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Capítulo 0.1
FACULDADE DE ENGENHARIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA
Revisão de Circuitos
Electrónica Digital Combinatórios
Engº. Albino B Cuinhane
1 2
ABC UEM - Digital I, Fev_Jun ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08
010818
0.1.1. Expressões e Circuito a partir da TBV
É possível obter expressões a partir de circuitos, circuitos a partir de
expressões e expressões a partir de tabela de verdade assim como
circuitos a partir da tabela de verdade.
Tabela da
Situação verdade
Expressões Circuito
3 4
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
00 01 11 10 F(A,E,P)
S(A,E,P)
=E
0 0 0 1 1 S(A,E,P)=AP+E
A
1 0 1 1 1 =AP
Caso contrário podemos ter que efectuar algumas modificações para
ajustar às condições presentes como se mostra no sub-capítulo a
seguir.
S(A,E,P)=AP+E
9 10
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
F ( A, B, C , D ) AC AC A B C D (2.1)
11 12
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.1.2 Implementação de Funções Lógicas via ~F 0.1.2 Implementação de Funções Lógicas via ~F
A B C D
Observando o mapa de V-K, donde tiramos a expressão final de F, vemos
que a parte onde a função não existe ocupa menos espaço. E mais
importante ainda, as células são adjacentes, o que nos permite efectuar
simplificação.
F(A,B,C,D)
Então encontremos a função que é dada por
ABCD ABCD ABCD ABC D que simplificada resulta na expressão:
F ( A, B, C , D ) AC D ABC (2.2)
A B C D
13 14
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.1.2 Implementação de Funções Lógicas via ~F 0.1.2 Implementação de Funções Lógicas via ~F
A figura anterior mostra a implementação da função (2.1) através do 1. Assumindo que já não temos OR para tirar dela a nossa função,
seu complementar em (2.2). Esta implementação consome desta vez 17 acabamos percebendo que ela sairá duma saída negada.
pinos de circuitos integrados. Isto representa um ganho económico. 2. Como não queremos implementar a função onde ela não existe,
A implementação das funções via complemento é também útil nos então neguemos a saída negada para voltarmos à origem.
casos em que não temos portas com saídas no modo afirmativo. Na
prática a maior parte dos circuitos lógicos encapsulados nos circuitos 0.1. Depois aplicamos DeMorgan até vermos as portas NAND e NOR
integrados têm as saídas na forma negada em virtude de as portas a produzirem a função.
básicas serem NAND e NOR. Seja dada a função
4. As inversoras são facilmente produzidas pelas NAND e NOR,
bastando ligar todas as entradas à variável a negar (com efeito se
F ( A, B, C , D) AC D ABC (2.3) aplicar DeMorgam pode demostrar facilmente isto)
Acompanhemos a seguir as transformações indicadas:
e se tivermos que implementá-la apenas com portas NAND e NOR
devemos proceder do seguinte modo. AC D ABC AC D ABC (2.4)
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.1.3 Codificador e descodificador EXEMPLO 2.1
0.1.3 Codificador e descodificador
Projectar um descodificador que converte o código BCD8421 no
Etapas para o desenvolvimento dum descodificador codigo decimal
A construção do descodificador segue a seguintes etapas: A B C D S9 S8 S7 S6 S5 S4 S3 S2 S1 S0
a) Na entrada temos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1
4 bit para 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0
codificação 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0
0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
a) Determinar quantos bits são necessários para realizar o BCD8421. Na
0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0
código original e o final saída precisamos 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0
de 10 variáveis 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0
b) Elaborar uma tabela de correspondência, linha a linha, entre para representar 0 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0
o código original e o final cada um dígitos 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0
decimais 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
c) Considerar cada bit do código final como uma função de 1 0 1 0 X X X X X X X X X X
todas as variáveis do código de entrada b) Elaborar a tbv 1 0 1 1 X X X X X X X X X X
1 1 0 0 X X X X X X X X X X
d) Aplicar os métodos de construção de circuitos 1 1 0 1 X X X X X X X X X X
identificadas em c) 19
1 1 1 1 X X X X X X X X X X
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0
S0 S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0
S5 S6 S7 S8 0 0 0 0
S9 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0
0 0 0 0
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0
0 0 0 0
X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X
0 0 X X 0 0 X X 0 0 X X 0 0 X X 0 0 X X
S5 S6 S7 S8 0 0 0 0
S9 0 0 0 0
0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0
0 1 0 0
X X X X X X X X X X X X X X X X
X X X X
0 0 X X 0 0 X X 1 0 X X 0 1 X X
0 0 X X
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.1.3 Codificador e descodificador 0.1.3 Codificador e descodificador
PROBLEMAS CONSTATADOS
1º PROBLEMA: ESTADOS FALSOS
A
Embora o circuito da figura anterior seja mais económico tem um
a)
problema grave: É que basta que A=1 e D=1 para que S9 seja activo. B colocação do Strob
Pois então, o S9 ficará activo mesmo que o código à entrada seja C
DESCODIFICADOR a) À entrada
1111. E esta combinação não corresponde a 9! b) À saída
D
2º PROBLEMA: RUIDO A
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
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ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.1.4. Multiplexadores e demultiplexadores 0.1.4. Multiplexadores e demultiplexadores
Para cada combinação das variáveis A e B apenas O circuito Multiplex pode ser
P3
uma porta AND estará com a saída em 1. abreviado como mostra a
P2
Na verdade o gpc é um descodifcador n para 2n figura ao lado, representando
P1 uma economia de portas.
Quando A=B=0 as portas P1 a P3 terão pelo O símbolo do Mux está na
menos uma entrada em Low e
P0
Mux 4x1 31 32
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
A
B
C0
A
B
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Capítulo 0.2
Circuitos
Sequenciais
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08 ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08
Características Básicas do Flip-Flop Características Básicas do Flip-Flop
A parte fundamental no circuito sequencial é o elemento de memória. CARACTERISTICAS FUNCIONAIS
É necessário que de alguma maneira consigamos reter o estado actual 1) a entrada J, quando activa(nível 1), força a saída Q a ficar activa(nível 1)
do circuito para usá-lo no futuro 2) a entrada K, quando activa, força a saída Q a ficar inactiva (nível 0)
Se tivermos em conta que estamos a falar de circuitos electrónicos 3) se a duas entradas estiverem inactivas nada sucede com a saída Q
temos que saber que fixar um estado é conservar o nível lógico 0
(normalmente 0V) ou o nível lógico 1(Normalmente 5V, 12V ou 18V) 4) se ambas entradas estiverem activas, forçam a saída Q a mudar de estado
Há vários elementos de memória. Mas o mais importante é um 5) As saídas Q e ^Q reagem às entradas J e K quando o sinal de controle for
elemento sequencial elementar denominado Flip-flop ou biestável que activo
tem as seguintes características: 6) a entrada Pr, quando activa, força a saída Q a ficar activa(nível 1)
independentemente das entradas J e K
CARACTERISTICAS FÍSICAS
7) a entrada Clr, quando activa, força a saída Q a ficar inactiva(nível 0)
1) Tem duas entradas principais J e K independentemente das entradas J e K
2) Tem uma entrada de controle Ck
RESTRIÇÕES
3) Tem duas entradas prioritárias Pr e Clr 1) As saídas devem ser sempre complementares
4) Tem duas saídas complementares Q e ^Q 2) As entradas prioritárias não devem ser activas em simultâneo
43 44
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
J Pr Q D Pr Q
Ck Ck
_ _
K Clr Q Clr Q
a) b)
J Pr Q T Pr Q
Ck Ck
_ _
K Clr Q Clr Q
a) b)
45 46
ABC UEM - Digital I ABC UEM - Digital I
0.2.2. Contadores
Contador é qualquer circuito sequencial cujas saídas mudam a cada
comando de Ck respeitando um sequência predeterminada.
As saídas que se tomam na determinação da sequencia são
exactamente as variáveis de estado que são as saídas dos flip-flops.
TIPIFICAÇÃO DOS CONTADORES
A. QUANTO À LIGAÇÃO DO CK
Um contador é um CS que pode ser assíncrono ou síncrono,
conforme o estabelecido no Sub-Capítulo 5.4
Contadores assíncronos é uma classe de contadores em que o sinal
principal de Ck afecta um fli-flop. O sinal é propagado pelos
restantes flip-flop pelo efeito dominó, ou seja, cada flip-flop passa
em diante o sinal.
C. QUANTO À FORMA DE INICIAÇÃO Bi-direcionais quando um mesmo contador pode ser tanto crescente
Auto-iniciados ou auto-correctores quando automaticamente como decrescente
entram na sequência correcta caso calhem fora dela. Esta falha
normalmente sucede na altura da ligação da fonte de alimentação e
em situação de interferência E. QUANTO AO TIPO DE SEQUÊNCIA
Cíclicos quando contam numa sequência sem fim, isto é, quando
Não auto-iniciados ou forçados quando precisam dum estímulo chegam ao último estado regressam à primeira
externo para entrarem numa sequência
Acíclicos quando contam e páram no último estado
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08 ABC UEM - Digital I
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0.2.3.2. Registo SIPO 0.2.3.3. Registo PISO
Imagine que um equipamento que recebe os dados em paralelo precisa
Analisemos o circuito da Figura anterior de devolver os dados para o ambiente em que os dados são tratados de
Inicialmente colocamos o sinal Hab(habilitador) no nível lógico 0, modo serial.
de modo que as portas AND bloqueiem as saídas dos flip-flops Para conseguir ligar os dois ambientes devemos converter dados
paralelos em seriais. Para tal usamos o circuito do Registo PISO –
Com o Hab=0, o registo por baixo funciona como um SISO visto Parallel In – Serial Out (Entrada Paralela – Saída Paralelo)
antes. Após 4 impulsos de Ck os dados que se pretendem introduzir
ocupam os seus lugares dentro do registo.
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08 ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08
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Capítulo 0.3
Memórias
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun/08 ABC UEM - Digital I, Fev_Jun
0.3.1 Introdução 0.3.1 Introdução
Nunca teriam sido possíveis os sistemas digitais sem os dispositivos Endereço – é um conjunto de bits que combinados formam um
de memória. Não são só os flip-flops que usamos como dispositivos identificador único da localidade. O tamanho do endereço depende da
básicos de memória. Existem muitos outros dispositivos de memórias quantidade das localidades. Um endereço de n bit pode endereçar 2n
cuja finalidade é conservar dados para uso futuro localidades .
O sequenciamento de operações capitalizado pelos sistemas digitais só CLASSIFICAÇÃO DAS MEMÓRIAS
é possível com recurso a dispositivos de memória, onde são
armazenados os comandos a serem executados uma atrás de outra Voláteis
Quanto à Conservaçã o
Não Voláteis
Memória – é um dispositivo de armazenamento de informação de Só de Leitura
qualquer natureza. Nos sistemas digitais a informação conservada é Quanto ao Manuseio de dados
apenas o estado lógico 0 ou 1. As informações são guardadas em De Escrita e Leitura
locais chamadas localidades. Quanto ao
Sequenciais
Acesso
Aleatórios
Localidade – é uma entidade física composta por uma ou várias
células básicas de memória. Esta entidade tem um identificador único. Estáticas
Localidade é comparável a talhões num bairro com a particularidade Quanto à retenção
de todos serem iguais em tamanho. Estas localidades são identificadas Dinâmicas
através dos seus endereços .
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun ABC UEM - Digital I, Fev_Jun
X S X S X S X S
4x1 4x1 4x1 4x1
D . D . D . D .
D3
End End End End
D2
D1
D0
End0
End1
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ABC UEM - Digital I, Fev_Jun ABC UEM - Digital I, Fev_Jun
0.3.3 Memória de Leitura 0.3.3 Memória de Leitura
Memórias de Leitura (vulgarmente conhecidos por ROM - Read Only 0.3.3.1. Construção da Célula Básica
Memory) são dispositivos de conservação de dados com a
característica de apenas permitirem a leitura de dados já previamente Como na de Leitura pretendemos conservar dados imutáveis não
introduzidos durante a fabricação. precisamos de usar o flip-flop. A célula básica é feita como ilustra a
As Memórias de Leitura subdividem-se em: figura seguinte:
ROM – Read Only Memory. São programadas na fábrica Nesta célula básica é conservada em I um
dado que tanto pode ser igual a 0 ou a 1.
PROM – Programmable ROM. São programadas pelo utente. Mas Sempre que esta célula for endereçada pela
uma vez programadas, com recursos especiais, tornam-se ROM linha de endereço End em S fica disponível
o dado em I.
EPROM – Erasable PROM. São idênticas às PROM mas podem ser
apagadas por meio dum feixe de raios ultravioletas.
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abc bc
abc bc
O PLA pode ser programada pelo utilizador. Para que isso seja
possível ele é fabricado munido de fusíveis como mostra o circuito
a seguir. Para programar basta quebrar o fusível conforme a função
As matrizes AND e OR podem ser simbolicamente representadas desejada, como se ilustra igualmente nessa figura.
como se segue:
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PLA
programado
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