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UTFPR - Universidade Tecnológica Federal do Paraná

Campus Toledo
Engenharia Civil
Atividade Prática Supervisionada de Materiais de Construção Civil A
Professor: Gustavo Savaris

Felipe Cortês Genarini - 1308017


João Paulo Steinmacher Lourenço - 1321625
Ronaldo Luis Lunkes - 1201115
Thiago Alex Hemkemeier - 1201123

Análise de resistência e absorção em blocos cerâmicos

TOLEDO – PR
2013
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 – Resistência à compressão para blocos (NBR 15270:05).

Figura 2 – Características exigidas para blocos cerâmicos (NBR 15270:05).

Figura 3 – Localização da primeira obra.

Figura 4 – Foto frontal da primeira obra.

Figura 5 – Localização da segunda obra.

Figura 6 – Foto frontal da obra número dois.

Figura 7 - Localização da obra número três.

Figura 8 - Foto frontal da terceira obra.

Figura 9 - Localização da obra número 4.

Figura 10 - Foto frontal da quarta obra.

Figura 11 - Localização de todas as obras.

Figura 12 - Representação gráfica do rompimento dos blocos cerâmicos

LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Identificação.

Tabela 2 - Avaliação visual

Tabela 3 - Dimensionamento das faces em mm.

Tabela 4 - Espessura dos septos e parede externa em mm.

Tabela 5 - Desvio em relação ao esquadro e planeza das faces em mm.

Tabela 6 - Área Bruta em mm².

2
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4

1.1 REFERENCIAL TEÓRICO.....................................................................................4

1.2 OBJETIVOS...........................................................................................................6

2 DESENVOLVIMENTO..............................................................................................7

2.1 ETAPAS.............................................................................................................................7

2.2 LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS............................................................................................7

2.2.1 OBRA 1...........................................................................................................................7

2.2.2 OBRA 2...........................................................................................................................8

2.2.3 OBRA 3...........................................................................................................................9

2.2.4 OBRA 4..........................................................................................................................10

2.3 ANÁLISE DOS TIJOLOS......................................................................................12

2.3.1 ARMAZENAMENTO DOS BLOCOS CERÂMICOS..........................................12

2.3.2 IDENTIFICAÇÃO...............................................................................................12

2.3.3 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO VISUAL.......................................................13

2.3.4 AVALIAÇÃO GEOMÉTRICA.............................................................................14

2.3.5 ESPESSURA DOS SEPTOS E DAS PAREDES EXTERNAS..........................15

2.3.6 DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO E PLANEZA DAS FACES..............15

2.3.7 ÁREA BRUTA....................................................................................................16

2.3.8 ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA................................................................17

2.3.9 ENSAIO DE RESITÊNCIA MECÂNICA............................................................18

3 CONCLUSÃO..........................................................................................................20

4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................21

3
1 INTRODUÇÃO

1.1 REFERENCIAL TEÓRICO

As cerâmicas são obtidas a partir de uma massa a base de argila, submetida


a um processo de secagem lenta e, após a retirada de grande parte da água, cozida
em temperaturas elevadas. Um dos critérios para classificação da cerâmica é a cor
da massa, que pode ser vermelha ou branca. As argilas vermelhas são provenientes
de depósitos sedimentares, com altos teores de compostos de ferro. São utilizadas
na produção de tijolos maciços, blocos cerâmicos, telhas, tubos cerâmicos, lajotas
(tavelas), dentre outros. A argila é um material natural, terroso, de baixa
granulometria (com elevado teor de partículas com diâmetro inferior à 2 μm), que
apresenta elevada plasticidade quando misturado com quantidades adequadas de
água. As argilas são provenientes da decomposição de rochas, constituídas de
argilominerais, podendo conter outros minerais como quartzo, feldspato, mica, pirita
e hematita, além de matéria orgânica e outras impurezas.
O processo de fabricação da cerâmica vermelha pode ser dividido nas etapas:
preparação da massa, moldagem, secagem, queima e resfriamento da cerâmica. A
definição do local de retirada da matéria prima deve levar em consideração:
composição da jazida, quantidade de argila disponível e custo de transporte. As
operações de sazonamento, mistura e laminação da massa tem como finalidade
adequar as dimensões dos grãos de argila, aumentar sua reatividade e diminuir as
impurezas. Nesta etapa também é ajustada a umidade da massa.
Na extrusão a massa apresenta entre 20% e 30% de umidade. O excesso de
ar da massa é retirado por uma bomba de vácuo sendo então comprimida contra um
molde, sendo então realizado o corte nas dimensões previstas para a peça. Após a
moldagem as argilas apresentam um elevado teor de umidade. Este teor deve ser
retirado lentamente de modo a impedir a formação de fissuras e deformações.
Durante a secagem ocorre migração da umidade do interior para o exterior, e o calor
gerado pela evaporação aquece a superfície da peça.
Com a secagem mais rápida da face externa ocorrem deformações, sendo a
velocidade de secagem influenciada pela temperatura, umidade e incidência de ar, e

4
também pela granulometria e composição mineralógica do material. A secagem
pode ser realizada de forma natural, por meio de estocagem do material em local
protegido da chuva, até que sua umidade chegue a 1%, podendo levar entre 10 e 30
dias. A secagem artificial é realizada em estufas ou câmaras, onde se aproveita o
calor do forno de queima. O aquecimento da argila gera alterações físico-químicas
irreversíveis que resultam em mudanças de suas propriedades:
-150 °C - Evaporação da água livre.
-150 °C - 600 °C - Perda da água adsorvida.
-600 °C - 800 °C - Reações químicas, desidratação química e decomposição da
matéria orgânica.
-800 °C - 1100 °C – Vitrificação da argila
Fatores que influenciam na qualidade do produto:
- Velocidade de acréscimo de temperatura;
- Tempo de exposição à temperatura máxima;
- Velocidade de resfriamento;
- Uniformidade da temperatura do forno.
Na medida em que a temperatura aumenta a coloração da argila muda,
passando a rósea, marrom e podendo chegar até a cor preta. Após a queima os
componentes cerâmicos devem ser submetidos a um resfriamento lento, entre 8 e
24 horas.
Para construção de alvenaria podem ser utilizados tijolos maciços ou blocos
cerâmicos, ambos produzidos por extrusão, porém os tijolos maciços também
podem ser produzidos por prensagem.
Blocos cerâmicos: produzidos em diversas formas, possuem furos paralelos a
uma de suas faces. A norma brasileira classifica os blocos cerâmicos em estruturais
ou de vedação.
Os blocos de vedação servem para fechamento de paredes sem função estrutural,
porém devem suportar a carga da parede da qual fazem parte. Seus furos podem
ser posicionados no sentido vertical ou horizontal.
Os blocos estruturais tem função de suportar as cargas da alvenaria
estrutural, seus furos são posicionados no sentido vertical. A norma brasileira
apresenta três categorias de blocos estruturais: blocos com paredes vazadas, com
paredes maciças e blocos perfurados.

5
Principais propriedades exigidas para os tijolos e blocos cerâmicos:
- Resistência à compressão compatível com exigências de projeto;
- Dimensões adequadas para o levantamento da alvenaria;
- Variação volumétrica e permeabilidade compatível com as condições de exposição
a que a alvenaria está submetida;

Figura 1: Resistência à compressão para blocos (NBR 15270:05)

Figura 2 : Características exigidas para blocos cerâmicos (NBR 15270:05)

O índice de absorção inicial pode ser determinado pela imersão de um bloco


em um recipiente com água (somente 3mm ficam imersos) durante um minuto e
determinada a quantidade de água absorvida, expressa em g / 193,55 cm². Valores
acima de 30% indicam elevada absorção, devendo ser umedecido o componente
antes de seu assentamento.

1.2 OBJETIVOS

O principal objetivo deste trabalho é fazer a análise de blocos cerâmicos a fim


de obter a resistência mecânica segundo a norma NBR 15270:05 e ainda o índice de
absorção, em quatro obras diferentes, situadas na cidade de Toledo no estado do
Paraná. Com isso poderão ser passados os resultados aos responsáveis das obras
para que os mesmos possam estar a par das condições dos blocos que estão sendo
utilizados em suas obras.

6
2 DESENVOLVIMENTO

2.1 ETAPAS

Foram visitadas quatro obras diferentes das quais foram selecionados a partir
de análises de identificação, caracterização visual e ensaio geométrico de uma
amostra cada de treze tijolos. Sendo retirados três tijolos de cada, para serem
utilizados para realização do teste de resistência à compressão com dois dos tijolos
e com o terceiro o teste de absorção.

2.2 LOCALIZAÇÃO DAS OBRAS

Quatro obras foram visitadas, a fim de obter uma amostra de 3 tijolos para
cada uma delas, sendo os mesmos utilizados em análises futuras.

2.2.1 OBRA 1

Localizada na Rua Santa Maria nº 668, Jd. La Salle – Toledo PR, é uma
construção civil de um prédio residencial (Figura 3 e 4).

Figura 3: Localização da primeira obra.

7
Figura 4: Foto frontal da primeira obra

2.2.2 OBRA 2

Localizada na Rua Augusto Formighieri nº 429, Jardim La Salle, também é


uma construção civil de um prédio residencial (Figura 5 e 6).

Figura 5: Localização da segunda obra

8
Figura 6: Foto frontal da obra número dois

2.2.3 OBRA 3

A próxima construção está localizada na Rua Guaíra, nº 311, Jd. La Salle


(Figura 7 e 8)

Figura 7: Localização da obra número três

9
Figura 8: Foto frontal da terceira obra

2.2.4 OBRA 4

Localizada na Rua Pinheiro Machado nº 2413, Vila Industrial , também é uma


construção civil de um prédio residencial (Figura 9 e 10).

10
Figura 9: Localização da obra número 4

Figura 10: Foto frontal da quarta obra


As quatro obras podem ser representas e localizadas em relação à
Universidade Tecnológica Federal do Paraná – campus Toledo na figura 11:

11
Figura 11: Localização de todas as obras

2.3 ANÁLISE DOS TIJOLOS

Nas quatro obras os objetos de estudos foram os blocos cerâmicos devendo


ser analisadas propriedades físicas e mecânicas dos mesmos.

2.3.1 ARMAZENAMENTO DOS BLOCOS CERÂMICOS

Tanto na primeira como na terceira e quarta obra, os tijolos estavam


armazenados ao ar livre e no próprio chão. Apenas os da segunda obra estavam
sob uma cobertura, sendo essa a do próprio prédio.

2.3.2 IDENTIFICAÇÃO

Bloc Obra 1 Obra 3 Obra 2 Obra 4


o (Stiebe) (Drisner) (Rodante) (Rodante)
1 - Ok Ok Ok
2 - Ok Ok Ok
3 - Ok Ok Ok

12
4 - - Ok Ok
5 - Ok Ok Ok
6 - Ok Ok Ok
7 - - Ok Ok
8 - Ok Ok Ok
9 - Ok Ok Ok
10 - - Ok Ok
11 - Ok Ok Ok
12 - Ok Ok Ok
13 - Ok Ok Ok
Tabela 1: Identificação
Apenas os tijolos da primeira e terceira obra apresentaram deficiência, os da
cerâmica Stiebe (obra 1), apresentavam defeito para leitura, e na impressão quando
possível o tijolo apresentava medias 11,5x14x24, contudo a amostra inteira
apresentava 9x14x24 logo esse lote deveria ser reprovado, mas para análise e
estudos prosseguimos com esse loto também. Os da cerâmica Disner apresentaram
3 tijolos com defeitos visuais, logo o lote foi reprovado. Os demais não apresentar
problemas.

2.3.3 ENSAIO DE CARACTERIZAÇÃO VISUAL

Bloc Obra 1(Stiebe) Obra 3 Obra 2 Obra 4


o (Drisner) (Rodante) (Rodante)
1 Ok Danificado Ok Ok
2 Ok Ok Ok Ok
3 Danificado Ok Ok Ok
4 Danificado Danificado Ok Ok
5 Ok Ok Ok Ok
6 Danificado Ok Ok Ok
7 Ok Ok Ok Ok
8 Danificado Ok Danificado Ok
9 Ok Ok Ok Danificado
10 Ok Ok Ok Ok

13
11 Ok Ok Ok Ok
12 Ok Ok Ok Ok
13 Danificado Ok Ok Ok
Tabela 2: Avaliação visual
Apenas os blocos cerâmicos da cerâmica Stiebe apresentavam defeitos
suficientes para ser reprovado cinco na primeira avaliação e seis na segunda logo o
lote deveria ser descartado. Os demais estão dentro do requerido pela norma.

2.3.4 AVALIAÇÃO GEOMÉTRICA

Segundo a norma NBR 15270:05 a tolerância dimensional das faces em


relação às dimensões ideais deve variar no máximo 5mm, e em relação a sua média
é uma variação de 3mm. Sendo que, um lote que apresente mais que dois blocos
fora dos parâmetros deverá ser reprovado. Sabendo que a dimensão ideal é de
14x11,5x24 e na Stiebe 14x9x24. Na tabela a seguir é possível avalia-los:

Bloco Obra 1 (Stiebe) Obra 3 (Drisner) Obra 2 (Rodante) Obra 4 (Rodante)


H L C H L C H L C H L C
1 14 9,3 24,4 13,9 11,3 24 14 11,5 24, 14 11,5 23,8
4
2 14, 9 24,3 13,8 11,2 24,2 14 11,5 24 13,8 11,3 23,5
1
3 13, 9,5 23,5 13,9 11,2 24 14 11,3 24 14,1 11,7 24,5
9
4 14, 9 24,3 14 11,3 24 14 11,3 24 14 11,7 24
1
5 14 9,3 23,8 14 10,9 24 14, 11,5 24 14 11,5 24
1
6 14, 9,3 23,9 14,3 11,5 24,1 14 11,2 24, 14,2 11,3 24,3
2 5
7 13, 9,2 23,8 13,9 11,3 24,1 14, 11,2 24, 14,1 11,2 24,2
9 2 3
8 13, 9 24,4 13,8 11,5 24,6 13, 11 24, 14,3 11 24

14
9 9 2
9 13, 9,2 24,3 14,2 11,2 23,9 13, 11,3 24, 14,2 11 24
8 9 2
10 14 9,1 23,9 14 11,2 24 13, 11,3 24 14 11,3 24,3
8
11 14, 9 24 14,3 11,3 24,3 14 11,5 24, 13,9 11,2 24,5
1 3
12 13, 9 24 14 11,5 24,2 14, 11,5 24, 14 11,5 24,1
9 2 5
13 13, 9,4 23,9 14,2 11,5 24 14, 11,5 24, 14,2 11,5 24,1
7 3 4
Tabela 3: Dimensionamento das faces em mm, tendo em destaque os dados que
não seguem a norma.
Nenhum dos lotes apresentou defeitos suficientes para a reprovação do
mesmo.

2.3.5 ESPESSURA DOS SEPTOS E DAS PAREDES EXTERNAS

A espessura mínima dos septos deve ser de 6mm e das paredes externas
deve ser no mínimo de 7mm. Sendo que, mais que dois blocos fora dos parâmetros
o lote esta rejeitado.
Os valores obtidos nas amostras podem ser verificados na tabela 4.
Bloc Obra 1 (Stiebe) Obra 3 Obra 2 Obra 4
o (Drisner) (Rodante) (Rodante)
Septo Parede Septo Parede Septo Parede Septo Parede
Externa Externa Externa Externa
1 8 9 9 10 8 9 8 9
2 9 10 8,5 10 8 9 8 9
3 8 9,5 8,5 9 8 10 8 10
4 7,5 10 9 10 7,5 10 8 10
5 7,5 8,5 9 10 7,5 10 8 10
6 8 8,5 9 10 7,5 10 6,8 10
7 8 8,5 8,5 10 8 9 9 10
8 8 9 8 9,5 8 9 9 9
15
9 9 9 8 9 8 9 9 9
10 8 9 8 9 8,5 8,5 8 9
11 9 10 8 9 8,5 9 9 10
12 8,5 9 7,5 8,5 8 9 8,5 10
13 7,5 10 8 9 8 10 8,5 9,5
Tabela 4: Espessura dos septos e parede externa em mm, tendo em destaque os
dados que não seguem a norma
Nenhum dos lotes apresentou características suficientes para sua reprovação
quanto a esse quesito.

2.3.6 DESVIO EM RELAÇÃO AO ESQUADRO E PLANEZA DAS FACES

De acordo com a NBR, desvio em relação ao esquadro devem ser no máximo


3mm e a flecha ou planeza das faces também deve ser no máximo 3mm. Sendo
que, se o lote apresentar mais que dois blocos fora dos parâmetros, este estará
reprovado.
Bloco Obra 1 (Stiebe) Obra 3 (Drisner) Obra 2 (Rodante) Obra 4 (Rodante)
s Desvi Planez Desvi Desvi Desvi
o a o Planeza o Planeza o Planeza
1 0 7 1 1 2 2 0 1
2 2 0 2 0 0 1 0 1
3 1 5 1 0 0 0 0 1
4 5 7 2 1 1 1 0 0
5 1 6 1 0 3 0 1,5 0
6 5 5 1 2 5 1 1 1
7 0 2 1 6 1 0 0 2
8 1 0 0 1 2 0 0 3
9 1 0 0 0 2 0 0 1
10 2 7 3 2 3 0 2 0
11 5 0 2 1 3 1 0 0
12 5 0 2 3 2 0 0 0
13 3 0 1 2 0 1 0 2

16
Tabela 5: Desvio em relação ao esquadro e planeza das faces em mm, tendo em
destaque os dados que não seguem a norma

2.3.7 ÁREA BRUTA

ÁREA BRUTA
BLOC Obra 1 Obra 3 Obra 2 Obra 4
O (Stieb (Drisne (Rodant (Rodant
e) r) e) e)
1 226,92 271,2 280,6 273,7
2 218,7 271,04 276 265,55
3 223,25 268,8 271,2 286,65
4 218,7 271,2 271,2 280,8
5 221,34 261,6 276 276
6 222,27 277,15 274,4 274,59
7 218,96 272,33 272,16 271,04
8 219,6 282,9 266,2 264
9 223,56 267,68 273,46 264
10 217,49 268,8 271,2 274,59
11 216 274,59 279,45 274,4
12 216 278,3 281,75 277,15
13 224,66 276 280,6 277,15
Tabela 6 : Área Bruta em mm²

2.3.8 ENSAIO DE ABSORÇÃO DE ÁGUA

É possível verificar o nível de absorção de água dos blocos cerâmicos a partir


da seguinte equação:
mu−ms
AA ( % )= x 100
ms

Devendo ser inicialmente submersos em água durante 24h depois desse


período deve ser medidas as massas úmidas dos mesmos. Depois serem
submetidos à secagem em uma estufa por aproximadamente 24 h a
aproximadamente 112°C.
Um tijolo cada amostra foi submetido a essa análise, sendo que os resultados
podem ser observados a seguir.

Obra 1 (STIEBE):
17
Massa seca: 2491,5g Massa úmida: 3030g
Obra 2 (Rodante):
Massa seca: 2937,3g Massa úmida: 3611,7g
Obra 3 (Disner):
Massa seca: 3151,5g Massa úmida: 3873,6g
Obra 4 (Rodante):
Massa seca: 2541,0g Massa úmida: 3611,7g

Índices de absorção
AA: 21,62%
AA: 22,96%
AA: 22,91%
AA: 23,15%

Portanto apenas o tijolo da obra 1 (Stiebe), seria aprovado por estar abaixo
dos 23%, máximo permitido por norma. Os demais seriam reprovados nesse
quesito.

2.3.9 ENSAIO DE RESITÊNCIA MECÂNICA

Para esse ensaio são destinados 2 tijolos de cada amostra para a análise e
resistência. Logo os 8 tijolos devem inicialmente serem capeados com uma “massa”
feita a fim de deixar os mesmos planos, essa “massa” deve ser mais resistente que
o tijolo a ser testado. Devem ser todos capeados de um dos lados no primeiro dia,
no dia seguinte serem todos capeados do outro lado. No dia do teste os tijolos
devem ser submersos em água no mínimo 6 horas, para submeter os tijolos a
situações extremas, buscando representar o que poderia acontecer na “pior das
hipóteses”.
O teste de resistência é realizado em uma prensa que os submete a cargas.
Sendo que os tijolos devem apresentar resistências mínimas de 1,5 MPa.
Podendo esses serem analisados a seguir:
Obra 1 (Stiebe):
fc 1 = 1,81MPa fc 2 = 2,45MPa
S =0,4525
18
fck=1,3833MPa
Obra 2 (Rodante:)
fc 1= 2,37 MPa ` fc 2 = 3,12 MPa
S=0,5303
fck=1,8700MPa
Obra 3 (Drisner):
fc 1 = 2,28 MPa fc 2 = 2,26 MPa
S=0,0014
fck=2,2677MPa
Obra 4 (Rodante):
fc 1 = 4,51 MPa fc 2 = 3,47 MPa
S=0,7354
fck=2,7766MPa
Logo, nenhum dos blocos cerâmicos submetidos à análise de resistência
foram reprovados de acordo com esse requisito.
O gráfico de resistência pode ser observado na figura 12

5.00
Tensão x Deformação

4.00

Bloco 1
Bloco 2
3.00
Bloco 3
Bloco 4
Bloco 5
2.00 Bloco 6
Bloco 7
Bloco 8

1.00

0.00
0.00 0.50 1.00 1.50 2.00 2.50 3.00 3.50

Figura 12: Representação gráfica do rompimento dos blocos cerâmicos

19
3 CONCLUSÃO

A partir deste trabalho pode-se concluir que todos os lotes estariam


reprovados, sejam eles pelas características visuais e geométricas, ou pelo índice
de absorção fora do permitido por norma. Com isso percebe-se que nem sempre os
construtores estão trabalhando com os blocos de cerâmica de melhor qualidade.

20
4 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
NBR 15270:05

21

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