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Sumário

Unidade 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS...............................................................................1


1.1 - O CONCEITO DE PROJETO....................................................................................................................................1
1.2 - COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS..........................................................................................................................1
1.3 - CRITERIOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS..................................................................................................2
Informações Básicas................................................................................................................................................2
Grandezas Elétricas.................................................................................................................................................2
1.4 simbologia.............................................................................................................................................................3
UNIDADE 2 - PREVISÃO DE CARGAS DE PROJETOS RESIDENCIAIS...................................................................................4
2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................4
2.2- PREVISÕES DE CARGA DE ILUMINAÇÃO CONFORME NBR 5410...........................................................................4
2.4 - PREVISÕES DE CARGAS ESPECIAIS.......................................................................................................................4
POTËNCIAS TIPICAS DE APARELHOS ELETRODOMESTICOS.....................................................................................5
EXERCÍCIO................................................................................................................................................................5
UNIDADADE 3 - LOCAÇÃO DOS PONTOS DE INSTALAÇÕES RESIDENCIAL.......................................................................5
3.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS.....................................................................................................................................5
3.2 - LOCALIZAÇÕES DOS PONTOS DE COMANDO E UTILIZAÇÃO................................................................................5
EXERCÍCIO................................................................................................................................................................6
3.3 - LOCALIZAÇÕES DO QUADRO DE MEDIDOR INDIVIDUAL.....................................................................................6
EXEMPLOS...............................................................................................................................................................6
3.4 - LOCALIZAÇAO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO....................................................................................................7
3.5 - DIVISÕES DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS TERMINAIS......................................................................8
EXERCÍCIO:...............................................................................................................................................................8
3.6 - CAMINHOS DOS ELETRODUTOS..........................................................................................................................9
UNIDADE 4 - DIMENSIONAM ENTO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA....................................................................................10
4.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS...................................................................................................................................10
4.2 - DIMENSIONAMENTOS DOS CONDUTORES........................................................................................................10
4.3. DIMENSIONAMENTO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO.......................................................................................12
4.4 - DIMENSIONAM ENTO DO QUADRO DE MEDIDOR INDIVIDUAL........................................................................13
4.5 - DIMENSONAMENT0 DOS ELETRODUTOS..........................................................................................................14
Unidade 1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE PROJETOS ELÉTRICOS
1.1 - O CONCEITO DE PROJETO
É um estudo para a criação de alternativas que visem soluções possíveis para uma determinada instalação
atendendo as suas necessidades da maneira mais adequada dos pontos de vista técnico e econômico No
desenvolvimento do estudo participam o projetista, o cliente e as entidades normatizadoras. Sendo que o produto
final deve satisfazer as necessidades do cliente.

Todo projeto de instalações elétricas residenciais deve ser elaborado segundo a Norma Brasileira NBR - 5410
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS DE BAIXA TENSÃO, para garantir o funcionamento adequado das instalações e segurança
dos usuários das mesmas, O projeto de instalações elétricas residenciais é a previsão escrita das instalações, com
todos detalhes, tais como localização dos pontos de utilização de energia elétrica pontos de comando, localização
dos quadros de distribuição e de medição do consumo da energia elétrica, circuitos elétricos terminais de iluminação
e de tomadas, caminho dos elétrodutos, especificação e quantificação do material e orçamentação da obra de
instalações.

1.2 - COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS


O profissional projetista deve pautar suas atividades com muita responsabilidade, num elevado nível éticas e moral
para com seus clientes e para consigo.

O eletrotécnico é um profissional habilitado para as atividades de elaboração e execução de projetos de instalações


de energia elétricas definidas e regulamentadas pela Lei n° 5.524 de 1.968 e pelo Decreto n° 90.922 de 1.985,
destacando-se:

Artigo 2° da Lei n° 5.524

I - Conduzir a execução técnica dos trabalhos de sua especialidade.

II - Prestar Assistência Técnica no estudo e desenvolvimento de Projetos de Pesquisa Tecnológica.

III - Orientar e coordenar a execução dos serviços de manutenção de equipamentos e instalações.

IV - Dar assistência técnica na compra venda e utilização de produtos e equipamentos especializados.

V - Responsabilizar-se pela elaboração e execução de projetos compatíveis com a respectiva formação profissional.

Artigo 4° do Decreto n° 90.922

Exercer, dentre outras, as seguintes atividades:

1. Coleta de dados de natureza técnica;

2. Desenho de detalhes e da representação gráfica de cálculos;

3. Elaboração do orçamento de materiais e equipamentos, instalações e mão-de-obra;

4. Detalhamento de programas de trabalho observando as Normas Técnicas e de Segurança;

5. Aplicação das Normas Técnicas concernentes aos respectivos processos de trabalho; .

6. Execução de ensaios de rotina, registrando observações relativas ao controle de qualidade dos matérias, peças e
conjuntos;
7. Regulagem de máquinas, aparelhos e instrumentos técnicos.

Paragrafo 2° do Decreto nº 90.922

Os Técnicos em Eletrotécnica poderão projetar e dirigir instalações elétricas com demanda de energia de até 800
KVA, bem como exercer atividades de desenhista de sua especialidade.

A habilitação legal é fornecida pelo CREA - Conselho

Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia que tem a função de defender a sociedade contra os maus
profissionais, sendo cada projeto registrado no CREA através de documento próprio a ART - Anotação de
Responsabilidade Técnica,

1.3 - CRITERIOS PARA A ELABORAÇÃO DE PROJETOS


No estudo para o desenvolvimento de um projeto de instalações elétricas residenciais, deve-se levar em
consideração critérios voltados a utilização das instalações pelos usuários, tais como:

1. As instalações devem ser projetadas em estreito atendimento as normas técnicas, visando garantir o perfeito
funcionamento dos componentes do sistema e a integridade física de seus usuários (confiabilidade).

2. Todos os pontos de utilização projetados, bem como os dispositivos de proteção deverão estar em locais
perfeitamente acessíveis, que permitam manobras adequadas e eventuais manutenções. (acessibilidade).

3. A instalação deve ser projetada de modo a permitir certa reserva para acréscimo de cargas futuras e pequenas
alterações. (flexibilidade)

Informações Básicas
São as informações necessárias para um entendimento geral do estudo a ser desenvolvido, destacando-se:

1. Planta de situação para a orientação sobre a localização da rede secundária de distribuição de energia elétrica da
concessionária visando a definição dos locais para a instalação do ponto de entrega da energia, do ramal de entrada
e quadro do medidor.

2. Projeto arquitetônico para se obtiver informações sobre vários detalhes da construção prevista tais como: a
fachada do prédio, pé-direito, infraestrutura, cortes, etc.

3. Informações do proprietário sobre preferências de localização dos pontos de comando e utilização, previsão de
cargas e aparelhos especiais, futuros acréscimos distribuição de móveis e utensílios domésticos nas dependências
(layout), etc...

Grandezas Elétricas
Para o dimensionamento de uma instalação elétrica residencial, o conhecimento dos valores das grandezas elétricas
tensão, intensidade de corrente e potência são fundamentais visto que:

1° - A tensão de fornecimento é estabelecida pela concessionária de energia elétrica, sendo que em Pelotas a CEEE
utiliza na distribuição secundária um sistema trifásico com fio neutro que opera com as tensões de 380k 220 Volts.
Os consumidores são classificados nos tipos A – B ou C, em função do número de fases empregadas no
abastecimento de energia elétrica ( uma fase, duas fases ou três fases, sempre acompanhadas do fio neutro).

2° - A intensidade de corrente é função da carga instalada em cada um dos circuitos elétricos utilizados na instalação
e O conhecimento do seu valor é necessário para o dimensionamento das bitolas dos condutores e da capacidade
dos disjuntores de proteção dos referidos circuitos elétricos.

3° - A potência elétrica é o produto da ação da tensão e da corrente. P = V. A Sendo este produto denominado de
potência aparente e a sua unidade é o volt - Ampére ( V A).
A potência aparente é composta por duas parcelas denominadas de potência ativa uma e potência reativa a outra.

A potência ativa é a parcela efetivamente transformada em: potência luminosa (lâmpadas) potência térmica
(chuveiro) e a sua unidade é o Watt (W). Lâmpada incandescente de 100 Watts e Chuveiro elétrico de 5.500 Watts,
por exemplo.

A potência reativa é a parcela transformada em campo magnético, necessário ao funcionamento de: reatores para
lâmpadas de descargas, motores elétricos, transformadores, etc... A sua unidade é o Volt Ampére reativo (VAr).

1.4 simbologia

UNIDADE 2 - PREVISÃO DE CARGAS DE PROJETOS RESIDENCIAIS


2.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
A previsão de cargas de urna instalação elétrica residencial é um levantamento de dados que leva em conta todos os
pontos previstos para a utilização de energia elétrica e deve atender as prescrições das Normas Técnicas e as
adequações necessárias em função das alternativas técnicas, econômicas funcionais existentes. Ao final deste
levantamento ‘estarão localizados, todos OS pontos de utilização bem como as potências dos circuitos terminais e a
potência total da instalação elétrica residencial, um dado necessário para a determinação do tipo de fornecimento
de energia elétrica. Tipo A - B ou C.

2.2- PREVISÕES DE CARGA DE ILUMINAÇÃO CONFORME NBR 5410


1. Prever, em cada dependência da residência, pelo menos um ponto de luz no teto, comandado por um interruptor
na parede.

2. Dependências com área até 6 m² atribuir: um mínimo de 100 VA

3. Dependências com área superior a 6 m² atribuir: 100 VA para os primeiros 6 m², acrescidos de60 VA para cada
aumento de 4 m² inteiros..

4. Arandelas, previstas no banheiro devem estar distantes no mínimo, 60 cm do limite do box. .

5. As Normas, Técnicas não estabelece critérios para a iluminação de áreas externas em residências, ficando a
definição por conta do projetista e do cliente.

EXEMPLOS:

1. Uma circulação medindo 5,00 m. de comprimento por 1,20 m de largura: Área = 5,00m X 1,20m = 6,00m2. .

. Iluminação ‘mínima = 100 W.

2. Uma sala medindo 4.00 m. de comprimento por 3,00 m. de largura: Área = 4,00m. X 3,00m. = 12,00m2. .

Iluminação 6,00 m. + 4,00 m.

100W + 60W = 160W

EXERCÍCIO

2.4 - PREVISÕES DE CARGAS ESPECIAIS


A potência de tomadas (esperas) de uso específico (TUE) será atribuída em função da potência nominal do
equipamento a ser instalado: chuveiro torneira elétrica, condicionador de ar, secadora de roupa, etc., Num sistema
que opera com a tensão de 220 V., devemos utilizar circuito específico para os equipamentos com potência < ou >
que 2.200 W.

POTËNCIAS TIPICAS DE APARELHOS ELETRODOMESTICOS


Aquecedor de água - 100 litros ---------------------------------------------------------------------1 .500 W.
Aquecedor de água – passagem-------------------------------------------------------------------- 6.000 W.
Aspirador de pó --------------------------------------------------------------------------------------------600 W.
Batedeira ----------------------------------------------------------------------------------------------------300 W.
Cafeteira--------------------------------------------------------------------------------------------------- 1.200W.
Chuveiro-------------------------------------------------------------------------------------------------- 6.000 W.
Condicionador de ar 12.000 BTU\h -----------------------------------------------------------------1.600W.
Condicionador de ar 21.000 BTU\h--------------------------------------------------------------- 2.800 W.
Condicionador de ar 30.000 BTU\h ----------------------------------------------------------------3.600 W.
Congelador (freezer) -------------------------------------------------------------------------------------500 W.
Enceradeira------------------------------------------------------------------------------------------------ 500 W
Exaustor doméstico -------------------------------------------------------------------------------------300 W.
Ferro de passar roupa -------------------------------------------------------------------------------1 .600 W.
Forno de micro-ondas --------------------------------------------------------------------------------1.500 W.
Fogão elétrico residencial------------------------------------------------------------------------- 12.000 W.
Liquidificador --------------------------------------------------------------------------------------------250 W
Máquina de lavar louça ----------------------------------------------------------------------------2.000 W.
Máquina de lavar roupa -----------------------------------------------------------------------------1.000W.
Máquina de secar roupa ----------------------------------------------------------------------------3.500 W
Microcomputador\ impressora--------------------------------------------------------------------- 800 W.
Refrigerador--------------------------------------------------------------------------------------------- 500 W
Televisor -------------------------------------------------------------------------------------------------300 W
Torneira elétrica -------------------------------------------------------------------------------------4.400 W.
Torradeira elétrica ----------------------------------------------------------------------------------1.200 W.

EXERCÍCIO

UNIDADADE 3 - LOCAÇÃO DOS PONTOS DE INSTALAÇÕES RESIDENCIAL


3.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
O abastecimento de energia elétrica em uma residência origina-se na rede de distribuição secundária (ST.) que em
Pelotas opera nas tensões de 380 \ 220 V.

A primeira etapa do processo é o Ramal de Ligação, constituído de condutores e acessórios compreendidos entre o
ponto de derivação da rede da concessionária e o ponto de entrega localizado na propriedade do consumidor.

A segunda etapa do processo é o Ramal de Entrada constituída de condutores e acessórios compreendidos entre o
ponto de entrega e a medição inclusive.

A etapa final do processo de abastecimento de energia elétrica residencial leva em consideração a definição de
todos os pontos de utilização, tais como iluminação geral e especifica tomada de uso geral e de uso especifico sendo
as locações em planta efetuadas através de simbologia gráfica normatizada.

3.2 - LOCALIZAÇÕES DOS PONTOS DE COMANDO E UTILIZAÇÃO


1. Analisar as plantas arquitetônicas, estrutural, cortes e detalhes construtivos visando a melhor locação dos pontos
de comando e utilização, evitando tocar pontos sobre elementos estruturais (colunas e vigas de concreto) evitar
também a interferência com instalações de outra natureza tais como: rede telefônica, TV a cabo, rede de água e
esgoto, etc.

2. Analisar o layout de cada dependência, ou na ausência deste, combinar com o cliente os locais mais adequados
visando uma distribuição uniforme dos pontos de iluminação geral bem como a previsão de iluminação para
destaques específicos (arandelas).

Os dispositivos de comando para os componentes dos circuitos terminais de iluminação devem ser previstos de
maneira a oferecer comodidade e segurança, utilizando-se para isto os interruptores simples, de duas seções, de três
seções, paralelos ou intermediários, onde se fizer necessário.
3. Distribuir também de maneira uniforme às tomadas de uso geral, em especiais as tomadas médias sobre as
bancadas encontradas nas copas, cozinhas, áreas de serviço e banheiros e as tomadas altas para exaustores e
secadoras de roupas.

Prever a localização das tomadas de uso específico a no máximo 1,50 m. dos aparelhos de utilização.

EXERCÍCIO

3.3 - LOCALIZAÇÕES DO QUADRO DE MEDIDOR INDIVIDUAL


EXEMPLOS
1. O Quadro de Medidor Individual, constituído de uma caixa onde estão alojados o medidor, disjuntor geral e fio
terra, deve ser localizado a propriedade do consumidor, o mais próximo possível da via pública, devendo se situar na
parte externa da residência para ser visualizado do passeio publico.

2. O Quadro de Medidor Individual deve ser localizado em muro, mureta, poste particular ou no prédio. Quando
localizado no prédio, sempre que possível deve ser Instalado externamente, nas proximidades de portões de serviço,
corredores de entrada varandas, etc.

3. Consultar sempre o regulamento da concessionária de energia elétrica.

3.4 - LOCALIZAÇAO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO


1. O Quadro de Distribuição, constituído de uma caixa onde estão alojados os disjuntores de proteção dos circuitos
terminais da instalação, podendo conter ainda um disjuntor geral, um barramento para os fios neutros ( N ) de cada
um dos circuitos terminais e um outro barramento para os fios de proteção ( PE ) deve ser localizado
preferencialmente no centro de carga, visando proporcionar economia de condutores visto que serão reduzidos os
comprimentos dos circuitos terminais, e em consequência as quedas de tensões e a bitola dos condutores.

2. O Quadro de Distribuição deve ser situado em local de fácil acesso, visível e seguro como ambientes de serviço e
circulação ou em outras dependências de uso geral,

3.5 - DIVISÕES DA INSTALAÇÃO EM CIRCUITOS ELÉTRICOS TERMINAIS


1. De acordo com as Normas Técnicas, devem ser previstos circuitos elétricos terminais separados, partindo do
Quadro de Distribuição e alimentando diretamente as lâmpadas, tomadas de uso geral (T U G ) e tomadas de uso
específico ( T U E ), de modo que cada um possa ser interrompido som risco de realimentação inadvertida através de
outro circuito.

2. Deve-se procurar dividir os pontos ativos ( iluminação e tomadas) uniformemente de modo que os circuitos
terminais tenham aproximadamente a mesma potência elétrica, limitada em 1.200 W, para a tensão de 127 V. e de
2,200W para 220 V., com um número em torno de 12 pontos ativos per circuito,

3. Em instalações com duas ou três fases, as cargas devem ser distribuídas uniformemente entre as fases de modo a
obter-se o maior equilíbrio possível.

4. Cada um dos circuitos terminais deve ter seu próprio condutor neutro visto que no sistema monofásico a
intensidade de corrente tem o mesmo valor tanto na fase como no neutro.
5. Além desses critérios, deve-se considerar as dificuldades referentes a execução da instalação. Limitando às
consequências de uma falta a qual provocará apenas o desligamento do circuito afetado, facilitando assim a
manutenção corretiva.

EXERCÍCIO:
Dividir a instalação elétrica residencial em circuitos elétricos terminais aplicando os critérios das Normas Técnicas e
as adequações em função das alternativas técnicas econômicas e funcionais existentes e tendo ainda em vista as
questões de ordem prática e depois de concluída a divisão, marcar na planta elétrica o numero do circuito elétrico
terminal e a potência de cada ponto ativo da instalação, exceto aqueles com potência de 100 VA.

3.6 - CAMINHOS DOS ELETRODUTOS

1. O traçado do caminho dos elétrodutos deve começar pela interligação do Quadro do Medidor com o Quadro
de Distribuição.
2. A partir do quadro de distribuição de distribuição caminhar com o elétrodutos de uma dependência para
outra através dos centros de luz, procurando o caminho mais curto evitando o cruzamento de tubulações.
3. Ligar os interruptores e tomadas de cada dependência ao centro de luz de cada dependência (interruptores
e tomadas da sala ligados ao centro de luz da sala).
4. Limitar em 6 elétrodutos para cada caixa 4”x4” octogonais e em 4 elétrodutos para cada caixa 4”x2”
retangular e 3”x3” octogonais. Evitando assim uma grande ocupação das mesmas com emendas ou
passagem de condutores

UNIDADE 4 - DIMENSIONAM ENTO DA INSTALAÇÃO ELÉTRICA


4.1 - CONSIDERAÇÕES GERAIS
1. Dimensionar a capacidade nominal de funcionamento que deve ter cada componente de uma Instalação
Elétrica Residencial é estabelecer as condições mínimas necessárias para um desempenho seguro e eficiente da
mesma.

2. Em projetos elétricos residenciais, os cálculos são baseados na potência total instalada, na potência elétrica de
cada um dos circuitos terminais O na potência dos circuitos de entrada e de distribuição.

3. Em síntese pode-se dizer que o dimensionamento da Instalação Elétrica Residencial passa pelas seguintes
etapas:

1° Conhecendo-se os valores de potência de cada circuito e da tensão de operação, calcula-se o valor da


intensidade da corrente elétrica.

2° Conhecendo-se o valor da intensidade da corrente (A), identifica-se numa tabela a bitola do condutor.

3° Conhecendo-se a bitola do condutor e a sua corrente nominal, identifica-se numa tabela a capacidade
nominal do dispositivo de proteção (disjuntor).

4° Sabendo-se a quantidade e a bitola dos condutores em cada um dos elétrodutos (trechos), identifica-se numa
tabela a bitola que os mesmos deverão possuir.

5° Quadro de Dimensionamento da Instalação Elétrica Residencial.

4.2 - DIMENSIONAMENTOS DOS CONDUTORES


CAPACIDADE DE CONDUÇÃO DE CORRENTE ( A)

SEÇÃO mm2 CORRENTE ( A)

1,5-------------------------------------------------------------15,5
2,5-------------------------------------------------------------21,0
4,0-------------------------------------------------------------28,0
6,0-------------------------------------------------------------36,0
10,0-----------------------------------------------------------50,0
16,0-----------------------------------------------------------68,0
25,0-----------------------------------------------------------89,0
.

A NB-3 estabelece as seguintes seções mínimas de condutores:

Iluminação = 1,5 mm2 Tomadas =2,5 mm2


1. Transcrever para o quadro de dimensionamento os valores das potências dos circuitos de iluminação e de
tomadas de cada um dos circuitos terminais calculados na planta elétrica desenvolvida como exemplo.

2. Considerando se a tensão de 220 V. ( Pelotas ), podemos determinar as intensidades das correntes dos circuitos
terminais através da equação I = P ÷ V, onde I = Intensidade de corrente; P = potencia e V = tensão.

Transcrevendo para o Quadro de Dimensionamento os valores encontrados

Circuito Terminal n° 1 =

Circuito Terminal n° 2=

Circuito Terminal n° 3 =

Circuito Terminal n° 4 =

Circuito Terminal n° 5=

Circuito Terminal n°6=

3. Identificar na tabela acima a bitola do condutor a ser utilizado em cada um dos circuitos terminais da instalação
preenchendo a coluna do Quadro de dimensionamento prevista para tal.

4. Para a determinação da intensidade da corrente do circuito de distribuição aquele que interliga o Quadro do
Medidor ao Quadro de Distribuição, devemos:

1° Somar os valores das potências ativas dos circuitos de iluminação e de tomadas de uso geral (T. U. G.).

Pot. At. de Ilum. = ........................... + Pot. At. De Tom. = ..........................................

2° Multiplicar o valor calculado pelo Fator de Demanda correspondente o Fator de Demanda representa uma % do
quanto das potências instaladas serão utilizadas simultaneamente no momento de maior solicitação Visto que
raramente se utilizam todos os pontos de luz e tomadas de corrente elétrica ao mesmo tempo.

Fator de demanda de iluminação e TUG


Potencia Fator de demanda
0 a I000 0,86
1001 a 2000 0,75
2001 a 3000 0,66
3001 a 4000 0,59
4001 a 5000 0,52
5001 a 6000 0,45
6001 a 7000 0,40
7001 a 8000 0,35
8001 a 9000 0,31
9001 a 10000 0,27
Acima de 10001 0,24

Observação: A previsão de carga deve atender a um mínimo de 30 W. /m2 num total nunca inferior a 2.200 W,

3º Multiplicar a potência total das tomadas de uso específico pelo fator de demanda correspondente

Nº de tomadas Fator de demanda


01 1,00
02 1,00
03 0,84
04 0,76
05 0,70
06 0,65

Pot. Calc. = ............................. x fat. De dem. = …………………………=…………………………….

4° Somar os valores das potencias corrigidas

Pot. 1= .................................. + Pot. 2 = ............................ = ......................................

5° calcular a intensidade de corrente do circuito de distribuição, em função do numero de fazes utilizadas, uma, duas
ou três fazes.

Pot. Total = ..................................... ÷ ............................... = ....................................

Pot. = ................................... ÷ ......................................... = ...................................

4.3. DIMENSIONAMENTO DO QUADRO DE DISTRIBUIÇÃO


1. Como vimos anteriormente o Quadro de Distribuição serve para conter os Disjuntores de Proteção dos Circuitos
Terminais, podendo conter ainda um Disjuntor Geral, um Barramento para os fios neutros ( N ) de cada um dos
Circuitos Terminais e um outro Barramento para os condutores de Proteção (PE).

2. O dimensionamento da capacidade nominal de cada um dos Disjuntores previstos, é feito em função da corrente
nominal do condutor do circuito a ser protegido adotando-se o valor maior e mais próximo possível da mesma.

DISJUNTOR TERMOMAGNTICO UNIPOLARES (A)


10 15 20 25 35 40 50 60 70 90 100

DISJUNTOR “DR” BIPOLAR —( Bifásico ou trifásico)


15 20 25 30 35 40

3. Determine o tipo de Disjuntor (DTM ou DR ), o número de polos ( unipolar, bipolar ou tripolar) e a corrente
nominal de cada uma das os dados na coluna correspondente no Quadro de dimensionamento.

4. Esquematize a composição do Quadro de Distribuição


4.4 - DIMENSIONAM ENTO DO QUADRO DE MEDIDOR INDIVIDUAL
1. Como vimos anteriormente o Quadro de Medidor individual serve para conter o Medidor de Energia Elétrica, o
Disjuntor Geral e o Fio terra devendo-se consultar o Regulamento da Concessionária ( RIC ) para o conhecimento
detalhado de sua instalação.

2. A determinação do tipo de fornecimento da Energia Elétrica é definida em função da carga instalada na Unidade
Consumidora que é o somatório das potências nominais dos aparelhos elétricos Instalados e das potencias de
iluminação declaradas.

3. A concessionaria classifica os consumidores em tipo A, B ou C.

A classificação é definida em função da carga Instalada e do sistema de tensão usado na distribuição secundária
380\220 V. - 220127 V. utilizado em condições especiais, conforme especifica o RIC.

4. Na distribuição em 380\220 V (cidade exemplo), Os consumidores são classificados em:

Tipo A2 - Carga Instalada ≤ 15 KW (monofásico dois condutores F + N), Disjuntor Geral de 40 A. Condutores de 6
mm².

Tipo B2 - Carga Instalada ≤25 KW (bifásico três condutores 2F + N), Disjuntor Geral de 50 A. Condutores de 10 mm².

Tipo C 13 a C 20 - Carga Instalada ≤ 75 KW (trifásico quatro condutores 3F + N) Disjuntor Geral de acordo com a
Carga Instalada e a Demanda calculada.
4. A aplicação da Demanda deve ser feita somente para os consumidores Tipo C e no sistema 380\220 V. quando a
Carga Instalada for superior a 25 KW conforme indica o RIC, através da equação:

D(KVA) = (a + b + 1,5c + d + e + f ),sendo:


a - demanda de iluminação e tomadas

b - demanda de aparelhos de aquecimento (chuveiro, etc.)

c - demanda de aparelhos de ar condicionado.

d - demanda de centrais de ar condicionado.

e - demanda de motores, máquinas de solda, etc.

f- demanda de transformadores, etc.

5. Classifique o tipo de consumidor, conforme planta elétrica desenvolvida como exemplo, apresentando no Quadro
de Dimensionamento os valores nas colunas: Potência Total, Corrente, Condutor e Proteção.

4.5 - DIMENSONAMENT0 DOS ELETRODUTOS


1. Os Elétrodutos desempenham a função de invólucro protetor dos condutores dos diversos circuitos das
Instalações Elétricas Residenciais, garantindo a durabilidade das mesmas, Os Elétrodutos são tubos de metal ou de
PVC, podendo ser ainda, rígidos ou flexíveis.

2. Os Elétrodutos metálicos são apresentados em varas com 3 m de comprimento, em diversos diâmetros e duas
espessuras de parede, sendo a parede grossa para os elétrodutos pesados, usados em situações que requeiram
maior resistência mecânica e paredes finas para os elétrodutos leves. A utilização de Elétrodutos metálicos não é
recomendável em locais com excessiva concentração de umidade ou produtos corrosivos.

3. Os Elétrodutos em PVC rígidos são fabricados com derivados do petróleo e apresentados em varas de 3 m. de
comprimento e em diversos diâmetros sendo os mais usados em instalações residenciais. Os Elétrodutos Flexíveis
Corrugados fabricados em PVC e que possuem uma elevada resistência diametral e contra amassamento, mesmo
quando instalados em lajes de concreto, são atualmente muito utilizados em instalações elétricas residenciais. O uso
de mangueiras de polietileno ou fabricadas com material reciclado não está previsto nas Normas Técnicas pois as
mesmas propagam chamas no caso de uma falta mais grave na instalação.

4. As Bitolas dos Elétrodutos apresentam basicamente seguintes correlações:

Bitola AÇO CARBONO PVC RÍGIDO


DIÂMETRO MM DIÂMETRO MM
DIÂMETRO DE REFERÊNCIA
INT. NOM. INT. NOM.
½” 15 20 16,4 20
¾” 21 27 21,3 25
1” 27 33 27,5 32
1 ¼” 35 42 36,1 40

5. As Normas Técnicas recomendam que não haja trechos contínuos maiores que 15 metros. Utilizando-se caixas de
passagem para facilitar a enfiação dos condutores, sendo que esta distância deve ser reduzida em 3 metros para
cada curva de 900 utilizada, Os Elétrodutos são unidos por luvas apropriadas e devem ser conectados nas caixas
através de buchas e arruelas especiais.

6. As dimensões internas dos elétrodutos e de suas acessórios devem permitir que sejam instalados e retirados com
facilidade os condutores dos circuitos elétricos e para tanto devemos observar a seguinte taxa de ocupação.
SECAO NUMERO DE CONDUTORES NO ELETRODUTO
NOMINAL 2 3 4 5 6 7 8 9 10
1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
4,0 16 16 20 20 20 25 25 25 25
6,0 16 20 20 25 25 25 25 32 32
10,0 20 20 25 25 32 32 32 40 40
16,0 20 25 25 32 32 40 40 40 40
25,0 25 32 32 40 40 40 50 50 50
35,0 25 32 40 40 50 50 50 50 60
50,0 32 40 40 50 50 60 60 60 75
Projeto Elétrico

1. Pré-requisitos: O projeto elétrico só poderá ser iniciado quando o projeto arquitetônico estiver definido.
2. Roteiro para a elaboração do projeto:

2.a. Projeto elétrico com:

2.a.1. Dimensionamento dos elétrodutos;


2.a.2. Quadro de cargas;
2.a.3. Dimensionamento da caixa de medição;
2.a.4. Esquema do quadro de distribuição;
2.a.5. Dimensionamento da entrada de serviço;
2.a.6. Memória de cálculo de demanda (somente para projetos trifásicos);
2.a.7. Planta de situação (com orientação solar);
2.a.8. Planta de localização e cobertura com posicionamento do poste de entrada e cotas de nível do passeio público
e do terreno;
2.a.9. Detalhamento do poste com:

 Dimensionamento do elétrodutos de entrada;


 Posição e altura do poste;
 Especificação da haste de aterramento (comprimento, diâmetro, etc.);
 Diâmetro do elétrodutos de aterramento;
 Seção do condutor de aterra mento.

2.a.10. Legendas

2.b. Quantitativos;
2c. Memorial descritivo.

3. Entregas (parte escrita):

3.a. 1A Entrega: item 2.a;


3.b. 2A Entrega: itens 2.b e 2.c;

a) Entrega final: projeto elétrico completo, quantitativos e memorial descritivo (item 2).

4. Avaliação - a avaliação será feita com base nos seguintes critérios:

4.a. Parte Escrita (l00% equivale a 0,5 ponto da nota final):


4.a.1. Projeto elétrico: 50%
4.a.2. Memorial descritivo e listagem de materiais:
4.a.3. Dimensionamentos com memória de cálculos: 15%
4.a.4. Detalhamentos: 10%
4.a.5. Apresentação: 5%
4.b. Defesa:
4.b.1. O aluno deverá explicar como resolveu cada um dos itens apresentados.

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