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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)

Curso de Engenharia Civil

DIAGNÓSTICO DE TRINCAS E FISSURAS UTILIZANDO A TERMOGRAFIA


EMBARCADA EM DRONE

Kélita Schlickmann Nogueira Starosky 1


Claudio da Silva 2

Resumo: As fachadas dos edifícios estão sujeitas à diversidade climática da região


em que foram construídas. A falta de conhecimento sobre o ciclo de temperatura e
umidade, bem como sua relação com o projeto, pode resultar na deterioração da
obra. Portanto, é importante avaliar as causas desses aspectos físicos para garantir
a durabilidade do projeto. A termografia embarcada em drone tem sido uma técnica
empregada como método não destrutivo para avaliar trincas e fissuras nas fachadas
externas. Neste contexto, este artigo tem como objetivo analisar imagens capturadas
por uma câmera termográfica e discutir o método de ensaio em comparação com a
análise visual. Para tanto, foram capturadas imagens em um dia seco em uma
edificação industrial localizada na cidade de Sombrio, SC. Posteriormente, as
manifestações patológicas existentes foram mapeadas com a ajuda de um software
amplamente conhecido como AutoCad. Como resultado, constatou-se que parte das
trincas e fissuras identificadas nas imagens termográficas também foram
diagnosticadas nas imagens visuais. Além disso, observou-se que as patologias
ocultas encontradas em algumas fachadas só foram reveladas pela termografia, o
que forneceu argumentos favoráveis ao uso dessa técnica em ensaios patológicos.

Palavras-chave: Manifestações patológicas. Termografia. Argamassa. Drone.

DIAGNOSIS OF CRACKS AND FISSURES USING EMBODIED DRONE


THERMOGRAPHY

Abstract: Building facades are subject to the climatic diversity of the region in which
they were built. Lack of knowledge about the temperature and humidity cycle, as well
as its relationship with the project, can result in deterioration of the work. Therefore, it
is important to evaluate the causes of these physical aspects to ensure the durability
of the project. Drone-based thermography has been a technique used as a non-
destructive method to evaluate cracks and fissures on external facades. In this
context, this article aims to analyze images captured by a thermal camera and
discuss the testing method in comparison with visual analysis. To this end, images
were captured on a dry day in an industrial building located in the city of Sombrio,
SC. Subsequently, the existing pathological manifestations were mapped with the
help of software widely known as Autocad. As a result, it was found that part of the
cracks and fissures identified in the thermographic images were also diagnosed in
the visual images. Furthermore, it was observed that the hidden pathologies found on
some facades were only revealed by thermography, which provided arguments in
favor of the use of this technique in pathological tests.

Keywords: Pathological manifestations. Thermography. Mortar. Drone.

1
Acadêmico. E-mail: kelita.98@hotmail.com
2
Orientador. Titulação: Mestre. E-mail: dinhoeng@hotmail.com
Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Introdução
O Brasil é um país culturalmente reconhecido por valorizar belas construções
em seu território. Essa característica se deve à presença de técnicas construtivas
predominantes, como construções em concreto armado, alvenaria estrutural e, mais
recentemente, o sistema de paredes em concreto armado moldadas in loco, que tem
ganhado destaque na engenharia.
Outro fator importante e que precisa ser mencionado neste artigo é a vasta
diversidade climática, o que torna imperativo que as edificações desempenhem suas
funções de forma eficaz. Isso requer uma análise de projeto minuciosa e a seleção
adequada de materiais. Curiosamente, segundo Azolim (2017), a noção de
desempenho de edificações tem raízes antigas, remontando ao Código de Hamurabi
(1950 a 1913 a.C.), que definia um resultado final no qual a construção não poderia
entrar em colapso.
Apesar do território brasileiro possuir um alto nível de conhecimento no campo
da Engenharia Civil, a redução prematura de edificações plenas devido à
degradação das construções tem se tornado um problema cada vez mais comum.
Isso ocorre frequentemente devido à escassez de mão de obra especializada,
resultando na falta de observância das normas técnicas construtivas, no uso
excessivo de materiais de baixa qualidade e na negligência em relação à
manutenção das edificações.
Elementos da natureza, como chuva, vento e insolação, desempenham um
papel crucial na durabilidade das fachadas de edifícios. Devido à falta de
compreensão desses fatores por parte de muitos construtores, muitas vezes, eles
acabam colocando em risco a vida útil das construções. E tais comprometimentos,
vão desde um comprometimento estético sem maiores riscos, passando por
fissuras, e trincas, chegando até aos casos mais críticos como o de abaulamento de
vigas e lajes.
Os ensaios destrutivos aplicados em análises para laudos de reformas e
manutenções tornam-se indesejáveis quando o objeto em questão é um imóvel em
uso, seja ele residencial, industrial ou comercial. Nesse sentido, a pesquisa e o
desenvolvimento para o diagnóstico de patologias nas construções têm sido uma
área de grande abrangência.
Destaca-se aqui a termografia infravermelha, que produz uma imagem
térmica baseada em cores que representa as patologias por meio de variações de

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temperatura superficial dos objetos. Através da análise fotográfica capturada pela


câmera térmica, é possível identificar a existência das trincas e fissuras, foco deste
estudo, bem como, principalmente, patologias ocultas.
Dessa forma, o presente artigo tem como objetivo principal e singular analisar
o campo das reformas e manutenções de construções, com foco nas patologias
conhecidas como trincas e fissuras, bem como em suas possíveis causas. Isso será
realizado por meio de diagnósticos utilizando imagens capturadas através da
termografia embarcada em drones.
Salienta-se que os resultados finais das patologias listadas serão discutidos
em comparação com o método de ensaio por análise visual.

Sistemas de Revestimento de Argamassa na Construção Civil


A NBR 13529 (ABNT, 2013), define argamassa como sendo: “mistura
homogênea de agregado(s) miúdo(s), aglomerante(s) inorgânico(s) e água,
contendo ou não aditivos ou adições, com propriedades de aderência e
endurecimento”. Essa mistura é caracterizada por suas propriedades de
endurecimento e capacidade de aderência. Sua dosagem é realizada no local da
obra ou em instalações específicas.
A argamassa, um dos materiais mais importantes nas obras civis, é
basicamente composta por cimento, areia e água. Em seu processo final, a
secagem, ela une tijolos e blocos, reveste paredes, impermeabiliza e corrige
superfícies.
Bolorino e Cincotto (1997) destacam propriedades de trabalhabilidade,
resistência mecânica e de aderência, retenção de água e permeabilidade como
fundamentais no estado fresco e resistido da argamassa. Estas são essenciais para
que a argamassa cumpra as funções para as quais foi produzido.
É costumeiro o uso de três camadas sucessivas, nos revestimentos em
argamassas. São elas: o chapisco, o emboço (massa grossa) e o reboco (massa
fina). Cada camada desempenha funções específicas e exige atenção meticulosa
quanto à formulação e à técnica de aplicação. A superfície onde será aplicada a
argamassa deve estar previamente umedecida e devidamente curada, limpa,
uniforme e livre de desagregações.
O chapisco é utilizado de forma contínua ou descontínua, formando uma
camada de base para melhorar a aderência do revestimento. Já a segunda camada,

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o emboço, regulariza a base, para que se possa finalmente aplicar a terceira


camada. O reboco, a terceira, e pode-se dizer, a última camada em argamassa,
propicia uma superfície lisa que permite receber a pintura, ou qualquer outro material
que se deseja aplicar.
Vale ressaltar a camada única, um tipo de revestimento único em argamassa
aplicado à base, que logo em seguida aplica-se uma camada decorativa, como por
exemplo, pintura.

Anomalias Patológicas em Fachadas


A principal origem dos problemas patológicos encontrados nas fachadas dos
edifícios analisados neste estudo, conforme Silva (2007), está relacionada a erros
nas fases de elaboração do projeto e execução dos serviços. Outro fator
determinante para o surgimento das patologias mencionadas abaixo, ou de qualquer
outra que possa afetar uma construção civil, podem ser os efeitos causados por
agentes biológicos e variações térmicas (SILVA, 2007).

Fissuras
A norma de impermeabilização NBR 9575 (ABNT, 2003) oferece uma
classificação com base na espessura das fissuras. Microfissuras são aquelas com
espessuras inferiores a 0,5 mm, fissuras são caracterizadas por aberturas de até 0,5
mm.

Thomas

As fissuras em edificações são manifestações patológicas


decorrentes dos mecanismos de alívio de tensões pelas alterações
dimensionais, deslocamentos e variações de volume ao longo do
período em serviço, podendo ser decorrentes de processos físico-
mecânicos ou químicos. As principais causas tratadas na literatura
sobre o surgimento de fissuras são as movimentações térmicas e
higroscópicas, atuação de sobrecargas, deformabilidade das
estruturas de concreto armado, recalques de fundação, retração dos
produtos à base de cimento e as alterações químicas dos materiais
de construção (THOMAZ, 1989).

Mecanismos básicos, como movimentos gerados no interior do concreto,


expansão de materiais e condições externas impostas, como ação de cargas ou
deformações resultantes da própria estrutura, como é o caso dos recalques

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diferenciais, são fatores que podem causar deformações em fachadas, afetando


desde simples imóveis residenciais até edifícios industriais (GRANATO, 2020).
Sabbatini (1994) explica que, as fissuras em fachadas associadas à estrutura
do edifício são aquelas que afetam as propriedades essenciais dos revestimentos de
argamassa, como estanqueidade, durabilidade, integridade e aderência.
Agravantes podem surgir a partir das fissuras, como a formação de
microrganismos devido à penetração de água, também considerada uma patologia.
Além disso, as fissuras são indicativas de que patologias ocultas e mais graves
possam estar prejudicando a estrutura da construção (THOMAZ,1989).

Trincas
Trincas são fendas mais acentuadas e profundas do que as fissuras,
causando a separação de partes e podem indicar problemas graves e, muitas vezes
ocultos a olho nu, portanto, requerem atenção especial. Essas fendas apresentam
aberturas que variam de 0,5 mm a 1,5 mm (VERÇOZA, 1991).
Sobrecargas previstas ou não podem ocasionar trincas em estruturas de
concreto armado, sem que isso signifique necessariamente ruptura ou instabilidade
da edificação. A presença de fissuras em um componente estrutural específico
resulta em uma redistribuição de tensão ao longo do elemento fissurado, e até
mesmo nos componentes adjacentes, de modo que a carga externa tende a ser
absorvida de forma mais ampla pela estrutura ou por parte dela. (THOMAZ, 1989).

Abaulamento da viga
Segundo Fernandes (1996), deformações provocadas pela presença de
forças externas, se apresentam sob duas formas. Uma definida como deformação
imediata, ocorrendo no instante que é aplicado a carga e a outra, definida como
deformação lenta ou influência, ocorrendo quando a tensão ao longo do tempo é
mantida constante.
O deslocamento em vigas biapoiadas de concreto armado é influenciado por
diversos fatores cruciais. Entre eles, destaca-se a variação das cargas aplicadas,
juntamente com as características geométricas da viga, como o tamanho do vão e
sua seção transversal. Além disso, as características geométricas da viga, como o
tamanho do vão e sua seção transversal. propriedades dos materiais utilizados, a
presença de fissuras, a retração e a fluência do concreto desempenham um papel

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significativo nesse contexto. Não menos importante, as variações nas taxas de


armadura presentes na viga também têm impacto direto nas transferências
transmitidas (FRANÇA, 2023).
A NBR 6118 (ABNT, 2014), as estruturas de concreto devem ser concebidas
de maneira a garantir sua segurança, estabilidade e capacidade de resposta às
cargas às quais serão submetidas durante o período de projeto. Portanto, é
essencial restringir os deslocamentos em uma estrutura, a fim de garantir a
excelência e durabilidade da construção.

Termografia vermelha
Segundo Portalés (2011), citado por Freitas (2013), a termografia
infravermelha é uma técnica não destrutiva de imagens de sensoriamento remoto
que vem sendo utilizada para detectar falhas em equipamentos elétricos, bem como
alterações em diferentes partes do edifício, como a cobertura, os sistemas
estruturais, os sistemas de vedação em alvenaria e os revestimentos. Uma dessas
alterações refere-se à detecção de excessos de umidade e temperatura, altamente
responsáveis por danos nos materiais, com reflexos na saúde dos usuários.
A termografia, de acordo com Hart (1991), é a técnica de representar um
objeto com base na energia térmica que emana de sua superfície. Enquanto isso,
Holst (2000), citado por Binot (2023), apresenta uma definição, que descreve a
termografia como o método para determinar a distribuição espacial de calor em
objetos.
Lerma, Cabrelles e Portalés (2011) conduziram um estudo de monitoramento
e conservação de um edifício histórico na região de Leuven, Bélgica. Através de um
mapeamento qualitativo, conseguiram identificar a distribuição de umidade nas
fachadas. As imagens foram capturadas em quatro horários diferentes ao longo de
um período de 24 h.. A análise das imagens permitiu aos autores constatar que, pela
manhã, as massas úmidas eram mais frias do que as massas secas. Durante o dia,
as massas úmidas aqueciam a uma taxa mais lenta em comparação com as massas
secas, enquanto à noite, as massas úmidas se resfriam de forma mais gradual do
que as massas secas. Esses resultados demonstram como a umidade exerce
influência sobre as variações de temperatura ao longo do dia e da noite.
De acordo com Binot (2023), o domínio da técnica de termografia requer um
entendimento sólido de princípios relacionados ao calor e à transferência de calor,

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temperatura, emissividade, poder emissivo, condutividade, além de considerações


importantes sobre o uso da câmera termográfica e a interpretação das imagens
térmicas.

Aplicações da termografia na construção civil


Na indústria da construção civil, a termografia desempenha um papel
fundamental, oferecendo uma variedade de aplicações que permitem avaliar o
desempenho da construção, seus componentes e os serviços envolvidos (HART,
1991).
Filr (2011), citado por Binot (2023), afirma que a técnica da termografia
permite a correção de patologias precocemente, antes mesmo que elas se agravem,
evitando assim um orçamento exacerbado e desnecessário.
No entanto, para Bauer e Pavón (2015), mesmo que seja possível avaliar
patologias na construção civil, detectar falhas, analisar detalhes ocultos, falhas na
construção, promover auxílio em manutenções preventivas, a termografia é capaz
de detectar apenas anomalias superficiais ou aquelas que causem alterações
mensuráveis, como trincas, fissuras, destacamentos e umidades.

Pesquisas conduzidas para a detecção de irregularidades na construção civil


Inicialmente, é importante contextualizar o panorama global da pesquisa
sobre a aplicação da técnica de termografia na construção civil. Nesse sentido, uma
pesquisa conduzida por Erba et al. (2020), e conforme Binot (2023) esclarece,
revelou que o Brasil ocupa a quarta posição entre os países com maior quantidade
de estudos, ficando atrás apenas de Portugal, que lidera o ranking, seguido por
Espanha e Itália. Este estudo também destacou que a técnica de termografia está
sendo amplamente explorada no contexto do controle da eficiência energética em
edifícios, e as publicações sobre o assunto apontam uma tendência de crescimento
para os próximos anos.
Estudo realizado por Lourenço et al. (2017) utilizando a técnica em que o
ensaio se utiliza de um objeto que não é aquecido ou estimulado externamente, mas
a câmera captura as variações de temperatura que ocorrem naturalmente, constatou
que, em fachadas revestidas em cerâmica, é possível identificar o descolamento de
revestimento e a presença de umidade. Por outro lado, destaca-se que não foi viável
determinar a extensão exata do descolamento em relação à tensão de adesão e à

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profundidade do espaço vazio. No entanto, após a realização dos ensaios, foi


possível observar que, em termos de coloração do revestimento, as áreas anômalas
se tornam mais evidentes quando apresentam maior absortância.
O estudo constatou que os melhores momentos para as investigações
patológicas são 1 h. e 30 min. após o início da incidência solar, ou 1 h. após o início
do sombreamento da fachada. Sugeriram a inspeção em dias de chuvas e
ensolarados, sob condições secas, para uma melhor identificação de presença de
umidade e destacamentos, dado que essas duas anomalias podem, em alguns
casos, levar a um diferencial térmico nulo.
Bauer et al. (2018), citado por Binot (2023) esclarece que o monitoramento
para determinar o grau de dano de uma fissura difere da abordagem usada para
destacamentos, porém, é possível identificar variações no termograma que
possibilitam a classificação das fissuras quanto à profundidade e largura. Em
continuidade, esclarece que a largura da fissura é diferente da largura do dano e
avaliou o grau de dano em fissuras, considerando a largura da fissura como sua
abertura. Resultados foram obtidos após 40 min. de monitoramento, permitindo
avaliar profundidade e largura do dano, e destacando a eficácia do período de
resfriamento na identificação de fissuras.

Procedimentos Metodológicos
Na fase inicial do desenvolvimento da pesquisa, realizou-se a seleção da
bibliografia de referência necessária para fundamentar teoricamente os conceitos
relacionados ao tema. Para o desenvolvimento do projeto utilizou-se um Drone DJI
Mavic 2 Enterprise (Figura 01) controlado remotamente nas medições do edifício
industrial escolhido, localizado na região industrial de Sombrio/SC.
O principal objetivo desta pesquisa foi avaliar a precisão posicional dos dados
obtidos por meio de um conjunto de imagens aéreas processadas com base em um
método experimental de levantamento que utiliza VANT (Veículo Aéreo Não
Tripulado). A motivação para o uso deste ensaio não destrutivo concentrou-se na
busca por identificar manifestações patológicas que não seriam visíveis por meio do
método tradicional de inspeção predial baseado em análise visual, e de difícil
acesso.

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Quanto aos procedimentos técnicos, pode-se definir a pesquisa como sendo


um estudo de caso, no qual se caracteriza por estudar profundamente um objeto, de
forma detalhada (GIL, 2010).
A abordagem do problema em questão foi de natureza quantitativa, visando a
obtenção de dados numéricos sobre a precisão e eficácia do emprego de drones na
detecção de patologias em construções. Além disso, foi realizada uma comparação
entre os resultados obtidos por meio desta abordagem e os dados provenientes de
métodos de inspeção tradicionais.
De forma específica, o foco desta pesquisa foi a identificação e avaliação de
patologias comuns na Construção Civil, como trincas e fissuras, que frequentemente
ocorrem em revestimentos de argamassa, particularmente em fachadas de edifícios.
Para que a metodologia fosse desenvolvida, foi aplicada inspeção visual tradicional
e termográfica e como caracterização do estudo de caso, buscou-se identificar um
imóvel onde apresentasse anomalias visuais e não usuais, catalogando as
manifestações patológicas a serem detectadas através de um relatório fotográfico,
no edifício industrial escolhido, com idade real de quatro anos. Com uma edificação
em dois pavimentos, o edifício foi estruturado de concreto armado pré-moldado, com
sistema de vedação em alvenaria com blocos cerâmicos. O revestimento da
fachada, foco desta pesquisa, foi feito com argamassa inorgânica para revestimento,
classificado como ARV - II conforme a classificação da NBR 7200 (ABNT, 2023).
Após conduzir uma pesquisa bibliográfica para embasar o estudo nas
informações disponíveis nas normas vigentes, foi possível identificar as fontes de
referências relevantes. A Norma Nacional de Inspeção Predial (IBAPE, 2012)
estabelece as diretrizes, conceitos, terminologia, convenções, notações, critérios e
procedimentos relacionados à inspeção de edificações. Conforme delineado pela
norma do IBAPE (2012), a inspeção predial pode ser categorizada em três níveis
distintos, nomeadamente nível 1, nível 2 e nível 3 (consulte a Tabela 01 para
detalhes).

Tabela 01 - Classificação dos níveis de inspeção predial de acordo com a Norma de


Inspeção Predial Nacional.
NÍVEIS CARACTERÍSTICAS

1 Realizada em edificações com baixa complexidade técnica, de manutenção e


de operação de seus elementos e sistemas construtivos. Normalmente
empregada em edificações com planos de manutenção muito simples ou

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inexistentes.

2 Realizada em edificações com média complexidade técnica, de manutenção e


de operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões
construtivos médios e com sistemas convencionais.

3 Realizada em edificações com alta complexidade técnica, de manutenção e


operação de seus elementos e sistemas construtivos, de padrões construtivos
superiores e com sistemas sofisticados.
Fonte: IBAPE (2012).

Depois de definir o nível de inspeção predial, procedeu-se à identificação


visual do processo patológico em análise.

Critérios e condições ambientais


Para a realização do estudo de caso relacionado à inspeção, o critério
utilizado fundamenta-se na avaliação do risco apresentado aos usuários, ao meio
ambiente e ao patrimônio. Isso é feito considerando as condições técnicas, de
utilização, operação e manutenção da edificação, bem como a natureza da
exposição ambiental.
A análise de risco envolve a categorização das anomalias e defeitos
identificados em vários elementos de uma edificação, considerando a sua prioridade
em relação a aspectos como manutenção, depreciação, segurança, saúde,
funcionalidade, impacto na vida útil e deterioração de desempenho. No contexto da
engenharia civil e da avaliação de imóveis, a NBR 13752 (ABNT, 1996) (ou
NBR/ABNT 13752/2019) desempenha um papel fundamental na padronização e na
qualidade das avaliações de bens imóveis no Brasil, garantindo a confiabilidade e a
transparência no mercado imobiliário (MARINHO, 2023).
A organização desta pesquisa ocorreu em três fases distintas. Na fase inicial,
foi realizada uma entrevista com o proprietário da empresa da construtora do imóvel
com o objetivo de coletar informações que fossem pertinentes à execução da vistoria
e consequentemente do laudo final. Segundo Tutikian e Pacheco (2013), torna-se
fundamental a obtenção de informações da estrutura do edifício como o tempo de
construção, natureza e procedência dos materiais constituintes, qualidade da
construção, sobretudo o início do surgimento dos problemas. Fatores como
diagnósticos e reparações anteriores, são também importantes considerações. Na
segunda fase, realizou-se uma inspeção das fachadas, calçada em método de

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análise visual, a fim de quantificar as manifestações patológicas existentes 3. Na


terceira fase, realizou-se a captura de imagens termográficas das fachadas. Tanto a
segunda, quanto a terceira fase, procedeu-se à obtenção das fotografias, a partir de
um Drone DJI Mavic 2 Enterprise (Figura 01) controlado remotamente nas
mediações do edifício industrial escolhido, localizado na região industrial de
Sombrio/SC, conduzida por profissionais de uma empresa local.

Figura 01 - Drone DJI Mavic 2 Enterprise

Fonte: Fernandes (2022).

Fase de Inspeção com Mapeamento de Fissuras nas Fachadas


Para quantificar as trincas e fissuras já presentes, conduziu-se uma inspeção
nas fachadas do edifício industrial. Para essa finalidade, foram utilizados
procedimentos de análise visual, auxiliados por uma máquina fotográfica de alta
resolução. A Figura 02 apresenta a foto da fachada sul.

Figura 02 - Análise visual da fachada sul

3
O Laudo como um todo (SOUZA, 2023) envolveu o mapeamento das manifestações
patológicas existentes no edifício, quais sejam: infiltrações, manchas de sujidade,
empolamentos, destacamentos, bolhas, trincas e fissuras. Contudo, este artigo aborda
exclusivamente as manifestações de trincas e fissuras, tendo em vista sua relação direta com
os abaulamentos das lajes.
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Fonte: Souza (2023).

A tecnologia de câmeras modernas atingiu um nível de excelência que


permite aos usuários explorar e capturar cenas de forma detalhada, mesmo quando
estão distantes. De acordo com José Ramalho, citado por Burati (2019), o fotógrafo
pode ampliar antes da captura da imagem. Esta teoria é apoiada pela Figura 03.

Figura 03 - Análise visual da fachada sul

Fonte: Souza (2023).

Devido ao perigo associado aos andaimes e o risco de queda de altura, que


pode resultar em ferimentos graves ou fatais, mesmo aderindo às normas de
segurança estabelecidas pela NBR 6494 (ABNT, 1990), a empresa responsável por
este laudo, preferiu utilizar-se do uso de drones, conforme já mostrado na Figura 01,
que permite realizar inspeções visuais em áreas de alto risco, o que não apenas
reduz o tempo necessário, mas também melhora significativamente as condições de
saúde e segurança. Com o auxílio desses dispositivos, é possível abranger áreas
mais extensas e capturar imagens em alta definição (HD). As imagens são então
transmitidas com rapidez e eficiência ao proprietário ou operador, agilizando todo o
processo de inspeção.
Torna-se certo comentar que os trabalhadores que usam andaimes devem
seguir rigorosas medidas de segurança, incluindo o uso de cintos de segurança e
capacetes.
Quanto à segurança e proteção nos andaimes a NBR 6494 (ABNT, 1990, p.
2) estabelece que:

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3.2.1 Os andaimes devem ser munidos, sobre todas as faces externas, de
guarda-corpos, colocados a 0,50 m e 1,00 m acima do estrado e, de
rodapés de no mínimo 0,15 m de altura, nos níveis de trabalho. O conjunto
do guarda-corpo deve resistir a uma carga horizontal pontual de 350 N
aplicada em sua parte superior mais desfavorável, sem deformação
permanente. O guarda-corpo deve ser sempre fixado de modo a não se
deslocar em qualquer direção, sob hipótese alguma.
3.2.2 Quando houver possibilidade de queda de pessoa que estiver
trabalhando no estrado do andaime em direção à face interna, deve ser
prevista proteção adequada de guarda-corpo.
3.2.3 Quando os intervalos entre montantes forem inferiores a 1,00 m, os
guarda-corpos referidos em 3.2.1 e 3.2.2 poderão ser em correntes ou
cabos, respeitadas as alturas.
3.2.4 Nos andaimes suspensos, o vão entre o guarda-corpo e o rodapé
deve ser fechado, inclusive nas cabeceiras, com tela ou qualquer outro
material equivalente.
3.2.4.1 Além do fechamento entre o guarda-corpo e o piso, deve ser
colocada tela ao longo de toda a periferia externa, para prevenir queda de
objetos. A tela utilizada não deve ter malha maior que 25 mm.
3.2.5 O local de trabalho e todos os acessos devem ser convenientemente
iluminados.
3.2.6 Devem ser tomadas precauções especiais, durante a montagem,
movimentação e utilização de andaimes próximos às redes elétricas. Toda a
fiação elétrica para iluminação e força utilizada em andaimes deve ser em
cabo isolado.
3.2.7 Quando necessário, os andaimes devem ser protegidos e sinalizados
contra o impacto de veículos e equipamentos.
3.2.8 Os andaimes suspensos devem ser convenientemente ancorados, de
maneira que estejam protegidos contra oscilações em qualquer sentido.
3.2.9 As plataformas dos andaimes suspensos, leves devem distanciar-se
no máximo 0,30 m da superfície de trabalho.
3.2.10 Os cabos utilizados nos andaimes suspensos devem ser de
comprimento tal que, para a posição mais baixa do estrado, restem pelo
menos duas voltas sobre cada tambor.
3.2.11 A roldana-guia do cabo de suspensão deve rodar livremente e o seu
sulco deve ser mantido em bom estado de limpeza e conservação; bem
como deve ser dimensionado adequadamente para o diâmetro do cabo.
3.2.12 Os dispositivos de suspensão devem ser inspecionados antes do
início dos serviços, por pessoa qualificada.

A distância para a captura das imagens foi estabelecida inicialmente em 10 m,


mas era ajustada para 5 m quando, porventura, obstáculos impediam a manutenção
desse padrão.
As fotografias obtidas procuraram oferecer suporte e sanar possíveis dúvidas
durante o processo de inspeção e interpretação dos mapeamentos.
Tendo em mãos o mapeamento das fachadas, procedeu-se à criação de uma
representação esquemática com o auxílio de programa de desenho gráfico (software
AutoCad), com o objetivo de proporcionar uma visualização e compreensão mais
detalhada de cada área em relação às suas anomalias. O estudo das trincas e
fissuras incluiu a identificação e delimitação das mesmas, permitindo a avaliação e o
cálculo do índice da extensão das anomalias, que envolveu a relação entre o

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comprimento total das trincas e fissuras e a área da fachada (em metros por metro
quadrado).
Na Figura 04, é possível observar o esquema das trincas e fissuras
inclinadas. As áreas delimitadas em laranja correspondem à extensão das
anomalias.

Figura 04 - Deformação vigas

Fonte: Souza (2023).

Assim, concluída a etapa de análise visual, foi viável dar continuidade às


inspeções utilizando a câmera térmica, também acoplada a um drone.

A termografia infravermelha
A termografia infravermelha foi empregada para avaliar o comportamento das
anomalias das fachadas do edifício deste estudo. A captura das imagens seguiu os
mesmos procedimentos gerais e critérios estabelecidos durante a inspeção das
fachadas com o método de análise visual. Manteve-se a distância padrão de 10 m.
As imagens foram obtidas em um único dia, de período ensolarado. Assim
como para as medições de temperatura, escolheram-se horários para sua
viabilidade e sensibilidade quanto à amplitude térmica diária quais seja: 11 h. e 15
min.. Em todo o laudo foram capturadas 198 imagens térmicas, dentre as quais, 12
delas se reservaram às fachadas.
Para os fins da presente etapa do trabalho, utilizou-se uma termo câmera
Fluke, modelo M2ED, que possui uma faixa de detecção de temperatura de - 10 ºC a
400 ºC, com precisão de ± 5 ºC a ± 10 ºC. O foco desse aparelho é automático. Na
câmera visual são 12 megapixels e para a câmera térmica 20 megapixels. Como se

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

trata de uma câmera que funde a imagem térmica com a digital, a resolução da
câmera visual é de 640 x 512 pixels, com zoom digital de tá 4x para câmera visual e
8x para cama térmica. Quanto à emissividade, foi configurado no aparelho um valor
de 0,95, correspondente a superfícies altamente eficazes na emissão de energia
(alta emissividade).
Sendo assim, é possível notar a existência de fiação próxima à fachada lateral
norte do edifício, conforme ilustrado na Figura 05, o que impossibilita a execução do
voo do drone nessa área específica.

Figura 05 - Fachada norte e leste.

Fonte: Souza (2023).

Em relação à carta solar, obteve-se sua representação na Figura 06,


referente a vistoria realizada no dia 10 de maio de 2023, tornando possível a
determinação da posição e do comportamento do sol, fator determinante na captura
das imagens térmicas das fachadas inspecionadas.

Figura 06 – Carta solar

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Fonte: Sunearthtools.

O uso da carta solar torna-se relevante, pois proporciona informações


essenciais sobre a orientação e o comportamento térmico de um edifício ao longo do
dia e das estações do ano. Sob a orientação da carta solar na Figura 07, percebe-se
como a luz solar incide nas diversas fachadas do edifício em diferentes momentos
do dia. Isso ajuda a identificar as áreas mais expostas à luz solar direta e,
consequentemente, mais suscetíveis a variações térmicas. Essa análise ajuda a
detectar locais onde problemas como infiltrações, variações de temperaturas ou
falhas de isolamento podem ser mais prováveis.
Informações sobre padrões de aquecimento e resfriamento das superfícies da
fachada ao longo do dia, também são fornecidos pela carta solar, que permite
diferenciar entre anomalias térmicas causadas por problemas reais, como
infiltrações de água ou vazamentos de ar, e variações normais de temperatura.
É importante ressaltar que a estrutura em análise não deve estar em equilíbrio
térmico, o que implica a necessidade de um aquecimento ou resfriamento adequado
(ANDRADE, 2020).
À vista disso, a Figura 07, foi capturada no dia 18 de maio de 2023, às 17 h. e
30 min., horário de resfriamento da fachada, o que mostra o termograma resultante
da fachada frontal, levando em consideração a baixa incidência solar.

Figura 07 – Termograma

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Fonte: Souza (2023).

Por meio das imagens capturadas pela câmera térmica e do mapeamento


resultante do ensaio de análise visual realizado, adquirimos informações essenciais
para a análise de custo e tempo dos métodos empregados. Esse conjunto de dados
desempenhou um papel fundamental, principalmente na identificação das causas
subjacentes das patologias presentes nas fachadas inspecionadas.

Resultados e Discussões
Resultados da Inspeção com Mapeamento das Trincas e Fissuras nas
Fachadas
Utilizando o levantamento fotográfico como base e sobrepondo
cuidadosamente as imagens aos desenhos das fachadas por meio de um software
de representação de projetos especializado, conseguiu-se criar um mapeamento
detalhado das manifestações patológicas em cada uma das fachadas do edifício,
com exceção da fachada na lateral norte.
A Figura 08, representa o mapeamento da fachada sul do edifício industrial.
Observa-se a grande quantidade de fissuras mapeadas no revestimento sobre a
alvenaria. Conforme a NBR 13529 (ABNT, 2013), revestimentos de paredes e tetos
de argamassas inorgânicas em seu item A.2.1 cita que: “As fissuras podem formar-
se por retração da argamassa, por excesso de finos no traço, que sejam de
aglomerantes, que sejam de finos no agregado, ou por excesso de
desempenamento.”
Conforme a pesquisa de Souza e Ripper, é mencionado por Duarte (2018), a
retração é um fenômeno inerente à massa que encontra sua contrapartida na
presença de diferentes limitações, tais como barras de armadura e conexões com
elementos estruturais adicionais.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Figura 08 – Configuração típica de fissura mapeada em argamassa de revestimento

Fonte: Souza (2023).

Na Figura 09 as fissuras mapeadas, identificadas em algumas paredes


externas apresentou espessura média de 0,15 mm, o que se constatou que a
anomalia foi provocada pelas tensões surgidas na argamassa pela retração por
traços contendo materiais pulverulentos, excesso de água ou por desempenamento.

Figura 09 – Fissuras mapeadas

Fonte: Souza (2023).

Isso pode ser causado por complicações com alta quantidade de materiais
pulverulentos, excesso de água ou pelo desprendimento excessivo (Figura 10)
(SAHADE, 2005).

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil
Figura 10 – Configuração típica de trinca e fissura por dilatações higrotérmicas

Fonte: Souza (2023).

Nos muros da lateral norte, observa-se a ocorrência de trincas devido


exclusivamente a dilatações higrotérmicas, conforme mostra a Figura 11. A variação
higrotérmica é a ação simultânea de dilatação e retração que ocorre pela absorção
de água e pela variação de temperatura. Conforme afirmado por Grandisk (2010),
essas deformações surgem devido à interação de materiais com coeficientes de
dilatação térmica diferentes e variações na dilatação causada pela absorção variável
de água. Tal acontecimento se manifesta principalmente nas interfaces entre as
estruturas de concreto armado e as alvenarias, quando são submetidas a ciclos de
exposição ao sol e à chuva.

Figura 11 – Trincas variação higrotérmica

Fonte: Souza (2023).

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Os mapas das manifestações patológicas, respectivamente, as que se


observam trincas e fissuras em torno das aberturas estão representados na Figura
12, retratando a janela e mostrando a presença de trincas provenientes da ausência
ou ineficiência da estruturação abaixo das aberturas. As vergas e contra-vergas, não
foram suficientes ou não estão presentes para absorver as tensões impostas, uma
vez que são pontos considerados mais instáveis as cargas onde normalmente
ocorre concentração de tensões na edificação.
A aplicação de vergas e contra-vergas atua na prevenção dessas
características, evitando a concentração de esforços nas imediações das aberturas
(TÉCHNE, 2007).

Figura 12 – Trincas e fissuras entorno das aberturas

Fonte: Souza (2023).

Analisando o mapeamento de manifestações patológicas, através das


imagens capturadas pelo ensaio de modo visual, é possível observar trincas
diagonais na fachada voltada para o sul, como indicado na Figura 13. Entretanto, é
importante destacar que tais fachadas estão revestindo o local das caixas d'água,
Figura 14.
Rachaduras em estruturas de concreto ou alvenaria, que seguem padrões
diagonais, são um fenômeno comum em edificações. Essas rachaduras diagonais
são geralmente caracterizadas por sua inclinação em relação às superfícies verticais
ou horizontais da estrutura. A presença dessas rachaduras suscita preocupações

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

significativas entre engenheiros e inspetores de construção, pois pode indicar


problemas estruturais subjacentes que requerem avaliação e intervenção imediatas
(AMORIM, 2010).
Entretanto, é importante observar que a abordagem adotada no ensaio
restringe a capacidade de se obter conclusões precisas acerca de problemas
patológicos preocupantes, como o abaulamento da viga. Isso ocorre porque a
análise visual muitas vezes não proporciona informações detalhadas o suficiente
para uma avaliação completa e precisa das condições patológicas. Portanto, é
fundamental considerar a utilização de métodos, como ensaios destrutivos, para
uma avaliação mais abrangente que forneçam dados mais conclusivos e detalhados,
permitindo uma análise mais precisa das condições em questão.

Figura 13 – Trincas diagonais Figura 14 – Fachada Sul

Fonte: Souza (2023). Fonte: Souza (2023).

Resultados das análises por termografia infravermelha


Neste estudo, a termografia infravermelha apresentou-se assertivamente no
que se refere a descobertas de patologias ocultas, fissuras e trincas nas fachadas
do edifício em questão, suas causas e extensões. Torna-se necessário salientar que
para a determinação das patologias encontradas no objeto analisado, as condições
dos materiais e do ambiente foram agentes causadores das anomalias.
As imagens termográficas foram capturadas a partir das 10 h., em um dia
ensolarado, permitindo uma análise precisa das condições térmicas durante essas
horas do dia.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Na Figura 15, exibimos a termografia da fachada sul, registrada precisamente


às 10 h. e 20 min.. Nesse registro, observamos as temperaturas mais elevadas,
destacadas em tons de laranja, em elementos que não são objeto de análise neste
estudo, como os materiais metálicos presentes nas janelas basculantes. Além disso,
foram identificados tons de laranja significativos no condensador do sistema de ar
condicionado e na estrutura metálica do telhado, o que também exibiram
temperaturas elevadas, na imagem termográfica.
Além dos elementos previamente identificados, a Figura 15 permitiu a
observação de pontos que chamaram atenção, tais como manchas nas fachadas em
tonalidades, também laranja, próximas ao telhado de zinco, apresentando maiores
temperaturas. Na termografia foram detectadas algumas fissuras mapeadas abaixo
das janelas, o que se constatou, assim como o ensaio por análise visual, que a
anomalia foi provocada pelas tensões surgidas na argamassa, pela retração por
traços contendo materiais pulverulentos, excesso de água ou por desempenamento.
Nestes pontos com fissuras, observou-se que as manchas mais azuladas
demonstraram temperaturas mais inferiores.

Figura 15 – Termograma fissuras mapeadas

Fonte: Souza (2023).

Quanto aos muros, Figura 16, localizados na lateral norte, a termografia


revela uma mancha vertical com tonalidade violeta, revelando trincas originadas por
dilatações higrotérmicas, tal como, no ensaio de análise visual. Essas dilatações são
consequências dos comprimentos substanciais das alvenarias, que carecem de

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

juntas de controle para aliviar as tensões. Além disso, observam-se movimentações


estruturais nas vigas, pilares de apoios e/ou fundações.
Segundo Braga (2010), tais dilatações podem ocorrer devido a uma série de
fatores. Em climas úmidos, a alvenaria tende a absorver mais umidade, o que pode
causar expansão, enquanto a estrutura pode não ser afetada da mesma maneira
devido às suas propriedades diferentes. Além disso, quando há variações na
temperatura ambiente, os materiais utilizados na construção podem expandir-se ou
contrair-se de forma desigual, gerando tensões significativas entre a alvenaria e a
estrutura subjacente.

Figura 16 – Termograma trincas variações higrotérmicas

Fonte: Souza (2023).

O edifício possui uma considerável quantidade de janelas, uma vez que é


composto por vários espaços. Através da análise do termograma apresentado na
Figura 17, diferente do ensaio de análise visual, observou-se a falta de elementos de
verga e contra-verga, o que justifica a ocorrência de trincas e fissuras em torno das
extremidades das esquadrias. No contexto da abertura em estudo, a presença de
verga e contra-verga é essencial, uma vez que ela não possui suporte estrutural
superior ou inferior adequado. Através da termografia, é possível notar que as
vergas na janela da Figura 18 são claramente visíveis, apresentando tonalidades
azuladas que as destacam.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil
Figura 17 – Termograma ausência reforço Figura 18 – Termograma presença reforço

Fonte: Souza (2023). Fonte: Souza (2023).

No âmbito deste estudo, foram examinadas diversas fachadas, sendo


possível identificar manifestações patológicas ocultas apenas nas fachadas sul
(Figura 19) e leste (Figura 20). Na Figura 19, observamos zonas que apresentam
tons mais azulados, indicando a presença de anomalias. Além disso, notou-se um
abaulamento significativo nas vigas da estrutura, o que resultou na detecção
imediata de fissuras e trincas de vários tamanhos em toda a fachada sul.
Ao analisar a fachada leste, representada na Figura 20, identificaram-se
áreas com temperaturas mais elevadas, evidenciadas pelas partes mais claras na
imagem que assumem tonalidades amareladas. Esse aumento de temperatura é
atribuído às condições de um dia ensolarado. Na Figura 20, também é possível
observar a viga abaulada, indicada por tons azulados.
Esse tipo de anomalia, conforme definido na norma NBR 6118 da (ABNT,
2004), foi analisado quanto à insuficiência estrutural para suportar as cargas
aplicadas, conforme demonstrado nas representações esquemáticas das fissuras
nas paredes (Figuras 21 a 24).

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil
Figura 19 – Fachada sul Figura 20 – Fachada leste

Fonte: Souza (2023). Fonte: Souza (2023).

Figura 21 – Representação esquemática Figura 22 – Representação esquemática

Fonte: Souza (2023). Fonte: Souza (2023).

Figura 23 – Representação esquemática Figura 24 – Representação esquemática

Fonte: Souza (2023). Fonte: Souza (2023).

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Conclusão
O estudo das trincas e fissuras em revestimentos de argamassa nas fachadas
de edifícios, realizado de forma direcionada para este estudo, resultou em algumas
conclusões.
Ao comparar as imagens obtidas pelo ensaio visual com aquelas geradas
pelo ensaio termográfico, constatou-se que, no que diz respeito às patologias
externas, o teste termográfico não apresentou resultados significativos que
justificassem a substituição do ensaio visual.
Ao possibilitar uma visão mais próxima e detalhada das trincas, a câmera
com zoom permitiu, de certa forma, a exploração minuciosa da largura,
comprimento, profundidade e outras características das patologias. Isso é
fundamental para determinar a gravidade das trincas e tomar decisões informadas
sobre as medidas corretivas necessárias. Além disso, a câmera com zoom facilitou a
elaboração e documentação visual das trincas, o que é importante para a criação de
laudos precisos. Isso possibilita o compartilhamento de informações com outras
partes interessadas, como engenheiros, arquitetos e construtores, bem como o
proprietário do imóvel, que é o principal interessado.
Entretanto, é válido argumentar que, apesar dos resultados mencionados
anteriormente, o laudo das fachadas sul e leste constatou que a câmera térmica
pode, de fato, ser mais precisa em suas verificações. O diagnóstico de "patologias
ocultas" apresentado nas Figuras 19 e 20 foi considerado apenas com base no
método de ensaio térmico, o qual revelou o abaulamento das vigas devido à
sobrecarga a elas imposta.
O que aparentemente, durante o ensaio de análise visual, parecia ser apenas
trincas e fissuras nas fachadas sul e leste, revelou-se, por meio da termografia, um
problema mais sério que requer reparos e manutenção urgentes, a fim de evitar um
agravamento.
Doravante, a termografia, com suas imagens mais precisas no diagnóstico
das patologias, desempenha um papel crucial na tomada de decisão do engenheiro
e do proprietário do imóvel, especialmente ao determinar o prazo para a execução
dos reparos. Dessa forma, a termografia contribui para evitar que o agravamento
das condições se estenda aos usuários do imóvel.

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Trabalho de Conclusão de Curso (2023/2)
Curso de Engenharia Civil

Portanto, diante do exposto, constata-se que a câmera térmica, embora


pouco conhecida e utilizada, pode ser empregada como um ensaio para detectar
danos significativos, além de auxiliar na verificação dos mapeamentos das fachadas.

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