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Todo projeto de instalações elétricas residenciais deve ser elaborado segundo a Norma Brasileira NBR - 5410
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO, para garantir o funcionamento adequado das instalações e segurança
dos usuários das mesmas, O projeto de instalações elétricas residenciais é a previsão escrita das instalações, com
todos detalhes, tais como localização dos pontos de utilização de energia elétrica pontos de comando, localização
dos quadros de distribuição e de medição do consumo da energia elétrica, circuitos elétricos terminais de iluminação
e de tomadas, caminho dos elétrodutos, especificação e quantificação do material e orçamentação da obra de
instalações.
V - Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional.
6. Execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos matérias, peças e
conjuntos;
7. Regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.
Os Técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800
KVA, bem como exercer atividades de desenhista de sua especialidade.
Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia que tem a função de defender a sociedade contra os maus
profissionais, sendo cada projeto registrado no CREA através de documento próprio a ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica,
1. As instalações devem ser projetadas em estreito atendimento as normas técnicas, visando garantir o perfeito
funcionamento dos componentes do sistema e a integridade física de seus usuários (confiabilidade).
2. Todos os pontos de utilização projetados, bem como os dispositivos de proteção deverão estar em locais
perfeitamente acessíveis, que permitam manobras adequadas e eventuais manutenções. (acessibilidade).
3. A instalação deve ser projetada de modo a permitir certa reserva para acréscimo de cargas futuras e pequenas
alterações. (flexibilidade)
Informações Básicas
São as informações necessárias para um entendimento geral do estudo a ser desenvolvido, destacando-se:
1. Planta de situação para a orientação sobre a localização da rede secundária de distribuição de energia elétrica da
concessionária visando a definição dos locais para a instalação do ponto de entrega da energia, do ramal de entrada
e quadro do medidor.
2. Projeto arquitetônico para se obtiver informações sobre vários detalhes da construção prevista tais como: a
fachada do prédio, pé-direito, infraestrutura, cortes, etc.
3. Informações do proprietário sobre preferências de localização dos pontos de comando e utilização, previsão de
cargas e aparelhos especiais, futuros acréscimos distribuição de móveis e utensílios domésticos nas dependências
(layout), etc...
Grandezas Elétricas
Para o dimensionamento de uma instalação elétrica residencial, o conhecimento dos valores das grandezas elétricas
tensão, intensidade de corrente e potência são fundamentais visto que:
1° - A tensão de fornecimento é estabelecida pela concessionária de energia elétrica, sendo que em Pelotas a CEEE
utiliza na distribuição secundária um sistema trifásico com fio neutro que opera com as tensões de 380k 220 Volts.
Os consumidores são classificados nos tipos A – B ou C, em função do número de fases empregadas no
abastecimento de energia elétrica ( uma fase, duas fases ou três fases, sempre acompanhadas do fio neutro).
2° - A intensidade de corrente é função da carga instalada em cada um dos circuitos elétricos utilizados na instalação
e O conhecimento do seu valor é necessário para o dimensionamento das bitolas dos condutores e da capacidade
dos disjuntores de proteção dos referidos circuitos elétricos.
3° - A potência elétrica é o produto da ação da tensão e da corrente. P = V. A Sendo este produto denominado de
potência aparente e a sua unidade é o volt - Ampére ( V A).
A potência aparente é composta por duas parcelas denominadas de potência ativa uma e potência reativa a outra.
A potência ativa é a parcela efetivamente transformada em: potência luminosa (lâmpadas) potência térmica
(chuveiro) e a sua unidade é o Watt (W). Lâmpada incandescente de 100 Watts e Chuveiro elétrico de 5.500 Watts,
por exemplo.
A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessário ao funcionamento de: reatores para
lâmpadas de descargas, motores elétricos, transformadores, etc... A sua unidade é o Volt Ampére reativo (VAr).
1.4 simbologia
3. Dependências com área superior a 6 m² atribuir: 100 VA para os primeiros 6 m², acrescidos de60 VA para cada
aumento de 4 m² inteiros..
5. As Normas, Técnicas não estabelece critérios para a iluminação de áreas externas em residências, ficando a
definição por conta do projetista e do cliente.
EXEMPLOS:
1. Uma circulação medindo 5,00 m. de comprimento por 1,20 m de largura: Área = 5,00m X 1,20m = 6,00m2. .
2. Uma sala medindo 4.00 m. de comprimento por 3,00 m. de largura: Área = 4,00m. X 3,00m. = 12,00m2. .
EXERCÍCIO
EXERCÍCIO
A primeira etapa do processo é o Ramal de Ligação, constituído de condutores e acessórios compreendidos entre o
ponto de derivação da rede da concessionária e o ponto de entrega localizado na propriedade do consumidor.
A segunda etapa do processo é o Ramal de Entrada constituída de condutores e acessórios compreendidos entre o
ponto de entrega e a medição inclusive.
A etapa final do processo de abastecimento de energia elétrica residencial leva em consideração a definição de
todos os pontos de utilização, tais como iluminação geral e especifica tomada de uso geral e de uso especifico sendo
as locações em planta efetuadas através de simbologia gráfica normatizada.
2. Analisar o layout de cada dependência, ou na ausência deste, combinar com o cliente os locais mais adequados
visando uma distribuição uniforme dos pontos de iluminação geral bem como a previsão de iluminação para
destaques específicos (arandelas).
Os dispositivos de comando para os componentes dos circuitos terminais de iluminação devem ser previstos de
maneira a oferecer comodidade e segurança, utilizando-se para isto os interruptores simples, de duas seções, de três
seções, paralelos ou intermediários, onde se fizer necessário.
3. Distribuir também de maneira uniforme às tomadas de uso geral, em especiais as tomadas médias sobre as
bancadas encontradas nas copas, cozinhas, áreas de serviço e banheiros e as tomadas altas para exaustores e
secadoras de roupas.
Prever a localização das tomadas de uso específico a no máximo 1,50 m. dos aparelhos de utilização.
EXERCÍCIO
2. O Quadro de Medidor Individual deve ser localizado em muro, mureta, poste particular ou no prédio. Quando
localizado no prédio, sempre que possível deve ser Instalado externamente, nas proximidades de portões de serviço,
corredores de entrada varandas, etc.
2. O Quadro de Distribuição deve ser situado em local de fácil acesso, visível e seguro como ambientes de serviço e
circulação ou em outras dependências de uso geral,
2. Deve-se procurar dividir os pontos ativos ( iluminação e tomadas) uniformemente de modo que os circuitos
terminais tenham aproximadamente a mesma potência elétrica, limitada em 1.200 W, para a tensão de 127 V. e de
2,200W para 220 V., com um número em torno de 12 pontos ativos per circuito,
3. Em instalações com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas uniformemente entre as fases de modo a
obter-se o maior equilíbrio possível.
4. Cada um dos circuitos terminais deve ter seu próprio condutor neutro visto que no sistema monofásico a
intensidade de corrente tem o mesmo valor tanto na fase como no neutro.
5. Além desses critérios, deve-se considerar as dificuldades referentes a execução da instalação. Limitando às
consequências de uma falta a qual provocará apenas o desligamento do circuito afetado, facilitando assim a
manutenção corretiva.
EXERCÍCIO:
Dividir a instalação elétrica residencial em circuitos elétricos terminais aplicando os critérios das Normas Técnicas e
as adequações em função das alternativas técnicas econômicas e funcionais existentes e tendo ainda em vista as
questões de ordem prática e depois de concluída a divisão, marcar na planta elétrica o numero do circuito elétrico
terminal e a potência de cada ponto ativo da instalação, exceto aqueles com potência de 100 VA.
1. O traçado do caminho dos elétrodutos deve começar pela interligação do Quadro do Medidor com o Quadro
de Distribuição.
2. A partir do quadro de distribuição de distribuição caminhar com o elétrodutos de uma dependência para
outra através dos centros de luz, procurando o caminho mais curto evitando o cruzamento de tubulações.
3. Ligar os interruptores e tomadas de cada dependência ao centro de luz de cada dependência (interruptores
e tomadas da sala ligados ao centro de luz da sala).
4. Limitar em 6 elétrodutos para cada caixa 4”x4” octogonais e em 4 elétrodutos para cada caixa 4”x2”
retangular e 3”x3” octogonais. Evitando assim uma grande ocupação das mesmas com emendas ou
passagem de condutores
2. Em projetos elétricos residenciais, os cálculos são baseados na potência total instalada, na potência elétrica de
cada um dos circuitos terminais O na potência dos circuitos de entrada e de distribuição.
3. Em síntese pode-se dizer que o dimensionamento da Instalação Elétrica Residencial passa pelas seguintes
etapas:
2° Conhecendo-se o valor da intensidade da corrente (A), identifica-se numa tabela a bitola do condutor.
3° Conhecendo-se a bitola do condutor e a sua corrente nominal, identifica-se numa tabela a capacidade
nominal do dispositivo de proteção (disjuntor).
4° Sabendo-se a quantidade e a bitola dos condutores em cada um dos elétrodutos (trechos), identifica-se numa
tabela a bitola que os mesmos deverão possuir.
1,5-------------------------------------------------------------15,5
2,5-------------------------------------------------------------21,0
4,0-------------------------------------------------------------28,0
6,0-------------------------------------------------------------36,0
10,0-----------------------------------------------------------50,0
16,0-----------------------------------------------------------68,0
25,0-----------------------------------------------------------89,0
.
2. Considerando se a tensão de 220 V. ( Pelotas ), podemos determinar as intensidades das correntes dos circuitos
terminais através da equação I = P ÷ V, onde I = Intensidade de corrente; P = potencia e V = tensão.
Circuito Terminal n° 1 =
Circuito Terminal n° 2=
Circuito Terminal n° 3 =
Circuito Terminal n° 4 =
Circuito Terminal n° 5=
3. Identificar na tabela acima a bitola do condutor a ser utilizado em cada um dos circuitos terminais da instalação
preenchendo a coluna do Quadro de dimensionamento prevista para tal.
4. Para a determinação da intensidade da corrente do circuito de distribuição aquele que interliga o Quadro do
Medidor ao Quadro de Distribuição, devemos:
1° Somar os valores das potências ativas dos circuitos de iluminação e de tomadas de uso geral (T. U. G.).
2° Multiplicar o valor calculado pelo Fator de Demanda correspondente o Fator de Demanda representa uma % do
quanto das potências instaladas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação Visto que
raramente se utilizam todos os pontos de luz e tomadas de corrente elétrica ao mesmo tempo.
Observação: A previsão de carga deve atender a um mínimo de 30 W. /m2 num total nunca inferior a 2.200 W,
3º Multiplicar a potência total das tomadas de uso específico pelo fator de demanda correspondente
5° calcular a intensidade de corrente do circuito de distribuição, em função do numero de fazes utilizadas, uma, duas
ou três fazes.
2. O dimensionamento da capacidade nominal de cada um dos Disjuntores previstos, é feito em função da corrente
nominal do condutor do circuito a ser protegido adotando-se o valor maior e mais próximo possível da mesma.
3. Determine o tipo de Disjuntor (DTM ou DR ), o número de polos ( unipolar, bipolar ou tripolar) e a corrente
nominal de cada uma das os dados na coluna correspondente no Quadro de dimensionamento.
2. A determinação do tipo de fornecimento da Energia Elétrica é definida em função da carga instalada na Unidade
Consumidora que é o somatório das potências nominais dos aparelhos elétricos Instalados e das potencias de
iluminação declaradas.
A classificação é definida em função da carga Instalada e do sistema de tensão usado na distribuição secundária
380\220 V. - 220127 V. utilizado em condições especiais, conforme especifica o RIC.
Tipo A2 - Carga Instalada ≤ 15 KW (monofásico dois condutores F + N), Disjuntor Geral de 40 A. Condutores de 6
mm².
Tipo B2 - Carga Instalada ≤25 KW (bifásico três condutores 2F + N), Disjuntor Geral de 50 A. Condutores de 10 mm².
Tipo C 13 a C 20 - Carga Instalada ≤ 75 KW (trifásico quatro condutores 3F + N) Disjuntor Geral de acordo com a
Carga Instalada e a Demanda calculada.
4. A aplicação da Demanda deve ser feita somente para os consumidores Tipo C e no sistema 380\220 V. quando a
Carga Instalada for superior a 25 KW conforme indica o RIC, através da equação:
5. Classifique o tipo de consumidor, conforme planta elétrica desenvolvida como exemplo, apresentando no Quadro
de Dimensionamento os valores nas colunas: Potência Total, Corrente, Condutor e Proteção.
2. Os Elétrodutos metálicos são apresentados em varas com 3 m de comprimento, em diversos diâmetros e duas
espessuras de parede, sendo a parede grossa para os elétrodutos pesados, usados em situações que requeiram
maior resistência mecânica e paredes finas para os elétrodutos leves. A utilização de Elétrodutos metálicos não é
recomendável em locais com excessiva concentração de umidade ou produtos corrosivos.
3. Os Elétrodutos em PVC rígidos são fabricados com derivados do petróleo e apresentados em varas de 3 m. de
comprimento e em diversos diâmetros sendo os mais usados em instalações residenciais. Os Elétrodutos Flexíveis
Corrugados fabricados em PVC e que possuem uma elevada resistência diametral e contra amassamento, mesmo
quando instalados em lajes de concreto, são atualmente muito utilizados em instalações elétricas residenciais. O uso
de mangueiras de polietileno ou fabricadas com material reciclado não está previsto nas Normas Técnicas pois as
mesmas propagam chamas no caso de uma falta mais grave na instalação.
5. As Normas Técnicas recomendam que não haja trechos contínuos maiores que 15 metros. Utilizando-se caixas de
passagem para facilitar a enfiação dos condutores, sendo que esta distância deve ser reduzida em 3 metros para
cada curva de 900 utilizada, Os Elétrodutos são unidos por luvas apropriadas e devem ser conectados nas caixas
através de buchas e arruelas especiais.
6. As dimensões internas dos elétrodutos e de suas acessórios devem permitir que sejam instalados e retirados com
facilidade os condutores dos circuitos elétricos e para tanto devemos observar a seguinte taxa de ocupação.
SECAO NUMERO DE CONDUTORES NO ELETRODUTO
NOMINAL 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4,0 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6,0 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10,0 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16,0 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25,0 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35,0 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50,0 32 40 40 50 50 60 60 60 75
Projeto Elétrico
1. Pré-requisitos: O projeto elétrico só poderá ser iniciado quando o projeto arquitetônico estiver definido.
2. Roteiro para a elaboração do projeto:
2.a.10. Legendas
2.b. Quantitativos;
2c. Memorial descritivo.
a) Entrega final: projeto elétrico completo, quantitativos e memorial descritivo (item 2).