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Nível Básico

Sistemas de Vedação

Sistemas de Vedação
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Sumário

1 - Introdução .......................................................................................................... 05

2 - Sistemas de Vedações ...................................................................................... 06

3 - Integração Bloco - Argamassa ........................................................................... 19

4 - Instalações Elétricas e Hidráulicas Embutidas .................................................. 20

5 - Processo de Execução de Alvenaria de Vedação ............................................. 20

6 - Vedações em Gesso Acartonado (drywall) ........................................................ 27

7 - Divisórias ........................................................................................................... 32

8 - Referências Bibliográficas ................................................................................. 34

Sistemas de Vedação
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1 - Introdução

Seja bem-vindo à disciplina de Sistemas de vedações.


Nesta disciplina, iremos ver algumas alvenarias de vedação com blocos cerâmicos e de
concretos, blocos de vidro, vedações de elementos vazadas e gesso acartonado. No
entanto, no edifício Vale dos coqueiros, iremos utilizar somente a alvenaria de vedação
de bloco cerâmico de oito furos. Mas, antes de iniciarmos, vamos recapitular o histórico
dos comportamentos das estruturas, alvenarias e argamassas.

Texto Complementar: Histórico dos comportamentos das estruturas

As alvenarias e os revestimentos argamassados são tecnologias construtivas cujo uso,


na sua essência, remonta desde a Idade Média. Inicialmente, as alvenarias eram utiliza-
das simultaneamente como vedações e como estrutura, sendo constituídas de pedras
e, na sua grande maioria, por tijolos de origem cerâmica assentados. A cerâmica era
revestida com argamassa proveniente da mistura de cal e areia. Desde a invenção do
cimento Portland, as argamassas sofreram uma evolução. Com a adição desse produto,
conseguiram ter sua resistência aumentada e a aderência às bases onde eram aplica-
das muito melhoradas, já nas primeiras idades. Com a invenção do concreto armado, o
sistema de construção mudou profundamente, e as alvenarias deixaram de exercer sua
função estrutural, sendo utilizadas somente como elementos de vedação.

Os problemas de fissuração e destacamento das argamassas tiveram início nessa mes-


ma época, embora sem muitas considerações na ocasião. Quando as alvenarias eram
estruturais, as tensões eram uniformemente distribuídas em todo o conjunto alvenaria/
revestimento, preponderantemente na direção vertical da edificação, provocadas pelo
peso próprio do edifício e suas cargas de utilização. Os pisos de madeira ou aço de
cada pavimento distribuíam, com certa uniformidade, as cargas nas paredes, as quais
distribuíam, também de forma uniforme, seu próprio peso e as cargas das lajes sobre
sapatas corridas. Dessa maneira, as eventuais concentrações de tensões ocorriam em
áreas muito reduzidas e eram de intensidade muito pequena.

Os movimentos higrotérmicos eram facilmente dissipados nas grandes espessuras de


argamassas usadas até então.

O uso de estruturas reticuladas de concreto armado, tal como conhecemos hoje, intro-
duziu novos problemas e suas respectivas conseqüências. Primeiro, as cargas, que no
início eram uniformemente distribuídas nas paredes, eram agora transferidas para vigas.
Estas, por sua vez, conduziam-nas aos pilares, ou seja, as cargas eram desviadas ho-
rizontalmente por peças fletidas (vigas) para locais onde eram concentradas, os quais
passavam a ser chamados de pilares. As vigas transferem essas cargas provocando
deslocamentos verticais, que chamamos de flechas. As paredes, que, quando usadas
como estruturas, eram uniformemente comprimidas, passam agora a sofrer outros tipos

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de tensões provocadas pelas vigas. As tensões de compressão deixaram de ser pre-
ponderantes, sendo que as de tração e cisalhamento passaram a predominar. Como as
alvenarias têm grande capacidade de resistência à compressão e pouca capacidade à
tração e ao cisalhamento, instalou-se potencial para patologias.

Até 20 anos atrás, as estruturas de concreto possuíam vãos relativamente pequenos (de
3,5 m a 5 m) com muitos pilares, com edifícios raramente ultrapassando 16 pavimentos
e construídos num prazo relativamente longo (24 a 30 meses). Essas condições faziam
com que as tensões de tração e cisalhamento, embora maiores do que na alvenaria es-
trutural, não fossem grandes. Assim não provocavam patologias significativas.

Nos últimos 10 anos, a exigência por mais vagas de garagem cresceu muito, bem como
a necessidade de aumento da produtividade para se reduzirem custos de produção.

Além disso, o solo urbano teve seu preço demasiadamente majorado, fazendo com que
os edifícios, que antes possuíam 16 pavimentos, agora fossem construídos com 30 pa-
vimentos ou mais. Tudo isso somado tornou as estruturas de concreto armado bem
mais solicitadas do que na sua origem, aumentando significativamente as deformações
impostas à alvenaria. A conseqüência foi inevitável, com um aumento muito grande nas
patologias nesses últimos anos.

Para agravar a situação, a fim de se conseguirem estruturas altas e com grandes vãos,
foi necessário o aumento da resistência à compressão do concreto, dos valores comu-
mente usados no passado, da ordem de 15 Mpa a 18 Mpa para os atuais 30 Mpa a 35
Mpa. Sabemos que, quanto mais resistente é o concreto, menor é a sua porosidade, o
que dificulta ainda mais a aderência dos revestimentos e das argamassas de fixação da
alvenaria, piorando a situação.

2 - Sistemas de Vedações

Agora que você já recordou a história das alvenarias, vamos falar um pouco dos siste-
mas de vedações. Nesses dois módulos subseqüentes, que são alvenarias de vedação
e sistemas de revestimentos, vamos abordar as possíveis soluções para sanar essas
patologias.

Sistemas de Vedações têm a função de dividir e definir os ambientes internos, compor-


tar e proteger as instalações da edificação e criar condições de conforto, privacidade e
segurança.
Veremos agora alguns sistemas de vedação.

Alvenarias de Vedação

Alvenarias de vedação são paredes que não têm função de comportar outras cargas
verticais além do seu próprio peso e pequenas cargas de ocupação.

São vários os tipos de blocos, sendo eles confeccionados com diversos materiais. Ire-
mos citar os mais conhecidos:

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• cerâmico;
• concreto;
• concreto celular autoclavado;
• solo-cimento;
• gesso;
• sílico - calcários.

Veja abaixo as várias formas de intertravamentos dos blocos e ligações entre alvena-
rias:

Figura 03 - Alvenaria singela com blocos


Figura 01 - Alvenaria singela com blocos cerâmicos 08 furos.
cerâmicos 06 furos.

Figura 04 - Alvenaria dobrada com


blocos cerâmicos 06 furos.

Figura 02 - Alvenaria dobrada com


blocos cerâmicos 06 furos.

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Figura 05 - Alvenaria com tijolos Figura 06 - Alvenaria singela com
cerâmicos maciços e facão. tijolos cerâmicos maciços.

Figura 07 - Alvenaria dobrada Figura 08 - Alvenaria com tijolos ce-


com tijolos cerâmicos maciços. râmicos maciços em fogueira.

Figura 10 - Amarração com gram-


pos - 1ª fiada.

Figura 09 - Alvenaria singela de


bloco argamassa de cimento sem
função estrutural.

Figura 11 - Amarração com gram-


pos - 2ª fiada.

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Figura 13 - Amarração com Tela.

Figura 12 - Amarração com grampos.

Figura 15 - Amarração de Painéis


com Armadura - 2ª Fiada.

Figura 14 - Amarração de Painéis


com Armadura - 1ª Fiada.

Figura 17 - Amarração de Painéis


com Blocos - 1ª Fiada.

Figura 16 - Amarração de Painéis


com Armadura

Figura 18 - Amarração de Painéis


com Blocos - 2ª Fiada.
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Figura 19 - Amarração de Painéis
com Blocos - Figura 01. Figura 20 - Amarração de Painéis
com Blocos - Figura 02.

Figura 21 - Fixação com Ancora-


gem.

Figura 22 - Blocos de Vidro com


lance de Vergalhão.

Figura 23 - Detalhe de bloco de Vi-


dro 01.
Figura 24 - Detalhe de Bloco de
Vidro 02.

Figura 26 - Alvenaria
de bloco cerâmico 06
furos em sumidouros.

Figura 25 - Detalhe de Bloco de Vi-


dro 03.

10 Sistemas de Vedação
Terminologia das alvenarias

Agora vamos falar um pouco de terminologia das alvenarias. Nas terminologias aqui
apresentadas, podem ocorrer algumas divergências em função da região em que você
se encontra. Sendo assim, utilizaremos duas opções. Veja abaixo:

Alvenaria a Facão - Cutelo


Sistema de assentamento dos blocos ou tijolos de manei-
ra que a espessura da parede coincida com sua menor
dimensão. Em um tijolo de dimensões de 4,0cm x 9,0 cm
x 17,0 cm, a espessura da parede seria de 4,0 cm (Vide
figura 05).

Alvenaria Singela ou ½ vez


Sistema de assentamento em que a espessura da pare-
de coincide com a dimensão intermediária do bloco ou
tijolo. No exemplo anterior, a espessura seria de 9,0 cm
(Vide figura 04).

No caso de alvenaria com blocos cerâmicos 06 e 08 furos, que não podem ser assenta-
dos com os furos voltados para fora, consideram-se como assentamento “singelo” aque-
le que confere à parede a espessura de 9,0 cm (Vide figura 01 e 03).

Alvenaria Dobrada ou 1 vez


Sistema de assentamento em que a espessura da parede coin-
cide com a maior dimensão do bloco ou tijolo. No exemplo ante-
rior, a espessura seria de 17,0 cm (Vide figura 09).

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No caso de alvenaria com blocos cerâmicos 06 e 08 furos, que não podem ser assen-
tados com os furos voltados para fora, consideram-se como assentamento “dobrado”
aquele que confere à parede a espessura de 13,0 e 19 cm respectivamente (Vide figura 02
e 04).

Alvenaria em Fogueira
Sistema de assentamento em que os tijolos são dispos-
tos em termos, de forma que a espessura da parede seja
a soma de um comprimento mais uma largura do tijolo
utilizado. No mesmo exemplo, a espessura seria de 17,0
cm + 9,0 cm + 0,1 cm de junta = 27,0 cm (Vide figura 08).

Alvenaria Aparente
Alvenaria que, depois de concluída, não recebe qualquer tipo de revestimento, apresen-
tando como acabamento a superfície dos tijolos ou blocos. Nesse caso, as juntas devem
ser rebaixadas, apresentando uma espessura constante, para efeito estético.

Escantilhão ou pontalete graduado


Régua de madeira ou metal bem alinhado, com comprimento igual ao “pé-direito” (dis-
tância do piso ao teto) do pavimento, graduada com distâncias iguais à altura nominal do
bloco ou tijolo a ser empregado, acrescido da espessura da junta, que serve de galgas
para o assentamento.

Juntas Amarradas ou falseadas


Sistema de execução das alvenarias em que as jun-
tas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas consecu-
tivas são dispostas de uma maneira desencontrada.

Juntas a Prumo ou alinhadas


Sistema de execução das alvenarias em que as jun-
tas verticais entre blocos ou tijolos de fiadas conse-
cutivas são dispostas de uma maneira coincidente e
contínua.

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Muito bem! Agora falaremos um pouco das principais amarrações encontradas. Você
sabe o que é amarração de alvenaria? Certamente elas já são bem conhecidas por você,
mas vamos relembrar algumas antes de passar para frente.

Amarração das Alvenarias


A amarração das paredes de alvenaria deverá ser feita em todas as fiadas, de forma a
se obter um perfeito “trespasse”. Veja abaixo alguns exemplos.

Assentamento a meio tijolo

Ligações em ângulo reto em cruz

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Ligações em ângulo reto em T

Ligações em ângulo reto de pare-


de a meio e a um tijolo

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Ligações em ângulo reto em T

Ligações em ângulo reto de um tijolo

Vergas e contra-vergas

Agora é hora de vermos como dimensionar as vergas e contra-vergas para evitar o cisa-
lhamento nas alvenarias. É fácil! Basta verificar a tabela a seguir.

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Verga
Viga de concreto armado colocada sobre as aberturas nas alvenarias, tais como vãos
de portas e janelas, com a função de sustentar os elementos construtivos sobre elas,
evitar o surgimento de trincas na alvenaria e impedir a transmissão de esforços para as
esquadrias, quando existirem.

Contra-verga ou Verga Inferior


Viga de concreto armado colocado sob as aberturas de janelas, com a função de evitar
o surgimento de trincas na alvenaria.

Você sabe como trabalha uma verga e contra-verga?

A presença de vãos nas alvenarias exige a construção de vergas e contra-vergas de


modo a distribuir da melhor forma os esforços concentrados na região dos vãos. As ver-
gas são pequenas vigas de concreto, que sustentam as cargas sobre elas depositadas
(cargas localizadas sobre o vão) e redistribuem essas cargas nas regiões laterais dos
vãos.

As contra-vergas são peças similares às vergas e


simétricas a elas em relação aos vãos. As cargas
concentradas pelas vergas nas regiões adjacentes
aos vãos de caixilhos são novamente redistribuídas
pelas contra-vergas nas regiões abaixo das mes-
mas.

As vergas e contra-vergas podem ser moldadas in loco, pré-moldadas ou canaletas,


sendo que a segunda situação é a mais comumente utilizada.

Ficou tudo claro em relação à verga e contra-verga? Então vamos caminhar um pouco
mais. Como em todo sistema construtivo existem algumas particularidades, cujo estudo
é necessário, então vamos a elas.

Texto Complementar: Dimensionamento de vergas e contra-vergas

O dimensionamento das vergas e contra-vergas deverá ser tal que atenda aos valores
indicados na tabela abaixo:

Tabela 1 – Dimensionamento de Vergas e Contra-Vergas


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Obervação:
* Situações que necessitam de dimensionamento específico (Cálculo como vigas).
** Sob alvenaria ou sob vigas. Vãos superiores a 3m exigem análise específica.
*** Dimensões do apoio válidas para paredes sobre vigas. Vãos menores de 60 cm não
necessitam de contra-verga. Contra-vergas em paredes e vãos de dimensões superiores
aos limites devem ter análise específica.
****Distância entre os apoios da viga que suporta a parede.

Existindo padronização nos projetos de estrutura e de arquitetura, poderá haver padroni-


zação desses elementos, a exemplos de:

• vergas para portas internas;


• vergas para portas de varanda;
• vergas para portas de elevadores;
• vergas para portas contra fogo;
• vergas para portas de janelas;
• contra-vergas para janelas e aparelhos de ar-condicionado.

Fixação das paredes aos componentes estruturais

O detalhamento das ligações dos painéis de alvenaria à estrutura depende das caracte-
rísticas de deformabilidade da estrutura e do grau de vinculação entre paredes e estrutu-
ra, previsto no projeto estrutural. São registradas três possibilidades:

Estrutura rígida: nesse tipo de estrutura, a alvenaria funciona como travamento da es-
trutura, devendo trabalhar rigidamente ligada a ela. Deve apresentar desempenho mecâ-
nico superior às alvenarias de vedação somente. O encunhamento ou “aperto” é execu-
tado com o auxílio de cunhas pré-fabricadas de concreto ou tijolos cerâmicos inclinados,
preenchendo um espaçamento mínimo de 15 cm entre o topo da alvenaria e as vigas ou
lajes. A solidarização lateral dos painéis pode ser efetuada através de ferro-cabelo ou
tela metálicas galvanizadas fixadas nos pilares.

Estrutura altamente deformável: a alvenaria não funciona como travamento e está


envolta por estrutura altamente deformável (pórticos de grandes vãos, lajes do tipo co-
gumelo, etc). As juntas entre os componentes estruturais e da alvenaria sofrem intensas
solicitações, devendo ser executadas com materiais bastante deformáveis, capazes de
absorver as movimentações da estrutura sem transmiti-las às paredes. Para paredes
revestidas, recomenda-se o uso de telas sintéticas em toda a extensão da junta ou junta
de movimentação para impedir o surgimento de fissuras.

Estrutura é a pouco deformável: a alvenaria não funciona como travamento e, como o


próprio nome diz, a estrutura é pouco deformável. Inclui a grande maioria dos edifícios
convencionais. As ligações devem ser executadas: as laterais confeccionadas durante
a elevação das paredes, com a própria argamassa de assentamento, deixando-se folga
superior – 3 a 4 cm – para fixações horizontais superiores. A principal recomendação é
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evitar o encunhamento precoce e rígido das paredes. Deve-se iniciar a fixação superior
das paredes com argamassa de mesmo traço da de emboço interno (contendo aditivo),
depois de executadas 50% das alvenarias, quando grande parcela das deformações (da
alvenaria e da estrutura) tenha já ocorrido. Esta deverá se dar em lotes de, no mínimo,
três pavimentos, a partir dos pavimentos superiores para baixo e tendo sido concluído
outro grupo de, pelo menos, três pavimentos acima deste.

Ligações de juntas verticais e horizontais

Vamos aproveitar que você se interessou pelo assunto, para falarmos sobre as Ligações
de juntas verticais e horizontais à estrutura de concreto armado:

Nas juntas horizontais inferiores, o concreto deverá ser apicoado e ter sua superfície
umedecida, quando do assentamento, para permitir a perfeita aderência da argamassa.
Já nas juntas horizontais superiores, a última fiada deverá ter um espaçamento cons-
tante entre viga ou laje, com as dimensões compatíveis ao tipo de fixação horizontal
(encunhamento).

Para conhecer as ligações de juntas verticais, juntas de movimentação e amarração en-


tre fiadas de alvenaria, consulte os links disponíveis na coluna Texto Complementar.

Texto Complementar: Juntas verticais

As juntas verticais deverão ser chapiscadas com argamassa industrializada própria


para chapisco com desempenadeira dentada, formando sulcos de 6 mm, ou chapisco ro-
lado utilizando-se rolo para textura acrílica, aplicado na superfície do concreto que ficará
em contato com a alvenaria.

Deverão ser fixadas aos pilares barras de aço CA 50, com diâmetro de 5 mm dobrada em
forma de “U”, ou com tela metálica galvanizada de malha quadrada (15 x 15) mm e diâ-
metro do fio de 1,5mm. No caso de ferro dobrado em “U”, deve-se furar previamente os
pilares com furadeira elétrica e broca de 6 mm, e executar o chumbamento com adesivo
à base de epóx. Utilizando-se telas metálicas, a fixação deve ser feita com pinos de aço
pôr meio de sistema de fixação à pólvora.

Texto Complementar: Juntas de movimentação

Juntas de movimentação

Movimentos diferenciais na alvenaria devem ser esperados e seus efeitos controlados:


tanto os decorrentes de ações externas – movimentações da estrutura, principalmente –
quanto os de esforços internos à própria parede – provocados pela variação dimensional
dos blocos e/ou juntas de assentamento. Os defeitos refletem-se com o aparecimento
de fissuras ou trincas, especialmente em panos muito extensos ou paredes rigidamente
fixadas à estrutura.

O comprimento máximo recomendado para panos contínuos de alvenaria varia em fun-


ção das características de seus componentes, de suas condições de contorno e das
influências climáticas, devendo ser limitado através da inserção de juntas de controle,
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cuja função será permitir os movimentos relativos entre as partes por elas determinadas,
absorvendo seus efeitos.

Veja abaixo os limites recomendados para o comprimento de panos contínuos de alve-


naria de blocos cerâmicos, sem encunhamento rígido:

Para alvenarias que funcionam como travamento da estrutura ou envolvidas por estru-
turas muito deformáveis, ou ainda, constituídas por componentes muito suscetíveis às
variações ambientais, esses valores devem ser redimensionados.

Texto Complementar: Juntas verticais não preenchidas

Nas juntas verticais não preenchidas, o não preenchimento das juntas verticais na
alvenaria de vedação em blocos cerâmicos tem basicamente um objetivo: o de absorver
as deformações a que a alvenaria estará sujeita, principalmente aquelas com origem nas
deformações da estrutura reticulada de concreto armado, de modo a evitar fissuras na
própria alvenaria.

Não preenchendo as juntas verticais, possibilita-se que haja uma dissipação, nessas
juntas, das tensões induzidas pelas deformações intrínsecas da alvenaria (retração e
expansão higrotérmicas, deformação lenta, etc) e extrínsecas a ela (deformações da
estrutura reticulada). Desse modo, as juntas abertas (não preenchidas) funcionam como
efetivas “juntas de trabalho”, disseminadas por todo pano da alvenaria de vedação. Em
outras palavras, com essa técnica, pretende-se que todas as deformações da alvenaria e
da estrutura sejam dissipadas em incontáveis juntas de trabalho espalhadas pelos panos
de alvenaria.

Texto Complementar: Amarração entre fiadas de alvenaria

A amarração entre fiadas de alvenaria deverá, preferencialmente, adotar a amarração


denominada a “meio-tijolo” ou a “meio-bloco”. As juntas verticais de assentamento estão
posicionadas a meia dimensão dos blocos das fiadas adjacentes. Para obtenção dessa
disposição, devem-se utilizar os “blocos de compensação” no comprimento do pano,
permitindo a propagação das juntas a meio-bloco. Essa disposição apresenta melhor
desempenho mecânico, se comparado às outras formas de amarrações.

3 - Interação Bloco - Argamassa

Certamente você já sabe que, para termos um sistema de alvenaria de vedação eficien-
te, dependemos de vários fatores, dentre esses a interação bloco-argamassa, não é
mesmo? Vamos ver um pouco sobre esse assunto.
Sistemas de Vedação
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A interação bloco-argamassa, ou seja, a ação mútua entre os blocos e as juntas de arga-
massa, é a responsável pela obtenção de um produto considerado “homogêneo”, coeso
e monolítico.

A aderência bloco-argamassa é praticamente só mecânica, por ação de penetração da


argamassa na superfície porosa e irregular do bloco. Ao utilizar bloco cerâmico, estes
deverão ser previamente molhados, devendo estar úmidos quando do assentamento.
Essa recomendação visa evitar que o bloco “pegue” toda a água de que a argamassa ne-
cessita para a cristalização do cimento, que é determinante para sua resistência final.

Texto Complementar: Fatores de influência no bloco-argamassa

Os principais fatores que influem na aderência bloco-argamassa são:

a) qualidade das argamassas: capacidade de retenção de água;


b) qualidade dos blocos: velocidade de absorção (sucção inicial): condições da su-
perfície (partículas soltas, textura, etc);
c) qualidade de mão-de-obra: tecnologia de assentamento e preenchimento com-
pleto da junta, intervalo de tempo entre o espalhamento, intervalo de tempo entre
a mistura e o uso da argamassa, etc;
d) condições de cura.

4 - Instalações Elétricas e Hidráulicas Embutidas

Agora vamos falar sobre as Instalações elétricas e hidráulicas embutidas, apesar de não
ser o objetivo do curso, pois hidráulica você verá em outra disciplina.

Os cortes na alvenaria para a colocação de tubos, eletrodutos, caixas e elementos de


fixação em geral deverão ser executados com a utilização de disco de corte, para evitar
danos e impactos que possam danificá-la;

Após a colocação da tubulação, serão realizados testes na rede hidráulica e passagem


de sondas nos eletrodutos. Serão preenchidos todos os buracos e aberturas com arga-
massa de assentamento, pressionada firmemente de modo a ocupar todos os vazios.

5 - Processo de Execução de Alvenaria de Vedação

Vamos ao Processo de Execução


de alvenaria de vedação em estrutu-
ra de concreto armado.

Figura 45 – Alvenaria de vedação com


blocos de concreto, com fixação vertical
utilizando telas metálicas galvanizada.

20 Sistemas de Vedação
Certamente nas aulas prática desta disciplina, iremos discutir os métodos executivos
aqui apresentados, sabendo que esses métodos não são “fechados” podendo ser cons-
tantemente aprimorados. Conto com sua colaboração.

Texto Complementar: Realização dos serviços preliminares

Antes de iniciar os serviços de alvenaria, você deverá atentar-se à realização dos Servi-
ços preliminares, que nada mais são que:

• analisar os projetos;
• prever a colocação dos EPCs em periferias de poços de elevadores, vão de esca-
das, peitoris (Conforme condições da NR 18);
• providenciar a limpeza do andar removendo materiais soltos sobre a laje e retirar
desmoldantes das estruturas, caso tenha;
• verificar a conclusão dos elementos estruturais de referência (pilares e vigas);
• certificar se vergas e contra-vergas de concreto estão fabricadas e curadas;
• executar o chapisco sobre a estrutura de concreto, que ficará em contato com a
alvenaria;
• observar a transferência dos eixos principais do edifício, para o pavimento de tra-
balho;
• prever as ligações verticais (alvenaria /pilar) e o tipo de encunhamento;
• verificar se as marcações estão concluídas: esquadro, alinhamento, nivelamento;
• assegurar que os blocos, argamassas e equipamentos estejam distribuídos nos
andares.

Texto Complementar: Marcação da alvenaria

Para realizar a Marcação da alvenaria, vamos proceder da seguinte forma:

• mapear a laje com nível alemão ou aparelho de nível a laser, identificando o ponto
mais alto, que será tomado como nível de referência para definir a cota da primeira
fiada;
• varrer cuidadosamente o alinhamento da 1ª fiada de marcação e borrifar água
utilizando uma broxa, e apecoar;
• corrigir eventuais falhas no nivelamento da laje com enchimento na primeira fia-
da;
• definir a posição das paredes a partir dos eixos principais, garantindo o nivela-
mento da primeira fiada, o esquadro entre as paredes e as dimensões do ambi-
ente;
• distribuir os blocos da fiada de marcação, sem argamassa de assentamento,
definindo o tamanho dos blocos a serem cortados, “blocos de compensação”,
e cortá-los previamente utilizando serra elétrica manual no próprio andar, ou de
bancada em uma central localizada no térreo;
• atentar-se ao fato de que os vãos para a colocação de portas deverão possuir
folga compatível com o processo de colocação de batentes.
Sistemas de Vedação
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Texto Complementar: Execução da alvenaria

Após todos os cuidados citados anteriormente, vamos à execução da alvenaria, obser-


vando os seguintes procedimentos:

• galgar as fiadas da elevação nos escantilhões e marcar as posições indicadas


para fixação das telas metálicas;
• abastecer o pavimento e os locais do andar onde serão executadas as alvenarias
com a quantidade e tipos de blocos necessários à execução do serviço;
• ao utilizar blocos cerâmicos, estes deverão ser previamente molhados, devendo
estar úmidos quando do assentamento;
• a argamassa de assentamento usada para elevação da alvenaria pode ser in-
dustrializada ou convencional. Utilizando-se argamassa industrializada, sua pre-
paração deve ser feita com uma Argamassadeira de eixo horizontal localizada
no próprio andar. Em geral, uma argamassadeira é suficiente para atender a três
andares simultaneamente;
• em se tratando de argamassa convencional fabricada na obra, definido o traço,
essa argamassa deve ser preparada em uma central de produção localizada no
térreo;
• recomenda-se que a argamassa seja aplicada com uma “bisnaga tipo confeiteiro”,
formando cordões de cerca de 15 mm de diâmetro, dos dois lados do bloco, em
suas laterais. Deve-se atentar ao traço da argamassa utilizada, a fim de evitar
problema de produtividade e trabalhabilidade com a bisnaga. Uma outra forma
eficiente de obter os cordões de argamassa é a aplicação com palheta (desem-
penadeira estreita de madeira, em média de 40 x 7 cm);
• assentar os blocos de cada extremidade aplicando argamassa na face dos blocos
e dos pilares. É fundamental pressionar firmemente o bloco contra o pilar chapis-
cado, obedecendo às galgas do escantilhão;
• com os escantilhões prumados e as galgas niveladas uma com a outra, a linha de
nylon deve estar fixada e esticada entre elas;
• assentar os blocos intermediários usando a linha de nylon como referência de
alinhamento e nível;
• ao atingir uma altura que dificulte a continuação do serviço, deve-se posicionar
cavaletes metálicos com suporte metálicos ou madeira, possibilitando a continu-
ação dos trabalhos durante a elevação;
• durante a elevação, deve-se atentar à correta espessura das juntas horizontais,
que deve ser em média 10 mm. A amarração das paredes deve feita preferencial-
mente por meio de intertravamento;
• nas aberturas de janelas, deve-se garantir o alinhamento dos vãos observando
a modulação da alvenaria. Também é preciso utilizar o fio de prumo da fachada
quando este já estiver instalado;
• as vergas e contra-vergas devem ser assentadas obedecendo ao trespasse e
medidas dos vãos.

22 Sistemas de Vedação
Texto Complementar: Fixação da alvenaria

E, para finalizar a alvenaria, vamos fixá-la, obedecendo aos seguintes cuidados:

• recomenda-se que alvenaria horizontal superior seja fixada com bisnaga, empre-
gando-se argamassa com o mesmo traço utilizado na fase de elevação ou com
aditivo;
• a espessura do vão para fixação deve ser de 3 a 4 cm. A execução da fixação
deve ser retardada ao máximo, iniciando-se o serviço pela alvenaria dos pavimen-
tos superiores em direção aos inferiores. A condição ideal é que a estrutura e a
fase de elevação estejam completamente concluídas;
• em paredes internas, deve-se garantir o total preenchimento da largura do blo-
co (não se aplica a blocos com furos verticais). Em paredes externas, devem-se
preencher dois terços da largura do bloco pelo lado interno da parede, e o espaço
restante pelo lado externo durante o chapiscamento da fachada.

Edifício Vale dos Coqueiros - Maquete 3D - Alvenaria

Alvenaria com Blocos de Vidro

Iniciaremos agora outro processo de execução de alvenaria de vedação utilizando os


blocos de vidro.

Os elementos translúcidos têm formas quadradas e


dimensões de normalmente 19 x 19 cm, podendo ser
aplicados em qualquer paramento em que se deseja
permitir a passagem de iluminação.

O primeiro bloco será assentado sobre uma cinta de


nivelamento executada com argamassa.

Sistemas de Vedação
23
Para assentamento e rejuntamento de blocos de vidro
“Fermaglass”, serão conferidos os níveis vertical e ho-
rizontal da peça assentada.

Os demais blocos da fiada serão assentados, seguin-


do o alinhamento e os níveis definidos. Serão separa-
dos por espaçadores plásticos, responsáveis pela ma-
nutenção da espessura das juntas. Nas juntas entre
blocos, deverão, ainda, ser deixadas barras de aço CA
25 Φ 4,8mm (3/16”), para fins de amarração.

A segunda fiada será assentada, mantendo-se juntas a


prumo. Deve-se tomar o cuidado de colocar barras de aço
também nessas juntas e de mantê-las separadas com a
utilização dos espaçadores, garantindo os alinhamentos
horizontal e vertical. Apesar do uso dos espaçadores, to-
dos os cuidados adotados para uma alvenaria convencio-
nal deverão ser tomados, não sendo dispensada a utiliza-
ção do prumo, da régua, do nível de pedreiro e da linha.

Antes que a argamassa seque, os blocos deverão ser


limpos com uma esponja limpa, para não arranhar o vi-
dro.

Depois de seca a argamassa, as partes aparentes dos es-


paçadores deverão ser removidas. Em caso de execução
de juntas coloridas, deixe-as com profundidade disponível
suficiente (aproximadamente 5 mm) para receber o rejun-
te colorido, que deverá ser aplicado 72 horas após o as-
sentamento.

24 Sistemas de Vedação
Elementos Vazados

Aqui temos outro tipo de vedação, os elementos vazados, uma opção interessante e
criativa. Será que nossos amigos da região sul podem usá-la sem critérios na escolha do
local? Questiono isso devido à passagem dos ventos frios no inverno.
Os elementos vazados comportam formas e dimensões variadas, podendo ser aplicados
em qualquer paramento em que se deseja permitir a passagem de iluminação e ventila-
ção.

Cobogó: nome comercial dos elementos vazados, o qual tem origem nas iniciais dos so-
brenomes dos engenheiros que o desenvolveram, ou seja, Coimbra, Boeckmann e Góis.
Em algumas regiões, é chamado, popularmente, de combogó.

Figura 52 - Elemento Vazado ce- Figura 53 - Elemento Vazado ce-


râmico, regular, 17,0 X 17,0 cm. râmico, irregular, 17,0 X 17,0 cm.

Figura 54 - Elemento Vazado Figura 55 - Elemento Vazado ce-


cerâmico, irregular, 18,0 X 18,0 râmico, regular, 23,0 X 10,0 cm.
cm.

Sistemas de Vedação
25
Figura 56 - Elemento Vazado de Figura 57 - Elemento Vazado de
argamassa de cimento, regular, argamassa de cimento, regular,
20,0 X 20,0 cm. 30,0 X 30,0 cm.

Figura 58 - Elemento Vazado de ar- Figura 59 - Elemento Vazado de vi-


gamassa de cimento, regular, tipo dro, regular, 19,0 X 19,0 cm.
escama, 50,0 X 50,0 cm.

Vamos conhecer o processo de execução dos elementos vazados?

As espessuras das Juntas para o assentamento de elementos vazados cerâmicos, de


cimento ou de vidro, serão de 1 cm.

Nos casos de elementos vazados com formas irregulares, a argamassa de assentamen-


to deverá ser colocada apenas nos pontos de contato.

As juntas de ligação entre elementos vazados e a parede deverão ser uniformes e ter
espessura de 1 cm.

Texto Complementar: Assentamento

Os elementos vazados serão assentados como alvenarias convencionais (Vide Especifica-


ções – Alvenarias de Vedação).

26 Sistemas de Vedação
No assentamento de apenas um elemento vazado em abertura de parede, deverá ser
estendida uma camada de argamassa na parte inferior da abertura, nas laterais e na
parte superior do elemento. A seguir, o cobogó deverá ser encaixado na abertura obser-
vando-se o preenchimento total das juntas com argamassa, seu alinhamento horizontal
e vertical com a parede.

Nos fechamentos que exigem mais um elemento vazado, estes deverão ser assentados
em fiadas horizontais consecutivas até o preenchimento do espaço determinado no pro-
jeto.
Antes de ser iniciado o assentamento, todas as juntas deverão ser previamente mar-
cadas e niveladas, de maneira a garantir um número inteiro de fiadas. O assentamen-
to será iniciado pelos cantos ou extremidades, colocando-se o elemento vazado sobre
uma camada de argamassa previamente estendida. Entre dois cantos ou extremos já
levantados, será esticada uma linha que servirá como guia, garantindo-se o prumo e a
horizontalidade de cada fiada.

Se a espessura do elemento vazado não coincidir com a da parede, este deverá ser
alinhado por uma das faces (interna ou externa) ou pelo eixo da parede, sendo que tais
alinhamentos serão feitos de acordo com as indicações detalhadas no projeto.

6 - Vedações em gesso acartonado (drywall)

A construção seco - É um sistema construtivo racionalizado, feito de chapas de gesso e


montantes de aço galvanizado que facilita a execução de quase todos os serviços inter-
nos. Só recentemente este produto passou a ser fabricado em larga escala no Brasil, o
que viabilizará a disseminação do seu uso.

Locais onde se pode aplicar este sistema

Este sistema se aplica em edifícios residenciais, comerciais, industriais, hospitalares,


etc. em construções novas, reformas e restauração de construções antigas.

Sistemas de Vedação
27
Texto Complmenetar: Vantagens e desvantagens

Principais vantagens:

• Baixo peso;
• Menor espessura das paredes, conseqüentemente maior área útil;
• Elevado isolamento acústico e térmico;
• Fácil integração de qualquer tipo de instalações (elétrica, hidráulica e gás);
• Rápida execução;
• Acabamento pronto para receber qualquer tipo de revestimento (não necessita
revestimento de regularização);
• Elevada resistência ao fogo.

Desvantagens:

• Menor resistência mecânica (contra choques, para suporte de cargas suspen-


sas);
• Sensibilidade à umidade.

Os produtos

Chapas estruturadas de gesso


Este sistema se aplica em edifícios resi-
denciais, comerciais, industriais, hospitala-
res, etc. em construções novas, reformas e
restauração de construções antigas.

Texto Complementar: Características

O elemento pode ser utilizado somente nos interiores das construções. Sua matéria pri-
ma é o gesso, que é coberto em suas superfícies por cartão. Há diversos tipos de chapas
estruturadas de gesso destacamos três:

• Standard S
• Resistente à umidade RU
• Resistente ao fogo RF

28 Sistemas de Vedação
Perfis metálicos

Perfis de chapas de aço zincado formam


a estrutura metálica onde serão aparafu-
sadas as chapas de gesso acartonado. Os
perfis básicos para paredes, revestimento
de tetos são os seguintes:

Sistemas de Vedação
29
Massas e fitas

Massa para juntas, acabamentos e fixações

Massa para juntas:

Massa para fixação:

As fitas

Sistema de paredes

As paredes são compostas de uma estrutura metálica na qual se aparafusam uma ou


mais chapas de gesso acartonado, podendo ser preenchido com material isolante ter-
mo-acústico e receber instalações eletro-hidráulicas em seu interior. As juntas entre as
chapas são tratadas com massas para juntas.

Método executivo da parede

• Determina-se a posição da parede,


marcando no piso a linha da parede
acabada descontada a espessura de
chapeamento;
• Coloca-se a fita para isolamento por
trás dos perfis a serem fixados nos pi-
sos e lajes;
30 Sistemas de Vedação
• Fixam-se os perfis guias com parafusos pré-montados a
cada 100 cm no piso e na laje ao longo da linha onde se
colocará a parede;
• Fixa-se a fita para isolamento atrás dos montantes que
ficarão fixados às paredes e pilares existentes;

• Fixar os montantes às paredes inicial e


final, com parafusos pré-montados com
100 cm;
• Após definição das modulações, colo-
cam-se os demais montantes, a cada 60
ou 40 cm, dentro dos perfis guias superior,
sem parafusar - serão aparafusados com
parafusos tipo LN ou LB nos perfis apenas
os montantes das aberturas de paredes,
por exemplo abertura de portas;

• Parafusam-se as chapas necessárias de cada


lado dos perfis com parafusos tipoTN ou TB,
alternando as juntas e tomando o cuidado de
deixar a menos de 1mm afundado na superfície
da chapa;

• Tratam-se as juntas com massa e fita para


juntas.

Sistemas de Vedação
31
7 - Divisórias

As divisórias compreendem o fornecimento e a execução dos serviços referentes à insta-


lação de paredes divisórias de todo e qualquer tipo de material, conforme especificações
e coordenadas do Projeto.

As divisórias leves são um sistema de vedação muito utilizado em salas e escritórios; já


as divisórias pesadas normalmente são usadas para separação de sanitários, chuveiros
e vestiários.

As divisórias apresentam as seguintes características:

Divisórias Leves - fabricadas em painéis com placas de laminados de fibra de madeira


ou papelão, tipo Eucatex, estrutura interna celular em colméia, PVC, fibrocimento ou
compensado naval. Os perfis podem ser fabricados em aço zincado, alumínio anodizado
ou pintado com epóxi em pó.

Divisórias Pesadas - fabricadas em granilite, mármore, pedra ardósia, granito e concre-


to celular.

Conheça o processo de execução das divisórias

Divisórias Leves

Deveremos fixar as divisórias leves através de perfis de alumínio ou aço, possibilitando


reaproveitamento total quando desmontadas.

Os perfis poderão ter seção em L, X ou T, de acordo com o projeto específico.

A fixação das divisórias no piso e teto, ou em paredes de alvenaria, será feita através
de parafusos com buchas, evitando-se a compressão dos painéis ou dos montantes de
fixação.

A correção dos eventuais desníveis do piso será obtida pelo emprego de suportes regu-
láveis.

Na colocação de vidros, serão utilizados perfis especiais para requadramento, com tubo
flexível (mangueira) de PVC objetivando melhor vedação e evitando vibrações.

1- Ventilação
2- Montantes – saídas L-X-T
3- Vidro
4- Porta com esquadria de alumínio
5- Rodapé removível
6- Passagem de fiação
7- Remoção frontal
8- Fuso (acabamento de montante)
9- Nivelamento de piso

32 Sistemas de Vedação
Texto Complementar: Divisórias Pesadas

Nas divisórias mais pesadas, após o revestimento de pisos e paredes, deve-se fazer ras-
go com máquina policorte com largura de aproximadamente 1 cm superior à espessura
da placa e profundidade de 3 a 5 cm para engaste da mesma.

A placa deverá estar aprumada e nivelada. Sua fixação será procedida com argamassa
comum ou argamassa colante, que deverão preencher todos os vazios do rasgo. Como
dosagem inicial da argamassa comum, recomenda-se o traço 1:3, em volume, de cimen-
to e areia grossa.

O ajuste do traço da argamassa deverá ser feito experimentalmente. Nos locais de en-
gaste na parede e no piso, poderão ser instalados elementos de arremates ou um rejun-
tamento adequado ao acabamento.

Texto Complementar: Divisórias de Mármore Artificial

As placas divisórias terão, em seu trecho inferior, um recorte com 20 cm de altura, com
vistas a facilitar a manutenção e a limpeza. O recorte deixará de existir quando a placa
divisória for para uso em “boxes” de chuveiro.

Os procedimentos de instalação serão os mesmos adotados para divisórias pesadas.

Nas portas, serão utilizadas batentes de alumínio com a mesma altura da testeira, o
que permitirá guarnecer, em todo o comprimento, as respectivas arestas. A fixação dos
batentes à testeira será efetuada com parafusos atarracados em tacos de madeira em-
butidos no mármore artificial.

Texto Complementar: Fixação e Montagem de Divisórias

Divisórias Pesadas

Deverão ser fixadas com argamassa de cimento e areia média no traço 1:3. As placas
divisórias deverão ter as bordas e superfícies lisas e sem irregularidades.

Divisórias Leves

O painel das divisórias leves deverá ser fixado com perfil de alumínio ou aço. O sistema
construtivo deverá possibilitar diversas modulações. A montagem deverá permitir a re-
moção frontal, sem deslocamento dos painéis adjacentes. Deverá ser previsto o reapro-
veitamento total dos painéis, quando da desmontagem das divisórias.

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8 - Referências Bibliográficas

CEHOP Companhia de Habitação e obras publicas – Sergipe.

Fotos Gesso acartonado: Tecnologia da construção civil – Dr.Luiz Sérgio Franco.

MANUAL DE TREINAMENTO – Sistema de Construção a Seco - KNAUF.

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Anotações

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Anotações

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