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JONAS FEITOSA DOS SANTOS

LUIZ TALARICO NETO


WASHINGTON BATISTA LIRA

RELATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO

PALMAS-TO, 2023
JONAS FEITOSA DOS SANTOS
LUIZ TALARICO NETO
WASHINGTON BATISTA LIRA

RELATÓRIO DE PAVIMENTAÇÃO

Trabalho requerido como nota parcial


da disciplina de Pavimentação,
ministrado pelo professor Dr. Rodrigo
Araújo Fortes.

PALMAS – TO , 2023
INTRODUÇÃO

Na vastidão do mundo da engenharia de pavimentação, os agregados surgem


como os pilares fundamentais sobre os quais repousam estradas, ruas e
calçadas. Compostos por uma variedade de materiais granulares, os agregados
desempenham um papel central na formulação de misturas asfálticas e de
concreto asfáltico, proporcionando suporte estrutural, durabilidade e resistência
ao desgaste às superfícies pavimentadas. Em essência, os agregados são os
blocos de construção invisíveis, mas essenciais, que sustentam a infraestrutura
viária global.

Este trabalho teórico se propõe a explorar detalhadamente o mundo complexo


dos agregados na pavimentação, mergulhando nas nuances de sua origem,
propriedades físicas e mecânicas, e sua influência direta no desempenho e na
durabilidade das camadas asfálticas. Compreender as características
intrínsecas dos agregados torna-se imperativo para engenheiros de
pavimentação, uma vez que a escolha apropriada desses materiais impacta
diretamente na qualidade das estradas e na segurança dos usuários.

Ao longo deste trabalho teórico científico, investigaremos os processos de


extração, britagem e classificação dos agregados, considerando não apenas sua
qualidade intrínseca, mas também seu comportamento quando integrados aos
ligantes asfálticos. Além disso, analisaremos as técnicas avançadas de
caracterização, incluindo ensaios laboratoriais específicos, que permitem uma
avaliação precisa das propriedades dos agregados e seu potencial para resistir
às cargas repetidas impostas pelo tráfego veicular.

A compreensão profunda dos agregados na pavimentação não é apenas um


exercício acadêmico, mas uma necessidade vital para o desenvolvimento
sustentável e aprimoramento contínuo das estruturas rodoviárias. Por meio
desta pesquisa, buscamos não apenas desvendar a complexidade dos
agregados na pavimentação, mas também contribuir para a construção de
estradas mais seguras, duráveis e eficientes, atendendo às crescentes
demandas de mobilidade do mundo contemporâneo.

BASE ESTABILIZADA GRONULOMETRICAMENTE


Para o DNIT a base é a camada do pavimento “sobre a qual será construído O
revestimento, destinada a resistir aos esforços verticais Oriundos dos veículos,
distribuindo-os adequadamente Às camadas subjacentes, executada sobre a
sub-base, Subleito ou reforço do subleito devidamente regularizado E
compactado”.
Sendo a base a parte do pavimento que devem suportar tensões de grande
intensidade é importante que o material que essa camada será feito tenha
resistência para suportar as solicitações, caso contrário o solo que constituirá
deve ser submetido a um processo de melhoria conhecido como Estabilização
granulométrica. De acordo com o DNIT a estabilização granulométrica é um
“processo de melhoria das características de solos “in Natura” mediante a adição
de um ou mais materiais, de forma a se obter uma mistura final com propriedades
Adequadas de estabilidade e durabilidade.”
É importante mencionar que a estabilização granulométrica tem o intuito de
melhorar as características do solo por meio de uma melhor distribuição
granulométrica, caso o solo aonde será implantada a rodovia seja uma argila
com pouco material de partículas grandes é necessário colocar solo com grãos
maiores para que a sua resistência seja incrementada.

TRATAMENTO SUPERFICIAL SIMPLES


De acordo com DNIT o “Tratamento superficial simples – TSS é a camada de
revestimento do pavimento constituída de uma aplicação de ligante asfáltico
coberta por uma camada de agregado mineral submetida à compressão.” A
execução desse serviço é feita com o emprego do ligante asfáltico que pode ser
um cimento asfáltico ou uma emulsão asfáltica, se não existir adesividade entre
o ligante e o agregado é indispensável a aplicação de um melhorador de
adesividade. Em relação aos agregados podem ser empregado pedra, cascalho
ou seixo Rolado, britados. Devem consistir de partículas limpas, Duras,
resistentes, isentas de torrões de argila e Substâncias nocivas, e apresentar as
características Seguintes:
a) Desgaste “Los Angeles” igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035/98),
admitindo-se agregados com valores maiores, no caso de em utilização anterior
terem apresentado comprovadamente, desempenho satisfatório;
b) Índice de Forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME
089/94);
d) Granulometria do agregado (DNER-ME 083/98),
obedecendo a uma das faixas constantes da
Tabela 1 – Granulometria dos agregados.
TRATAMENTO SUPERFICIAL DUPLO
Tratamento superficial duplo – TSD é a camada de Revestimento do pavimento
constituída por duas Aplicações de ligante asfáltico, cada uma coberta por
Camada de agregado mineral e submetida à Compressão. O tratamento
superficial duplo é formado por um ligante asfáltico e por agregado mineral. Em
relação ao ligante asfáltico pode ser utilizado as seguintes opções: Cimentos
asfálticos CAP-150/200; Emulsões asfálticas, tipo RR-2C. Para que o serviço de
pavimentação seja feito é necessário que o ligante e o agregado empregado
tenha uma boa adesividade, caso contrário deve ser adicionado um melhorador
de adesividade para permitir que o ligante faça a ligação entre as partículas do
agregado.
Em relação ao agregado a norma permite o emprego de pedra, cascalho ou
seixo rolados britados. Esse material deve ser resistente e está isento de
impurezas como uma porcentagem de argila ou torrões. De acordo com o DNIT
o agregado usado num tratamento superficial duplo deve atender os seguintes
critérios:
a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035/98), admitindo-
se agregados com valores maiores, no caso de em utilização anterior terem
apresentado, comprovadamente, desempenho satisfatório;
b) Índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89/94);
d) Granulometria do agregado (DNER-ME 083/98), obedecendo às faixas da
Tabela 1:
Tabela 1 – Granulometria dos agregados
TRATAMENTO SUPERFICIAL TRIPLO
De acordo com o DNIT 148/2012-ES (2012,p.2) o “tratamento superficial triplo –
TST é a camada de Revestimento do pavimento constituída por três Aplicações
de ligante asfáltico, cada uma coberta por Camada de agregado mineral e
submetida à Compressão.” Esse tratamento é confeccionado mediante a
aplicação de um ligante para unir as partículas do agregado mineral, se
porventura não existir uma adesividade adequada entre o ligante e o agregado
é necessário acrescentar um melhorador de adesividade nessa mistura.
O ligante tem a finalidade de ligar os grãos do agregado, sendo assim a sua
escolha é importante para o êxito da pavimentação. A norma permite que esse
tratamento seja feito com os seguintes ligantes Cimentos asfálticos CAP-
150/200 e Emulsões asfálticas, tipo RR-2C. Em relação a emulsão asfáltica é
relevante mencionar que o seu emprego só pode ser efetuado quando for
aplicado em todas as camadas do revestimento. Essa recomendação é valida
para tipo de tratamento superficial.
Os agregados podem ser pedra, cascalho ou seixo Rolado, britados. Esse
material deve ser de qualidade ou seja não devem conter impurezas como
torrões de terra e também tem que apresentar a resistência as solicitações em
que estará submetido. Em relação as características do agregado a norma DNIT
148/2012-ES ( 2012,p.3) faz as seguintes determinações:
• Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 40% (DNER-ME 035/98) admitindo-se
agregados com Valores maiores, no caso de em utilização anterior Terem
apresentado, comprovadamente, Desempenho satisfatório;
• Índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086/94);
• Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 89/94);
• Granulometria do agregado (DNER-ME 083/98), Obedecendo às faixas
constantes da Tabela 1.

CONCRETO ASFÁLTICO
Concreto Asfáltico – Mistura executada a quente, em Usina apropriada, com
características específicas, Composta de agregado graduado, material de
Enchimento (filer) se necessário e cimento asfáltico, Espalhada e compactada a
quente.
O concreto asfáltico é formado agregado graúdo, agregado miúdo, material de
Enchimento filer e ligante asfáltico. Em relação ao aglomerante ou cimento o
DNIT permite os seguintes:
–CAP-30/45
– CAP-50/70
– CAP-85/100
Os agregados é a parte inerte do concreto e sua escolha é fundamental para
fazer um concreto que suporte as tensões em que o pavimento estara submetido.
O agregado graúdo pode ser pedra britada, escória, Seixo rolado
preferencialmente britado ou outro material que atenda essa função no concreto.
A normativa do DNIT permite o uso de seixo rolado, apesar desse material não
ser apropriado para a confecção de concreto em virtude da baixa resistência e
principalmente por reações álcalis-agregados, ou seja esse material não atende
ao pré-requisito que o agregado deve ser um material inerte. Em relação ao
agregado graúdo a normativa do DNIT preconiza os seguintes parâmetros:
a) Desgaste Los Angeles igual ou inferior a 50% (DNER-ME 035); admitindo-
se Excepcionalmente agregados com valores Maiores, no caso de terem
apresentado Comprovadamente desempenho satisfatório Em utilização
anterior;
NOTA: Caso o agregado graúdo a ser usado Apresente um índice de desgaste
Los Angeles superior a 50%, poderá ser usado o Método DNER-ME 401 –
Agregados – Determinação de degradação de rochas após Compactação
Marshall, com ligante IDml, e Sem ligante IDm, cujos valores tentativas de
Degradação para julgamento da qualidade de Rochas destinadas ao uso do
Concreto Asfáltico Usinado a Quente são: IDml ≤ 5% e IDm ≤ 8%.
b) Índice de forma superior a 0,5 (DNER-ME 086);
c) Durabilidade, perda inferior a 12% (DNER-ME 089).

Já em relação ao agregado miúdo o concreto asfáltico pode ser feito mediante


ao uso de areia, pó de pedra ou a combinação de ambos os materiais. O
agregado miúdo também pode qualquer material com as mesmas propriedades
dos mencionados acima, desde que atenda os critérios definidos nas normativas.
O agregado miúdo devem ter uma proporção de mínimo de 55% de grãos
formados por areia e esse material deve ser limpo e isento de torrões de argila.
Outro componente dessa mistura é o material de enchimento filer, em relação a
esse item é importante mencionar que esse constituinte durante a fase de
aplicação deve ser seco e desprovido de grumos. Esse insumo pode ser
formado deve ser por materiais minerais finamente divididos, tais como cimento
Portland, cal extinta, pós-calcários, cinza volante, etc;
Caso o ligante asfáltico não tenha uma boa adesividade com os agregados é
necessário acrescentar um melhorador de adesividade ao traço. A determinação
da adesividade do ligante asfáltico com o melhorador de adesividade é feito por
meio dos seguintes ensaios:
a) Métodos DNER-ME 078 e DNER 079, após submeter o ligante asfáltico
contendo o dope ao ensaio RTFOT (ASTM – D 2872) ou ao ensaio ECA
(ASTM D-1754);
b) Método de ensaio para determinar a Resistência de misturas asfálticas
Compactadas à degradação produzida pela Umidade (AASHTO 283).
Neste caso a Razão da resistência à tração por Compressão diametral
estática antes e Após a imersão deve ser superior a 0,7 (DNER-ME 138).

A composição da mistura deve atender tanto parâmetro relativo ao percentual


do ligante asfáltico especificado pelo projetista como também devem atender
o quadro que se referem as tolerâncias em relação a granulometria da
mistura. Abaixo está o quadro da granulometria admitida para esse tipo de
tratamento.
De acordo com o DNIT ( 2016) a “faixa usada deve ser aquela, cujo diâmetro
máximo é inferior a 2/3 da espessura da camada.” A confecção do projeto da
curva granulométrica devem ser considerado o conforto do usuário, em
relação a isso o volume de vazios não pode ser nem muito alto e nem
pequeno, o adequado que esse valor seja intermediário
Para o DNIT “as porcentagens de ligante se referem à mistura de agregados,
considerada como 100%. Para todos os tipos a fração retida entre duas
peneiras consecutivas não deve ser inferior a 4% do total”
a) Devem ser observados os valores limites Para as características
especificadas no Quadro a seguir:
b) as Especificações Complementares podem fixar outra energia de
compactação;
c) as misturas devem atender às especificações da relação betume/vazios
ou aos mínimos de vazios do agregado mineral, dados pela seguinte
tabela:
• Ensaio de Análise granulométrica de agregados graúdos e miúdos.

A realização da análise granulométrica de agregados graúdos e miúdos é feita


por meio de peneiramento. Para efetuar esse ensaio é necessário a seguinte
aparelhagem:
- Agitador mecânico de peneiras, com dispositivo para fixação desde uma
peneira até seis, Inclusive tampa e fundo;
- Peneiras de malhas quadradas conforme a DNER-ME 035/95;
-Balança com capacidade de 20 kg, sensível a 1 g;
- Estufa com dimensão apropriada, capaz de manter temperatura uniforme (110±
5) ºC;
- Escovas apropriadas para limpeza de peneiras;
- Repartidores de amostra;
- Tabuleiros metálicos de 50 cm x 30 cm x 6 cm.
A amostra é coletada em campo e deve ser conduzida ao laboratório de forma
cuidadosa de modo que conserve as suas propriedades. Quando estiver em
laboratório essa amostra deve ser submetido a um processo de lavagem com
água e depois deve ser seca antes de prosseguir com o ensaio.
Com a amostra de agregado pronta o ensaio é iniciado com a coleta da amostra
mediante ao processo de quateramento
O ensaio de peneiramento pode ser feito de forma mecânica ou manual. É
importante ressaltar que o ensaio mecânico possui uma precisão melhor devido
a um controle tecnológico melhor, abaixo está o passo a passo para a execução
desse ensaio de acordo com DNER-ME 083/98 ( 1998, p.4):
- Secar a mostra de ensaio em estufa (110± 5) ºC, esfriar à temperatura ambiente e
determinar a sua massa total.

- Encaixar as peneiras, previamente limpas, no agitador de peneiras, de modo a formar um


único conjunto de peneiras, com abertura de malha em ordem crescente da base para o
topo, comum fundo adequado ao conjunto.

-Colocar quantidade da amostra sobre a peneira superior do conjunto, de modo a evitar a


formação de camada espessa de material sobre qualquer uma das peneiras. Se o material
apresentar quantidade significativa de materiais pulverulentos, ensaiar as amostras
conforme a DNER-ME 266/97. Considerar o teor de materiais pulverulentos no cálculo da
composição granulométrica.

- Realizar o peneiramento na série de peneiras especificada ao caso pertinente, pela


agitação mecânica do conjunto.

- O peneiramento deve ser continuado até que não mais que 1% da massa total da amostra
passe em qualquer peneira, durante 1 (um) minuto.

- Em sequência, pesar, com aproximação de 0,1% sobre a massa da amostra total, o


material Retido em cada peneira, juntamente com a porção que porventura tenha ficado
presa nas malhas, que É retirada com uma escova apropriada.

- O somatório de todas as massas retidas não deve diferir de mais de 0,3% da Massa seca
inicialmente introduzida no conjunto de peneiras.
O ensaio de peneiramento também pode ser feito manualmente quando não for
possível ser feito de forma mecânica, é importante salientar que independente
da forma como esse ensaio é realizado os seus resultados são confiáveis. Abaixo
está o passo a passo para a execução do peneiramento manual de acordo com
a DNER-ME 083/98 ( 1998, p.5 ):
- Na impossibilidade do peneiramento mecânico, realizar o manual, aplicado inicialmente
na Peneira de maior abertura, e subsequentemente nas demais da série (ordem
decrescente).

- As massas retidas em cada peneira, nas tolerâncias permitidas, são aplicadas nos
cálculos Para obtenção dos resultados.

Nota 2: A agitação das peneiras deve ser feita em movimentos laterais e circulares
alternados, tanto no plano horizontal quanto no vertical e inclinado .

• Análise de misturas de agregados por peneiramento, conforme o padrão DNIT


412/2019 – ME.

Misturas asfálticas – Análise granulométrica de agregados graúdos e miúdos e


misturas de agregados por peneiramento – Método de ensaio
O agregado é um material mineral inerte que geralmente na construção civil participa de
misturas como um elemento de preenchimento. Em relação ao tamanho o agregado
pode ser graúdo ou miúdo: o agregado graúdo é aquele cujos grãos passam pela
peneira de 3 polegadas (3”), com abertura de malha de 75 mm, e ficam retidos na
peneira nº 4, com abertura de malha de 4,75 mm; já o miúdo é aquele cujos grãos
passam pela peneira nº 4, com a bertura de malha de 4,75 mm, e ficam retidos na
peneira Nº 100, com abertura de malha de 0,15 mm.
Em relação ao agregado existe o material purulento ou filer. A norma DNIT 412 ( 2019,
p.2) traz a seguinte definição “ Partículas minerais com dimensões inferiores a peneira
n° 200 (0,075 mm), incluindo os materiais solúveis em água, presentes nos agregados”.
Ainda em relação a agregado a norma DNIT 412 (2019, p.3) fala do material de
enchimento que é “ o material que passa totalmente na peneira nº 100 (0,15 mm ou 150
μm) e passa mais que 65 % na peneira De nº 200 (0,075 mm ou 75 μm).”
A determinação ou classificação do tipo de agregado é feita pelo tamanho do grão, para
aferir essa propriedade faz-se o uso de peneiras, abaixo tem uma tabela com uma série
de peneiras ou seja cada peneira que compõe esse série tem uma malha diferente.
De acordo com a norma DNIT 412 (2019,p.3) a aparelhagem necessária para realizar
um ensaio da análise granulométrica de agregados graúdos, agregados miúdos ou uma
mistura de ambos é a seguinte:
a) Estufa capaz de manter a temperatura controlada automaticamente até 150
ºC, com resolução de ± 5 ºC.

b) Balança com capacidade de 10 kg, com resolução de 0,1 g da massa de


amostra a ensaiar.

c) Agitador de peneiras mecânico, com dispositivo para fixação de uma até seis
peneiras, capaz de criar movimentos preferencialmente circulares e verticais das
peneiras, acarretando a passagem das partículas pelas aberturas de cada
peneira.

d) Termômetro resistente ao calor, com escala de 30 a 150 ºC.

e) Bandeja metálica retangular de 50 cm x 30 cm x 6 cm (altura).

f) Repartidor de amostra de 25,0 mm e com 4,75 mm de abertura.

g) Série de peneiras (Tabela 1 desta norma), com tampa e fundo, que atendam
às exigências da norma DNER – EM 035/95.

h) Escovas ou pincéis, com cerdas de aço ou de fios, para limpeza de peneiras.


A realização desse ensaio requer a coleta da amostra no campo e em laboratório essa
amostra deve ser separada por quarteamento ou repartidor até a quantidade indicada
para o ensaio. A massa mínima por amostra de agregado ou mistura de agregado a
ensaiar deve obedecer ao especificado na Tabela abaixo.

A amostra deve ser seca em estufa em massa constante até uma temperatura de 110 C
e logo depois esfria-la até a temperatura ambiente e em seguida determinar a sua
massa total. Após esse procedimento é necessário pegar uma série de peneiras e
encaixa-la em ordem decrescente ou seja a peneira de malha maior deve ser colocada
primeira e assim sucessivamente, com as peneiras já posicionadas já pode inserir o
material na peneira de maior malha. É importante mencionar que as peneiras devem
ser tampadas. Para inibir a sobrecarga do material na malha da peneira a norma DNIT
412 ( 2019, p3) faz as seguintes recomendações:
I – Inserir peneira adicional com abertura de malha Intermediária entre a
peneira com sobrecarga e a Imediatamente superior a esta da sequência de
peneiras;

II – Dividir a amostra em porções, peneirando cada uma Individualmente;

III – Usar peneiras tendo dimensões de caixilho maiores, correspondendo à


área maior de peneiramento.

O peneiramento pode ser realizado de forma mecânica ou manual. O peneiramento


com agitador mecânico é mais eficiente e confiável, abaixo está o procedimento
especificado pela norma DNIT 412 (2019, p.4):
A)Transferir ao agitador a série de peneiras, munida De fundo e tampa,
contendo a amostra e proceder ao seu peneiramento por um intervalo de tempo
que permita a Separação e classificação de seus grãos;

B) Retirar a série de peneiras munida de fundo e Tampa do agitador de peneiras


e proceder ao Peneiramento manual de cada peneira, empregando um Segundo
fundo e tampa, com movimentos laterais e Circulares alternados, tanto no plano
horizontal como no Inclinado, por um minuto. Ao término deste período a Massa
passante em cada peneira deve ser inferior a 1 % Em relação à massa retida,
para um tempo de 1 minuto de agitação. Se a amostra apresentar quantidade
significativa de material pulverulento, este deve ser Determinado conforme
descrito no método de ensaio DNER – ME 266/97 e seu teor deve ser empregado
no Cálculo da composição granulométrica.
I – Amostra constituída por mistura de agregados cuja Dimensão máxima
nominal for de 12,5 mm, proceder Primeiramente ao ensaio DNER – ME 266/97,
e, a seguir, À secagem e ao peneiramento descrito na subseção 7.1, Alínea (b);

II – Amostras constituídas por mistura de agregados cuja Dimensão máxima


nominal for superior a 12,5 mm, Opcionalmente pode-se empregar amostras
distintas na Determinação da quantidade de material pulverulento e Na
determinação da composição granulométrica;

III – Quando as especificações exigirem a determinação Da quantidade total de


material mais fino que 0,075 mm (75 µm) por lavagem e peneiramento seco,
deve ser Empregada a mesma amostra na determinação da Quantidade de
material pulverulento e da composição Granulométrica.

C) Determinar a massa retida em cada peneira após A limpeza de sua malha


com escova ou pincel. Os grãos Removidos da parte interna da peneira devem
ser Considerados como retidos e da parte externa como Passantes;

D) Se a amostra for dividida em porções, repetir o Procedimento descrito em 7.1


para as demais porções;

E) Determinar o somatório das massas retidas nas Peneiras e nos fundos, não
devendo este total diferir em Mais de 0,3 % da massa da amostra seca inicial.
Considerar o teor de materiais pulverulentos no cálculo Da composição
granulométrica.

Caso o laboratório não dispõe de um agitador mecânico esse ensaio pode ser realizado
de forma manual, é importante salientar que independentemente se o ensaio for
mecânico ou manual os resultados serão confiáveis, em relação ao procedimento
manual é necessário de uma maior cuidado e atenção do pesquisador. A norma DNIT
412 ( 2019, p.4) recomenda os seguintes procedimentos para realização desse ensaio
de forma manual:
a) Na impossibilidade de empregar o agitador de Peneiras mecânico, deve-se realizar o
peneiramento manualmente, colocando inicialmente a amostra na peneira com malha
de maior abertura da série, munida de fundo e tampa, por um intervalo de tempo
superior a 2 minutos. Em seguida, proceder ao peneiramento manual por peneira,
empregando fundo e tampa, com movimentos laterais e circulares alternados, tanto
no plano horizontal como no inclinado, até que a massa passante seja inferior a 1 %
em relação à massa retida. Determinar a massa retida em cada peneira após a
limpeza da malha com escova ou pincel. Os grãos removidos da parte interna da
peneira devem ser considerados como retidos e da parte externa como passante.
Este procedimento deve ser aplicado para as Demais peneiras da série. Se a amostra
apresentar Quantidade significativa de material pulverulento, este Deve ser
determinado conforme descrito no método de Ensaio DNER – ME 266/97 e seu teor
deve ser Empregado no cálculo da composição granulométrica;

b) Se a amostra for dividida em porções, repetir o Procedimento descrito em 7.2 para as


demais porções;

c) Determinar o somatório das massas retidas nas Peneiras e nos fundos, não devendo
este total diferir em mais de 0,3 % da massa da amostra seca inicial. Considerar o
teor de materiais pulverulentos no cálculo da composição granulométrica;

d) As massas retidas em cada peneira nos peneiramentos, nas tolerâncias permitidas,


devem ser aplicadas aos cálculos para obtenção de resultados.
CONCLUSÃO
À medida que concluímos esta pesquisa aprofundada sobre o papel crucial dos
agregados na pavimentação, fica claro que esses materiais granulares são
verdadeiros pilares sobre os quais repousa a infraestrutura rodoviária moderna.
Os agregados não são meramente elementos inertes; são os componentes
dinâmicos que determinam a força, a estabilidade e a durabilidade das camadas
asfálticas, desempenhando um papel vital na criação de estradas resilientes
capazes de suportar as exigências do tráfego incessante.
Exploramos a diversidade dos agregados e compreendemos como suas
propriedades físicas, químicas e mecânicas influenciam diretamente o
desempenho do pavimento. O conhecimento detalhado sobre a origem
geológica, o processo de produção e as características intrínsecas dos
agregados não apenas enriquece o campo da engenharia de pavimentação, mas
também oferece um entendimento essencial para a tomada de decisões
informadas durante o processo de projeto e construção.
Os ensaios laboratoriais específicos revelaram insights valiosos sobre a
resistência à compressão, abrasão, desgaste e adesão dos agregados,
proporcionando uma base sólida para a seleção criteriosa desses materiais.
Além disso, a aplicação de técnicas avançadas de caracterização, como
microscopia eletrônica de varredura e análise de imagem digital, abriu novos
horizontes na compreensão da microestrutura dos agregados, proporcionando
uma compreensão mais profunda de seu comportamento em nível microscópico.
A importância da qualidade dos agregados na pavimentação não pode ser
subestimada. Estradas construídas com agregados de alta qualidade não
apenas resistem ao teste do tempo, mas também reduzem os custos de
manutenção, melhoram a segurança viária e proporcionam uma experiência de
condução suave aos usuários. Portanto, investir em pesquisa contínua, práticas
sustentáveis de extração e inovações tecnológicas é essencial para garantir que
as futuras gerações possam usufruir de uma rede viária segura e eficiente.
Nesta conclusão, reafirmamos a importância de aprofundar o conhecimento
sobre os agregados na pavimentação. Ao fazê-lo, não apenas elevamos os
padrões da engenharia de pavimentação, mas também contribuímos
significativamente para o progresso e a sustentabilidade das sociedades
modernas, garantindo que nossas estradas continuem sendo os vasos vitais que
conectam nações, impulsionam economias e encurtam distâncias, possibilitando
um mundo mais interconectado e acessível para todos.
Referências Bibliográfica
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE. DNIT
031/2006 - ES : Pavimentos flexíveis - Concreto asfáltico - Especificação de serviço. Rio
de Janeiro, 2006.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE. DNIT
141/2022 – ES): Pavimentação - Base estabilizada granulometricamente –
especificação de serviço. Rio de Janeiro, 2022.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE.( DNIT
146/2012 – ES) : Pavimentação asfáltica – Tratamento superficial simples–
especificação de serviço. Rio de Janeiro, 2012.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE.( DNIT
147/2012 – ES) : Pavimentação asfáltica – Tratamento superficial duplo – especificação
de serviço. Rio de Janeiro, 2012.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE.( DNIT
148/2012 – ES) : Pavimentação asfáltica – Tratamento superficial triplo – especificação
de serviço. Rio de Janeiro, 2012.
DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA E TRANSPORTE.( DNIT
412/2019 – ES) : Pavimentação - Misturas asfálticas – Análise granulométrica de
agregados graúdos e miúdos e misturas de agregados por peneiramento – Método de
ensaio. Rio de Janeiro, 2019.

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