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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)

Curso de Engenharia Civil

DIAGNÓSTICO DE TRINCAS E FISSURAS UTILIZANDO A TERMOGRAFIA


EMBARCADA EM DRONE

Kélita Schlickmann Nogueira Starosky 1


Claudio da Silva 2

Resumo: Introdução breve ao tema, objetivo, método e resultados do trabalho.

Palavras-chave: Manifestações patológicas. Termografia. Argamassa. Drone.

DIAGNOSIS OF CRACKS AND FISSURES USING EMBODIED DRONE


THERMOGRAPHY

Abstract: Resumo traduzido para o inglês.

Keywords: Pathological manifestations. Thermography. Mortar. Drone.

Introdução
O objetivo desse tópico é situar o leitor no contexto da pesquisa. Devem ser
abordados os seguintes aspectos: breve delimitação do tema; problema de
pesquisa; objetivos (geral e específicos) e justificativa (social, técnica e científica).
No caso de trabalhos de revisão bibliográfica, expandir a introdução,
abordando com maior profundidade os aspectos teóricos relacionados ao tema.

Concreto
O concreto é um material utilizado pela maioria da população mundial que se
dispõem a planejar e criar construções residenciais e ou comerciais. Quando obtida
sua fase final de aplicação, sua solidez robusta, após algumas horas, transmite
segurança e resistência, um material denso e durável, adquirido com certa facilidade
sua produção.
Diante do exposto, sua fabricação torna-se muitas vezes negligenciada,
quando também sua aplicação, inspeção, manutenções e prevenções antes que
ocorra futuras degradações das estruturas compostas por este material.
Ao percorrer-se, tantas cidades pequenas, quanto as grandes metrópoles,
percebe-se a gama de possibilidades da utilização do concreto, promovendo o bem-

1
Acadêmico. E-mail: kelita.98@hotmail.com
2
Orientador. Titulação: Mestre. E-mail: dinhoeng@hotmail.com
1
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estar da sociedade, favorecendo moradias adequadas, facilitando deslocamentos e


aplicações nas indústrias e em vários outros segmentos.
No que se refere ao concreto, existe um consenso na Engenharia Civil: ele se
tornou o material principal na construção civil. Isto se deve à acessibilidade
econômica e ao desempenho satisfatório que oferece em diversas aplicações dentro
desse campo. As cidades se desenvolveram graças ao uso do concreto e, muitas
tecnologias em virtude deste material foram criadas e aprimoradas.
Os aditivos, por exemplo, foram desenvolvidos para melhorar ainda mais as
propriedades do concreto.
Originados de diversas rochas que consistem em minerais inorgânicos, os
agregados como areia, pedregulho e pedra britada, entram como materiais
importantes na formação do concreto, mesmo que, em alguns casos, são
empregados para tornar a pasta de cimento economicamente viável (MEHTA;
MONTEIRO, 2014).
Em um processo de produção de concreto, é essencial garantir a mistura
adequada de cimento, agregado fino, agregado graúdo e água, podendo também
incluir adições como microssílica, polímeros e outros componentes. Essas adições
desempenham um papel importante na melhoria de várias propriedades do concreto,
tais como aprimorar a trabalhabilidade, aumentar a resistência e retardar as reações
químicas que ocorrem no material (CARVALHO, 2014).
Mehta e Monteiro (2008) bem definiram o concreto uma pasta que une
partículas ou fragmentos agregados como areia, pedregulho, pedrisco, rocha
britada, escória de alto forno ou resíduos de construção e de demolição, que é
utilizado dentro de um meio cimentício para produzir concreto ou argamassa.
Já Helen (1986) definiu o concreto um material duro, consensado, obtido com
a mistura de cimento, areia, pedra britada e água.
O concreto, por si só, não é adequado como elemento resistente para uso
estrutural, pois, embora tenha uma boa resistência à compressão, possui uma
resistência à tração cerca de 1/10 da resistência à compressão, o que o torna
inadequado para lidar com as solicitações de tração presentes em estruturas de
construção usuais, como elementos fletidos (CARVALHO, 2014).
Mas, como em quase tudo, o concreto é passível de restrições. Segundo
orienta Figueiredo (2005), deve se cuidar para não gerar consequências como:
corrosão das armaduras, fragilidades, baixa resistência à tração, fissuras, trinca e

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outros. Portanto, compreender e mitigar essas limitações é importante para


melhorar o desempenho e a durabilidade do concreto em aplicações diversas.

Durabilidade das estruturas de concreto


Deterioração das estruturas de concreto
Conforme orienta Jose Eduardo Granato (2002), torna-se fundamental a
avaliação contínua do suporte das cargas, a realização sistemática e periódica de
inspeções, diagnósticos e ações de manutenção, que são fatores cruciais para
garantir que as construções continuem atendendo às suas finalidades originais ao
longo do tempo.
A degradação das construções resulta de uma interação complexa de fatores,
incluindo variações de temperatura, reações químicas, vibrações e, de maneira
significativa, a corrosão das armaduras do concreto armado. Para efetivas
intervenções de correção, é imperativo compreender os sintomas e causas da
corrosão, destacando a importância do conhecimento nesse contexto. A melhoria do
desempenho das edificações não se limita apenas à qualidade dos materiais, mas
também envolve aprimoramentos nos projetos arquitetônicos e estruturais, nos
métodos de execução, na fiscalização e na manutenção, incluindo medidas
preventivas."
Sistemas de Revestimento de Argamassa na Construção Civil
A ABNT NBR 13529/2013 (colocar referência) define argamassa como sendo:
“mistura homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento”. Essa mistura é caracterizada por suas propriedades de
endurecimento e capacidade de aderência, e sua dosagem é realizada no local da
obra ou em instalações específicas.
A argamassa, um dos materiais mais importantes nas obras civis, é
basicamente composta principalmente de cimento, areia e água. Em seu processo
final, a secagem, ela une tijolos e blocos, reveste paredes, impermeabiliza e corrige
superfícies.
Bolorino e Cincotto (1997) destacam propriedades de trabalhabilidade,
resistência mecânica e de aderência, retenção de água e permeabilidade, como
sendo as principais no estado fresco e endurecido que a argamassa deve
apresentar para cumprir as funções para as quais foi produzida.

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É costumeiro o uso de três camadas sucessivas, nos revestimentos em


argamassas. São elas: o chapisco, o emboço (massa grossa) e o reboco (massa
fina). Cada camada desempenha funções específicas e exige atenção meticulosa
quanto à formulação e à técnica de aplicação. A superfície onde será aplicada a
argamassa deve estar previamente umedecida e devidamente curada, limpa,
uniforme e livre de desagregações.
O chapisco é utilizado de forma continua ou descontínua, formando uma
camada de base para melhorar a aderência do revestimento. Já a segunda camada,
o emboço, regulariza a base, para que se possa finalmente aplicar a terceira
camada. O reboco, a terceira, e pode-se dizer, a última camada em argamassa,
propicia uma superfície lisa que permite receber a pintura, ou qualquer outro material
que se deseja aplicar.
Vale ressaltar a camada única, um tipo de revestimento único em argamassa
aplicado à base, que logo em seguida aplica-se uma camada decorativa, como por
exemplo, pintura.
Desafios na aplicação de argamassas de revestimento em fachadas
Segundo as pesquisas realizadas por Sabbatini, Selmo e Silva (1988),
conforme citados por Pereira Jr. (2010), as funções primordiais dos revestimentos
incluem proteger as vedações e a estrutura contra a ação de agentes agressivos,
evitando assim a degradação precoce desses componentes e contribuindo para a
durabilidade dos edifícios, além de reduzir os custos de manutenção. Além disso, os
revestimentos também têm o propósito de regularizar a superfície dos elementos de
vedação, servindo como base para a aplicação do acabamento final e
desempenhando funções estéticas que valorizam a construção.
A abrangência dos sistemas de revestimento de argamassas em fachadas,
que está atrelado à sua composição, funcionalidades, variedades de materiais e
métodos construtivos contraposta a significativa deficiência normativa e técnico-
científica, torna a atividade de especificação, planejamento e garantia de qualidade
dos revestimentos uma atividade altamente especializada. E tal atividade, na maioria
das vezes, foge ao escopo da formação básica e atuação do engenheiro civil e do
arquiteto (BAUER, 2018).

Patologias em revestimentos de argamassa em fachadas

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A origem principal dos problemas patológicos encontrados em fachadas de


edifícios ocorre devido a erros nas fases de elaboração do projeto e execução dos
serviços. Outro fator determinante para o surgimento de patologias é a falta de
conhecimento específico na elaboração dos projetos. Como se percebe, devido à
variedade de patologias passíveis de ocorrer em revestimentos de argamassas em
fachadas de edifícios, convém adotar uma classificação para a análise das mesmas.
Trincas
Fissuras
Abaulamento
Termografia vermelha

Procedimentos Metodológicos
Na fase inicial do desenvolvimento da pesquisa, realizou-se a seleção da
bibliografia de referência necessária para fundamentar teoricamente os conceitos
relacionados ao tema. Para o desenvolvimento do projeto utilizou-se um Drone DJI
Mavic 2 Enterprise (Figura 01) controlado remotamente nas mediações do edifício
industrial escolhido, localizado na região industrial de Sombrio/SC.
O principal objetivo desta pesquisa foi avaliar a precisão posicional dos dados
obtidos por meio de um conjunto de imagens aéreas processadas com base em um
método experimental de levantamento que utiliza VANT. A motivação para o uso
deste ensaio não destrutivo concentrou-se na busca por identificar manifestações
patológicas que não seriam visíveis por meio do método tradicional de inspeção
predial baseado em análise visual.
Quanto aos procedimentos técnicos, pode-se definir a pesquisa como sendo
um estudo de caso, no qual se caracteriza por estudar profundamente um objeto, de
forma detalhada (GIL, 2010).
A abordagem do problema em questão foi de natureza quantitativa, visando a
obtenção de dados numéricos sobre a precisão e eficácia do emprego de drones na
detecção de patologias em construções. Além disso, foi realizada uma comparação
entre os resultados obtidos por meio desta abordagem e os dados provenientes de
métodos de inspeção tradicionais.

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De forma específica, o foco desta pesquisa foi a identificação e avaliação de


patologias comuns na Engenharia Civil, como trincas e fissuras, que frequentemente
ocorrem em revestimentos de argamassa, particularmente em fachadas de edifícios.
Para que a metodologia fosse desenvolvida, foi aplicada inspeção visual
tradicional e termográfica no edifício industrial escolhido, com idade real de quatro
anos. Com uma edificação em dois pavimentos, o edifício foi estruturado de concreto
armado pré-moldado, com sistema de vedação em alvenaria com blocos cerâmicos.
O revestimento da fachada, foco desta pesquisa, foi feito com argamassa inorgânica
para revestimento, classificado como ARV - II conforme a classificação da NBR 7200
(ABNT, 2023).
Após conduzir uma pesquisa bibliográfica para embasar o estudo nas
informações disponíveis nas normas vigentes, foi possível identificar as fontes de
referência relevantes. A Norma Nacional de Inspeção Predial (IBAPE, 2012)
estabelece as diretrizes, conceitos, terminologia, convenções, notações, critérios e
procedimentos relacionados à inspeção de edificações. Conforme delineado pela
norma do IBAPE (2012), a inspeção predial pode ser categorizada em três níveis
distintos, nomeadamente nível 1, nível 2 e nível 3 (consulte a Tabela 1 para
detalhes).
Classificação dos níveis de inspeção predial de acordo com a Norma de Inspeção Predial Nacional.

Fonte: IBAPE, 2012.

Depois de definir o nível de inspeção predial, procedeu-se à identificação


visual do processo patológico em análise.
NORMAS E PADRÕES APLICADOS ( ver regra e norma de sub tópicos)
No contexto da pesquisa e execução do estudo, foram adotados normas e
padrões, abrangendo tanto fontes nacionais quanto internacionais, que tratam da
aplicação da termografia infravermelha em inspeções. A seguir, são listadas essas
referências:
 Código Civil – Lei nº 10.406 de 10/01/2002, que regulamenta a legislação
aplicável às relações civis;

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 - NBR – 5674(Manutenção de edificações – procedimentos, da ABNT –


2012); - NBR – 14.037(Manual de operações, uso e manutenção de
edificações – Conteúdo e recomendações para elaboração e apresentação,
da ABNT – 2011); - NBR – 9574 (Execução de impermeabilização, da ABNT
– 2008); - NBR – 7200 (Procedimentos de execução de revestimentos, da
ABNT – 1998); - NBR – 13.245 (Execução de pinturas em edificações não
industriais, da ABNT – 2011); - NBR – 15.079 (Tintas para construção civil, da
ABNT-2011); - NBR – 13.816 (Placas cerâmicas para revestimentos, da
ABNT – 1997); - NBR – 14.294 (Forros e revestimentos, da ABNT – 1999); -
NBR – 6118(Projetos de estrutura de concreto, da ABNT –2007 ); - NBR –
13.753 (Revestimentos de pisos internos ou externos, com placas cerâmicas
e com utilização de argamassa colante – Procedimentos, da ABNT - 1996 ); -
NBR – 5410 (Instalações Elétricas de Baixa Tensão, da ABNT - 2004); - NBR-
5626 ( Instalação predial de água fria, da ABNT - 1998); - NBR-5648 (Tubos
de PVC rígido para instalações prediais de água fria - Especificação, da
ABNT - 2010); - NBR-5688 (Tubo e conexão de PVC rígido para esgoto
predial e ventilação da ABNT - 2010); - NBR-8160( Instalação predial de
esgoto sanitário, da ABNT - 1999); - NBR-10844 ( Instalações prediais de
águas pluviais , da ABNT - 1999);

CRITÉRIOS E CONDIÇÕES AMBIENTAIS

Para a realização do estudo de caso relacionado à inspeção, o critério


utilizado fundamenta-se na avaliação do risco apresentado aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio. Isso é feito considerando as condições técnicas, de
utilização, operação e manutenção da edificação, bem como a natureza da
exposição ambiental.
A análise de risco envolve a categorização das anomalias e defeitos
identificados em vários elementos de uma edificação, considerando a sua prioridade
em relação a aspectos como manutenção, depreciação, segurança, saúde,
funcionalidade, impacto na vida útil e deterioração de desempenho. No contexto da
engenharia civil e da avaliação de imóveis, a NBR 13752/1996 (ou NBR
13752:2019) desempenha um papel fundamental na padronização e na qualidade
das avaliações de bens imóveis no Brasil, garantindo a confiabilidade e a
transparência no mercado imobiliário (MARINHO, 2023).

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INICIO NOVO

A metodologia adotada para esta pesquisa foi organizada em três fases


distintas. Na fase inicial, foi realizada uma entrevista com o proprietário da empresa
da construtora do imóvel com o objetivo de coletar informações que fossem
pertinentes à execução da vistoria e consequentemente do laudo final. Segundo
Tutikian e Pacheco (2013), torna-se fundamental a obtenção de informações da
estrutura do edifício como o tempo de construção, natureza e procedência dos
materiais constituintes, qualidade da construção, sobretudo o início do surgimento
dos problemas. Fatores como diagnósticos e reparações anteriores, são também
importantes considerações. Na segunda fase, realizou-se uma inspeção das
fachadas, calçada em método de análise visual, a fim de quantificar as
manifestações patológicas existentes3. Na terceira fase, realizou-se a captura de
imagens termográficas das fachadas. Tanto a segunda, quanto a terceira fase,
procedeu-se à obtenção das fotografias, a partir de um Drone DJI Mavic 2 Enterprise
(Figura 01) controlado remotamente nas mediações do edifício industrial escolhido,
localizado na região industrial de Sombrio/SC, conduzida por profissionais de uma
empresa local.

figur 01

Fase de Inspeção com Mapeamento de Fissuras nas Fachadas

3
O Laudo como um todo (SOUZA, 2023) envolveu o mapeamento das manifestações
patológicas existentes no edifício, quais sejam: infiltrações, manchas de sujidade,
empolamentos, destacatamentos, bolhas, trincas e fissuras. Contudo, este artigo aborda
exclusivamente as manifestações de trincas e fissuras, tendo em vista sua relação direta com
os abaloamentos das vigas.
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Para quantificar as fissuras já presentes, conduziu-se uma inspeção nas


fachadas do edifício industrial. Para essa finalidade, foram utilizados procedimentos
de análise visual, auxiliados por uma máquina fotográfica de alta resolução. A
Figura 1 apresenta a foto da fachada lateral direita.
A tecnologia de câmeras modernas atingiu um nível de excelência que
permite aos usuários explorar e capturar cenas de forma incrivelmente detalhada,
mesmo quando estão distantes.
As câmeras de alta resolução são equipadas com sensores avançados e
lentes de qualidade, o que resulta em imagens nítidas e ricas em detalhes. O
recurso de zoom dessas câmeras permite que você se aproxime de objetos
distantes sem comprometer a qualidade da imagem. É como ter uma lente
teleobjetiva poderosa incorporada em sua máquina.

FIGURA 01

Figura 02

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Devido ao perigo associado aos andaimes e o risco de queda de altura, que


pode resultar em ferimentos graves ou fatais, mesmo aderindo as normas de
segurança estabelecidas pela NR 6494, a empresa responsável por este laudo,
preferiu utilizar-se do uso de drones, que permite realizar inspeções visuais em
áreas de alto risco, o que não apenas reduz o tempo necessário, mas também
melhora significativamente as condições de saúde e segurança. Com o auxílio
desses dispositivos, é possível abranger áreas mais extensas e capturar imagens
em alta definição (HD). As imagens são então transmitidas com rapidez e eficiência
ao proprietário ou operador, agilizando todo o processo de inspeção.

Torna-se certo comentar que os trabalhadores que usam andaimes devem


seguir rigorosas medidas de segurança, incluindo o uso de cintos de segurança e
capacetes.
Quanto à segurança e proteção nos andaimes a NR 6494 estabelece que:
3.2.1 Os andaimes devem ser munidos, sobre todas as faces externas, de
guarda-corpos, colocados a 0,50 m e 1,00 m acima do estrado e, de
rodapés de no mínimo 0,15 m de altura, nos níveis de trabalho. O conjunto
do guarda-corpo deve resistir a uma carga horizontal pontual de 350 N
aplicada em sua parte superior mais desfavorável, sem deformação
permanente. O guarda-corpo deve ser sempre fixado de modo a não se
deslocar em qualquer direção, sob hipótese alguma.
3.2.2 Quando houver possibilidade de queda de pessoa que estiver
trabalhando no estrado do andaime em direção à face interna, deve ser
prevista proteção adequada de guarda-corpo.
3.2.3 Quando os intervalos entre montantes forem inferiores a 1,00 m, os
guarda-corpos referidos em 3.2.1 e 3.2.2 poderão ser em correntes ou
cabos, respeitadas as alturas.
3.2.4 Nos andaimes suspensos, o vão entre o guarda-corpo e o rodapé
deve ser fechado, inclusive nas cabeceiras, com tela ou qualquer outro
material equivalente.
3.2.4.1 Além do fechamento entre o guarda-corpo e o piso, deve ser
colocada tela ao longo de toda a periferia externa, para prevenir queda de
objetos. A tela utilizada não deve ter malha maior que 25 mm.
3.2.5 O local de trabalho e todos os acessos devem ser convenientemente
iluminados.
3.2.6 Devem ser tomadas precauções especiais, durante a montagem,
movimentação e utilização de andaimes próximos às redes elétricas. Toda a
fiação elétrica para iluminação e força utilizada em andaimes deve ser em
cabo isolado.
3.2.7 Quando necessário, os andaimes devem ser protegidos e sinalizados
contra o impacto de veículos e equipamentos.
3.2.8 Os andaimes suspensos devem ser convenientemente ancorados, de
maneira que estejam protegidos contra oscilações em qualquer sentido.
3.2.9 As plataformas dos andaimes suspensos, leves devem distanciar-se
no máximo 0,30 m da superfície de trabalho.

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3.2.10 Os cabos utilizados nos andaimes suspensos devem ser de
comprimento tal que, para a posição mais baixa do estrado, restem pelo
menos duas voltas sobre cada tambor.
3.2.11 A roldana-guia do cabo de suspensão deve rodar livremente e o seu
sulco deve ser mantido em bom estado de limpeza e conservação; bem
como deve ser dimensionado adequadamente para o diâmetro do cabo.
3.2.12 Os dispositivos de suspensão devem ser inspecionados antes do
início dos serviços, por pessoa qualificada.

A distância para a captura das imagens foi estabelecida inicialmente em 10


metros, mas era ajustada para 5 metros quando, porventura, obstáculos impediam a
manutenção desse padrão.
As fotografias obtidas procuraram oferecer suporte e sanar possíveis dúvidas
durante o processo de inspeção e interpretação dos mapeamentos.
Tendo em mãos o mapeamento das fachadas, procedeu-se à criação de uma
representação esquemática com o auxílio de programa de desenho gráfico, com o
objetivo de proporcionar uma visualização e compreensão mais detalhada de cada
área em relação às suas anomalias. O estudo das trincas e fissuras incluiu a
identificação e delimitação das mesmas, permitindo a avaliação da extensão das
anomalias. Adicionalmente, foi realizado o cálculo do índice de fissuração, que
envolveu a relação entre o comprimento total das fissuras e a área da fachada (em
metros por metro quadrado), excluindo-se a área das esquadrias.
Na Figura 02, é possível observar o esquema das trincas e fissuras
inclinadas.

figura 2

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Termografia infravermelha

A termografia infravermelha foi empregada para avaliar o comportamento das


anomalias das fachadas do edifício deste estudo. A captura das imagens seguiu os
mesmos procedimentos gerais e critérios estabelecidos durante a inspeção das
fachadas com o método de análise visual. Manteve-se a distância padrão de 10
metros.
As imagens foram obtidas em um único dia, de período ensolarado. Assim
como para as medições de temperatura, escolheram-se horários para sua
viabilidade e sensibilidade quanto à amplitude térmica diária quais seja: 11h15min..
Em todo o laudo foram capturadas 198 imagens térmicas, dentre as quais, 12 delas
se reservaram as fachadas.
Para os fins da presente etapa do trabalho, utilizou-se uma termocâmera
Fluke, modelo Ti10, que possui uma faixa de detecção de temperatura de - 20 ºC a
250 ºC, com precisão de ± 2 ºC. O foco desse aparelho é manual, sendo ajustado
até que a imagem fique a mais nítida possível. Como se trata de uma câmera que
funde a imagem térmica com a digital, a resolução da câmera visual é de 640 x 480
pixels. Quanto à emissividade, ajustou-se no aparelho um valor igual a 0,95, que é
condizente a emissividades de superfícies eficientes quanto à irradiação de energia
(alta emissividade), AGUARDAR DADOS DO ENGENHEIRO

https://www.aecweb.com.br/revista/materias/ipt-utiliza-termografia-em-drone-
para-inspecao-de-fachadas/20941

https://www.hard.com.br/blog/drones-na-construcao-civil-entenda-como-
utiliza-los-no-dia-a-dia-da-obra/

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Durante a vistoria minuciosa realizada no local, por meio do registro


fotográfico, pôde-se identificar as circunstâncias que têm o potencial de
desencadear ou já contribuíram para a ocorrência de patologias na edificação,
impactando negativamente o desempenho de seu sistema construtivo .Na inspeção
de análise visual e termográfica aplicou-se o método da termografia qualitativa e uso
da técnica de ensaio da termografia passiva nas fachadas do edifício, utilizando-se
do Drone DJI Mavic 2 Enterprise para capturar as imagens (Figura 01).

figura 01

Fotografou-se, conforme se apresenta na figura 02, as fachadas do galpão do


edifício para que fosse realizada a inspeção de análise visual e termográfica. E com
pintura em faixas verticais, destacam-se as colunas na cor branca, intercaladas com
paredes na cor bege, que durante a inspeção fotográfica foi possível constatar
fissuras em formato mapeadas nas paredes da fachada. As fissuras, são fendas,
assim como as trincas e as rachaduras, classificadas como manifestações
patológicas que afetam a construção civil interferindo negativamente na estética, na
durabilidade e principalmente na estrutura da obra.

De posse das imagens, obteve-se uma porcentagem

De acordo com a norma NBR-13749, especificamente em seu item A.2.1, são


citadas diversas possíveis causas para a formação de fissuras, incluindo retração da
argamassa, presença excessiva de finos no traço, tanto no aglomerante quanto no
agregado, e também o excesso de desempenamento.

Utilizou-se a inspeção termográfica com Drone, para identificar e mapear com


precisão possíveis falhas internas no revestimento das fachadas em estudo, (Figura
03) que podem, presumivelmente, estar acometendo o concreto externo.

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Figura 03
Ffigura 02

Para calibrar adequadamente a câmera termográfica, é fundamental


identificar as características da área a ser inspecionada. Neste estudo, a inspeção
foi realizada às 11h12min, condições ambientais como, temperatura ambiente de
28ºC e velocidade do vento inferior a 1m/s.

As fachadas apresentavam anomalias em sua parte externa,

As fendas podem ser categorizadas de acordo com sua largura, sendo


denominadas fissuras, trincas ou rachaduras. Essas aberturas representam
problemas patológicos que impactam a indústria da construção civil, podendo
exercer efeitos adversos na estética, na longevidade e, sobretudo, nas propriedades
estruturais da edificação.

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As fachadas foram submetidas a uma inspeção predial por análise visual


conduzida por profissionais de uma empresa local. Estes especialistas identificaram
e delimitaram as áreas afetadas nos edifícios, registrando também as imagens das
trincas e fissuras encontradas. É importante ressaltar que a empresa adotou as
recomendações da NBR 13281 (ABNT, 2005) para avaliação do assentamento da
argamassa como revestimento, seguindo o método de inspeção predial por análise
visual.

As trincas inclinadas podem ser compreendidas pelas regiões onde


apresentam abaulamento da viga. Contudo, classificou-se regiões que manifestam
fissuras em formato mapeado onde apresentam retração da argamassa. A figura 03
apresenta as trincas inclinadas e a figura 04 as fissuras em formato mapeado.

Figura 03 – Trincas inclinadas

Fonte: Laudo (2023)


Fonte: Laudo (2023)

Portanto, tendo o mapeamento das


fachadas, foi realizado uma
representação esquemática no software
AutoCAD, para melhor visualização e
entendimento de cada área conforme sua anomalia. Na figura 03 observa-se o
esquema de trincas e fissuras inclinadas.

Figura 03 – Esquema trincas

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Fonte: Laudo (2023)

Sendo assim, com o método de inspeção predial por análise visual finalizada,
foi inicializado as vistorias com a câmera térmica. Para o desenvolvimento desta
técnica de termografia infravermelha embarcada em drone, utilizou-se de
equipamento o drone DJI Mavic 2 Enterprise. As figuras abaixo mostram o
equipamento em operação (Figura 04) e pousado (Figura 05).

Figura 04 – Drone em operação Figura 05 – Drone pousado

Fonte: Juliana (2022)


Fonte: Juliana (2022)

Assim, para a realização da


termografia infravermelha, foi
conduzida vistoria em apenas um dia.
No entanto, houve a necessidade de
iniciar o processo com a solicitação de
autorização para voo em propriedade privada, bem como o devido cadastramento do
drone na ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e a sua homologação na
ANATEL (Agência Nacional de Telecomunicações). A análise da carta solar se
revelou como uma etapa crucial para o desenvolvimento bem-sucedido do trabalho.

Observa-se a presença de fiação próxima à fachada lateral do edifício,


conforme indicado na figura 06, o que inviabiliza a realização do voo do drone nessa
área específica.

Figura 06 – Fachada frontal e fachada lateral

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Fonte: Google

A utilização da carta solar é crucial no processo de inspeção das fachadas


com a câmera térmica. Isso ocorre devido á significativa influência solar na formação
dos termogramas. Estes últimos são gerados a partir do cálculo da diferença de
temperatura no objeto. É importante ressaltar que a estrutura em análise não deve
estar em equilíbrio térmico, o que implica a necessidade de um aquecimento ou
resfriamento adequado. (ANDRADE, 2020)

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Figura 07 – Carta solar

Fonte: Cálculo da posição do sol no céu para cada local sobre a terra a qualquer hora do dia
(sunearthtools.com)

Por esse motivo, no dia 18 de maio de 2023, as 17:30 horas, horário de


resfriamento da fachada, a figura 08 mostrou o termograma resultante da fachada
frontal, levando em consideração a baixa incidência solar.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Figura 08 – Termograma fachada frontal no dia 18 de maio de 2023.

Fonte: laudo (2023)


Após a captura de imagens pela câmera térmica e o mapeamento realizado
com a inspeção predial por análise visual, foram obtidos dados suficientes para
realizar uma análise comparativa de custo e tempo entre os métodos aplicados.
Além disso, esses registros foram essenciais para auxiliar na identificação de trincas
e fissuras nas fachadas inspecionadas.

Resultados e Discussão
Considerando a recente adoção da termografia nas inspeções de fachadas, é
importante mencionar que, embora tenha enfrentado desafios práticos e custos
elevados em alguns casos, essa técnica já é amplamente utilizada nos países
europeus. Inicialmente, foi aplicada por estudiosos com o objetivo de aprimorar a
interpretação das inspeções de fachada (CORTIZO, BARBOSA E SOUZA, 2011).
Este estudo evidencia a eficácia e precisão da termografia infravermelha na
detecção de abaulamentos em vigas, infiltrações, bem como na identificação de
trincas e fissuras. É importante destacar que as condições do material analisado e
do ambiente não exercem influência direta na determinação dessas manifestações
patológicas.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Pode-se observar que na imagem original (figura 09), num primeiro momento
pode até se ter o entendimento de que há uma trinca e fissura, mas como mostra o
termograma (figura 10), sabe-se que está vindo do abaulamento da viga, causando
tensão na alvenaria e consequentemente é perceptível na argamassa de reboco.

Figura 09 – Imagem original Figura 10 – Termograma

Fonte: laudo (2023) Fonte: laudo (2023)

De mesmo modo, nas imagens abaixo (figura 11 e 12), podemos observar as


mesmas patologias vistas nas imagens anteriores (figura 09 e 10).
Figura 11 – Imagem original Figura 12 - Termograma

Fonte: laudo (2023) Fonte: laudo (2023)

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Sendo assim, na parte inferior do termograma (figura 13 e 14), em relação ao


piso, observa-se uma mancha de coloração mais escura. Consequentemente na
parte superior a mesma coloração, mas indicando a tensão na alvenaria proveniente
do abaulamento da viga, como observou-se na figura 09 e 10.

Figura 13 – Imagem original Figura 14 – Termograma

Fonte: laudo (2023) Fonte: laudo (2023)

Dessa forma, além das identificações das patologias e as suas causas,


considerou-se que a vistoria com a termografia embarcada em drone facilita a
inspeção a lugares de mais de difícil acesso, como na figura 10 e 12. Diminuindo a
exposição de risco a vida humana.

Outro ponto de relevância é o tempo reduzido de vistoria, onde não há


necessidade de se montar andaimes ou balancim, posicionar escadas e fazer essa
inspeção do modo tradicional.

Considerações Finais
Neste tópico deve-se retomar o problema inicial lançado na introdução e
apresentar as principais contribuições que a pesquisa trouxe. Faz-se uma discussão
sobre os principais resultados e reflexões acerca da proximidade ou distanciamento

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

em relação a outros estudos. A partir dos resultados obtidos, apontam-se as


limitações da pesquisa e possiblidades para estudos futuros.

Dessa forma, construções antigas que não existe mais projetos, ou em locais
com difícil acesso pode se usar os drones para o mapeamento estrutural e identificar
ou prevenir possível patologias. Tomando decisões assertivas referente ao
estabelecimento de condutas corretivas (FERNANDES; ZANCAN, 2022).

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Características e peculiaridades características e peculiaridades. São Paulo,
SP, 2018.

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argamassas. In: II Simpósio Brasileiro de Tecnologia das Argamassas, Salvador,
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GRANATO, José Eduardo. Patologias nas construções. 1.ed. São Paulo: Pini ltda,
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HELEN, Paulo. ANDRADE, Tibério. Concreto de Cimento Portland. In: ISAIA,


INSTITUTO BRASILEIRO DE AVALIAÇÕES E PERÍCIAS DE ENGENHARIA -
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MEHTA, Povindar Kumar; MONTEIRO, Paulo Jose Melaragno. Concreto:


estrutura, propriedades e materiais. 3. ed. São Paulo: Pini, 2014.

MEHTA, P. Kumar; MONTEIRO, Paulo J. M. Concreto: Microestrutura,


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Curso de Engenharia Civil

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PEREIRA JR., S.A. (CECC – E.E.UFMG - 2010). Procedimento Executivo de


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Prognóstico na Construção Civil. Boletim Técnico nº 01, Mérida, México: Alconpat
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CORTIZO, E. C.; BARBOSA, M. P.; SOUZA, L. A. C. Estado da Arte da Termografia. Ambiente Construído
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