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CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL

BRUNO MARGATTO MACHADO RA: 3801101


FELLIPE PRUDENTE SIQUEIRA LIMA RA: 4201787
HÉMERSON SOEIRO GOMES RA: 3769267
MARCIO LIZANDRO DE LIMA RA: 3711536
RONI DE SOUZA MACHADO RA:3612163

PROJETO INTEGRADOR II

DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO

Link do vídeo- https://youtu.be/BLdhpMY0trw

UNISA
2022
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CURSO SUPERIOR EM ENGENHARIA CIVIL

BRUNO MARGATTO MACHADO RA: 3801101


FELLIPE PRUDENTE SIQUEIRA LIMA RA: 4201787
HÉMERSON SOEIRO GOMES RA: 3769267
MARCIO LIZANDRO DE LIMA RA: 3711536
RONI DE SOUZA MACHADO RA:3612163

PROJETO INTEGRADOR II

DESEMPENHO DA CONSTRUÇÃO

Projeto integrador II – Trabalho do curso Superior de


Engenharia Civil da Universidade Santo Amaro – UNISA,
como requisito parcial para aprovação da disciplina.
Projeto Integrador II.

UNISA
2022
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RESUMO

Este Projeto Integrador tem a finalidade de apresentar um estudo referente às


vantagens da impermeabilização na construção por meio de um estudo
referente à absorção de água por capilaridade em vigas baldrame. Para tanto,
foram desenvolvidos protótipos caracterizando a viga baldrame e a primeira
fiada de tijolos, onde foi feito o comparativo entre a parte impermeabilizada
com a parte que não recebeu impermeabilizante, o que deixou evidente como a
impermeabilização é indispensável para a obra. A prototipação possibilitou a
comprovação da teoria inicial onde apresentou a viga baldrame faz absorção
da água por capilaridade e reafirmar sua importância.

Palavras chave: Impermeabilização. Viga Baldrame. Protótipos.


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ABSTRACT

This Integrating Project aims to present a study regarding the advantages of


waterproofing in construction through a study regarding the absorption of water
by capillarity in baldrame beams. To this end, prototypes were developed
featuring the baldrame beam and the first course of bricks, where a comparison
was made between the waterproofed part with the part that did not receive
waterproofing, which made it evident how waterproofing is essential for the
work. The prototyping made it possible to prove the initial theory where the
baldrame beam makes water absorption by capillarity and reaffirm its
importance.

Keywords: Waterproofing. Baldrame beam. prototypes.


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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................... 6

2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................................................... 8

2.1. ÁGUA NAS CONSTRUÇÕES .................................................................... 8

2.2. VIGA BALDRAME E A IMPERMEABILIZAÇÃO ........................................ 9

2.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPERMEABILIZAÇÃO ............. 11

3.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DE VIGAS BALDRAMES ................................... 13

3.4. PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DE INFILTRAÇÃO .................. 15

4. PROTÓTIPO DE VIGAS BALDRAME .................................................. .......17

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................ 19

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 20
6

1. INTRODUÇÃO

De acordo com Lima (2018), quando a impermeabilização é planejada


na fase de projeto, ela corresponde de 1,5% a 2,0% do valor da obra. Se ela ter
sido realizada erroneamente e precisar ser refeita, o custo pode chegar a 4%.
De acordo com o Instituto Brasileiro de Impermeabilização, se a descoberta de
uma falha de vazamento em uma edificação já estabelecida, o valor sobe para
25% do valor total do projeto.
Nesse contexto, percebe-se que é fundamental realizar pesquisas
voltadas para essa área, podendo impactar de forma significativa nos
orçamentos de construções. A viga baldrame é um importante elemento
estrutural que deve ser impermeabilizado de uma forma adequada.
Com a finalidade de fazer a quantificação dos efeitos positivos da devida
impermeabilização de vigas de baldrame, este projeto integrador visa
apresentar essa possível solução para obras por meio de um protótipo.
Diante do quadro atual da construção civil, a competitividade do
mercado vem crescendo gradualmente, porém devido a instabilidade
econômica proporcionada pela pandemia do Covid-19, há um número reduzido
de clientes propensos a investir, por isso os requisitos de padrões de qualidade
estão cada vez mais altos, tornando a essencial o devido acompanhamento em
todas as fases da construção.
No decorrer dos anos, a construção civil vem conquistando um grande
avanço, no intuito de promover a consonância de projetos para diminuir
investimentos e desperdícios de tempo, seja em materiais para reduzir o
número de lesões e aumentar a vida útil e a saúde do empreendimento. A
impermeabilização é uma das fases da construção civil que vem ganhando
destaque, o que a torna cada vez mais eficaz contra a penetração do contato
indesejado com a água.
O processo de impermeabilização é crucial para prevenir e combater a
patologia, mas mesmo que este processo seja essencial muitas vezes
ignorado, ocasionando a danificação das edificações, gerando incômodo aos
usuários, e em algumas situações ocasiona a interdição da obra. O custo da
impermeabilização é de 1% a 3% do custo total do projeto, valor insignificante
em relação aos benefícios de seu efeito.
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Diversos estudos visam encontrar a melhor forma de impermeabilizar e


fazer a comparação para compreender as principais diferenças entre corpos de
prova que passaram pela impermeabilização correta com os que não foram. As
tecnologias se desenvolveram a partir dos efeitos obtidos para assim ajudar a
aperfeiçoar o desempenho das edificações, garantindo que os problemas com
infiltração sejam evitados.
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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. ÁGUA NAS CONSTRUÇÕES

Segundo Soares (2014) em locais com muita umidade, a durabilidade


das edificações fica comprometida por causa do efeito deteriorante da água
sobre o material pelo intemperismo tanto físico quanto químico. Pelo fato da
água agir de formas diferentes em uma construção, é fundamental protegê-la
da umidade para prolongar sua vida útil e manter seu uso.
Sabe-se que a água é um potencial agente degradante, atuando direta
ou indiretamente para este fim (podendo potencializar outros dispositivos
degradantes). Portanto, pode-se considerar que a água como um dos maiores
agentes causadores de patologia, de forma direta ou indireta (QUERUZ, 2007).
Devido às distintas maneiras de atuação que a água tem, a umidade que
ela produz também é dividida em diferentes tipos. Alguns dos principais tipos
de umidade presentes são:
 umidade de infiltração;
 umidade ascendente;
 umidade por condensação;
 água por pressão;
 umidade de obra;

Ao entender a atuação da água em um determinado ambiente, facilita a


determinação de qual tipo de impermeabilização deve ser aplicada, pois uma
mesma edificação pode ter a atuação de fluidos de formas diferentes.
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2.2. VIGA BALDRAME E A IMPERMEABILIZAÇÃO

Identificar qual o melhor sistema de impermeabilização a ser


implementado em vigas baldrames é importante para precaver casos
importunos durante a fase de uso. O aparecimento de patologias é uma dessas
causas, e são chamados de “mofo de rodapé” que se trata da ação da umidade
do solo através da ação capilar e se manifestando na superfície da alvenaria.
Além da depreciação patrimonial e outras perdas, esse tipo de patologia muitas
vezes resulta em desconforto visual e comprometimento da saúde (BARROS,
2011).
A impermeabilização se divide em dois tipos: impermeabilização rígida e
impermeabilização flexível.
Segundo a definição da NBR 9575/2003, a impermeabilização rígida é
um conjunto de materiais ou produtos adequados para uso em peças
estruturais que não irão trincar. Isso quer dizer que os impermeabilizantes
rígidos não possuem nenhum tipo de trabalhabilidade, o que ocasiona a
restrição de áreas expostas a intensas mudanças de temperatura. Portanto, a
sua aplicação deve ser feita em componentes construtivos imóveis (efeito da
temperatura e trabalhabilidade). A impermeabilização rígida envolve os
seguintes tipos de materiais em sua formação:
 argamassa polimérica;
 argamassa impermeável com aditivo hidrófugo;
 cimento impermeabilizante de pega ultra-rápida;
 cristalizantes.

Venturini (2007) determinou que a impermeabilização flexível é


adequada para componentes de construção propensos a rachaduras, visto que
este tipo de impermeabilização pode ser pré-fabricado (manta) ou moldado no
local (membrana).
Este autor ressalta que as membranas apresentam vantagens em
relação às mantas de acordo com o local que será impermeabilizado, pois não
possuem emendas, mas a espessura precisa ser bem controlada, pois a
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quantidade de produto aplicada por metro quadrado influencia no resultado. Os


materiais mais utilizados na impermeabilização flexível são:
 Manta de PVC;
 Mantas Asfálticas;
 Membrana de polímero modificado com cimento;
 Membranas asfálticas;
 Membrana acrílica;

Rodrigues e Mendes (2017) ressalta que o tipo de impermeabilização é


escolhido de acordo com o ambiente de uso, pois cada produto possui uma
atribuição característica.
Cunha e Neumann (1979 apud Melo, 2019) indicam que os locais que
precisam de impermeabilização são:
 telhados e coberturas planas;
 terraços e áreas abertas;
 calhas que escoam águas da chuva;
 caixas d'água, piscinas e tubulações hidráulicas;
 pisos molhados como banheiros e áreas de serviço;
 soleiras e soleiras;
 paredes externas onde escorrem água e recebem a ação das
chuvas;
 esquadrias e peitoris das janelas;
 soleiras de portas que abrem para fora;
 água contida no solo, subindo por capilaridade ou infiltrando-se no
solo abaixo do lençol freático.

Segundo Salgado (2009), os principais e mais comuns problemas que se


manifestam quando ocorre a ação da água nas edificações, onde há a
necessidade de ser resolvidos por sistemas de impermeabilização. Eles
apontam:
 umidade no piso;
 umidade em estruturas localizadas no nível do solo;
 umidade em paredes próximas ao piso;
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 vazamentos de água em lajes de piso, caixa d'água e piscina;

2.3. VANTAGENS E DESVANTAGENS DA IMPERMEABILIZAÇÃO

Conforme Rodrigues e Mendes (2017), para poder conseguir as


vantagens associadas ao uso de impermeabilizantes, é imprecidível que a sua
implemtentação seja feita de forma correta e completa. Vale resslatar que o
sistema a ser feito deve ser selecionado com base nas necessidades
apontadas.
A quantidade de produtos impermeabilizantes que o mercado da
construção disponibiliza vem aumentando. Isso possibilita inúmeras opções e
soluções para cada situação específica. Além de permitir que a
impermeabilização ocorra em várias etapas na mesma obra. Desta forma, uma
construção devidamente impermeabilizada é benéfica tanto para a estética
como para a seguridade da edificação, pois evita a ocorrência de problemas de
infiltração (RODRIGUES E MENDES, 2017).
No que se refere às desvantagens referentes à impermeabilização, é
relevante destacar que sua aplicação é crucial, além de evitar a degradação
pela presença de diversas formas de umidade, garantindo assim uma maior
vida útil da edificação.
As desvantagens da impermeabilização devem ser consideradas
complicações e não podem justificar a não efetivação desta, pois os benefícios
que ela oportuniza superam em muito as dificuldades de implementação.
Rodrigues e Mendes (2017) ressaltam que o principal entrave para a
impermeabilização é a carência de mão de obra especializada. É importante
destacar que a atual a falta de cursos profissionalizantes no Brasil é muito
evidente, e a mão de obra existente se qualificou pela experiência (vivência em
construção).
As mantas asfálticas são os elementos mais comuns na
impermeabilização. Precisam de equipamento seu próprioespecífico para ser
executada e ser segura. Para sua execução, é fundamental que sejam
realizadas consultas junto aos fornecedores de materiais, visto que cada caso
utiliza um tipo específico de produto, e contar com mão de obra especializada
para realizar esses serviços.
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Na impermeabilização de coberturas é importante ter cuidados especiais


para evitar danos, e cuidados especiais, além de ter precaução durante a
instalação de antenas, grades, dutos de ventilação e outros equipamentos,
para que não ocorra a perfuração da membrana impermeabilizante ou manta
impermeabilizante. É importante não danificar a camada impermeável após a
construção para garantir a estanqueidade, que é o principal motivo de fazer o
procedimento de impermeabilização (RODRIGUES E MENDES, 2017).

Figura 1: Impermeabilização de Coberturas.

Fonte: Ativos Engenharia (2018).

A Figura 1 representa as camadas fundamentais para a


impermeabilização da cobertura. Pode-se identificar que atrás da laje de
concreto há uma camada de nivelamento para aplanar quaisquer
irregularidades que possam estar presentes na mesma. A aplicação do primer
é feita logo acima, e logo após se encontra a manta de betume, a camada
separadora e, por fim, uma proteção mecânica (contra piso).
13
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3.3. IMPERMEABILIZAÇÃO DE VIGAS BALDRAMES

Lamentavelmente, é evidente a carência de mão de obra qualificada na


área de impermeabilização no mercado, e os trabalhadores existentes
adquirem e continuam se qualificando através da prática no campo. Cursos
profissionais e especializados de impermeabilização são inexistentes. Essa
falha se dá por causa da cultura leiga, onde muitas vezes consideram que a
impermeabilização como uma “despesa desnecessária” que pode ser evitada,
ao invés em vez de reconhecer que se trata de um investimento que aumenta
significativamente a vida útil de uma edificação.
De acordo com Rodrigues e Mendes (2017), para poder implementar a
impermeabilização é importante que a mão de obra utilize EPI (Equipamento
de Proteção Individual) e seja qualificada para usar adequadamente as
ferramentas necessárias para o processo.
As principais ferramentas usadas em aplicações de impermeabilização
incluem: trinchas, desempenadeiras, maçarico, rolo para pintura, vassoura,
colher de pedreiro (RODRIGUES E MENDES, 2017).
Rodrigues e Mendes destacaram que o tempo de aplicação da
impermeabilização sofre uma variação de acordo com o sistema de
impermeabilização e os produtos utilizados. Além disso, é fundamental que
seja feita a verificação das informações fornecidas pelo fabricante, pois alguns
produtos podem levar até dois dias para aplicar totalmente, dependendo da
necessidade de revestimento e espera para secar.
Ressalta-se que o tempo de impermeabilização irá definido de acordo
com o sistema escolhido, o local que vai passar pela impermeabilização, a
quantidade de mão de obra qualificada disponível, a qualidade do projeto de
impermeabilização, fatores climáticos e o tipo de produto definido.
Na atualidade, muitas pessoas ainda pensam que o custo da
impermeabilização é um gasto dispensável que pode ser evitado. Porém, os
custos são considerados baixos e contribuem para que a vida útil estendida da
estrutura seja prolongada, protegendo a construção dos efeitos deteriorantes
da umidade desencadeada pela ação da água.
Apolinário (2013) explicou que entre os custos incorridos na
impermeabilização de uma construção, compreende a impermeabilização da
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fundação, da infraestrutura, dos boxes de banheiro e da laje da caixa d’água.


As instruções normativas brasileiras requer o prognóstico desses custos para a
aprovação de determinados financiamentos. São planilhas de memoriais
descritivos e fichas de especificações técnicas que abrangem abordam os
quantitativos, especificações de materiais a serem empregados, orçamentos
sintéticos e analíticos, além de cronogramas.
Uma das fases compreendidas no processo de impermeabilização de
uma determinada estrutura é a impermeabilização das vigas baldrames, que foi
o principal estudo no desenvolvimento deste trabalho. Apolinário (2013) relata
que, segundo o Instituto Brasileiro de Impermeabilização (IBI), o custo médio
da impermeabilização de fundações (geralmente vigas baldrames) em edifícios
residenciais unifamiliares é cerca de 0,10% do custo total do projeto.
Consequentemente, o custo incorrido pela impermeabilização da
fundação, principalmente da superfície exposta ao solo, é bastante reduzido
dadas as condições já expostas, considera-se uma das etapas mais relevantes
da obra, pois previne de danos futuros que exigem custo muito alto. Reparos
patológicos devido à impermeabilização de vigas baldrame mal executadas ou
mesmo pela falta desse tipo de impermeabilização são mais caros de executar.
16

3.4. PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DE INFILTRAÇÃO

Dependendo dos elementos construtivos que há na edificação, a água


ocasiona geralmente, a umidade. A água é um agravante que acaba por
encurtar a vida útil de uma edificação. Portanto, é essencial ter algumas
precauções quando são constatados a existência de problemas relacionados
com a infiltração, parra isso é importante conhecer suas possíveis causas e o
que deve ser feito para solucionar o problema.
Segundo o manual técnico da Vedacit (2010), a falta de ventilação
apropriada para um determinado ambiente pode levar à infiltração por
condensação. A circulação de ar é um fator importante para manter o ambiente
saudável e evitar a proliferação do mofo. Este tipo de infiltração não pode ser
solucionado somente por meio de sistemas de impermeabilização, mas
também pela correta ventilação no ambiente. É importante destacar que a
umidade nas residências também pode afetar a saúde dos usuários,
favorecendo o desenvolvimento de doenças respiratórias.
Porciúncula (2013), aborda que a impermeabilização é um processo que
requer um planejamento de qualidade e com precisão, começando pelo estudo
dao terreno, verificando seus aspectos geomorfológicas e químicas, e os
fatores que constituem suas adjacências. Deve ser feita a averiguação da
condição do sistema de drenagem no local. É preciso entender o projeto de os
projetos arquitetônicos e todos os demais itens que compreendem a obra para
tentar adequar as instruções para o sistema de impermeabilização e o sistema
construtivo empregado.
Rodrigues e Mendes afirmam que os programas de impermeabilização
são fundamentais para assegurar e ter um bom desempenho na
implementação desses sistemas. A falta ou inadequação desses projetos pode
levar a problemas intratáveis, resultando em perdas. A escolha equivocada do
sistema de impermeabilização implementado em um determinado ambiente
pode resultar em especificações insuficientes de aplicação, falta de
detalhamento prévio à implantação e não conformidade com as normas de
impermeabilização.
O fato de uma construção apresentar sistemas de impermeabilização em
todas as fases vitais, não significa precisamente que a estrutura está protegida
17

dos efeitos deteriorantes da umidade. Esses sistemas apresentam uma data de


validade e quando não são efetivados corretamente podem permitir que a água
venha danificar as estruturas.
Erros na implantação de sistemas de impermeabilização ocorrem devido
a vários fatores, entre eles podemos destacar a falta de fiscalização e de mão
de obra profissional para realizar esses serviços. Fazer alterações no que está
discriminado no projeto sem a supervisão do projetista, geralmente, ocasiona
falhas no sistema de impermeabilização. Por fim, neste processo, o controle de
qualidade também é relevante, pois tem que ser muito rigoroso para não
desenvolver falhas futuramente (RODRIGUES E MENDES, 2017).
Rodrigues e Mendes (2017) relatam que os vazamentos existentes nas
em tubulações são complicações difíceis de resolver, pois normalmente
sucedem na parte interna das paredes de banheiros e cozinhas por passar
constantemente água fria. Entre os fatores que podem ocasionar esese tipos
de vazamentos o autor cita:
 perfuração externa (nas paredes onde passa a tubulação);
 encaixes da tubulação mal executados;
 colas mal aplicadas nos encaixes das tubulações.

Além do mais, os vazamentos nas tubulações podem ser


desencadeadas devido a falhas nos sistemas de captação de água, por cauda
dos tipos de calhas ou produtos usados para vedar. Os tubos de queda
também podem ocasionar vazamentos quando seus arremates não são
empregados da forma correta.
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4. PROTÓTIPO DE VIGAS BALDRAME

O protótipo montado para a elaboração desse projeto foi desenvolvido


com o objetivo de obter os melhores resultados no estudo referentes aos
efeitos impermeabilizantes de vigas e argamassa de baldrame em edificações
tentando se aproximar no máximo do trabalho realizado em canteiro de obras.
Os produtos de impermeabilização foram os disponíveis no mercado
local. Alguns profissionais que atuam na área da construção civil, como
engenheiros civis e arquitetos, foram questionados sobre o trabalho em
edificações, considerando que ele foi projetado para simular as situações mais
realistas.
Os resultados deste pequeno estudo concluíram que a marca
impermeável Rebotec será usada em vigas baldrame e a marca impermeável
Vonder em argamassa. Os produtos foram aplicados conforme as
recomendações do fabricante.
O processo de formulação dos protótipos teve início com a concretagem
da amostra. O concreto é utilizado na forma e, em seguida, engrossado por
mesas de agitação para evitar vazios de concreto, aumentando a aderência e
densidade e tornar o concreto mais impermeável à água.
O protótipo consiste em uma viga de baldrame impermeabilizada que
após à exposição de água que comprovou a eficácia dos processos de
impermeabilização e dos produtos impermeabilizantes. Levando em
consideração a realidade, vigas que não apresentam a devida proteção estarão
mais propensas a alterações patológicas devido à absorção de umidade, como
pintura danificada, danos estéticos à edificação e redução do valor agregado
ao imóvel.
Outra patologia que a construção pode sofrer é a disseminação de mofo,
que resulta em uma redução da qualidade de vida dos ocupantes, pois
doenças respiratórias podem se desenvolver ou piorar quando os seres
humanos são expostos a essa condição.
Ao comparar os resultados para as amostras impermeabilizadas em
vigas de baldrame com as amostras que receberam impermeabilização com as
vigas que receberam somente argamassa, foi possível notar que os resultados
para absorção de água foram muito semelhantes.
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A razão para isso é que a água não pode entrar na argamassa e nos
blocos cerâmicos devido ao excelente tratamento de impermeabilização das
vigas.
20

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estudo realizado com o protótipo mostra que o desempenho da


amostra impermeabilizada é eficaz em comparação com o desempenho da
amostra sem que não passou pelo processo de impermeabilização.
A argamassa impermeabilizante utilizada para unir os blocos cerâmicos
foi eficaz quando a impermeabilização das vigas baldrame falhou em
aplicações de impermeabilização. A impermeabilização da primeira fileira torna-
se fundamental para assegurar que a água não penetre nas paredes mesmo
que o primeiro tratamento de impermeabilização falhe devido a um erro na
execução.
O produto utilizado apresenta bom desempenho quando aplicado
corretamente, ou seja, de acordo com as recomendações do fabricante. Os
dados afirmam que, embora os serviços de impermeabilização consumam
apenas uma pequena fração do orçamento da obra, se executados de forma
adequada, podem cumprir todo o seu papel na prevenção de possíveis
problemas, bem como na correção de defeitos ou danos causados pela
presença de umidade nas edificações do entorno.
A aplicação adequada de materiais impermeabilizantes tem se mostrado
eficaz na prevenção de lesões induzidas pela umidade do solo e evita
inconvenientes aos proprietários, como o custo de restauração de estruturas e
doenças respiratórias.
Por ser um serviço considerado simples, os construtores muitas vezes
não dão a esse importante trabalho a atenção que ele merece. Das
possibilidades apresentadas neste trabalho, fica claro que a impermeabilização
deve ser feita de forma eficaz, com a correta seleção dos produtos e a
utilização de mão de obra qualificada.
Como a pesquisa neste trabalho está focada apenas na
impermeabilização de vigas baldrames, a partir dos resultados alcançados,
pode-se sugerir que pesquisas semelhantes sejam realizadas em outras áreas
de impermeabilização dentro de edificações. Esse procedimento não só
melhora a qualidade da construção, mas também reforça a diretriz de que toda
obra deve ter suporte técnico de profissionais.
21

REFERÊNCIAS

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infraestrutura de edificações térreas residenciais privativas unifamiliares
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em Avaliações e Perícias de Engenharia - IPOG). Disponível em:

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR


9575 - Impermeabilização - Seleção e projeto. Rio de Janeiro, 2003.

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Disponível em: <http://ativosengenharia.com.br/impermeabilizacao-de-
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https://www.academia.edu/8750838/APOSTILA_DE_fundacoes_T
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