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Instituto Federal de Brasília (IFB) -

Campus Samambaia
Técnicas da Construção Civil II – Técnico em
Edificações – Turma 2B – Noturno – 16/10/2023

Resina Acrílica e Calafetador

Aluno: Anderson Alves Pinheiro


Aluno: Jose Ronievan Marcelo Pereira
Aluno: Luciana Pery
Aluno: Valéria Souza Camelo
SUMÁRIO

Capítulo Página
1. INTRODUÇÃO.................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO.....................................................................................5
2.1. OBJETIVO...............................................................................................5
2.2. REGULAMENTAÇÃO..............................................................................5
2.3. TIPOS DE RESINAS ACRILICAS............................................................6
2.4. VANTAGENS...........................................................................................8
2.5. DESVANTAGENS....................................................................................8
2.6. PRIORIDADES.........................................................................................8
2.7. APLICAÇÃO.............................................................................................9
2.8. EXECUÇÃO.............................................................................................9
2.9. CALEFADOR...........................................................................................10
2.9.1 CONCEITO............................................................................................10
2.9.2 APLICAÇÃO..........................................................................................10
2.9.3 CARACTERÍSTICAS.............................................................................11
2.9.4 VANTAGENS.........................................................................................11
2.9.5 DESVANTAGENS..................................................................................11
3. CONCLUSÃO...................................................................................................12
4. BIBLIOGRAFIA.................................................................................................13
RESINA ACRILICA
Figura 1- Aplicação de impermeabilização

RESUMO

A construção civil engloba a edificação de obras dos mais variados tipos como
casas, edifícios, pontes, barragens, estradas, aeroportos, etc. onde são necessárias
diversas etapas, e uma delas é a impermeabilização conforme figura 1, que é um
processo de aplicação de produtos específicos sobre superfícies que estão sujeitas
às intempéries climáticas, e que tem como objetivo principal protegê-las contra a
ação nociva, especialmente à água, que pode gerar inúmeras patologias através de
infiltrações, como manchas, bolores e problemas mais graves. E também temos a
calafetagem, a qual serve para vedação e preenchimento de lacunas menores entre
dois planos e até mesmo o preenchimento de rachaduras para evitar umidade e/ou
entrada de ar no interior. Trata-se de uma etapa muito importante e que, às vezes, é
deixada de lado por motivos de contenção de gastos ou até mesmo desinformação
dos profissionais responsáveis pela obra. Dessa maneira, o processo de
impermeabilização tem um papel importantíssimo uma vez que se realizada da
maneira adequada, a construção contará com mais durabilidade e resistência, dessa
forma falaremos neste estudo sobre a resina acrílica, suas propriedades e
aplicações e abordaremos o uso e aplicação do calafetador.

Palavras-chave: impermeabilização, resina acrílica, a base d’água, solvente,


calafetagem.
1. INTRODUÇÃO

Tudo se iniciou na década de 60, com a pioneira Evonik, antes conhecida


como Degussa. Naquele tempo necessitavam com urgência de um produto de
rápida aplicação. Foi aí que as resinas de MMA começaram a ser aplicadas sobre o
concreto, cerâmica, madeira e metal tendo bastante aproveitamento e evitando a
proliferação de fungos e bactérias. Dessa forma o MMA tornou-se um dos
revestimentos mais indicados na área industrial, decorativa e de alimentos.
A resina acrílica é a mais líquida e funciona basicamente como um verniz
impermeabilizante. Sua aplicação é muito ampla, indo de artesanatos até aplicações
diretas no ramo da construção civil e é uma das variedades mais buscadas no
mercado por conta de suas principais características, que fornecem aos materiais
onde ela é aplicada propriedades ainda mais interessantes.
Dentro dos parâmetros da construção civil, a resina acrílica é usada
principalmente para impermeabilizar, isolar e proteger telhas e tijolos cerâmicos e
pedras naturais. Além disso, algumas também podem ser usadas em telhas de
fibrocimento.
No mercado é possível encontrar resinas acrílicas nas versões sintéticas e a
base de água. A primeira é caracterizada por contar com uma base solvente.
Enquanto no segundo caso, tem como principal aspecto o cheiro mais suave e o fato
da secagem ser mais rápida que as demais opções.
Vale ressaltar que o produto oferece benefícios práticos e eficientes, se
tornando peça chave para a durabilidade da superfície aplicada. Há a possibilidade
de uso como acabamento, que pode ser brilhante ou acetinado, formando uma
película que conta com opções incolor ou colorida.
Por outro lado, temos o calafetador, que é um Polímero emulsionado,
monocomponente, estável, viscoso, solúvel em água e que é utilizado em vedação,
estanque de juntas finas, calafetação de esquadrias metálicas e de madeira e ainda
no rejuntamento de revestimentos que estão sujeitos ao contato excessivo com
água, como pisos em geral.
De modo geral as resinas sintéticas, incluindo a resina acrílica, faz parte dos
materiais denominados termoplásticos, que são derivados dos ácidos metacrílicos,
ácidos acrílicos e mais diversos outros compostos, desenvolvidas através de

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sucessivos processos químicos e formuladas com polímeros mais estáveis e
considerando que as resinas estarão em contato com agentes físicos, químicos e
biológicos, contar com um material menos suscetíveis a intempéries é
imprescindível.

2. DESENVOLVIMENTO

2.1 OBJETIVO

A finalidade da impermeabilização com resina, de modo geral é:


Manter a estanqueidade, evitando a passagem de fluidos e vapores, principalmente
a água, seja por capilaridade ou absorção.
Proteger os elementos e componentes construtivos que estejam expostos ao
intemperismo, contra a ação de agentes agressivos presentes na atmosfera;
Conservar o meio ambiente isolado de agentes contaminantes
Possibilitar sempre que possível que revestimentos, estruturas e componentes
construtivos não sejam degradados tão logo sejam percebidas falhas do
sistema impermeável.

2.2. REGULAMENTAÇÃO

O processo de impermeabilização é regulado por normas técnicas que


direcionam a execução do procedimento, ou seja, servem para estabelecer critérios
e determinações que devem ser seguidas para que a execução seja realizada da
melhor forma possível, evitando problemas.

As principais normas que tratam sobre o projeto de impermeabilização são:

 NBR 9575 – Impermeabilização: Seleção e Projeto;


 NBR 9574 – Execução de impermeabilização, que descreve com detalhes as
especificações dos materiais e serviços a serem realizados.

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A NBR 9575 indica a elaboração de um projeto analisando todos os
objetivos do processo de impermeabilização, e que seja desenvolvido em conjunto e
compatibilizado com os demais projetos de construção, como de arquitetura,
estrutural, hidráulico-sanitário, elétrico, gás, revestimentos e tantos outros. Este
projeto deve ser elaborado por um profissional que tenha responsabilidade técnica e
habilitado pelo CREA (Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia),
que irá entregar o projeto ao responsável pela obra e o local onde será́ executada a
impermeabilização deve estar liberado e preparado para início dos serviços.

A NBR 9574 elenca todos os sistemas e detalha sobre os modos de


aplicação de cada um dos tipos de impermeabilizantes.

2.3. TIPOS DE RESINAS ACRILICAS

A BASE DE ÁGUA

Figura 2 – Lata de Resina à base de água

É uma resina copolimerizada e altamente concentrada, conforme figura 2.


Após a sua secagem há a formação de uma película que proporciona brilho,
resistência, aderência, impermeabilização e flexibilidade, indicada para aplicação em
pisos (incluindo ardósia), concreto aparente, telhas e pedras.
Além disso, também é possível laminar a superfície com fibra de vidro afim de evitar
trincas e rachaduras, por exemplo, dando apoio nas aplicações da construção civil.

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Possui fluidez semi-pastosa, porém de fácil aplicação e muito versátil pelo fato de ter
a água como componente base e que por não possuir solventes em sua composição
pode ser aplicada em superfícies com isopor ou espuma de poliuretano.
Sobre a diluição, a resina pode ser dissolvida em 2 ou 3 partes de água,
dependendo do objetivo e das recomendações dos fabricantes. As vantagens e
desvantagens mais relevantes da resina acrílica com base de água, são:

 Adição de cor, já que aceita a inclusão de corantes ou pigmentos à base de água

 Diluição em altas porcentagens

 Aplicação de pinturas após a secagem da superfície

 Aplicação em ambientes internos e externos

 Fácil manuseio e ótima trabalhabilidade

 Secagem rápida

 Alta absorção na porosidade da superfície

 Alto rendimento

 Relação de custo x benefício excelente

A BASE DE SOLVENTE

Figura 3 - Lata de Resina à base de solvente

A resina acrílica com solvente, conforme figura 3, cria uma película


impermeável, preenchendo poros e microfissuras, quando aplicada sobre diferentes

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tipos de substratos, como concreto aparente, pedras naturais, fibrocimento, telhas
de barro, tijolos aparentes e madeira, impedindo a penetração de água, umidade e
outros líquidos. É recomendado sua utilização em áreas expostas à umidade, como
lajes, paredes externas, piscinas, banheiros e terraços.
A respeito da diluição, a resina com solvente não necessita diluição, pois
apresenta-se pronta para uso, no entanto a limpeza de possíveis escoamentos,
pode ser realizada com solvente (thinner). As vantagens e desvantagens mais
pontuais da resina acrílica com base de solvente, são:

2.4. VANTAGENS:

 Flexibilidade: As resinas acrílicas são metalúrgicas, o que permite que se


adaptem às movimentações estruturais sem rachar.
 Durabilidade: Oferece boa resistência ao desgaste e à intempérie.
 Fácil aplicação: Pode ser aplicado com rolo, pincel ou pincel.
 Secagem rápida: O solvente evapora rapidamente, acelerando o processo de
cura.

2.5. DESVANTAGENS:

 Emissões de solventes: O uso de solventes pode ser prejudicial ao meio ambiente


e à saúde humana. Portanto, é importante seguir as medidas de segurança
específicas e as regulamentações ambientais.
 Manutenção: A manutenção é essencial para prolongar a eficácia da
impermeabilização, incluindo inspeções regulares e reaplicações conforme
necessário.
 Compatibilidade: A resina acrílica precisa ser compatível com o substrato
específico seguindo as instruções do fabricante para garantir uma aplicação
adequada.
 Proteção UV: Em áreas externas expostas ao sol, é conveniente escolher
produtos que ofereçam proteção UV para evitar a manipulação prematura da resina,
o que pode tornar o preço elevado.

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2.6. PROPRIEDADES

As principais caraterísticas da resina acrílica são:

 Alta resistência ao calor e raios ultravioletas (raios UV).


 Elevada elasticidade,
 Maior resistência mecânica (tração, pressão), física (impactos, desgastes),
biológica (fungos, microrganismos) e química
 Aumento da biocompatibilidade, diminuindo o índice de toxicidade por contato.
 Aumento da estabilidade de cor no processo de pintura
 Diminuição da absorção de água
 A relação de custo x benefício
 Alta durabilidade
 Tem alta e rápida fixação
 Baixa resistência à abrasão.
 Baixa resistência a formação de laminação de água (poças)

2.7. APLICAÇÃO

Sobre aplicabilidade, na construção civil, a resina acrílica pode ser usada em


tijolos, telhas, concreto aparente, revestimentos de pisos, paredes, revestimentos e
acabamentos, reforma, construção e reconstrução de superfícies, e até mesmo
madeira, no entanto, é necessário que haja porosidade na superfície a ser aplicada,
pois áreas enceradas, esmaltadas, vitrificadas, siliconadas, com hidrofugantes ou
que não tenham níveis de porosidade não permitem que a resina consiga aderir à
superfície.
Este mesmo material permite a aplicações com outros fins, como por
exemplo, tinta acrílica (tintas comumente compradas como “tinta de tecido”),
matéria-prima de máscaras, fabricação de pneus, produtos ortodônticos (como
dentaduras), telas de telefone, luzes de freio, vitrines de aquários, etc. Na madeira é
aplicada para proporcionar resistência, impermeabilidade, brilho, durabilidade e,
claro, maior e proteção, como em móveis, janelas e portas.
Enfim, há realmente um leque de opções muito grande. Mas, de modo geral,

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a resina acrílica pode ser usada como forma de revestimento ou como matéria-prima
para moldes (nos mais variados).

2.8. EXECUÇÃO

A execução da impermeabilização com resina quando executada


corretamente irá garantir uma superfície protegida contra a ação da água, muito
mais resistente, sendo realizada em três etapas:

 Preparação da superfície - A preparação da superfície é fundamental para uma


melhor aderência do produto, eliminando sujeiras e regularizando toda sua extensão
proporcionando assim, uma impermeabilização mais eficaz e uma proteção maior.
 Aplicação do produto - A aplicação do produto é realizada em demãos, com
quantidades que variam muito conforme o tipo do produto e orientações do
fabricante.
 Teste de estanqueidade - Após a aplicação, é necessário esperar o tempo de
cura especificado pelo fabricante e só depois deve-se realizar o teste de
estanqueidade para comprovar a eficiência da impermeabilização. Recomenda-se
ser efetuado ensaio com água limpa, com duração mínima de 72 horas para
verificação de falhas na execução e se, após esse período, não houver sinais de
infiltração, é confirmado que o sistema de impermeabilização foi eficiente.

Vale ressaltar que o uso de EPI’s, como luvas, óculos de proteção e


máscaras, são indispensáveis para evitar acidentes e intoxicações, no caso das
resinas acrílicas com solventes que possui odor intenso.

2.9. CALAFETADOR

2.9.1. Conceito

O calafetador serve para vedação de acabamentos de esquadrias,


guarnições, rodapés e afins é um processo que, se não receber a devida atenção,
pode trazer problemas para a obra no futuro. Além disso, conseguir otimizar o
processo com materiais de fácil aplicação poupa tempo e custos de construção,
melhorando o valor agregado. Ele ainda pode ser de silicone ou de acrílico-látex

2.9.2. Aplicação

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Calafetação estanque de juntas finas, calafetação de esquadrias metálicas,
madeira ou plástico, rejuntamento de azulejos, cerâmicas, pedras, fórmicas,
madeiras e vários outros tipos de revestimento, vedação de juntas contra a
passagem de água, umidade, vapores, poeiras, odores.

Calafetação estanque de juntas, trincas e fissuras em concreto, alvenarias,


pedras, etc, juntas de dilatação estruturais, mesmo sob permanente presença de
umidade.

2.9.3. Característica

Versatilidade: O Calafetador adere perfeitamente a uma ampla variedade de


superfícies, como madeira, metal, concreto, vidro e muitas outras. Durabilidade: Sua
fórmula híbrida proporciona uma vedação elástica e resistente aos efeitos do tempo,
como chuva, sol e mudanças de temperatura. Fácil aplicação: Com o equipamento
certo, como uma pistola por exemplo, basta aplicar no local desejado, tendo o
cuidado de limpar bem o local antes.

2.9.4. Vantagens

O calafetador traz uma série de diferenciais para lidar com as necessidades


de cada projeto em uma obra, uma das principais vantagens está na sua fácil
aplicação, podendo ser utilizados em tubos para realizar a “injeção” do produto no
local desejado de forma fácil e prática, ou seja, o material já vem pronto para uso.
Além disso o calafetador ainda possibilita a pintura é resistente às pragas e fungos,
tem flexibilidade, além de ser seguro e confiável.

2.9.5 Desvantagens

O Calafetador em silicone tende a ser mais caro, no entanto o principal


problema é o fato de não poder se pintar em silicone, acontece que esse material é
tão pouco poroso que a tinta simplesmente descasca da superfície, dessa forma não
é recomendado o uso em situações em que se precise pintar a superfície. Já o
calafetador em acrílico-látex pode enfraquecer rapidamente quando exposto à luz
ultravioleta e aos elementos.

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3. CONCLUSÃO
Conclui-se que a impermeabilização é um processo fundamental e
indispensável, seja para a construção civil ou para qualquer outro segmento,
permitindo que as estruturas sejam protegidas, que possíveis danos sejam evitados
e que a qualidade do serviço seja alcançada, além disso, a aplicação correta da
resina acrílica ou da calafetagem com um bom planejamento e bons materiais trará
um resultado durável, com ótimo acabamento e excelente custo benefício.
Vale ressaltar que é de suma importância o uso de produtos de qualidade
para realizar a impermeabilização na construção civil, bem como a vedação através
do calafetador. Assim você garante segurança para as pessoas que transitam no
local e muito mais durabilidade da estrutura.
A vida útil do impermeabilizante pode ser prolongada de acordo com as
manutenções realizadas, não tendo a necessidade de realiza-las apenas quando
tiver ocorrência de problemas, mas afim de evitar alguma intercorrência.

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4. BIBLIOGRAFIA

https://propeq.com/quais-sao-as-propriedades-e-aplicacoes-das-resinas/

https://incopre.com.br/quais-sao-os-tipos-de-impermeabilizacao-usados-na-
construcao-civil/

https://cacarvalho.com.br/impermeabilizacao-na-construcao-civil/

https://www.blok.com.br/blog/impermeabilizacao

https://sobrevivencialismo.com/2022/11/07/tudo-o-que-voce-precisa-saber-sobre-
calafetagem/
https://oliveiraalpinismo.com.br/o-que-e-calafetar/

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