ATIVIDADE 1 - MANUTENÇÃO E PATOLOGIA DAS EDIFICAÇÕES

MARCOS ANTONIO DE SOUZA – ENGENHARIA CIVIL

RA 129046-5 – POLO CONTAGEM/MG.

1 - Diante do exposto, referente ao tema manutenção e patologia das edificações,

qual a diferença entre vida útil e Vida Útil de Projeto (VUP)?

Conforme nosso livro texto, a Vida Útil é o intervalo de tempo ao longo do qual a edificação
e/ou as suas partes constituintes atendem aos requisitos funcionais para os quais foram
projetadas, obedecidos os planos de operação, uso e manutenção previstos na NBR 5.674
(ABNT, 2012).

Já a Vida Útil de Projeto (VUP) é o período estimado de tempo para o qual um sistema é
projetado, a fim de atender aos requisitos de desempenho estabelecidos na NBR 15.575
(ABNT, 2021), considerando o atendimento aos requisitos das normas aplicáveis, o estágio
do conhecimento no momento do projeto e supondo o atendimento da periodicidade bem
como a correta execução dos processos de manutenção especificados no respectivo
manual de uso, operação e manutenção.

2 - Além do fator tempo, quais são os principais fatores à ocorrência de

manifestações patológicas?

As anomalias que podem ser:

Endógenas - aquelas que já nascem com a edificação e se originam, possivelmente,

da fase de projeto ou de execução ou da má qualidade dos materiais empregados
na obra.

Exógenas – aquelas originárias de fatores externos que acometem a edificação

depois da fase de projeto e execução. Costumam ser classificadas como naturais e
funcionais.

Anomalias Exógenas Naturais são as resultantes de fenômenos da

natureza, tais como: vendavais acima da estimativa de projetos, inundações,
chuvas de granizo, terremotos.

Anomalias Exógenas Funcionais são as de falhas e se caracterizam por

resultarem de manutenção inadequada ou mau uso da edificação

Infiltrações e umidade provenientes de encanamentos ou do ambiente externo.

Trincas, fissuras e rachaduras, sejam em vedações, sejam em estruturas, ou, até

mesmo, em revestimentos. Costumam ter origem estrutural, ambiental, por escolha
equivocada dos materiais e por diversos outros fatores.

Descolamento de revestimentos, defeito de execução ou falha nas placas

cerâmicas.

Recalque, deslocamento vertical do apoio de uma estrutura

3 - E quais as principais manifestações patológicas causadas por umidade
(consideradas também como as mais comuns)? Descreva cada uma delas.
O Quadro 1 da unidade 2 do livro texto nos apresenta estas principais manifestações com
um descritivo de cada uma delas, a saber:

Eflorescência que são manchas de umidade com um Pó branco acumulado sobre

a superfície em locais com umidade constante, Sais solúveis presentes no elemento
da alvenaria e Cal não carbonada.

Bolor ou manchas esverdeadas ou escuras que surgem no revestimento em

desagregação, também com umidade constante e Área não exposta ao sol.

Descolamento com empolamento Quando a superfície do reboco descola do

emboço, formando bolhas, cujos diâmetros aumentam, progressivamente. Neste
caso o reboco apresenta som cavo sob percussão. Ocorre no caso de infiltração de
umidade ou Hidratação retardada do óxido de magnésio da cal.

4 - TIPOS DE CIMENTOS - suas diferenças e as normativas que cada um pertence.

Conforme estabelecido na Norma ABNT NBR 16697, temos oito tipos de cimento:

▪ CIMENTO CP-I – Este tipo não possui nenhum aditivo, ele utiliza apenas o
gesso para retardar o início de pega do cimento, possibilitando mais tempo
para a aplicação. É um cimento que possui alto custo, mas com menos
resistência e sua produção é direcionada para a indústria. Este cimento é
pouco encontrado mo mercado em geral.

▪ CIMENTO CP-II – Este tipo conta com a adição de outros materiais na sua
mistura, materiais que conferem ao produto um menor calor de hidratação, ou
seja, libera menos calor quando entra em contato com a água. Este tipo de
cimento II é apresentado em três sub tipos ou opções:

 CP-II E – cimento Portland com adição de escória de alto-forno;

 CP-II Z – cimento Portland com adição de material pozolânico;

 CP-II F – cimento Portland com adição de material carbonático, sendo

versátil e ideal para ser aplicado em todas as fases de uma obra.

▪ CIMENTO CP-III – Que é composto de 35% a 70% de escória de alto-forno.

Este tipo apresenta uma maior impermeabilidade e durabilidade, além de
baixo calor de hidratação, assim como elevada resistência à expansão devido
à reação álcali-agregado. Resistente a sulfatos, é menos poroso e mais
durável.

▪ CIMENTO CP-IV – Composto entre 15% a 50% de material pozolânico. Sua

formula proporciona estabilidade no uso com agregados reativos e em
ambientes de ataque ácido, em especial de ataque por sulfatos. Por ter baixo
calor de hidratação, se torna bastante recomendável na concretagem de
 grandes volumes e sob temperaturas elevadas. É pouco poroso, sendo
resistente à ação da água do mar e de esgotos.

▪ CIMENTO CP-V - Possui alta reatividade nas primeiras horas de aplicação,

fazendo com que atinja resistências elevadas em um curto intervalo de tempo.
Ao final dos 28 dias de cura, também atinge resistências maiores que os
cimentos convencionais. É muito utilizado em obras industriais que exigem
um tempo de desforma menor. Seu uso é recomendado, apenas, para a
fabricação de concretos.

▪ CIMENTO RS - Possui materiais sulfatados que são encontrados nas redes

de esgoto, ambientes industriais e água do mar, por tal motivo seu uso é
indicado para construções nesses ambientes.

▪ CIMENTO BRANCO – Difere dos outros principalmente por ser da cor branca
que é adquirida com uso de matérias-primas com baixo teor de manganês e
ferro, sendo utilizado o caulim em vez da argila, sendo encontrado em dois
tipos:

 Estrutural, que é indicado para fins arquitetônicos, mais pouco comum

nos dias atuais, principalmente devido ao custo.

 Não estrutural, o que normalmente utilizamos para o rejunte de cerâmicas.

▪ CIMENTO PORTLAND DE BC - Este tipo possui a propriedade de retardar o

desprendimento de calor em peças de grande massa de concreto, evitando o
aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao calor desenvolvido
durante a hidratação.