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Sistemas Estruturais
Sistemas Estruturais
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Sumário
1 - Introdução .......................................................................................................... 05
3 - Concreto ........................................................................................................... 16
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1 - Introdução
“O químico britânico Joseph Aspdin foi a primeira pessoa a fabricar cimento em bases
científicas. Ele batizou seu produto de Cimento Portland devido à semelhança com uma
pedra encontrada na ilha de Portland. A patente de sua invenção foi outorgada pelo Rei
Jorge IV em 1824”.
Obras cada vez mais arrojadas e indispensáveis, que propiciam conforto, bem-estar
(barragens, pontes, viadutos, edifícios, estações de tratamento de água, rodovias, portos
e aeroportos) e o contínuo surgimento de novos produtos e aplicações fazem do cimento
um dos produtos mais consumidos da atualidade, conferindo uma dimensão estratégica
à sua produção e comercialização.
Fonte: http://www.cimentoitambe.com.br/
2 - A Fabricação do Cimento
Cimento é fabricado com 75-80% de calcário e 20-25% de argila, ou por outros compo-
nentes que contenham os mesmos elementos químicos. A matéria-prima é extraída das
minas, britada e misturada nas proporções corretas. Essa mistura é colocada em um
moinho de matéria-prima (moinho de cru) e posteriormente cozidas em um forno rotativo
a temperatura de 1450 oC. Essa mistura cozida sofre uma série de reações químicas
complexas deixando o forno com a denominação de clínquer. O processo de queima e a
reação química principal serão tratados mais tarde em outra seção.
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Texto Complementar: Produção Mundial (Fonte SNIC)
Texto Complementar
Maiores produtores
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A participação do Brasil na Produção Mundial 2003 é de apenas 1,73%. Ainda temos
muito a desenvolver neste setor. E a produção brasileira no último ano? Estagnou, dimi-
nuiu ou cresceu? Seja curioso, pesquise!
Processos de Fabricação
Dois métodos ainda são utilizados para a fabricação de cimento: processo seco e o
processo úmido, esse último muito pouco utilizado. Nos dois métodos, os materiais são
extraídos das minas e britados de forma mais ou menos parecida, a diferença, porém,
é grande no processo de moagem, mistura e queima. Dos dois métodos produz-se clín-
quer e o cimento final é idêntico nos dois casos.
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Texto Complementar: Consumo Mundial (Fonte SNIC)
O forno de um processo por via seca é mais curto que um forno por via úmida, porém
suas instalações de moagem e do forno são muito mais complexas. A homogeneização
é mais difícil e as instalações requerem equipamento de despoeiramento muito mais
complexos.
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Texto Complementar: Fabricação de cimento no Brasil
Todas essas etapas não passaram de meras tentativas, que culminaram, em 1924, com
a implantação pela Companhia Brasileira de Cimento Portland de uma fábrica em Pe-
rus, Estado de São Paulo, cuja construção pode ser considerada como o marco da im-
plantação da indústria brasileira de cimento. As primeiras toneladas foram produzidas
e colocadas no mercado em 1926. Até então, o consumo de cimento no país dependia
exclusivamente do produto importado. A produção nacional foi gradativamente elevada
com a implantação de novas fábricas e a participação de produtos importados oscilou
durante as décadas seguintes, até praticamente desaparecer nos dias de hoje.
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Sites sugeridos:
http://www.abcp.org.br/
http://www.cimentoitambe.com.br/?acao=sec&p=sobre/processo)
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Texto Complementar: Consumo Nacional (Fonte: SNIC)
No ano de 2003, o consumo per capita mundial foi cerca de 307 kg/hab.ano, enquanto,
no Brasil, foi consumido cerca de 189 Kg/hab.ano, neste mesmo período.
Participação no Consumo
Por ramo de atividade (%) - Dados preliminares sujeito à revisão (2005)
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Tipos de Cimentos (Fonte: Associação Brasileira de Cimento Portland – ABCP)
O mercado nacional dispõe de oito opções, que atendem com igual desempenho aos
mais variados tipos de obras. O cimento Portland comum (CP I) é referência, por suas
características e propriedades, aos 11 (onze) tipos básicos de cimento Portland disponí-
veis no mercado brasileiro. São eles:
Um tipo de cimento portland sem quaisquer adições além do gesso (utilizado como re-
tardador da pega) é muito adequado para o uso em construções de concreto em geral
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quando não há exposição a sulfatos do solo ou de águas subterrâneas. O Cimento Por-
tland comum é usado em serviços de construção em geral, quando não são exigidas
propriedades especiais do cimento. Também é oferecido ao mercado o Cimento Portland
Comum com Adições CP I-S, com 5% de material pozolânico em massa, recomendado
para construções em geral, com as mesmas características.
O Cimento Portland Composto é modificado. Gera calor numa velocidade menor do que
o gerado pelo Cimento Portland Comum. Seu uso, portanto, é mais indicado em lan-
çamentos maciços de concreto, onde o grande volume da concretagem e a superfície
relativamente pequena reduzem a capacidade de resfriamento da massa. Esse cimento
também apresenta melhor resistência ao ataque dos sulfatos contidos no solo. É reco-
mendado para obras correntes de engenharia civil sob a forma de argamassa, concreto
simples, armado e protendido, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. Veja as
recomendações de cada tipo de CP II:
Esse cimento é recomendado para aplicações gerais. Pode ser usado no prep-
aro de argamassas de assentamento, revestimento, argamassa armada, concreto
simples, armado, protendido, projetado, rolado, magro, concreto-massa, elementos
pré-moldados e artefatos de concreto, pisos e pavimentos de concreto, solo-ci-
mento, dentre outros.
Para obras correntes, sob a forma de argamassa, concreto simples, armado e protendi-
do, elementos pré-moldados e artefatos de cimento. É especialmente indicado em obras
expostas à ação de água corrente e ambientes agressivos. O concreto feito com esse
produto se torna mais impermeável, mais durável, apresentando resistência mecânica à
compressão superior à do concreto feito com Cimento Portland Comum, a idades avan-
çadas. Apresenta características particulares que favorecem sua aplicação em casos de
grande volume de concreto devido ao baixo calor de hidratação.
O CP-RS oferece resistência aos meios agressivos sulfatados, como redes de esgotos
de águas servidas ou industriais, água do mar e em alguns tipos de solos. Pode ser
usado em concreto dosado em central, concreto de alto desempenho, obras de recupe-
ração estrutural e industriais, concretos projetado, armado e protendido, elementos pré-
moldados de concreto, pisos industriais, pavimentos, argamassa armada, argamassas e
concretos submetidos ao ataque de meios agressivos, como estações de tratamento de
água e esgotos, obras em regiões litorâneas, subterrâneas e marítimas. De acordo com
a norma NBR 5737, cinco tipos básicos de cimento - CP I, CP II, CP III, CP IV e CP V-ARI
- podem ser resistentes aos sulfatos, desde que se enquadrem em pelo menos uma das
seguintes condições:
• Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre 25% e 40% de material po-
zolânico, em massa;
O Cimento Portland de Baixo Calor de Hidratação (BC) é designado por siglas e classes
de seu tipo, acrescidas de BC. Por exemplo: CP III-32 (BC) é o Cimento Portland de Alto-
Forno com baixo calor de hidratação, determinado pela sua composição. Esse tipo de
cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em peças de grande
massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica, devido ao
calor desenvolvido durante a hidratação do cimento.
O Cimento Portland Branco se diferencia por coloração, e está classificado em dois sub-
tipos: estrutural e não estrutural. O estrutural é aplicado em concretos brancos para fins
arquitetônicos, com classes de resistência 25, 32 e 40, similares às dos demais tipos de
cimento. Já o não estrutural não tem indicações de classe e é aplicado, por exemplo, em
rejuntamento de azulejos e em aplicações não estruturais. Pode ser utilizado nas mes-
mas aplicações do cimento cinza. A cor branca é obtida a partir de matérias-primas com
baixos teores de óxido de ferro e manganês, em condições especiais durante a fabrica-
ção, tais como resfriamento e moagem do produto e, principalmente, utilizando o caulim
no lugar da argila. O índice de brancura deve ser maior que 78%. Adequado aos projetos
arquitetônicos mais ousados, o cimento branco oferece a possibilidade de escolha de
cores, uma vez que pode ser associado a pigmentos coloridos.
3 - Concreto
Os agregados para concreto e argamassa podem ser definidos como materiais de forma
granular, de origem natural ou artificial, relativamente inertes, classificados em função
das dimensões de suas partículas e que, ao serem misturados com cimento Portland, em
presença de água, adquirem um aspecto compacto.
A importância dos Agregados está no fato de que o seu volume existente no concreto
varia de 70% a 80% do volume total, portanto é inegável a sua importância e influência
nas propriedades e características do mesmo.
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Nosso assunto sobre aglomerantes e agregados não se esgotará nesta disciplina. Nas
próximas matérias, você aprenderá sobre as argamassas.
Essa é, sem dúvida, a menos usual das classificações dos agregados em canteiro, in-
teressando somente àqueles que, por necessidade ou interesse, preocupam-se com os
aspectos ligados à natureza geológica e à composição mineralógica dos agregados.
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As rochas metamórficas são aquelas que sofreram transformações através da ação de
temperatura, pressão, gases e vapor de água, produzindo isoladamente ou conjunta-
mente uma recristalização parcial ou total, formando-se novos minerais e novas texturas
sem ocorrer a fusão da rocha.
Nossa! Diante de tanto estudo sobre os agregados, você está um expert no assunto,
certo? Calma, ainda é necessário adquirir muito conhecimento. Abaixo, seguem algumas
das propriedades do concreto influenciadas pelos agregados:
• trabalhabilidade;
• resistência mecânica;
• módulo de deformação;
• massa específica;
• Características térmicas;
• Variações volumétricas;
• exsudação;
• durabilidade.
Atenção! Caso algum termo utilizado acima não for do seu conhecimento, pesquise! A
pesquisa é a mola mestra da evolução da sociedade.
Areia: A areia utilizada na produção do concreto deve ser de granulometria média. Fique
atento!
1) Areias muito finas absorvem mais água do que o normal. Essa elevação no con-
sumo de água reduz a resistência do concreto e aumenta a probabilidade de
fissuras decorrentes de retração hidráulica.
2) Areias muito grossas têm deficiência de partículas finas (abaixo de 0,3 mm) e
podem resultar em concretos ásperos, com baixa mobilidade, com tendência à
segregação e exsudação excessiva.
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Apesar de a Norma Brasileira especificar um teor de material pulverulento < 5,0% para
os agregados miúdos, temos observado, através de análises laboratoriais, que areias
artificiais com teores acima de 20,0%, principalmente de origem calcária, compensam
essa deficiência de partículas finas nas areias grossas, resultando em concretos plásti-
cos, com boa aderência e trabalhabilidade no estado fresco.
Acreditamos que a fixação do teor em, no máximo, 5,0%, baseou-se nos efeitos nocivos
constatados quando da utilização de areias com alto teor de materiais pulverulentos de
origem argilosa. Em concretos de alto desempenho, a deficiência no teor de finos exis-
tente nas areias grossas é compensada pela quantidade elevada de finos do cimento.
Nesse caso, sem dúvida, devemos dar preferência às areias grossas.
Mas será que tudo isso possui algum embasamento técnico? Claro que sim. Os motivos
para essa definição são vários, a saber:
Em relação ao tipo de rocha, as mais utilizadas são: granito, gneiss, basalto, calcário,
quartzo (cascalho). Não existem restrições ao uso de outras rochas, porém é recomen-
dável executar ensaio de reatividade álcali-agregado quando não se têm experiências
anteriores ou não se conhece a sua composição mineralógica.
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1) Magro: concreto sem função estrutural, normalmente utilizado em pisos, contrapesos,
peças submetidas a pequenos esforços, material de enchimento ou revestimento de fun-
do de valas quando se necessita proteger a ferragem contra a umidade do solo.
É aplicado em todo tipo de estrutura, tais como: fundações, pilares, vigas, lajes, muros
de arrimo, cortinas, caixas d’água, piscinas, etc.
Devido ao elevado teor de argamassa, pode ser utilizado, também, quando se necessita
de concreto aparente.
Na via seca, o concreto sem água, juntamente com o aditivo acelerador de pega, é lan-
çado dentro de equipamento próprio, que funciona com ar comprimido e injetado dentro
de um mangote. Na ponta do mangote, entra em contato com a água, controlada por um
registro pelo operador, que o projeta na superfície a ser concretada, onde reage e endu-
rece em poucos segundos.
7) Aparente: considera-se como aparente todo concreto cuja superfície não recebe ne-
nhum tipo de tratamento ou recobrimento com pasta, argamassa, tinta, cerâmica, etc.
8) Leve: o concreto leve pode ser definido como aquele que tem massa específica va-
riando de 500 kg/m3 a 1.700 kg/m3, elaborado com agregados leves do tipo: escória de
alto-forno, vermiculita, argila expandida, pérolas e flocos de isopor ou incorporação de
ar (espuma).
Geralmente o concreto leve não é empregado com função estrutural e, sim, como mate-
rial de enchimento ou revestimento. Como material de enchimento, reduz a sobrecarga
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das estruturas e, como material de revestimento, apresenta excelentes características
de isolamento térmico. Alguns materiais, como argila expandida e escórias mais pesa-
das, têm sido utilizados em concreto com função estrutural sem maiores problemas.
9) Pesado: concreto elaborado com agregados de massa específica elevada, tipo: bari-
ta, limonita ou minérios de ferro como magnetita e hematita, podendo ser empregadas,
também, esferas de aço. Apresenta, como característica básica, uma massa específica
superior a 3000 kg/m3.
Substitui o revestimento com painéis de chumbo em locais onde se trabalha com apare-
lhos que emitem radiações. Quando utilizado como lastro, é possível obter-se grandes
massas em peças de dimensões reduzidas.
10) Compactado com rolo: concreto utilizado em sub-base de pavimento rígido, base
de pavimento flexível e intertravado, ou como base e revestimento de pavimentos de
tráfego leve. As barragens também estão empregando o concreto compactado com rolo
freqüentemente, assim como estacionamentos, terminais de carga e pisos industriais.
Algumas experiências têm sido feitas em vias de tráfego médio, onde a solicitação me-
cânica e o nível de desgaste superficial são razoáveis. Nesses casos, é necessário di-
mensionar o concreto com consumo de cimento mais elevado, entre 200 kg/m3 e 250
kg/m3.
11) Pavimento Rígido: ao contrário dos demais concretos, onde a resistência à com-
pressão define as suas características básicas, no concreto para pavimento rígido, a
resistência à tração na flexão é fundamental, bem como a resistência ao desgaste super-
ficial e a resistência ao ataque de meios e agentes agressivos, tais como: óleos, graxas,
combustíveis, águas ácidas, etc.
Dosado com consumo de cimento próximo a 400 kg/m3 e baixa plasticidade (abatimen-
to de 40 mm + 10 mm), reduzido teor de argamassa e água, no intuito de minimizar ao
máximo a possibilidade de fissuras decorrentes de retração hidráulica, produzido com
britas nº 1 e nº 2.
12) Alta Resistência Inicial: concreto elaborado com cimento de alta resistência inicial
ou com cimento portland comum e composto, convenientemente dosado, tendo como
objetivo atingir, aos 3 dias de idade, as resistências que normalmente só seriam alcan-
çadas com idade igual ou superior a 7 dias.
Esses prazos, geralmente não obedecidos na maioria de nossas obras prediais, têm
como justificativa a contínua e constante preocupação de nossos projetistas com a soli-
citação precoce das estruturas que provocam deformações excessivas nas peças e, em
alguns casos, a ruptura total podendo, inclusive, ocorrer sinistros lamentáveis.
13) Alto Desempenho ou Alta Resistência: nas duas últimas décadas, temos observa-
do o surgimento de estruturas em concreto cada vez mais audaciosas, considerando-se
não apenas a sua forma, esbeltez, altura e distância entre vãos mas também o nível de
carregamento previsto para a mesma. Para atender a essas novas condições, os calcu-
listas estão ficando cada vez mais ousados e progressivamente o fck das estruturas de
concreto tem evoluído. A ABNT, ciente dessa nova realidade, instituiu, em 1992, a NBR
8953 - “Concreto para fins estruturais - Classificação por grupos de resistência”, dividin-
do o concreto em dois grupos, a saber:
A microsílica consiste de partículas de forma esférica e diâmetro 100 vezes menor que
as partículas de cimento. Por causa desse reduzido tamanho, essas partículas se intro-
duzem entre os grãos de cimento, reduzindo o espaço disponível para a água e atuando
como pontos de nucleação.
Steel Frame? Mas o que é isso? Calma! Iremos aprender agora uma “nova” tecnologia
de construção em aço!
A literatura existente sobre o assunto define dois conceitos básicos quanto à nomencla-
tura:
Frame é um esqueleto estrutural projetado para dar forma e suportar uma edificação,
composto por elementos leves;
Framing é o processo pelo qual se unem e vinculam esses elementos.
Steel Framing no Brasil: o uso da tecnologia em steel frame no Brasil iniciou por volta
do ano de 1997, quando uma construtora pioneira importou as primeiras casas ainda em
wood frame (painéis de madeira). O material tinha sido completamente importado, desde
o parafuso até a louça sanitária.
O histórico do Framing inicia-se por volta de 1810, quando, nos Estados Unidos, co-
meçou a conquista do território, até 1860, quando a migração chegou até a costa do
Oceano Pacífico. Naqueles anos, a população americana se multiplicou por dez e, para
solucionar a demanda por habitações, recorreu-se à utilização dos materiais disponíveis
no local (madeira), utilizando os conceitos de praticidade, velocidade e produtividade
originados na Revolução Industrial. A combinação desses conceitos e materiais gerou o
que hoje se conhece como Ballon Framing (1830).
O conceito básico do Ballon Framing é a utilização de montantes que têm a altura total
da edificação (geralmente dois pavimentos), com as vigas da laje dispostas lateralmente
aos montantes. Essa forma construtiva evoluiu até o que hoje se conhece como Platform
Framing, baseando-se no mesmo conceito construtivo que o Ballon Framing, com a di-
ferença de que os montantes têm a altura de cada pavimento e, portanto, a laje que os
divide é passante entre os montantes (ver Figura 1).
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Figura 1: Esquemas ilustrativos do “Ballon Framing” e do “Platform Framing”.
Substituindo a madeira pelo aço como material principal no Framing, a utilização do Steel
Framing em edifícios comerciais é mais antiga do que em residências. Na verdade, para
utilização em habitação, os primeiros exemplos surgiram somente depois da Segunda
Guerra Mundial. Atualmente, dentro da construção habitacional, o aço se posiciona me-
lhor que a madeira, devido aos movimentos ecológicos, as flutuações do seu preço e
sua qualidade, permitindo que o aço se consolide, de forma crescente, no mercado de
habitações. Para efeitos didáticos, visando facilitar o entendimento do aluno, este mate-
rial fará uso do termo frame para designar tanto o produto quanto o processo em Steel
Frame.
Outro aspecto particular do Steel frame que o diferencia de outros sistemas construtivos
tradicionais é sua composição por elementos ou subsistemas (estruturais, de isolações,
de acabamentos exteriores e interiores, de instalações, etc.) funcionando em conjunto.
Como exemplo, poderíamos compará-lo com o funcionamento do corpo humano, fazen-
do as seguintes associações:
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Pode-se dizer que o conjunto de subsistemas e o modo como os mesmos estão inter-
relacionados é o que torna possível o correto funcionamento da edificação em sua tota-
lidade como um macro-sistema.
Principais Vantagens
O uso do sistema Steel frame como material estrutural para as construções com até qua-
tro pavimentos tem uma série de vantagens, tanto em relação à construção convencional
quanto em relação à construção com madeira. Entre tais vantagens, pode-se citar:
Conforme você poderá observar abaixo, a Figura 2 apresenta um esquema típico e geral
de uma residência em sistema Steel frame, e a Figura 3 apresenta um esquema particu-
larizado para o caso de utilização de concreto em laje.
Perceba que, de acordo com essas figuras, a idéia central do sistema é combinar os pro-
dutos em aço resistente à corrosão com os materiais de construção atualmente dispo-
níveis no mercado nacional, tais como as placas de gesso, a argamassa armada sobre
placa OSB ou placa OSB com barreira de água e vento.
Na estrutura em aço, portante ou não, são utilizados os perfis “U” simples (U) ou
“U”enrijecido (Ue), sendo as ligações executadas por meio de parafusos e porcas, para-
fusos autobrocantes e outros conectores especiais.
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Figura 2: Esquema típico de uma residência em Steel frame (caso geral).
Figura 3: Esquema típico de uma residência em Steel frame, com utilização de concreto em laje.
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Texto Complementar: Métodos de construção
Métodos de Construção
a) Método “Stick”:
• Velocidade de montagem;
• Alto controle de qualidade na produção dos sistemas;
• Minimização do trabalho na obra;
• Aumento da precisão dimensional devido às condições mais propícias de monta-
gem dos sistemas na fábrica;
• As unidades podem ser estocadas lado a lado, ou uma sobre as outras já na forma
da construção final (Foto 2.27). Exemplo muito comum desse tipo de cosntrução
são os módulos de banheiros para obras comerciais ou residenciais de grande
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porte (Foto 2.28).
c) Construção Modular:
Construção tipo”Stick” ou por painéis podem ser montadas na forma “Ballon” ou “Plata-
form”. Na cosntrução “Ballon” a estutura do piso é fixada nas laterais dos montantes e os
painéis são geralmente muito grandes e vão além de um pavimento (Figura 4).
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Na construção “Plataform”, pisos e paredes são construídos seqüencialmente um pavi-
mento a cada vez, e os painéis não são estruturalmente contínuos. As cargas de piso
são descarregadas axialmente aos montantes (Figura 5). Por ser bastante utilizado nas
construções atuais, é o método que será abordado nesse trabalho.
Figura 4 - Esquema de construção tipo Ballon. Figura 5 - esquema de construção tipo Plat-
Fonte: SCI form. Fonte: SCI
Fabricação de Painéis
Sistemas Estruturais
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A execução dos painéis estruturais apresenta as seguintes etapas:
32 Sistemas Estruturais
Na tabela abaixo, propõem-se soluções nos casos de não-conformidade na execução
do serviço.
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Tipos de Tesouras
Confecção de Escada
Esta atividade consiste em fabricar, numa central de produção, as escadas, com o uso
de perfis metálicos.
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Texto Complementar: Controle na Execução
A maior parte dos perfis deverão ser fornecidos cortados, na medida indicada no projeto
de estrutura, pelo próprio fornecedor. Porém há situações em que o corte dos perfis me-
tálicos precisa ser realizado, ou na fabricação dos painéis ou na montagem da estrutura
na própria obra. Nesses casos, a preparação dos perfis metálicos deverá obedecer aos
procedimentos recomendados neste item.
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Texto Complementar: Controle na Execução
Painéis de Parede
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A execução dos painéis estruturais apresenta as seguintes etapas:
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Texto Complementar: Controle na Execução
Essa atividade consiste em estruturar, com perfis metálicos, a laje de piso do andar su-
perior e/ou o forro da edificação.
38 Sistemas Estruturais
Na tabela abaixo, propõem-se soluções nos casos de não-conformidade na execução
do serviço.
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Texto Complementar: Controle na Execução
Montagem da Escada
Fechamento externo
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Texto Complementar: Colocação de Placa para Fechamento externo
Esta etapa consiste da colocação de placa OSB para fechamento externo sobre a estru-
tura da parede.
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Controle na Execução
O revestimento externo, de um modo geral, pode ser constituído por diversos materiais:
argamassa armada, tijolo aparente, siding de PVC ou siding cimentício.
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Texto Complementar: Colocação de isolante termo-acústico
Fechamento Interno
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Colocação de placa de gesso
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Na tabela abaixo, propõem-se soluções nos casos de não-conformidade na execução
do serviço.
Fechamento de Laje
O fechamento da laje úmida é composto de uma chapa metálica tipo telha ondulada,
parafusada às vigas com concreto não-estrutural armado com malha de vergalhão ele-
tro-soldada.
O fechamento da laje seca é composto por placas OSB parafusadas às vigas, que fun-
cionam como substrato para o piso final (cerâmica, carpete, laminados) e travamento da
estrutura metálica. A laje seca é o uso mais comum para o steel frame.
Colocação da Placa OSB para Laje: esta atividade consiste em realizar a base de piso
fixando placas OSB sobre a estrutura metálica da laje com parafusos autobrocantes.
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Na tabela abaixo, propõem-se soluções nos casos de não-conformidade na execução
do serviço.
Telhado
O telhado aplicado em construções de steel frame pode ser composto dos mais variados
materiais disponíveis no mercado. Assim, a cobertura pode ser de telha cerâmica, telha
de fibro-cimento, telha metálica, telha de concreto ou telha asfáltica.
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- Execução de cobertura asfáltica
E lembre-se! Nas aulas práticas desta disciplina, você irá conhecer melhor os métodos
executivos para estruturas em concreto armado e de Steel Frame. Até lá!
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Na tabela abaixo, propõem-se soluções nos casos de não-conformidade na execução
do serviço.
5 - Referências Bibliográficas
FRANÇA, ESDRAS P.; Tecnologia Básica do Concreto. Belo Horizonte: Centro Fede-
ral de Educação Tecnológica de Minas Gerais, 2002.
Freitas, Arlene Maria Sarmanho. Steel Framing: Arquitetura. Rio de Janeiro: IBS/
CBCA,2006. 121p.(Série Manual de Construção em Aço)
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