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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS

CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA


PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
AGROINDÚSTRIAIS

Projeto elétrico e Planejamento da Instalação


Aula 2
Prof. Ádamo de Sousa Araújo

2023
Conceito - Projeto Elétrico

• Projetar, no sentido mais geral do termo, é apresentar soluções


possíveis de ser implementadas para a resolução de determinados
problemas. Para o projetista, a solução procurada visa atender a uma
necessidade, um resultado desejado, um objetivo.
Energia Elétrica na Projeto Energia Elétrica no
Rede de Distribuição Consumidor

• É importante ter em mente que a solução não é única.


Frequentemente, existirão diversas alternativas para soluções
possíveis.
Projeto Elétrico
Projetar uma instalação elétrica consiste basicamente em:
• Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de
energia elétrica;
• Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e
condutos;
• Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de
proteção, de comando, de medição de EE e demais acessórios.
O objetivo de um projeto de instalações elétricas é garantir a
transferência de energia elétrica desde uma fonte até os pontos de
utilização.
Projeto Elétrico
Projetar uma instalação elétrica consiste basicamente em:
• Quantificar, determinar os tipos e localizar os pontos de utilização de
energia elétrica;
Projeto Elétrico
Projetar uma instalação elétrica consiste basicamente em:
• Dimensionar, definir o tipo e o caminhamento dos condutores e
condutos;
Projeto Elétrico
Projetar uma instalação elétrica consiste basicamente em:
• Dimensionar, definir o tipo e a localização dos dispositivos de
proteção, de comando, de medição de EE e demais acessórios.
Projeto Elétrico
• ART(Anotação de Responsabilidade Técnica)
• Carta de solicitação de aprovação à • Quadros:
Concessionária • Quadros de Distribuição de cargas
• Memorial Descritivo • Diagramas Multifilares ( ou unifilares)
• Memorial de Cálculo: • Detalhes
• Cálculo de demanda • Entrada de serviço
• Dimensionamento dos condutores • Caixa seccionadora
• Dimensionamento dos condutos • Centro de medição
• Dimensionamento das proteções • Para-raios
• Plantas: • Caixas de passagem
• Planta de situação • Aterramentos
• Planta de pavimentos • Outros (conforme a necessidade)
• Esquemas verticais(prumadas): • Convenções
• Elétrica • Especificações
• Antena Coletiva • Lista de materiais
• Outras instalações complementares
Projeto Elétrico - Simbologia
Os símbolos gráficos utilizados nos projetos de instalações elétricas são
padronizados pela ABNT, através das seguintes normas:

• NBR-5444/86: Símbolos gráficos para instalações prediais.


• NBR-5453/85: Sinais e símbolos para eletricidade
Projeto Elétrico - Simbologia
Projeto Elétrico – Recomendações e Normas Técnicas
As normas que devem ser mais utilizadas nos projetos de instalações
elétricas industriais são:
• NBR-5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
• NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1 a 36kV;
• NBR 5413 – Iluminação de interiores;
• NBR-5419 – Proteção de estruturas contra descarga atmosféricas.

Concessionária Local

O projetista deverá atentar para as normas técnicas da concessionaria do


local em que será executado o projeto.
• Regulamento de Instalações Consumidoras (RIC) – AES-Sul, CEEE e RGE
Projeto Elétrico – Recomendações e Normas Técnicas
As normas que devem ser mais utilizadas nos projetos de instalações
elétricas industriais são:
• NBR-5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
• NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão de 1 a 36kV;
• NBR 5413 – Iluminação de interiores;
• NBR-5419 – Proteção de estruturas contra descarga atmosféricas.

Concessionária Local

O projetista deverá atentar para as normas técnicas da concessionaria do


local em que será executado o projeto.
• Regulamento de Instalações Consumidoras (RIC) – AES-Sul, CEEE e RGE
Critérios para elaboração do projeto de instalações Elétricas

Na concepção do projeto de instalações elétricas, o projetista deve estar


atendo a pelo menos três critérios:

• Acessibilidade: Todos os pontos de utilização projetados, bem como os


dispositivos de manobra e proteção, deverão estar em locais perfeitamente
acessíveis, que permitam manobra adequada e eventuais manutenções;
• Flexibilidade e Reserva de Carga: A instalação deve ser projetada de forma a
permitir uma certa reserva para acréscimos de cargas futuras e alguma
flexibilidade para pequenas alterações;
• Confiabilidade: As instalações devem ser projetadas de acordo com as normas
técnicas, visando garantir o perfeito funcionamento dos componentes do
sistema e a integridade física dos seus usuários
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
A - Informações Preliminares

Esta é uma das etapas de maior importância para o sucesso da


elaboração de um bom projeto. Nesta etapa, o projetista procurará obter
das diversas fontes todas as informações necessárias para a formação da
concepção geral do projeto a ser desenvolvido, através de :
Planta de Situação
Localização dos acesos as instalações, bem como da rede de
energia elétrica da concessionária que atende ao local, verificando a
existência, tipo de fornecimento, localização da mesma em relação ao
edifício e possíveis pontos de derivação para o atendimento.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
A - Informações Preliminares

Esta é uma das etapas de maior importância para o sucesso da


elaboração de um bom projeto. Nesta etapa, o projetista procurará obter
das diversas fontes todas as informações necessárias para a formação da
concepção geral do projeto a ser desenvolvido, através de :
Planta de Situação
Localização dos acesos as instalações, bem como da rede de
energia elétrica da concessionária que atende ao local, verificando a
existência, tipo de fornecimento, localização da mesma em relação ao
edifício e possíveis pontos de derivação para o atendimento.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas

Projeto arquitetônico
Plantas, cortes, detalhes, fachadas, etc. Obtêm-se a partir daí
todas as dimensões, inclusive pé-direito, de todos os recintos e áreas
externas, bem como a seus respectiva utilização.

Projeto complementares
Projeto estrutural, projetos de instalações sanitárias, de água
pluviais, de combate a incêndio, de sonorização e outros. Neste ponto,
devem ser observadas possíveis restrições e interferências com vigas,
pilares, espessura de lajes, cruzamento de tubulações, localização de
quadros.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas

Informações obtidas com o proprietários, arquiteto ou responsável


Localização preferencial dos pontos de utilização conforme as
necessidades do proprietário; previsão de cargas ou aparelhos
especiais como de ar-condicionado, aquecedor etc; previsão de
utilização de determinadas linhas de materiais e sistemas de
instalações; previsão para futuros acréscimos de cargas e sistemas;
previsão para utilização de alimentação elétrica de segurança e/ou de
substituição para determinadas situações locais ou carga
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
B – Quantificação do Sistema
Com os dados obtidos nas informações preliminares, e de posse das
normas técnicas aplicáveis, no caso a NBR-5410, o projetista estará em condições
de fazer um levantamento da previsão de cargas do projeto, tanto em termos da
quantidade de pontos de utilização, quanto da potência nominal dos mesmos.
1. Previsão de tomadas de força (Uso geral ou especifico);
2. Previsão de iluminação;
3. Previsão de cargas especiais:
- Elevadores;
- Bombas de recalque d’aqua;
- Bombas de drenagem;
- Bombas de combate a incêndio;
- Motores em Geral, etc.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
C – Determinação do Padrão de Atendimento
Concluída a etapa anterior, e tendo às mãos as normas técnicas da
concessionária a demanda de cada consumidor da edificação e a sua respectiva
categoria de atendimento conforme os padrões da concessionaria. Determinará
igualmente a provável demanda da edificação e o padrão da sua entrada de
Serviço.

1. Determinação da demanda e da categoria de atendimento de cada


consumidor;
2. Determinação da provável demanda do edificação e classificação da entrada
de serviço.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
C – Determinação do Padrão de Atendimento

3. Divisão das cargas em circuitos terminais;


4. Desenho das tubulações dos circuitos terminais;
5. Traçado da fiação dos circuitos terminais;
6. Localização das caixas de passagem dos pavimentos e da prumada;
7. Localização do quadro geral de baixa tensão, centros de medidores, da
caixa seccionadora, do ramal alimentador e do ponto de entrega;
8. Desenho das tubulações dos circuitos alimentadores;
9. Desenhos do esquema vertical (Prumada);
10.Traçado da fiação dos circuitos alimentadores.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
C – Determinação do Padrão de Atendimento
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
D – Desenhos das Plantas

Esta etapa compreende basicamente:

1. Desenho dos pontos de utilização;


2. Localização dos quadros de distribuição de luz (QL’s) e quadros de força
(QF’s)
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
E – Dimensionamento

Nessa etapa, serão feitos os dimensionamentos de todos os componentes


do projeto, calculados com base nos dados registrados nas etapas anteriores, nas
normas técnicas aplicáveis a cada caso e nas tabelas.

1. Dimensionamento de condutores;
2. Dimensionamento das tubulações;
3. Dimensionamentos dos dispositivos de proteção;
4. Dimensionamento dos quadros.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
E – Dimensionamento

Nessa etapa, serão feitos os dimensionamentos de todos os componentes


do projeto, calculados com base nos dados registrados nas etapas anteriores, nas
normas técnicas aplicáveis a cada caso e nas tabelas.

1. Dimensionamento de condutores;
2. Dimensionamento das tubulações;
3. Dimensionamentos dos dispositivos de proteção;
4. Dimensionamento dos quadros.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
E – Dimensionamento

Nessa etapa, serão feitos os dimensionamentos de todos os componentes


do projeto, calculados com base nos dados registrados nas etapas anteriores, nas
normas técnicas aplicáveis a cada caso e nas tabelas.

1. Dimensionamento de condutores;
2. Dimensionamento das tubulações;
3. Dimensionamentos dos dispositivos de proteção;
4. Dimensionamento dos quadros.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
F – Quadros de distribuição e diagramas

Nessa etapa, serão elaborados os quadros de distribuição de carga(tabelas), que


têm a função de representar a distribuição e o dimensionamento dos circuitos.

1. Quadros de distribuição de carga;


2. Diagrama unifilares(ou multifilares dos QL’s)
3. Diagrama de força e comando dos motores (QF’s);
4. Diagrama unifilar geral.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
G – Elaboração dos detalhes construtivos

O Objetivo da elaboração dos detalhes construtivos é facilitar a


interpretação do projeto, permitindo, desta maneira, que o mesmo
seja fielmente executado. Vale lembrar que quanto melhor detalhado
está um projeto, melhor poderá ser a sua execução.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
H – Memorial descritivo

O memorial descritivo tem por objetivo fazer uma descrição


sucinta do projeto, justificando, quando necessário, as soluções
adotados. Ele é composto basicamente dos seguintes itens:

1. Dados básicos de identificação do projeto;


2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
H – Memorial descritivo

O memorial descritivo tem por objetivo fazer uma descrição


sucinta do projeto, justificando, quando necessário, as soluções
adotados. Ele é composto basicamente dos seguintes itens:

1. Dados básicos de identificação do projeto;


2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
H – Memorial descritivo

O memorial descritivo tem por objetivo fazer uma descrição


sucinta do projeto, justificando, quando necessário, as soluções
adotados. Ele é composto basicamente dos seguintes itens:

1. Dados básicos de identificação do projeto;


2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
H – Memorial descritivo

O memorial descritivo tem por objetivo fazer uma descrição


sucinta do projeto, justificando, quando necessário, as soluções
adotados. Ele é composto basicamente dos seguintes itens:

1. Dados básicos de identificação do projeto;


2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
H – Memorial descritivo

O memorial descritivo tem por objetivo fazer uma descrição


sucinta do projeto, justificando, quando necessário, as soluções
adotados. Ele é composto basicamente dos seguintes itens:

1. Dados básicos de identificação do projeto;


2. Dados quantitativos do projeto;
3. Descrição geral do projeto;
4. Documentação do projeto.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
I – Memorial de Cálculo

Neste documento, serão apresentados o resumo principais cálculos e


dimensionamento:

1. Cálculos das previsões de carga;


2. Determinação da provável demanda;
3. Dimensionamento de condutores;
4. Dimensionamento de eletrodutos;
5. Dimensionamento dos dispositivos de proteção.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
I – Memorial de Cálculo

Neste documento, serão apresentados o resumo principais cálculos e


dimensionamento:

1. Cálculos das previsões de carga;


2. Determinação da provável demanda;
3. Dimensionamento de condutores;
4. Dimensionamento de eletrodutos;
5. Dimensionamento dos dispositivos de proteção.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
J – Elaboração das especificações técnicas

As especificações técnicas detalham os tipos materiais que serão


empregados, chegando ao nível especificação do fabricante, prevendo,
porém, o uso de similares com a mesma quantificação técnica. Neste
documento, também, em alguns projetos, relacionam-se os serviços a
executar, bem como os procedimentos de sua execução, com a citação
das respectivas normas técnicas.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
K – Elaboração da lista de material

Listagem de todos os materiais que serão empregados na execução do


projeto, com as suas respectivas especificações e quantidades.

L – ART

Anotação de responsabilidade técnica do responsável técnico pelo projeto


junto à jurisdição do CREA local.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
K – Elaboração da lista de material

Listagem de todos os materiais que serão empregados na execução do


projeto, com as suas respectivas especificações e quantidades.

L – ART

Anotação de responsabilidade técnica do responsável técnico pelo projeto


junto à jurisdição do CREA local.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
K – Elaboração da lista de material

Listagem de todos os materiais que serão empregados na execução do


projeto, com as suas respectivas especificações e quantidades.

L – ART

Anotação de responsabilidade técnica do responsável técnico pelo projeto


junto à jurisdição do CREA local.
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
M – 1º Analise da concessionária
Análise, pelo órgão técnico da concessionária local, da adequação do
projeto às normas técnicas e padrões de fornecimento. Em geral, esta análise fica
limitada ao cálculo da demanda, ao padrão de fornecimento, à entrada de
serviço e à rede de alimentadores até a chegada nos quadros
terminais(prumada). É importante observar que, em hipótese alguma, a análise e
posterior aprovação por parte da concessionária exime o projetista da
responsabilidade técnica.
N– Revisão do Projeto ( se necessário)

Possíveis adequações o modificações para atender à padronização e normas


técnicas das concessionária
Etapas na elaboração de um projeto de instalações Elétricas
O – Aprovação da concessionária

Termo técnico que atesta que o projeto das instalações está de acordo com
os padrões e normas técnicas da concessionária, e com o qual o consumidor
poderá efetivar o pedido de ligação das instalações à rede de distribuição de
energia.
Observação:
O Roteiro descrito acima é em geral seguido por uma boa parcela de
projetistas. Muitas vezes esta ordem pode ser alternada, em função da
complexidade de cada projeto e conforme a composição numérica e qualitativa
da equipe que o elabora. Conforme a necessidade, algumas etapas poderão ser
acrescidas de outros níveis, ou suprimidas ou fundidas duas ou mais delas em
uma só.
Fluxograma de elaboração de um projeto

A figura ao lado
representa o fluxograma
de elaboração de um
projeto. Observe-se que
o anteprojeto contém
apenas as diretrizes
gerais que serão
seguidas no projeto.
Dados para elaboração do Projeto
Condições de fornecimento de energia elétrica

Cabe à concessionária local prestar ao interessado as informações


que lhe são peculiares:
• Garantia de suprimento da carga, dentro de condições
satisfatórias.
• Tensão nominal do sistema elétrico da região onde está
localizado o empreendimento industrial.
• Tipo de sistema de suprimento.
• Restrições do sistema elétrico quanto à capacidade de
fornecimento de potência necessária ao empreendimento.
Dados para elaboração do Projeto
Condições de fornecimento de energia elétrica

Cabe à concessionária local prestar ao interessado as informações


que lhe são peculiares:
• Garantia de suprimento da carga, dentro de condições
satisfatórias.
• Tensão nominal do sistema elétrico da região onde está
localizado o empreendimento industrial.
• Tipo de sistema de suprimento.
• Restrições do sistema elétrico quanto à capacidade de
fornecimento de potência necessária ao empreendimento.
Dados para elaboração do Projeto
Características das cargas
Estas informações podem ser obtidas diretamente do responsável pelo
projeto técnico residencial, industrial ou por meio do manual de
especificações dos equipamentos. Os dados principais são:

Resistivas

• Potência nominal;
• Corrente Nominal;
• Tensão Nominal;
Dados para elaboração do Projeto
Características das cargas
Motores

• Potência nominal • Número de polos


• Tensão nominal • Números de fases
• Corrente nominal • Ligação possíveis
• Frequência nominal • Regime de funcionamento
Dados para elaboração do Projeto
Características das cargas
Fornos a arco

• Potência nominal do forno;


• Potência de curto-circuito do forno;
• Potência do transformador de forno;
• Tensão nominal;
• Frequência nominal;
• Fator de severidade.
Dados para elaboração do Projeto
Características das cargas
Outras cargas
• Aqui ficam caracterizadas cargas singulares que compõem a
instalação, tais como máquinas de soldas, fornos de indução,
aparelhos de raio X industriais, máquinas que são acionadas por
sistemas computadorizados, cuja variação de tensão permitida
seja mínima, por isso, requerem circuitos alimentadores
exclusivos ou até transformadores próprios, e muitas outras
cargas tidas como especiais que devem merecer um estudo
particularizado por parte do projetista.
Dados para elaboração do Projeto

Características
das cargas

Cargas
Residenciais
Dados para elaboração do Projeto
Classe de serviço Enérgicos
Residencial

• Iluminação • Produção de água quente


• Acondicionamento ambiental sanitária
• Ventilação • Refrigeração
• Climatização • Cocção
• Aquecimento • Secagem e repassagem
• Força motriz • Lazer
• Eletrodomésticos
Dados para elaboração do Projeto
Classe de serviço Enérgicos
Comércio e Serviços

• Iluminação • Força motriz


• Acondicionamento ambiental • Produção de água quente
• Ventilação sanitária
• Climatização • Refrigeração
• Aquecimento • Cocção
• Transporte vertical • Tecnologia da informação
Demanda
Demanda
Demanda contratada é a demanda de potência que a distribuidora
de energia precisa obrigatoriamente disponibilizar para o
consumidor, conforme estipulado em contrato. A demanda
contratada deve ser integralmente paga pelo consumidor, seja ela
utilizada ou não no período em questão.

Fonte: Ecoaenergias
Demanda
Nem todos os consumidores possuem demanda contratada. Se
você tem uma empresa com consumo de energia elevado,
provavelmente possui um item em sua fatura de energia chamado
“demanda”. Agora, se você é um consumidor residencial, não
possui demanda contratada e seu faturamento irá ser apenas sobre
seu consumo de energia e outras taxas. Apenas consumidores do
Grupo A precisam contratar demanda.
Demanda
Demanda Contratada
Quando uma empresa, como uma indústria, começa a operar, ela faz
um contrato com a concessionária fornecedora de energia. Neste
contrato deve ser informado a demanda elétrica que a empresa precisa
para suas operações. Esta demanda elétrica é chamada de demanda
contratada.
O contrato entre distribuidora e consumidor estipula o quanto de
demanda de energia a distribuidora irá disponibilizar de forma
contínua. O consumidor obrigatoriamente deverá pagar pela demanda
total, independente se utilizar ou não toda a demanda disponibilizada.
Basicamente o consumidor paga para garantir a disponibilização de
uma quantidade de demanda de energia pré-determinada. Assim, a
operação da empresa fica garantida em termos de energia.
Demanda Contratada
Demanda Contratada
Demanda Contratada
Demanda
Nas palavras da ANEEL demanda contratada se refere a “demanda de
potência ativa a ser obrigatória e continuamente disponibilizada pela
distribuidora, no ponto de entrega, conforme valor e período de
vigência fixados em contrato, e que deve ser integralmente paga, seja
ou não utilizada durante o período de faturamento, expressa em
quilowatts (kW). ”
A demanda contratada é a demanda elétrica máxima?
Nem sempre a demanda contrata será a demanda elétrica máxima de
uma empresa. A empresa pode ter diversas máquinas, mas não
necessariamente tais máquinas funcionarem ao mesmo tempo. Neste
caso, a demanda máxima poderá ser diferente da demanda elétrica
contratada.
Demanda
Como saber qual a minha demanda contratada ideal?
Profissionais capacitados podem analisar e ter uma ideia prévia de
quanto é a demanda elétrica de uma empresa com base em suas
cargas. Mas, o ideal é ter um histórico de consumo de um ano para ter
uma análise mais perto da realidade. Já que a demanda pode ter
alterações conforme sazonalidade das operações da empresa.
Para empresas que estão iniciando suas operações e não possuem um
histórico de consumo, a demanda é contratada com base em análises e
previsões de projeto.
Demanda
Demanda

Posso solicitar alteração na demanda contratada?


O consumidor tem até 3 ciclos de faturamento (90 dias), conforme
disposto na Resolução Normativa nº 414/2010 da ANEEL, para pedir
alteração no valor da demanda contratada estipulada em projeto. É o
que a ANEEL chama de período de testes, justamente para o
consumidor avaliar se a demanda solicitada é compatível com sua
operação. É possível pedir uma prorrogação do período de testes, mas
deve ser solicitado formalmente a concessionária e ser justificável.
Demanda
Demanda
Por que é importante entender qual é minha demanda de energia ideal?
É muito importante estar atento a sua fatura de energia. Você pagará pela
demanda contratada independente se a utilizá-la ou não. Na fatura de energia
você acompanha os valores das demandas medidas no ciclo de faturamento.
Assim, consegue perceber se os valores medidos estão muito distantes da
demanda contratada.
Se você utilizar uma demanda ainda maior do que a demanda contratada estará
sujeito a multas com valores bastante elevados. Existe uma tolerância de 5%
para ultrapassagem da demanda contratada. Já do contrário, se você estiver
utilizando uma demanda muito inferior a demanda contratada, pagará por um
serviço sem realmente precisar dele.
No caso de ultrapassagem de demanda, a multa virá na sua fatura com a
nomenclatura “demanda contratada ultrp.”. Podendo variar um pouco o nome
conforme distribuidora de energia.
Demanda
Por que é preciso fazer um contrato com a distribuidora de energia e informar a
demanda contratada?
Toda a operação do sistema elétrico precisa estar preparada para atender
diferentes perfis de consumidor. Essa operação possui toda uma infraestrutura
a ser dimensionada e instalada, como as redes de distribuição de energia,
equipamentos que compõem subestações, cabeamento, transformadores,
motores e etc.
Então, para ser possível a distribuidora atender de forma integral todos os
consumidores, ela precisa saber o quanto de potência, ou seja, demanda de
energia, precisa disponibilizar em cada ponto. Ainda, como base na demanda, ela
irá preparar a rede elétrica com equipamentos adequados para cada situação.
Por isso as multas por ultrapassagem de demanda são tão caras. Essa
ultrapassagem pode danificar equipamentos, e a rede elétrica sofrer danos, já
que não foi preparada para este dimensionamento.
Demanda
Qual a diferença entre demanda contratada e consumo?
A demanda contrata é uma potência, medida em kW. Já o consumo é a
potência vezes o número de horas, medido então em kWh. Trata-se de
um período em que a energia usada foi medida. O consumo é faturado
por medição, enquanto a demanda é um valor fixo.
Na fatura de consumidores do Grupo A, além de ser cobrada a
demanda contratada (kW), ainda é cobrado o consumo de energia
(kWh) do período de faturamento entre outras taxas como a
iluminação pública e encargos.
Demanda
Critérios para classificar um consumidor no Grupo A
De acordo com a Resolução Normativa nº 414 da ANEEL, as unidades consumidoras
consideradas do grupo A são aquelas com “fornecimento em tensão igual ou superior a 2,3 kV,
ou atendidas a partir de sistema subterrâneo de distribuição em tensão secundária.”
O Grupo A ainda é subdividido em 6 subgrupos, que variam conforme limites de tensão de
fornecimento. São eles:
1.subgrupo A1: tensão de fornecimento igual ou superior a 230 kV;
2.subgrupo A2 – tensão de fornecimento de 88 kV a 138 kV;
3.subgrupo A3 – tensão de fornecimento de 69 kV;
4.subgrupo A3a – tensão de fornecimento de 30 kV a 44 kV;
5.subgrupo A4 – tensão de fornecimento de 2,3 kV a 25 kV;
6.subgrupo AS – tensão de fornecimento inferior a 2,3 kV, a partir de sistema subterrâneo de
distribuição.
São considerados consumidores de Alta Tensão aqueles pertencentes aos subgrupos A1, A2 e
A3. Consumidores dos subgrupos A3a e A4 são considerados em Média Tensão.
Demanda

Taxa mínima de consumidores do Grupo A


Para consumidores do Grupo A, a taxa mínima paga na fatura de
energia é o valor pago pela demanda contratada estipulado em
contrato. Independente se o consumidor utilizar ou não a demanda
contratada, mesmo assim pagará por este valor, conforme já
comentamos nos tópicos acima.
Vale destacas que na hora de contratar a demanda o mínimo que pode
ser contratado é demanda de 30 kW.
Demanda
Tarifa de energia para consumidores do Grupo A
Consumidores do Grupo A podem optar por dois modelos de tarifa de energia:
Tarifa azul
Quem pode aderir: todos os subgrupos do grupo A.
Como funciona: tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de
demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia (postos
tarifários).
Demanda contratada: é cobrada dois valores para a demanda, um para o horário
Ponta e outro para o horário Fora Ponta.
Tarifa verde:
Quem pode aderir: subgrupos A3a, A4 e AS.
Como funciona: tarifas diferenciadas de consumo de energia elétrica e de
demanda de potência, de acordo com as horas de utilização do dia (postos
tarifários).
Demanda contratada: é cobrada uma única tarifa.
Planejamento da Instalação – Demanda
• Para fins de projeto de uma instalação elétrica, é mais conveniente trabalhar com
um valor e a utilização média de potência, e utiliza-se a demanda(𝑫), que é o
valor médio da potência ativa(𝑷) em, intervalor de tempo (∆𝒕) especificado, ou
seja:

1 𝑡+∆𝑡
𝐷= න 𝑃 𝑡 . 𝑑𝑡
∆𝑡 𝑡
Planejamento da instalação – Demanda
A definição dada pela expressão anterior indica que a demanda é
medida em unidades de potência ativa, 𝑫(𝒘, 𝒌𝒘). Pode-se também
definir uma demanda reativa, 𝐷𝑄 𝑉𝐴𝑟, 𝑘𝑉𝐴𝑟 , de uma demanda
aparente, 𝑫𝒔 𝑽𝑨, 𝒌𝑽𝑨 .
𝑫
𝑫𝑸 = 𝑫. 𝒕𝒈(𝝋) 𝑫𝒔 =
𝒄𝒐𝒔 𝝋

𝐷𝑠
𝑫𝑸

𝑫
Planejamento da instalação – Demanda
A área entre a curva 𝑷 𝒕 e o eixo dos tempos é a energia consumida pela
instalação no intervalo considerado. De acordo com a gráfico abaixo, pela própria
definição de demanda, a área vermelha é a energia 𝜺 consumida durante 𝜟𝒕, ou
seja,

𝒕+∆𝒕
𝜺 = 𝑫. ∆𝒕 = න 𝑷 𝒕 . 𝒅𝒕
𝒕
Planejamento da instalação – Curva de carga
Define-se curva de carga como a curva que apresenta a demanda
em função do tempo, 𝑫(𝒕), para dado período 𝑻. Na verdade, ela é
constituída por patamares; no entanto, é mais comum apresenta-la
como uma curva, resultado da união dos pontos médios das bases
superiores dos retângulos de largura 𝜟𝒕. Para um período 𝑻, a ordenada
máxima da curva define a demanda máxima 𝑫𝑴 . A energia total
consumida no período 𝜺𝑻 é a medida pela área entre a curva e o eixo
dos tempos.
𝑻
𝜺𝑻 = න 𝑫 𝒕 . 𝒅𝒕
𝟎
Planejamento da instalação – Curva de carga

Para fins de projeto e


computação de demanda adota-
se intervalos de 15 min com
altura D igual ao valor médio da
demanda no período.
𝑻
𝜺𝑻 = න 𝑫 𝒕 . 𝒅𝒕
𝟎
Planejamento da instalação – Curva de carga
A demanda média (𝑫𝒎 ) é definida como a altura de um retângulo
cuja a base é o período 𝑻 e cuja área é a energia total (𝜺𝑻 ), ou seja:

𝜺𝑻
𝑫𝒎 =
𝑻
Planejamento da instalação – Curva de carga
A demanda média (𝑫𝒎 ) é definida como a altura de um retângulo
cuja a base é o período 𝑻 e cuja área é a energia total (𝜺𝑻 ), ou seja:

=
Planejamento da instalação – Curva de carga
A demanda média (𝑫𝒎 ) é definida como a altura de um retângulo
cuja a base é o período 𝑻 e cuja área é a energia total (𝜺𝑻 ), ou seja:
Planejamento da instalação – Curva de carga
A demanda média é, em outras palavras, a demanda constante que
uma instalação elétrica deve apresentar para, no período considerado,
consumir uma energia igual à que é consumida em funcionamento normal.
Para estudos e analise do desempenho de instalações prediais, a curva
de carga diária (𝑻 = 𝟐𝟒𝒉) é a mais comum, uma vez que cada tipo de
instalação possui uma forma característica para sua curva de carga diária. Por
um lado, a curva diária típica de um prédio de escritórios é diferente da de
um prédio de apartamentos, e ambas são diferentes da curva de uma
indústria. Também é bom salientar que em instalações situadas em regiões
onde as estações do ano são bem diferenciadas, as curvas de carga típica
variam conforme a época do ano.
Planejamento da instalação – Curva de carga

É comum indicar, com a curva de carga, a potência instalada da instalação


ou do setor considerado, como é apresentado abaixo
Planejamento da Instalação – Curva de carga
Planejamento da Instalação – Curva de carga
Planejamento da Instalação – Curva de carga
Planejamento da instalação – Fatores de projeto
• Fatores de projeto são os fatores utilizados durante o projeto de uma
instalação elétrica, mais precisamente na fase de quantificação, para
a determinação das demandas máximas dos diversos setores da
instalação e da demanda máxima global.

• Fator de utilização
• Fator de demanda
• Fator de diversidade
• Fator de carga
Planejamento da Instalação – Fator de utilização

No regime de funcionamento de um equipamento pode ocorrer de


a potência efetivamente absorvida seja inferior à respectiva potência
nominal. É por exemplo, o caso dos motores elétricos, suscetíveis de
funcionar abaixo de as carga plena. O Fator de utilização (𝒖) é definido,
para um equipamento, como a razão da potência(máxima) efetivamente
absorvida (𝑷𝑴 ), também chamada de potência de trabalho, pela sua
potência nominal 𝑷𝑵 , ou seja:

𝑷𝑴
𝒖= ,𝒖 ≤ 𝟏
𝑷𝑵
Planejamento da Instalação – Fator de utilização

O fator de utilização, citado em muitas normas europeias e na


antiga NBR 5410:1980, só pode ser aplicado no projeto quando há um
perfeito conhecimento do equipamento e suas condições de uso.
Embora esse fator não tenha sido incluído nas edições posteriores da
norma, ainda pode ser útil em situações especificas.

Assim, em uma instalação industrial usual, os equipamentos a


motor apresentam, geralmente, fatores de utilização na faixa de 𝟎, 𝟑 a
𝟎, 𝟖. Aparelhos de iluminação, aquecimento e de ar-condicionado,
recomenda-se o fator de utilização 1.
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
O fator de demanda de um conjunto de equipamentos de utilização (𝒈′ ) é
definido pela NBR IEC 60050 como a razão entre a soma das potências nominais dos
equipamentos – de um conjuntos de equipamentos suscetíveis de funcionar
simultaneamente em determinado instante − e a potência instalada do conjunto.

𝑫𝑴
𝒈′ =
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕
A potência de alimentação 𝑫𝑴 é soma das potências nominais de todos os
equipamentos de utilização existentes e suscetíveis de funcionar simultaneamente. Ela
deve corresponder à demanda máxima presumida de uma instalação no período de
𝟐𝟒𝒉.
A potência instalada 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕 é soma das potências nominais de todos equipamentos
de utilização existentes.
Planejamento da Instalação – Fator de demanda

Esse fator, sempre inferior à unidade, deve ser aplicado a “pontos


de distribuição”da instalação, isto é, a quadros de distribuição em geral.
Leva em conta a provável não simultaneidade no funcionamento dos
equipamentos ligados a um ponto de distribuição e, nessas condições,
sua aplicação exige o conhecimento detalhado do tipo de instalação que
está sendo projetado.
Planejamento da Instalação – Fator de demanda

Seja uma instalação elétrica, ou um setor de uma instalação,


constituída por três conjuntos de cargas, A, B e C (por exemplo , motores,
iluminação e tomadas de corrente). Cada conjunto possui sua potência
instalada e sua curva de carga diária, e as demandas máximas
(𝑫𝑴𝑨 , 𝑫𝑴𝑩 𝑒 𝑫𝑴𝑪 ) ocorrem no instantes 𝒕𝑨 , 𝒕𝑩 𝑒 𝒕𝑪 , respectivamente.

Os fatores de demanda dos setores A, B e C, são, respectivamente:

𝑫𝑴𝑨 𝑫𝑴𝑩 𝑫𝑴𝑪


𝒈′𝑨 = 𝒈′𝑩 = 𝒈′𝑪 =
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕, 𝑨 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕, 𝑩 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕, 𝑪
Planejamento da Instalação – Fator de demanda

Motores
Iluminação
Tomada de
corrente
Planejamento da Instalação – Fator de demanda

A curva de carga total é a soma das três curvas e apresenta uma


demanda máxima 𝑫𝑴 no instante 𝒕. Então, para a instalação ou setor
considerado, é possível definir um fator de demanda 𝒈’, que será:

𝑫𝑴
𝒈′ =
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕
onde 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕 é a potência instalada total, que é igual à soma das
potências instaladas dos conjuntos, ou seja:
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕 = 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑨 + 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑩 + 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑪
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Para determinar a demanda máxima, 𝑫𝑴 , das potências instaladas dos
conjuntos de cargas, é necessário definir, para cada conjuntos de carga, o fator
de demanda prático (𝒈𝒊 ), definido como a razão da demanda do conjunto (𝑫′𝒊 )
no instante em que ocorre a demanda máxima total 𝑫𝑴 , instante 𝒕, para a
potência instalada do conjunto 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝒊 ,ou seja:
𝑫′𝒊
𝒈𝒊 =
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝒊
A demanda máxima da instalação ou do setor considerado pode ser escrita, para
o conjunto de cargas, como:
𝒏
𝑫𝑴 = 𝑫′𝑨 + 𝑫′𝑩 + 𝑫′𝑪
𝑫𝑴 = ෍ 𝒈𝒊 . 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝒊
𝒊=𝟏
𝑫𝑴 = 𝒈𝑨 . 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑨 + 𝒈𝑩 . 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑩 + 𝒈𝑪 . 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝑪
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Exemplo
A tabela a seguir mostra um exemplo de cálculo de demanda, dos fatores de demanda
práticos e da demanda máxima total, com base nos que foi apresentado
anteriormente. Nesse caso, o fator de demanda global da instalação será igual a :
Potência Instalada:
A=12kW
B=15kW
C=20kW
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Exemplo
As tabelas a seguir mostram um exemplo de cálculo de demanda, dos fatores de
demanda práticos e da demanda máxima total, com base nos que foi apresentado
anteriormente. Nesse caso, o fator de demanda global da instalação será igual a :

Potência Demanda Demanda do


Instalada: Máxima: conjunto no
A=12kW A=10kW instante da DM:
B=15kW B=14kW A=9kW
C=20kW C=15kW B=4,5kW
C=8,5kW
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Demanda máxima de cada circuito Motores
Iluminação
Tomada de
corrente

𝟏𝟒𝒌𝑾

𝟏𝟎𝒌𝑾

𝟏𝟓𝒌𝑾
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Demanda no instante da demanda máxima total
Motores
Iluminação
Tomada de
corrente

𝟖𝒌𝑾
𝟗𝒌𝑾

𝟒, 𝟓𝒌𝑾
Planejamento da Instalação – Fator de demanda
Exemplo
As tabelas a seguir mostram um exemplo de cálculo de demanda, dos fatores de
demanda práticos e da demanda máxima total, com base nos que foi apresentado
anteriormente. Nesse caso, o fator de demanda global da instalação será igual a :

𝑫𝑴
Potência Demanda 𝒈 =
Instalada: Máxima: 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕
A=12kW A=10kW
′ 𝑫′𝑴𝑨 + 𝑫′𝑴𝑩 + 𝑫′𝑴𝑪
B=15kW B=14kW

𝑫 𝑴 (𝒊)
C=20kW C=15kW 𝒈 =෍ =
𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕 (𝒊) 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕𝑨 + 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕𝑩 + 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕𝑪
Demanda do conjunto
no instante da DM:
A=9kW 𝟗 + 𝟒, 𝟓 + 𝟖, 𝟎
B=4,5kW 𝒈′ = = 𝟎, 𝟒𝟓𝟕
C=8,0kW
𝟏𝟐 + 𝟏𝟓 + 𝟐𝟎
Planejamento da Instalação – Controlador de demanda

O controlador de demanda de energia elétrica é um equipamento


de alta precisão utilizado na indústria e estabelecimentos comerciais,
sendo possível realizar o consumo de energia de forma mais eficiente,
possibilitando se adequar aos mais variados padrões de consumo de
cada segmento.
Planejamento da Instalação – Fator de diversidade
Note que no gráfico, as demandas máximas da instalação e dos setores A, B e C
não ocorrem ao mesmo tempo, mas em instantes distintos, uma vez que há uma
diversidade de consumo de energia em cada trecho da instalação.
Desse modo, define-se o 𝒇𝒂𝒕𝒐𝒓 𝒅𝒆 𝒅𝒊𝒗𝒆𝒓𝒔𝒊𝒅𝒂𝒅𝒆 (𝒅) para um ponto de
distribuição de energia, é a razão da soma das demandas máximas dos diversos
conjuntos de cargas ligadas ao ponto (𝑫𝑴𝒋 ) para a demanda máxima do ponto de
distribuição 𝑫𝑴 , ou seja:
σ𝒏𝒊=𝟏 𝑫𝑴𝒊
𝒅=
𝑫𝑴
Onde o fator de diversidade é, logicamente, maior ou igual a 1.
𝟏𝟎 + 𝟏𝟒 + 𝟏𝟓
𝒅= = 𝟏, 𝟖𝟏
𝟐𝟏, 𝟓
Planejamento da Instalação – Fator de diversidade
Demanda máxima de cada circuito Motores
Iluminação
Tomada de
corrente

𝟏𝟒𝒌𝑾

𝟏𝟎𝒌𝑾

𝟏𝟓𝒌𝑾
Planejamento da Instalação – Fator de diversidade

Assim, a demanda máxima de uma instalação ou de um setor de uma


instalação do ponto de distribuição(geral) da instalação, à qual estão
ligados 𝒏 conjuntos de carga, é dada por:

σ𝒏𝒊=𝟏 𝑫𝑴𝒊
𝑫𝑴 =
𝒅
Planejamento da Instalação – Fator de carga

O fator de carga pode ser interpretado como um fator percentual


da energia consumida. Em outras palavras, a instalação só consome uma
porcentagem igual a "𝒄“ em vez de consumir com a demanda máxima
mantida durante o período.
𝛆𝑻
𝒄=
𝜺𝑴
O fator e de carga depende do tipo de instalação e do período
considerado. Mantida a demanda máxima, quanto maior o período,
menor o fator de carga. Em geral o fator de carga diário (𝑇 = 24ℎ) é o
mais usado.
Planejamento da Instalação – Fator de carga

O fator de carga, 𝒄, é definido para um instalação como a razão da


demanda média (𝑫𝒎 ), pela a demanda máxima (𝑫𝑴 ) da instalação,
em dado período 𝑻, ou seja:

𝑫𝒎
𝒄= , 𝒔𝒆𝒏𝒅𝒐 𝒄 ≤ 𝟏
𝑫𝑴

Também se pode afirmar, que o fator de carga é a razão entre a


energia ativa consumida e a energia máxima que poderia ser utilizada
em um dado intervalo de tempo.
Planejamento da Instalação – Fator de carga

𝒕𝒖 𝑫𝒎
𝒄= =
𝑻 𝑫𝑴
Planejamento da Instalação – Fator de carga

𝒕𝒖 𝑫𝒎
𝒄= =
𝑻 𝑫𝑴

𝑫𝒎

𝒕𝒖

𝑫𝑴

𝑻
Planejamento da Instalação – Fator de carga
Planejamento da Instalação – Fator de carga

𝐷𝑚 =350,0kW
Planejamento da Instalação – Fator de carga

𝐷𝑀 =650,0kW
Planejamento da Instalação – Fator de carga

𝐷𝑀 =650,0kW

𝐷𝑚 =350,0kW

FC mensal considerando um consumo de 189.990kWh


Dméd 350 CkWh 189.990
𝑐= = = 0,53 Fc = = = 0,40
Dmax 650 30 × 24 × 𝐷𝑚𝑎𝑥 720 × 650
Planejamento da Instalação – Fator de carga
O fator de carga pode ser aumentado sem diminuir-se o consumo
de energia elétrica deslocando-se determinadas cargas do horário de
pico para horário de menor consumo.
O aumento do fator pode gerar uma economia significativa na
contratação da demanda junto a concessionária, ou cancelar
investimento em aplicação da infraestrutura de cabeamento da
alimentação da instalação.
A utilização de equipamentos controladores de demanda monitora
a potência demandada em tempo real e pode ser usada para desligar
cargas não críticas de processo industrial a fim de evitar a ultrapassagem
de demanda.
Planejamento da Instalação – Fator de carga
Considerando agora a instalação cuja a curva de carga diária está na
figura abaixo.
𝑫 𝑪𝒖𝒓𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂
𝑫𝒎𝟏 𝒕𝝁𝟏 𝑫𝑴
𝒄𝟏 = =
𝑫𝑴 𝒕𝑭
𝑫𝒎𝟐 𝒕𝝁𝟐 𝑫𝒎𝟏
𝒄𝟐 = =
𝑫𝑴 𝟐𝟒 𝑫𝒎𝟐

𝒄 𝟐 𝒕𝑭 𝐭𝝁𝟏 𝒕
= 𝐭𝝁𝟐
𝒄𝟏 𝟐𝟒 𝒕𝑭 𝟐𝟒𝒉
Planejamento da Instalação – Fator de carga
Exemplo
Considere uma indústria na qual o consumo mensal de energia elétrica em
torno de 𝟓𝟎𝟔𝟏𝟏𝒌𝒘𝒉, cuja a conta indica 𝟐𝟕𝟓𝒌𝒘 como a demanda máxima. A
indústria funciona, em média, 𝟏𝟔, 𝟐𝟓 𝒉𝒐𝒓𝒂𝒔 por dia e 𝟐𝟓 𝒅𝒊𝒂𝒔 por mês. Calcule as
demandas médias e os fatores de carga:
A energia consumida (em média) em um dia será igual a:
𝜺 𝟓𝟎𝟔𝟏𝟏𝒌𝒘𝒉
𝜺𝑻 = = = 𝟐𝟎𝟐𝟒, 𝟒𝟒𝒌𝒘𝒉/𝒅𝒊𝒂
𝑻 𝟐𝟓𝒅𝒊𝒂𝒔
A demanda média relativa ao tempo de funcionamento (𝑡𝑓 = 16,25 ℎ)seria:
𝜺𝑻 𝟐𝟎𝟐𝟒, 𝟒𝟒𝒌𝒘𝒉/𝒅𝒊𝒂
𝑫𝒎𝟏 = = = 𝟏𝟐𝟒, 𝟓𝟖𝒌𝒘
𝒕𝒇 𝟏𝟔, 𝟐𝟓𝒉/𝒅𝒊𝒂
Planejamento da Instalação – Fator de carga
Exemplo

O fator de carga relativo ao tempo de funcionamento será:


𝑫𝒎𝟏 𝟏𝟐𝟒, 𝟓𝟖
𝑪𝟏 = = = 𝟎, 𝟒𝟓𝟑 = 𝟒𝟓, 𝟑%
𝑫𝑴 𝟐𝟕𝟓

O fator de carga diário será:


𝒕𝒇 𝟏𝟔, 𝟐𝟓
𝑪𝟐 = 𝑪𝟏 = 𝟎, 𝟒𝟓𝟑 = 𝟎, 𝟑𝟎𝟕 = 𝟑𝟎, 𝟕%
𝟐𝟒 𝟐𝟒
A demanda média diária será igual a:
𝑫𝒎𝟐 = 𝒄𝟐 𝑫𝑴 = 𝟎, 𝟑𝟎𝟕 . 𝟐𝟕𝟓 = 𝟖𝟒, 𝟒𝟐𝒌𝒘
Planejamento da Instalação – Fator de carga
Exemplo

𝑪𝟏 = 𝟒𝟓, 𝟑%
𝑪𝟐 = 𝟑𝟎, 𝟕% 𝑫 𝑪𝒖𝒓𝒗𝒂 𝒅𝒆 𝒄𝒂𝒓𝒈𝒂

𝟐𝟕𝟓𝒌𝒘
𝑫𝒎𝟏 = 𝟏𝟐𝟒, 𝟓𝟖𝒌𝒘
𝑫𝒎𝟐 = 𝟖𝟒, 𝟒𝟐𝒌𝒘 𝟏𝟐𝟒, 𝟓𝟖𝒌𝒘
𝟖𝟒, 𝟒𝟐𝒌𝒘
𝑫𝑴 = 𝟐𝟕𝟓𝒌𝒘
𝟏𝟔, 𝟐𝟓𝒉 𝒕

𝟐𝟒𝒉
Planejamento da Instalação – Potência de Alimentação

A potência de alimentação deve corresponder à demanda máxima


presumida de uma instalação, ou de uma parte da instalação, em um
período de 24ℎ.

De acordo com a NBR 5410, a determinação da potência de


alimentação é essencial para a concepção econômica e segura de uma
instalação, dentro dos limites adequados de elevação de temperatura e
queda de tensão.
Planejamento da Instalação – Potência de Alimentação
Na determinação da potência de alimentação, devem ser
computados os equipamentos de utilização a ser alimentados, com suas
respectivas potências nominais e, em seguida, consideradas as
possibilidades de não simultaneidade de funcionamento desses
equipamentos, bem como capacidade de reserva para futuras
ampliações.
Planejamento da Instalação – Potência de Alimentação
Considerando um ponto de distribuição de uma instalação ao qual
estejam ligados, em diversos circuitos , 𝒏 conjuntos de cargas, cada um
com uma potência instalada 𝑷𝒊𝒏𝒔𝒕,𝒊 , um fator de demanda prático 𝒈𝒊 e
um fator de potência 𝐜𝐨𝐬 (𝝋𝒊 ) e 𝒎 cargas individuais, cada com uma
potência nominal de entrada 𝑷𝑵,𝒋 e um fator de potência de potência
𝐜𝐨𝐬 (𝝋𝒋 ) . A potencia de alimentação do ponto é igual a:

𝑃𝐴 = σ𝑛𝑖=1 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑖 . 𝑔𝑖 + σ𝑚
𝑗=1 𝑃𝑁𝑗
2 2
𝑆𝐴 = 𝑃𝐴 + 𝑄𝐴
𝑄𝐴 = σ𝑛𝑖=1 𝑃𝑖𝑛𝑠𝑡,𝑖 . 𝑔𝑖 . 𝑡𝑔(𝜑𝑖 ) + σ𝑚
𝑗=1 𝑃𝑁𝑗 . 𝑡𝑔(𝜑𝑖 )
Planejamento da Instalação – Corrente de Projeto

A corrente de projeto (𝑰𝑩 ) do circuito de distribuição que alimenta


o ponto de carga é igual a:

𝑃𝐴 𝑆𝐴
𝐼𝐵𝑚𝑜𝑛𝑜𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 = =
𝑉𝑁 𝑐𝑜𝑠𝜑 𝑉𝑁

𝑃𝐴 𝑆𝐴
𝐼𝐵𝑡𝑟𝑖𝑓á𝑠𝑖𝑐𝑜 = =
3𝑉𝑁 𝑐𝑜𝑠𝜑 3𝑉𝑁
Planejamento da Instalação – Potência Nominal

No projeto de uma instalação, para determinar a potência de


alimentação dos diversos quadros de distribuição, ou seja, dos diversos
setores da instalação, incluindo quadro geral, cuja potência de
alimentação é a da própria instalação como um todo, é necessário
conhecer a potência nominal e o fator de potência de todos os pontos
de utilização previstos, como:

Pontos de tomadas de uso geral


Pontos de luz
(TUG)
Pontos de tomadas de uso especifico (TUE)
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda
A escolha dos fatores de demanda a serem utilizados no projeto de uma
instalação elétrica deve levar em consideração, no caso mais geral:
• As atividades previstas para os diversos locais da instalação.
• No caso específico de equipamentos de aquecimento e de
refrigeração, devem ser considerados os fatores climáticos.
• As possibilidades de alteração de layout de equipamentos, isto é, a
flexibilidade necessária nos diversos setores do prédio, no que diz
respeito aos circuitos.
• As condições econômicas locais.
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda

A adoção de fatores de demanda muito baixos conduz ao


subdimensionamento do circuito que alimenta o ponto de distribuição
considerado. Esse fato, em princípio, causará problemas principalmente
na hora do pico do consumo cuja corrente real será maior que a
projetada. Com o tempo, esse sobreaquecimento diminuirá a vida útil
da isolação, colocando em risco toda a instalação. Por sua vez, a
utilização de um fator de demanda maior que a real produz
superdimensionamento da instalação elétrica, que , do ponto de vista
da segurança, é ótimo, mas penaliza o lado econômico.
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda
Planejamento
da instalação
– Fatores de
demanda
Planejamento
da Instalação
– Fatores de
demanda
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda

Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral em unidade


residências e acomodações de hotéis, motéis e similares(NBR 5410:2004)
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda
Fatores de demanda para iluminação e tomadas de uso geral em edificações
e uso coletivo, com finalidade comercial ou industrial (AES Eletropaulo)
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda
Fatores de demanda para aparelhos de ar-condicionado(tipo janela ou
centrais individuais) aplicáveis a edifícios residenciais e comerciais(AES
Eletropaulo).
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda
Fatores de demanda de alguns equipamentos de uso residencial(AES Eletropaulo).
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda de motores
Fatores de demanda de motores elétricos(AES Eletropaulo).

Aplica-se o fator
de demanda de
𝟏𝟎𝟎% para o
motor de maior
de potência e
𝟓𝟎% para os
demais motores,
em 𝐾𝑉𝐴.
Planejamento da Instalação – Fatores de demanda de motores

Fatores de demanda de motores elétricos(AES Eletropaulo).


Planejamento da Instalação – Previsão de cargas

No caso de locais destinados à habitação – as unidades


residenciais (casas e apartamentos) e as acomodações (apartamentos)
de hotéis, flats, motéis e similares – a determinação da potência
instalada e da potência de alimentação pode ser feita, segundo a
𝑁𝐵𝑅 5410, considerando-se as seguintes condições:
Planejamento da Instalação – Previsão de iluminação

A potência de iluminação mínima de dado local é obtida em


função da área (𝑆):

• Para 𝑺 ≤ 𝟔𝒎² adota-se 𝟏𝟎𝟎𝑽𝑨.

• Para 𝑺 > 𝟔𝒎² adota-se 𝟏𝟎𝟎𝑽𝑨 para os primeiros 6𝑚2 e soma-se


60𝑉𝐴 para cada 4𝑚² inteiros.
Planejamento da Instalação – Previsão de tomadas

• Em banheiros, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada próximo


ao lavatório.
• Em cozinhas, copas, copas-cozinhas, área de serviço, cozinhas-área de
serviço, lavanderias e locais análogos, deve ser previsto, no mínimo, um ponto
de tomada para cada 𝟑, 𝟓𝒎, ou fração, de perímetro, e acima da bancada da
pia devem ser previstas, no mínimo, duas tomadas de corrente, no mesmo
ponto ou em pontos distintos.

• Em varandas, deve ser previsto pelo menos um ponto de tomada,


admitindo-se que o ponto de tomada não seja instalado na própria varanda,
mas próximo ao seu acesso.
Planejamento da Instalação – Previsão de tomadas

• Em salas e dormitórios devem ser previsto pelo menos um ponto de tomada


para cada 𝟓𝒎, ou fração de perímetro, devendo esses pontos ser espaçados tão
uniformemente quanto possível.
Planejamento da Instalação – Previsão de tomadas
Quanto à potência a ser atribuída a cada ponto de tomada, ela é função dos
equipamentos que o ponto poderá vir a alimentar e não deve ser inferior aos
seguintes valores mínimos:

• Em banheiros, cozinhas, copas, área de serviço, lavanderias e locais análogos


no mínimo 𝟔𝟎𝟎𝑽𝑨 por ponto de tomada, até três pontos, e 𝟏𝟎𝟎𝑽𝑨 por ponto
para os excedentes.

• Nos demais cômodos ou dependências, no mínimo 𝟏𝟎𝟎𝑽𝒂 por ponto de


tomada .
Planejamento da Instalação – Potência de alimentação

A potencia de alimentação de iluminação e tomadas pode ser calculada por:

𝑷𝑨 = 𝑷𝒊𝒍𝒖𝒎 + 𝑷𝒕𝒖𝒈 𝒈 + ෍ 𝑷𝑵𝒋


𝒋=𝟏

𝑷𝒊𝒍𝒖𝒎 : potência instalada de iluminação.


𝑷𝒕𝒖𝒈 : potência intalada de tomadas de uso geral.
𝒈:fator de demanda relacionada nas tabelas, em função da potência
instalada de iluminação e tomadas de uso geral (𝑷𝒊𝒍𝒖𝒎 + 𝑷𝒕𝒖𝒈 ).
σ𝒎𝒋=𝟏 𝑷𝑵𝒋 : Soma das potências nominais dos equipamentos específicos.
Planejamento da Instalação – Fatores de potência
• O fator de potência das cargas de iluminação dependerá do tipo de lâmpada
utilizada. Como geralmente são utilizadas lâmpadas LED, o mais comum é
adotar-se um fator igual a unidade. Para outros tipos de lâmpadas ver nas
tabelas.

• O fator de potência atribuindo às tomadas de uso geral é, quase sempre,


igual a 𝟎, 𝟖 𝒊𝒏𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒐;

• Para a instalação global, no caso de iluminação incandescente, adota-se o


fator de potência 𝟎, 𝟗𝟓 𝒊𝒏𝒅𝒖𝒕𝒊𝒗𝒐.
Planejamento da Instalação – Fatores de utilização

Em projetos, para o dimensionamento de circuito, com respeito às tomadas


de uso geral, observe que, quando se atribui certa potência aparente a uma
tomada de uso geral, como 𝟏𝟎𝟎𝑽𝑨 ou 𝟔𝟎𝟎𝑽𝑨 nos locais de habitação, considera-
se, na realidade, um fator de utilização.
Assim, por exemplo, para uma tomada de 𝟏𝟎𝑨 em um circuito de 𝟐𝟐𝟎𝑽, a
potência é igual a 𝟏𝟎. 𝟐𝟐𝟎 = 𝟐𝟐𝟎𝟎𝑽𝑨, e fatores de utilização serão:

𝟏𝟎𝟎 𝟔𝟎𝟎
𝑷𝒂𝒓𝒂 𝟏𝟎𝟎𝑽𝒂 → = 𝟎, 𝟎𝟒𝟓 𝑷𝒂𝒓𝒂 𝟏𝟎𝟎𝑽𝒂 → = 𝟎, 𝟐𝟕𝟐
𝟐𝟐𝟎𝟎 𝟐𝟐𝟎𝟎
Planejamento da Instalação – Atividade I
Calcule a potência de alimentação de um apartamento padrão de um prédio
residencial com as seguintes dependências e respectivas dimensões (em metros).
UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS
CURSO DE ENGENHARIA AGRÍCOLA
PROJETO DE INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
AGROINDÚSTRIAIS

Projeto elétrico e Planejamento da Instalação


Aula 2
Prof. Ádamo de Sousa Araújo

2023

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