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Relatório - Ensaio Cimento Portland

Materiais (Universidade Bandeirante de São Paulo)

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Baixado por Rui Anderson Oliveira (ruiandersoon@gmail.com)
lOMoARcPSD|32580457

Relatório da Prática de
Laboratório 05 - Cimento
Portland

Baixado por Rui Anderson Oliveira (ruiandersoon@gmail.com)


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Resumo

Esse relatório apresenta o estudo de corpos-de-prova de cimento, conforme as normas


técnicas NBR 7215:1996, NBR 11578:1991, NBR MB-3432:1991, NBR
NM 43:2002 e NBR NM 65:2003, da Associação Brasileira de Normas Técnicas. Ele tem
como objetivo relatar as três práticas que foram realizadas durante a aula: a determinação da
resistência a compressão do cimento, a determinação do índice de finura por meio da peneira
75 μm e a determinação da pasta de consistência normal e do tempo de pega dos cimentos
estudados.
Primeiramente, é feita uma breve introdução sobre o material em estudo. Em seguida,
apresentam-se os objetivos das práticas realizadas, como elas foram realizadas, seus
resultados e sua análise. Para finalizar, uma conclusão é feita com base nos resultados, onde o
lote vai ser aceito ou rejeitado conforme as referidas normas.

Palavras-chave: Relatório técnico. Cimento Portland. Compressão. Tempo de Pega. Finura.


NBR 7480. NBR 6892-1. ABNT.

Baixado por Rui Anderson Oliveira (ruiandersoon@gmail.com)


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Sumário

1. INTRODUÇÃO..................................................................................................................4
2. DESENVOLVIMENTO....................................................................................................6
2.1. OBJETIVO..................................................................................................................6
2.2. PRÁTICA 1 – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO DO
CIMENTO....................................................................................................................6
2.2.1. APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO.................................................6
2.2.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.......................................................6
2.2.3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS................................7
2.3. PRÁTICA 2 – DETERMINAÇÃO DO ÍNDICE DE FINURA POR MEIO
DA PENEIRA 75 μm
..............................................................................................8
2.3.1. APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO.................................................8
2.3.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.......................................................8
2.3.3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS................................9
2.4. PRÁTICA 3 – DETERMINAÇÃO DA PASTA DE CONSISTÊNCIA NORMAL
E DO TEMPO DE PEGA..........................................................................................9
2.4.1. APARELHAGEM E INSTRUMENTAÇÃO.................................................9
2.4.2. PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS.......................................................9
2.4.3. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DE RESULTADOS..............................10
3. CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES.....................................................................12
REFERENCIAS.....................................................................................................................13
APÊNDICE.............................................................................................................................14

Baixado por Rui Anderson Oliveira (ruiandersoon@gmail.com)


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1. Introdução

O Cimento Portland é definido como um aglomerante hidráulico. Para ser


considerado um aglomerante, o material precisa apresentar propriedades ligantes. Por isso,
eles são muito utilizados na construção civil para unir materiais como areia, pedras, blocos e
tijolos. Os aglomerantes podem ser de dois tipos: de ação física ou química. Os de ação física
são capazes de endurecer por simples secagem, enquanto que os de ação química endurecem,
como o nome já sugere, por meio de reações químicas. Esses últimos ainda podem ser
divididos em mais duas categorias: aéreos ou hidráulicos. Essa classificação leva em
consideração as condições necessárias para a secagem e a manutenção das propriedades após
a secagem. Os aéreos endurecem por meio de reações de hidratação e de ação química do CO2
e, após ocorrido esse endurecimento, não resistem satisfatoriamente quando submetidos à
ação de água, mas conservam suas propriedades em presença do ar atmosférico. Já os
hidráulicos endurecem apenas pela reação com a água. Logo, não necessitam do CO2 e
endurecem mesmo quando submersos em água. Após endurecido, esse tipo de aglomerante
resiste satisfatoriamente à ação da água. Como dito previamente, esse é o caso do Cimento
Portland.
Após a água, o cimento é o material mais utilizado pelo homem. Esse fato ocorre por
conta do cimento ser a matéria-prima básica para o concreto, e este se desenvolveu
espantosamente nos últimos anos, chegando ao ponto de, em menos de um século, alcançar o
domínio absoluto do mercado mundial. Isso pode ser explicado por vários fatores.
Primeiramente, o concreto se adapta a qualquer tipo de forma e possui uma fácil execução, o
que fornece total liberdade à concepção arquitetônica, estrutural e de método construtivo (fato
que não é verdade para nenhum outro material). Além disso, ele é mais barato que o aço
(previamente utilizado) na maioria dos casos, só perdendo em casos de vãos excessivamente
grandes, casos de estruturas em que os problemas relativos a montagem sejam dimensionantes
ou em casos de estruturas provisórias. Ele também apresenta conservação e manutenção
praticamente nulas, associadas a uma grande durabilidade e resistência a efeitos atmosféricos,
térmicos e a desgastes mecânicos. Por último, o concreto é uma excelente opção para se obter,
de modo direto e sem necessidade de ligações futuras, uma estrutura hiperestática e
monolítica, apresentando, assim, maiores reservas de segurança.
O cimento Portland é formado basicamente de silicatos de cálcio hidratados. Logo,
suas matérias-primas devem conter sílica e cálcio em proporções e formas adequadas. Para se
obter o cálcio, são utilizados materiais de carbonato de cálcio. A pedra calcária, giz, mármore
e conchas do mar são as fontes industriais mais utilizadas por ocorrerem naturalmente na
natureza. Para a obtenção da sílica, usa- se argilas e xistos argilosos. As argilas possuem
também Al2O3 (alumina), podendo também conter álcalis e óxidos de ferro. A presença desses
compostos ajuda na formação de silicatos de cálcio a temperaturas consideravelmente mais
baixas do que quando comparadas a mesma mistura sem a presença deles. Logo, quando as
matérias-primas principais não possuem quantidades suficientes de alumina e óxidos de
ferro, a mistura é corrigida adicionando-os propositalmente por meio da

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adição de bauxita e de minério de ferro. Como resultado, o produto final contém, além
dos silicatos de cálcio, aluminatos e ferroaluminatos de cálcio.
O início da fabricação do cimento Portland se dá com a extração do calcário na
pedreira. Este é britado e recebe a adição da argila e, se necessário, do minério de ferro. Em
seguida, esses três compostos seguem para o moinho de bolas, onde são moídos e misturados,
formando a farinha crua. Esta é estocada em silos, para garantir que sempre haja material para
ser queimado. Essa farinha segue, então, para o pré-aquecimento e, depois, para o forno
rotativo. Aqui ocorre a calcinação, a temperaturas elevadíssimas (aproximadamente 1450 oC)
e a formação do clínquer. Assim que sai do forno o clínquer é submetido a um resfriamento
brusco, o que o deixa extremamente reativo e garante, assim, suas propriedades aglomerantes.
Depois disso, sulfato de cálcio é adicionado a mistura, na forma de gesso ou gipsita, para
controlar as reações de início e fim de pega do cimento. Aqui também ocorre a adição de
adições minerais e a mistura é novamente moída até que o material atinja a finura deseja. Por
fim, temos a estocagem e a expedição do cimento.
O tipo de cimento Portland fabricado é determinado pelas adições minerais que são
introduzidas na fase final de fabricação. A tabela abaixo mostra e detalha cada um desses
tipos:

Tabela 1 – Tipos de Cimento Portland

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2. Desenvolvimento

2.1 Objetivo
O objetivo desse ensaio é verificar se os corpos-de-prova testados estão de acordo com
as normas. Primeiramente a resistência à compressão do cimento será calculada e comparada
com os limites da norma. Depois, determinaremos o índice de finura do cimento testado.
Além disso, também será encontrada a porcentagem de água ideal para se realizar os testes de
tempo de inicio e fim de pega, e seus resultados também serão comparados com os limites da
norma.

2.2 Prática 1 – Determinação da resistência à


compressão do cimento

2.2.1 Aparelhagem e instrumentação


Para a realização dessa prática, segundo a norma, precisa-se de uma balança (foi
utilizada uma balança com precisão de 0,1g), de um misturador mecânico, de quatro moldes
cilíndricos com 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura (na aula foram utilizados 6 moldes),
de um soquete e de uma máquina que seja capaz que aplicar uma força de compressão no
corpo-de-prova em estudo. Para o preparo da argamassa, necessita-se de uma areia
normatizada (nesse ensaio não utilizamos a areia normatizada por conta do seu custo; foi
utilizada uma areia local com a mesma granulometria da normatizada), de água e do cimento
em estudo.

2.2.2 Procedimentos experimentais


Primeiramente, precisamos pesar as quantidades exatas de material que serão
utilizadas no preparo da argamassa. A norma estabelece as seguintes quantidades:

Tabela 2 – Quantidades de materiais normatizados

Depois, preparamos a argamassa que será utilizada no teste. Inicialmente, colocamos


toda a água e o cimento na cuba e misturamos com o misturador mecânico por 30 segundos.
Essa mistura foi realizada as 9 da manha. Após decorrido esse tempo, adicionamos as areias
com o misturador ainda ligado; esse processo deve durar também 30 segundos e deve ser
realizado com cuidado para

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que não haja perda de material. Em seguida, colocamos o misturador na velocidade alta e
misturamos por mais 30 segundos. Assim que esse tempo acabar, desligamos o misturador e
temos 15 segundos para retirar com uma espátula o material que ficou aderido às paredes da
cuba e à espátula e deixamos a mistura em repouso, coberta por um pano úmido para evitar a
perda de água, por mais 1 minuto e 15 segundos. Depois disso, religamos o misturador em
velocidade alta por mais 1 minuto.
Agora, com a argamassa pronta, precisamos montar os moldes. Primeiramente os seis
moldes foram untados com óleo para facilitar a retirada dos mesmos posteriormente. Em
seguida, cada molde é preenchido em quatro camadas, cada uma recebendo 30 golpes
uniformes e distribuídos homogeneamente sobre a superfície. Ao final das quatro camadas a
superfície é uniformizada com a ajuda da espátula. Os moldes são levados para uma câmara
úmida, local onde permanecerão por 24 horas. Depois disso eles são desenformados e
submersos em água saturada de cal por mais 6 dias.
No sétimo dia esses moldes são retirados da água e capeados, para que a força
aplicada seja distribuída uniformemente por toda a superfície. Em seguida, eles são levados à
máquina de ensaio de compressão e cada um é carregado até o seu rompimento.

2.2.3 Apresentação e Análise dos Resultados

- Cimento testado: CP II F 40
Corpo de Prova 1 2 3 4 5 6
Massa (g) 429,0 438,4 442,8 441,6 442,1 440,7
Diâmetro (mm) 50 50 50 50 50 50
Altura (mm) 100 100 100 100 100 100
Volume (mm3) 196349,5 196349,5 196349,5 196349,5 196349,5 196349,5
Densidade (kg/m3) 2184,9 2232,8 2255,2 2249,1 2251,6 2244,5
Carga (N) 56800 60900 75100 68500 65900 71300
Tensão = F/A
28,9 31,0 38,2 34,9 33,6 36,3
(MPa)
Tabela 3 – Apresentação dos resultados do ensaio

Para obtermos valores significativos, precisamos calcular a média dos valores


encontrados para a tensão, e nenhum dos valores encontrados pode diferir mais de 6% da
média. Se algum deles diferir, devemos desprezá-lo e refazer o cálculo. Esse processo pode
ser repetido até ficarmos com 3 corpos-de-prova. Se tivermos que reduzir para dois ou menos
o ensaio foi inconclusivo e deve ser repetido.
Tensão = F/A (MPa) 28,9 31,0 38,2 34,9 33,6 36,3
Média 1 33,8
Desvio Padrão 14,5 8,3 13,1 3,1 0,8 7,4
Tabela 4 – Primeira tentativa do cálculo da média

Tensão = F/A (MPa) 31,0 38,2 34,9 33,6 36,3

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Média 2 34,8
Desvio Padrão 10,9 9,9 0,2 3,6 4,3
Tabela 5 – Segunda tentativa do cálculo da média

Tensão = F/A (MPa) 38,2 34,9 33,6 36,3


Média 3 35,6
Desvio Padrão 7,5 1,9 5,6 2,1
Tabela 6 – Terceira tentativa do cálculo da média

Tensão = F/A (MPa) 34,9 33,6 36,3


Média 3 34,9
Desvio Padrão 0,1 3,9 4,0
Tabela 7 – Cálculo da média

A norma estabelece que, para o CP II F 40, a resistência à compressão aos 7 dias de


idade deve ser maior ou igual a 25 MPa. Logo, o lote foi aceito nesse quesito.
É válido observar que um resultado de média só foi encontrado porque testamos 6
corpos-de-prova, e não 4, como estabelece a norma. Essa grande divergência entre os valores
se dá pelo fato de que cada corpo de prova foi moldado por um aluno diferente, ou seja, com
uma força de compactação diferente. Mesmo assim, todos os valores encontrados foram
acima do que a norma institui.
Podemos perceber também que os blocos mais densos são os que são capazes
de suportar uma maior carga.

2.3 Prática 2 – Determinação do índice de finura por meio


da peneira 75 μm

2.3.1 Aparelhagem e instrumentação


Para a realização dessa prática, segundo a norma, precisa-se de uma balança (foi
utilizada uma balança com precisão de 0,1g), de uma peneira 75 μm
com tampa e fundo e de um pincel para ajudar na remoção do material que ficar retido
embaixo da peneira.

2.3.2 Procedimentos experimentais


Primeiramente, pesamos a peneira e separamos 50 gramas do cimento a ser peneirado.
Em seguida, o material foi colocado na peneira com o fundo acoplado e o conjunto foi agitado
por 5 minutos, tomando cuidado para que não houvesse perda de material durante o processo.
Em seguida, o fundo foi retirado e, com a ajuda do pincel, a parte de baixo da peneira foi
limpa, removendo-se, assim, o material que já passou pela peneira mas ficou aderido ao
fundo. Depois, o fundo foi novamente acoplado e agitou-se novamente o conjunto por mais
10 minutos. Após decorrido esse tempo, a peneira foi limpa e pesou-se o conjunto peneira
+ cimento retido. O

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conjunto foi agitado por mais 1 minuto e o processo de limpeza e pesagem foi refeito. Isso
foi repetido até que a diferença entre uma pesagem e outra não diferisse em mais de 0,05
gramas.

2.3.3 Apresentação e Análise dos Resultados

- Cimento testado: CP II F 40
Massa Inicial de Massa da Massa peneira + cimento retido (g)
Cimento (g) Peneira (g) Pesagem 1 Pesagem 2 Pesagem 3
50 379,86 380,18 380,06 380,02
Tabela 8 – Apresentação dos resultados do ensaio

Nesse ensaio tivemos que realizar a pesagem três vezes, pois a diferença entre a
primeira e a segunda pesagem foi de 0,12 gramas, maior do que os 0,05 gramas exigidos pela
norma. Já a diferença entre a segunda e a terceira pesagem foi de 0,04 gramas, o que está de
acordo com a norma. Com esse valor encontrado, podemos calcular o índice de finura F do
cimento da seguinte forma:
R∗C
F= ∗100 %
M
onde R é o resíduo do cimento na peneira 75 μm , C é o fator de correção da peneira
utilizada e M é a massa inicial do cimento. Logo,

(380,02−379,86)∗1
F= 50 ∗100 %=0,32%
A norma estabelece que o índice de finura do CP II F 40 deve ser menor ou igual a 10%.
Portanto, nesse quesito, o lote está aceito.

2.4 Prática 3 – Determinação da pasta de consistência


normal e do tempo de pega

2.4.1 Aparelhagem e instrumentação


Para a realização dessa prática, segundo a norma, precisa-se de uma balança (foi
utilizada uma balança com precisão de 0,1g), de um misturador mecânico, de moldes com 80
mm de diâmetro na base maior, 70 mm de diâmetro na base menor e 40 mm de altura, de um
cronômetro, de uma espátula e do aparelho de Vicat, com as agulhas apropriadas para se
medir pasta de consistência normal, tempo de início de pega e tempo de fim de pega. Para o
preparo da argamassa, necessita-se de água e do cimento em estudo.

2.4.2 Procedimentos experimentais


Primeiramente, devemos achar qual a porcentagem de água adequada para obtermos a
pasta de consistência normal. Para isso, deve-se testar vários valores até chegarmos no
certo. Inicialmente, o zero da escala do aparelho de Vicat foi ajustado na base do molde. Em
seguida, devemos preparar a pasta. Para isso, foram pesados 500 gramas de cimento e o
primeiro valor de água a ser testado foi

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chutado. A pasta foi preparada da seguinte maneira: adicionou-se a água a cuba, seguida do
cimento e a mistura ficou em repouso por 30 segundos; o misturador foi ligado e permaneceu
em velocidade lenta por 30 segundos; desligou-se o misturador e, com a ajuda de uma
espátula, o material preso na parede da cuba foi raspado (essa operação foi realizada em 15
segundos); e misturador foi novamente ligado e permaneceu em velocidade alta por 1 minuto.
Após o preparo da pasta, o molde foi preenchido e afixado no aparelho de Vicat. Nessa
parte do ensaio, o aparelho de Vicat estava com a agulha usada para a determinação da pasta
de consistência normal. Essa agulha foi levada até o topo do molde e presa a essa posição. Em
seguida, a agulha foi solta e, após 30 segundos, foi presa novamente. Se a leitura no aparelho
for de 6 ± 1 mm, a quantidade de água chutada inicialmente foi certa e esse será o valor
utilizado no ensaio de tempo de pega. Se a leitura for diferente disso, todo o processo deve ser
repetido com um novo valor de massa de água até que se obtenha a leitura desejada.
Quando o valor adequado de água for encontrado, outro molde deve ser feito. Como o
tempo de início de pega é grande, esse molde já havia sido feito previamente ao início da
aula, para que o início de pega ocorresse durante o período de aula. Aqui repetiu-se o mesmo
processo descrito anteriormente, só que agora foi utilizado o aparelho de Vicat com a agulha
usada para a determinação do tempo de início de pega. O processo deve ser repetido a cada 5
minutos, até que a leitura do aparelho de Vicat seja de 4 ± 1 mm. Deve-se tomar o cuidado
para que cada penetração da agulha ocorra há uma distância de 10 mm das penetrações
anteriores e das bordas do molde.
Agora, para o tempo de fim de pega, o molde foi virado, para que a penetração da
agulha ocorra na outra face do mesmo. A agulha do aparelho de Vicat utilizada foi novamente
trocada, sendo agora utilizada a agulha usada para a determinação do tempo de fim de pega.
Todo o processo deve ser repetido, agora a cada 15 minutos, até que a agulha só penetre 0,05
mm no molde (momento em que a parte larga da agulha para de marcar a face do molde).
Nesse ensaio o tempo de fim de pega ocorreu após o fim da aula, então o técnico realizou essa
parte e nos passou posteriormente os valores encontrados.

2.4.3 Apresentação e Análise dos Resultados

- Cimento testado: CP II F 40
Água da pasta (g)
Cimento (g) 1 tentativa 2 tentativa
500 150 165
Leitura do aparelho
30 6
de Vicat (mm)
a/c 0,3 0,33
Tabela 9 – Apresentação dos resultados do ensaio de pasta de consistência normal

O primeiro valor de água testado foi 150 gramas. Com essa quantidade de água, a
leitura do aparelho de Vicat foi de 30 mm, muito acima do valor a ser

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encontrado. Isso indica que precisávamos aumentar a quantidade de água para que a pasta
ficasse mais fluída. O segundo valor testado foi de 165 gramas, e a leitura, dessa vez, foi de 6
mm, que é exatamente o valor que indica que a pasta está com a consistência normal.
Para a parte de tempo de pega, foram testados dois cimentos: o CP II F 40 e o CP II
Z 32 RS. Os valores encontrados foram:
CP II F 40 CP II Z 32 RS
Início da mistura 07:45 06:57
Tempo de início de pega 09:48 09:42
Leitura do aparelho de Vicat 4 mm 3 mm
Tempo do fim de pega 10:20 10:18
Tempo até o início de pega 2h 3 min 2h 45 min
Massa de água 165 g 151 g
Massa de cimento 500 g 500 g
a/c 0,33 0,302
Tabela 10 – Apresentação dos resultados do ensaio de tempo de pega

A norma exige que, para ambos os cimentos, o tempo até o início de pega deve ser
superior a uma hora. Logo, nesse quesito, os dois lotes estão aceitos. Comparando os dois
cimentos, podemos perceber que a pega do primeiro se inicia bem antes que a do segundo.
Isso se dá pelo fato de que o segundo possui uma quantidade maior de adições minerais, e as
reações com essas adições demoram mais para acontecer, o que prorroga o tempo de início de
pega.

3. Conclusões e Recomendações

Na primeira parte do ensaio, moldamos os seis corpos-de-prova segundo a norma e


encontramos a carga de ruptura à compressão de cada um desses moldes. Como cada corpo-
de-prova foi moldado por uma pessoa diferente, os resultados

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obtidos foram bem divergentes entre si. Depois calculamos a tensão de ruptura de cada um e,
mesmo os resultados tendo sido tão diferentes entre si, todos eles estavam acima do exigido
pela norma (25 MPa), como pode ser observado na tabela
3. Depois disso, nós tivemos que calcular a média dos valores e nos certificar de que cada
valor não diferisse mais que 6% da média. Como isso aconteceu, nós tivemos que desprezar o
valor mais distante da média e recalculá-la. Tivemos que repetir esse processo 4 vezes, como
pode ser observado nas tabelas 4, 5, 6 e 7. Por fim, conseguimos três valores que estavam de
acordo com o exigido, e a média encontrada foi de 34,9 MPa, que está acima dos 25 MPa
estabelecidos pela norma. Logo, nesse quesito o lote foi aceito.
Na segunda parte do ensaio, nós calculamos o índice de finura do cimento por
meio da massa retida na peneira 75 μm . Como pode ser observado na tabela 8, tivemos que
peneirar 3 vezes até que a diferença entre as pesagens não fosse maior que 0,05 gramas. O
índice calculado foi de 0,32%, valor que está dentro do limitado pela norma (maior ou igual a
10%). Logo, nesse quesito o lote também foi aceito.
A última parte do ensaio pode ser divida em mais duas partes. Primeiro, nós achamos
a quantidade ideal de água que deve ser adicionada ao cimento CP II F 40 para se obter uma
pasta de consistência normal. O primeiro chute, de 150 gramas, gerou uma leitura no aparelho
de Vicat de 30 mm, muito acima dos 6 mm que deveríamos encontrar. Isso nos mostrou que
deveríamos colocar mais água para que a mistura ficasse mais fluída. No segundo chute
colocamos 165 gramas de água e a leitura foi exatamente os 6 mm esperados.
Na segunda parte nós determinamos o tempo de início e fim de pega de dois cimentos:
o CP II F 40, que é o que vinha sido testados nos outros ensaios, e o CP II Z 32 RS. Os
moldes foram preparados previamente a aula para que o tempo de início de pega ocorresse
durante o período da aula. O processo com a agulha de Vicat foi repetido algumas vezes até
obtermos a leitura desejada. Para o primeiro cimento, o tempo de início de pega ocorreu após
2 horas e 3 minutos do momento em que a água e o cimento foram misturados, e para o
segundo esse tempo foi de 2 horas e 45 minutos. Ambos os valores estão de acordo com a
norma, que exige um tempo mínimo de uma hora entre a mistura dos materiais e o início de
pega.

Referências

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 7215 (1996), Cimento


Portland - Determinação da resistência à compressão.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 11578 (1991), Cimento


Portland composto.

Baixado por Rui Anderson Oliveira (ruiandersoon@gmail.com)


1

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR MB-3432 (1991),


Cimento Portland -Determinação da finura por meio da peneira 75 μm (no 200).

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 43 (2002), Cimento


Portland - Determinação da pasta de consistência normal.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR NM 65 (2003), Cimento


Portland - Determinação do tempo de pega.

MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO CIVIL e Princípios de Ciência e Engenharia de Materiais,


G.C. Isaia (ed) – São Paulo: IBRACON, 2010. (2v).

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