superficial constituída de placas de CCP sendo elas armadas ou não, apoiadas
sobre uma camada de material granular ou de material estabilizado com cimento na
base ou sub -base, que se for exigido, poderá ser assentada sobre o subleito ou sobre um
reforço do subleito.
Tendo em vista todo o exposto até aqui, o pavimento de paralelepípedo por ser
constituído de blocos rígidos de pedra, pode ser considerado um pavimento flexível,
construído com peças rígidas. No entanto, o pavimento adquire característica semi-flexível
quando o mesmo tem o rejuntamento feito com areia, e pode ser considerado semi rígido
quando é rejuntado com argamassa cimentícia.
2. Objetivo
O presente trabalho tem como objetivo expor alguns dos materiais que fazem parte
do sistema da pavimentação.
3. Referencial Teórico
3.1 Paralelepípedo
Estes revestimentos são constituídos por blocos regulares, assentes sobre um colchão
de regularização constituído de material granular apropriado. As juntas entre os
paralelepípedos podem ser tomadas com o próprio material do colchão de regularização,
pedrisco, materiais ou misturas betuminosas ou com argamassa de cimento Portland. Os
paralelepípedos podem ser fabricados de diversos materiais sendo os mais usuais constituídos
de blocos de granito, gnaisse ou basalto, e deverão atender os requisitos da EM-8 da ABNT
no que se refere à natureza ou origem, à regularidade geométrica e às dimensões mínimas e
máximas recomendáveis.
- Vantagens
uma boa opção para bairros residenciais, onde a velocidade dos veículos não é
alta;
● Apresentam baixa complexidade de execução e menores custos, quando
comparados com revestimentos asfálticos. Além dos custos com material,
ligantes asfálticos não são encontrados em qualquer lugar, o que pode implicar
em elevados custos com transporte;
● Todos os calçamentos dos tipos paralelepípedo, pé de moleque, bloquetes, sem
rejuntamento de argamassa são considerados pavimentos ecologicamente
corretos, permitindo a infiltração da água da chuva. As vantagens desta
infiltração vão desde a recarga do lençol freático, a diminuição da vazão
escoada para o s mananciais, o que diminui os riscos de enchentes a jusante
dos pontos de lançamentos;
● Os pavimentos de pedras além de absorver menos calor, propiciam o
crescimento de determinadas gramíneas que, além de ajudar a diminuir a
temperatura, captam CO2 que é expelido pelos carros, partículas coloidais
carregadas d e nutrientes que poluem os cursos d’água;
● A aplicação do paralelepípedo proporciona durabilidade e não agride o meio
ambiente, sendo de fácil execução e manutenção. Trata-se de uma alternativa
que é considerada útil e ambientalmente correta;
● O calçamento com paralelepípedos é mais adequado sempre que a intenção for
aumentar a segurança do pedestre, restringindo a velocidade dos carros,
desestimulando a direção perigosa, bem como desviar o tráfego de longa
distância e de veículos pesados para outras áreas da cidade. Também é
preferível o calçamento com paralelepípedos sempre que não houver previsão
de monitoramento constante do estado de conservação da pista, como é o caso
na maioria das ruas das cidades, já que a durabilidade dos paralelepípedos é
incomparavelmente maior. O paralelepípedo tem aderência mecânica com a
base, geralmente de areia, e não com o paralelepípedo vizinho.
comparando-se as duas tecnologias pode-se afirmar que a primeira tem uma capacidade para
gerar empregos cerca de 15 vezes maior que a segunda.
- Desvantagens
3.1.2 Materiais
A obtenção destes materiais pode ser realizada a qualquer tempo e sob qualquer
clima, além de permitir a estocagem do produto em qualquer condição e por períodos de
tempo determinados exclusivamente por fatores de conveniência político-administrativa.
3.1.3 Durabilidade
onde a velocidade dos veículos não é alta. Excluídas as falhas ou insuficiências das camadas
inferiores do pavimento, a superfície de rolamento constituída por poliedros de rocha,
adequadamente selecionada e cortada, apresenta uma duração ilimitada. Esta resistência se
estende à ação dos solventes desprendidos pelos veículos (diesel, gasolina, etc.).
Nas vias a serem pavimentadas em uma obra de implantação, deverá ser executado
pelo menos 01 (um) furo de sondagem a trado ou abertura de trincheira, conforme for o caso,
no ponto mais baixo da planta, com o objetivo de reconhecimento do tipo de solo local e do
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Para as obras que possuam tráfego mais intenso e/ou pesado, previsão de serviços de
terraplenagem com camadas superiores a 20,0 cm, previsão de projeto de GAP, aclives e/ou
declives acentuados ou alguma outra atipicidade topográfica, tendo um destes condicionantes,
deverá o profissional realizar o levantamento planialtimétrico completo do empreendimento,
devendo apresentar os seguintes itens mínimos:
3.1.5 Manutenção
As saliências e reentrâncias das faces laterais, assim como o atrito provocado pelo
material de rejuntamento, não são efetivamente considerados para o cálculo no que se refere a
distribuição tangencial das cargas aplicadas sobre o bloco e retransmitidas ao subleito
imediatamente abaixo. Essa distribuição de cargas através das faces laterais tem o seu
aproveitamento justificado no método BRIPAR de M. Dantas , em que o material de
rejuntamento a uma mistura de brita e areia ou pedrisco, não sendo, entretanto, considerado
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pela maioria absoluta dos autores. A descontinuidade entre os blocos rígidos de pedra, de
dimensões médias e pequenas, garante, todavia, um comportamento semiflexível que admite
grandes deformações. Não existe um método para o projeto de pavimento de paralelepípedo
cuja aceitação seja consensual e de ampla difusão, motivo pelo qual não se apresentará aqui
nenhum método de projeto como uma alternativa definida para esse tipo de pavimento. É
justamente, na possibilidade de se adequar as soluções desse tipo de pavimento, às
disponibilidades locais de materiais que reside um dos méritos desta alternativa.
comumente utilizados, e, assumindo ainda que a carga, por roda, de 6 toneladas, abrangendo
portanto, praticamente todas as possibilidades de tráfego, tem-se o exemplo a seguir:
Onde:
Deste resultado se conclui que, se o subleito tiver um suporte menor que 15,3% a
espessura total do pavimento será maior que 23cm.
Para efeitos práticos, convém lembrar que, em vias de tráfego leve e pouco intenso,
como é o caso do tráfego urbano, na maioria das ruas, não se cumpre a condição P= 6 ton,
não havendo necessidade de se cogitar em dimensionamento para esse tipo de tráfego,
bastando o calçamento direto das peças sobre o colchão de assentamento. No entanto, cabe
assinalar que subleitos constituídos por solos argilosos de baixo suporte e alta expansão
devem ser dotados de um reforço, representados por solos de características geotécnicas
conhecidas, dependendo do tráfego. Acrescente-se a isso, que para os casos mais frequentes
de ruas de cidades, onde já existem construções e, portanto, limitações quanto às cotas das
guias e do pavimento, a necessidade de reforço do subleito ou da sub-base implica
necessariamente em rebaixo do subleito. Quando ocorre o inverso, isto é, a geometria
recomenda a adição de material (aterro) , para atingir o greide final da rua, este material
deverá ser selecionado e não deverá apresentar suporte (CBR) inferior a l%, nos 0,4m finais
da camada.
Tal praticidade, faz com que sejam necessários métodos de aplicação que não exigem
qualificações muito complexas para a execução desse serviço. O uso desse tipo de pavimento
é ideal para solos onde é preciso lidar com contenções de umidade do solo e drenagens
complexas, a disposição dos blocos de pedras robustos proporciona uma firmeza maior e
maior durabilidade da pavimentação. Geralmente aplicado em locais sujeitos a inundações
periódicas ou regulares, com subleitos muito fracos e outras condições que podem
comprometer rapidamente as misturas asfálticas.
a) cortes e aterros;
b) abertura de valas;
d) pavimentação;
e) rejunte de pedras;
f) meio fio;
g) compactação;
h) sinalização;
i) contenção lateral.
a) cortes e aterro:
b) abertura de valas;
Para a abertura de valas deve-se utilizar tanto a escavação manual, como a escavação
mecânica, ambas devem ser feitas com os equipamentos adequados a cada uma. As valas
devem ser abertas, em geral, no sentido de jusante a montante e executadas em talude vertical.
c) assentamento de tubos;
Os tubos utilizados devem possuir uma seção circular e o material deles deve ser o
concreto. Também devem ser rejuntados com argamassa por dentro e por fora. Assim como
possuir uma inclinação mínima de 1%. E atender ás exigências da ABNT. NBR – 8890/2003.
Após as etapas de corte e aterro e abertura de valas, os tubos devem ser assentados de
jusante para montante, serem colocados no fundo das valas, que por sua vez devem estar
regularizadas. Esses tubos devem ser de concreto, pré-moldados de encaixo tipo macho e
fêmea ou ponta e bolsa. E devem atender ás exigências da NBR8890. O rejunte dos tubos
deve ser feito com argamassa de cimento e areia de traço 1:3. Após a finalização dessa etapa
devem ser feitos o reaterro e a compactação das valas onde os tubos foram inseridos, afim de
garantir a sua estanqueidade.
O material utilizado deve ser o mesmo que foi retirado para escavação das valas. O
aterro e o reaterro devem ser executados em camadas não superiores a 0,20 m e compactados
mecanicamente.
e) pavimentação;
necessário que seja feito o piqueteamento das canchas no sentido transversal de 5,00 a
10,00m no sentido longitudinal, formando um reticulado a partir das linhas mestras para
facilitar o assentamento. Também deve ser feita a conferência da declividade longitudinal e
transversal. E após essas confirmações segue-se a pavimentação com assentamento das pedras
bem unidas de forma que não coincidam as juntas vizinhas.
f) rejunte de pedras;
g) meio fio;
Para a execução do meio fio um cordão de concreto moldado in loco com 0,17m de
espessura de base, 0,13m altura e concreto FCK 20 Mpa, sobre a base compactada com o
mesmo nível da compactação deve ser utilizado.
h) compactação;
Um rolo compressor liso de 3 rodas ou tipo tandem de porte médio com peso mín de
10 toneladas deve ser utilizado para compactação após o rejuntamento das pedras. Para
conclusão dessa etapa deve ser espalhada sobre a superfície mais uma camada de
recobrimento complementar em torno de 0,03m de pó de pedra, para rolagem final.
i) sinalização;
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Figura 2
(Fonte:https://www.solucoesparacidades.com.br/wp-content/uploads/2020/08/Pav-Intertravado-
Criterios-de-execu%C3%A7%C3%A3o.pdf).
Pavimento Flexível.
Figura 3.
Estrutura
a) subleito;
b) sub-base;
c) base;
d) camada de assentamento; e,
f) confinamento Lateral
a) Subleito
b) Sub-base
c) Base
Quadro 1 - Recomendações da granulometria dos agregados a usar nas camadas de base e sub-base
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CBR ≥ 8%
Expansibilidade ≤ 0,5%
Limite de liquidez ≤ 25%
Índice de plasticidade ≤ 6%
d) Camada de assentamento
QUADRO 2 - Faixa granulométrica recomendada para a camada de assentamento (areia) das peças
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Figuras 7 e 8
Fonte: Carvalho (1998)
A colocação das peças deve ser feita evitando qualquer deslocamento das já
assentadas, bem como irregularidades na camada de areia, verificando, frequentemente, se
estão bem colocadas e ajustadas. Normalmente, a distância entre as peças é da ordem de 2
mm a 3 mm, não devendo ser superior a 5 mm. Para o acabamento junto aos meios-fios ou
interrupções no pavimento (bueiros, caixas de inspeção etc.), utilizam-se peças serradas ou
cortadas.
f) confinamento Lateral
g) Vigas de contenção.
É uma estrutura rígida (concreto simples, concreto armado, solo reforçado com
cimento, BGTC) são executadas em todo encontro do pavimento com outro tipo de
pavimentação ou via sem pavimentação Também são utilizadas em trechos com inclinação
superior a 8%.
Por meio deste ensaio determina-se o teor de ligante mínimo para uma lama asfáltica
ou um microrrevestimento. O ensaio reflete a resistência à abrasão relativa à porcentagem de
ligante. Em conjunto com o Loaded Wheel Test (LWT), permite determinar o teor ótimo de
ligante que será empregado. O teste simula as condições abrasivas, como veículos freando e
fazendo curvas, em condições úmidas. O procedimento de ensaio utiliza uma amostra em
forma de disco, com 6mm de espessura e 280mm de diâmetro. Esta amostra é ensaiada após
passar um período de 1 hora ou, excepcionalmente, 6 dias submersa em água.
Este disco é colocado no equipamento, ainda submerso em água e submetido a uma
carga abrasiva rotativa de 2,3kg por 5 minutos. Após este período, seca-se e pesa-se o disco.
A perda máxima de massa para amostras submetidas à imersão por 1 hora e 6 dias é,
respectivamente, 538g/m2 e 807g/m2. O teor de ligante que resulta nestas perdas de massa é
considerado o teor mínimo de ligante.
o corpo-de-prova, que é submetido à mais 100 ciclos. O corpo-de-prova é removido mais uma
vez e pesado. O aumento de massa devido à adesão da areia é anotado. O valor máximo
aceitável de aumento de massa é de 538g/m2.
Teste de coesão
De acordo com o DNER (1998), a dosagem de uma lama asfáltica visa determinar,
para uma composição de agregados pré definida, os teores ótimos de emulsão e água a serem
incorporados à mistura. As etapas do processo são descritas a seguir.
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(b) Composição da mistura agregado + fíler: em função dos materiais disponíveis, deve se
estudar a composição mais favorável, tendo em vista o enquadramento na faixa
granulométrica desejada. Deve-se analisar a conveniência do emprego de areia e fíler na
mistura.
(c) Definição do teor ótimo de emulsão: é possível estimar o teor ótimo provável a partir da
aplicação da fórmula de Duriez, a qual leva em consideração a superfície específica dos
agregados que compõem a mistura e um parâmetro designado módulo de riqueza, que é
função da faixa selecionada. As expressões de cálculo são as seguintes:
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(d) Definição do teor ótimo de água: a quantidade ótima de água deve ser aquela que permita
o máximo em trabalhabilidade, sem ocorrência de escorrimento. Um exagerado teor de água
tende a provocar a sedimentação dos finos e a flotação da emulsão asfáltica, resultando em
superfície exsudada e altamente derrapante sob condições chuvosas. O teor de água está,
também, vinculado ao tempo da cura da massa na pista, uma quantidade maior de água
implicando maior tempo de cura. A definição do teor ótimo de água é procedida pela análise
da trabalhabilidade/consistência da massa, executando-se misturas com o teor teórico da
emulsão previamente determinado e diversos teores de água.
MATERIAIS EMPREGADOS
Segundo Bernucci et al (2006), no Brasil, cerca de 95% das estradas pavimentadas são
de revestimento asfáltico, portanto, é de caráter fundamental compreender a importância de
ligantes asfálticos nos tratamentos superficiais. Além disso, a técnica de tratamento
superficial vem sendo usada para o reparo de revestimentos, ou sob qualquer tipo de
pavimento que não tenha danos consideráveis. Diante disso, devemos conhecer a importância
dos materiais empregados no tratamento superficial para garantir sua eficácia.
Os materiais empregados são ligante asfáltico, agregados minerais e melhorador de
adesividade os quais devem satisfazer ao contido nas normas do Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (DNIT).
Os agregados podem ser pedra cascalho, brita e seixo rolado. E para que satisfaçam as
às normas de qualidade impostas deve ter: fator de abrasividade Los Angeles igual ou inferior
a 40%, índice de formato superior a 0,50, durabilidade com perda inferior a 12%,
granulometria do agregado obedecendo a faixas específicas (distribuição mais uniforme),
adesividade superior a 90% (BERNUCCI et. al., 2008).
No caso de emulsão asfáltica elas devem ser homogêneas e não devem apresentar
separação de fase asfáltica após uma vigorosa agitação, dentro de 30 (trinta) dias da data de
carregamento, a unidade de compra é o Kg, na tomada de compra deve-se indicar o tipo de
emulsão, a natureza de acondicionamento assim como local, condições de entrega e deve
haver indicação de procedência em cada unidade de acondicionamento.
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Em caso de não haver boa adesividade pode ser empregado um outro material
chamado melhorador de adesividade, em conformidade com o seu nome ele deve ser usado
para que possa ser possível alcançar a adesividade prevista no projeto.
EXECUÇÃO
oriundos de RAP, poderão se beneficiar dos dados obtidos deste estudo, contribuindo com o
planejamento das suas atividades.
Neste sentido, este trabalho pode auxiliar órgãos governamentais na
manutenção viária com o reuso do resíduo asfáltico, bem como pesquisadores interessados,
com estratégias para o uso de métodos de ensaios reológicos e de envelhecimento do ligante.
As informações levantadas apresentam elementos, visuais e quantitativos sobre o RAP, que
podem interferir no desenvolvimento de trabalhos com o uso de agentes rejuvenescedores e
modificadores de uma nova mistura. Em decorrência, contribuirá para realização de novos
estudos de casos para aplicação de misturas modificadas.
A frente das principais causas de manifestações patológicas em pavimentos
com revestimentos asfálticos nas rodovias, estão as trincas por fadiga e o afundamento nas
trilhas de roda. Sendo que a deformação permanente nas trilhas de roda acontece devido à “
resistência ao cisalhamento das misturas asfálticas, que se subordina à vulnerabilidade
térmica do ligante asfáltico e da estrutura dos agregados minerais” (NEVES FILHO, 2004).
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Na década de 90, iniciou-se a reciclagem a frio “in situ”, com o emprego das
recicladoras móveis Caterpillar e Wirtgen, cuja operação se desenvolvia no local, com
fresagem a frio do revestimento, incorporação de emulsões rejuvenescedoras,
homogeneização e espalhamento feito pelo próprio equipamento.
No Brasil a primeira vez que se usou essa técnica foi na rodovia BR393/RJ,
em 1993, no trecho entre Além Paraíba e Sapucaia, realizada pelo DNER atual DNIT. Dois
métodos de reciclagem “in situ” já foram utilizados pelo Departamento Nacional de Estradas
de Rodagem (DNER) atual DNIT, a saber:
a. Método Marine, com o emprego da recicladora Marine A.R.T. 220 de
fabricação italiana, cuja fresagem é realizada a frio. O equipamento processa a mistura do
material a quente e o posterior espalhamento. O DNER elaborou a especificação ES – 188/87,
que contempla este tipo de procedimento.
b. Método Wirtgen, com a utilização do “remixer” da Wirtgen, cuja fresagem é
realizada após o aquecimento da superfície do revestimento. Para este procedimento o DNER
elaborou a especificação ES – 187/87. “ Quanto ao reprocessamento dos materiais de
pavimentação, quando este ocorre sem o dispêndio de energia para o aquecimento dos
mesmos, a técnica é designada de reciclagem a frio”. (MOMM; DOMINGUES, 1995).
Podem ser adicionados materiais betuminosos (emulsão asfáltica), agregados,
agentes rejuvenescedores ou estabilizantes químicos. A mistura final é utilizada como camada
de base que deve ser revestida com um tratamento superficial ou uma mistura asfáltica nova a
quente, antes de ser submetida à ação direta do tráfego.
A reciclagem a frio pode ser classificada:
Para o meio antrópico, podem ser destacados como forma de otimização dos
impactos ambientais de acordo com o componente ambiental saúde e segurança: a redução
significativa dos ruídos e vibrações, e a redução de acidentes envolvendo pessoas e/ou
equipamentos.
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3.6.5 Considerações
A expressão reciclagem vem sendo usado nos últimos anos em diversas áreas de
produção, pois o processo de reaproveitamento de materiais que antes eram geralmente
descartados e formando uma pilha de lixo não desejável, era visto como um problema de
difícil solução para se encontrar um destino final correto pelos governos e entidades
ambientalistas. A técnica de se reciclar pavimentos é relativamente nova, contudo, é
indispensável se emprego atualmente.
Referências
SENÇO, W. Manual de Técnicas de Pavimentação. 2001. Vol. II. 1. ed. PINI. São
Paulo.