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José Margarida da Silva


MIN 225
Janeiro/2008
Sumário
‡ Introdução
‡ Telas metálicas
‡ | 
‡ Concreto Projetado (  )
‡ Concreto reforçado
‡ Injeções
‡ Congelamento de Terrenos
‡ Referências
Introdução
‡ Suporte contínuo: empregado quando há
necessidade de exercer uma ação de conjunto
sobre zonas dos contornos de cavidades ou
mesmo sobre a totalidade dos contornos.

‡ Elementos resistentes fundamentais: quadros,


arcos, montantes, excepcionalmente pilhas.

‡ Entre os elementos e o terreno colocam-se


convenientemente elementos secundários, que
estabelecem interligação entre aqueles que
promovem uma distribuição, tanto quanto
possível, uniforme das solicitações.
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‡ Utilizadas para suportar pequenos blocos
de rocha solta ou como reforço para a
projeção de concreto.
‡ Solução muito econômica; são facilmente
instaladas.
‡ É fácil de se adaptá-las ao reforço do teto
e são facilmente reparadas.
Telas em corrente
‡ consistem de um arranjo trançado de arame;
flexível e forte .
‡ colocadas no teto de uma galeria de transporte
através de tirantes.
‡ não são as mais recomendadas para reforço da
aplicação do concreto pela dificuldade de se
conseguir que o cimento projetado penetre a
malha trançada e elimine os bolsões de ar atrás
dos elos da tela.
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Telas soldadas
‡ Utilizadas para reforçar a aplicação do concreto
e consistem de uma malha quadrada de arames
de aço, soldados em seus pontos de interseção.
‡ A tela danificada deve ser substituída através do
corte da seção afetada e providenciando-se
uma razoável superposição para assegurar a
continuidade do reforço. A tela soldada tem a
vantagem de não desagregar quando
danificada.
‡ vêm sendo substituídas por fibras de aço como
reforço na aplicação do concreto.
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‡ opção às telas;
‡ cintas utilizadas também em
conjunto com as ancoragens.
‡ Quando a maioria dos planos de
fraqueza mergulha› em uma dada
direção, a resistência desta massa
rochosa é muito maior na direção
dos planos que em outra direção
que os atravesse.
‡ Nessas circunstâncias, podem ser
um modo mais efetivo de
revestimento que as telas; ›
›
› ›  ››
‡ são fáceis de ser instaladas, não ›
devendo ser usadas se o tamanho
de bloco é muito pequeno.
Revestimento de poços
‡ Rochas auto-suportantes: anéis de concreto (1m de
altura, espaçados de 4,5 a 6m), para suporte da
estrutura de divisão do poço em compartimentos, bem
como das suas paredes.
‡ Rochas com maior dificuldade de sustentação: menor
espaçamento entre os anéis ou revestimento total.
‡ Revestimento de madeira: caiu em desuso.
‡ Espessura de um revestimento de alvenaria para um
poço vertical de seção circular:

d = R [K/(K-2 p)] ½ ± 1

d - espessura (m)
R - raio interno útil do poço (m)
K - limite de resistência à compressão da alvenaria
(kgf/cm2)
p - pressão da rocha (kgf/cm2)
Concreto projetado
‡ largamente usado em obras civis e de mineração
(revestimento de túneis, galerias, reservatórios,
recuperação de estruturas de alvenaria etc).

‡ Aplicação sobre a superfície a ser protegida de


uma camada de argamassa ou concreto fino,
através de projeção, sob alta velocidade, por meio
de bombas especiais.

‡ ;  (2003): história do método de


revestimento com concreto desde seu início e
como se desenvolveu internacionalmente nos
aspectos teóricos e tecnológicos.
Concreto projetado
‡ _

 _  - possibilita uso de
máquinas menores, mais baratas; mais
adaptável às variações de condições do solo.
‡ __ 
  _  - menores
ressaltos, menor produção de poeira, controle
da relação cimento/areia, melhor controle de
qualidade de materiais, mais baixos custos de
manutenção, maiores taxas de produção; difícil
de se trabalhar com aceleradores.
Concreto projetado
Inconvenientes:
‡ a)       
  - pela falta de uma
dosagem adequada de água no bocal de projeção, o
concreto fica muito seco e reflete-se ao ser projetado em
uma superfície;
‡ b) 
_  
 - pela exagero de água
adicionada, o concreto fica muito molhado e escorre ao
ser projetado.
‡ Diversas camadas podem ser aplicadas sucessivamente
até se atingir a espessura desejada, que pode ser de
15cm ou mais; entretanto, na espessura de cada
camada não se deve ultrapassar 5 cm.

‡ Freqüentemente associado com tirantes; tirantes e telas


metálicas; arcos metálicos ou reforçado com fibras de
aço - > suporte e revestimento.

‡ inclusão à mistura de  de vidro ou aço na
faixa de 3 a 6% em peso (Hoek, 1980); 50 a
90kg/m3 (Franzén, 1992).

‡ As fibras têm a função de conferir ao concreto


resistência à tração.

‡ Maior velocidade de execução da abertura


(Zirlis  
., 2004).

‡ A _
 
adicionada em quantidades de 8
a 13% em peso de cimento, pode permitir ao
concreto alcançar resistência à compressão de
2 a 3 vezes a planejada.


‡ pode ser aplicado tanto como suporte


temporário como permanente, simplesmente
através da mudança da espessura da camada
projetada e do ajuste do espaçamento entre os
parafusos, tanto em obras de mineração quanto
na construção civil, nesta com a adição de
polímeros.
‡ Uso de compósitos: Gonçalves (2001) - estudo
do comportamento estrutural desse material.
Ancoragens e concreto reforçado
Vantagens:
‡ boa velocidade de instalação;
‡ flexibilidade de instalação: podem ser instalados
em qualquer perfil de escavação, desde que
haja espaço para operação dos equipamentos;
‡ em caso de dano a uma porção da camada de
concreto, os blocos formados por rocha e
concreto podem ser mantidos no lugar através
da colocação de parafusos adicionais;
‡ a ancoragem dos tirantes pode ser qualquer
(mecânica ou química, de ponta ou em coluna
total).
Ancoragens e concreto reforçado
‡ Principal limitação: necessidade de
dimensões mínimas para a operação dos
equipamentos.

Na maioria dos casos são utilizados


cartuchos de cimento para a ancoragem,
sendo utilizada ancoragem de resina
quando se necessita de um suporte mais
imediato.
Cambotas e concreto reforçado
 
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Introdução
‡ técnicas de consolidação
que visam melhorar as
características de
resistência, de
deformabilidade ou de
impermeabilidade dos
maciços rochosos.
‡ reforço com ancoragens,
injeções, injeções sob
pressão (³jet grouting´),
drenagem, congelamento
e pré-escavação.
‡ Injeções: mais de 55
anos de uso (Garshol,
2003).
 

‡ Em furos de sonda sistematicamente dispostos, produz


consolidação e impermeabilização do terreno em toda a zona
a ser escavada.
‡ Aplica-se a rochas fortes e fraturadas.
Durante injeção, a velocidade de penetração da calda de
cimento na rocha diminui com aumento da distância ao furo;
assim o cimento assenta-se e passa a preencher cavidades.
‡ Em poços ou escavações horizontais.
‡ Poços: 8 a 12 furos, frentes de escavações: 16 a 20.
Espessuras maiores que 12m, furação em lances de 15 a 20 m.
Injeção
Injeções
‡ |  injeções de cimento e argila e
suas combinações ou misturas (materiais
sólidos, em suspensão na água). É necessário
que o fluido esteja em movimento para manter
as partículas em suspensão. Usadas em solos e
rochas relativamente permeáveis.

‡ |   injeções químicas de soluções; não


sedimentam como as suspensões. Usadas em
solos e rochas de baixa permeabilidade (até
0,001cm/s), nos quais as partículas sólidas das
injeções de suspensão não conseguem
penetrar.
   
  |
‡ injeção de  em locais úmidos, também para preencher
vazios e impermeabilizar o maciço contra a ação da água e do ar.

‡    _
, variantes do método de cimentação, com
injeção prévia ou gradativa com a abertura da escavação.

‡ silicato de sódio e sulfato de alumínio formando silicato de alumínio,


precipitado coloidal que se desidrata sob pressão, deixando um
enchimento sólido nas fissuras capilares não atingidas pela nata de
cimento e recobrindo as paredes argilosas das fissuras maiores,
possibilitando uma cimentação posterior;
3Na2SiO4 + Al2(SO4)3 = Al2 (SiO4)3 + 3Na2SO4

‡ silicato de sódio e cloreto de cálcio, formando silicato de cálcio,


insolúvel e de pega muito rápida (processo Joostem). A pega é tão
rápida que a tubulação de injeção deve ser retirada à medida que o
cloreto de cálcio é injetado, a fim de evitar que fique presa. A
penetração atinge mais ou menos 90 cm em torno do furo e
promove uma excelente vedação de poços. Processo mais oneroso.
Na2SiO4 + CaCl2 = CaSiO4 + 2NaCl
Injeções
‡ injeção de   pode ser mais
eficiente que a do cimento, quando ocorrem
fortes correntes de água. A fluidez é garantida
por correntes elétricas na tubulação de injeção
ou por uma camisa de vapor em torno da
mesma. Aplicação considerável nos EUA;

‡ injeção de   


, resinas
sintéticas, poliuretano etc. Os plásticos têm
resistência à contaminação e apresentam uma
habilidade de penetrar materiais com baixa
permeabilidade. Injetados em estado fundido e
endurecem ao se esfriarem.
Injeção de poliuretano
Injeções
‡ injeção de 
bentonítica - feita quando
ocorrem grandes
cavidades com água sob
pressão, desde que nelas
não haja água corrente
(Europa: argila qualquer,
tratada, na proporção de
80 a 90% e cimento,
apenas até 10 -20% da
mistura, formando-se
cones de
impermeabilização).
Pré-escavação
Enfilagens

Esquema do Sistema de enfilagens


tubulares em lances sucessivos.
Aplicação de cambotas e injeção no reforço prévio (Hoek  
,1995).
! |
‡ congelamento da água situada nos vazios dos
solos, o que melhora temporariamente as suas
propriedades enquanto se executa a escavação.
‡ aplicada a solo saturado em água.
‡ métodos caros e considerados apenas quando
há problemas técnicos sérios com as outras
alternativas de que se dispõe.
Alternativas principais:
‡ método da salmoura (ou método indireto ou
sistema fechado), usando uma solução salgada;
‡ método criogênico (ou método direto ou sistema
aberto), que usa dióxido de carbono líquido ou
nitrogênio líquido.
Congelamento
Furos de congelação comumente dispostos
em círculo, a 1m da parede interior
projetada para o poço, distantes 0,6m a
1,2m entre si.
‡ _   
 
- caro; nitrogênio
líquido mantém-se até cerca de ± 196o C;
congelamento é mais rápido.
Referências
Gonçalves, F. L. O concreto projetado reforçado com fibras de aço como
revestimento de túneis. USP, 163 pp. 2001.
Kovári, K. History of the sprayed concrete lining method. Tunneling and
Underground Space Technology, 18 (2003), p. 57±69.
Franzén, T. 1992. Shotcrete for Underground Support. Rock Support in
Mining and Underground Construction. Kaiser & McCreath. Balkema.
Cummins e Given. SME Mining Engineering Handbook, p. 12-133. 1973.
Garshol, K. F. Pré -excavation grouting in rock tunneling. UGC. 2003.
Hoek, E., Kaiser, P. K. & Bawden, W. F. 1995. Support of Underground
Excavations in Hard Rock , pp. 190-200.
Hoek, E. & Wood, D. F. 1988. Rock Support. Mining Magazine, p. 282-287.
Zirlis, A. C.; Pitta, C. A.; Kochen, R. Revista Engenharia, 2004, p. 563-565.
Maia, J. 1980. Curso de Lavra de Minas, UFOP, pp.122-128.
Hennies, W. T.; Ayres da Silva, L. A. Abertura de Vias Subterrâneas.
EPUSP. 1995.
Hoek, E. & Wood, D. F. 1988. Rock Support, Mining Magazine, p. 282-287.
Hoek. 1992. Rock Support in Mining and Underground Construction, p. 6-9.
Hoek, E. & Brown, E. T. 1980. Underground Excavations in Rock, p. 353-
366.
Pelizza, S.; Peila, D. Soil and rock reinforcement in tunneling. Tunneling
and Underground Space Technology. 1993. Vol. 8, no. 3, pp. 357-370,
Pergamon Press.
Referências

‡ Vasenko, Y. A. Disponível em www.springerlink.com, acessada em


2008.
‡ Warner, J. Practical Handbook of Grouting: soil, rock and structures.
2004. Wiley.720p.
‡ Wang, C. K; Salmon, C. G. Reinforced Concrete. 1998. Wiley.
1040p.
‡ Harrison, J. P.; Hudson, J. A. Engineering Rock Mechanics.
Pergamon. 2007, p. 267-286.
‡ Hulton e Rogstad. Rapid Excavation and Tunnelling Conference.
2005. Excavation in difficult ground, grout and shotcrete, p. 929.
‡ Hamshire e Gowring. Rapid Excavation and Tunnelling Conference.
2001. Polyurethane, p. 327, Excavation in difficult ground, p. 907.

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