Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
2.2 Simbologia
Para facilitar a execução do projeto e a identificação dos diversos pontos de utilização, foram criados
símbolos gráficos.
Alguns símbolos eram utilizados sem nenhuma padronização, sendo assim, era difícil a compre-
ensão de diferentes projetos. A ABNT criou uma padronização para estes símbolos, embora sua
utilização não seja obrigatória (NBR-5444).
19
Centro de Ensino Superior de Conselheiro Lafaiete- CES-CL - Engenharia Elétrica 20
2.3 Normatização
Além da NBR-5444 (simbologia), as normas utilizadas para o projeto de instalações elétricas em
baixa tensão está especificadas a seguir:
O projetista deve atentar para as normas técnicas da concessionária do local em que será executado
o projeto. No caso da CEMIG, as NDs.
Estas NDs são de acesso gratuito no próprio site da Cemig. Para instalações residenciais em baixa
tensão, ND5.1.
Além destas normas, deve-se observar as normais técnicas que se apliquem a itens específicos
do projeto. É necessário conhecer também as normas e regulamentações do Corpo de Bombeiros do
local, visando o atendimento às normas referentes à segurança e combate a incêndios.
• memorial descritivo;
• Esquemas verticais (prumadas) - elétrica, antena coletiva, porteiro eletrônico, outras instalações
complementares (alarme, segurança, iluminação de emergência, etc.)
• Especificações;
• Lista de materiais.
Vamos determinar a potência necessária para fazer girar um motor elétrico cuja tensão é de 220V
e a corrente necessária é de 20A:
A energia é a potência realizada ao longo do tempo. Por exemplo, para o motor do exemplo
anterior, ligado durante 2 horas, a energia consumida será:
W = 4, 4 × 2 = 8, 8kW h
• Em cada cômodo ou dependência deverá ser previsto pelo menos um ponto de luz fixo no teto,
com potência mínima de 100V A, comandado por interruptor - área igual ou inferior a 6m2 ;
• para cômodos com área superior a 6m2 , deve ser prevista uma carga mínima de 100V A para os
primeiros 6m2 , acrescida de 60V A para cada aumento de 4m2 inteiros.1
O número de tomadas (TUG) tem relação com a finalidade do local e dos equipamentos que
poderão ser utilizados ali, observando-se os critérios mínimos:
• Cozinha, copa, área de serviço, lavanderias ou similares - pelo menos um ponto de tomada para
cada 3, 5m, ou fração, de perímetro; sendo que acima da bancada da pia devem ser previstas no
mínimo 2 tomadas, no mesmo ponto ou em pontos distintos;
• Salas e dormitórios - pelo menos um ponto de tomada para cada 5m, ou fração, de perímetro,
espaçados tão uniformemente quanto possível. Deve-se levar em consideração a utilização de
vários equipamentos no mesmo ponto;
– 1 ponto de tomada se a área for igual ou inferior a 2, 25m2 ; que pode ser posicionado na
área externa do cômodo a até 0, 80m de sua porta de acesso, no máximo;
– 1 ponto de tomada para cômodos com área superior a 2, 25m2 e inferior a 6m2 ;
– Para áreas maiores que 6m2 , um ponto de tomada para cada 5m, ou fração, de perímetro.
• Banheiros, cozinhas, copas, áreas de serviço, lavanderias e locais análogos - no mínimo 600V A
por ponto de tomada, até 3 pontos, e 100V A para os excedentes;
Aos pontos de TUE deve ser atribuída uma potência igual à potência nominal do equipamento
a ser alimentado. Quando esta potência não for conhecida, deve ser atribuída uma potência igual à
potência do equipamento mais potente com possibilidade de ser ligado.
Este pontos de TUE devem ser instalados no máximo a 1, 5m do local previsto para o equipamento a
ser alimentado.
1
As potências descritas não correspondem à potência nominal da lâmpada.
• Em escritórios com áreas iguais ou inferiores a 40m2 - 1 tomada para cada 3m de perímetro,
ou fração, ou 1 tomada a cada 4m2 ou fração de área (adota-se o critério que conduzir ao maior
número de tomadas);
• Escritórios com áreas superiores a 40m2 - 10 tomadas para os primeiros 40m2 ; 1 tomada para
cada 10m2 ou fração de área restante;
• Lojas: 1 tomada a cada 30m2 ou fração, não computadas as tonadas destinadas a itens de vitrine
e demonstração de aparelhos.
5 Tipos de Fornecimento
Os tipos de fornecimento são definidos em função da carga instalada, da demanda, do tipo de rede e
local onde estiver situada a unidade consumidora.
Outros tipos de fornecimentos constam da norma ND5.1 - CEMIG; para consumidores rurais ou
em áreas atendidas por redes bifásicas.
6.2 Demanda
O dimensionamento da entrada de serviço das unidades consumidoras urbanas ou rurais atendidas por
redes secundárias trifásicas (127/220V ), com carga instalada entre 15, 1kW e 75, 0kW deve ser feito
pela demanda provável da edificação, cujo valor será inferior a sua carga instalada.
De acordo com a CEMIG (concessionária de nossa região) o consumidor pode determinar a de-
manda de sua edificação, considerando o regime de funcionamento de suas cargas, ou alternativa-
mente, solicitar à Cemig o cálculo da demanda de acordo com o critério apresentado a seguir.
Demanda relaciona a carga instalada com um fator multiplicativo (fator de demanda).
Expressão para o cálculo da demanda:
D =a+b+c+d+e+f (1)
Onde:
D - demanda [kV A];
a - demanda referente a iluminação e tomadas (fatores de demanda na respectiva tabela);
Tabela 2: Fatores de demanda para iluminação e tomadas - unidades consumidoras não residenciais.
b = demanda relativa aos aparelhos eletrodomésticos e de aquecimento, fatores de demanda na respectiva tabela, aplicados
de acordo com o grupo de aparelhos:
- b1: chuveiros, torneiras e cafeteiras elétricas; b2: aquecedores de água por acumulação e por passagem; b3: fornos,
fogões e aparelhos tipo "Grill"; b4: máquinas de lavar e secar roupas, máquinas de lavar louças e ferro elétrico; b5: demais
aparelhos (TV, conjunto de som, ventilador, geladeira, freezer, torradeira, liquidificador, batedeira, exaustor, ebulidor, etc.)
Tabela 3: Fatores de demanda para aparelhos eletrodomésticos, de aquecimento, de refrigeração e condicionadores de ar.
c - demanda dos aparelhos condicionadores de ar (fatores de demanda na Tabela 3). No caso de condicionador central de
ar, utilizar fator de demanda igual a 100%.
d - demanda de motores elétricos (fatores de demanda na respectiva tabela que consta na ND5.1);
e = demanda de máquinas de solda e transformador, determinada por:
- 100% da potência do maior aparelho; 70% da potência do segundo maior aparelho; 40% da potência do terceiro maior
aparelho; 30% da potência dos demais aparelhos.
No caso de máquina de solda a transformador com ligação Y-Y invertida, a potência deve ser considerada em dobro.
f - demanda dos aparelhos de raios-X, determinada por: 100% da potência do maior aparelho; 10% da potência dos demais
aparelhos.
Após o cálculo de demanda, determina-se o tipo de fornecimento seguindo-se os dados da tabela a seguir:
Tabela 4: Dimensionamento para unidades consumidoras urbanas ou rurais atendidas por redes de distribuição
secundárias trifásicas (127/220V ).