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PROJETO DE FACHADA
PALMAS-TO, 2021
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JONAS FEITOSA DOS SANTOS
PROJETO DE FACHADA
PALMAS – TO , 2021
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1 INTRODUÇÃO
O subsistema de fachada é um tipo de acabamento adotado amplamente em
praticamente todos as edificações. Esse item assumem um papel de enorme destaque no
edifício ao contribuir para a sua proteção. Sem sombra de dúvida a principal função da
fachada é proteger a superfície que foi submetida a esse tratamento contra a ação das
intempéries e de outros malefícios. Além disso a fachada também desempenha a função
estética ou sejam essa estrutura contribui para o embelezar de qualquer edifício. É
importante salientar que essa é uma maneira bastante econômica para valorizar e por
consequência ampliar o preço do imóvel.
De maneira geral a fachada é um tratamento feito na parede por algum tipo de
revestimento. Para a NBR 13529, Sistema de Revestimento é o “Conjunto formado por
revestimento de argamassa e acabamento decorativo, compatível com a natureza da base,
condições de exposição, acabamento final e desempenho, previstos em projeto.” Sendo
assim a fachada é um item bastante importante para ser secundarizado num edifício. Esse
subsistema devem ser implantado com muito esmero e com um planejamento minucioso
para inibir a sua degradação precoce.
A implantação do subsistema de fachada num edifício demanda a elaboração de
um projeto. Esse documento possui a finalidade de subsidiar e orientar a equipe que irá
efetuar a execução dessa estrutura. É importante salientar que a elaboração do projeto é
uma incumbência do projetista, esse profissional realiza essa atividade por meio das
informações técnicas passadas pela construtora e demais colaboradores.
A elaboração de um projeto de fachada devem ser efetuada de forma simultânea
à produção de outros projetos da edificação, tais como o projeto arquitetônico, estrutural,
de vedação e entre outros. Essa determinação deve ser seguida porque a produção ao
mesmo de tempo de diferentes projetos permite a troca de ideias entre os projetistas, esse
acontecimento é importante para inibir a necessidade de retrabalhos. Além disso a
confecção simultânea dos projetos impedirá a existência de incompatibilidade entre eles.
Quando um projeto é elaborado de maneira isolada sem contato com os demais ou
pior feito após a conclusão dos outros o aparecimento de algum tipo de inadequação é
algo que o mais inexperiente projetista pode vaticinar sem nenhum medo de se equivocar.
O desdobramento mais previsível desse fato é o encarecimento da obra, isso ocorre devido
a necessidade de reparar eventuais inadequações.
O projeto é um item indispensável para que a fachada seja implantada de forma
exitosa. Apesar disso é bastante comum que o projeto sejam secundarizado ou até
ignorado tanto por parte dos empreendedores e construtores, como por parte dos
projetistas. Essa atitude irresponsável costuma ter um preço incalculável, um projeto ruim
ou pior a sua falta inibirá o êxito da operação de instalação desse subsistema. É sabido
que o projeto possui a função de orientar a equipe de execução de como proceder essa
importante atividade, mas não é difícil inferir que sem um bom projeto os colaboradores
estarão sujeito ao erro e dificilmente conseguirão desempenhar as suas incumbências de
maneira produtiva.
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Não é incomum o desenvolvimento dos projetos de arquitetura, estrutura,
alvenaria e esquadrias sem efetuar a definição do tipo de fachada que será implementada
na edificação. Além disso outro equívoco cometido no planejamento da fachada é a
aquisição dos insumos de acordo com a verba disponível, é importante salientar que nem
sempre é necessário incorrer em alto custo para realizar uma fachada, mas essa estrutura
deve ser feita com matérias que atenda as suas necessidades estruturais. O emprego de
material de menor qualidade pode interferir no período de vida dessa estrutura ou sejam
a sua durabilidade e estabilidade estará seriamente comprometida.
Nem sempre a escolha da fachada é uma decisão baseada em critérios técnicos,
geralmente essa decisão é efetuada levando em consideração apenas aspectos estéticos e
econômicos. A seleção do material que será utilizado para efetuar a fachada é realizada
com intuito de promover o embelezamento do edifício. Além desse fator essa escolha
geralmente é consubstanciada levando em consideração a qualidade do material da
camada mais externa e algumas de suas características, facilidade de composição
arquitetônica, custo e disponibilidade de aquisição no mercado.
Mas esse processo de escolha condicionado a esses fatores é limitado porque tende
a desconsiderar se o material adquirido terá seu melhor desempenho. De maneira sucinta
o desempenho está relacionado a capacidade do material empregado possui de efetuar as
suas incumbências, principalmente aquelas relacionadas a proteção da superfície contra a
ação deletéria das intempéries e outros fatores que acarretam a degradação desse
importante subsistema.
2. REVESTIMENTO DE FACHADA
A fachada é um subsistema do edifício constituído por elementos que
compartimentam e definem os ambientes internos dos externos, controlando a ação de
agentes indesejáveis, sendo, portanto o invólucro do edifício. Dessa forma, as esquadrias
e o revestimento são partes da vedação de fachada. Porém, do ponto de vista construtivo,
os revestimentos são, em alguns casos, considerados separadamente, em função da
sequência de execução dessas atividades no conjunto dos serviços (SABBATINI et al.
1998).
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Figura 01 – fachada de um edifício
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Figura 01 – Revestimento Cerâmico
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Fonte: Revista Equipe de Obra,2003
A aplicação do emboço só deve ser iniciada após 24 horas do término da
implantação da camada de chapisco. Tanto a camada de chapisco como a de emboço
possui a argamassa como a principal material utilizado, sendo assim essas operações
podem ser efetuada com a aquisição de argamassa pré-fabricada ou preparada no próprio
canteiro de obras.
O emboço é uma camada que devem apresentar uma espessura igual ou inferir a
25 mm. Nem sempre o emboço é feito com a espessura máxima de 25 mm, as vezes esse
valor necessita ser excedido devido aos esforços solicitantes que essa estrutura estará
submetida, quando isso ocorre a aplicação do emboço deve ser efetuada em duas ou mais
camadas com espessura de 10 a 15 mm. A aplicação de sucessivas camadas de emboco
devem ser feita com período mínimo de 7 dias de cura.
A aplicação da cerâmica é efetuada com a argamassa colante, essa substância
possui a finalidade de realizar a fixação da peça cerâmica ao substrato. Devido a isso a
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argamassa colante ser preparada num recipiente limpo com água, a quantidade de água
adicionada no recipiente deve levar em consideração as condições climáticas do local
aonde a fachada será implantada.
Figura 03 - argamassa colante/ cerâmica
Fonte: http://www.iau.usp.br/pesquisa/grupos
A argamassa colante deve ser preparada com bastante cuidado obedecendo as
especificações técnicas contidas no projeto. Após o preparo essa substância devem
permanecer um período em repouso, esse intervalo de descanso possui a duração entre
cinco a dez minutos. Após esse descanso a argamassa colante deve ser mexida, é
importante salientar que durante esse meximento não pode incrementado nenhuma porção
de mais pó ou líquido no recipiente. Durante a utilização desse produto é fundamental
mexe-la ocasionalmente para manter a mistura trabalhável.
A fixação da peça cerâmica ao substrato depende da argamassa colante, sendo
assim a qualidade desse produto será um item indispensável para o sucesso dessa
operação. Diante disso não poderá ser utilizado em hipótese alguma qualquer argamassa
fora do prazo de validade.
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A aplicação do revestimento cerâmico demanda o umedecimento da superfície
aonde esse tipo de fachada será implantada. A aplicação da cerâmica deve ser uma
operação efetuada no menor tempo possível, mas é importante salientar que esse prazo
de aplicação não deve ser muito estreito. O tempo para aplicar a cerâmica devem ser algo
razoável ou sejam sem comprometer a qualidade do serviço. Para aplicar esse
revestimento de maneira ágil é fundamental que ocorra a delimitação da área de trabalho.
A aplicação do revestimento cerâmico é feito por meio do posicionamento de cada
peça no substrato. Ao efetuar essa parte da aplicação é necessário pressionar a cerâmica
na parede para que possam aderir a superfície. Para garantir essa aderência é fundamental
pressionar a cerâmica com as próprias mãos e principalmente com o auxílio de martelo
de borracha, tanto o martelo como também a mão ajuda a fixar o revestimento na parede.
As peças cerâmicas necessitam de um distanciamento entre si, esse objetivo é
alcançado mediante o emprego de espaçadores. Durante a aplicação da cerâmicas é
importante observar as juntas de assentamento e o posicionamento das eventuais juntas
de dilatação do revestimento.
Figura 04 – Aplicação da cerâmica e do rejunte
Fonte: http://www.revistatechne.com.br
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empregado 24 horas após o assentamento da cerâmica. A finalidade do rejunte é
preencher o espaço entre as peças de cerâmica.
2.2 Revestimento argamassado
De acordo com Costa ( 2013, p.8) o revestimento argamassado é um “ sistema
pode ser definido como um revestimento multicamadas capaz de recobrir a superfície de
concreto ou alvenaria, ao mesmo tempo em que cria um substrato adequado para receber
o acabamento final (pintura, cerâmica, pastilha etc.).”
A aplicação do revestimento argamassado demanda que a superfície que receberá
esse tratamento esteja desprovida de irregularidades ou sejam plana. Ao certificar e
contatar a planeza da superfície é necessário aplicar uma camada de chapisco, essa
operação costuma ser efetuada com a utilização de cimento e areia grossa. O traço da
argamassa utilizada para confeccionar o chapisco costuma ser preparado na proporção
1:3 ou 1:4.
Figura 02 – Chapisco mais usuais
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A execução do revestimento argamassado demanda a instalação das mestras, é
importante salientar que que componente devem ser instalado somente quando a massa
estiver firme. Após a implantação e a consolidação das mestras têm-se o início do
preenchimento dos vãos entre esses componentes. Essa operação devem ser efetuada com
cuidado porque o preenchimento é feito por intermédio de porções chapadas.
Figura 04 – sarrafeamento
Fonte: http://casasedecoracoes.blogspot.com.br
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3. PROJETO DE FACHADA
De acordo com Beasley (2012), as patologias de fachada têm causas diversas,
sendo que aquelas que progridem ao longo do tempo comprometendo o desempenho da
fachada, normalmente, foram originadas em projeto. O autor destaca que isso pode
ocorrer pela ausência de uma comunicação eficiente com a obra (BEASLEY, 2012).
Ainda, ao analisar uma série de casos de falhas de engenharia, Williams Jr. e Johnson
(2015) concluem que frequentemente as falhas são decorrentes de uma gestão inadequada
do projeto e não de desafios técnicos.
Figura 06 – Projeto de fachada
O projeto de revestimento é um documento que serve como uma guia para efetuar
a instalação desse subsistema do edifício. Sendo assim a sua elaboração deve ser efetuada
em etapas, isso é importante porque fase da instalação de um revestimento possui suas
particularidades. Para Gripp ( 2008, p.56) a sequência de desenvolvimento do projeto de
revestimento pode ser:
projeto inicial – finalizado antes do início da execução da alvenaria: o projetista apresenta em linhas
gerais o partido do projeto, bem como as especificações básicas de desempenho dos materiais;
verificação de parâmetros – iniciada após o início da alvenaria: deverão ser testados e ensaiados os
parâmetros definidos no projeto inicial nas condições de obra (painéis), para definição dos produtos
e sistemas com as suas respectivas marcas a serem utilizados. Deve se atentar que esta é a etapa mais
demorada do processo, demandando no mínimo 60 a 90 dias para a sua conclusão;
arquitetura: projeto arquitetônico, cores, detalhes de frisos e elementos decorativos. Estas variáveis
são importantes para paginação da fachada, elaboração dos reforços e juntas, definição dos pré-
moldados, etc.;
c)estrutura: geometria, rigidez e deformações previstas. Estas variáveis são importantes para
definição de juntas, detalhes construtivos das ligações das alvenarias com pilares, vigas ou lajes,
preparação da base, definição da ponte de aderência (chapisco), entre outros. Estes detalhes
condicionam a viabilidade do uso de revestimento de argamassa;
instalações: interferência nas fachadas, como rasgos e aberturas. Estas variáveis são importantes para
a definição dos enchimentos e reforços;
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vedação: detalhes deste projeto, materiais utilizados e suas interferências nos revestimentos de
fachada. Variáveis importantes para a definição de juntas e reforços no revestimento de fachada, bem
como da definição da ponte de aderência (chapisco) e preparação da base;
- fixação dos elementos decorativos (pré-moldados), que deverá ser compatibilizada e aprovada pelo
projetista, fazendo parte do projeto;
- indicação das regiões que deverão ser reforçadas com telas ou outro material (planta e elevação); e
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Um serviço mal executado é prejudicial porque diminui a durabilidade da
estrutura ou sejam a fachada necessitará de reparos e manutenções com maior frequência.
Além disso a indicação inadequada de como utilizar os equipamentos e materiais no
projeto é um malefício incontornável, sem essa importante especificação a equipe
incumbida de efetuar a execução ficará desprovida de informações relacionado a melhor
maneira de utilizar esses itens. Dessa forma a equipe cometerá mais equívocos; esses
erros poderão danificar os equipamentos e materiais e a construtora terá de substituí-las
por novos exemplares. Essa substituição ocasionada pela uso irregular aumentará o custo
de produção, sendo assim a especificação dos materiais e equipamentos é um
indispensável para a implantação de um serviço de qualidade. Gripp ( 2008, p.57)
recomenda que o projeto especifique os seguintes itens:
- os equipamentos para o preparo e limpeza das bases que proporcionem ao chapisco/argamassa
micro ancoragem e macroancoragem;
-as telas de reforço: telas plásticas, telas metálicas galvanizadas (eletrossoldadas, viveiros e pinteiros)
e telas de fibra de vidro (álcalis resistente) devem ser dimensionadas e posicionadas em projeto; e
equipes de canteiro;
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desse produto deve ser efetuada por meio de rigorosos critérios técnicos. Entre os
inúmeros ensaios e testes que a argamassa devem ser submetida se destaca os seguintes:
- Resistência à compressão e à tração na flexão (NBR 13280);
- Retenção de água (NBR 13277);
- Módulo de elasticidade13 ;
- Resistência de aderência à tração (NBR 13528 e 13749); e
- Resistência de aderência à tração superficial
3.5 Diretrizes para execução
A execução de uma fachada é uma operação que requer um projeto para que a
implantação sejam bem sucedida e ocorra sem nenhum percalço. O projeto devem
especificar todas as etapas da implantação da fachada, mas deve dá ênfase para a
execução. Essa atividade só pode ser efetuada por meio de do procedimento de execução
que nada mais é do que a parte do projeto que detalha os métodos construtivos e as
técnicas para instalar esse subsistema do edifício.
Além de detalhar a execução o procedimento de execução também deve relatar de
maneira minuciosa e com linguagem de fácil entendimento todas as etapas que compõem
o processo executivo. Em outras palavras o procedimento de execução é um manual que
possui o intento de orientar a equipe incumbida de colocar em prática todas os ideais
pensados pelo projetista.
3.6 Diretrizes para controle e inspeção
O procedimento de controle deve conter período, inspeção, amostragem,
procedimento de ensaio e eventuais disposições.
3.7 Diretrizes para inspeção periódica e manutenção
A fachada é uma estrutura que requer uma inspeção periódica, esse procedimento
possui o intuito de observar o aparecimento de patologias. Diante disso é recomendado
que o projeto de fachada reserve uma parte para explicar aos usuários da obra como
utilizar esse bem de maneira correta. As vezes o usuário seguem todas as recomendações
de uso, mas mesmo assim alguma patologia se manifesta, essa situação pode ser
melhorada ou no mínimo atenuado por uma manutenção.
Além de fornecer dicas de como usar a fachada o projeto também deve detalhar a
melhor maneira possível de fazer a manutenção da estrutura. Tanto a utilização consciente
e a manutenção devem ser descrita de forma clara e com bastante objetividade para que
o usuário possa aproveitar a fachada da melhor maneira possível.
As recomendações técnicas sobre a manutenção da fachada possui a finalidade de
ampliar a vida útil desse importante subsistema do edifício. Isso é importante porque uma
fachada bem cuidada e submetida a uma manutenção periódica diminui a necessidade de
efetuar reparos e até reconstrução em casos que essa estrutura esteja degradada. De
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acordo com Gripp ( 2008, p.61 ) o projeto deve disponibilizar de maneira didática os
seguintes tópicos:
- inspeção rotineira das fachadas;
- conservação e limpeza;
- validades e garantias.
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simplificado é correto afirmar que essa parte do projeto é manual feito para que a equipe
incumbida da execução da fachada consulte durante a realização dessa atividade.
O memorial executivo é uma ferramenta importante porque efetua a padronização
das inúmeras fases da execução do revestimento de fachada. Esse documento costuma
disponibilizar informações relacionadas desde a escolha dos fornecedores de insumos até
a entrega desse material, ou seja essa parte do projeto costuma descrever o procedimento
de execução da fachada nos mínimos detalhes, aonde praticamente nada é ignorado. Para
Gripp ( 2008, p.62 ) o memorial descritivo deve conter as seguintes especificações:
- instruções e dimensões mínimas para execução dos painéis protótipos, das amostras para seleção
das argamassas;
- descrição das inspeções e dos ensaios laboratoriais a serem executados nas argamassas aplicadas
nos painéis protótipos e descrição de controle durante a execução do revestimento;
- instruções para a rastreabilidade dos lotes de aplicação das argamassas nas fachadas;
colocação de reforços;
argamassa de emboço;
- aceitação da base;
- aceitação do chapisco;
fazer o projeto dentro das diretrizes fixadas pela construtora e pelos demais projetistas (estrutura,
vedação, etc.); e
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Quando essa decisão subjetiva é tomada pelo o cliente, o roteiro costuma ser esse;
a construtora repassa ao projetista os desejos do cliente e esse profissional deve
confeccionar o projeto de fachada levando esse gosto em consideração. Essa informação
é fundamental para elaborar um bom projeto, no entanto é insuficiente, a elaboração do
projeto demanda que a construtora forneça todas as informações técnicas importantes que
possa consubstanciar o projeto. De acordo com Gripp ( 2008, p.65 ) durante a fase do
projeto é incumbência da construtora:
- fornecer ao projetista todas as informações técnicas relevantes sobre os procedimentos e controles
normalmente utilizados pela construtora, bem como todos os projetos (estrutura, arquitetura,
vedações, etc.) necessários;
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Diante do relatado acima é possível inferir que o êxito da implantação da fachada
depende da combinação de inúmeros fatores. Esse objetivo pode ser alcançado mais
facilmente por meio da colaboração e contato de todos os elos do processo produtivo da
fachada. Tanto o projetista necessita das informações técnicas para desenvolver o seu
trabalho como também a mão de obra requer as orientações do projeto para poder executar
essa estrutura. Essa interpendência requer um trabalho em equipe, se essa determinação
é seguida é praticamente impossível não colher louros com a instalação desse subsistema.
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4 CONCLUSÃO
A ocorrência de patologias é um fenômeno bastante comum em fachadas de
edifícios. A manifestação desse fenômeno apresenta inúmeras causas, mas sem sombra
de dúvidas a principal causa desse problema são as falhas de execução provocadas por
inadequações dos processos executivos. A solução primordial para essa questão passa
pelo projeto de fachada, essa ferramenta devem conter de maneira detalhada os métodos
construtivos, suas aplicações e execuções das argamassas de fachada.
A execução da fachada é uma operação que requer a utilização de mão de obra
capacitada, isso é importante para que esse serviço sejam bem feito. A necessidade de
força de trabalho altamente preparada para desempenhar essa função ocorre porque a
maioria das patologias das fachadas tendem a se originar no período que acontece a
aplicação do revestimento.
O aparecimento de patologias seria um acontecimento residual caso toda
implementação de uma fachada fosse feita com um projeto. Mas a disponibilização desse
documento sem sempre acorre, as vezes até existe o projeto de fachada, mas esse é mal
concebido e até disfuncional. O desdobramento desse conjunto de equívocos é bem
previsível, a fachada executada será um serviço de qualidade questionável e com
durabilidade seriamente comprometida.
O projeto de fachada é elaborado pelo projetista para que a equipe de execução
possa seguir a risca todos os pontos nele abordados. Ao obedecer fielmente as
determinações contidas nesse documento como os controles dos materiais, o uso de mão-
de-obra capacitada e um acompanhamento de profissionais especializados ocorrerá um
sensível diminuição na possibilidade de aparecer alguma patologia.
O processo produtivo da elaboração do projeto da fachada envolve inúmeros
atores. É importante salientar que que essa atividade deve ser efetuada em concomitância
com o planejamento e desenvolvimento dos projetos de outros subsistemas do edifício.
Caso haja algum hiato na elaboração desses projetos é comum a ocorrência de
incompatibilidades entre eles. Para evitar esse problema é recomendado que a confecção
dos diferentes projetos da edificação sejam efetuada de forma simultânea.
O processo produtivo do projeto da fachada ocorre através da comunicação dos
dados técnicos relacionados a essa obra ao projetista, esse profissional possui a
incumbência de analisar essas informações e propor uma solução adequada para essa
situação. Ao concluir o projeto o projetista devem libera-lo para que a execução possa ser
efetuada.
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